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FACULDADE FACERES Juliana Sabadini 1 Morfologia AULA 2 ORGANIZAÇÃO DA SUBSTANCIA BRANCA TIPOS DE FIBRAS Esses pontinhos e linhas são feixes de axônios de neurônios que vão comunicar superior e inferiormente, ou da direita pra esquerda, ou de anterior pra posterior. • Tudo que for subindo e descendo é chamado de FIBRAS DE PROJEÇÃO. As vias grácil, cuneiforme e espinotalamico quando chega no tronco encefálico se projetam no córtex, portando fibras de projeção. A principal via de projeção é a capsula interna, coroa radiada e fórnice. • Tudo que estiver cruzando da direita pra esquerda são chamadas de FIBRAS DE ASSOCIAÇÃO INTER- HEMISFÉRICAS. Também chamadas de FIBRAS COMISSURAIS. Corpo caloso é a maior. • Tudo que estiver indo de anterior pra posterior do mesmo lado hemisférico, são FIBRAS DE ASSOCIAÇÃO INTRA- HEMISFÉRICAS. Tudo que está verde vai de anterior pra posterior, fibras de associação intra- hemisféricas. De vermelho e amarelo está indo da direita pra esquerda, fibras de associação inter-hemisféricas. E de roxo está longitudinal, subindo e descendo, são fibras de projeção. FACULDADE FACERES Juliana Sabadini 2 A massa branca é fibras de projeção. A que cruza de um lado pro outro é inter- hemisférica. As ilhas brancas no lobo temporal são isoladas por substancias cinzentas, não se comunica com direita ou esquerda, nem superiormente, então só pode estar se comunicando antero-posterior, logo fibras intra-hemisféricas. Na imagem abaixo as fibras estão indo de anterior para posterior, logo são fibras intra- hemisféricas. Nessa vemos o corpo caloso, com as fibras comissurais, ali no meio. E as outras todas são intra-hemisféricas. Nessa abaixo as vermelhas são inter- hemisféricas, e as pretas são de projeção. ÁREAS CORTICAIS Sobre as áreas corticais, pode ter áreas corticais primárias ou áreas de projeção, áreas secundárias e terciarias Fibras de projeção ou chegam ou saem de áreas de projeção (primarias) A área somestesia no giro pós- central é uma área de projeção, informações de tato, dor são projetadas no córtex pós central. O trato espinal por exemplo desce do giro pré- central, desce da área de projeção. As áreas primárias são áreas unimodais, elas só interpretam uma modalidade de sensação como paladar, audição, tato, visão, motora, somestesica. Quando você vê algo, para compreender o que aquela imagem é, é necessário a informação espalhar pelo córtex para te dar outras informações e ativar memória, a partir dai entender o que é. FACULDADE FACERES Juliana Sabadini 3 Essa comunicação ocorre por neurônios de associação, pelas fibras de associação. Toda área primária tem uma área secundária. Toda área primária recebe informação pelas fibras de projeção (ex nervo optico) e toda área de projeção (primaria) emite fibras de associação pra uma área de associação (secundaria), para interpretar aquilo, por exemplo interpretar a visão é mandado pro mesmo lado então pelas fibras intra- hemisféricas ( de primaria para secundária). Por isso são curtinhas (verde na ultima imagem). As vezes imagens geram emoções, isso só acontece quando comunica para varias partes do cérebro, logo fibras cruzam, então são fibras inter- hemisféricas, essas áreas são chamadas de áreas terciarias, que são polimodais, recebem informações de tudo que está acontecendo ao redor, como sistema límbico, córtex pré-frontal e Werneck. As áreas de projeção se comunicao com áreas de associação pelas fibras de associação intrahemisfericas. As áreas de associação (secundarias) se comunicam com o resto do cérebro (áreas terciarias) por ficar de associação interhemisfericas COROA RADIADA FACULDADE FACERES Juliana Sabadini 4 Corte transversal da cápsula interna. É a representação cortical do homúnculo de Pienfield passando pela cápsula interna. A parte mais anterior superior é área motora, a área sensitiva é a parte mais posterior. As fibras descritas como tálamo parietais, na parte do terço posterior da coluna posterior da cápsula interna, é aonde irá passar as fibras sensitivas do corpo todo (espinotalâmico posterior, espinotalâmico anterior, grácil, cuneirforme etc). Observar: homúnculo de Pienfield, pois se eu tenho que projetar fibras no córtex ou do córtex, se sair da