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Feridas e Curativos Enf.ª Prof.ª Gabriella Garrett dos Santos Turma:112 Pele Maior órgão do corpo humano É composta pela: • Epiderme • Derme • Hipoderme ou Tecido subcutâneo Composição da pele: EPIDERME Camada mais externa Composta de 5 estratos de epitélio: • Camada córnea (mais externo) • Camada lúdica (somente na pele espessa) • Camada granulosa • Camada espinhosa (mais espesso) • Camada basal ou germinativa (mais interno) Queratinócitos e melanócitos Espessura (varia com a localização, idade ou sexo) Período de regeneração -> +/- 4 semanas Composição da pele: DERME Camada Intermediária Composta de 2 estratos: • Papilar (mais próximo da epiderme) • Reticular Espessura (varia com a localização) Compõe-se de células de tecido Conjuntivo (histiócitos, fibroblastos, mastócitos e as fibras colágenas, reticulares e elásticas) Fibras nervosas, pêlos, glândulas sudoríparas e sebáceas. Composição da pele: HIPODERME Compõe-se de fibras de tecidos conjuntivos, que sustentam o tecido adiposo. É atravessada por vasos sanguíneos mais calibrosos. Ocorre o metabolismo dos carboidratos e a lipogênise. (Síntese de ácidos graxos e triglicérides, que serão armazenados subsequentemente no fígado e no tecido adiposo.) É uma camada de ligação e isolante do frio e calor exacerbados. Funções da Pele • Manter a integridade do corpo; • Proteger o corpo contra infecções, lesões ou traumas; • Absorver e excretar líquidos; • Manter a temperatura corpórea; • Sintetizar vitamina D com a exposição aos raios solares; • Agir como órgão do sentido; • Exercer papel estético. Introdução O tratamento de feridas se refere a proteção de lesões contra ação de agentes externos físicos, mecânicos ou biológicos, tendo com objetivo reduzir, prevenir e/ou minimizar os riscos de complicações decorrentes. Antes da seleção e aplicação de um curativo, é necessária uma avaliação completa da ferida, do seu grau de contaminação, da maneira como esta ferida foi produzida, dos fatores locais e sistêmicos e da presença de exsudato, como forma de agilizar o processo de cicatrização e proteger a ferida. As feridas São definidas como interrupções da integridade cutâneo-mucosa que resultam no desequilíbrio da saúde, muitas vezes impedindo ou dificultando atividades básicas do dia a dia, como a locomoção. Classificação de Feridas 1. Quanto a causa 2. Quanto a evolução 3. Quanto ao grau de contaminação 4. Quanto ao comprometimento tecidual 1. Quanto a causa Cirúrgicas Quando for realizada alguma intervenção cirúrgica. Classificação de Feridas Ferida Cirúrgica 1. Quanto a causa Traumática Provenientes de situações imprevistas, com objetos cortantes, perfurantes, lacerantes, contundentes ou por inoculações de venenos, mordeduras e queimaduras. Classificação de Feridas Ferida Traumática Agente Causal 1. Incisas ou cortantes (Cirúrgica ou Traumática): É o ferimento produzido pela ação de deslizamento de agentes cortantes, afiados, capazes de penetrar na pele, onde produzem uma ferida linear com bordas regulares, nítidas e pouco traumatizadas. Sendo que as feridas incisas possuem a mesma profundidade de uma extremidade a outra e as feridas cortantes possuem a parte mediana mais profunda. Agente Causal 2. Corto-contuso: É o ferimento causado por objeto com superfície romba, capaz de romper a integridade da pele, produz feridas com bordas traumatizada, além de contusão nos tecidos, exemplo de instrumento característico que produz o ferimento corto-contuso é o machado, facões sem fio, guilhotina, rodas de trem entre outros. Agente Causal 3. Perfurante: É um ferimento oriundo de trauma de um objeto fino e pontiagudo, que é capaz de perfurar a pele e tecidos subjacentes, produzindo uma lesão cutânea puntiforme ou linear de bordas regulares ou não. Os objetos característicos desse tipo são classificados conforme seu calibre, exemplos: • Calibre pequeno: agulha, espinho, alfinete, prego, entre outros. • Calibre médio: ferro de construção com ponta, flexa roliça, picador de gelo, entre outros. Agente Causal 4. Pérfuro-contuso - são as ocasionadas por arma de fogo, podendo existir dois orifícios, o de entrada e o de saída. Agente Causal 5. Lácero-contusas:Os mecanismos mais freqüentes são a compressão: a pele é esmagada de encontro ao plano subjacente, ou por tração: por rasgo ou arrancamento tecidual. As bordas são irregulares, com mais de um ângulo; constituem exemplo clássico as mordidas de cão. Agente Causal 6. Perfuro-incisas: Provocadas por instrumentos pérfuro-cortantes que possuem gume e ponta, por exemplo, um punhal. Deve-se sempre lembrar, que externamente, poderemos ter uma pequena marca na pele, porém profundamente podemos ter comprometimento de órgãos importantes como na figura abaixo na qual pode ser vista lesão no músculo cardíaco. Agente Causal 7. Escoriações - a lesão surge tangencialmente à superfície cutânea, com arrancamento da pele. Agente Causal 8. Equimoses e hematomas: Na equimose há rompimento dos capilares, porém sem perda da continuidade da pele, sendo que no hematoma, o sangue extravasado forma uma cavidade. 