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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE NÚCLEO DE TECNOLOGIA Bruno César S. M. Jordão Carina Lessa Silva Carolinne Maria Tabosa dos Santos Cordeiro Juliana Bezerra Sales Letícia Ramos Almeida Tiago Emanuel do Nascimento Silva Aferição e teste de precisão e exatidão de instrumentos laboratoriais Caruaru 2018 1 Bruno César S. M. Jordão Carina Lessa Silva Carolinne Maria Tabosa dos Santos Cordeiro Juliana Bezerra Sales Letícia Ramos Almeida Tiago Emanuel do Nascimento Silva Aferição e teste de precisão e exatidão de instrumentos laboratoriais Relatório técnico experimental apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina de Química Geral 1, no Curso de Engenharia Civil, no período 2018.1, na Universidade Federal de Pernambuco, Campus Acadêmico do Agreste. Profª DSc. Érika Marinho Caruaru 2018 2 RESUMO O presente relatório descreve procedimentos para realizar a aferição de alguns instrumentos de laboratório. Os dados obtidos são utilizados na análise da precisão e exatidão de cada um deles, bem como na compreensão das suas diferentes formas de utilização. 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………..4 2 OBJETIVO………………………………………………………………………………….8 3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS………………………………………………....9 3.1 MATERIAIS E REAGENTES…………………………………………………..9 3.2 METODOLOGIA………………………………………………………………... 9 3.2.1 PRIMEIRA PARTE…………………………………………………… 9 3.2.2 SEGUNDA PARTE………………………………………………….. 10 3.2.3 TERCEIRA PARTE………………………………………………….10 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO………………………………………………………... 12 5 CONCLUSÃO…………………………………………………………………………….16 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………………………………………….. 17 ANEXO 1 - RESPOSTAS DAS QUESTÕES…………………………………………... 18 4 1 INTRODUÇÃO Em estudos científicos, os conceitos de "precisão" e "exatidão" são utilizados constantemente, também no senso comum, porém, muitas vezes eles são empregados de maneira errônea, sendo tratados como sinônimos. Inicialmente, é preciso compreender que resultados podem ser precisos, porém não exatos, também exatos, mas não precisos. De acordo com Thomsen (1997), entende-se por exatidão: a proximidade de um valor, ou um conjunto de valores do valor real esperado; por precisão: a proximidade entre uma série de medidas do mesmo elemento, sob as mesmas condições. (Figura 1) A precisão pode ser expressa por uma relação que mede o quanto um resultado individual difere da média, logo, a precisão é o módulo da diferença entre um resultado individual e a média dos resultados. A exatidão é expressa pelo erro, sendo este: absoluto (diferença entre o valor medido e o valor real); relativo (erro absoluto dividido pelo valor verdadeiro). Figura 1- Gráficos de ilustração da precisão e exatidão Fonte: Skoog, West, Holler e Crouch (2005, pág. 86) 5 Segundo Skoog, West, Holler e Crouch (2006), os erros em dados experimentais podem ser aleatórios, afetando a precisão da análise; sistemáticos, interferindo na exatidão; ou ainda grosseiros, resultados muito discrepantes do esperado, normalmente originados de erros humanos. Os erros sistemáticos podem ter diversas origens e, a partir delas, são classificados em três tipos: instrumentais, ocasionados por erros na calibração de instrumentos, comportamento errôneo deles ou por condições de uso inadequadas; de método, advindos da conduta física ou química desejável de sistemas analíticos; pessoais, ocorrem por consequência de falta de cuidado, atenção ou limitações de quem realiza o procedimento. Na realização de atividades experimentais são utilizadas vidrarias e outros equipamentos, cada um deles tem sua função e normas de utilização específica. Com base nas definições de Skoog, West, Holler e Crouch (2006), Silva (2011) e Fogaça (2017) são definidos os itens abaixo: As vidrarias volumétricas são recipientes de vidro projetados com o objetivo de medir volumes de líquidos de forma exata, também transferi-los. Esses recipientes são calibrados a uma dada temperatura, não devendo esta ser