Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MEDCURSO 2017 CLÍNICA MÉDICA – CARDIOLOGIA III 22/07/2017 Síndromes Coronarianas Definição: 1. Síndrome Coronariana Crônica: como investiga, o que eu faço a. Placa Estável: em situações de exercício e estresse gera desequilíbrio entre oferta e demanda b. Angina Estável 2. Síndrome Coronarianas Agudas: normalmente a placa costuma instabilizar devido inflamação a. Placa Instável com rompimento da placa – pode gerar oclusão ou suboclusão da coronária Fatores fundamentais para diagnóstico: anamnese e exame físico Síndrome Coronariana Crônica Clinica: o paciente conta a história de angina – normalmente está assintomático no PS 1. Angina típica: a. Dor OU desconforto retroesternal b. Que é: desencadeada por esforço e / OU melhora com repouso ou nitroglicerina (nitrato) 2. Angina atípica Diagnóstico: reproduzir situação de esforço, para que, no esforço o paciente volte a representar a clínica 1. Testes Provocativos de Isquemia a. Consegue fazer exercício: i. ECG normal - 1ª pegadinha!!! 1. ( Testes Provocativos de Isquemia )Teste Ergométrico: Protocolo de Bruce: inclinação da esteira + aumento da velocidade – com parâmetros do eletro, PA e sintomas · Infra ≥ 1 mm · O teste ergométrico é TÃO mais sensível quanto maior o numero de fatores de risco – logo, depende da probabilidade pré teste · Resultados de Alto Risco - para evoluir para Sd. Coronariana Aguda · Isquemia no estágio 1 de Bruce · Infra ≥ 2 mm · > 5 min para recuperar o infra · Déficit inotrópico (queda da PA Sistólica) · Arritmia Ventricular · Distúrbio de Condução – abre bloqueio de ramo ii. ECG ANORMAL (Bloqueio Ramo Esquerdo, Hipertrofia Ventricular Esquerda) – durante exercício não vê alteração isquêmica 1. Cintilografia OU ECO de esforço b. Não consegue fazer exercício i. “Stress” farmacológico 1. Cintilografia com Dipiridamol* (CUIDADO COM ASMÁTICOS – pode induzir ao broncoespasmo) ou Adenosina 2. Eco com dobutamina Tratamento Não Farmacológico / Medidas Gerais · Parar de fumar · Exercício · < peso · Avaliar Comorbidades Tratamento Farmacológico 1) Antianginosos: a. Betabloqueadores ± IECA (Se HAS, DM, DRC, FE ≤ 40) b. Nitratos de longa duração – mononitrato de isossorbida – monocordil® c. Bloqueadores de Calcio – se contra indicação à betabloqueador (asma, claudicação intermitente) i. Nifedipina de longa duração 2) Vasculoprotetores a. AAS – função antiinflamatória intraplaquetária b. Estatinas – independe do nível lipêmico!! 3) Resgate a. Nitrato sublingual 4) Vacinação a. Influenza b. Pneumococo* não está escrito na diretriz Indicação do Cateterismo: Padrão Ouro para diagnóstico (anatomia), mas não mostra risco (angioTC da coronária) 1) Angina Refratária 2) Alto Risco no Teste Ergométrico Se lesão: Cirurgia (CABG) ou Angioplastia (PCI)? ( Safena X Mamária Safena: Maior Facilidade, fecha mais cedo Mamária/Torácica Interna: Maior Patência ) Indicações de CABG: · Tronco de Coronária Esquerda ≥ 50% · Trivascular (≥ 70%) · Lesões Multivasculares em Diabéticos · CI (Claudicação Intermitente) ou Refratariedade à angioplastia Síndromes Coronarianas Agudas Diagnóstico – tripé, que não é necessário todos os critérios para diagnóstico 1) Anamnese e Exame Físico 2) ECG 3) Marcadores Tumorais 1) Anamnese · Normal ou · Alterado ou · Morte Súbita – silencioso em 25% dos casos: Mulher, Idosa, Diabetes ou DRC, Transplante