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CARDIO 3 - SÍNDROME CORONARIANA AGUDA Fisiopatologia Placa estável síndrome coronariana crônica Quando a placa instabiliza ou rompe síndrome coronariana aguda Síndrome coronariana crônica Angina típica Dor ou desconforto retroesternal + desencadeada por esforço ou stress + melhora com repouso ou nitrato Diagnóstico (essa parte cai muito em prova, cuidado com pegadinha) Testes provocativos de isquemia (pegadinha: há exceções para o teste ergométrico) 1)Consegue fazer exercício? ECG basal normal? teste ergométrico ECG basal anormal? (bloqueio de ramo, HVE, marcapasso) cintilografia ou eco de esforço 2) não consegue fazer exercício Testes com stress farmacológico Cintilografia com dipiridamol (cuidado com asmáticos, pode fazer broncoespasmo); adenosina Eco com dobutamina (Maldade de prova: paciente que tem profissão que a SCA possa levar perigo à vida dele e de outras pessoas (piloto de avião, piloto de ônibus), a investigação da angina estável tem de ser mais agressiva já faz o CAT direto) Ao teste ergométrico Se infra ≥ 1mm doença coronariana Resultado de alto risco indicam cateterismo (CAT) Alto risco isquemia no estágio 1 de bruce (começo do teste) Infra ≥ 2mm arritmia ventricular distúrbio de condução (Bloqueio de ramo, BAV) déficit inotrópico (PAS ) >5 min para recuperar o infra Tratamento Tratamento não farmacológico (nunca esquecer de falar em questões abertas (principalmente de cardio) ou prova prática Parar de fumar Exercício peso Avaliar comorbidades Tratamento farmacológico 1)antianginosos Betabloqueador (melhora sintoma, tolerância ao exercício, reduz risco cardiovascular) Bloqueadores de canais de cálcio (se contraindicação à betabloqueador, tao efetivo quandto mas não reduz risco cardiovascular) Nitratos de longa duração (tem que fazer intervalo noturno de 12h, para evitar taquifilaxia) 2) vasculoprotetores (protegem a placa, diminuindo sua inflamação, reduzem risco cardiovascular) AAS Estatinas 3) resgate em caso de dor Nitrato sublingual 4) vacinação Influenza, pneumococo Quando pedir cateterismo? 1-alto risco 2 – Refratário 3 – Angina pós PCR abortada 4 – Angina + ICC (em prova só cai alto risco e refratário) Se CAT apresenta lesão Cirurgia de revascularização ou angioplastia? De preferência angioplastia, a não ser que haja indicação de revascularização Indicações de cirurgia de revascularização (diretriz europeia 2019) Tronco de coronária esquerda ≥ 50% (se a anatomia do paciente for favorável pode fazer angioplastia também) Bi ou trivascular + lesão proximal grave de descendente anterior FE < 35%, diabéticos multivasculares Contraindicação ou anatomia não favorável para angioplastia Qual cirurgia? Ponte de safena x mamária (a. torácica interna) Mamária maior patência (fica aberta por mais tempo) Safena maior facilidade (perguntam qual tem maior patência) Síndromes coronarianas agudas Acontece quando a placa instabiliza A placa rompe, levando à formação da rede de fibrina (trombo branco, plaquetário) com suboclusão e que após isso o trombo plaquetário pode aumentar e começar a sofrer uma organização maior (trombo vermelho, com fibrina,) que oclui totalmente a coronária Clinica e Diagnóstico Anamnese e exame físico + ECG + marcadores (não precisa dos três para iniciar tratamento) 1)Anamnese e exame físico Podem estar: Normais, alterados ou morte súbita Infarto Silencioso em 25% dos casos (+ comum em mulher idosa, paciente