testa tem que projetar testa, se sair da mão tem que projetar mão. Todos os membros representados são motores. A capsula interna é onde esta mais estrangulada, já a parte da coroa radiada é onde esta mais larga Receptor de tpt/pressão à informação irá subir pelo trato espinotalâmico (medula)à cápsula interna à coroa radiada à chega na ÁREA SOMESTÉSICA PRIMÁRIA. O Nervo que estará transmitindo a sensação para a região do rosto (do homúnculo) é o NERVO TRIGÊMEO. observação!!! se perguntar o nervo que passa pelo rosto do homúnculo, lembrar que não é nenhum dos nervos espinais e sim o trigêmeo. A comissura anterior esta acima do quiasma optico. Comissura posterior embaixo da glândula pineal. FACULDADE FACERES Juliana Sabadini 5 O corpo caloso é a maior comissura do corpo. A capsula interna está separando o tálamo dos núcleos da base. Parte sensitiva é no posterior da capsula interna. O fónix faz parte do sistema límbico, o fónix da direita cruza com o da esquerda, tem uma comissura. E o hipocampo também, a parte direita cruza com a esquerda. Fibras de projeção: aonde estão os tratos (motores ou sensitivos, ascendentes e descendentes), passando pela cápsula interna, virando coroa radiada chegando no córtex. Fibras comissurais ou fibras inter- hemisféricas: passam da direita para esquerda. Fibras de associação (fibras Intrahemisféricas) uma mais curta (no canto superior), e uma mais longa comunicando o lobo anterior com o lobo posterior. FACULDADE FACERES Juliana Sabadini 6 Área 5 e 7: ÁREA SECUNDÁRIA SOMESTÉSICA. (área branca na parte superior). No giro pós-central o córtex é área somestesia primária. O lóbulo parietal superior é o córtex somestésico secundário. Tudo que é primário são áreas de projeção e secundário é área de associação. A amarela é onde percebe o som, se lesar fica surdo, se lesar a área amarelinha do lado escuta, mas não entende, pois é a área de associação. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DO CORTEX SOMATOTOPIA 52 áreas de BRODMANN. Consideradas como especializações funcionais de determinadas áreas e não como compartimentos isolados e estanques. Obs: As áreas corticais não são homólogas. Nesta imagem tudo que está pintado de vermelho são áreas primárias. O giro pós- central é a 3, 1 e 2. Tudo de amarelo e laranja é secundário. O de azul é terciário. Nesta segunda imagem vemos o sistema límbico, esse vermelho é a área olfatória. ÁREAS DE PROJEÇÃO áreas que recebem ou dão origem a fibras relacionadas diretamente com a sensibilidade e a motricidade. Mantém relações ponto a ponto com a periferia emitindo (Eferente) e recebendo (Aferente) informações ÁREAS PRIMÁRIAS ÁREA MOTORA PRIMARIA FACULDADE FACERES Juliana Sabadini 7 ÁREAS SENSITIVAS PRIMARIAS Área SOMESTÉSICA (Somestésica ou Somatossensitiva): Recebe impulsos nervosas para as sensações do TATO, Propriocepção (Percepção das articulações e dos músculos), dor, prurido, cócegas e temperatura. Área VISUAL: Recebe impulsos que conduzem informação visual e está implicada na percepção visual. Área AUDITIVA: Recebe informações dos receptores auditivos e está implicada na Área VESTIBULAR: Recebe informações do sistema vestibular e está implicada na percepção do equilíbrio. Área OLFATÓRIA: Recebe informações para o olfato e está implicada na percepção olfatória. Área GUSTATIVA: Recebe impulsos gustatórios e está implicada na percepção gustatória AREAS DE ASSOCIAÇÃO Áreas relacionadas com as funções psíquicas complexas.Áreas que armazenam experiências, recordações e projetos de ação. AREAS SECUNDARIAS Áreas Unimodais: Relacionadas à motricidade e à sensibilidade. Integração das impressões sensoriais e à criação dos esquemas para os atos motores, base para funções como raciocínio lógico e a criatividade. Áreas de associação secundárias: áreas de ordem superior interessadas no processamento mais detalhado das sensações e projetam se para uma ou mais das 3 áreas de associação terciárias. FACULDADE FACERES Juliana Sabadini 8 ÁREA MOTORA SECUNDÁRIA Armazenamento dos esquemas das sequências motoras mais complexas e planejamento dos movimentos. 