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Microbiologia 24/04 ATD2 Reproducao e resistencia bacteriana - Revisão: • Visão geral da microbiologia e da parasitologia: • 3 Grandes grupos que determinam doença no hospedeiro homem: - Eumintos - Protozoarios - Bacterias - Fungos - Virus • Infecção: implantação + adaptação + multiplicação —> DANO CELULAR - Dano celular: • Direto: - Exotoxinas; - Endotoxinas - Efeitos citopáticos diretos • Indireto: - Imunocomplexos (anticorpo+ antígenos em exagero) —> vasculites, artrites, glomerulonefrites —> infecção local. - Autoimunidades —> mimetize antigênica - Por resposta do tipo celular (linfocito T CD8). • Estruturas celulares: - Essenciais: membrana plasmática (armazenamento, produção de energia), DNA cromossomas (fatores de virulência —> ilhas de patogenicidade), ribossomo, citoplasma, parede celular (possui exceções). • Parede celular: - Gram positivas - Gram negativas - Diferença nas características bioquímicas na parede celular desses micro-organismos. - Coloração inicial de GRAM: • Determina a forma da bacteria e seus arranjos, além de, a partir de uma segunda coloração, saber se é gram positiva ou negativa. - Coloração de Ziehl-Nilssen: Bacterias alcool acides resistentes. - Facultativas: capsula, substancias poliméricas extracelulares (NPS), fimbrias, flagelo, plasmídeo (DNA celular, aumento da variabilidade genetica e capacidade de adaptação). - Reprodução bacteriana: • IMPORTÂNCIA: transferencia da informação genética entre as bactérias. A partir da reprodução bacteriana há um aumento da variabilidade genética da bactéria e de sua capacidade de adaptação e sobrevivência (sobre o homem e tratamentos terapêuticos), alem de produzir fatores de virulências diferentes sendo assim novos efeitos e fenótipos patogênicos. • A reprodução bacteriana leva ao aumento da variabilidade genética (mais fatores de virulência) e maior capacidade de adaptação e sobrevivência em locais e hospedeiros —> relacionado à RESISTÊNCIA BACTERIANA. • MATERIAL GENÉTICO: - Cromossômico: toda a informação geneéica essencial e alguns fatores de virulência, único. • DNA de fita dupla continua e circular na região chamada nucleóide. - Plasmídial: facultativo. Trás vantagem adaptativa a locais, resistência.. • Pequenos DNA circulares. - Reprodução assexuada (divisão binária ou cissiparidade): - Usa dos dois materias genéticos. - Replicação do DNA cromossômico e do plasmídeo (caso a bactéria tiver)—> que compõem duas novas células (celulas filhas) que podem se separar ou não dependendo do seu arranjo. - Toda a carga genética e fatores de virulência é passada para as célula- filhas. - Na reprodução assexuada também pode ter aumento da variabilidade 1 Microbiologia 24/04 ATD2 genética caso a bactéria sofra algum tipo de MUTAÇÃO. - Unidades formdoras de colônias (UFC ou CFU) • Única célula que é viva (metaboliza) e viável (consegue se multiplicar). • A partir de uma progressão geométrica de razão 2 a bactéria única vai se multiplicando. • Bactérias possuem tempo de 1 ciclo de formação de células-filhas diferenças. - Importância no diagnóstico!!, observando em até 72h o crescimento da bactéria analisada. - Micobactérias possuem crescimento mais lento (ex: tuberculose) —> 13 a 15 hrs. É importante tentar cultivar essa micobactéria. - E. Coli —> menos que 20 min. - Reprodução sexuada: doadora e receptora (componente —> a bactéria deve ser competente para doar ou receber material genético). • Maior ganho de variabilidade genética, tanto pro bem quanto para o mal. • Transferencia de material genético entre bactérias de forma mais ativa. • A bacteria receptora deve ser competente para receber e não destruir o material genético