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Leishmaniose Mileidy Rocha 1. Cite as formas evolutivas do gênero Leishmania com suas respectivas localizações nos hospedeiros. Na leishmaniose visceral a forma evolutiva é a Amastigota presente em células do sistema mononuclear fagocitário do hospedeiro vertebrado: órgãos linfoides (baço, medula óssea, fígado e linfonodo), é intracelular com ausência de flagelos. Já a forma Promastigota o hospedeiro é invertebrado estará presente no trato digestivo do vetor – intestino médio e inferior da fêmea do mosquito Lutzomyia sp., é extracelular, possui forma alongada e presença de flagelo. 2. Quais são as principais espécies de Leishmania que causam a leishmaniose tegumentar americana (LTA) no Brasil? Indique qual (is) forma (s) de Leishmaniose elas podem causar. As principais são Leishmania braziliensis pode causar a forma cutâneo mucosa, Leishmania guyanensis (forma cutâneo difusa) e Leishmania amazonenses (cutâneo difusas). 3. Como se dá a transmissão da Leishmania brasiliensis para os vertebrados? Transmissão da Leishmania brasiliensis para os vertebrados pelo vetor pela inoculação de promastigotas metacíclicas durante o repasto do sanguíneo das fêmeas da Lutzomyia sp. (Flebotomíneos). 4. Quais são os animais implicados como reservatórios das espécies de Leishmania que causam a leishmaniose tegumentar americana (LTA)? Os reservatórios das espécies que causam Leishmania Tegumentar Americana (LTA) nos vertebrados são os mamíferos: homem, tatu, roedores, tamanduá, preguiça, gambá, cães, cavalos e burros. Nos invertebrados: insetos fêmeas do gênero Lutzomyia (Flebótomos). 5. Cite e caracterize as formas clínicas da LTA. As formas são a cutânea ou tegumentar (caracteriza-se por úlceras cutâneas, únicas ou múltiplas), cutâneo mucosa (lesões iniciais em forma de ulceras e lesões secundárias destrutivas de mucosa e cartilagem – nariz de tapir), cutâneo difusa (a partir de uma única lesão ocorre metástases múltiplas e lesões difusas são ulceradas por todo o corpo). 6. Como é feito o diagnóstico laboratorial da LTA. No parasitológico é realizada a biópsia e curetagem nos bordos da lesão (exame de esfregaço corados, cultura, exame histopatológico entre outros). Já por métodos imunológicos teste de Montenegro e reação de imunofluorescência indireta (RIFI), através da amostra de DNA do parasito por PCR (reação em cadeia da polimerase), é avaliada a resposta celular, de forma indireta a identificação de sinais que permitem inferir a presença do agente etiológico. 7. Que fatores epidemiológicos estão envolvidos nesta parasitose? Os fatores epidemiológicos envolvidos podem ser biológicos na presença de vetor, homem e parasito; ecológicos que se caracterizam pelas condições ambientais favorecendo ou não a transmissão; fatores socioculturais; comportamentais, econômicos e políticos. Cerca de 90% dos casos de Leishmaniose cutânea ocorrem no Afeganistão, Brasil, Iran, Peru, Arábia Saudita e Síria. São identificados cerca de 15 milhões de novos casos por ano e possuem grande incidência na América Latina e no Oriente Médio. 8. Cite duas medidas profiláticas para a LTA. A profilaxia pode ocorrer no ambiente domiciliar e peridomicílio medidas de profilaxias como limpeza do local, uso de inseticidas e eliminação de reservatórios infectados podem ser tomadas. Além da proteção individual ou residencial e a construção de casas distantes de matas. 9. Como é a distribuição geográfica da LTA no Brasil? No Brasil pode ocorrer em todos os Estados e dentre todas as regiões a região com maior incidência é a região Norte – apresentam-se em regiões com desnutrição das florestas primárias, a invasão dos vetores para o ambiente peridoméstico é comum, 84 % dos afetados apresentam uma única lesão e as áreas do corpo mais afetadas são os membros inferiores e superiores (desprotegidos do mosquito) os reservatórios nessas áreas são comumente os cães, cavalos e burros. 10. Qual é o agente etiológico da Leishmaniose visceral Americana (Calazar)? O agente etiológico da Leishmaniose Visceral Americana é a Leishmania chagasi. 11. Qual é o vetor do calazar no Brasil? Fêmea da espécie Lutzomyia longipalpis. 12. Quais são os reservatórios doméstico e silvestre do agente etiológico do calazar? Os reservatórios do agente etiológico do calazar são os canídeos como raposas e cão doméstico, gambá, roedores e homem. 13. O que é visceralização no calazar? A visceralização no calazar ocorre quando as amastigotas acometem as vísceras e os parasitos ocasionam uma infiltração focal ou difusa de macrófagos não parasitados. Além do infiltrado de linfócitos e células plasmáticas. 14. Quais são as principais alterações observadas nos órgãos acometidos no calazar? As principais alterações observadas são o a esplenomegalia no baço e a hepatomegalia no fígado. 15. Como é feito o diagnóstico laboratorial do calazar? É realizado por meio da punção de medula óssea, fígado e baço, pesquisa do parasito e métodos imunológicos. 16. Qual é a importância dos canídeos na leishmaniose visceral americana? Os canídeos são os principais reservatórios do parasito e geralmente não apresentam sintomas, a transmissão da doença não se da por mordidas, corte e nem contato com as fezes desses animais e sim pelo vetor da fêmea Lutzomyia longipalpis. 17. Quais são as medidas profiláticas recomendadas no controle do calazar? Tratamento de todos os casos humanos, combate ao vetor, por exemplo, com o uso de inseticidas, aplicação de vacina nos cães (leishmaniose visceral canina), eliminação dos cães com sorologia positiva. 18. O que podemos observar sobre as vacinas que estão sendo desenvolvidas para a prevenção da leishmaniose? Por que não se consegue uma vacina eficaz? Como há diversas variações da espécie Leishmania a obtenção de uma única vacina para combater a leishmaniose em geral é dificultada. Além disso o baixo investimento e o alto custo na manutenção de medidas profiláticas contra o vetor e contra o parasito impedem que alguns países consigam manter um controle da doença. Entretanto, há grande necessidade de uma vacina que combata a maioria, se não, todas as variações desse parasito a fim de reduzir a propagação e o desenvolvimento da doença. Nesse contexto, o estudo de vacinas com essa finalidade ocorre em diversos países.
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