Sistemas de informação em saúde - Resumo - @eduardareisnafisio

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1 VIGILÂNCIA EM SAÚDE - RESUMO - @eduardareisnafisio 
CONCEITOS 
 
Sistema = entende-se como “um 
conjunto integrado de partes que 
se articulam para uma finalidade 
comum”. 
Informação = pode ser entendida 
como o "conhecimento obtido a 
partir de dados", ou "uma 
descrição de uma situação real, 
associada a um referencial 
explicativo sistemático". 
Sistemas de informação = 
"conjunto de unidades de 
produção, análise e divulgação de 
dados que atuam integradas e 
articuladamente com o propósito 
de atender às demandas para o 
qual foi concebido" ou "conjunto 
de estruturas administrativas e 
unidades de produção, 
perfeitamente articuladas, com 
vistas à obtenção de dados 
mediante o seu registro, coleta, 
processamento, análise, 
transformação em informação e 
oportuna na divulgação". 
(Brasil, 2007) 
INFORMAÇÃO X DADO 
 
O dado é definido como um valor 
quantitativo (número, medidas, 
valores) referente a um fato ou 
circunstância. Também pode ser 
compreendido como algo 
qualitativo e, por isso, 
reconhecido como "matéria-prima 
da informação", observações 
documentadas ou resultados de 
alguma medição. 
Exemplos de dados: 
 
 Mas qual a relação entre 
dado e informação? 
A informação é o "dado 
trabalhado" ou "o resultado da 
análise e combinação de vários 
dados", ou ainda a "ordenação e 
organização dos dados de forma 
a transmitir significado e 
compreensão dentro de um 
determinado contexto". 
 
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Exemplos de informação segunda a 
tabela anterior: 
• Na UBS Maresia há mais homens 
do que mulheres em tratamento 
para tuberculose; 
• Em torno de 67% das pessoas em 
tratamento para tuberculose 
pulmonar na UBS Maresia 
apresentam baciloscopia 
positiva no escarro; 
• Há uma média de 4 
comunicantes por caso de 
tuberculose entre as pessoas em 
tratamento na UBS; 
PARA QUE OBTER ESSAS 
INFORMAÇÕES? 
Um sistema de informação deve 
disponibilizar o suporte necessário 
para que o planejamento, decisões 
e ações dos gestores, determinado 
nível decisório (municipal, estadual 
e federal), não se baseie em dados 
subjetivos, conhecimentos 
ultrapassados ou conjecturas. 
Na UBS Maresia, por exemplo, para 
encontrar mais casos de 
tuberculose pulmonar, eles 
ampliaram a oferta de coleta de 
escarro para baciloscopia entre 
homens, porque sabem que a 
tuberculose acomete mais homens 
do que mulheres. 
 
Etapas: 
• Coleta dos dados 
• Registro 
• Processamento 
• Análise Divulgação 
 
INFORMAÇÃO-DECISÃO-
AÇÃO 
O processo “informação-decisão-
ação", tríade que sintetiza a 
dinâmica das atividades da 
Vigilância Epidemiológica, que, 
como se sabe, devem ser iniciadas 
a partir da informação de um 
indício ou suspeita de caso de 
alguma doença ou agravo", por 
exemplo. 
 
Dados
Informação 
(conhecimento)
Decisão
Ação
 
3 VIGILÂNCIA EM SAÚDE - RESUMO - @eduardareisnafisio 
FONTES DE INFORMAÇÃO EM 
SAÚDE 
Os indicadores socioeconômicos, 
demográficos e de saúde permitem 
conhecer as características de uma 
determinada população e sua 
evolução ao longo do tempo no 
território. Tais indicadores são 
obtidos através de sistemas de 
informação, servindo não só para 
a vigilância de possíveis agravos 
ou situações que possam ameaçar 
a saúde da população, como 
para a gestão em saúde, 
possibilitando o reconhecimento 
dos problemas que devem ser 
enfrentados em cada território. 
 
PRINCIPAIS INDICADORES DE 
SAÚDE 
 Demográficos e 
socioeconômicos: permitem 
conhecer características sociais e 
econômicas de uma população 
 Epidemiológicas e morbidade: 
fornece informações sobre doenças 
e agravos (taxa de cura de 
tuberculose, sexo e idade 
predominante em diabéticos em 
uma determinada região, etc.) 
 Estatísticas vitais: informações 
referentes à mortalidade e aos 
nascimentos de uma população. 
 Assistência à saúde: 
informações referentes ao modo 
como os cuidados em saúde são 
prestados e/ou acessados por uma 
população. 
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
EM SAÚDE 
“Os sistemas de informações têm, 
basicamente, o objetivo de 
aquisição do conhecimento que 
deve fundamentar a gestão dos 
serviços.” (Brasil, 2009) 
“Possibilitam a análise da situação 
de saúde no nível local tomando 
como referencial microrregiões e 
homogêneas e considerando, 
necessariamente as condições de 
vida da população na 
determinação do processo saúde-
doença. O nível local tem, então, 
responsabilidade não apenas com 
a alimentação do sistema de 
informação em saúde, mas também 
com sua organização e gestão” 
(Brasil, 2007) 
 
