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Relatório - Aferição, precisão e exatidão de vidrarias

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE 
NÚCLEO DE TECNOLOGIA 
 
 
Bruno César S. M. Jordão 
Carina Lessa Silva 
Carolinne Maria Tabosa dos Santos Cordeiro 
Juliana Bezerra Sales 
Letícia Ramos Almeida 
Tiago Emanuel do Nascimento Silva 
 
 
 
 
 
Aferição e teste de precisão e exatidão de instrumentos laboratoriais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caruaru 
2018 
 
 
 
1 
Bruno César S. M. Jordão 
Carina Lessa Silva 
Carolinne Maria Tabosa dos Santos Cordeiro 
Juliana Bezerra Sales 
Letícia Ramos Almeida 
Tiago Emanuel do Nascimento Silva 
 
 
 
 
 
Aferição e teste de precisão e exatidão de instrumentos laboratoriais 
 
 
Relatório técnico experimental apresentado como 
requisito parcial para obtenção de aprovação na 
disciplina de Química Geral 1, no Curso de 
Engenharia Civil, no período 2018.1, na 
Universidade Federal de Pernambuco, Campus 
Acadêmico do Agreste. 
 
Profª DSc. Érika Marinho 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caruaru 
2018 
 
 
2 
RESUMO 
 
O presente relatório descreve procedimentos para realizar a aferição de alguns 
instrumentos de laboratório. Os dados obtidos são utilizados na análise da precisão 
e exatidão de cada um deles, bem como na compreensão das suas diferentes 
formas de utilização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO​……………………………………………………………………………..4 
2 OBJETIVO​………………………………………………………………………………….8 
3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS​………………………………………………....9 
3.1 MATERIAIS E REAGENTES​…………………………………………………..9 
3.2 METODOLOGIA​………………………………………………………………... 9 
3.2.1 PRIMEIRA PARTE​…………………………………………………… 9 
3.2.2 SEGUNDA PARTE​…………………………………………………..
10 
3.2.3 TERCEIRA PARTE​………………………………………………….10 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO​………………………………………………………...
12 
5 CONCLUSÃO​…………………………………………………………………………….16 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS​………………………………………………….. 17 
ANEXO 1 - RESPOSTAS DAS QUESTÕES​…………………………………………... 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Em estudos científicos, os conceitos de "precisão" e "exatidão" são utilizados 
constantemente, também no senso comum, porém, muitas vezes eles são 
empregados de maneira errônea, sendo tratados como sinônimos. Inicialmente, é 
preciso compreender que resultados podem ser precisos, porém não exatos, 
também exatos, mas não precisos. 
De acordo com Thomsen (1997), entende-se por ​exatidão​: a proximidade de 
um valor, ou um conjunto de valores do valor real esperado; por ​precisão​: a 
proximidade entre uma série de medidas do mesmo elemento, sob as mesmas 
condições. (Figura 1) 
A precisão pode ser expressa por uma relação que mede o quanto um 
resultado individual difere da média, logo, a precisão é o módulo da diferença entre 
um resultado individual e a média dos resultados. A exatidão é expressa pelo ​erro​, 
sendo este: ​absoluto (diferença entre o valor medido e o valor real); ​relativo (erro 
absoluto dividido pelo valor verdadeiro). 
 
Figura 1- Gráficos de ilustração da precisão e exatidão 
 
Fonte: Skoog, West, Holler e Crouch (2005, pág. 86) 
 
 
 
