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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS CAMPO MOURÃO TURMA: IL4A PAULO JARDIM LEAL LORENA MENDES DE MORAIS EXPERIMENTO DE REYNOLDS CAMPO MOURÃO NOVEMBRO, 2020 Paulo Jardim Leal Lorena Mendes de Morais EXPERIMENTO DE REYNOLDS Relatório elaborado na disciplina de Fenômeno de Transporte 1 do curso de Engenharia Eletrônica, ofertada pelo Departamento Acadêmico de Física, do Campus Campo Mourão da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Orientador: Profº Eudes José Arantes e Profª Drª Morgana Suszek Gonçalves. CAMPO MOURÃO NOVEMBRO, 2020 1 RESUMO Este relatório fala sobre o experimento de Reynolds, o experimento foi realizado inteiramente pelo professor Eudes José Arantes, disponibilizando o material de maneira online em formato de vídeo para os alunos. Este experimento demostra o fluxo de fluido em conduto força em diferentes regimes, sendo estes, laminar, transiente e turbulento, neste caso foi utilizado água como fluido para demostrar estes efeitos. Palavras chave: conduto forçado, regime laminar, regime transitivo, regime turbulento. SUMÁRIO 1 Introdução 3 1.1 Objetivo 3 1.2 História 3 2 Fundamentação Teórica 4 2.1 Tipos de escoamento 4 2.1.1 Escoamento Laminar 4 2.1.2 Escoamento Transitivo 4 2.1.3 Escoamento Turbulento 4 2.2 Número de Reynolds 5 3 Procedimento Experimental 7 4 Resultados e Discussões 10 5 Conclusões 11 REFERÊNCIAS 12 1 INTRODUÇÃO 1.1 Objetivo O objetivo é visualizar o padrão de escoamento da água através de um tubo de vidro, com ajuda de um fluido colorido. Observar a diferença entre os escoamentos laminar e turbulento. Determinar o número de Reynolds para cada tipo de escoamento e vazão. 1.2 História George G. Stokes, em 1851, foi quem introduziu o conceito de um número adimensional que avalia a estabilidade de um fluxo para determinar se o tipo de escoamento de um fluido é laminar, transição ou turbulento. Mas com base no conceito proposto por Stokes, Osborne Reynolds, um cientista britânico que estudava o escoamento em tubos ou dutos utilizando um experimento simples, conseguiu chegar até o número que levou seu nome, o número de Reynolds. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Tipos de escoamento A trajetória de uma partícula. É como o fluxo de um fluido em determinado regime se comporta, o tipo de escoamento depende do número de Reynolds. Existem três tipos de escoamento: o laminar, o transitório e o turbulento. 2.1.1 Escoamento Laminar O escoamento laminar ocorre quando o fluxo de escoamento de um fluido se movimenta em trajetória bem definidas, assim, apresentam lâminas ou camadas, por isso o nomearam como escoamento laminar. Com isso suas características são preservadas durante o escoamento. Nesse tipo de escoamento não existe troca de massa, ou seja, suas características são preservadas. A viscosidade acaba diminuindo a tendência de surgir turbulência. Ocorre geralmente em baixas velocidades e em fluidos com grande viscosidade. Para se ter esse tipo de escoamento o Re (número de Reynolds) deve ser menor ou igual a 2000 (𝑅𝑒 ≤ 2000). 2.1.2 Escoamento Transitivo É a transição do escoamento laminar para o turbulento ou vice-versa, onde se pode ver pequenas formações de ondulações, mas ainda não se pode dizer que é um escoamento turbulento. Ocorre quando Re está entre 2001 e 4000 (2000 < 𝑅𝑒 ≤ 4000). 2.1.3 Escoamento Turbulento Contrapondo o escoamento laminar, no escoamento turbulento, como o próprio nome já propõe, o fluxo do fluido não é bem definido, é irregular, turbulento. Ocorre em fluido cuja viscosidade é baixa e em velocidade alta, como a água. Ocorre quando Re é maior que 4000 (𝑅𝑒 > 4000). 2.2 Número de Reynolds O número de Reynolds (Re) é adimensional, ou seja, não possui unidade, pois ele relaciona duas forças presentes no escoamento: forças inerciais e as forças viscosas. Usado para determinar se o regime de escoamento é laminar, transitivo ou turbulento. Para determinar Re, é utilizada a equação (1) a seguir. 