Cardíaco (enxerto não tem nervos) Exame Físico · Aparelho Cardiovascular: · Irradiação da DOR: dor no peito que vai pras costas = dissecção de aorta!!! · FC, B3, sopros, PA e pulsos em MMSS · Aparelho Respiratório: ruídos adventícios – se ruídos adventícios + B3 = Classificação de Kirr 2) ECG: em até 10 minutos c. Sub oclusão – infra ST com inversão T i. Angina Instável: marcadores negativos ii. IAM sem ST: marcadores positivos d. Oclusão – Supra ST i. INFARTO DO MIOCÁRDIO (até que se prove o contrário... marcadores positivos) 3) Marcadores de Necrose – não é necessário troponina para fechar diagnóstico, mas se faz curva da troponina, pois a primeira comumente estará negativa · Troponina – 3-4 horas para subir · Mais sensível e específico · Determina risco CV – quanto mais alta, maior o risco · CK-MB: Reinfarto (?) – hoje utiliza a troponina (> 30% da troponina de entrada) · Mioglobina: exclusão do IAM Conduta Inicial (VOM) V- Acesso venoso O – Oxímetro NÃO É OXIGÊNIO M - Monitorização Desfibrilador Fibrilação ventricular monABCh M – Morfina: só se dor REFRATÁRIA (2,5-5 mg) O – Oxímetro. O2 somente se Sat < 90% N – Nitrato SL (IV se dor refratária, EAP ou HAS refratária ao uso de nitrato) ( Estas 3 ABC: Melhoram a Sobrevida! )A – AAS – 3 comprimidos B – Beta Bloqueador VO C – “clopidogrel” – 2ª droga antiplaquetária H – Heparina A BICHA AAS Beta bloqueador IECA Clopidogrel Heparina Atorvastina Detalhes 1. Clopidogrel: melhor para trombolítico – 3 cp (1cp se > 75 anos) 2. Ticagrelor ou Prasugrel (melhores para angioplastia) 3. NÃO USAR morfina, nitrato e betabloqueador no infarto de VD 4. NÃO USAR betabloqueador se usou cocaína – se SCA, uso de drogas cavalares de benzodiazepínicos 5. NÃO USAR nitrato se usou: Viagra® nas ultimas 24 horas 1) Normalmente com rubor facial devido a vasodilatação 6. IECA SE: IAM anterior ± IC ± FE ≤ 40 ± Nefropata crônico 7. Estatinas: iniciar assim que estiver estável (Rosuvastatina Atorvastatina Sinvastatina Flucovastatina) Angina Instável – IAM sem supra SUBOCLUSÃO · Onda T simétrica e invertida em relação à onda p · Infra do segmento ST Tratamento · M + O + N + A + B + C + H · NÃO se faz Trombolítico em Suboclusão · Estratégias Invasivas Estratégias Invasivas – com intenção de angioplastar 1) CAT + Angioplastia Imediata (até 2 horas) · Instabilidade hemodinâmica ou elétrica (TV ou FV) · IVE grave · Dor refratária 2) CAT + Angioplastia Precoce 2-24 horas · Escore Grace > 140 · > Troponina · Infra de ST 3) CAT + Angioplastia Retardada 25-72 horas · TIMI ≥ 2 até 5 ou GRACE ≥ 109 até 140 · Comorbidades: DM ou DRC ou FE < 40% · PCI < 6 meses ou CABG prévia ou Angina pós IAM Baixo Risco – Angina Instável ( Suboclusão + IAM sem supra = Angioplastia Angina Instável : estratificar baixo risco? )Estratificação de Risco · Não invasiva (Cintilo OU eco) OU · Invasiva (CAT): se muito sintomático ou comorbidades IAM com SST Onda de isquemia do subendocárdico para subepicárdico conforme a corrente de lesão progride, sem intervenções, evolui a necrose aparecimento da onda Q · Onda Q = cronicidade (em 12 horas) – por isso, indicação de trombólise é de até 12 horas. Leis do ECG · Se tem infra E supra, quem manda é o supra · Nem todo supra é IAM!!! Pode ser · Periardite, Prinzmetal, Takotsubo, BRE · Ordem das Paredes: lateral, inferior e anterior · Se tem IAM inferior, olhar VD (ver V3R e V4R) · Atenção a