 
 
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
EM SAÚDE NO BRASIL: UM 
HISTÓRICO BREVE 
Sistemas analógicos: 
• Surge o IBGE em 1931, que se 
articula com o Ministério da 
Saúde em 1948 para 
informações hospitalares; 
• SERPRO (Serviço Federal de 
Processamento de Dados), 
criado em 1964. Uma empresa 
pública de prestação de 
serviços em tecnologia da 
informação. 
Sistemas digitais: 
Surgem a partir da década de 
1970, mas se intensificam na 
década de 1990 (após a criação 
do SUS e o advento da internet na 
década de 90). 
• DATAPREV: empresa publica de 
tecnologia e informações da 
Previdência, criada em 1974 e 
vinculada ao Ministério da 
Economia. É responsável pela 
gestão da Base de Dados 
Sociais Brasileira, 
especialmente a do INSS; 
• Sistema Nacional de Controle 
e Pagamentos de Contas 
Hospitalares (SNCPCH); 
• Sistema de Informação sobre 
Mortalidade (SIM) em 1977. 
 
DATASUS (DEPARTAMENTO DE 
INFORMAÇÃO DO SUS) 
• Foi criado em 1991; 
• “Tem como responsabilidade 
prover os órgãos do SUS de 
sistemas de informação e 
suporte de informática, 
necessários ao processo de 
planejamento, operação e 
controle” 
• Com a criação do DATASUS, 
houve a abundancia de 
sistemas de informação em 
saúde no país. 
 
SISTEMAS DE VIGILÂNCIA 
EPIDEMIOLÓGICA 
 
5 VIGILÂNCIA EM SAÚDE - RESUMO - @eduardareisnafisio 
 
SIM - SISTEMA NACIONAL DE 
INFORMAÇÃO SOBRE 
MORTALIDADE 
Possui os seguintes objetivos: 
• A obtenção de dados sobre 
mortalidade; 
• Produção de estatísticas de 
mortalidade; 
• Construção dos principais 
indicadores de saúde; 
• Análises estatísticas, 
epidemiológicas e 
sociodemográficas. 
 
SINAN – SISTEMA DE 
INFORMAÇÃO DE AGRAVOS E 
NOTIFICAÇÃO 
• Conforme a plataforma, o 
SINAN é alimentado 
principalmente pela 
notificação e investigação de 
casos de doenças e agravos 
que constam na lista nacional 
de doenças de notificação 
compulsória; 
• Ele coleta, transmite e dissemina 
dados gerados rotineiramente 
pelo sistema de vigilância 
epidemiológica nas três esferas 
do governo; 
• Sistema informatizado, onde 
constam planilha e boletim de 
acompanhamento de surtos, e 
boletim mensal de 
acompanhamento de 
tubérculos e hanseníase; 
• "Permite a realização do 
diagnóstico dinâmico da 
ocorrência de um evento na 
população, podendo fornecer 
subsídios para explicações 
causais dos agravos de 
notificação compulsória, além 
de vir a indicar riscos aos quais 
as pessoas estão sujeitas, 
contribuindo assim, para a 
identificação da realidade 
epidemiológica de 
determinada área geográfica." 
Fonte: http://portalsinan.saude.gov.br/ 
 
http://portalsinan.saude.gov.br/
 
6 VIGILÂNCIA EM SAÚDE - RESUMO - @eduardareisnafisio 
 SISTEMA DE VIGILÂNCIA 
ALIMENTAR E NUTRICIONAL 
• A vigilância Alimentar e 
Nutricional (VAN) nos serviços 
de saúde da Atenção Básica 
inclui a avaliação 
antropométrica (medidas 
corporais) e do consumo 
alimentar, segundo orientações 
constantes no Sisvan Web. 
• O Sisvan Web tem por objetivo 
consolidar os dados referentes 
às ações de Vigilância 
Alimentar e Nutricional, desde o 
registro de dados 
antropométricos e de 
marcadores de consumo 
alimentar até a geraçãode 
relatórios.” 
Fonte: 
http://sisaps.saude.gov.br/sisvan/index 
 
SISAGUA – SISTEMA DE 
INFORMAÇÃO DE VIGILÂNCIA 
DA QUALIDADE DA ÁGUA 
Possui o objetivo de auxiliar o 
gerenciamento de riscos à saúde 
associados à qualidade da água 
destinada ao consumo humano, 
como parte integrante das ações 
de prevenção de agravos e de 
promoção da saúde, previstas no 
Sistema Único de saúde 
Fonte: https://www.gov.br/saude/pt-br 
 
DESAFIOS DOS SIS NO BRASIL 
• Baixa qualidade e alcance 
da banda Larga (Internet). 
• Baixa incorporação 
tecnológica nos serviços de 
saúde e pouco acesso a 
ferramentas online de apoio 
por profissionais de saúde. 
• Profusão de SIS que 
acabaram pulverizando as 
informações (Moraes et al, 
2017). 
• Ainda é tímida a utilização 
das informações em saúde 
no planejamento e gestão 
da saúde, sobretudo nos 
níveis municipais. 
http://sisaps.saude.gov.br/sisvan/index
https://www.gov.br/saude/pt-br