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ressumo a construção social da realidade cap 3

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FACULDADE MULTIVIX
PSICOLOGIA SOCIAL SOCIOLÓGICA
SATINA PIMENTA
HEITOR BREMENKAMP, DÉBORA XAVIER, DANIEL FEU
CARIACICA /ES, 
2021. 
HEITOR BREMENKAMP, DÉBORA XAVIER FERNANDES, DANIEL FEU
RESUMO DO LIVRO 
A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA REALIDADE
PETER BERGER & THOMAS LUCKMANN
Orientador: Profa. Sátina Pimenta 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cariacica/ES 
2021
Introdução
Neste trabalho vamos ver sobre o livro: A construção social da realidade, nele foram abordados sobre a construção e definição da realidade e como vemos a vida, vamos falar mais sobre o tema: A Sociedade como realidade subjetiva, que é o capítulo III do livro. 
A sociedade é, ao mesmo tempo, objetiva e subjetiva de modo que sua operacionalização acontece a partir de três processos: exteriorização, objetivação e interiorização.
Capítulo 3: A Sociedade como Realidade Subjetiva
A interiorização da realidade.
As objetivações da realidade estão à disposição das pessoas para que sejam interiorizadas. Interiorizar é assimilar, compreender, tornar subjetivo. A interiorização consiste na percepção, interpretação, questionamento, conclusão, argumentação de uma situação que está objetivada. É o sujeito assimilando a realidade segundo suas interpretações e suas conclusões, decorrentes de suas particularidades. 
Dessa interiorização forma-se o universo simbólico, a identidade subjetiva e o acervo social do conhecimento. Tudo o que está objetivado é um reflexo do acervo social do conhecimento. Tudo aquilo que as pessoas pensam reflete o que está objetivado na sociedade. Aquilo que as pessoas acreditam que são, ou seja, a sua identidade subjetiva nada mais é do que o resultado do relacionamento delas com o mundo objetivado. 
Tudo o que um indivíduo objetiva é algo socialmente condicionado. É condicionado pelo que ele é, pelo que ele fala, pelo seu estudo, pelo seu vocabulário, enfim pelos seus valores. A sociedade influencia na objetivação particular pois o indivíduo a interioriza primeiro antes de formar a sua opinião através do seu conhecimento. Se o indivíduo participa do processo de interiorização-subjetivação-objetivação, sente-se participante da sociedade e forma e transforma a sociedade subjetiva.
A socialização primária 
O ser humano vive em comunidade e o conhecimento/convivência desenvolve seu caráter e personalidade. Isso começa na infância e tem envolvimento biológico.
A socialização consiste em fazer com que o indivíduo seja capaz de interagir na sociedade, de interiorizar, subjetivar, objetivar e, dessa forma ser um ser social capaz de modificar o meio em que vive no intuito de suprimir as suas necessidades. 
A criança, que é inocente, para se ajustar a realidade, deve absorver as informações pela linguagem adequada - Cada sociedade tem parâmetros e as classes sociais também.
O indivíduo se torna um membro da sociedade. A primeira coisa que acontece é a formação da identidade. No início a pessoa forma a sua personalidade em função daquilo que ela não é nos outros ("ainda não sei o que sou, mas sei o que não sou"). O bebê, por exemplo, não sabe quem ele é, mas sabe que não é sua mãe, nem seu pai, nem o que come, nem o lugar onde dorme, etc. Nessa socialização o indivíduo aprende a falar, a se comunicar e se comportar diante das regras gerais da sociedade como um todo. 
A socialização secundária 
É um processo que introduz o indivíduo já socializado em novos setores da sociedade. É a interiorização de “submundos” institucionais ou baseados nas instituições, na divisão do trabalho e na distribuição social do conhecimento É dentro das instituições que se dá a socialização secundária. O indivíduo agora começa a interiorizar conceitos inerentes àquela instituição em que ele tem que viver, ou trabalhar, ou se divertir. 
Seus portadores são facilmente reconhecidos pela aquisição do conhecimento de funções específicas, direta ou indiretamente na divisão do trabalho. Ela exige a aquisição de vocabulários específicos e interiorização dos campos semânticos específicos. Parcial, vive em contraste com a socialização primária, mas coerente.
Depende de aparelhos legitimadores acompanhados de instrumentos materiais, ritos, símbolos linguagens. Os símbolos são interiorizados fazendo-o ser tornar-se parte disso ao compreender e assimilar a linguagem. Com isso, o ser humano se comunica com seus comuns em alusões ricas na comunidade, mas obtusas a quem não é do círculo. Sua sustentação e legitimação se dá por ritos, máximas, construções mitológicas, cerimônias e objetos físicos. 
A Socialização secundária depende do status do conhecimento no universo interior da totalidade, se dá numa personalidade formada e mundo exteriorizado. Assim, as limitações biológicas são menos importantes e conhecimento primário é fundamental no embasamento. 
