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ADMINISTRAÇÃO APLICADA À 
ENGENHARIA DE SEGURANÇA 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. SOBRE ADMINISTRAÇÃO .................................................................................. 3 
2. SESMT|CIPA ........................................................................................................ 4 
2.1 Mercado de Trabalho em Geral ..................................................................... 4 
2.2 Profissionais da SESMT ................................................................................. 6 
2.2.1 Técnico de segurança do trabalho ........................................................... 6 
2.2.2 Engenheiro de segurança do trabalho ..................................................... 9 
2.2.3 Técnico de enfermagem do trabalho ..................................................... 12 
2.2.4 Enfermeiro do trabalho .......................................................................... 14 
2.2.5 Médico do trabalho ................................................................................ 16 
3. NORMAS BS 8800; OHSAS 18001; ISO 45001 ................................................ 18 
3.1 Normas BS 8800 .......................................................................................... 18 
3.2 OHSAS 18001 .............................................................................................. 18 
3.3 ISO 45001 .................................................................................................... 20 
4. SISTEMA DE GESTÃO - PDCA ........................................................................ 23 
5. SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO – SIG ..................................................... 25 
6. GESTÃO DE RISCOS ........................................................................................ 26 
6.1 Identificação de Riscos ................................................................................ 26 
7. CERTIFICAÇÃO - SST ....................................................................................... 29 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. SOBRE ADMINISTRAÇÃO 
 
Objetivos e recursos são conceitos centrais na definição de organização e 
também de administração. Administrar (que é o trabalho dos administradores) 
consiste em tomar decisões sobre o uso de recursos para realizar objetivos. As 
decisões são agrupadas em quatro processos principais: planejar, organizar, liderar e 
controlar. Um quinto processo (executar) é o efeito prático dos anteriores. Essa é uma 
adaptação da definição de Henri Fayol, que a divulgou em 1911. Na década de 1970, 
outra interpretação do trabalho dos administradores foi proposta por Henry Mintzberg: 
administrar é desempenhar papéis. Os papéis gerenciais identificados por Mintzberg 
agrupam-se em três categorias ou tipos: interpessoais, de informação e de decisão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. SESMT|CIPA 
 
O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho 
(SESMT), também considerado nesta obra como Profissionais da Segurança do 
Trabalho, envolve, na prática, os profissionais com conhecimentos técnicos na área 
de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) que prestam assessoria ao empregador, 
aos empregados e à CIPA nos assuntos relacionados à sua área de atuação. 
A composição e o dimensionamento desse serviço são definidos em razão do 
risco da atividade principal e do número total de empregados na empresa, e seus 
profissionais são os seguintes: médico do trabalho, engenheiro de segurança do 
trabalho, enfermeiro do trabalho, técnico de segurança do trabalho e auxiliar de 
enfermagem do trabalho. 
 
2.1 Mercado de Trabalho em Geral 
 
O mercado de trabalho para os profissionais do SESMT é bastante vasto, uma 
vez que as empresas têm a obrigação de manter, em seus quadros de funcionários, 
esses profissionais especializados. Além disso, os empresários estão cada vez mais 
preocupados com a segurança e a saúde no trabalho e com a qualidade de vida de 
seus trabalhadores, fazendo investimentos também no sentido de reduzir os gastos 
com alíquotas pagas ao governo. Para se ter uma ideia, de acordo com os seus 
índices de acidentes de trabalho, as empresas pagam taxas que variam de 1 a 3% 
sobre sua folha de pagamento, ou seja, empresas que investem menos em segurança 
do trabalho e, consequentemente, registram mais acidentes, pagam maior taxa; por 
outro lado, empresas mais preocupadas com a segurança de seus colaboradores, 
desde que mantenham reduzidos níveis de acidentes de trabalho, pagam taxas 
menores. Essa é uma forma de incentivar os empresários a investirem mais na 
segurança e saúde no ambiente de trabalho. 
Medidas como essa ampliaram o mercado de trabalho na área, já que elevaram 
a procura das empresas por profissionais do SESMT, principalmente no que se refere 
aos técnicos de segurança do trabalho. A presença desse profissional é obrigatória 
em empresas que tenham a partir de 50 funcionários com GR mais elevado – GR 4 –
como, por exemplo, indústrias de metalurgia de ferro e aço, indústrias extrativas, 
indústrias da construção, entre outras. 
 
 
 A formação e o número de profissionais do SESMT em uma única empresa 
podem variar dependendo do número de funcionários e do GR da empresa, ou seja, 
quanto maior for o número de funcionários e o GR, mais profissionais ligados ao 
SESMT a empresa deve ter. Os profissionais do SESMT são definidos pela NR-4 – 
SESMT. Adiante veremos um exemplo prático. 
Além disso, o mercado de trabalho ainda carece de profissionais especializados 
para atuarem em segmentos específicos. Os profissionais do SESMT possuem 
formação generalista que, por conta da carga horária dos cursos de formação, não 
oferece aprofundamento em temas específicos de segurança no trabalho, 
principalmente no que diz respeito a determinadas áreas, como construção civil, 
indústrias químicas e petroquímicas, indústrias de petróleo e gás, setor eletricitário. 
Essas empresas precisam de profissionais especialistas no segmento de atuação; é 
comum, portanto, que atualmente muitas instituições de ensino ofertem cursos 
específicos, como especializações para técnicos de segurança do trabalho, cursos de 
aperfeiçoamento para os técnicos em enfermagem do trabalho e pós-graduação para 
os demais profissionais do SESMT que possuem nível superior. 
Em resumo, o mercado de trabalho para esses profissionais está em constante 
crescimento; sempre existem vagas de trabalho para os mais especializados e com 
conhecimentos específicos e atualizados. Dessa maneira, os profissionais que atuam 
como integrantes do SESMT devem fazer cursos de aperfeiçoamento e de 
especialização, como pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho 
(exclusiva para engenheiros e arquitetos), Ergonomia, Engenharia de Prevenção 
contra Incêndio, Meio Ambiente, Higiene Ocupacional, Medicina do Trabalho 
(exclusiva para médicos), Sistemas de Gestão Integrada, que engloba qualidade, 
meio ambiente e segurança do trabalho, Especialização Técnica em Segurança do 
Trabalho na Construção Civil, em Meio Ambiente, Enfermagem do Trabalho, entre 
outros. Essas são algumas opções de especialização disponíveis para os profissionais 
do SESMT, que podem, assim, simultaneamente, valorizar o currículo e se tornar 
aptos a atender com qualidade as demandas do mercado de trabalho e as 
necessidades de cada empresa. 
 