1. Quanto a causa Patológicas Ocorre como consequência de uma patologia, (lesão por pressão, neoplasia, úlceras venosas e arteriais). Classificação de Feridas Ferida Patológica 1. Quanto a causa Iatrogênicas Resultantes de procedimentos ou tratamentos (radioterapia). Classificação de Feridas Ferida Iatrogênica 2. Quanto a evolução Aguda Classificação de Feridas Crônica Feridas Agudas Em geral, a cicatrização ocorre dentro do período esperado e sem complicações. As principais causas são traumatismos, mas também podem ser feridas térmicas (queimaduras), infecciosas, químicas, vasculares, alérgicas e radioativas. Feridas Crônicas Quando, fisiologicamente, o processo de cicatrização não ocorre da forma esperada. Alguns autores indicam que toda ferida com mais de 6 meses é considerada lesão crônica. Geralmente, estão associadas a doenças pré- existentes, como diabetes e insuficiência venosa. São exemplos de feridas crônicas as lesões por pressão, feridas do pé diabético, feridas infectadas, úlceras varicosas, entre outras. 3. Quanto ao grau de contaminação Limpa Condições assépticas e isenta de microrganismos. Feridas cirúrgicas: feridas em ambiente cirúrgico, sendo que não foram abertos sistemas como o digestório, respiratório e geniturinário. Não há evidência de infecção. A probabilidade da infecção da ferida é baixa, em torno de 1 a 5%. Classificação de Feridas 3. Quanto ao grau de contaminação Limpa Contaminada Também são conhecidas como potencialmente contaminadas; são lesões com tempo inferior 6h entre o trauma e o atendimento inicial. Nelas há contaminação grosseira, por exemplo, nas ocasionadas por faca de cozinha, ou nas situações cirúrgicas em que houve abertura dos sistemas contaminados descritos anteriormente. O risco de infecção é de 3 a 11 %. Classificação de Feridas 3. Quanto ao grau de contaminação Contaminada São feridas acidentais (que tiveram contato com material como terra, fezes, etc), recentes e abertas, colonizadas por flora bacteriana considerável. Também as cirúrgicas, quando a técnica asséptica é desobedecida ou ainda, feridas cujo tempo de atendimento foi superior a 6h após o trauma. O risco de infecção da ferida já atinge 10 a 17%. Classificação de Feridas 3. Quanto ao grau de contaminação Infectada Presença nítida de agente infeccioso local. Como tecido desvitalizado, exsudação purulenta e odorcaracterístico Classificação de Feridas • Infecção ▫ Presença de microrganismos com sinais e sintomas de doença Eritema Edema Alterações nas características da drenagem Aumento do odor Febre Classificação de Feridas • Superficial: Atinge apenas a epiderme • Perda Parcial: Atinge as camadas mais profundas da epiderme e derme. • Perda Total: Atinge as camadas mais profundas da pele, como Tecido Subcutâneo (Hipoderme), músculo e osso. 4. Quanto ao comprometimento tecidual LESÃO POR PRESSÃO Lesão por pressão é um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato. A lesão pode se apresentar em pele íntegra ou como lesão aberta e pode ser dolorosa. A lesão ocorre como resultado da pressão intensa e/ou prolongada em combinação com o cisalhamento. A tolerância do tecido mole à pressão e ao cisalhamento pode também ser afetada pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua condição. Classificação das Feridas Crônicas Estágio 1 Caracteriza-se pelo comprometimento da epiderme apenas, com formação de eritema em pele íntegra e sem perda tecidual. Classificação das Feridas Crônicas Estágio 1 • Pele íntegra; • Hiperemia que não regride após remoção da pressão; • Edema discreto; • Perda discreta da sensibilidade local; • Alteração da perfusão local. • Presença de eritema • Em indivíduos com a pele mais escura, a descoloração da pele, o calor, o edema ou o endurecimento também podem ser indicadores de danos. ATENÇÃO ! Mudanças na cor não incluem descoloração púrpura ou castanha; essas podem indicar dano tissular profundo. Estágio 2 A epiderme e a derme estão rompidas, podendo envolver tecido subcutâneo, e com hiperemia, bolhas e cratera rasa. Classificação das Feridas Cônicas • Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme. • Coloração rosa ou vermelha, úmido • Pode apresentar bolha intacta (preenchida com exsudato