enviado pela doadora. • Enzima de restrição: reconhece material genético exógeno e quebra ele. - Presente em algumas bactérias. - A bactéria receptora não deve possuir nenhuma enzima de restrição para poder receber o mat genético, sendo assim competente. • Formas de reprodução sexuada: - Conjugação: transferencia direta de bactérias por pontes citoplasmáticas que liga uma bactéria a outra. Transferencia de plasmídeo. • Plasmídeo também é replicado no momento da conjugação. Portanto ele é replicado em 2 momentos: na reprodução assexuada e na conjugação. • A bactéria doadora não vai perder seu plasmídeo, pois ele foi replicado. Ela pode mobilizar até 15 plasmídeos dela para outra bactéria. - Transdução: aumento d variabilidade genética mediada por partícula viral. - Transformação bacteriana: absorção de material genético e incorporação dele a partir de uma bactéria que foi lisada. É mais rara de acontecer em plasmídeos. • É feita por células competentes em incorporar esse material genético, na maior parte das vezes no seu material genético cromossômico. Tipos de reprodução sexuada: - Transformação bacteriana: • Bacterias naturalmente competentes: • Uma bactéria morre e deixa fragmentos de material genético (DNA), e próximo a essa bactéria que morreu tem uma outra bactéria, com DNA diferente, bactéria essa competente para absorver, colocar para dentro e incorporar esse material genético do meio no seu DNA cromossomial. • Como é a bactéria competente para fazer a transformação bacteriana? Deve conter: - DNA binding proteins: • Proteínas de ligação para material genético de dupla fita. - Autolisinas: quebra a estrutura de parede celular da bactéria expondo o seu material genético e as proteínas DNA binding proteins. - Exonuclease: enzima que faz a retirada dos nicleotídeos, transformando o material genético dupla fita em simples fita, quebrando as ligações de hidrogênio. - Proteína ligadora do DNA simples fita: protege o material simples fita e transporta o DNA simples fita próximo ao cromossomo da bactéria. - Proteína RecA: integra o material genético simples fita ao cromossomo da bactéria, transformando o seu material genético. • Esse material genético é integrado em uma região complementar do DNA dupla fita (ficando 3 fitas) da bactéria, retirando então uma fita do DNA cromossômico (ficando 2 fitas), 2 Microbiologia 24/04 ATD2 e a fita que restou do DNA cromossômico da bactéria é digerida e reutilizada. - Depois a própria enzima da bactéria (polimerase) vem e completa a simples fita, que não foi compatível com o DNA da bactéria, com os núcleotideos correspondentes, sendo esse o novo material genético da célula —> aumento da variabilidade genética (célula recombinate e transformada). - Conjugação bacteriana: • Feita por bactérias de mesma espécie ou de espécies não relacionadas, baste que a bactéria tenha competência para doar ou receber) • Plasmídeo F (fator sexual ou fator de fertilidade) = capacidade de transferência do material genético. A bactéria que tem o plasmídeo F é conhecida como F+ ou como macho —> BACTÉRIA DOADORA DO MATERIAL GENÉTICO DEVE CONTER O PLASMÍDEO F. - Sex pilus (fimbria sexual) produzida pelo plasmídeo F —> faz um túnel citoplasmático que conecta ela a uma bactéria F- (female), replicando seus plasmídeos (muitas vezes os plasmados de fertilidade também) e doa para a bactéria F-, transformado essa em F+ podendo conjugar com outras bactérias. • Bactéria com capacidade de doar mat genético —-> tem o plasmídeo F —-> ponte citoplasmática para a célula F- —-> transferência de 10 a 15 plasmídeos que foram replicados. - Possui o sex pilus. - Após a conjugação continua sendo F+. - Geralmente cada bactéria possui dois