ultrapassada, se isso ocorrer, a exatidão deles possivelmente será alterada. Tal fato acontece porque o vidro se expande e contrai com o aumento e a diminuição da temperatura, respectivamente, mas nem sempre retorna ao seu volume inicial quando resfriado, pois o arranjo das moléculas é alterado. São exemplos de vidrarias volumétricas: pipeta, balão volumétrico e bureta. A pipeta permite a transferência de líquidos, em quantidades conhecidas, de um recipiente a outro. Alguns tipos de pipetas são: volumétrica (escoa uma quantidade fixa de líquido e é mais precisa do que a graduada), graduada (afere e escoa qualquer volume até sua capacidade máxima) e de Pasteur (conta-gotas para transferência de volumes). A pipetagem é o procedimento de transferir o conteúdo da pipeta para outro recipiente. Conforme Vogel (2002), a tolerância da pipeta volumétrica de 25 mL é de 0,06 mL. A bureta tem por objetivo conter um líquido ou solução, ela possui uma torneira pela qual a vazão é controlada manualmente e uma graduação, que permite 6 observar o volume escoado. Muito utilizada na realização de titulações. De acordo com Vogel (2002), a tolerância da bureta de 50 mL é de 0,05 mL. O balão volumétrico é usado para preparar soluções de concentração conhecida e diluição de amostras. Possui volume fixo e é mais preciso que os outros tipos de balões. Não é indicado para armazenamento de reagentes. Tal qual afirma Harris (2005), a tolerância para um balão volumétrico de 50 mL é de 0,05 mL. Além das vidrarias volumétricas, há ainda muitas outras, como: O béquer, que possui formato cilíndrico e bico na parte superior. É graduado e pode ser aquecido. É utilizado para fazer reações entre soluções, dissolução de substâncias e efetuar reações de precipitação. Contudo, sua graduação não possui muita exatidão. A proveta, utilizada para medir o volume de líquidos e soluções, assim como fazer transferências de líquidos. Em comparação com a pipeta, a proveta requer menor habilidade manual, entretanto sua graduação é menos precisa, sendo a tolerância de 0,1 mL. O erlenmeyer, usado para o preparar e armazenar soluções e líquidos, além de poder ser usado em seu aquecimento. É mais fácil de manusear do que o béquer, pois possui um afunilamento que diminui a probabilidade de perda de material. O tubo de ensaio, útil no teste de reações e no aquecimento de substâncias e compostos em pequenas quantidades. O vidro de relógio, que serve para pesar substâncias em pouca quantidade, além de cobrir outro recipiente para evitar a evaporação ou a contaminação de um líquido ou solução. Ademais, não pode ser aquecido diretamente. No momento de aferir volumes com essas vidrarias é necessário ter atenção quanto ao menisco (curvatura na superfície do líquido devido a adesão às paredes internas da vidraria). O ponto mais baixo do menisco tem que estar tangente à borda superior da marca de volume,existindo algumas exceções, como o mercúrio. (Figura 2) 7 Figura 2- Menisco Fonte: http://cienciasfisicas42.blogspot.com.br/. Nos procedimentos laboratoriais também se faz necessária a utilização de balanças, equipamentos utilizados para medir a massa de um corpo. As especificações mais importantes de uma balança são a precisão, a exatidão, a capacidade (peso máximo que uma balança pode medir) e a sensibilidade (a menor massa que a balança consegue gerar um resultado medível). Existem diversos tipos de balanças de laboratórios, entre elas a analítica (sensibilidade de 0,0001 g) e a semi analítica (sensibilidade de 0,001g). A balança analítica é capaz de pesar objetos com alto grau de precisão e exatidão. Os erros de pesagem causados por fatores advindos de uma balança desse tipo são muito menores do que os erros causados por fatores ou agentes externos à balança. Por exemplo, o objeto não deve ser tocado com as mãos nuas, pois as impressões digitais podem causar alterações no peso. Ele também não deve ser pesado estando em temperatura diferente da ambiente, para que não haja troca de calor dele com o meio externo, o que provocaria uma corrente de ar dentro da câmara da balança, causando erro nas medições. Já a balança semi analítica, por possuir menos sensibilidade, é utilizada para realizar pesagens que não necessitam de muita exatidão. Ela não possui envoltório, como há na analítica. Diante disso, são de suma importância as técnicas de aferição para a realização de experimentos em laboratório, além de se conhecer as vidrarias e objetos utilizados para procedimentos, uma vez que, são buscados dados precisos e http://cienciasfisicas42.blogspot.com.br/ 8 com mínimas porcentagens de erros. Já que, falhas e erros levariam a conclusões inesperadas e erradas. 