seroso) ou rompida; • O tecido adiposo e tecidos profundos não são visíveis; • Essas lesões geralmente resultam de microclima inadequado e cisalhamento da pele na região da pélvis e no calcâneo. ATENÇÃO ! Esse estágio não deve ser usado para descrever as lesões de pele associadas à umidade, incluindo a dermatite associada à incontinência (DAI), a dermatite intertriginosa, a lesão de pele associada a adesivos médicos ou as feridas traumáticas (lesões por fricção, queimaduras, abrasões Estágio 2 Estágio 2 4. Quanto ao comprometimento tecidual: Estágio 3 Perda da pele em sua espessura total na qual a gordura é visível. Classificação das Feridas Crônicas • Frequentemente visível o tecido de granulação e epíbole (lesão com bordas enroladas) estão presentes; • Esfacelo e/ou escara pode estar visível; • A profundidade do dano tissular varia conforme a localização anatômica; • Podem ocorrer descolamento e túneis; • Não há exposição de fáscia, músculo, tendão , ligamento, cartilagem e/ ou osso. ATENÇÃO ! Quando o esfacelo ou escara prejudica a identificação da extensão da perda tissular, deve-se classificá-la como Lesão por Pressão Não Classificável. Estágio 3 Estágio 3 Estágio 4 Grande destruição tecidual, com necrose, atingindo músculos, tendões e ossos. Classificação das Feridas Crônicas • Perda da pele em sua espessura total e perda tissular com exposição ou palpação direta da fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso; • Esfacelo e/ou escara pode estar visível; • Epíbole (lesão com bordas enroladas), deslocamento e/ou túneis ocorrem frequentemente; • A profundidade varia conforme a localização anatômica. Estágio 4 Estágio 4 Não Classificável • Perda de pele em sua espessura total e perda tissular na qual a extensão do dano não pode ser confirmada porque está encoberta pelo esfacelo ou escara. • Ao ser removido (esfacelo ou escara), lesão por pressão em Estágio 3 ou Estágio 4 ficará aparente. ATENÇÃO! Escara estável (isto é, seca, aderente, sem eritema ou flutuação) em membro isquêmico ou no calcâneo não deve ser removida. Lesão não classificável Tissular profunda • Pele infectada ou não, com área localizada e persistente de descoloração vermelha escura, marrom ou púrpura que não embranquece ou separação epidérmica que mostra lesão com leito escurecido ou bolha com exsudato sanguinolento. • Dor e mudança na temperatura frequentemente precedem as alterações de coloração da pele. • A descoloração pode apresentar-se diferente em pessoas com pele de tonalidade mais escura. • Essa lesão resulta de pressão intensa e/ou prolongada e de cisalhamento na interface osso-músculo. Tissular profunda • A ferida pode evoluir rapidamente e revelar a extensão atual da lesão tissular ou resolver sem perda tissular. • Quando tecido necrótico, tecido subcutâneo, tecido de granulação, fáscia, músculo ou outras estruturas subjacentes estão visíveis, isso indica lesão por pressão com perda total de tecido (lesão por pressão não classificável ou Estágio 3 ou Estágio 4). ATENÇÃO! Não se deve utilizar a categoria Lesão por Pressão Tissular Profunda (LPTP) para descrever condições vasculares, traumáticas, neuropáticas ou dermatológicas. Exercício de Fixação 1. Qual é o maior órgão do corpo humano? 2. A pele é composta pela ______________, ________________ e _____________. 3. Qual é a camada mais externa da pele e ela é composta de que estratos? 4. Qual é o período de regeneração da parte mais externa da pele? 5. Qual é a camada intermediária da pele e ela é composta de quais estratos? 6. Qual é a camada mais interna da pele e como ele é composto? Exercício de Fixação 7. Onde é realizado o metabolismo dos carboidratos ? 8. Como podem ser classificadas as feridas? 9. O que são feridas patológicas? 10. O que são feridas iatrogênicas? 11. Diferencie ferida aguda de ferida crônica. 12. O que são feridas limpas, contaminadas e infectadas? 13. Fale de cada um dos 4 estágios das úlceras. Continua... ÚLCERA NEUROPÁTICA O diabetes melittus representa a principal causa da neuropatia metabólica periférica, manifestação que inclui um amplo espectro de disfunções estruturais e funcionais dos nervos periféricos. O mecanismo básico da neuropatia periférica é multifatorial e pouco conhecido. Contudo, os danos metabólicos gerados pela hiperglicemia, hipoglicemia e deficiência insulínica estão associados à desmielinização, e a degeneração axonal. A complicação mais grave dessa manifestação é o desenvolvimento de grangrena de extremidades, principalmente nos pés, e evolução para a amputação, a depender da gravidade do comprometimento tecidual. Classificação das Feridas Crônicas A principal causa para a ocorrência de