plasmídeos de fertilidade para um cromossomo (2:1). • Bactéria F- —> capacidade de receber. Na maioria das vezes recebe o plasmídeo F da bactéria doadora. • CÉLULA DOADORA F+ —-> CÉLULA RECEPTORA F-. - Plasmídeo de fertilidade produz a ponte citoplasmática; - Plasmídeo F é replicado na maioria das vezes junto com os demais plasmídeos —-> passam para célula receptora que se torna F+, tendo assim a capacidade de se conjugar. • Existem exceção,em que bactérias F+ não replicam e doam o plasmídeo de fertilidade. • EXCEÇÃO: - Células Hfr (alta frequência de recombinação) —> o plasmídeo F, por exceção, ao invés de se transformar em um plasmídeo individual dentro da célula, se incorpora ao DNA cromossômico da bactéria, fazendo com que essa bactéria acabe replicando e doando pedaços de seu DNA cromossômico via pontes citoplasmáticas que partem do cromossomo—> SUPER RECOMBINAÇÃO GENÉTICA. • Incorporam o seu plasmídeo de fertilidade ao seu DNA cromossomial, replicando e doando pedaços desse DNA cromossômico —> aumenta a variabilidade!! • Principalmente no ambiente hospitalar. • A recombinação mantem a célula receptora F-. - Transdução: • Inserção no cromossomo bacteriano e captação de DNA bacterianao mediada por partícula viral. 3 Microbiologia 24/04 ATD2 • Exemplos: - Toxina diftérica - Toxina botulínica - Citotoxina - Resistencia a ATB • Bacteriófago (“comedor de bactérias”): - Bacteriófagos diferentes conseguem infectar bactérias diferentes. - A célula deve ter receptores (fimbrias) para esse bacteriófago: competência. • Adsorção do bacteriófago ao seu hospedeiro —> no seu receptor na bactéria o bacteriófago injeta seu material genético na bactéria receptora, a partir de uma mudança conformacional do bacteriófago para a injeção do seu DNA. • Antes de injetar o material genético, ele lança lisozimas (presentes na bainha) na parede da bactéria formando uma ponte hidrofóbica, então o material genético consegue ser inserido na célula. - CICLOS: • Ciclo lisogênico: DNA do bacteriófago se incorpora no DNA da bacteria ficando quietinho (a partir de substancias da célula que impedem o DNA do bacteriófago) e vai sendo transmitido através da reprodução assexuada (profago). • Ciclo lítico: DNA do bacteriófago consegue se reproduzir dentro da célula, deixa de ser profago. Ele se replica tanto que explode a célula, assim procurando depois outras células para infectar. —> envolve a replicação viral. - Dentro do ciclo lítico, o DNA do bacteriófago é replicado (em 900x de 1000x), mas em 1x em 1000x ele incorpora no seu DNA o material genético da bactéria (ocorre sem querer) —> assim, ele leva para outras bactérias ,após a lise da bactéria hospedeira ,o DNA da bactéria. • 1x em cada 1000x o DNA bacteriófago incorpora material genético bacteriano, e depois da lise, esse bacteriófago leva para outras células esse DNA bacteriano. 4 Microbiologia 24/04 ATD2 Resistencia bacteria - Recombinação genética: • Mecanismo de ação dos antimicrobianos. - Locais de ação: • DNA girase • RNA polimerase (transcrição dos RNAs) • Síntese protéica • Membrana citoplasmática • Metabolismo do ácido fólico (participa da síntese de DNA) • Síntese de PC - Recombinação genética: aumento da virulência e mecanismos de resistência bacteriana. A recombinação genética permite uma maior variabilidade, o que pode causar uma resistência a antimicrobianos. • Ocorre por: - Mutações no DNA bacteriano (simples); - Aquisição de plasmídeos contendo genes de resistência; - Recombinação cromossômica (transdução, ex). - Exemplos: • Produção da beta-lactamase; • Alterações ribossômicas; • Alterações de permeabilidade da membrana celular da bactéria; • Alterações na parede celular. - O mecanismo pode adquirir