1: Área Motora Suplementar: Concepção ou planejamento de sequências complexas de movimentos 2: Área Pré motora: Coloca o corpo em postura básica preparatória para a realização de movimentos mais delicados a cargo da musculatura distal dos membros Participa do processo de programação de atividades motoras guiadas por estímulos sensoriais externos 3: Área de BROCA: Programação da atividade motora relacionada com a expressão da linguagem (Escrita e falada) ÁREAS SENSITIVAS SECUNDÁRIAS: Armazenamento de experiências e sensações pregressas para que possam ser comparadas, identificadas e interpretadas. 1) Área SOMESTÉSICA: Permite determinar a forma, a textura, determinar a orientação de um objeto com relação a outro e sentir a relação de uma parte do corpo com outra. Armazenamento de memórias de experiências passadas, permitindo comparar com sensações atuais 2) Área VISUAL 3) Área AUDITIVA 4) Área OLFATORIA TODO CORTEX AREAS TERCIARIAS Áreas supra modais: Relacionadas com atividades psíquicas superiores como à memória, Processos simbólicos e o pensamento abstrato. COGNIÇÃO Ato ou processo da aquisição do conhecimento que se dá através da percepção, da atenção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem. Comunto dos processos mentais usados no pensamento, na classficação, reconhecimento e compreensão para o julgamento através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e soluções de problemas. Forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada através dos cinco sentidos. Cognição é mais do que simplesmente a aquisição de conhecimento e consequentemente, a nossa melhor adaptação ao meio é também um mecanismo de conversão do que é captado para o nosso modo de ser interno. Processo pelo qual o ser humano interage com os seus semelhantes e com o meio em que vive, sem perder a sua identidade existencial. Inicia com a captação dos sentidos e logo em seguida ocorre a percepção. Processo de conhecimento, que tem como material a informação do meio em que vivemos e o que já está registrado na nossa memória. A área terciaria: Recebem e integram as informações sensoriais já elaboradas por todas as áreas secundárias e são responsáveis pela elaboração das diversas estratégias de comportamento. Cada área terciária parece ser especializada quanto à função, apesar de todas as 3 áreas participarem de mais de uma função cognitiva, inclusive do movimento voluntário, percepção sensorial, comportamento emocional e da linguagem. 1)ÁREA PRÉ FRONTAL Relacionada à memórias de fatos recentes. Escolha das opções e estratégias de comportamento mais adequadas à situação física e social do indivíduo. Manutenção da atenção. Controle do comportamento emocional. Formação da personalidade, intelecto, capacidade complexa de aprendizado, lembrança de informação, iniciativa, julgamento, previsão, raciocínio, consciência, intuição, humor, planejamento para o futuro e desenvolvimento de ideias abstratas da pessoa. FACULDADE FACERES Juliana Sabadini 9 CÓRTEX PRÉ FRONTAL: Implicado no planejamento e na execução de ações motoras complexas. Uma das duas áreas no lobo frontal que fica anterior à áreas motora primária. **Outra Córtex Pré Motor: Incluí a área motora suplementar bem como a área pré motora. Conexões: Recebe entradas de várias áreas dos córtices sensoriais de ordem superior (associação secundária). Sensações da área primária > somestésica > córtex pré motor > córtex motor primário. Os padrões de conexão permitem que as informações sensoriais influenciem a execução dos movimentos e o planejamento dos movimentos. Planejamento estratégico das ações motoras superiores inclusive cognitivas. Pode estar implicada em uma forma de memória de curto prazo: “Memória Operativa”: Armazenamento temporário de informações usadas para guiar uma ação futura. Função de “PESAR” as conseqüências das ações futuras e planejá las convenientemente. Precisa integrar informações sensoriais internas e externas. Área rica em terminações dopaminérgicas 2)ÁREA TEMPOROPARIETAL: Recebe e integra informações recebidas das áreas secundárias auditiva, visual e somestésica. Percepção espacial para relacionar objetos no espaço extra pessoal. Área do esquema corporal ÁREA PARIETO TEMPORO OCCIPITAL: Implicadas na integração de funções sensoriais e na linguagem. Constituído por várias áreas funcionais que estão intercaladas entre as áreas somática, visual e auditiva e destas recebem projeções. Importantes no processamento das informações sensoriais para a percepção e a linguagem. ÁREAS PARIETAIS: Lesões implicam em defeitos sutis no aprendizado de tarefas que requerem conhecimento espacial do que nos rodeia, bem como o conhecimento do próprio corpo no espaço. ÁREAS TEMPORAIS: Lesões implicam em déficits da velocidade da aprendizagem de tarefas visuais. Interferência na capacidade de aquisição de uma tarefa visual aprendida e na retenção ou memória das tarefas visuais. 