2 OBJETIVO O presente relatório tem por objetivo analisar as diferentes precisões de vidrarias e balanças, e, a partir dessas informações, compreender em quais situações serão aplicadas. 9 3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 3.1 MATERIAIS E REAGENTES ● Pipeta volumétrica de 25 mL; ● Pipeta graduada de 5 mL; ● Béquer de 100 mL; ● Bureta de 50 mL; ● Proveta de 50 mL; ● Balão volumétrico de 50 mL; ● Válvula de sucção (pêra); ● Pisseta; ● Pinça para bureta; ● Pipeta de Pasteur; ● Vidro de relógio; ● Balança analítica; ● Balança semi analítica; ● 4 rolhas; ● Água destilada. 3.2 METODOLOGIA 3.2.1 PRIMEIRA PARTE Com uma pisseta contendo água destilada, foi transferida uma quantidade significativa de seu conteúdo para o béquer de 100 mL. Com a pipeta volumétrica de 25 mL devidamente encaixada sob a pêra, foi iniciado a sucção da água, cautelosamente verificando o nível do menisco em relação à marca de aferição. Com o menisco devidamente posicionado sobre a marca, toda a água contida na pipeta volumétrica foi escoada para dentro do balão volumétrico de 50 mL. O processo foi repetido mais uma vez para o mesmo recipiente. 10 Novamente, com o auxílio da pêra, foram succionados 25 mL de água destilada por meio da pipeta volumétrica, e foi escoado em um béquer de 100 mL. O processo foi realizado outra vez. Ainda utilizando a pêra, duas pipetagens com a pipeta de 25 mL contendo água destilada foram realizadas numa proveta de 50 mL. Posteriormente, foram pipetados duas vezes 25 mL de água destilada para uma bureta de 50 mL. Em seguida, os recipientes foram analisados e partindo-se disso, foram adicionadas, com o auxílio da pipeta de Pasteur, gotas de água destilada para que o nível da água fosse corresponde a marcação de cada vidraria. 3.2.2 SEGUNDA PARTE Em um segundo momento, foi direcionada a uma balança analítica um vidro de relógio, a balança foi tarada (zerada a massa do vidro de relógio, para que apenas a massa das gotas fosse contabilizada) e, em seguida, utilizando-se uma pipeta de Pasteur, foram adicionadas 20 gotas de água destilada a ele, observando, em seguida, a massa obtida. Logo após, a vidraria foi retirada e secada usando papel toalha, sendo colocada novamente na balança e tarada. Posteriormente, foram adicionadas 20 gotas à vidraria, usando uma pipeta graduada de 5 mL, sendo possível, então, visualizar a massa obtida. 3.2.3 TERCEIRA PARTE Na terceira parte, diante da balança analítica, foram pesadas individualmente as quatro rolhas submetidas ao experimento, sempre tarando a balança antes da medição do próximo sólido. Em seguida, as quatro rolhas juntas foram pesadas e a balança tarada. Logo após, a rolha de maior massa foi escolhida para ser pesada cinco vezes. 11 Posteriormente, todo o processo foi repetido na balança semianalítica: quatro pesagens individuais, uma pesagem em conjunto e cinco pesagens seguidas da rolha de maior massa. 