𝑅𝑒 = 𝜌𝑉𝐷 𝜇 = 𝑉𝐷 𝑣 (1) onde, 𝜌 = massa especifica do fluido (𝑘𝑔/𝑚3); 𝑣 = velocidade de escoamento (𝑚/𝑠); 𝑉 = volume (𝑚3); 𝐷 = diâmetro da tubulação (𝑚); 𝜇 = viscosidade dinâmica do fluido (𝜂/𝑚 ∗ 𝑃𝑎 ∗ 𝑠). Sendo 𝑅𝑒 = número de Reynolds, que irá determinar em que regime se encontra o sistema, sendo estes valores tabelados, onde: 𝑅𝑒 ≤ 2000 regime laminar. 2000 < 𝑅𝑒 ≤ 4000 regime transitivo. 𝑅𝑒 > 4000 regime turbulento. Para determinar a velocidade média de escoamento, que será uniforme em toda a seção reta do tubo, podemos usar a equação (2). 𝑣 = 𝑄 𝐴 (2) onde, 𝑄 – Vazão volumétrica do fluido; 𝐴 – Área perpendicular ao escoamento. Porem, 𝑄𝑚 = 𝑄. 𝜌 e Re pode ser modificado se transformando na equação (3). 𝑅𝑒 = 𝑄𝑚 .𝐷 𝐴.𝜇 (3) Onde, 𝑄𝑚 é a vazão mássica do fluido. Sendo 𝑄𝑚 = 𝑚 𝑡 e 𝐴 = 𝜋. ( 𝐷 2 ) 2 = 𝜋.𝐷2 4 , assim a equação (4) é obtida: 𝑅𝑒 = 4.𝑚 𝜋.𝑡.𝐷.𝜇 (4) Com relação à perda de carga no sistema, é causada pelo fluxo da água ao longo do sistema de tubulação. 3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL O experimento foi realizado no Laboratório de Fenômenos de Transporte (H- 002), pelo professor Eudes José Arantes do Departamento Acadêmico de Ambiental, disponibilizando o material por meio de vídeo da execução de aula prática sobre a classificação dos escoamentos e determinação o Número de Reynolds. Para o experimento foi usado água como fluido, três reservatórios, sendo um com grande capacidade, contendo água, e o outro com menor capacidade, contendo corante e um registro que bloqueará ou permitirá a passagem do corante, e o último um reservatório graduado com intervalos de 100 ml cada; um longo tubo transparente, onde será observado as variações no regime do escoamento; manômetro inclinado, contendo como fluido o clorofórmio de pigmentação avermelhado; uma válvula reguladora de vazão, e um registro de escape da água. Tanto o reservatório contendo água e corante são colocados em uma cota acima ao do experimento, garantindo assim um fluxo constante de fluido, utilizando para isso a força gravitacional. O reservatório de água, foi interligado em uma das extremidade com o longo tubo transparente, usando um cano de diâmetro aproximado ao do tubo, o reservatório contendo o corante, também foi interligado com este tubo, porém, no meio do dele, e pra isso usando um cano com um diâmetro bem inferior ao do tubo, sendo este cano responsável pelo fino filete de corante dentro do tubo que tornará possível observar as variações no regime do escoamento, para isso a forma com que for colocado no interior do tubo, precisa ser de certa forma que haja menos interferência no regime do escoamento do fluido. Entre a conexão da mangueira do reservatório de água e a do corante, encontrasse o manômetro inclinado que está também interligado com este tudo, e servirá para medir a pressão exercida do reservatório de água dentro do tubo. No final do tubo contém uma válvula reguladora de vazão, e após, um reservatório graduado contendo indicações em intervalos de 100 ml, a válvula ira controlar a vazão do fluido sobre todo o sistema, o reservatório graduado irá medir o volume de água em função do tempo, localizado na parte inferior do reservatório graduado um registro, que servirá para esvaziar o mesmo, para que então, seja realizado outras medições. A figura 1 ilustra o experimento realizado. Figura 1 - Desenho esquemático do experimento de Reynolds. Fonte: internet1. Paraa realização do experimento, primeiramente é aberto a válvula reguladora de vazão em um certo ponto, e também o registro de escape, encontrados inicialmente fechado, com isso a água irá fluir do reservatório principal até o reservatório graduado e então irá ser descartado, após algum tempo quando não houver nenhuma bolha do sistema, é aberto totalmente o registro do reservatório contendo o corante, em seguida já é possível observar um filete de corante no centro do tubo transparente, que pode estar em um dos três estados, laminar, transitivo e turbulento, como mostrado na figura 2. 