As relações secundárias também são anônimas, devido a qualquer indivíduo poder as representar, tornando o fator afetivo mais distante. Porém é menos subjetivo e mais fácil de anular. Isso estabelece distância do EU total e sua realidade. No entanto a socialização 2ª nos possibilita o saber e o conhecimento, seja intrínseca ou não. Há transformação da realidade do indivíduo, com isso há maior grau de afetividade necessária, quando o ser se “entrega e se sacrifica”. - Declínio da instituição família.
Ao contrário da socialização primária, onde o indivíduo aceitava tudo passivamente devido à confiança dispensada a seus pais, o indivíduo já se reserva o direito de contestar o que lhe é objetivado condicionado pelo seu universo simbólico. 
A conservação e a transformação da realidade subjetiva 
Há diversos movimentos e procedimentos para conservar a realidade subjetiva apreendida na consciência individual contra metamorfoses e situações marginais. A rotina é algo que conserva a realidade.
A conservação dos conhecimentos da socialização primária é muito grande. Já na socialização secundária, é mais difícil: um aprendizado teórico necessário à formação profissional tende a ser esquecido se não for de interesse do estudante, por exemplo.
A realidade subjetiva interiorizada pelas duas socializações pode ser vulnerável à realidade dinâmica. Isto é, aquilo que o indivíduo sabe é constantemente desafiado por aquilo que acontece. Há dois tipos de conservação: a rotineira e a crítica. 
A conservação rotineira mantém a realidade interiorizada na vida cotidiana. Ao passo que a conservação crítica mantém a realidade interiorizada nas situações de crise.
O diálogo/conversa, são veículo modificadores e reconstrutores da realidade subjetiva, além de conservar a coerência dum mundo julgado como verdadeiro. A conversa modifica a realidade ao abandonar, acrescentar ou explicar, pela discussão, experiências vividas ou que estão no consciente. É a atualização necessária do ser-humano, que de frente com o emprego da língua, mantém a realidade. A descontinuidade é uma ameaça as relações. Quem supri a falta dela são as correspondências ou conversas intensas e frequentes. Mas é a conversa face-a-face que intensifica as relações e a conservação da realidade subjetiva. 
Ao mesmo tempo em que a conversa mantém a realidade, também à modifica. Abandona alguns pontos, acrescenta outros. Enfraquece alguns setores, reforça outros. O simples fato de não falar, não conversar sobre determinado assunto, torna-o constante, por falta de crítica a respeito. Assim, o diálogo também é um agente de transformação.
A conservação rotineira é dada todo o dia no contato com as coisas. Os indivíduos se afirmam de como e o que eles são pelo fato de exercerem suas atividades e observar o mundo. O veículo mais importante para a conservação da realidade é a conversa, é a intersubjetividade. E, de forma implícita, é responsável pela conservação de boa parte da realidade subjetiva. A dúvida pode ser uma desintegradora da realidade. Para isso há procedimentos contra colapsos.
Rituais coletivos se institucionalizam nas catástrofes ou procedimentos conservadores da realidade são estabelecidos para enfrentar estrangeiros quepossuem outra realidade. Se faz uma “higiene mental” ao se ter contato com outra realidade.
Devemos pensar que: Viver em sociedade acarreta processos contínuos de modificação da realidade subjetiva. Isso é ALTERNAÇÃO. Ela se dá pela re-socialização e assemelha-se a socialização primária. No entanto é diferente porque o ser deve desmantelar e desintegrar a estrutura subjetiva. Para isso é necessária a interação.
O maior protótipo da alternação é a conversão religiosa. Sendo importante, também, conservá-la, levar a sério e ser plausível. É a comunidade/meio que dá plausividade a nova realidade (A doutrinação política e a psicoterapia imitam a religião).
Conclui-se que as transformações são comuns na sociedade contemporânea devido a mobilidade social ou treinamento profissional. Ela é aceitável porque se insere na realidade, mas também cria problemas para conservar coerência entre os primeiros e os tardios elementos da realidade subjetiva. Cabe a re-socialização e a interpretação do passado para harmonizar a realidade presente
A interiorização e a estrutura social 
A sociedade é interiorizada pelo indivíduo e influencia-o em seus interesses, na sua capacidade de vocabulário, nos seus interesses político partidários, nos seus interesses econômicos, etc. Assim, o indivíduo somente interioriza aquilo que é de seu interesse. O que ele necessita tornar subjetivo para ele. E o seu interesse é socialmente condicionado.
 A socialização realiza-se sempre no contexto de uma estrutura social específica. Para que haja sucesso, deve haver estabelecimento de um elevado grau de simetria entre a realidade objetiva e subjetiva. A socialização totalmente bem sucedida, 
antropologicamente é impossível; onde tudo o que está objetivado pela sociedade se torna subjetivo para um indivíduo qualquer. E também não há possibilidade de que toda a identidade e todo o universo simbólico de um indivíduo ser totalmente objetivado. Então a proposta de interação total a sociedade é impossível.