 
 
 
2.2 Profissionais da SESMT 
2.2.1 Técnico de segurança do trabalho 
 
Na década de 1950 esse profissional era conhecido como inspetor de 
segurança do trabalho. Sua função predominante era providenciar alguns 
equipamentos de proteção individual e fiscalizar o seu uso pelos profissionais, 
aplicando punições quando fosse necessário. Não havia ação educativa ou de 
orientaçãoquanto à importância da segurança e da saúde no ambiente de trabalho. 
Nesse período, o Brasil crescia no setor industrial de forma desordenada, tornando-
se líder em acidentes de trabalho, conforme vimos anteriormente. 
Com a pressão para que o Brasil reduzisse o número de acidentes, a função 
de inspetor de segurança do trabalho foi criada de forma emergencial e para atender 
a essa demanda específica. Assim, a Fundacentro foi designada para formação 
desses profissionais, por meio de um curso de 100 horas; posteriormente, o curso 
passou a ser ministrado, também, pelas instituições de ensino em geral. 
Somente em 1985 essa profissão passou a ser regulamentada pela Lei no 
7.410, de 27 de novembro, que “dispõe sobre a especialização de engenheiros e 
arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho e a profissão de Técnico de 
Segurança do Trabalho”, e, posteriormente, pelo Decreto no 92.350, de 09 de abril de 
1986, sendo assim denominada como técnico de segurança do trabalho. 
Por se tratar de uma profissão regulamentada, é necessário o registro 
profissional junto ao MTE, conforme estabelecido na NR-27 – registro profissional do 
técnico de segurança do trabalho –, que diz em seu Art. 1º: 
 O exercício da profissão do técnico de segurança do trabalho depende de 
prévio registro no Ministério do Trabalho através da Secretaria de Segurança e Saúde 
no Trabalho ou das Delegacias Regionais do Trabalho. 
A referida NR foi revogada pela Portaria no 262, de 29 de maio de 2008, sendo 
o registro profissional de técnico de segurança do trabalho regulado, a partir de então, 
por tal portaria. 
As atividades desempenhadas pelo técnico de segurança do trabalho estão 
descritas na Portaria no 3.275, de 21 de setembro de 1989. Esse profissional deve 
dedicar-se a desempenhar exclusivamente as atribuições descritas nessa portaria, 
não sendo permitido o exercício de nenhuma outra função paralela ou similar e que 
não esteja estabelecida em lei. 
 
 
De acordo com o Art. 1º da portaria, o técnico de segurança do trabalho é 
responsável pelas seguintes atribuições: 
I. Informar o empregador, por meio de parecer técnico, sobre os riscos existentes nos 
ambientes de trabalho, bem como orientá-lo sobre as medidas de eliminação e 
neutralização; 
II. Informar os trabalhadores sobre os riscos da sua atividade, bem como as medidas 
de eliminação e neutralização; 
III. Analisar os métodos e os processos de trabalho e identificar os fatores de risco de 
acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho e a presença de agentes 
ambientais agressivos ao trabalhador, propondo sua eliminação ou seu controle; 
IV. Executar os procedimentos de segurança e higiene do trabalho e avaliar os 
resultados alcançados, adequando-os às estratégias utilizadas de maneira a integrar 
o processo prevencionista em uma planificação, beneficiando o trabalhador; 
V. Executar programas de prevenção de acidentes do trabalho, doenças profissionais 
e do trabalho nos ambientes de trabalho, com a participação dos trabalhadores, 
acompanhando e avaliando seus resultados, bem como sugerindo constante 
atualização dos mesmos e estabelecendo procedimentos a serem seguidos; 
VI. Promover debates, encontros, campanhas, seminários, palestras, reuniões, 
treinamentos e utilizar outros recursos de ordem didática e pedagógica com o objetivo 
de divulgar as normas de segurança e higiene do trabalho, assuntos técnicos, visando 
evitar acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho; 
VII. Executar as normas de segurança referentes a projetos de construção, aplicação, 
reforma, arranjos físicos e de fluxos, com vistas à observância das medidas de 
segurança e higiene do trabalho, inclusive por terceiros; 
VIII. Encaminhar aos setores e áreas competentes normas, regulamentos, 
documentação, dados estatísticos, resultados de análises e avaliações, materiais de 
apoio técnico, educacional e outros de divulgação para conhecimento e 
autodesenvolvimento do trabalhador;; 
IX. Indicar, solicitar e inspecionar equipamentos de proteção contra incêndio, recursos 
audiovisuais e didáticos e outros materiais considerados indispensáveis, de acordo 
com a legislação vigente, dentro das qualidades e especificações técnicas 
recomendadas, avaliando seu desempenho; 
 
 
X. Cooperar com as atividades do meio ambiente, orientando quanto ao tratamento e 
destinação dos resíduos industriais, incentivando e conscientizando o trabalhador da 
sua importância para a vida; 
XI. Orientar as atividades desenvolvidas por empresas contratadas, quanto aos 
procedimentos de segurança e higiene do trabalho previstos na legislação ou 
constantes em contratos de prestação de serviço; 
XII. Executar as atividades ligadas a segurança e higiene do trabalho utilizando 
métodos e técnicas científicos, observando dispositivos legais e institucionais que 
objetivem a eliminação, controle ou redução permanente dos riscos de acidentes do 
trabalho e a melhoria das condições do ambiente, para preservar a integridade física 
e mental dos trabalhadores; 
XIII. Levantar e estudar os dados estatísticos de acidentes do trabalho, doenças 
profissionais e do trabalho, calcular a frequência e a gravidade destes para ajustes 
das ações prevencionistas, normas, regulamentos e outros dispositivos de ordem 
técnica que permitam a proteção coletiva e individual; 
XIV. Articular-se e colaborar com os setores responsáveis pelos recursos humanos, 
fornecendo-lhes resultados de levantamentos técnicos de riscos das áreas e 
atividades para subsidiar a adoção de medidas de prevenção em nível de pessoal; 
XV. Informar os trabalhadores e o empregador sobre as atividades insalubres, 
perigosas e penosas existentes na empresa, seus riscos específicos, bem como as 
medidas e alternativas de eliminação ou neutralização dos mesmos; 
XVI. Avaliar as condições ambientais de trabalho e emitir parecer técnico que subsidie 
o planejamento e a organização do trabalho de forma segura para o trabalhador; 
XVII. Articular-se e colaborar com os órgãos e entidades ligados à prevenção de 
acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho; 
XVIII. Participar de seminários, treinamentos, congressos e cursos visando ao 
intercâmbio e ao aperfeiçoamento profissional. 
Em caso de dúvidas com relação à atividade exercida pelo técnico de 
segurança do trabalho que não tenham sido devidamente esclarecidas nessa portaria, 
recomenda-se que o profissional, ou qualquer interessado, procure a Secretaria de 
Segurança e Medicina do Trabalho (SSMT). 
 