úlcera neuropática é o traumatismo mecânico, que passa despercebido à pessoa cometida por neuropatia. A pressão plantar elevada é um fator importante na úlcera neuropática. O evento inicial para a formação da úlcera neuropática plantar é o desenvolvimento de calosidade ou calo na superfície cutânea. O calo ou calosidade exerce pressão sobre os tecidos moles, e uma lesão se desenvolve sob o calo, com a formação de uma cavidade preenchida com plasma e sangue, que cresce até causar a ruptura da superfície cutânea. • Fatores de risco para a ulceração com etiologia neuropática são: Alterações das estruturas do pé, calo plantar, fraturas, fraqueza, cisalhamento, postura e marcha anormais, calçados inadequados e higiene inadequada. No caso das úlceras de membros inferiores, as mais comuns são causadas por problemas de circulação.São elas as úlceras arteriais e as úlceras venosas. A circulação sanguínea funciona a partir da distribuição do sangue que sai do coração, atividade realizada pelas artérias. Depois que todo o corpo foi abastecido com sangue rico em nutrientes e oxigênio, as veias levam o sangue de volta ao coração para que sejam filtradas as impurezas. Classificação das Feridas Crônicas ÚLCERA DE MEMBROS INFERIORES ÚLCERA VENOSA Causadas pela dificuldade de retornar o sangue ao coração, correspondem a 80% das feridas que acometem pernas e pés. O sangue fica estagnado na região e, devido à fragilização da pele, qualquer pequeno trauma pode resultar em lesão e evoluir para a condição crônica (úlcera). Os grupos com maior probabilidade de desenvolver esse tipo de úlcera são: mulheres, sedentários ou pessoas que costumam ficar muito tempo em pé. Fatores genéticos também podem influenciar. Classificação das Feridas Crônicas Características da Úlcera Venosa • Localização: acima do maléolo medial • Borda: irregular, com odor fétido • Fundo: rede de fibrina, tecido de granulação. • Profundidade: rasas. • Pele periférica: Dermatite ocre (hiperpigmentação azulada), calor local e Edema. • Ferida: Sangrante. • Dor: Noturna, cãibras • Alívio da dor: em repouso com membro elevado. • Edema: Presente ao final do dia • Pulso Distal: Presente ÚLCERA ARTERIAL A ferida se forma porque há obstrução das artérias, pois existe falta de sangue rico em oxigênio e nutrientes para irrigar os tecidos, resultando na morte celular e, por consequência, nas lesões. Geralmente, está associada à formação de placas de gordura na parede das artérias, ocasionando a diminuição ou interrupção do fluxo sanguíneo. Tabagismo, diabetes não controlado e colesterol alto são alguns dos fatores que podem favorecer o surgimento desse tipo de úlcera. Comuns na região acima da canela e nas extremidades dos dedos dos pés, são feridas de difícil cicatrização e bastante dolorosas, podendo, inclusive, resultar na amputação do membro. Classificação das Feridas Crônicas Características da Úlcera Arterial • Borda: regular • Fundo: pálido, pouco tecido de granulação • Profundidade: média ou profunda. • Pele periférica: Fria, pálida, cianótica, sem pelos • Ferida: não sangram • Dor: noturna, mais doloroso do que a úlcera venosa ,aumenta em repouso • Alívio da dor: quando posicionar o membro para baixo • Edema: Ausente. Pode apresenta devido à mobilidade. • Pulso Distal: diminuído ou ausente CICATRIZAÇÃO A cicatrização ocorre com tecidos incapazes de uma reconstituição completa, em que as estruturas de suporte estão danificadas gravemente. A cicatrização é um processo de reparo por deposição de tecido conjuntivo (fibroso). O processo de cicatrização da ferida com perda de epiderme e derme é contextualizado dentro de quatro principais fases: hemostasia, inflamação, proliferação e remodelação. As quatro fases se sobrepõem como em uma cascata de eventos. O estímulo químico e substâncias produzidas pelas células de uma fase induzem a ferida à próxima fase. Hemostasia Sangramento da pele ativa uma série de eventos com a finalidade de promover a hemostasia e uma barreira temporária para a entrada de bactérias. Há a formação de coágulos, composto por fibrina, plaquetas agregadas e células sanguíneas. A hemostasia (interrupção fisiológica de uma hemorragia ou para os procedimentos que têm por finalidade conter sangramentos) é, na verdade, o que inicia a cascata de cicatrização da ferida. 1. Fase Inflamatória Estabelecimento de um leito limpo, que envolve: - A quebra de tecido desvitalizado ou danificado - Eliminação do excesso de bactérias, através de células brancas. • Clinicamente observa-se: Hiperemia, calor, edema e dor. 2. Fase Proliferativa • Após 72 horas, dura de 12 a 14 dias. Começa a produção de mais colágeno na região, que vai permitir que a pele lesionada comece a se recompor. O processo é acompanhado por intensa migração e multiplicação celular. A cicatriz fica com aspecto avermelhado. Ocorre o processo de epitelização das células (o excesso de células novas começa a ser desgastado; de modo que o local da cicatriz tende a ter textura semelhante à da área em torno da lesão). 