5 
Segundo Skoog, West, Holler e Crouch (2006), os erros em dados 
experimentais podem ser ​aleatórios​, afetando a precisão da análise; ​sistemáticos​, 
interferindo na exatidão; ou ainda ​grosseiros​, resultados muito discrepantes do 
esperado, normalmente originados de erros humanos. 
Os erros sistemáticos podem ter diversas origens e, a partir delas, são 
classificados em três tipos: ​instrumentais​, ocasionados por erros na calibração de 
instrumentos, comportamento errôneo deles ou por condições de uso inadequadas; 
de método​, advindos da conduta física ou química desejável de sistemas analíticos; 
pessoais​, ocorrem por consequência de falta de cuidado, atenção ou limitações de 
quem realiza o procedimento. 
Na realização de atividades experimentais são utilizadas vidrarias e outros 
equipamentos, cada um deles tem sua função e normas de utilização específica. 
Com base nas definições de Skoog, West, Holler e Crouch (2006), Silva (2011) e 
Fogaça (2017) são definidos os itens abaixo: 
As vidrarias volumétricas são recipientes de vidro projetados com o objetivo 
de medir volumes de líquidos de forma exata, também transferi-los. Esses 
recipientes são calibrados a uma dada temperatura, não devendo esta ser 
ultrapassada, se isso ocorrer, a exatidão deles possivelmente será alterada. Tal fato 
acontece porque o vidro se expande e contrai com o aumento e a diminuição da 
temperatura, respectivamente, mas nem sempre retorna ao seu volume inicial 
quando resfriado, pois o arranjo das moléculas é alterado. São exemplos de 
vidrarias volumétricas: pipeta, balão volumétrico e bureta. 
A ​pipeta permite a transferência de líquidos, em quantidades conhecidas, de 
um recipiente a outro. Alguns tipos de pipetas são: volumétrica (escoa uma 
quantidade fixa de líquido e é mais precisa do que a graduada), graduada (afere e 
escoa qualquer volume até sua capacidade máxima) e de Pasteur (​conta-gotas para 
transferência de volumes​). A pipetagem é o procedimento de transferir o conteúdo 
da pipeta para outro recipiente. Conforme Vogel (2002), a tolerância da pipeta 
volumétrica de 25 mL é de 0,06 mL. 
A ​bureta tem por objetivo conter um líquido ou solução, ela possui uma 
torneira pela qual a vazão é controlada manualmente e uma graduação, que permite 
 
 
6 
observar o volume escoado. Muito utilizada na realização de titulações. De acordo 
com Vogel (2002), a tolerância da bureta de 50 mL é de 0,05 mL. 
O ​balão volumétrico é usado para preparar soluções de concentração 
conhecida e diluição de amostras. Possui volume fixo e é mais preciso que os outros 
tipos de balões. Não é indicado para armazenamento de reagentes. Tal qual afirma 
Harris (2005), a tolerância para um balão volumétrico de 50 mL é de 0,05 mL. 
Além das vidrarias volumétricas, há ainda muitas outras, como: 
O ​béquer​, que possui formato cilíndrico e bico na parte superior. É graduado e 
pode ser aquecido. É utilizado para fazer reações entre soluções, dissolução de 
substâncias e efetuar reações de precipitação. Contudo, sua graduação não possui 
muita exatidão. 
A ​proveta​, utilizada para medir o volume de líquidos e soluções, assim como 
fazer transferências de líquidos. Em comparação com a pipeta, a proveta requer 
menor habilidade manual, entretanto sua graduação é menos precisa, sendo a 
tolerância de 0,1 mL. 
 O ​erlenmeyer​, usado para o preparar e armazenar soluções e líquidos, além 
de poder ser usado em seu aquecimento. É mais fácil de manusear do que o béquer, 
pois possui um afunilamento que diminui a probabilidade de perda de material. 
 O ​tubo de ensaio​, útil no teste de reações e no aquecimento de substâncias e 
compostos em pequenas quantidades. 
 O ​vidro de relógio​, que serve para pesar substâncias em pouca quantidade, 
além de cobrir outro recipiente para evitar a evaporação ou a contaminação de um 
líquido ou solução. Ademais, não pode ser aquecido diretamente. 
No momento de aferir volumes com essas vidrarias é necessário ter atenção 
quanto ao menisco (curvatura na superfície do líquido devido a adesão às paredes 
internas da vidraria). O ponto mais baixo do menisco tem que estar tangente à borda 
superior da marca de volume,existindo algumas exceções, como o mercúrio. (Figura 
2) 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
Figura 2- Menisco 
 