 
 
 
2.2.2 Engenheiro de segurança do trabalho 
 
O engenheiro de segurança do trabalho é o profissional graduado em 
engenharia ou arquitetura, com pós-graduação em Engenharia de Segurança do 
Trabalho. Não existe graduação específica nessa área, apenas a especialização em 
nível de pós-graduação exclusiva para os engenheiros e arquitetos. 
No Brasil, assim como o técnico de segurança do trabalho, essa profissão é 
regulamentada pela Lei no 7.410, que dispõe também sobre a especialização em nível 
de pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho para engenheiros e 
arquitetos, desde a sua publicação em 27 de novembro de 1985. 
Antes da publicação dessa lei, a Fundacentro era responsável, também, pela 
formação dos profissionais de engenharia de segurança do trabalho. Os cursos eram 
realizados pela própria Fundacentro ou por instituições de ensino superior 
conveniadas. 
O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CREA) é a instituição 
responsável pelo registro desse profissional, bem como pela definição das disciplinas 
do curso de formação de engenharia de segurança do trabalho (matriz curricular) e 
pelo credenciamento das instituições de ensino que ofertam o curso de 
especialização. 
Não há no Brasil um sindicato específico para engenheiros de segurança do 
trabalho, que, por isso, fazem parte do sindicado dos engenheiros em geral.O que 
existe em alguns estados são associações específicas para engenharia de segurança; 
em São Paulo, por exemplo, temos a Associação Paulista dos Engenheiros de 
Segurança do Trabalho (APAEST), cuja missão consiste na “atuação na defesa de 
seus associados, fortalecer a engenharia de segurança do trabalho, promover o 
desenvolvimento sustentável na comunidade, incluindo a melhoria das condições de 
trabalho e a preservação do meio ambiente e da integridade física dos trabalhadores”. 
Por se tratar de uma profissão regulamentada, existem diversas leis e 
resoluções referentes à Engenharia de Segurança do Trabalho. A principal delas é a 
Resolução no 325, de 27 de novembro de 1987, que “dispõe sobre o exercício 
profissional, o registro e as atividades do engenheiro de segurança do trabalho, e dá 
outras providências”. 
O Art. 1º dessa resolução trata do exercício da especialização de engenheiro 
de segurança do trabalho, que é permitido, exclusivamente: 
 
 
I. Ao engenheiro ou arquiteto, portador de certificado de conclusão de curso de 
especialização no nível de pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho; 
II. Ao portador de certificado de curso de especialização em Engenharia de Segurança 
do Trabalho, realizado em caráter prioritário, pelo Ministério do Trabalho; 
III. Ao possuidor de registro de engenheiro de segurança do trabalho, expedido pelo 
Ministério do Trabalho, dentro de 180 (cento e oitenta) dias da extinção do curso 
referido no item anterior. 
O Art. 2º trata dos conselhos regionais, que concederão o registro dos engenheiros 
de segurança do trabalho, procedendo à anotação nas carteiras profissionais já 
expedidas. 
O Art. 3º informa que, para o registro, só serão aceitos certificados de cursos de pós-
graduação credenciados pelo Conselho Federal de Educação, ressalvadas as 
hipóteses contempladas nos incisos II e III do Art. 1º. 
O Art. 4º diz que as atividades exercidas pelos engenheiros e arquitetos na 
especialidade de Engenharia de Segurança do Trabalho envolvem: 
1. Supervisionar, coordenar e orientar tecnicamente os serviços de Engenharia de 
Segurança do Trabalho; 
2. Estudar as condições de segurança dos locais de trabalho e das instalações e 
equipamentos, com vistas especialmente aos problemas de controle de risco, controle 
de poluição, higiene do trabalho, ergonomia, proteção contra incêndio e saneamento 
3. Planejar e desenvolver a implantação de técnicas relativas a gerenciamento e 
controle de riscos; 
4. Vistoriar, avaliar, realizar perícias, arbitrar, emitir parecer, laudos técnicos e indicar 
medidas de controle sobre grau de exposição e agentes agressivos de riscos físicos, 
químicos e biológicos, tais como: poluentes atmosféricos, ruídos, calor, radiação em 
geral e pressões anormais, caracterizando as atividades, operações e locais 
insalubres e perigosos; 
5. Analisar riscos, acidentes e falhas, investigando causas, propondo medidas 
preventivas e corretivas e orientando trabalhos estatísticos, inclusive com respeito a 
custos; 
6. Propor políticas, programas, normas e regulamentos de segurança do trabalho, 
zelando pela sua observância; 
 
 
7. Elaborar projetos de sistemas de segurança e assessorar a elaboração de projetos 
de obras, instalações e equipamentos, opinando do ponto de vista da engenharia de 
segurança; 
8. Estudar instalações, máquinas e equipamentos, identificando seus pontos de risco 
e projetando dispositivos de segurança; 
9. Projetar sistemas de proteção contra incêndio, coordenar atividades de combate a 
incêndio e de salvamento e elaborar planos para emergência e catástrofes; 
10. Inspecionar locais de trabalho no que se relaciona com a segurança do trabalho, 
delimitando áreas de periculosidade; 
11. Especificar, controlar e fiscalizar sistemas de proteção coletiva e equipamentos de 
segurança, inclusive os de proteção individual e os de proteção contra incêndio, 
assegurando-se de sua qualidade e eficiência; 
12. Opinar e participar da especificação para aquisição de substâncias e 
equipamentos cuja manipulação, armazenamento, transporte ou funcionamento 
possam apresentar riscos, acompanhando o controle do recebimento e da expedição; 
13. Elaborar planos destinados a criar e desenvolver a prevenção de acidentes, 
promovendo a instalação de comissões e assessorando-lhes o funcionamento; 
14. Orientar o treinamento específico de segurança do trabalho e assessorar a 
elaboração de programas de treinamento geral, no que diz respeito à segurança do 
trabalho; 
15. Acompanhar a execução de obras e serviços decorrentes da adoção de medidas 
de segurança, quando a complexidade dos trabalhos a executar assim o exigir; 
16. Colaborar na fixação de requisitos de aptidão para o exercício de funções, 
apontando os riscos decorrentes desses exercícios; 
17. Propor medidas preventivas no campo de segurança do trabalho, em face do 
conhecimento da natureza e gravidade das lesões provenientes do acidente de 
trabalho, incluídas as doenças do trabalho; 
18. Informar aos trabalhadores e à comunidade, diretamente ou por meio de seus 
representantes, as condições que possam trazer danos à sua integridade e as 
medidas que eliminam ou atenuam estes riscos e que deverão ser tomadas. 
 