3) ÁREAS LÍMBICAS: Áreas relacionadas com a memória e o comportamento emocional. Implicada com a memória e com os aspectos emocionais e motivacionais do comportamento. Localizado a superfície MEDIAL e VENTRAL do lobo frontal, na superfície medial do LOBO PARIETAL e na extremidade anterior do LOBO TEMPORAL (Pólo temporal). Inclui o córtex órbitofrontal, a região cingulada e a área para hipocampal. Recebe projeções de áreas sensoriais secundárias e envia projeções para áreas corticais como o córtex pré frontal. As conexões permitem que as emoções afetem o planejamento FACULDADE FACERES Juliana Sabadini 10 MENINGES A única das meninges que é inervada é a dura-máter. VASCULARIZACAO DO ENCEFALO IRRIGAÇÃO A vascularização encefálica provém das artérias carótida interna e vertebral, cujos ramos terminais estão situados no espaço subaracnóideo. A drenagem venosa encefálica é feita pelas veias cerebrais e cerebelares que drenam para os seios venosos durais adjacentes. as artérias carótidas internas originam-se no pescoço a partie das artérias carótidas comuns. Cada artéria carótida interna entra na cavidade do crânio através do canal carotídeo na parte petrosa do temporal. Os ramos terminais das artérias carótidas internas são as artérias cerebrais anterior e media Clinicamente, as artérias carótidas internas e seus ramos são referidos como circulação anterior do encéfalo. As artérias cerebrais anteriores são unidas pela artéria comunicante anterior. Perto de seu término, as artérias carótidas internas são unidas às artérias cerebrais posteriores pelas artérias comunicantes posteriores. As artérias vertebrais originam-se na raiz do pescoço como os primeiros ramos da primeira parte das artérias subclávias. As partes transversárias (cervicais) das artérias vertebrais ascendem através dos forames transversários das seis primeiras vértebras cervicais. As partes atlânticas das artérias vertebrais perfuram a dura-máter e a aracnoide- máter e atravessam o forame magno. As partes intracranianas das artérias vertebrais unem-se na margem caudal da ponte para formar a artéria basilar. O sistema arterial vertebrobasilare seus ramos muitas vezes são referidos clinicamente como circulação posterior do encéfalo. A artéria basilar, assim denominada em face de sua íntima relação com a base do crânio. Termina dividindo-se em duas artérias cerebrais posteriores. Artéria cerebral anterior irrigam a maior parte das faces medial e superior do encéfalo e o polo frontal Artéria cerebral média irrigam a face lateral do encéfalo e o polo temporal Artéria cerebral posterior irrigam a face inferior do encéfalo e o polo occipital. FACULDADE FACERES Juliana Sabadini 11 O círculo arterial do cérebro (de Willis) é um arranjo quase pentagonal de vasos na face anterior do encéfalo. É uma anastomose importante na base do encéfalo entre as quatro artérias (duas artérias vertebrais e duas artérias carótidas internas) que irrigam o encéfalo. DRENAGEM Drenagem: As veias de paredes finas e sem válvulas que drenam o encéfalo perfuram a aracnoide-máter e as lâminas meníngeas da dura-máter e terminam nos seios venosos da dura-máter mais próximos, que drenam, em sua maior parte, para as veias jugulares internas. As veias cerebrais superiores na face superolateral do encéfalo drenam para o seio sagital superior; as veias cerebrais inferiores e a veia cerebral superficial média, oriundas das faces inferior, posteroinferior e profunda dos hemisférios cerebrais, drenam para os seios reto, transverso e petroso superior. A veia cerebral magna (de Galeno) que se forma no encéfalo pela união de duas veias cerebrais internas. Ela termina fundindo-se ao seio sagital inferior para formar o seio reto. O cerebelo é drenado pelas veias cerebelares superiores e inferiores, que drenam a