Fonte: ​http://cienciasfisicas42.blogspot.com.br/​. 
Nos procedimentos laboratoriais também se faz necessária a utilização de 
balanças, equipamentos utilizados para medir a massa de um corpo. As 
especificações mais importantes de uma balança são a precisão, a exatidão, a 
capacidade (peso máximo que uma balança pode medir) e a sensibilidade (a menor 
massa que a balança consegue gerar um resultado medível). Existem diversos tipos 
de balanças de laboratórios, entre elas a analítica (sensibilidade de 0,0001 g) e a 
semi analítica (sensibilidade de 0,001g). 
A balança analítica é capaz de pesar objetos com alto grau de precisão e 
exatidão. Os erros de pesagem causados por fatores advindos de uma balança 
desse tipo são muito menores do que os erros causados por fatores ou agentes 
externos à balança. Por exemplo, o objeto não deve ser tocado com as mãos nuas, 
pois as impressões digitais podem causar alterações no peso. Ele também não deve 
ser pesado estando em temperatura diferente da ambiente, para que não haja troca 
de calor dele com o meio externo, o que provocaria uma corrente de ar dentro da 
câmara da balança, causando erro nas medições. 
Já a balança semi analítica, por possuir menos sensibilidade, é utilizada para 
realizar pesagens que não necessitam de muita exatidão. Ela não possui envoltório, 
como há na analítica. 
Diante disso, são de suma importância as técnicas de aferição para a 
realização de experimentos em laboratório, além de se conhecer as vidrarias e 
objetos utilizados para procedimentos, uma vez que, são buscados dados precisos e 
http://cienciasfisicas42.blogspot.com.br/
 
 
8 
com mínimas porcentagens de erros. Já que, falhas e erros levariam a conclusões 
inesperadas e erradas. 
2 OBJETIVO 
 
O presente relatório tem por objetivo analisar as diferentes precisões de 
vidrarias e balanças, e, a partir dessas informações, compreender em quais 
situações serão aplicadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 
 
3.1 MATERIAIS E REAGENTES 
 
● Pipeta volumétrica de 25 mL; 
● Pipeta graduada de 5 mL; 
● Béquer de 100 mL; 
● Bureta de 50 mL; 
● Proveta de 50 mL; 
● Balão volumétrico de 50 mL; 
● Válvula de sucção (pêra); 
● Pisseta; 
● Pinça para bureta; 
● Pipeta de Pasteur; 
● Vidro de relógio; 
● Balança analítica; 
● Balança semi analítica; 
● 4 rolhas; 
● Água destilada. 
 
 
3.2 METODOLOGIA 
 
3.2.1 PRIMEIRA PARTE 
 
Com uma pisseta contendo água destilada, foi transferida uma quantidade 
significativa de seu conteúdo para o béquer de 100 mL. Com a pipeta volumétrica de 
25 mL devidamente encaixada sob a pêra, foi iniciado a sucção da água, 
cautelosamente verificando o nível do menisco em relação à marca de aferição. 
Com o menisco devidamente posicionado sobre a marca, toda a água contida 
na pipeta volumétrica foi escoada para dentro do balão volumétrico de 50 mL. O 
processo foi repetido mais uma vez para o mesmo recipiente. 
 
 
10 
Novamente, com o auxílio da pêra, foram succionados 25 mL de água 
destilada por meio da pipeta volumétrica, e foi escoado em um béquer de 100 mL. O 
processo foi realizado outra vez. 
Ainda utilizando a pêra, duas pipetagens com a pipeta de 25 mL contendo 
água destilada foram realizadas numa proveta de 50 mL. 
Posteriormente, foram pipetados duas vezes 25 mL de água destilada para 
uma bureta de 50 mL. 
Em seguida, os recipientes foram analisados e partindo-se disso, foram 
adicionadas, com o auxílio da pipeta de Pasteur, gotas de água destilada para que o 
nível da água fosse corresponde a marcação de cada vidraria. 
 