3. Fase de Maturação • Duração indeterminada, que pode variar de meses a anos. É a etapa em que ocorre a reorganização do colágeno, em que a cicatriz fica mais esbranquiçada e ganha mais força de tensão. A cicatriz ganha coloração semelhante à pele de seu entorno. Características das feridas crônicas: Tipos de tecido Podem ser classificados em: Viáveis Tecidos saudáveis, propícios para a evolução do processo de cicatrização. Inviáveis Tecidos desvitalizados, prejudiciais para a evolução da ferida. Características como cor, textura, consistência e grau de umidade auxiliam o avaliador a identificar o tipo de tecido presente no leito da ferida. Características das feridas crônicas: Tecido Necrótico ou desvitalizado e Tecido com Esfacelo ou Fibrina Estão associados a alterações da oxigenação tissular, desidratação do local ou aumento na carga bacteriana. Necrose - Escara Aspecto seco, de coloração preta ou marrom, endurecido e firmemente aderido ao leito. Esfacelo ou Fibrina Aspecto úmico, amolecido, de coloração amarela, branca ou verde, consistência mucóide e macia, frouxo ou aderido ao leito da ferida. Essas modificações nas características do tecido necrótico contribuem para que o leito da ferida torne limpo e favorece o desenvolvimento de tecido viável, o tecido de granulação e o tecido epitelial. Tecido de Granulação É composto por tecido conjuntivo e por capilares recém- formados, que caracterizam a fase proliferativa do processo de cicatrização. Desse modo, tem a aparência úmida, rosada e granular – “aspecto de framboesa”. Esse tecido é importante para a epitelização (Redução da vascularização e aumento do colágeno), uma vez que age como uma matriz de suporte rica em nutrientes favoráveis à migração celular. O tecido de granulação pálido, de aspecto pouco granular ou liso, é considerado um tecido limpo, no entanto possui capacidade diminuída para migração celular, com a neoangiogênese retardada. É comum haver combinações de diferentes tipos de tecido no leito na mesma ferida. Para a documentação dessas características, é adequado descrever a distribuição dos tipos de tecido, em porcentagem. 40% do leito da ferida com tecido de granulação 50% com esfacelo amarelado 10% de epitélio Tipos de Cicatrização Maneira pela qual uma ferida é fechada ou “deixada" fechar é essencial para o processo de cicatrização. Existem três formas pelas quais uma ferida pode cicatrizar que dependem da quantidade de tecido perdido ou danificado e da presença ou não de infecção, são elas: Tipos de Cicatrização • Cicatrização por 1ª intenção: Mínimo de perda tecidual Resposta inflamatória rápida Menor índice de complicações Bordas regulares unidos por suturas Cicatrizações são discretas, com menor índice de defeitos Tipos de Cicatrização • Cicatrização por 2ª intenção: É consequência de complicações Ferimentos com grande perda tecidual com presença ou não de infecção. Período cicatricial mais prolongado devido a resposta inflamatória intensa Maior incidência de defeitos cicatriciais (cicatriz hipertrófica e quelóide) Se fecharão por meio de contração e epitelização. Tipos de Cicatrização • Cicatrização por 3ª intenção: Modalidade de tratamento de feridas se destina àquelas em que o fechamento primário imediato não é possível. A ferida pode ser tratada,inicialmente, com desbridamento cirúrgico, curativos, antibioticoterapia e, após o controle da infecção, ser fechada com sutura. VAMOS EXERCITAR ? Causa: Cirúrgica Evolução: Aguda Grau de Cont.: Limpa Comp. Tecidual: Superficial Cicatrização: Por 1ª intenção Causa: Patológica – Úlcera Venosa Evolução: Crônica Grau de Cont.: Contaminada Comp. Tecidual: Perda Parcial Cicatrização: Por 2ª intenção Tecido:Fibrina ou Esfacelo Tipo de tecido: Inviável Região: Maléolo Medial interno E. c Causa: Patológica – Úlcera Venosa? Evolução: Crônica Grau de Cont.: Contaminada Comp. Tecidual: Perda Parcial Cicatrização: Por 2ª intenção Tecido: Epitelização Tipo de tecido: Viável Região: ? Causa: Patológica – Leão por pressão – Estágio 3 Evolução: Crônica Grau de Cont.: Contaminada Comp. Tecidual: Perda parcial Cicatrização: De ou por 2ª intenção Tecido: Esfacelo ou Fibrina Tipo de Tecido: Inviável Região: ? Causa: Patológica – Leão por pressão não- classificada Evolução: Crônica Grau de Cont.: Contaminada Comp. Tecidual: - Cicatrização: De ou por 2ª intenção Tecido: Necrose Tipo de tecido: Inviável Região: ? Avaliando a Ferida 1. Mensuração 2. Extensão do tecido envolvido 3. Localização Anatômica 4. Tipo de tecido no leito da ferida 5. Cor do Tecido 6. Exsudato 7. Bordas da ferida 8. Infecção 1. Mensuração A utilização de parâmetros quantitativos na avaliação permite monitorar a evolução da ferida, e documentá-la, de modo objetivo. Para tanto, é possível dimensionar o tamanho da lesão, e considerá-lo como um indicador de cicatrização. 