 
 
 
 
2.2.3 Técnico de enfermagem do trabalho 
 
O auxiliar de enfermagem do trabalho é o profissional com formação em auxiliar 
de enfermagem que se especializou por meio do curso de auxiliar de enfermagem do 
trabalho. O técnico de enfermagem do trabalho é o profissional que se formou como 
técnico de enfermagem e fez uma especialização técnica em enfermagem do trabalho. 
De acordo com a NR-4, as empresas são obrigadas a manter em seu quadro 
de funcionários o auxiliar de enfermagem do trabalho. Tem se tornado comum, porém, 
que as instituições de ensino deixem de formar o auxiliar de enfermagem do trabalho, 
dando exclusividade apenas para o técnico de enfermagem do trabalho, o que, para 
as empresas, acaba se tornando um bom negócio, pois terão a possibilidade de 
contratar um profissional mais especializado. Hoje, quem inicia o curso de auxiliar de 
enfermagem acaba dando preferência ao curso técnico, ao passo que os auxiliares já 
formados estão voltando para escola para complementar sua formação por meio do 
curso de formação e de especialização de nível técnico. 
 A inclusão do auxiliar de enfermagem do trabalho junto à equipe de saúde 
ocupacional ocorreu em 1972 por meio da Portaria no 3.237 do MTE, que tratava da 
obrigatoriedade da existência dos SESMT no Brasil. 
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e o Conselho Regional de 
Enfermagem (Coren) são os responsáveis pelos critérios de formação, registro e 
fiscalização desses profissionais. Existem diversas leis e resoluções pertinentes à 
enfermagem do trabalho; a Resolução no 238/2000 do Cofen “fixa normas para a 
qualificação em nível médio de enfermagem do trabalho e dá outras providências”. 
Esse profissional integra o SESMT com a finalidade de promover a saúde do 
trabalhador no ambiente de trabalho, auxiliando os demais profissionais do SESMT. 
De acordo com a Lei no 7.498/1986, que “dispõe sobre a regulamentação do exercício 
da Enfermagem”, esse profissional deve atuar sob a supervisão de um enfermeiro do 
trabalho no atendimento ambulatorial, além de exercer as seguintes atividades: 
 
■ Atender o trabalhador 
■ Auxiliar nos exames admissionais 
■ Atender as emergências e oferecer primeiros socorros 
■ Coletar materiais para exames quando necessário 
 
 
 
■ Fazer encaminhamento de exames laboratoriais 
■ Preparar o empregado para a realização de exame médico 
■ Auxiliar nas campanhas educativas e eventos de segurança e saúde no 
trabalho, como, por exemplo, campanhas de prevenção a diabetes, doenças 
sexualmente transmissíveis (DST), tabagismo, hipertensão, obesidade, alcoolismo e 
drogas ilícitas 
■ Controlar e preparar equipamentos■ Organizar, controlar e arquivar documentos médicos. 
Para a Associação Nacional de Enfermagem do Trabalho (Anent), existe 
diferença entre os perfis do técnico e do auxiliar de enfermagem. Enquanto o técnico 
de enfermagem desempenha atividades de colaboração com o enfermeiro do 
trabalho, no que diz respeito às atividades de planejamento, programação, orientação 
e execução de atividades, o auxiliar de enfermagem restringe-se à execução de 
atividades planejadas. 
De acordo com a Anent, as atribuições do técnico de enfermagem do trabalho 
são: 
■ Participar, junto ao enfermeiro, de: 
•Planejamento, programação e orientação das atividades de 
enfermagem do trabalho; 
•Desenvolvimento e execução de programas de avaliação da saúde dos 
trabalhadores; 
•Elaboração e execução de programas de controle das doenças 
transmissíveis e não transmissíveis e de vigilância epidemiológica dos 
trabalhadores; 
•Execução dos programas de higiene e segurança do trabalho e de 
prevenção de acidentes e de doenças profissionais. 
■ Executar todas as atividades de enfermagem do trabalho, exceto as privativas 
do enfermeiro; 
■ Integrar a equipe de saúde do trabalhador; 
Já o auxiliar de enfermagem do trabalho carrega as seguintes atribuições: 
■ Auxiliar o enfermeiro na execução de programas de avaliação da saúde dos 
trabalhadores, de acordo com a sua qualificação: 
 •Observando, reconhecendo e descrevendo sinais e sintomas; 
 
 
 
•Executando ações de simples complexidade. 
■ Executar atividades de enfermagem do trabalho, de acordo com a sua 
qualificação, nos programas de: 
•Prevenção e controle das doenças profissionais e acidentes de 
trabalho; 
•Controle de doenças transmissíveis e não transmissíveis e vigilância 
epidemiológica dos trabalhadores; 
 •Educação para a saúde da clientela. 
■ Integrar a equipe de saúde dos trabalhadores. 
O técnico e o auxiliar de enfermagem do trabalho auxiliam o SESMT no 
desenvolvimento de projetos, aplicando técnicas que visam à prevenção e ao controle 
de doenças do trabalho, auxiliando na investigação de acidentes, quando necessário, 
e na realização de treinamentos específicos relacionados à saúde dos trabalhadores. 
 
2.2.4 Enfermeiro do trabalho 
 
O enfermeiro do trabalho é o profissional graduado em enfermagem com pós-
graduação em enfermagem do trabalho. No ambiente empresarial, é o líder e o 
responsável pelos técnicos e auxiliares de enfermagem do trabalho; presta serviço de 
atendimento aos funcionários no ambulatório da empresa ou, quando necessário, nos 
setores, exerce atividades relacionadas a higiene ocupacional, medicina e segurança 
do trabalho e coordena o auxiliar e/ou técnico de enfermagem do trabalho, integrando 
a equipe do SESMT. 
No Brasil, a enfermagem do trabalho no Brasil vem galgando espaço ao longo 
dos anos. A inserção do enfermeiro do trabalho nas equipes de saúde ocupacional 
ocorreu em 1975 por meio da Portaria no 3.460 do MTE. A princípio, era visto como 
um profissional de atendimento a emergências nas empresas, o que não o valorizava 
muito, já que os casos de atendimento emergencial dentro das empresas eram raros, 
para não dizer improváveis. Hoje, essa visão mudou, principalmente após a 
publicação de legislações mais densas e a mudança de conceitos de empresários e 
funcionários, que modificaram a maneira como o enfermeiro do trabalho poderia atuar 
nas empresas, ampliando a sua gama de atribuições no que diz respeito à promoção 
da saúde e à prevenção de doenças. O enfermeiro do trabalho atua, também, em 
 