A mal sucedida é rara e limitada a casos de indivíduos em graves condições patológicas orgânicas. O sucesso se dá pela simples divisão do trabalho e mínima distribuição de conhecimento. Com isso, as identidades são socialmente pré-definidas e delineadas. 
Ao assumir o papel social, suas identidades são definidas (soldado/fidalgo), sendo que tais, são desconhecidas por todos, mas que se tonam definidas pela superfície na sociedade e na escala. Há casos de socialização imperfeita, como o leproso. Ele não vive na sociedade em geral, mas sim no mundo dos leprosos. Essa imperfeição gera a perfeição mais adiante.
Outro caso da socialização imperfeita é quando o ser, na socialização primária, se separa com biografias distintas. É cito a criança, filha de aristocratas, educada por uma ama camponesa. Pode haver assimetria social escondida em biografia pública e privada. A discrepância é comum, mas a socialização imperfeita cria complexos e crises de identidade externada e materializada.
Discordâncias entre a socialização primária e secundária conduzem a socialização imperfeita. Ela é visível em realidades e identidades subjetivas opostas. O exemplo está no sujeito que não realizou sua identidade subjetiva escolhida, tornando-a fantasia. O fato gera tensões e inquietudes. 
A manipulação é comum quando se veste, deliberadamente e de propósito, uma interiorização não afetiva de uma nova realidade. Seu uso se dá por diversas finalidades. A consternação é comum em mundos discrepantes e com base no mercado. O papel, no qual pode desliga-se em sua consciência, desempenha, muitas vezes, fins de manobra.
Quanto maior o conhecimento disponível em estruturas sociais, maior é a dificuldade de uma socialização perfeitamente bem sucedida, permanecendo uma dialética entre as realidades objetiva e subjetiva. 
Teorias sobre a identidade 
A identidade começa a nascer devido à localização que a pessoa tem em determinado grupo (sou um pai, sou um filho) e em determinado estado social (sou menino, sou menina). Os processos de formação da identidade e do acervo social do conhecimento são processos que acontecem simultaneamente na sociedade. É disso que a sociedade vive. Estar em sociedade significa participar da dialética desse processo. Ser um ser social é fazer parte desse processo de interiorizar, subjetivar e exteriorizar, objetivar. 
As estruturas sociais definem tipos de identidade. Por razões diversas, certos sujeitos se afastam deste tipo padrão definido, normalmente este afastamento é decorrente de um processo inadequado de socialização primária. Assim passa a existir um conflito entre a identidade individual e o modelo desenhado pela sociedade. As iniciativas psicológicas e terapêuticas surgiram no sentido de amenizar o efeito deste afastamento, de busca a reintegração da identidade do sujeito à sociedade. 
É possível e verificável a existência de mais de uma identidade individual. Uma predominante e outra, digamos assim, mais escondida. Por vezes, em situações específicas, a identidade escondida se apresenta no lugar da predominante.
Assim, a identidade individual é o elemento chave da realidade subjetiva, formada por processos sociais. 
Organismo e identidade 
A identidade, formada por processos sociais, é elemento chave da realidade subjetiva. Uma vez cristalizada, é mantida, modificada ou remodelada pelas relações e estruturas sociais.O organismo influencia as atividades humanas, influenciando assim a construção da realidade, ao mesmo tempo que é influenciado por ela. Um exemplo de influência da realidade sobre o organismo é a questão de diferentes expectativas de vida em sociedades ou culturas diferentes. 
O homem é, na sua essência, um animal que busca a sobrevivência, tendo as atividades de reprodução e alimentação como fundamentais. As sociedades, as realidades construídas definem padrões para estes comportamentos, mas mesmo com estes padrões já estabelecidos (já socialmente construídos), permanece, mesmo no indivíduo já socializado, a dialética interna contínua entre a identidade construída e o componente biológico. É uma dialética entendida como uma luta entre um “eu superior” e um “eu inferior”, associados respectivamente à identidade social e à animalidade pré-social, possivelmente antissocial. 
Organismo E Sociedade:
 O organismo afeta cada fase da construção da realidade, sendo ele também afetado pelas atividades. “A animalidade do homem transforma-se em socialização, mas não é abolida”. A animalidade e socialidade coexistem. Assim a dialética entre natureza e sociedade renova-se em cada indivíduo. É a dialética entre o substrato biológico do indivíduo e sua identidade socialmente produzida. Fatores biológicos limitam a gama de possibilidades sociais abertas a qualquer indivíduo. Por outro lado, a sociedade impõe limites ao ser biológico. Exemplos como longevidade, sexo e nutrição são comuns e determinados pela sociedade. A socialização causa frustração biológica, quando o esfomeado ou o sonolento não podem atender suas necessidades. Porém a existência social depende da resistência biológica do indivíduo como legitimação ou institucionalização. Tendo conhecimento de que é um organismo, existe a constante e dialética luta entre o “eu-superior” e um “eu-inferior”. A equiparação é feita entre a identidade social e sua animalidade social. Isso faz o “eu-social” vencer o substrato biológico

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