1. Mensuração A dimensão do tamanho da ferida pode ser obtida por métodos variados de mensuração, que podem ser: BIDIMENSIONAL (Dados sobre a área da ferida) Indicado para feridas superficiais, que não apresentam profundidade. Medida Linear (comprimento e largura) Fotografia Decalque (acetato) TRIDIMENSIONAL (Fornece o volume da ferida) Indicado para mensurar a espessura total da ferida. Medida Linear (comprimento X largura X profundidade) Molde (volume) Curativo de espuma 1. Mensuração Método Linear Através deste método é possível mensurar comprimento, largura, profundidade, lojas e túneis presentes,por meio dos quais é possível estimar área e volume da ferida. 1. Mensuração Para a fidedignidade da leitura das medidas, a cada avaliação, é importante mensurar a ferida com a pessoa na mesma posição, sempre que possível, em local iluminado. Outros métodos de mensuração podem ser adotados para medir e documentar a ferida, com vantagens e desvantagens entre si. 1. Mensuração A documentação de feridas através de fotografia permite observar e comparar alterações no estado da ferida. Entretanto, se limita a abordagem bi-dimensional, e a aparência real da ferida pode estar modificada na foto, como consequência do processo de imagem e cor. As fotografias subsequentes devem ser feitar da mesma distância e posição que as anteriores. 1. Mensuração É possível obter traçados dos perímetro externo da ferida, utilizando um papel transparente ou acetato e uma caneta. Este método é fácil e pode ser comparado com traçados subsequentes, porém algumas feridas podem estar localizadas em posições do corpo, que dificultam a realização do traçado. Apenas parâmetros bidimensionais podem ser avaliados. 2. Extensão do tecido envolvido Estruturas envolvidas Estadiamento Estadiamento de Feridas – Estruturas envolvidas De acordo com a profundidade (comprometimento estrutural): Superficial: envolve até a derme; Profunda superficial: envolve até subcutâneo; Profunda total: envolve músculo e estruturas adjacentes Dificuldade: caracterizar uma ferida com tecido necrótico. Estadiamento de Feridas De acordo com a extensão (área) = cm² Pequena: menor que 50 cm² Média: maior que 50 cm² e menor que 150 cm² Grande: maior que 150 cm² e menor que 250 cm² Extensa: maior que 250 cm² Existindo mais de uma ferida no mesmo membro ou na mesma área corporal, com uma distância mínima entre elas de 2 cm, far-se-á a somatória de suas maiores extensões (vertical e horizontal) 3. Tipo de tecido no leito da ferida Tecidos viáveis: Granulação e epitelização Tecidos inviáveis: Fibrina desvitalizada, tecidos necróticos 4. Localização Anatômica Para documentação, escrever qual o local que se encontra a ferida. Exemplo: Região Sacra Potencial de contaminação 5. Cor do Tecido Características do Tecido de Granulação SADIO • Vermelho vivo • Brilhante • Não sangra facilmente DOENTE • Vermelho escuro • Sem brilho ou ressecado • Sangra com abundância 6. Exsudato Líquido rico em proteínas e células é um dos elementos fisiológicos do processo de cicatrização. Na fase inflamatória, o aumento da permeabilidade vascular faz com que extravase do meio intracelular para o extracelular, para a manutenção do leito úmido. Fatores de crescimento presentes em sua composição estimulam a migração celular, desbridamento e limita o crescimento bacteriano. Assim como a ausência, o excesso de exsudato é prejudicial. No decorrer do processo, pode sofrer modificações em suas características, que indicam a evolução da ferida. Para a avaliação do exsudato, é necessário considerar cor, odor e quantidade. Essas características permitem classificá-los: A descrição da quantidade de exsudato é subjetiva. As alterações na quantidade de exsudato devem considerar como referência o grau de saturação presente a cada avaliação e compará-las entre si: • Exsudato em pequena quantidade: gaze ou curativo pouco úmido (<25%); • Moderada quantidade: gaze ou curativo úmido (>25% <75%) • Grande quantidade: curativo muito sujo, com extravasamento de exsudato para o exterior ou mais que 75% da ferida coberta. 