com diabetes, DRC, transplante cardíaco) Ap cardiovascular: irradiação da dor (se irradia para as costas, pensar em dissecção) Avaliar PA, pulsos, FC, B3, sopros Ap. respiratório: ruídos adventícios (classificação de Killip) Killip 1 – sem congestão pulmonar Killip 2 – B3 e estertores pulmonares Killip 3 – Edema agudo de pulmão Killip 4 – choque cardiogênico 2) ECG Eletro deve ser rodado e laudado em até 10 min Sub oclusão inversão onda T, infra ST IAM s/sst (troponina positiva) ou angina instável (troponina negativa) Oclusão total elevação ST IAM c/sst 3) marcador de necrose miocárdica Troponina + sensível e + específico, determina risco cardiovascular (quanto maior valor, maior esquemia, pior prognóstico Conduta inicial Monitor Oxigênio, oxímetro Veia Desfibrilador MONABICHA Morfina só em dor refratária Oxigênio satO2 <94% (diretriz BR) e <90% (diretriz EUA), se dispnéia, ICC Nitrato SL 3 doses, se refratário usar IV, EAP, HAS) AAS (inibe COX1) usar para todos, exceto alergia Beta bloqueador usar VO, não usar se FC <60, hipotensão, ICC grave, se FC >110, pode piorar, usar com parcimônia IECA: se estabilidade hemodinâmica, com IAM de parede anterior ± IC ± FE <40% ± DRC Clopidogrel (inibe P2Y12 de ADP) para todos, exceto contraindicação (pode usar tbm ticagrelor ou prasugrel) Heparina Atorvastatina (estatina) assim que estável Detalhes Clopidogrel melhor no IAM c/st + que vai fazer trombólise Ticagrelor e prasugrel + potentes Não usar M, N e B se infarto de VD (infarto inferior rodar V3r e V4r) Não usar B se usou cocaína ou evolui com Insuficiência ventricular esquerda Não usar N se usou: viagra, etc A, B e C são as drogas que tem efetivamente impacto na sobrevida do paciente IAM sem supra de ST Suboclusão coronariana Pode apresentar ao eletro Inversão de onda T, ou infra de segmento ST, pode ter eletro normal também Tratamento MONABICHA Usar heparina de baixo peso molecular (exceto se cirurgia de revascularização em 24-48h, nesse caso usar a não fracionada, que é mais fácil de reverter) NÃO FAÇA TROMBOLÍTICO (pegadinha clássica de prova) Cateterismo imediato (em 2h) Iniciar inibidores IIb/IIIa (controvérsia sobre quando começar) Instabilidade hemodinâmica (choque, IVE) ou elétrica (FV ou TV) Angina refratária, complicações mecânicas Ih, vai morrer, tem que Imediato, paciente esta Instável, ou Irresponsivo Cateterismo precoce (em 2-24) GRACE >140/ TIMI ≥ 5 troponina, infra de ST IAM com supra de ST Ao ECG 1)Se tem infra E supra, quem manda é o supra Fase hiperaguda No começo há o supra do segmento ST, a corrente de necrose (lesão subendocárdica epicárdica) Fase subaguda Conforme ocorre necrose, segmento ST vai voltando à linha de base e a onda Q vai se tornando mais pronunciada Fase crônica Em cerca de 12h, só há necrose, não há mais supra, apenas onda Q profunda, patológica 2) nem todo supra é IAM pode ser: Pericardite supra difuso, de várias paredes, associado a infra de PR (clinicamente tem dor que melhora sentando com tronco pra frente, piora com inspiração ou tosse, e a dor irradia para trapézio) Angina vasoespástica – variante de prinzmetal (vasoespasmo coronariano) acontece em paciente mais jovem, homem, sem qualquer fator de risco, pode ser tabagista. Paciente tem + desconforto do que dor, piora à noite e no início da manhã, dura entre 15 e 30 min, ele supra por pra por ± 15 min, melhora absurda com nitrato, supra normaliza rapidamente com o nitrato. Conduta: bloqueadores de canal