respectiva face do cerebelo para os seios transverso e sigmoide da dura-máter. FACULDADE FACERES Juliana Sabadini 12 INERVAÇÃO Acima da tenda do cerebelo, que divide cérebro do cerebelo é inervado pelo trigêmeo. Supra tentorial é acima do cerebelo, infratentorial é abaixo do cerebelo. • Supratendorial é inervação do trigêmeo (inerva a dura máter cranial), com os ramos oftálmico, mandibular e maxilar (parte rosa da imagem anterior), dor de cabeça com dor de face. • Infratentorial vai ser inervada pelas fibras sensitivas de dois pares craninos, C2 e C3, para subir C2 pega carona com nervo vago e C3 pega com hipoglosso. Da dor de cabeça em C2 e C3. Na medula tem uma dura máter só, e ela não é aderida na coluna vertebral, tem um espaço. Se tivesse aderência teria dor por causa dos ligamentos. Cada nervo espinhal vai ter um raminho que vai sair e voltar chamado de Ramo meníngeo (vai sentido anterior). FACULDADE FACERES Juliana Sabadini 13 A parte da dura máter na coluna vertebral, mais inervada é na frente, a importância disso é para fazer anestesia. Peridural não fura, raquimedular fura a dura mater. Se a dura máter fosse altamente inervada atrás ia doer mais. FACULDADE FACERES Juliana Sabadini 14 SISTEMA RESPIRATORIO Pulmão direito apresenta fissuras oblíqua e horizontal direitas, que o dividem em três lobos direitos: superior, médio e inferior. O pulmão direito é maior e mais pesado do que o esquerdo. O pulmão esquerdo tem uma única fissura oblíqua esquerda, que o divide em dois lobos esquerdos, superior e inferior. A margem anterior do pulmão esquerdo tem uma incisura cardíaca profunda, uma impressão deixada pelo desvio do ápice do coração para o lado esquerdo. Essa impressão situa-se principalmente na face anteroinferior do lobo superior. Essa endentação molda, com frequência, a língula, que se estende abaixo da incisura cardíaca e desliza FACULDADE FACERES Juliana Sabadini 15 O hilo do pulmão é uma área cuneiforme na face mediastinal de cada pulmão através da qual entram ou saem do pulmão as estruturas que formam sua raiz. Os pulmões estão fixados ao mediastino pelas raízes dos pulmões, isto é, os brônquios (e vasos bronquiais associados), artérias pulmonares, veias pulmonares superior e inferior, plexos pulmonares de nervos (fibras aferentes simpáticas, parassimpáticas e viscerais) e vasos linfáticos PLEURAS A cavidade pleural – o espaço virtual entre as camadas de pleura – contém uma camada capilar de líquido pleural seroso, que lubrifica as superfícies pleurais e permite que as camadas de pleura deslizem suavemente uma sobre a outra, durante a respiração. • Pleura visceral (pleura pulmonar) está aposta ao pulmão e aderida a todas as suas superfícies, inclusive as fissuras horizontal e oblíqua. Ela torna a superfície do pulmão lisa e escorregadia, permitindo o livre movimento sobre a pleura parietal. • A pleura parietal reveste as cavidades pulmonares, aderindo, assim, à parede torácica, ao mediastino e ao diafragma. A pleura parietal tem três partes – costal, mediastinal e diafragmática – e a cúpula da pleura (parte da pleura no pescoço. ARVORE TRAQUEOBRONQUICA As vias respiratórias sublaríngeas formam a árvore traqueobronquial. A traqueia situada no mediastino superior, é o tronco da árvore. Ela se bifurca em brônquios principais, um para cada pulmão, que seguem em sentido inferolateral e entram nos hilos dos pulmões: O brônquio principal direito é mais largo, mais curto e mais vertical do que o brônquio principal esquerdo porque entra diretamente no hilo do pulmão O brônquio principal esquerdo segue inferolateralmente, inferiormente ao arco da aorta e anteriormente ao esôfago e à parte torácica da aorta, para chegar ao hilo do pulmão. Nos pulmões, os brônquios ramificam-se e dão origem à árvore traqueobronquial. Cada brônquio principal (“primário”) divide-se em brônquios lobares secundários, dois à esquerda e três à direita, e cada um deles supre um lobo do pulmão. Cada brônquio lobar divide-se em vários FACULDADE FACERES Juliana Sabadini 16 brônquios segmentares terciários, que suprem os segmentos broncopulmonares. Além dos brônquios segmentares terciários, há bronquíolos condutores ramificados que terminam como bronquíolos terminais, os menores bronquíolos condutores. Cada