 
3.2.2 SEGUNDA PARTE 
 
Em um segundo momento, foi direcionada a uma balança analítica um vidro 
de relógio, a balança foi tarada (zerada a massa do vidro de relógio, para que 
apenas a massa das gotas fosse contabilizada) e, em seguida, utilizando-se uma 
pipeta de Pasteur, foram adicionadas 20 gotas de água destilada a ele, observando, 
em seguida, a massa obtida. 
Logo após, a vidraria foi retirada e secada usando papel toalha, sendo 
colocada novamente na balança e tarada. Posteriormente, foram adicionadas 20 
gotas à vidraria, usando uma pipeta graduada de 5 mL, sendo possível, então, 
visualizar a massa obtida. 
 
 
3.2.3 TERCEIRA PARTE 
 
Na terceira parte, diante da balança analítica, foram pesadas individualmente 
as quatro rolhas submetidas ao experimento, sempre tarando a balança antes da 
medição do próximo sólido. Em seguida, as quatro rolhas juntas foram pesadas e a 
balança tarada. Logo após, a rolha de maior massa foi escolhida para ser pesada 
cinco vezes. 
 
 
11 
Posteriormente, todo o processo foi repetido na balança semianalítica: quatro 
pesagens individuais, uma pesagem em conjunto e cinco pesagens seguidas da 
rolha de maior massa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
A partir dos procedimentos realizados na primeira parte do experimento (item 
3.2.1), foi possível obter a quantidade de gotas que precisou-se adicionar em cada 
vidraria para que o menisco fosse atingido de acordo com sua respectiva graduação. 
No balão volumétrico a quantidade de gotas acrescentadas foi 15; no béquer o 
menisco foi atingido sem o acréscimo ou decréscimo de gotas; na bureta, 36 gotas 
adicionadas; na proveta, 20 gotas adicionadas. (Tabela 1) 
 
Tabela 1 - Quantidade de gotas adicionadas 
VIDRARIA
S 
Balão volumétrico Béquer Bureta Proveta 
NÚMERO 
DE GOTAS 
15 gotas 
adicionadas 
 
- 
36 gotas 
adicionadas 
20 gotas 
adicionadas 
Fonte: Dos autores (2018). 
 
No segundo momento (item 3.2.2), obtiveram-se as massas, determinadas 
pela balança analítica, de 20 gotas de água destilada tomadas com a pipeta de 
Pasteur e de 20 gotas de água destilada tomadas com a pipeta graduada de 5 mL. A 
massa das gotas obtidas com a pipeta de Pasteur foi de 0,3529g, já para pipeta 
graduada foi de 0,8909g. Admitindo-se que a densidade da água a 25ºC é 1 g/mL, 
as massas obtidas são numericamente iguais ao volume dessas amostras. Dividindo 
esses volumes por 20 (número de gotas), é encontrado o valor médio para cada 
gota, portanto, para a pipeta de Pasteur temos o volume de 0,017645 mL e, para a 
pipeta graduada, 0,044545 mL. (Tabela 2) 
 
Tabela 2 - Volume das gotas 
INSTRUMENTO Pipeta de Pasteur Pipeta Graduada 
 VOLUME DE 20 GOTAS 0,3529 mL 0,8909 mL 
 VOLUME DE 1 GOTA 0,017645 mL 0,044545 mL 
Fonte: Dos autores (2018). 
 
 
 