 
controle das atividades, desenvolvimento de projetos e pesquisas, bem como presta 
atendimento aos empregados em situações de emergência. 
São diversas as atividades do enfermeiro do trabalho dentro de uma empresa. 
De acordo com a Classificação Brasileira de Ocupação (CBO) 0-71.40, as principais 
funções do enfermeiro do trabalho são: 
■ Estudar as condições de segurança e periculosidade da empresa, efetuando 
observações nos locais de trabalho e discutindo-as em equipe, para identificar as 
necessidades no campo da segurança, higiene e melhoria do trabalho; 
■ Elaborar e executar planos e programas de proteção à saúde dos 
empregados, participando de grupos que realizam inquéritos sanitários, estudam 
as causas de absenteísmo, fazem levantamentos de doenças profissionais e 
lesões traumáticas, procedem a estudos epidemiológicos, coletam dados 
estatísticos de morbidade e mortalidade de trabalhadores, investigando possíveis 
relações com as atividades funcionais, para obter continuidade operacional e 
aumento da produtividade; 
■ Executar e avaliar programas de prevenções de acidentes e de doenças 
profissionais ou não profissionais, fazendo análise da fadiga, dos fatores de 
insalubridade, dos riscos e das condições de trabalho do menor e da mulher, para 
propiciar a preservação de integridade física e mental do trabalhador; 
■ Prestar primeiros socorros no local de trabalho, em caso de acidente ou 
doença, fazendo curativos ou imobilizações especiais, administrando 
medicamentos e tratamentos e providenciando o posterior atendimento médico 
adequado, para atenuar consequências e proporcionar apoio e conforto ao 
paciente; 
■ Elaborar e executar ou supervisionar e avaliar as atividades de assistência 
de enfermagem aos trabalhadores, proporcionando-lhes atendimento 
ambulatorial, no local de trabalho, controlando sinais vitais, aplicando 
medicamentos prescritos, curativos, inalações e testes, coletando material para 
exame laboratorial, vacinações e outros tratamentos, para reduzir o absenteísmo 
profissional; 
■ Organizar e administrar o setor de enfermagem da empresa, provendo 
pessoal e material necessários, treinando e supervisionando auxiliares de 
enfermagem do trabalho, atendentes e outros, para promover o atendimento 
adequado às necessidades de saúde do trabalhador; 
 
 
■ Treinar trabalhadores, instruindo-os sobre o uso de roupas e material 
adequado ao tipo de trabalho, para reduzir a incidência de acidentes; 
■ Planejar e executar programas de educação sanitária, divulgando 
conhecimentos e estimulando a aquisição de hábitos sadios, para prevenir 
doenças profissionais, mantendo cadastros atualizados, a fim de preparar informes 
para subsídios processuais nos pedidos de indenização e orientar em problemas 
de prevenção de doenças profissionais. 
A Anent, além das funções definidas pela CBO, inclui, ainda, a função de 
registrar dados estatísticos de acidentes e doenças profissionais, mantendo 
cadastros atualizados, a fim de preparar informes para subsídios processuais nos 
pedidos de indenização e orientar em problemas de prevenção de doenças 
profissionais. 
 
2.2.5 Médico do trabalho 
 
A medicina do trabalho é uma especialidade médica que trata das relações 
entre a saúde dos trabalhadores e seu campo de trabalho. Atua não só na prevenção 
de acidentes e de doenças ocupacionais e do trabalho, mas também promove, por 
meio de programas apropriados, a segurança, a saúde e a qualidade de vida no 
trabalho, assegurando o bem-estar dos trabalhadores nos âmbitos social e 
profissional. 
O médico do trabalho é o profissional graduado em Medicina e com pós-
graduação em Medicina do Trabalho. Dentro de uma empresa, é o responsável por 
área médica, procedimentos de saúde, realização de consultas e atendimentos 
médicos, tratamento e acompanhamento das doenças dos profissionais, negociação 
com empresas, implantação e acompanhamento de ações de prevenção de doenças 
e promoção da saúde dos trabalhadores, por meio de programas e serviços de saúde, 
efetuando perícias e auditorias médicas e elaborando documentos de medicina do 
trabalho. 
Entre as demais tarefas do médico do trabalho estão elaboração, implantação 
e implementação do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO), 
que se baseia nas informações apresentadas no Programa de Prevenção deRiscos 
Ambientais (PPRA) desenvolvido pelo engenheiro de segurança do trabalho e pelo 
técnico de segurança do trabalho. 
 
 
 
O profissional participa, ainda, das investigações de acidentes e doenças 
ocupacionais e do trabalho, elabora a comunicação de acidente de trabalho (CAT), 
realiza avaliações ergonômicas, auxilia na elaboração do Laudo Técnico de 
Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT) e dos laudos de insalubridade e 
periculosidade, entre outras atribuições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. NORMAS BS 8800; OHSAS 18001; ISO 45001 
3.1. Normas BS 8800 
 
A BS (British Standard) 8800 é uma norma britânica que foi publicada em 1996 
com a finalidade de melhorar o desempenho da SST da organização. Ela é uma guia 
que fornece orientações de como a gestão de SST pode ser integrada ao 
gerenciamento do negócio. Essa integração ajuda a minimizar os riscos para os 
funcionários e outros integrantes, estabelecendo para a organização uma imagem 
responsável no ambiente em que atua. 
As organizações não atuam isoladamente; diversas partes que podem ter um 
interesse legítimo na abordagem adotada por uma organização para com a SST 
incluem: empregados, consumidores, clientes, fornecedores; a comunidade; os 
acionistas; os empreiteiros; os seguradores, assim como as agências governamentais 
encarregadas de zelar pelo cumprimento dos regulamentos e das leis. Esses 
interesses precisam ser reconhecidos. O bom desempenho de saúde e segurança 
não é casual. As organizações devem dispensar a mesma importância à obtenção de 
altos padrões de gerenciamento de SST como o fazem com respeito a outros aspectos 
chaves de suas atividades empresariais. Isto requer a adoção de uma abordagem 
estruturada para a identificação, avaliação e controle dos riscos relacionados com o 
trabalho. 
Muitas das características do gerenciamento eficaz de SST se confundem com 
práticas sólidas de gerência defendidas por proponentes da excelência da qualidade 
e dos negócios. Estas orientações têm por base os princípios gerais da boa gerência 
e foram concebidas para capacitar a integração do gerenciamento de SST com o 
sistema de gerência geral. Neste sentido, a BS 8800 é composta pelos seguintes 
itens: (a) Objetivo, (b) Referências informativas, (c) Definições, (d) Elementos do 
Sistema de Gestão da SST (Introdução; Política de SST; Planejamento; 
Implementação e operação; Verificação e ação corretiva; Análise crítica pela 
administração) e (e) Anexos. 
 