12 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO A partir dos procedimentos realizados na primeira parte do experimento (item 3.2.1), foi possível obter a quantidade de gotas que precisou-se adicionar em cada vidraria para que o menisco fosse atingido de acordo com sua respectiva graduação. No balão volumétrico a quantidade de gotas acrescentadas foi 15; no béquer o menisco foi atingido sem o acréscimo ou decréscimo de gotas; na bureta, 36 gotas adicionadas; na proveta, 20 gotas adicionadas. (Tabela 1) Tabela 1 - Quantidade de gotas adicionadas VIDRARIA S Balão volumétrico Béquer Bureta Proveta NÚMERO DE GOTAS 15 gotas adicionadas - 36 gotas adicionadas 20 gotas adicionadas Fonte: Dos autores (2018). No segundo momento (item 3.2.2), obtiveram-se as massas, determinadas pela balança analítica, de 20 gotas de água destilada tomadas com a pipeta de Pasteur e de 20 gotas de água destilada tomadas com a pipeta graduada de 5 mL. A massa das gotas obtidas com a pipeta de Pasteur foi de 0,3529g, já para pipeta graduada foi de 0,8909g. Admitindo-se que a densidade da água a 25ºC é 1 g/mL, as massas obtidas são numericamente iguais ao volume dessas amostras. Dividindo esses volumes por 20 (número de gotas), é encontrado o valor médio para cada gota, portanto, para a pipeta de Pasteur temos o volume de 0,017645 mL e, para a pipeta graduada, 0,044545 mL. (Tabela 2) Tabela 2 - Volume das gotas INSTRUMENTO Pipeta de Pasteur Pipeta Graduada VOLUME DE 20 GOTAS 0,3529 mL 0,8909 mL VOLUME DE 1 GOTA 0,017645 mL 0,044545 mL Fonte: Dos autores (2018). 13 Essa diferença apresentada em relação ao volume de cada gota mensurada pelos dois instrumentos é resultado dos seus diferentes diâmetros de saída. Enquanto a pipeta de Pasteur tem um diâmetro de menos de 1 mm, a graduada apresenta cerca de 15 mm, o que proporciona uma maior saída de água na segunda. É possível perceber também que a tetina da pipeta de Pasteur leva a uma maior precisão no gotejamento do que a pêra. Sabendo que cada gota de água destilada mensurada com a pipeta de Pasteur possui um volume de 0,017645 mL, pode-se inferirque o volume adicionado ao balão volumétrico foi de 0,264675 mL; à bureta, 0,63522 mL e à proveta, 0,3529 mL. Analisando as diferenças de volume obtidas experimentalmente e os valores permitidos pelas normas de precisão das vidrarias (item 1), observa-se uma diferença considerável. Para o balão volumétrico utilizado, a tolerância é de 0,05 mL, valor aproximadamente 5 vezes menor do que o obtido experimentalmente. Pode se observar que essa vidraria foi a que necessitou de um menor acréscimo de gotas, fato que condiz com sua alta precisão. No béquer, a quantidade de água destilada transferida pela pipeta foi exatamente igual a marca de sua graduação, o que vai de encontro ao que afirma Vogel (2002), que o apresenta como uma das vidrarias mais imprecisas. Em relação à bureta, a tolerância é de 0,05 mL, valor aproximadamente 12 vezes menor que o encontrado no experimento. Foi a vidraria na qual o volume acrescentado foi o maior, contradizendo o fato de sua precisão ser uma das maiores. Possivelmente, essa discrepância foi ocasionada por um erro instrumental, visto que a torneira da bureta utilizada não estava vedando completamente a saída de água, permitindo que uma pequena quantidade de água saísse do recipiente. Já para a proveta, a tolerância é de 0,1 mL, e, experimentalmente, obteve-se uma diferença 3 vezes maior, erro que não é tão fora do esperado. De forma geral, as imprecisões geradas foram ocasionadas por erros: pessoais, pois não é possível ter certeza quanto a exatidão da visualização da menisco e da marca da vidraria; também erros experimentais, visto que, tanto a pipeta, que foi considerada como instrumento padrão, quanto os demais podem ter histórico de uso que alterou suas estruturas moleculares. Essa alteração pode ter 14 sido resultado de aquecimento da vidraria, em chapa aquecedora ou na secagem da estufa. Além do histórico, cada objeto possui uma margem de erro aceitável, unindo-os, são gerados erros mais expressivos. No terceiro momento (item 3.2.3), por meio da pesagem das quatro rolhas, nas balanças analítica e semianalítica, foram obtidos os dados expressos na Tabela 3. Tabela 3 - Massas das rolhas BALANÇAS Rolha 1 Rolha 2 Rolha 3 Rolha 4 Todas juntas ANALÍTICA 23,1863 g 26,5013 g 12,4619 g 8,4401 g 70,5884 g SEMI ANALÍTICA 23,19 g 26,51 g 12,48 g 8,45 g 70,61 g Fonte: Dos autores (2018). Utilizando o conceito de exatidão (item 1), foi possível calculá-la para cada pesagem acima na balança semianalítica, tendo a balança analítica como padrão. O erro relativo em relação