Exercícios - Administração Aplicada à Engenharia de Segurança do Trabalho - Relacionamento intersetorial e interpessoal

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Administração Aplicada à Engenharia de Segurança do Trabalho / Administração Aplicada à Engenharia d
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Relacionamento intersetorial e interpessoal
profissionais que administram ações e atividades de cunho prevencionista na organização dev
um bom entrosamento com as pessoas de todos os setores e departamentos, promovendo o
nce dos objetivos de forma coesa. Conforme afirma Zocchio (2002, p.63), a segurança e saúde
balho “exige muito bom relacionamento intersetorial e interpessoal, tanto na área técnica como 
nistrativa [...] indispensável ao bom desempenho de toda a empresa, na prevenção de acidente
enças ocupacionais.”
outras palavras, todos os membros da empresa, independentemente do setor ao qual pertençam
s atribuições e competências que possuam, são responsáveis pela concretização de melhorias
gurança do trabalho e devem participar ativamente do sucesso da aplicação das medidas liderad
o setor especializado no assunto (ZOCCHIO, 2002).
s tópicos que se seguem será discutida a dinâmica específica de cada uma das relações entre se
e funções com os agentes que lideram a promoção e a divulgação das decisões em matéria de 
ança, medicina, higiene do trabalho e temáticas afins.
 
. Hierarquia de responsabilidades pelo serviços de segurança do trabalho
distribuição das respectivas responsabilidades pela segurança e saúde do trabalho (SST) pe
mbros da organização está a chave do sucesso das ações de prevenção. É na compreensão des
ponsabilidade que a empresa deve pautar sua Política interna de Segurança e Saúde do Traba
eus programas de Gestão de SST (ZOCCHIO, 2002).
sas responsabilidades podem ser divididas em dois tipos: as institucionais e as funcionais. As r
nsabilidades institucionais começam pelo fato das empresas constituírem pessoas jurídicas, q
m o dever de zelar pela preservação da saúde e da integridade física de seus empregados, que tPróxima
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pacto nas famílias e, em última instância, na sociedade. Esse dever é determinado primeirame
Constituição Federal (CF), mas também pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e pe
s. Além disso, a nível municipal e estadual as organizações devem garantir o cumprimento das 
nitárias e dos códigos locais (ZOCCHIO, 2002).
serviços de segurança, SESMT, CIPA e os Administradores de diferentes níveis hierárquicos 
m ter atenção especial às normas, leis e regulamentos internos, buscando aconselhamento junto
or jurídico da empresa, informando aos envolvidos pelo seu cumprimento e acionando órgãos ad
trativos e técnicos, quando necessário.
ra que a empresa cumpra com as suas responsabilidades institucionais, terá́ que delegar respon
dades individuais a seus membros, as chamadas responsabilidades funcionais. Estas visam o cu
mento das responsabilidades institucionais da empresa através da participação de cada membro
anização, no exercício de suas funçõ̃es. Ou seja, implica no atendimento satisfatório das atividad
SST que cabem às pessoas em particular (ZOCCHIO, 2002).
