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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ - UNIFEI ANNA CRISTINA CARVALHO FELIPE VAN DER HEIJDE FONSECA GABRIEL MATOS CARRILLO VOROS GUILHERME SOARES DUBARD LAURA DE SOUZA OLIVEIRA PRIMEIRO RELATÓRIO: NÚMERO DE REYNOLDS ITAJUBÁ 2021 PRIMEIRO RELATÓRIO: NÚMERO DE REYNOLDS ANNA CRISTINA CARVALHO FELIPE VAN DER HEIJDE FONSECA GABRIEL MATOS CARRILLO VOROS GUILHERME SOARES DUBARD LAURA DE SOUZA OLIVEIRA Atividade apresentada como exigência parcial para aprovação na disciplina de Hidráulica da Universidade Federal de Itajubá, ao professor Dr. Oswaldo Honorato de Souza Junior. ITAJUBÁ - MG 2021 1. OBJETIVO O número de Reynolds (Re) é um número adimensional usado em mecânica dos fluídos para o cálculo do regime de escoamento de determinado fluido dentro de um tubo ou sobre uma superfície. O experimento realizado teve como objetivo observar a diferença entre os escoamentos laminar e turbulento, incluindo a transição entre estes. O escoamento laminar é caracterizado pelo movimento em lâminas ou camadas, não havendo mistura macroscópica de camadas de fluido adjacentes. O escoamento turbulento é caracterizado pelo movimento tridimensional aleatório das partículas do fluido sobreposto ao movimento da corrente (ANDRADE). Além de utilizar os dados coletados para aplicar o conhecimento teórico e através de cálculos determinar o número de Reynolds nos fluxos para as diversas condições de escoamento. 2. DESCRIÇÃO Os materiais utilizados para a realização desse experimento foram: ● Bancada de regime de escoamento ● Proveta de 1000 ml; ● Balde ● Termômetro; ● Cronômetro. Para a realização do experimento foi montado com os materiais o sistema visto na figura 1. Figura 1: Esquema da unidade experimental referente à experiência de Reynolds. Descrevendo a Figura 1, observa-se os elementos 1,2,3 e 4 do sistema. O elemento 1 é o reservatório de água de nível constante, que por um tubo de acrílico, de diâmetro igual a 23mm, fornece a vazão. Os elementos 2 e 4 são as válvulas para o controle da vazão, por fim, no ponto 3 é a agulha de inserção do corante no escoamento, para observar qual o seu regime. Montado o sistema da seguinte maneira vista na Figura 1, pode-se então realizar o experimento para encontrar o número de Reynolds. Na Figura 2 é possível observar a utilização da proveta, e na Figura 3, no final do experimento, o uso do termômetro. Figura 2: Utilização da proveta Figura 3: Utilização do termômetro 3. MÉTODO DE ENSAIO Para que o ensaio funcione é necessário, antes, tarar a balança para que seja descontado o peso da proveta. Com isso, colher 900 ml da água utilizada calculando o tempo que demora para se ter uma amostra de 900 ml. Como já foi descontado o peso da proveta o valor que apresenta na balança é a massa da água. Após isso, medir a temperatura da água a partir de um termômetro. Para se ter dados mais consistente é necessário fazer 3 vezes o experimento para cada tipo de escoamento (laminar, turbulento e transitório). A vazão dever ser, necessariamente, constante e não podendo ser muito baixa e nem muito alto (fazendo com que caísse devido sua densidade). Para mudar o tipo de escoamento deve-se mudar o fluxo de corrente de água 4. EQUAÇÕES Equação 1: Vazão Mássica ṁ = 𝑚 / 𝑡 Onde: ṁ - Vazão Mássica [kg/s] 𝑚 - massa de água [kg] 𝑡 - Tempo de escoamento [s] Equação 2: Vazão de Escoamento 𝑄 = ṁ /𝜌 Onde: 𝑄 - Vazão de Escoamento [m³/s] ṁ - Vazão Mássica [kg/s] ρ - Densidade da água em função da temperatura [kg/m³] Equação 3: Velocidade de Escoamento 𝑣 = 𝑄 𝐴𝑡 Onde: 𝑣 – Velocidade de escoamento [m/s] 𝑄 - Vazão de Escoamento [m³/s] 𝐴𝑡 – Área do tubo de ensaio [m²] Equação 4: Equação de Número de Reynolds 𝑅𝑒 = 𝜌. 