transição elétrica da parede anterior. Positivou muito cedo? Veja se tem infra em V1 e V2 (pode ser IAM dorsal - ver V7 e V8) Diagnósticos Diferenciais – Supra ST · Pericardite: Supra difuso + infra de PR – quadro de infecção prévio · Angina Vasoespástica / Variante / Variante de Prinzmetal · Homens jovens e tabagistas · Angina à noite – normalmente as SCA ocorrem pela manha – liberação de catecolaminas · Supra dura em torno de 30 minutos · Supra parede inferior do coração · Conduta: nitratos + antagonistas canais de cálcio · Cardiomiopatia de Takotsubo · Cardiomiopatia stress induzida – Sd coração partido · Mulher após stress com disfunção cardíaca grave · ECG alterado: supra ST idêntico ao IAM · Enzimas cardíacas com elevação discretas · Ventriculografia: coronárias normais e ápice abaulado – armadilha para caçar polvo Paredes Acometidas Derivação Parede D1, aVL Lateral Alto Circunflexa D2, D3, aVF Inferior Coronária Direita Rodar V3R e V4R V1-V6 Anterior Descendente Anterior Imagem em espelho: transição elétrica muito precoce, de forma que a onda Q fica muito positiva muito precocemente (V2 e V3) + infra em V1 e V2 IAM da parede dorsal. · Conduta: rodar V7 e V8 Tratamento · Elevação de ST: M + O + N + A + B + C +H · Trombolítico ou CAT + Angioplastia? – Em até 12 horas O melhor é CAT + Angioplastia · Tem CAT/Angioplastia no Hospital? · Vai para CAT/Angioplastia em até 90 min · Não tem CAT/Angioplastia no Hospital? · Consegue transferir e fazer CAT em até 2 horas? · Transferir · Transferir também, independente do tempo QUALQUER paciente com · Choque · IC grave · Contra indicação ao trombolítico · NÃO consegue transferir e fazer CAT em até 2 horas · Trombolíticos em 30 min!!! · Manter anticoagulado por 48 horas a 8 dias · Se falhou ou Reocluiu Transfere ( Critérios de Reperfusão Clínico: Redução ou desaparecimento abrupto da dor Desaparecimento do Supra ) CONTRAINDICAÇÕES ao Trombolítico ABSOLUTAS – ta sangrando, pode sangrar, ta dissecando, tem coisa na cabeça · Sangramento ativo · Diátese Hemorrágica · Dissecção Aórtica · Tumor craniano ou MAV · AVE hemorrágico prévio · AVE isquêmico ou TCE < 3 meses Cai MUITO em Prova... Infarto de VD 7 Clínica · IAM inferior D2, D3, AVF · Diminuição da PA + Pulmões LIMPOS · Turgência Jugular · Bradicardia Conduta: · Reposição Volêmica – VD suporta volume, não tolera pressão · Reperfusão Não usar: · Morfina · Nitrato – vasodilatação venosa (deixa mais sangue à direita) · Beta bloqueador (Bradicardia) · Diuréticos (< retorno venoso < PA) Ruptura de Estruturas Septo Interventricular Parede Livre Ventricular Músculo Papilar Incidência 0,2-0,4% 0,8-6% 1% IAM Anterior Anterior Inferior Exame Físico Sopro Holossistólico Grosseiro em Borda Esternal Esquerda (BEE) com Frêmito Tamponamento (Tríade de Beck) com Choque Sopro de Insuf. Mitral Sopro Sistólico C/ ou S/ frêmito, irradia para Borda Esternal Esquerda, axila e dorso Síndrome Clínica IVE Tamponamento ou Morte Súbita (AESP) IVE Tratamento Cirurgia Imediata ( Anticoagulantes Pós Angioplastia: clopidogrel, prasugrel ou ticagrelor (melhor) Pós Ponte: clopidogrel ou ticagrelor Pré/Pós Trombolítico: Clopidogrel - Manter por ≥ 12 meses pós angioplastia com stent só retirar em caso de urgência!!! - Cirurgia eletiva somente após 1 ano!!! - Até 12 meses em outros casos: trombolítico ou cirurgia ) Alta Hospitalar – ABCE A – Aspirina B – Beta