. Relação entre engenharia de segurança, alta administração, gerência e supervisão
acordo com Chirmici (2016), no tocante ao Engenheiro de Segurança do Trabalho, o papel da at
o desse profissional nas organizações foi regulamentada pela Lei no 7.410, que dispõe sobre a 
cialização em nível de pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho para engenhei
rquitetos, de 27 de novembro de 1985. Foi ratificado pela Resolução nº 325 do Conselho Fede
Engenharia e Agronomia (CONFEA), de 27 de novembro de 1987, que dispõe sobre o exerc
fissional, o registro e as atividades do engenheiro de segurança do trabalho, delimitando em s
4º:
Art. 4º - As atividades dos Engenheiros e Arquitetos na especialidade de Engenharia
Segurança do Trabalho são as seguintes:
1. Supervisionar, coordenar e orientar tecnicamente os serviços de Engenharia de Se
rança do Trabalho;
2. Estudar as condições de segurança dos locais de trabalho e das instalações e equi
mentos, com vistas especialmente aos problemas de controle de risco, controle de po
ção, higiene do trabalho, ergonomia, proteção contra incêndio e saneamento;
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3. Planejar e desenvolver a implantação de técnicas relativas a gerenciamento e contr
de riscos;
[...] 6. Propor políticas, programas, normas e regulamentos de segurança do trabalho, 
lando pela sua observância;
[...] 14. Orientar o treinamento específico de segurança do trabalho e assessorar a ela
ração de programas de treinamento geral, no que diz respeito à segurança do trabalho;
[...] 18. Informar aos trabalhadores e à comunidade, diretamente ou por meio de seus 
presentantes, as condições que possam trazer danos à sua integridade e as medidas q
eliminam ou atenuam estes riscos e que deverão ser tomadas. (CONFEA, 1987, art. 4º)
sse sentido, o Engenheiro de Segurança do Trabalho, o técnico de segurança do trabalho e os 
is profissionais que compõem o SESMT devem manter um relacionamento estreito com a direto
s administradores do nível hierárquico mais elevado, os “cabeças da empresa”, a fim de dar supo
omada de decisões que afetarão toda a organização, sobretudo a definição do planejamento es
ico. A discussão de possíveis alterações na Política interna de segurança e saúde do trabalho e n
cedimentos gerais dos trabalhadores são questões nas quais o aconselhamento do SESMT é ú
omendável a alta administração (ZOCCHIO, 2002).
mbém deve haver uma proximidade entre os membros do SESMT e os gerentes do nível hie
co intermediário, os quais orientam os seus subordinados quando ao cumprimento de todas as d
es da empresa, incluindo a Política de Segurança e Saúde do Trabalho. A esses líderes comp
assar as ordens da alta administração, orientar quanto aos objetivos e cobrar o desempenho d
volvidos. A segurança do trabalho é manejada por gerentes para que as condições de trabalho 
m adequadas, garantindo um ambiente salubre e propício ao sucesso das atividades. É nesse rela
amento entre SESMT e gerência que ocorre a discussão das medidas técnicas e administrativ
e devem ser tomadas para diferentes setores e departamentos, além da apreciação dos resultad
ançados com os programas de segurança do trabalho (ZOCCHIO, 2002).
papel do Engenheiro de Segurança do Trabalho e do Técnico de Segurança do Trabalho na orien
o e apoio dos supervisores e encarregados na instrução dos trabalhadores comuns tem como 
ocar em prática as tarefas prescritas pelos gestores de nível hierárquico mais elevado, incluindo
vidades que visam à prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Isso deve ser feito com
ursos de que esses atores dispõem, com disciplina e comprometimento. Todas as avaliaçõ
erca dos acontecimentos na área, envolvendo descumprimentos de procedimentos de seguran
enças e acidentes de trabalho devem ser conduzidas com a participação do SESMT, a fim de proPróxima
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vas medidas de prevenção e controle da exposição a riscos. É desejável promover uma maior ap
ação desses supervisores e encarregados também com a CIPA, visando o planejamento mais a
das mudanças que venham a ser necessárias (ZOCCHIO, 2002).
a relação de confiança e proximidade deve ser construída entre o SESMT e o contingente de tra
dores da base da pirâmide hierárquica das funções administrativas, pois só assim haverá: um ca
troca e comunicação de riscos e perigos; cooperação para a eliminação e neutralização deste
tir de condutas definidas pelo SESMT, em parceria com a CIPA; e colaboração para a efetivaç
s cuidados diários obrigatórios e dos procedimentos padrões de segurança.
