Justiça Retributiva e Justiça Restaurativa

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INTRODUÇÃO
Resumo: 
O presente trabalho tem objetivo de apresentar brevemente o que são justiça
restaurativa e justiça retributiva, na contemporaneidade, suas finalidades e como influência a
sociedade.
No primeiro parágrafo apresenta a origem da palavra justiça e alguns conceitos de
justiça de Platão, Thomas Hobbes e o conceito atual do dicionário online Priberam.
No segundo parágrafos trata-se do que é justiça restaurativa e justiça retributiva, e as
suas diferenças, além de quais situações são aplicadas.
Já no terceiro parágrafo expõe como funciona as duas justiças no Brasil e a sua
consequência para a sociedade brasileira.
Palavras Chaves: Justiça Retributiva, Justiça Restaurativa, Brasil, Conflitos, Solução.
JUSTIÇA, RESTAURATIVA E RETRIBUTIVA.
Nayara Santos De Sá
2016
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
ORIGEM: Segundo o site gramatica.net.br a Justiça origina-se do Latim, JUSTITIA,
que significa “direito, administração legal”, Essa palavra latina por seu lado deriva de
JUSTUS, “justo”, que mana do JUS, do qual significa “correto, lei”. 
CONCEITOS: Para Platão justiça é ter virtude, ou seja, é o homem ir além do
material, do que se ver. Com essa ideia Platão escreveu o livro “A República”, o qual mostra
como seria um Estado perfeito. Esse Estado ideal só será possível caso tenha filósofos como
governantes, ou, se os governantes tornarem-se filósofos, pois não há homem tão cheio de
virtude como os filósofos. Já para Thomas Hobbes o homem é lobo do próprio homem, dessa
maneira criou a ideia do contrato social, a sociedade fez um contrato com o Estado em que
todos obedeceriam ao Estado e este garantia a segurança de todos. Justiça seria obedecer ao
Estado e o Estado garantir a ordem social. Segundo dicionário online Priberam, a justiça é
tudo que conforme as leis, conforme as normas. Todos os atos e atitudes que esteja em
conformidade com a lei é justo, e todos os atos e atitudes que esteja contra a lei é algo injusto.
2. COMO FUCIONA A JUSTIÇA RETRIBUTIVA E RESTAURATIVA.
Atualmente encontram-se dois tipos de justiça restaurativa, retributiva.
 A restaurativa como o nome já diz, visa à restauração de perda e abalo da vítima. Nessa
justiça colocam a vítima e o agressor em uma sala onde há tanto segurança física como
jurídica, nesse local ambos procuram entrar em um acordo, em uma solução, até mesmo em
pedidos de desculpas. Basicamente a vítima escuta os motivos pelo qual o ofensor teve para
praticar o ato, já este escuta o que a vítima sente com ocorrido. 
Na maioria das vezes usam a justiça restaurativa em adolescentes infratores como
maneira socioeducativo, também é utilizada em casos de violência domesticam e em uma
escala menor e media de ofensividade. Em outros países como o Estados Unidos é usado para
crimes maiores, todavia, o Brasil ainda não tem uma estrutura bem firmado em relação a
Justiça Restaurativa para usá-la em conflitos de grande escala. 
Já a Justiça Retributiva é o Estado busca repreender com justiça o ato do infrator
atribuído uma pena, pois o individuo não cometeu o crime para com uma pessoa, mas para o
Estado. Um grande exemplo disso é o sistema penal, quando alguém atenta para com a vida
do outro, o individuo que matou será julgado por cidadãos e não por um juiz, já que ele matou
uma pessoa que estava sobre proteção do Estado. 
“O Estado é uma organização destinada a manter,
pela aplicação do Direito, as condições universais de
ordem social. E o Direito é um conjunto das condições
existenciais da sociedade, que ao Estado cumpre
assegurar” (MALUF, 2014 P.15).
Tendo em vista, o Estado dará ao condenado uma pena conforme prevista na lei para
assegurar a todos que a pessoa que praticou o crime será condenado, assim, assegurando
efetividade da proteção do bem jurídico tutelado. 
3.COMO É NO BRASIL.
Em Manaus Amazonas já ocorreu um evento de capacitação de Justiça Restaurativa
com participação de profissionais de várias áreas como advogados, assistentes sociais,
psicólogos entre outros. O intuito desse acontecimento é capacitar os profissionais para saber
lidar principalmente em casos que envolva os adolescentes. A SEJUSC (Secretaria de
Justiça, Direitos Humano e Cidadania) visa colocar esses recursos nos centros
socioeducativo de Manaus. A DPE- AM (Defensoria Pública do Estado do Amazonas) é um
exemplo de aplicação da Justiça Restaurativa, pois a justiça restaurativa é usado nos casos de
conflito de direito de familiar, como guarda de crianças, pensão alimentícia entre outros. O
objetivo é solução dos conflitos que assegura a satisfação dos dois lados, trazendo a paz
entre o convívio social dos envolventes. 
Na Justiça Restaurativa é muito vista no sistema penal, porque nesse momento só
busca saber se o acusado é culpado ou não, caso seja, cabe ao Estado aplicar a pena prevista
em lei, não podendo ser mais ou menos que consta na lei. Não ocorre uma conversa, ou, uma
tentativa de acordo entre a vítima e o culpado. Dessa maneira o Estado busca somente aplicar
ao culpado uma pena em resposta do ato que o mesmo fez. Mas o que realmente existe nos
presídios brasileiros são ambientes que contribui para uma maior pena do que o Estado deu.
Celas que possui mais detentos do que cabem, lugares completamente imundos. Além disso,
ocorrem agressões físicas, verbais e psicológica entre os detentos, colaborando para um
pagamento maior do crime. 
Conclusão
Conclui-se com este trabalho que atualmente no Brasil são aplicadas as duas justiças,
restaurativa e retributiva. Cada qual é aplicado em situação diferente, lógico as soluções
também são diferentes. Não obstante, ambas têm o mesmo propósito de manter a justiça e paz
social, porém, a qual traz uma maior solução nitidamente a restaurativa, pois o seu objetivo é
que as duas partes da lide consigam entrar em acordo sem que qualquer uma das partes
fiquem se sentido prejudicado. Já retributiva que tem por finalidade aplicar ao condenado uma
retribuição negativa em face da conduta do mesmo, que nas maiorias das vezes tem a
consequência que o presidiário saia da prisão pior que antes para sociedade, uma vez que o
mesmo tem seus direitos violados, são evidente que as funções do Estado esteja falhando em
suas duas funções de executar e fiscalizar a justiça retributiva. Ademais é notário que as
penitenciarias e justiça devem buscar cada vez uma melhoria em suas funções, para conceder
ao presidiário a punição que realmente foi condenado, sem fazer com que o mesmo venha
pagar mais ou menos do que lhe é devido segundo a lei. É notário que mesmo com falhas a
retributiva, os dois buscam o aperfeiçoamento em suas realizações para que tenha uma
organização social para toda a população. 
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