13 
Essa diferença apresentada em relação ao volume de cada gota mensurada 
pelos dois instrumentos é resultado dos seus diferentes diâmetros de saída. 
Enquanto a pipeta de Pasteur tem um diâmetro de menos de 1 mm, a graduada 
apresenta cerca de 15 mm, o que proporciona uma maior saída de água na 
segunda. É possível perceber também que a tetina da pipeta de Pasteur leva a uma 
maior precisão no gotejamento do que a pêra. 
Sabendo que cada gota de água destilada mensurada com a pipeta de 
Pasteur possui um volume de 0,017645 mL, pode-se inferirque o volume adicionado 
ao balão volumétrico foi de 0,264675 mL; à bureta, 0,63522 mL e à proveta, 0,3529 
mL. 
Analisando as diferenças de volume obtidas experimentalmente e os valores 
permitidos pelas normas de precisão das vidrarias (item 1), observa-se uma 
diferença considerável. Para o balão volumétrico utilizado, a tolerância é de 0,05 mL, 
valor aproximadamente 5 vezes menor do que o obtido experimentalmente. Pode se 
observar que essa vidraria foi a que necessitou de um menor acréscimo de gotas, 
fato que condiz com sua alta precisão. 
No béquer, a quantidade de água destilada transferida pela pipeta foi 
exatamente igual a marca de sua graduação, o que vai de encontro ao que afirma 
Vogel (2002), que o apresenta como uma das vidrarias mais imprecisas. 
Em relação à bureta, a tolerância é de 0,05 mL, valor aproximadamente 12 
vezes menor que o encontrado no experimento. Foi a vidraria na qual o volume 
acrescentado foi o maior, contradizendo o fato de sua precisão ser uma das maiores. 
Possivelmente, essa discrepância foi ocasionada por um erro instrumental, visto que 
a torneira da bureta utilizada não estava vedando completamente a saída de água, 
permitindo que uma pequena quantidade de água saísse do recipiente. 
Já para a proveta, a tolerância é de 0,1 mL, e, experimentalmente, obteve-se 
uma diferença 3 vezes maior, erro que não é tão fora do esperado. 
De forma geral, as imprecisões geradas foram ocasionadas por erros: 
pessoais, pois não é possível ter certeza quanto a exatidão da visualização da 
menisco e da marca da vidraria; também erros experimentais, visto que, tanto a 
pipeta, que foi considerada como instrumento padrão, quanto os demais podem ter 
histórico de uso que alterou suas estruturas moleculares. Essa alteração pode ter 
 
 
14 
sido resultado de aquecimento da vidraria, em chapa aquecedora ou na secagem da 
estufa. Além do histórico, cada objeto possui uma margem de erro aceitável, 
unindo-os, são gerados erros mais expressivos. 
No terceiro momento (item 3.2.3), por meio da pesagem das quatro rolhas, 
nas balanças analítica e semianalítica, foram obtidos os dados expressos na Tabela 
3. 
Tabela 3 - Massas das rolhas 
BALANÇAS Rolha 1 Rolha 2 Rolha 3 Rolha 4 Todas 
juntas 
ANALÍTICA 23,1863 g 26,5013 g 12,4619 g 8,4401 g 70,5884 g 
SEMI 
ANALÍTICA 
23,19 g 26,51 g 12,48 g 8,45 g 70,61 g 
Fonte: Dos autores (2018). 
 
Utilizando o conceito de exatidão (item 1), foi possível calculá-la para cada 
pesagem acima na balança semianalítica, tendo a balança analítica como padrão. O 
erro relativo em relação a cada uma das rolhas encontra-se na Tabela 4. 
Tabela 4 - Erros relativos das pesagens na balança semi analítica 
SEMI 
ANALÍTICA 
Rolha 1 Rolha 2 Rolha 3 Rolha 4 Todas 
juntas 
ERRO 
RELATIVO 
0,01596% 0,03283% 0,14524% 0,11729% 0,03059% 
Fonte: Dos autores (2018). 
A Rolha 2 foi selecionada para pesagem individual, processo repetido 5 vezes 
na balança analítica e também 5 vezes na balança semianalítica. A massa obtida em 
cada uma dessas pesagens está apresentada na Tabela 5. 
Tabela 5 - Massas da Rolha 2 
ROLHA 2 1º pesagem 2º 
pesagem 
3º 
pesagem 
4º pesagem 5º 
pesagem 
ANALÍTICA 26,4393 g 26,5023 g 26,4996 g 26,4995 g 26,4995 g 
SEMI 
ANALÍTICA 
26,50 g 26,51 g 26,51 g 26,51 g 26,51 g 
Fonte: Dos autores (2018). 
 
 
15 
A partir da ideia de precisão (item 1), determinou-se a precisão de cada 
pesagem da Rolha 2 por balança, os resultados obtidos se encontram na Tabela 6. 
 
Tabela 6 - Precisão nas pesagens da Rolha 2 
ROLHA 2 1º pesagem 2º 
pesagem 
3º 
pesagem 
4º pesagem 5º 
pesagem 
ANALÍTICA 0,04874 g 0,01426 g 0,1156 g 0,01146 g 0,01146 g 
SEMI 
ANALÍTICA 
0,008 g 0,002 g 0,002 g 0,002 g 0,002 g 
Fonte: Dos autores (2018). 
 