a cada uma das rolhas encontra-se na Tabela 4. Tabela 4 - Erros relativos das pesagens na balança semi analítica SEMI ANALÍTICA Rolha 1 Rolha 2 Rolha 3 Rolha 4 Todas juntas ERRO RELATIVO 0,01596% 0,03283% 0,14524% 0,11729% 0,03059% Fonte: Dos autores (2018). A Rolha 2 foi selecionada para pesagem individual, processo repetido 5 vezes na balança analítica e também 5 vezes na balança semianalítica. A massa obtida em cada uma dessas pesagens está apresentada na Tabela 5. Tabela 5 - Massas da Rolha 2 ROLHA 2 1º pesagem 2º pesagem 3º pesagem 4º pesagem 5º pesagem ANALÍTICA 26,4393 g 26,5023 g 26,4996 g 26,4995 g 26,4995 g SEMI ANALÍTICA 26,50 g 26,51 g 26,51 g 26,51 g 26,51 g Fonte: Dos autores (2018). 15 A partir da ideia de precisão (item 1), determinou-se a precisão de cada pesagem da Rolha 2 por balança, os resultados obtidos se encontram na Tabela 6. Tabela 6 - Precisão nas pesagens da Rolha 2 ROLHA 2 1º pesagem 2º pesagem 3º pesagem 4º pesagem 5º pesagem ANALÍTICA 0,04874 g 0,01426 g 0,1156 g 0,01146 g 0,01146 g SEMI ANALÍTICA 0,008 g 0,002 g 0,002 g 0,002 g 0,002 g Fonte: Dos autores (2018). No cálculo da exatidão da balança semi analítica, adotou-se como padrão a balança analítica. Tomando por base os fatos de que a balança semi analítica possui baixa sensibilidade, não possui envoltório e tem a função de realizar pesagens que não requerem muita exatidão (item 1), já era esperado que existisse uma diferença nos valores apresentados pelas balanças analítica e semi analítica. Além disso, no cálculo da precisão, foram analisadas as medições feitas com a Rolha 2 nas duas balanças. Como a balança analítica possui uma maior sensibilidade, os fatores externos (fluxo constante de pessoas na sala, temperatura, peso feito sobre a bancada e correntes de ar) influenciaram a medição e, consequentemente, os dados obtidos, causando resultados relativamente divergentes. Já a balança semi analítica, apresentou dados mais próximos entre si, pois, devido a falta de sensibilidade, característica desse tipo de equipamento, os fatores externos não foram capazes de causar uma grande variação entre os resultados obtidos. Em relação à linearidade das balanças, observou-se que, quando pesadas as rolhas juntas 16 5 CONCLUSÃO A partir do primeiro experimento (item 3.2.1) foi possível concluir que as vidrarias apresentam diferentes graus de precisão e exatidão, no entanto, esses podem ser afetados por diversos fatores, tanto erros pessoais, como falta de atenção, quanto instrumentais, quando a graduação da vidraria está descalibrada, por conta de mau uso ou erro de fabricação. Para o procedimento realizado, o béquer se comportou como a vidraria mais precisa, provavelmente pelos tipos de erros citados anteriormente. Já a bureta, que, em tese, é uma das vidrarias mais precisas, apresentou uma diferença relativamente grande para o valor esperado, pois estava permitindo escape de volume pela torneira Quanto ao segundo experimento (3.2.2), percebe-se experimentalmente que a diferença de volume escoado por gota pela pipeta de Pasteur e a pipeta graduada é ocasionada pela diferença entre os diâmetros de tais instrumentos, em que a pipeta de Pasteur conferirá maior precisão em virtude de seu menor diâmetro. Por fim, no terceiro experimento (3.2.3), pôde-se visualizar como as diferentes sensibilidades das balanças alteram no resultado da massa apresentada. Como a balança analítica é mais sensível, se as condições externas não são adequadas (temperatura, estabilidade da bancada, calibração em relação à superfície) observa-se uma grande diferença na precisão. Já para a balança semi analítica, esses fatores, apesar de influenciarem, não apresentam impactos tão expressivos. Apesar disso, a balança analítica continua sendo a mais indicada para pesagens que necessitam de grande sensibilidade. Diante de todas essas informações, conclui-se que é muito importante ter atenção quanto a precisão e exatidão de cada instrumento e, ainda, se essas se mantém estáveis em determinadas circunstâncias. 