de cálcio, diltiazem ou amlodipina, não usar propranolol, usar AAS apenas em baixa dose, sempre usar estatina. Takotsubo – cardiomiopatia isquêmica desencadeada por stress mulher pós- menopausa + grande stress (emocional ou físico), supra de parede anterior, intervalo QT prolongado, aumento discreto de troponina, tem coronárias normais (Takotsubo é uma armadilha para caçar polvos, uma cesta com boca pequena, que o polvo não consegue sair. Na ventriculografia durante o CAT vê a imagem de boca estreita com abaulamento do ventrículo, similar ao cesto takotsubo) 3) Ordem das paredes 3° diretriz para laudo eletrocardiográfico Parede Derivações Lateral alta (circunflexa) D1, Avl Inferior (coronária direita (75% dos casos)) D2, D3 e aVF Anterior (descendente anterior) V1, V2, V3, V4 Lateral baixa (circunflexa) V5, V6 Anterior extensa (tronco coronária esquerda ou descendente anterior + circunflexo V1 a V6, D1, aVL 4) Se Infarto de parede inferior olhar infarto de VD ver V3r e V4r (um dos IAM mais perguntados em prova) Detalhe: se supra em aVR + V1 sugere oclusãoem tronco de coronária esquerda) Definições Tipo 1 clássica ruptura de placa aterosclerótica Tipo2 incompatibilidade entre oferta e demanda: Vasoespasmo, embolia ou dissecção coronariana Taqui/bradiarrtimias HAS grave ± HVE Anemia grave, hipotensão/ choque Insuficiência respiratória Tipo 3 morte súbita associada a sintomas compatíveis com isquemia miocárdica Tipo 4 A, B e C 4A IAM associado a intervenção coroarian percutânea (PCI) 4B Iam associado a trombose do STENT 4C IAM associado a estenose Pós PCI Tipo 5 IAM associado a by-pass coronariano MINOCA (Myocardial Infarction with Nonobstroctive Coronary Artery) IAM com obstrução < 50% de coronárias principais Tratamento MONABICHA Indicações de reperfusão 1-Sintomas compatíveis com IAM 2 – Delta-T de até 12h 3- Supra de ST ≥ derivaç~eos ou BRE novo ou presumivelmente novo Trombolítico ou angioplastia? O melhor é a angioplastia Tem angioplastia no hospital? Tempo porta-balão de até 90 min Se não tem angioplastia no hospital 1)Consegue transferir e angioplastar em até 2h? transferir Transferir também independente do tempo Choque ou IC grave ou contraindicação ao trombolítico 2) NÃO consegue transferir em até 2h? trombolítico em até 30 min e depois, ou se falha ou reocluiu transferir para angioplastia (se houve falha na trombólise, ou reoclusão, a angioplastia vai ser chamada angioplastia de resgate) Contraindicações ao trombolítico ABSOLUTAS Sangramento ativo Diàtese hemorrágica Dissecção aórtica Tumor cranina ou malformação arteriovenosa cerebral ou AVE hemorrágico prévio AVE isquêmico ou TCE/facial < 3 meses Ta sangrando, pode sangrar, ta dissecando ou tem coisa na cabeça Complicação clássico de prova Infarto de VD Acompanha IAM inferior (D2, D3, aVF) (detalhe, supra de D3 > supra de D2) PA + pulmões limpos turgência jugular + FC (bradiarritmia) Conduta Reposição volêmica + reperfusão NÃO USAR morfina, nitrato, betabloqueador, diuréticos (pegadinha clássica de prova) Outra complicação complicações mecânicas insuficiência mitral aguda, rotura de septo interventricular, rotura da parede do ventrículo “alfabeto” da alta A Aspirina, Atorvastatina B betabloqueadores (essas 3 primeiras drogas têm impacto na sobrevida do paciente) C clopidogrel e comorbidades D dieta E enalapril (IECAs) exercício Prescrever desde que não haja contraindicações
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