Bloqueadores + Blood Pressure C – “Clopidogrel” + Cigarros NÃO!!! D – Dieta + Diabetes E – Estatina + ECA + Exercícios + Emagreça Resumos ( Síndrome Coronariana Crônica Medidas gerais: Parar de fumar Exercício + < peso Avaliar comorbidades Terapia Anti Isquêmica Beta bloqueador (ou ant de Ca++) IECA (se HAS, DM, IC ou DRC) Nitrato (sintomático apenas) Terapia Antitrombótica AAS Estatina (independente do LDL) Se refratário: Cirurgia OU angioplastia ) ( Investigação da Síndrome Coronariana Crônica Testes Provocativos de Isquemia 1ª opção Teste Ergométrico Se ECG de base alterado: Perfusão por radionuclídeos (cintilo / PET) Se limitação Física: estresse farmacológico Cintilografia com Dipiridamol (exceto asmárticos) ECO ou RM com dobutamina Padrão Ouro para DIAGNÓSTICO: Coronariografia (CAT) ) ( Resumo das Síndromes Coronarianas Agudas ECG Marcadores MONABCH Angina Instável Inversão T ou Infra ST Negativos Correto Infarto SEM supra Inversão T ou Infra ST Positivos Correto Infarto COM supra Supra ST Positivos Correto ) ( Derivações do ECG e Coronárias Afetadas Infarto Derivações Coronária Anterior V1 a V4 Descendente Anterior (DA) Septal V1 e V2 Lateral D1, aVL, V5, V6 Circunflexa (Cx) Lateral Alto D1 e aVL Anterior Extenso D1, aVL, V1, V6 Tronco (DA+Cx) Inferior D2, D3, aVF CD (70%) Cx (30%) Posterior V7 e V8 VD V3R e V4R CD ) ( Exame Físico Classificação de Killip-Kimball Classe Bulha Ausculta Respiratória I Sem B3 Limpa II B3 Crepitações Bibasais III B3 EAP IV Choque Cardiogênico ) ( Escore TIMI risk Fatores de Risco – cada um vale 1 ponto Idade ≥ 65 anos; ≥ 3 fatores de risco para coronariopatia; Estenose coronariana ≥ 50% documentada Infra de ST ≥ 0,5 mm no ECG admissional; Pelo menos 2 episódios anginosos nas ultimas 24 horas; Uso de AAS nos 7 dias prévios; Troponina positiva. ) ( Escore GRACE Idade em anos – variando de 0 ponto (<30) a 100 pontos (> 90); Freqüência cardíaca (FC/bpm) – variando de 0 ponto (< 50) a 46 pontos (> 200); PAS – variando de 0 ponto (> 200) a 58 pontos (< 80); Creatitina – variando de 1 ponto (< 0,4) a 28 pontos (> 4); IC (classe Killip) – variando de 0 ponto (classe I) a 59 pontos (classe IV); Parada cardíaca na admissão – variando de 0 ponto (não)a 39 pontos (sim); Desvio do segmento ST – variando de 0 ponto (não) a 28 pontos (sim); Elevação dos níveis de marcadores de necrose cardíaca – variando de 0 ponto (não) a 14 pontos (sim) Quando a soma de ponto é: < 108: baixo risco para óbito hospitalar (< 1%) Entre 109-140: risco intermediário (1-3%) > 140: alto risco de óbito hospitalar (> 3%) ) ( Síndrome Coronariana Aguda Suboclusão Coronariana – ECG: inversão da onda T/infra de ST - angina instável: troponina negativa - IAM sem supra: troponina + Tratamento: Medicamentoso (MONABCH / estatina* / IECA*) Invasivo: CAT + Angioplastia no caso de ALTO risco Oclusão Coronariana – ECG: supra de ST ou BRE novo - IAM com supra: troponina + Tratamento: Medicamentoso (MONABCH / estatina* / IECA*) Invasivo: reperfusão em 12 h (trombólise/angioplastia) *Variante: angina de Prinzmetal (vasoespasmo transitório) ) Questões · Não utiliza Metformina num IAM agudo pelo risco de cetoacidose · Heparina – Enoxaparina 1 mg/kg 12/12 hs – se clearance < 30 (1 mg/kg 1x/dia) · Alta especificidade para fibrina: tenecteplase com < taxa de sangramento extracranianos · Angina Pectoris: dor de localização retroesternal
Compartilhar