3.2 OHSAS 18001 
 
A grande aceitação dos sistemas de gestão da qualidade (ISO 9001) e gestão 
ambiental (ISO 14001) deu origem a uma demanda internacional crescente para 
 
 
elaboração de uma norma de segurança e saúde no trabalho com 
características similares. Com o intuito de atender esta demanda, alguns Organismos 
Certificadores (OCs), que representavam cerca de 80% do mercado mundial de 
certificação de sistemas de gestão, reuniram-se na Inglaterra e criaram 
a OHSAS 18001:1999, a primeira norma de certificação de Sistemas de Gestão da 
SST. Na sua elaboração foi adotada a mesma estrutura da ISO 14001:1996 (meio 
ambiente) que facilitou seu entendimento para aqueles já familiarizados com o sistema 
de gestão ambiental. 
A OHSAS 18001 entrou em vigor em 1999 e em 2007 foi realizada sua primeira 
revisão. A revisão não alterou significativamente a estrutura da norma, mas introduziu 
diversos aperfeiçoamentos: a importância dada à saúde e a melhoria do alinhamento 
com a ISO 14001:2004 foram os principais. Além disso, houve um aumento no 
enfoque preventivo com a exigência de gerenciamento de incidentes. 
A OHSAS 18001:2007 especifica os requisitos para um sistema de gestão de SST 
que permita à organização desenvolver e implementar sua política de SST, 
considerando requisitos legais e informações sobre riscos. Ela se aplica a qualquer 
organização que deseje: 
 Estabelecer um sistema de gestão de SST para eliminar ou minimizar o 
risco para os trabalhadores e outras partes interessadas que possam ser 
expostas a riscos para a SST associados às suas atividades; 
 Implementar, manter e melhorar continuamente esse sistema de gestão; e 
 Assegurar-se da conformidade com a sua política de SST definida. 
A OSHAS 18001:2007 está estruturada em quatro seções: (1) Objetivo e 
campo de aplicação; (2) Publicações de referência; (3) Termos e definições; e (4) 
Requisitos do Sistema de Gestão de SST. 
A OSHAS 18002 – Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional 
apresenta os requisitos específicos da OSHAS 18001, acompanhados das diretrizes 
para a implantação da mesma. A OSHAS 18001:2017 continua válida e segue sendo 
aceita pelo sistema ISO como norma complementar ao SGI das empresas. A validade 
da integração da OSHAS às normas ISO está prevista para ser descontinuada 
próximo ao meado de 2021, decorridos os três anos de publicação da ISO 
45001:2018, quando se espera que as empresas já devam ter realizado a migração 
para o sistema de ISO 45001. 
 
 
 
3.3 ISO 45001 
 
Em 2018, foi publicada a ISO 45001, que possui a mesma identidade das 
normas ISO 9001:2015 e 14001:2015, com foco na gestão de riscos, melhoria 
contínua e conscientização dos públicos interno/externo envolvidos no processo 
coletivo de gestão da saúde e segurança ocupacional. A ISO 45001 foi criada na 
perspectiva de alinhamento à ISO 19011 (auditoria integrada), particularmente pela 
necessidade de se formular uma norma mais integrável à gestão de qualidade e meio 
ambiente. 
A ISO 45001 é baseada numa estrutura atualizada, que traz uma estrutura 
comum para todos os sistemas de gestão, que ajuda a manter a consistência e 
alinhamento com as diferentes normas de sistema de gestão, em relação à estrutura 
de alto nível, aplicando uma linguagem comum a todas as normas, buscando: (a) se 
integrar com outros sistemas de gestão; (b) fornecer uma abordagem integrada para 
gestão organizacional; (c) refletir os ambientes cada vez mais complexos em que as 
organizações operam; e (d) melhorar a capacidade de uma organização para 
gerenciar seus riscos de saúde e segurança. 
A norma ISO 45001:2018 busca atualizar a estrutura dos elementos de gestão 
e de melhoria contínua proposta pela OHSAS 18001:2009, através da introdução dos 
seguintes critérios centrais: 
1. Escopo. Detalha o escopo da norma internacional, a qual especifica os requisitos 
para um sistema de gestão de saúde e segurança do trabalho (SST), com orientações 
para a sua utilização. 
2. Referências normativas. Não destaca ou apresenta referências normativas em seu 
contexto. 
3. Termos e definições. Foram adicionados novos termos e definições e outros foram 
revisados em relação à OHSAS 18001:2007, incluindo os relativos à participação dos 
trabalhadores, a consulta, risco de SST, oportunidade de SST, desempenho de SST, 
lesões e problemas de saúde, entre outros. 
4. Contexto da organização. Busca estabelecer o contexto do sistema de gestão de 
SST, orientando e fornecendo às organizações a oportunidade de identificar e 
compreender os fatores externos e internos e as partes interessadas que afetam os 
resultados do sistema de gestão de SST. Alinhada às principais atualizações das ISO 
9000:2015 e ISO 14000:2015, indica que a organização precisa identificar e ter em 
 
 
conta as necessidades e expectativas das “partes interessadas” relevantes para o seu 
sistema de gestão da SST. Ressalta a relevância do processo de melhoria contínua 
em estabelecer, implementar, manter e melhorar continuamente o sistema de gestão 
da SST em conformidade com os requisitos da norma. 
5. Liderança e participação dos trabalhadores. Enfoca que a alta direção deve assumir 
a responsabilidade geral e prestação de contas para a proteção da saúde e segurança 
relacionadas com o trabalho dos trabalhadores e necessidade de desenvolver, liderar 
e promover uma cultura que suporteo sistema de gestão de SST. Orienta, ainda, que 
se assegure que os requisitos sejam integrados com os processos da organização e 
que a política e os objetivos sejam compatíveis com a direção estratégica da 
organização. Aponta a necessidade de se estabelecer a política de SST, indicando 
características e propriedades que a política deve incluir, em consulta com os 
trabalhadores em todos os níveis. 
6. Planejamento. Enfoca que o planejamento – traduzido por definição de uma política, 
objetivos, metas e indicadores, entre outros elementos – deve ser visto como um 
processo permanente que antecipe o processo de gestão de mudanças. Aborda a 
identificação de riscos e oportunidades que precisam ser tratados para garantir que o 
sistema possa atingir os seus resultados pretendidos, prevenir ou reduzir os efeitos 
indesejáveis e melhorar continuamente. Apresenta exigência de que as organizações 
estabeleçam um processo para determinar e atualizar os requisitos legais e outros 
requisitos que são aplicáveis aos seus perigos e riscos de SSO. Outro elemento chave 
é a necessidade de estabelecer objetivos de SST que sejam mensuráveis ou pelo 
menos possíveis de avaliação. Os objetivos de SST precisam manter e melhorar 
continuamente o sistema de gestão de SST. 
7. Suporte. Enfoca que as organizações devem determinar e prover os recursos 
(humanos, recursos naturais, infraestrutura e recursos financeiros) necessários para 
estabelecer, implementar, manter e melhorar continuamente o sistema de gestão de 
SST. Indica, ainda, que as organizações deverão determinar a competência 
necessária dos trabalhadores que afetam ou podem afetar o desempenho da SST e 
garantir que eles recebam a educação e formação apropriadas, garantindo que todos 
os trabalhadores estejam cientes da política de SST, dos perigos e riscos de SST que 
sejam relevantes e sua contribuição para a eficácia do sistema e as implicações de 
não conformidades com isso. Enfoque, ainda, a necessidade de um processo formal 
 