bronquíolo terminal dá origem a diversas gerações de bronquíolos respiratórios, caracterizados por bolsas (alvéolos) de paredes finas e dispersos, que se originam dos seus lumens. O alvéolo pulmonar é a unidade estrutural básica de troca gasosa no pulmão. ‘ SEGMENTOS VASCULARIZAÇÃO Cada pulmão tem uma grande artéria pulmonar para irrigação e duas veias pulmonares que drenam seu sangue. As artérias pulmonares direita e esquerda FACULDADE FACERES Juliana Sabadini 17 originam-se do tronco pulmonar no nível do ângulo do esterno e conduzem sangue pouco oxigenado (“venoso”) aos pulmões para oxigenação. (coloridas de azul). Cada artéria pulmonar torna-se parte da raiz do pulmão correspondente e divide-se em artérias lobares secundárias. As artérias lobares superiores direita e esquerda, que irrigam os lobos superiores, surgem primeiro, antes da entrada no hilo. Entrando no pulmão, a artéria desce posterolateralmente ao brônquio principal, como a artéria lobar inferior do pulmão esquerdo e como uma artéria intermediária, que se divide em artérias lobares média e inferior do pulmão direito. As artérias lobares dividem-se em artérias segmentares terciárias. Consequentemente, cada lobo é servido por uma artéria lobar secundária pareada e um brônquio. Duas veias pulmonares de cada lado, uma veia pulmonar superior e uma veia pulmonar inferior, conduzem sangue rico em oxigênio (“arterial”) dos lobos correspondentes de cada pulmão para o átrio esquerdo do coração. A veia do lobo médio é uma tributária da veia pulmonar direita superior. O trajeto das veias pulmonares é independente do trajeto das artérias e brônquios no pulmão; Exceto na região central, peri-hilar do pulmão, asveias da pleura visceral e da circulação venosa bronquial drenam para as veias pulmonares e o volume relativamente pequeno de sangue pobre em oxigênio se junta ao grande volume de sangue rico em oxigênio que retorna ao coração. As artérias bronquiais levam sangue para a nutrição das estruturas que formam a raiz dos pulmões, os tecidos de sustentação dos pulmões e a pleura visceral. As duas artérias bronquiais esquerdas geralmente originam-se diretamente da parte torácica da aorta. As pequenas artérias bronquiais emitem ramos para a parte superior do esôfago. As veias bronquiais drenam apenas parte do sangue levado aos pulmões pelas artérias bronquiais. O restante do sangue é drenado pelas veias pulmonares, especificamente aquele que retorna da pleura visceral, das regiões mais periféricas do pulmão e dos componentes distais da raiz do pulmão. A veia bronquial direita drena para a veia ázigo, e a veia bronquial esquerda FACULDADE FACERES Juliana Sabadini 18 drena para a veia hemiázigo acessória ou a veia intercostal superior esquerda. As veias bronquiais também recebem sangue das veias esofágicas. OBS: Quem vasculariza 80% do parênquima pulmonar é a artéria pulmonar (venosa, pobre em O2). A artéria bronquial irriga do estroma (parênquima). Na drenagem venosa as vias bronqueias só drenam o hilo. O resto do sangue venoso do pulmão tem shunt fisiológico, o sangue que volta pelas veias pulmonares não é totalmente oxigenado 1% é venoso. MÚSCULOS RESPIRATORIOS INERVAÇÃO PULMONAR Os nervos da arvore brônquica são os nervos cardiopulmonares, de T1 a T4, do simpático. Do parassimpático é o nervo vago. Na carina tem o plexo pulmonar, tem anterior e posterior. As fibras parassimpáticas são motoras para o músculo liso da árvore bronquial (broncoconstritoras), inibidoras para os vasos pulmonares (vasodilatadoras) e secretoras para as glândulas da árvore bronquial (secretomotoras). As fibras simpáticas são inibitórias para o músculo brônquico (broncodilatadoras), motoras para os vasos pulmonares (vasoconstritoras) e inibitórias para as glândulas alveolares da árvore bronquial – células epiteliais secretoras do tipo II dos alvéolos FACULDADE FACERES Juliana Sabadini 19 O nervo frênico inerva pericárdio fibroso e pleura mediastinal e pleura diafragmática. A pleura costal é inervada pelos nervos intercostais. DOR REFERIDA Nervo fênico C3 a C5 dói ombro (pleura mediastinal e diafragmática). E cardiopulmonar T1 dói braço esquerdo. Se for pleura costal é nervo intercostal aí pode ser de T1 a T1
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