No cálculo da exatidão da balança semi analítica, adotou-se como padrão a 
balança analítica. Tomando por base os fatos de que a balança semi analítica possui 
baixa sensibilidade, não possui envoltório e tem a função de realizar pesagens que 
não requerem muita exatidão (item 1), já era esperado que existisse uma diferença 
nos valores apresentados pelas balanças analítica e semi analítica. 
Além disso, no cálculo da precisão, foram analisadas as medições feitas com 
a Rolha 2 nas duas balanças. Como a balança analítica possui uma maior 
sensibilidade, os fatores externos (fluxo constante de pessoas na sala, temperatura, 
peso feito sobre a bancada e correntes de ar) influenciaram a medição e, 
consequentemente, os dados obtidos, causando resultados relativamente 
divergentes. Já a balança semi analítica, apresentou dados mais próximos entre si, 
pois, devido a falta de sensibilidade, característica desse tipo de equipamento, os 
fatores externos não foram capazes de causar uma grande variação entre os 
resultados obtidos. 
Em relação à linearidade das balanças, observou-se que, quando pesadas as 
rolhas juntas 
 
 
 
 
 
 
16 
5 CONCLUSÃO 
 
A partir do primeiro experimento (item 3.2.1) foi possível concluir que as 
vidrarias apresentam diferentes graus de precisão e exatidão, no entanto, esses 
podem ser afetados por diversos fatores, tanto erros pessoais, como falta de 
atenção, quanto instrumentais, quando a graduação da vidraria está descalibrada, 
por conta de mau uso ou erro de fabricação. Para o procedimento realizado, o 
béquer se comportou como a vidraria mais precisa, provavelmente pelos tipos de 
erros citados anteriormente. Já a bureta, que, em tese, é uma das vidrarias mais 
precisas, apresentou uma diferença relativamente grande para o valor esperado, 
pois estava permitindo escape de volume pela torneira 
Quanto ao segundo experimento (3.2.2), percebe-se experimentalmente que 
a diferença de volume escoado por gota pela pipeta de Pasteur e a pipeta graduada 
é ocasionada pela diferença entre os diâmetros de tais instrumentos, em que a 
pipeta de Pasteur conferirá maior precisão em virtude de seu menor diâmetro. 
Por fim, no terceiro experimento (3.2.3), pôde-se visualizar como as diferentes 
sensibilidades das balanças alteram no resultado da massa apresentada. Como a 
balança analítica é mais sensível, se as condições externas não são adequadas 
(temperatura, estabilidade da bancada, calibração em relação à superfície) 
observa-se uma grande diferença na precisão. Já para a balança semi analítica, 
esses fatores, apesar de influenciarem, não apresentam impactos tão expressivos. 
Apesar disso, a balança analítica continua sendo a mais indicada para pesagens que 
necessitam de grande sensibilidade. 
Diante de todas essas informações, conclui-se que é muito importante ter 
atenção quanto a precisão e exatidão de cada instrumento e, ainda, se essas se 
mantém estáveis em determinadas circunstâncias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Balanças analítica e semi analítica, saiba a diferença. ​Disponível em: 
<​http://www.balancas-analiticas.com.br/home/balanca-analitica-e-semi-analitica-saib
a-a-diferenca/​>. Acesso em 14 de abr. de 2018. 
 
FOGAÇA, Jennifer. ​Vidrarias de laboratório​. Disponível em: 
<​https://manualdaquimica.uol.com.br/quimica-geral/vidrarias-laboratorio.htm​ ​>. 
Acesso em 14 de abr. de 2018. 
 
HARRIS, DANIEL C.. ​Análise Química Quantitativa​, 6ª Edição, LTC-LivrosTécnicos e Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro-RJ, 2005. 
 
MENESES, Ana Laura. ​Determinación del volumen de un líquido​. Disponível em: 
<​http://cienciasfisicas42.blogspot.com.br/2015/10/determinacion-del-volumen-de-un-l
iquido.htm​l>. Acesso em 14 de abr. de 2018. 
 