 
de informações e comunicações internas e externas relevantes para o sistema de 
gestão de SST. 
8. Operação. Enfoca a execução dos planos e processos objeto dos itens anteriores, 
indicando a necessidade de formalização do estabelecimento de processo de 
planejamento e controles operacionais para atender aos requisitos do sistema de 
gestão de SST, incluindo controles para reduzir os riscos de SST, para níveis 
aceitáveis. Destaca, ainda, conceitos como gestão de EPI, revisão de análise de 
riscos nos processos de gestão de mudanças, compras, gestão de terceirizados, entre 
outros. 
9. Avaliação de desempenho. Enfoca que as organizações necessitam determinar 
quais informações deverão ser imprescindíveis para avaliar o desempenho e eficácia 
de SST, de forma a garantir a eficácia do processo de identificação da periodicidade 
e respectivas métricas de monitoramento e controle do sistema de SST. 
10. Melhoria. Enfoca, em seus processos, o requisito “melhoria contínua”, de forma a 
analisar os riscos e continuamente adequar a eficácia do sistema de gestão da SST. 
Espera-se que a ISO 45001:2018 venha contribuir para facilitar um maior 
envolvimento da alta administração no planejamento do sistema de gestão de SST e 
sua respectiva integração aos processos de negócios corporativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 SISTEMA DE GESTÃO - PDCA 
 
As organizações têm enfrentado problemas quanto ao seu desempenho frente 
às constantes mudanças ocorridas no cenário competitivo. Cada vez mais os 
estudiosos e administradores estão em busca de modelos para melhorar o 
desempenho organizacional. 
Atualmente, o mercado passou a exigir que as organizações agreguem aos 
seus produtos e serviços o comprometimento no atendimento a padrões de normas 
internacionais de qualidade, sustentabilidade ambiental e proteção à integridade física 
e saúde de seus trabalhadores. Assim, o gerenciamento das questões ambientais e 
de saúde e segurança do trabalho, com foco na prevenção de acidentes e no 
tratamento dos problemas potenciais, passou a ser vital para a sobrevivência do 
empreendimento. 
O Sistema de Gestão da SST é parte integrante de um sistema de gestão de 
toda e qualquer organização, o qual proporciona um conjunto de ferramentas que 
potenciam a melhoria da eficiência da gestão dos riscos da SST, relacionados com 
todas as atividades da organização. 
Os sistemas de gestão de SST estão normalmente apoiados em políticas com 
uma visão mais generalista. Um exemplo de política generalista é apresentado pela 
Organização Internacional do Trabalho (ILO-OSH 2001), que possui um espectro 
amplo de aplicações em organizações de diferentes nacionalidades, porém não 
contempla, de forma detalhada, as orientações necessárias para o estabelecimento 
de um programa ou sistema voltado à gestão da SST, cujo papel tem sido assumido 
por normas mais específicas em cada país, como, por exemplo, a extinta norma BS 
8800:1996, a OHSAS 18001:1999 e a ISO 45001:2018. 
Cada organização deve refletir, a partir de seu porte e natureza de seus riscos, 
e adequar os aspectos referidos, em face das suas características e especificidades, 
com o propósito de definir, tornar efetiva, rever e manter a política da SST da 
organização, com base na qual se poderá definir e estabelecer: a estrutura 
operacional; as atividades de planejamento; as responsabilidades; as práticas; os 
procedimentos; os processos; os recursos. 
Definida a política da SST, a organização deve desenhar um sistema de gestão 
que englobe desde a estrutura operacional até a disponibilização dos recursos, 
passando pelo planejamento, pela definição de responsabilidades, práticas, 
 
 
procedimentos e processos, aspectos decorrentes da gestão e que atravesse 
horizontalmente toda a organização. 
O sistema deve ser orientado para a gestão dos riscos, devendo assegurar a 
identificação de perigos, a avaliação de riscos e o controle de riscos. Durante a 
implantação de sistemas de gestão de SST a organização deve atentar para quatro 
atividades básicas: o planejamento; a implementação e operação; a verificação e as 
ações corretivas. Esses quatro blocos de atividades são baseados na metodologia do 
ciclo PDCA, como descrito a seguir. 
• Plan (Planejar): estabelecer os objetivos e processos necessários para atingir 
os resultados de acordo com a política de SST da organização. 
• Do (Fazer): implementar os processos. 
• Check (Verificar): monitorar e medir os processos em relação à política e aos 
objetivos de SST; aos requisitos legais e outros; e relatar os resultados. 
• Act (Agir): executar ações para melhorar continuamente o desempenho da 
SST. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO – SIG 
 
Em 1987, a British Standard Institution (BSI) publicou a série ISO 9000 devido 
à necessidade de desenvolvimento de um sistema de gerenciamento da qualidade. O 
objetivo dessa série é garantir a qualidade nos processos produtivos através de 
procedimentos padronizados que resultem no aumento da confiabilidade dos produtos 
e serviços. 
Ainda no início da década de 1990, surgiu o conceito de sistema de 
gerenciamento ambiental, formalizado pela BSI na norma BS 7750, que foi o embrião 
da série ISO 14000. 
Em maio de 1996, a BSI criou a BS 8800, um guia baseado em princípios gerais 
de bom gerenciamento que tem por objetivo garantir níveis de segurança e saúde 
ocupacionais desejáveis para os trabalhadores de uma organização. Por ser um 
sistema holístico, permite a integração com os sistemas globais de gerenciamento das 
organizações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 GESTÃO DE RISCOS 
 
Atualmente, existe a falta de consenso quanto às terminologias e aos conceitos 
utilizados para a gestão de riscos, o que faz com que as organizações enfrentem 
dificuldades em integrar as diferentesfunções e atividades relativas ao tema. 
Essa falta de consenso, na prática, resulta no tratamento da gestão de risco de 
forma isolada, ocasionando muitas vezes a geração dos chamados silos ou ilhas 
departamentais, o que provoca a utilização de terminologias, sistemas, critérios e 
conceitos diferentes para cada uma das áreas da organização. 
Além disso, o gerenciamento de risco deve ter um caráter participativo, em que 
os trabalhadores sejam os sujeitos nas ações. Essa forma de gerenciamento evita que 
ocorra o chamado gerenciamento artificial de risco. 
Neste capítulo adotaremos a definição de gestão de riscos utilizada por De 
Cicco e Fantazzini (2003): 
 
“é a ciência, a arte e a função que visa à proteção dos recursos humanos, 
materiais, ambientais e financeiros de uma organização, quer através da 
eliminação ou redução de seus riscos, quer através do financiamento dos 
riscos remanescentes, conforme seja economicamente mais viável”. 
 