varias formas de se proteger aos antimicrobianos a partir da recombinação genética. - Microbiologia clínica: cada bactéria possui uma resistência. - Detecção de resistência de Staphylococcus aureus à oxacilina ou, também, vancomicina. • Possui resistência a vários antimicrobianos diferentes. Possui formas diferentes de resistência. • O Staphylococcus aureus é resistente à oxacilina e também, à vancomicina. • 1928 (Alexander Fleming) – Um fungo produziu uma substância, denominada penicilina, que impedia a reprodução do Staphylococcus. • OBS: a penicilina é um beta- lactamico, classe de antibióticos. • Foi a primeira vez que um antibiótico foi usado clinicamente foi contra uma infecção por Staphylococcus aureus. • A penicilina age na parede celular na bactéria. • COMO A PENICILA AGE: • Ela inibe a transpeptização, não formando as pontes peptídicas impedindo a formação da parede celular. • PBP: proteínas que se ligam a penicilina para inibir essa transpeptização. • Na década de 1960: cerpas resistentes à penicilina (penincilinases/ betalactamase) – quebra o anel do beta-talâmico e impede sua ação. • Resistência aos Antibióticos: 1ª vez que um antibiótico foi usado, clinicamente, foi contra uma infecção por S. aureus. (1928) —> 1º tratamento com antibiótico (penicilina —> ação de inibição) - PENICILINA: age na parede celular da bactéria, impedido a transpeptizacão (3º aminoácido se liga ao último aminoácido). Penicilina age inibindo a transpeptização, formando um “buraco” na parede celular —> causando edema osmótico, sem formação da parede celular. - Antibiótico beta-lactâmico. - Bactéria tona-se resistente pela produção de uma enzima (beta- lactamase ou penicilimase).(1º mecanismo de rssitencia da bactéria) • Protein binding peniciline (PBP) - proteina ligadora de penicilina. • OBS: 3º aminoacido do tetrapeptídeo das bactérias gram + são diferentes das bactérias gram -. - Meticilina e oxacilina —> beta- lactâmico sintético, resistente à acao das beta-lactamases —> em bacterias resistentes à penicilina eram usadas a meticilina e a oxacilina. 5 Microbiologia 24/04 ATD2 - Década de 70: cepas resistentes a meticilina (MRSA- Staphylococcus aureus resistente à meticilina) e oxacilina (ORSA). • Como elas sao resistentes ao antibacterianos? - 2º mecanismo de rsistencia da bactéria: • Bacteria recebe o gene MecA que faz com que o MRSA ou ORSA desenvolva outros tipos de PBP (proteinas ligaduras de penicilina) que não aceitam mais beta- lactamicos. Devido a isso a penicilina, a meticilina, a oxacilina e nenhum beta- lactâmico consegue quebrar a transpeptidação —> resistência! • Bactéria se torna resistente por um fenômeno de mutação. - Gene MecA faz uma proteina mudada que não deixa os beta- lactâmicos agirem. - E-test: metodos laboratoriais para a detecção da resistência à oxacilina ou meticilina. - Alternativa: vancomicina • Glicopeptideo que age na parede celualr da bacteria, e não usa PBP para se ligar. • Ate 1996. - 1997: relatou a primeira cepa clinica de S. auerus resistente a vancomicina (VRSA). • VRSA possuem colonias bem pouco ortodoxas. • Qual o mecanismo de resistência? 3º mecanismo. - Ocorre uma exarcebacao da síntese da parede celular (70x maior). Mecanismo poligenetico, vários genes estar envolvidos. - Essa exarcebacao faz com que a vanomicina tente agir mas não consegue. - 2003: descobriu um plasmídeo envolvido na produção exacerbada do peptídeo gligcano da parede. - Plasmídeo gene vanA —> faz com que essas bactérias tenham uma resistência pela com amima concentração de peptideoglicaneo. - Ocorreu uma conjugação do S. aureus com o enterococcus faceais do gene vanA —> connjugacao b 6
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