17 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Balanças analítica e semi analítica, saiba a diferença. Disponível em: <http://www.balancas-analiticas.com.br/home/balanca-analitica-e-semi-analitica-saib a-a-diferenca/>. Acesso em 14 de abr. de 2018. FOGAÇA, Jennifer. Vidrarias de laboratório. Disponível em: <https://manualdaquimica.uol.com.br/quimica-geral/vidrarias-laboratorio.htm >. Acesso em 14 de abr. de 2018. HARRIS, DANIEL C.. Análise Química Quantitativa, 6ª Edição, LTC-LivrosTécnicos e Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro-RJ, 2005. MENESES, Ana Laura. Determinación del volumen de un líquido. Disponível em: <http://cienciasfisicas42.blogspot.com.br/2015/10/determinacion-del-volumen-de-un-l iquido.html>. Acesso em 14 de abr. de 2018. SILVA, Lilian. Aulas práticas da disciplina de química analítica IV. Juiz de fora, 2011. SKOOG, WEST, HOLLER, CROUCH. Fundamentos de Química Analítica, Tradução da 8ª Edição norte-americana, Editora Thomson, São Paulo-SP, 2006. V. Thomsen. Precision and The Terminology of Measurement. The Physics Teacher, Vol. 35, pp.15-17, Jan. 1997. Vidrarias de laboratório. Disponível em: <www.mcientifica.com.br/shop/vidrarias-de-laboratorio/.html>. Acesso em 14 de abr. de 2018. VOGEL. Análise Química Quantitativa, 6ª Edição, LTC Editora, Rio de Janeiro-RJ, 2002. http://www.balancas-analiticas.com.br/home/balanca-analitica-e-semi-analitica-saiba-a-diferenca/ http://www.balancas-analiticas.com.br/home/balanca-analitica-e-semi-analitica-saiba-a-diferenca/ https://manualdaquimica.uol.com.br/quimica-geral/vidrarias-laboratorio.htm http://cienciasfisicas42.blogspot.com.br/2015/10/determinacion-del-volumen-de-un-liquido.html http://cienciasfisicas42.blogspot.com.br/2015/10/determinacion-del-volumen-de-un-liquido.html http://www.mcientifica.com.br/shop/vidrarias-de-laboratorio/bequer.html 18 ANEXO 1 - RESPOSTAS DAS QUESTÕES 1 - Os volumes da gotas da pipeta graduada e da pipeta de Pasteur são diferentes. Isso ocorre devido à diferença entre os diâmetros de saída dos dois tipos de pipeta, logo, por possuir menor diâmetro de saída, a gota escoada pela pipeta de Pasteur possui menor volume do que a gota escoada pela graduada. Além disso, a tetina utilizada juntamente com a pipeta de Pasteur é consideravelmente mais precisa do que a pêra, que é utilizada com a pipeta graduada, pois no momento de escoar o líquido, a pêra não proporciona uma boa precisão em relação ao volume de cada gota, diferentemente da tetina. 2 - Pipeta volumétrica. Em uma titulação é necessário assegurar que o volume de solução transferida será preciso e exato, logo, como descrito no item 1, a pipeta volumétrica é a mais indicada, pois é a mais precisa. 3 - O instrumento mais adequado para medir 70 mL de ácido acético é a proveta, pois, em comparação com outras vidrarias, possui uma boa precisão, além de ter as funções de medir e transferir soluções e líquidos. Além disso, a proveta, em comparação com a pipeta, requer menor habilidade manual por parte do operador, o que diminui a probabilidade de ocorrência de erros pessoais. Ademais, supondo que as pipetas disponíveis para a medição possuem capacidade de 25 mL, então seriam necessárias no mínimo três pipetagens para atingir o volume de 70 mL, logo, a pipeta não é o tipo de instrumento mais adequado para a medição. Outra vidraria muito utilizada em medições é a bureta, entretanto, seu uso seria muito dispendioso, uma vez que, diferentemente de uma titulação, a medição de um volume não torna necessária o emprego de uma torneira que controle a vazão. E por fim, como o balão volumétrico não possui uma ergonomia adequada para a transferência de líquidos, seu uso não seria conveniente. 4 - Devido às trocas de calor com o meio externo, o vidro pode se expandir ou contrair-se. Todavia, nem sempre o vidro que se dilatou retorna ao seu volume inicial 19 após ser resfriado, o que caracteriza um fenômeno conhecido como histerese (SILVA, 2011). Portanto, para que não ocorra alteração no volume das vidrarias, estas não devem ser colocadas na estufa.
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