O processo de gerenciamento de riscos, como todo procedimento de tomada 
de decisão, começa com a identificação e a análise de um problema. No caso da 
gestão de riscos, o problema consiste, primeiramente, em se conhecer e analisar os 
riscos de perdas acidentais que ameaçam a organização. 
A identificação de riscos é, indubitavelmente, a mais importante das 
responsabilidades do gestor de riscos. É o processo por meio do qual, contínua e 
sistematicamente, são identificadas perdas potenciais (a pessoas, à propriedade e por 
responsabilidade da organização), ou seja, situações de risco de acidentes que 
podem afetar a organização. 
 
6.1 Identificação de Riscos 
 
Não existe um método ideal para se identificar riscos. Na prática, a melhor 
estratégia é combinar os vários métodos existentes, obtendo-se o maior número 
 
 
possível de informações sobre riscos e evitando-se, assim, que a organização seja, 
inconscientemente, ameaçada por eventuais perdas decorrentes de acidentes. 
São métodos frequentemente utilizados para identificar riscos: 
• Mapa de riscos. Tem como objetivo reunir as informações necessárias para 
estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho nas 
empresas e possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e a divulgação de 
informações entre trabalhadores, bem como estimular a participação destes nas 
atividades de prevenção. A elaboração dos mapas de riscos é uma das atribuições da 
CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e é composta das seguintes 
etapas: conhecer o processo de trabalho no local analisado; identificar os riscos 
existentes no ambiente pesquisado, conforme a classificação da Tabela 1 (Anexo IV) 
da Portaria 25, de 29 de dezembro de 1994, da Secretaria de Segurança e Saúde no 
Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego; identificar as medidas preventivas 
existentes e sua eficácia; reconhecer os indicadores de saúde; conhecer os 
levantamentos ambientais já realizados no local; e elaborar o Mapa de Riscos, sobre 
o layout da organização ou do ambiente analisado. 
• Checklists e roteiros. Podem ser obtidos em publicações especializadas sobre 
Engenharia de Segurança e Seguros, junto a corretoras, seguradoras etc., ou serem 
construídos. Deve-se ressaltar que, por mais precisos e extensos que sejam, há uma 
grande chance de eles omitirem situações de risco até vitais para uma determinada 
organização. Para minimizar o problema, os responsáveis pela gestão de riscos 
devem adaptar tais instrumentos às características e peculiaridades específicas da 
organização. 
• Inspeção de segurança. Nada mais é do que a procura de riscos comuns, já 
conhecidos teoricamente. O conhecimento teórico facilita a prevenção de acidentes, 
pois as soluções possíveis já foram estudadas anteriormente e constam de extensa 
bibliografia. Os riscos mais comumente encontrados em uma inspeção de segurança, 
entre outros, são: falta de proteção de máquinas e equipamentos; ausência de ordem 
e limpeza; falta de manutenção das ferramentas; iluminação e instalações elétricas 
deficientes; pisos escorregadios, precários, em mau estado de conservação; 
equipamentos de proteção contra incêndio em mau estado de conservação/uso ou 
insuficientes; falhas de operação. 
• Investigação de acidentes. É utilizada principalmente quando se tem um 
acidente de trabalho, haja vista que tal ocorrência necessita de uma verificação 
 
 
cuidadosa dos dados relativos ao acidentado, como comportamento, atividade 
exercida, tipo de ocupação, data e hora do acidente, entre outros, e ao acidente, como 
tipo, danos causados à empresa e ao(s) trabalhador(es), por exemplo. A forma de 
condução da investigação deve ser definida em função das peculiaridades de cada 
organização e/ou setor, como espaço físico, produto fabricado, processo produtivo, 
tipo de máquinas e equipamentos utilizados, características socioeconômicas da 
região onde está localizada a organização, por exemplo. 
• Fluxogramas. Esse método é bastante utilizado quando se quer identificar 
danos e perdas decorrentes de acidentes de trabalho. Inicialmente são elaborados 
fluxogramas com todas as operações realizadas na organização e/ou setor onde 
ocorreu o acidente, desde o fornecimento da matéria-prima até a entrega do produto 
final ao cliente, por exemplo. Em seguida, devem ser elaborados fluxogramas 
detalhados de cada uma das operações definidas no início, possibilitando, assim, a 
identificação dos respectivos danos e perdas ocorridos ou que possam vir a acontecer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. CERTIFICAÇÃO - SST 
 
A certificação de um sistema de gestão ocorre a partir da sua avaliação por 
uma entidade independente. É uma auditoria externa realizada por um organismo 
certificador (OC). 
A decisão pela implantação de um sistema de gestão numa organização pode 
ser espontânea, originar-se de uma estratégia de negócios ou a partir de solicitações 
dos clientes. O motivo determinante da implantação deve ser observado no momento 
da identificação e seleção da entidade certificadora. O reconhecimento e a 
confiabilidade do certificado estão intimamente relacionados com a credibilidade da 
empresa que realiza a avaliação. 
O conceito de acreditação de uma entidade certificadora está relacionado com 
o reconhecimento, pelo órgão normativo de algum país, de que as práticas de auditoria 
da organização estão em conformidade com os padrões internacionais e locais que 
regulamentam essas atividades. 
As auditorias de certificação do sistema de gestão da qualidade e do sistema 
de gestão ambiental são realizadas conforme diretrizes estabelecidas na norma ABNT 
NBR ISO/IEC 17021:2007 Avaliação de Conformidade – Requisitos para organismos 
que fornecem auditoria e certificação de sistemas de gestão. A norma é aplicável a 
qualquer sistema de gestão e introduz requisitos de desempenho para os organismos 
certificadores que são avaliados pelo órgão acreditador. Ela também estabelece 
princípios de auditoria, requisitos de estrutura e de recursos sobre informações dos 
processos e de sistema de gestão para o organismo certificador. 
Na área de sistemas de gestão de SST não existe entidade responsável pela 
acreditação de organismos certificadores para a avaliação da OHSAS 18001. As 
organizações podem selecionar o OC de sua maior confiança ou preferência. Contudo 
convém que esse OC seja acreditado para outros sistemas de gestão, pois os 
procedimentos de auditoria são semelhantes e facilitam o reconhecimento público do 
certificado emitido que alguns organismos denominam “Declaração de 
Conformidade”, justamente por não haver um sistema formal de acreditação. 
 
 
 
 
 
 
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BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. Colaboração de Antonio L. de Toledo 
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BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil. Colaboração de Antonio L. 
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