6. Exsudato Volume Odor Cor Consistência Pode ser: Seroso, serosanguinolento, sanguinolento e purulento. QUANTIDADE: Secas (sem exsudação) Leve Exsudação (1 a 2 ml/24 horas) Moderada Exsudação (2 a 5 ml/24 horas) Intensa Exsudação (mais que 5ml/24 horas) 7. Bordas da Ferida Epitelização Necrose Isquemia (diminuição ou suspensão da irrigação sanguínea, numa parte do organismo, ocasionada por obstrução arterial ou por vasoconstrição) Macerada Irregular Infecção Contaminação 8. Infecção DIFICULDADE NA IDENTIFICAÇÃO DE FERIDAS INFECTADAS Os sintomas de inflamação da fase inicial podem ser confundidos com sintomas de infecção Doenças imunossuprimidos podem não apresentar sintomas clássicos de inflamação ou sequer de infecção Uma ferida que não cicatriza pode ser o único sintoma da presença de infecção • Localização: Não se aplica • Evolução: Crônica • Estágio: 4 • Grau de Contaminação: Infectada • Comprometimento Tecidual: Perda Total • Tipo de Tecido: Inviável • Tecido:Granulação doente • Exsudato: Seroso • Borda da ferida: Irregular, • Tipo de Cicatrização: por 2ª intenção Fatores que interferem na cicatrização • Fatores Locais São fatores ligados à ferida, que podem interferir no processo cicatricial, tais como: - Dimensão e profundidade da lesão , - Grau de contaminação - Presença de secreções, hematoma e corpo estranho, - Necrose tecidual e infecção local Fatores que interferem na cicatrização • Fatores Sistêmicos: - Faixa etária: A idade avançada diminui a resposta inflamatória. - Estado Nutricional: O estado nutricional interfere em todas as fases da cicatrização. A deficiência de proteínas, carboidratos, gorduras,vitaminas do complexo B, Vitaminas K, A e C e Zinco fazem com que o organismo torne-se deficitário para suprir os processos energéticos celulares, a síntese de colágeno e a integridade da membrana capilar, interferindo também na prevenção de infecções. Fatores que interferem na cicatrização • Doenças Crônicas: Patologias como diabetes, câncer, doença vascular periférica, insuficiência renal, hipertensão arterial, alteram o metabolismo, exigindo que o profissional monitore de perto o cliente por meio de exames específicos; • Drogas e medicamentos: A associação medicamentosa pode interferir no processo cicatricial, como, por exemplo: - Antiinflamatórios, antibióticos, esteróides e agentes quimioterápicos. • Tratamento Tópico Inadequado QUERIMADURAS As queimaduras são lesões decorrentes de agentes (tais como a energia térmica, química ou elétrica) capazes de produzir calor excessivo que danifica os tecidos corporais e acarreta a morte celular. Tipos de Queimaduras Existem vários agentes causais para as queimaduras que se incluem em quatro grupos principais: • Queimaduras térmicas: são as mais frequentes e que resultam da transferência de energia de uma fonte de calor para o organismo. Podem ser provocadas por calor seco ou úmido (água quente, vapor de água, fogo, etc). Queimaduras elétricas: podem ser causadas por “flash” elétrico ou pela passagem direta de corrente elétrica através do corpo. O flash elétrico produz queimaduras idênticas às térmicas. A passagem direta de corrente elétrica pelo corpo provoca destruição tecidual interna. A lesão visível não reflete os danos que os tecidos subjacentes sofreram com a condução elétrica. Habitualmente este tipo de lesão apresenta uma porta de entrada (local de contacto com a corrente elétrica) e uma porta de saída (local de saída de corrente após uma trajetória pelo corpo). A sua gravidade depende do tipo de corrente, da quantidade de corrente, da duração do contato e do seu trajeto. • Queimaduras químicas: podem ser provocadas por ácidos (ex. ácido clorídrico) ou bases (ex. soda caustica, lixívia). Estes produtos quando absorvidos podem provocar lesão para além da pele, os órgãos internos. O grau de destruição dos tecidos depende da natureza do agente químico, da sua concentração e da duração de contato com a pele. • Queimaduras por radiação: são causadas pela transferência de radiação para o corpo. A mais comum é a radiação solar. • Associado a estes tipos de queimadura pode existir também queimadura inalatória, classificada como uma lesão causada por calor, em que existe inalação de monóxido de carbono ou fumo (que contém outros diferentes tipos de gases). Classificação das queimaduras As queimaduras podem ser classificadas quanto ao: • Agente causador • Profundidade ou grau • Extensão ou severidade • Localização • Período evolutivo Agente Causador • Físicos Temperatura: vapor, objetos aquecidos, água quente, chama, etc. Eletricidade: corrente elétrica, raio, etc. Radiação : sol, aparelhos de raios X, raios ultravioletas, nucleares, etc. • Químicos Produtos químicos: ácidos, bases, álcool, gasolina, etc. e • Biológicos Animais: lagarta-de-fogo, água-viva, medusa, etc. Vegetais: o látex de certas plantas, etc. Grau de Queimadura Tais agravos podem ser classificados como: • Queimaduras de 1º Grau • Queimaduras de 2º Grau • Queimaduras de 3º Grau Profundidade da queimadura Primeiro Grau (espessura superficial) – Eritema Solar: Afeta somente a epiderme, sem formar bolhas. Apresenta vermelhidão, dor, edema e descama em 4 a 6 dias. Queimadura de 1º Grau Profundidade da queimadura Segundo Grau (espessura parcial- superficial e profunda): Afeta a epiderme e parte da derme, forma bolhas ou flictenas. Superficial: a base da bolha é rósea, úmida e dolorosa. Profunda: a base da bolha é branca, seca, indolor e menos dolorosa (profunda), A restauração das lesões ocorre entre 7 e 21 dias. Queimadura de 2º Grau Profundidade da queimadura Terceiro Grau (espessura total): Afeta a epiderme, a derme e estruturas profundas. É indolor. Existe a presença de placa esbranquiçada ou enegrecida. Possui textura coreácea. Não reepiteliza e necessita de enxertia de pele (indicada também para o segundo grau profundo). Queimadura de 3º Grau Extensão da queimadura O importante na queimadura não é o seu tipo e nem o seu grau, mas sim a extensão da pele queimada, ou seja, a área corporal atingida. Extensão da queimadura Regra dos nove (urgência) em criança e adulto A superfície palmar do paciente (incluindo os dedos) representa cerca de 1% de área queimada. Áreas nobres/queimaduras especiais: Olhos, orelhas, face, pescoço, mão, pé, região inguinal, grandes articulações (ombro, axila, cotovelo, punho, articulação coxofemural, joelho e tornozelo) e órgãos genitais, bem como queimaduras profundas que atinjam estruturas profundas como osso, músculos, nervosos e/ou vasos desvitalizados. Avaliação da extensão da queimadura Uma regra prática para avaliar a extensão das queimaduras pequenas ou localizadas, é compará-las com a superfície da palma da mão do acidentado, que corresponde aproximadamente a 1% da superfície corporal. • Para queimaduras maiores e mais espalhadas, usa-se a REGRA DOS 9%: Adulto de Frente Adulto de Costas 9% = os 2 braços 9%= costas 9% = tórax 9% = abdome 9% = abdome 9% = perna direita 9% = perna direita 9% = perna esquerda 9% = perna esquerda 9% = 0s 2 braços 9% = os 2 braços 1% = órgãos genitais 55% = Subtotal 45% = Subtotal 55%(frente) + 45%(costas) = 100% da área do corpo. Regra dos Nove - Adulto Regra dos Nove - Criança Gravidade da queimadura: Queimadura leve • Queimaduras de 1° grau em qualquer idade • 2° grau com 5% de área queimada em menores de 12 anos ou 10% em maiores. Gravidade da queimadura: Queimadura grave • Extensão/profundidade maior do que 20% de Superfície Corpórea Queimada (SCQ) • Extensão/profundidade maior do que 10% de SCQ em crianças • Idade menor do que 3 anos ou maior do que 65 anos • Presença de lesão inalatória • Politrauma e doenças prévias associadas • Queimadura química • Trauma elétrico • Áreas nobres/especiais • Violência, maus-tratos, tentativa de autoextermínio (suicídio) • Localização • Período Evolutivo Infecção da área queimada: Mudança da coloração da lesão Edema de bordas das feridas ou do segmento corpóreo afetado Aprofundamento das lesões Mudança do odor (cheiro fétido) Descolamento precoce da escara seca e transformação em escara úmida Coloração hemorrágica sob a escara Celulite ao redor da lesão Vasculite no interior da lesão (pontos avermelhados) Aumento ou modificação da queixa dolorosa. Aspectos éticos no tratamento de feridas IMPERÍCIA É execução de uma função sem a plena capacidade para tal. Cometer um erro por falta de conhecimento ou habilidade, como, por exemplo, um acadêmico ou profissional não habilitado que realiza o procedimento do curativo de forma adequada. Aspectos éticos no tratamento de feridas IMPRUDÊNCIA É o erro cometido com conhecimento das regras, porém não executado com as cautelas exigidas no tratamento da ferida. Por exemplo, o profissional preparado insistisse em realizar um curativo sem o diagnóstico ou material adequado, ou caso o acadêmico, desacompanhado de seu instrutor, executasse o curativo sem a plena convicção do diagnóstico e, ainda, sem solicitar auxílio. Aspectos éticos no tratamento de feridas NEGLIGÊNCIA Não obstante todas essas condutas tenham de ser evitadas, a negligência é considerada, no âmbito ético-profissional,a mais grave dos três. É o erro cometido com consciência de como deve ser feito o tratamento da ferida e sem a existência de algum fator de impedimento, porém, por meio desleixo, menosprezo ou indolência, não é realizado adequadamente.
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