SILVA, Lilian. Aulas práticas da disciplina de química analítica IV​. Juiz de fora, 
2011. 
 
SKOOG, WEST, HOLLER, CROUCH. ​Fundamentos de Química Analítica​, 
Tradução da 8ª Edição norte-americana, Editora Thomson, São Paulo-SP, 2006. 
 
V. Thomsen. ​Precision and The Terminology of Measurement​. The Physics 
Teacher, Vol. 35, pp.15-17, Jan. 1997. 
 
Vidrarias de laboratório​. Disponível em: 
<​www.mcientifica.com.br/shop/vidrarias-de-laboratorio/.htm​l>. Acesso em 14 de abr. 
de 2018. 
 
VOGEL. ​Análise Química Quantitativa​, 6ª Edição, LTC Editora, Rio de Janeiro-RJ, 
2002. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.balancas-analiticas.com.br/home/balanca-analitica-e-semi-analitica-saiba-a-diferenca/
http://www.balancas-analiticas.com.br/home/balanca-analitica-e-semi-analitica-saiba-a-diferenca/
https://manualdaquimica.uol.com.br/quimica-geral/vidrarias-laboratorio.htm
http://cienciasfisicas42.blogspot.com.br/2015/10/determinacion-del-volumen-de-un-liquido.html
http://cienciasfisicas42.blogspot.com.br/2015/10/determinacion-del-volumen-de-un-liquido.html
http://www.mcientifica.com.br/shop/vidrarias-de-laboratorio/bequer.html
 
 
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ANEXO 1 - RESPOSTAS DAS QUESTÕES 
 
 
1 ​- Os volumes da gotas da pipeta graduada e da pipeta de Pasteur são diferentes. 
Isso ocorre devido à diferença entre os diâmetros de saída dos dois tipos de pipeta, 
logo, por possuir menor diâmetro de saída, a gota escoada pela pipeta de Pasteur 
possui menor volume do que a gota escoada pela graduada. Além disso, a tetina 
utilizada juntamente com a pipeta de Pasteur é consideravelmente mais precisa do 
que a pêra, que é utilizada com a pipeta graduada, pois no momento de escoar o 
líquido, a pêra não proporciona uma boa precisão em relação ao volume de cada 
gota, diferentemente da tetina. 
 
2 - Pipeta volumétrica. Em uma titulação é necessário assegurar que o volume de 
solução transferida será preciso e exato, logo, como descrito no item 1, a pipeta 
volumétrica é a mais indicada, pois é a mais precisa. 
 
3 - O instrumento mais adequado para medir 70 mL de ácido acético é a proveta, 
pois, em comparação com outras vidrarias, possui uma boa precisão, além de ter as 
funções de medir e transferir soluções e líquidos. Além disso, a proveta, em 
comparação com a pipeta, requer menor habilidade manual por parte do operador, o 
que diminui a probabilidade de ocorrência de erros pessoais. Ademais, supondo que 
as pipetas disponíveis para a medição possuem capacidade de 25 mL, então seriam 
necessárias no mínimo três pipetagens para atingir o volume de 70 mL, logo, a 
pipeta não é o tipo de instrumento mais adequado para a medição. Outra vidraria 
muito utilizada em medições é a bureta, entretanto, seu uso seria muito dispendioso, 
uma vez que, diferentemente de uma titulação, a medição de um volume não torna 
necessária o emprego de uma torneira que controle a vazão. E por fim, como o 
balão volumétrico não possui uma ergonomia adequada para a transferência de 
líquidos, seu uso não seria conveniente. 
 
4 - Devido às trocas de calor com o meio externo, o vidro pode se expandir ou 
contrair-se. Todavia, nem sempre o vidro que se dilatou retorna ao seu volume inicial 
 
 
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após ser resfriado, o que caracteriza um fenômeno conhecido como histerese 
(SILVA, 2011). Portanto, para que não ocorra alteração no volume das vidrarias, 
estas não devem ser colocadas na estufa.

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