𝑣. 𝐷𝑡 𝜇 Onde: 𝑅𝑒 – Número de Reynolds 𝜌 - Densidade da água em função da temperatura [kg/m³] 𝑣 – Velocidade de escoamento [m/s] 𝐷𝑡– Diâmetro do tubo de ensaio [m] 𝜇 – Viscosidade absoluta [Pa.s] 5. VALORES LIDOS E CALCULADOS Em laboratório foram feitas três leituras de massa de água coletada, temperatura da água e tempo do escoamento, para os três tipos de escoamentos existentes. Os valores obtidos são mostrados na tabela abaixo: Tabela 1: Valores lidos no ensaio Com os valores obtidos tirou-se a média entre os três valores de cada tipo de escoamento, tendo assim um valor médio para todas as medições feitas. Os resultados são mostrados na tabela 2. Medição T (ºC) m (g) t (s) Laminar 24 1663 282,25 Transitório 24 2572 124,37 Turbulento 24 3013 84,32 Tabela 2: Média dos valores medidos Com as temperaturas médias encontradas realizou-se a interpolação desses valores com os valores da tabela 3, para se encontrar a densidade e viscosidade da água em função da temperatura, para cada escoamento. Tabela 3: Densidades e viscosidades da água em diferentes temperaturas à pressão de 1 atm. Com todos os valores já interpolados e com unidades em comum, utilizou-se a equação 1 para o cálculo da Vazão Mássica, a equação 2 para a Vazão do escoamento, a equação 3 para a velocidade do escoamento e, por fim, a equação 4 para obter-se o valor do Número de Reynolds. Os resultados das contas utilizando as equações citadas anteriormente são mostrados na tabela 4. Medição ṁ [kg/s] Q [m³/s] v [m/s] Re Laminar 5,89*10^-3 5,87*10^-6 0,0142 357,5 Transitório 20,68*10^-3 20,66*10^-6 0,0499 1256,3 Turbulento 35,73*10^-3 35,71*10^-6 0,0862 2170,2 Tabela 4: Resultados dos cálculos necessários para encontrar o Número de Reynolds. 6. ANÁLISE E CONCLUSÕES Pelos números apresentados na seção de resultados do presente relatório, pode-se analisar que o experimento não ocorreu como o esperado. A medição no caso de escoamento laminar deveria dar um número de Reynolds abaixo de 2000, porém um pouco mais próximo deste e não tão abaixo, como foi o caso. A medição do escoamento transitório deveria alcançar um número de Reynolds entre 2000 e 2400, e o resultado foi de 1256,3. E, por fim, a medição no escoamento turbulento deveria resultar em um número de Reynolds superior a 2400, enquanto o valor encontrado nos cálculos foi de 2170,20. Esses desvios entre os resultados encontrados com os resultados esperados podem ser justificados de algumas formas: falta de simultaneidade entre o início da cronometragem e o início da coleta de água, erros estimados nos aparelhos de medição, pequenos esbarrões na bancada, vibrações devido ao barulho de motores que poderiam estar ligados no bloco e até mesmo vibrações causadas por algum outro tipo de som, como a voz, por exemplo. Mesmo com a falta de resultados numéricos que comprovam a teoria do número de Reynolds, pode-se concluir que a prática foi considerada proveitosa pelos alunos, uma vez em que foi possível visualizar claramente, neste experimento, a diferença entre os escoamentos laminar, transitório e turbulento, principalmente pela análise visual do comportamento do feixe de permanganato que escorre por entre a água do tubo. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, Alan Sulato de. Máquinas Hidráulicas - Tipos de Escoamento. Universidade Federal do Paraná. Disponível em http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasalan/AT087-Aula04.pdf. Acesso em: 23 de maio de 2021.
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