. Relação entre engenharia de segurança, trabalhadores e CIPA
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é composta por funcionários que represent
mpregador e outros que representam os empregados. Durante a gestão, essas pessoas têm al
s funções rotineiras específicas, tendo em vista a prevenção de acidentes junto aos empregad
muns. Devido ao conhecimento aprofundado do processo e do método de trabalho que a CIPA p
é importante que esta tenha um relacionamento harmonioso com o SESMT, o qual possui 
ior aprofundamento em termos de conhecimento teórico e prático de SST, favorecendo o an
nto das ações de prevenção (ZOCCHIO, 2002).
que tange à Política interna de segurança e saúde do trabalho, a CIPA tem algumas responsa
des adicionais que dizem respeito ao seu cumprimento, as quais são descritas no Esquema 1.
quema 1 – Responsabilidades da CIPA no cumprimento da Política Interna de Segurança e Saú
Trabalho.
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ZOCCHIO, 2002 (Adaptado
. Relação entre serviços de segurança e medicina do trabalho
mo comentado anteriormente, o SESMT é composto por profissionais credenciados pelo Ministé
Trabalho, com expertise nos assuntos compreendidos pela Segurança e Saúde do Trabalho. Lo
a em todos os níveis técnicos e administrativos das empresas, possuindo uma colocação verti
a vez que suas competências incluem: o planejamento e desenvolvimento das medidas de prev
o de acidentes e doenças do trabalho; a coordenação, fiscalização e assessoramento na tomada
cisões pelos gerentes dos níveis hierárquicos mais elevados (ZOCCHIO, 2002).
sse sentido, o SESMT se relaciona com os setores de Recursos Humanos (RH) e Financeiro,
dida em que estes podem impactar diretamente no andamento da Gestão da SST em toda
anização.
RH tem como principal atribuição selecionar e recrutar pessoas. Com isso, podemos dizer que e
or dá o primeiro passo para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, ao passo que id
a quais pessoas tem condições de assumir os postos de trabalho disponíveis. Adicionalmente
fornece o treinamento dos admitidos, tendo a oportunidade de conectá-los com a cultura de se
ça mantida na organização. Também monitora a consecução das atividades de SST por essas p
as (ZOCCHIO, 2002).
Financeiro realiza os orçamentos anuais e de projetos individuais, os quais devem contemplar e 
zar as ações preventivas. Caso isso não aconteça, devido a uma lacuna de participação e acon
mento do SESMT nessas tarefas tão essenciais, pode ser omitida a parte que corresponde
gurança do trabalho. Essa omissão pode ter consequências sérias, implicando em problemas
gurança, que podem até mesmo ocasionar acidentes (ZOCCHIO, 2002).
. Relação entre engenharia de segurança e outras engenharias
Engenheiro de Segurança do Trabalho, por possuir uma formação básica de engenharia, detém
mínio de alguns conhecimentos técnicos que o diferenciam dos demais membros do SESMT 
nam apto a lidar mais de perto com os engenheiros e técnicos que trabalham com projetos, proc
s e manutenção. Esses setores tem um eixo comum de atuação pertinente à parte operacional, 
ncial ao funcionamento da empresa e ao rendimento do negócio. Por isso, funcionam como norte
plementação de ações de SST. A importância de sua atuação conjunta com o SESMT é discutida
quema 2.
quema 2 – Relação dos engenheiros e técnicos dos setores de projetos, processos e manutenç
m a garantia da SST.
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ZOCCHIO, 2002 (Adaptado
vidade extra
sista ao filme O voo (2012), que conta a história de um piloto de sucesso que tenta seguir sua vid
rentar a própria consciência após causar um grave acidente, que colocou em risco a vida dos p
geiros por conta de um conjunto de atitudes e comportamentos irresponsáveis.
ferência Bibliográfica
IRMICI, A.; OLIVEIRA, E. A. R. de. Introdução à segurança e saúde no trabalho. 1. ed. Rio
neiro: Guanabara Koogan, 2016.
nselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA). RESOLUÇÃO Nº 325, de 27 novemb
1987. Disponível em: < http://normativos.confea.org.br/ementas/visualiza.asp?idEmenta=37
esso em: 21 de fev. de 2021.
CCHIO, A. Prática da prevenção de acidentes: ABC da segurança do trabalho. 7. ed. São Pau
as, 2002.
 Estranhou essa explicaç
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http://normativos.confea.org.br/ementas/visualiza.asp?idEmenta=373
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