1 Disponível em: <http://www.escoladavida.eng.br/mecflubasica/aulasfei/12013/experiencia_de_Reynolds_12013.pdf>. Acesso em: 24 nov. 2020 Figura 2 – Exemplos de regime laminar, transitivo e turbulento. Fonte: Internet2. Para alterar de um estado para o outro, basta alimentar ou diminuir o fluxo de água no tubo, para isto, basta regular a vazão usando a válvula reguladora de vazão. Usando a Equação (1), é possível classificar de maneira numérica em qual regime se encontra o liquido. Para calcular o valor do número de Reynolds possui duas maneira, primeiro, encontrar os valores de 𝜌 e 𝜇 para a água a temperatura no qual o experimento se encontra, juntamente com valores de 𝑉 e 𝐷 obtido com dados do experimento, a outra forma é calcular os valores de 𝑉, 𝑣 e 𝐷, por meio dos dados do experimento. Com o valor do número de Reynolds obtido, basta categorizar, como mostrado anteriormente, para determinar o intervalo no qual o valor, e então, determinar o tipo de regime no qual o fluido se encontra. 2 Disponível em: < https://www.guiadaengenharia.com/numero-reynolds-entenda/>. Acesso em: 24 nov. 2020 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES No primeiro ensaio o professor colocou uma vazão baixa e percebeu visualmente que estava em regime laminar, foi perceptível também que a velocidade estava baixa, pois foram necessários aproximadamente de vinte e seis segundos para encher o volume de 100ml. Mesmo sem os cálculos, somente com base na teoria, podemos perceber que provavelmente o regime seria laminar. Já na segunda leitura, o professor aumentou um pouco a vazão e visualizou um regime entre laminar e transição, fez a segunda leitura do tempo que foi aproximadamente 7 segundos. Com isso podemos perceber que a velocidade do escoamento aumentou também, não o suficiente para entrar em regime turbulento ainda, mas não está tão contínuo para permanecer em regime laminar, portanto, está em uma transição do regime laminar para o transitório. Para o terceiro ensaio o registo no fim da tubulação foi um pouco aberto, ficou perceptível que o filete de corante não estava mais contínuo, estava começando a se misturar com a água, a pressão e a vazão aumentaram, consideravelmente. Já em questão de tempo, para medir a vazão de 100 ml agora o tempo foi de aproximadamente 4 segundos, ou seja, a velocidade também aumentou nesse ensaio, entrando em regime de transição para regime turbulento. No quarto ensaio, com o aumento da vazão, a pressão disparou, assim percebe-se que a perda de carga nesse tipo de regime de escoamento é bem maior do que nos outros, quanto a leitura da vazão pelo tempo, o tempo diminuiu, por isso, foi utilizado agora 200 ml, o tempo obtido foi de aproximadamente 3 segundos, com isso, se percebe que a velocidade do escoamento é tamanha que dificulta até no momento da leitura. Com base nesses dados, podemos admitir que o regime de escoamento é completamente turbulento e visualmente, vimos que realmente era, pois o corante estava todo misturado na água. 5 CONCLUSÕES Com os dados obtidos, é possível afirmar que conforme a vazão do fluido aumenta, sua pressão e perda de carga aumentam proporcionalmente, o tempo de escoamento diminui e com isso, a velocidade aumenta também, conforme esses parâmetros vão se modificando, vemos a diferença entre cada regime de escoamento. No laminar, a vazão, a pressão e a velocidade são baixas, conforme esses parâmetros aumentam, vai passando pro regime transitório, e depois quando todos os parâmetros estiverem elevados, entra em regime turbulento. REFERÊNCIAS FERNANDES, Renato. Regimes de escoamento. 20 slides. Material apresentado para a disciplina de Hidráolica Aplicada do curso de construção civil da URCA. Disponível em: Microsoft PowerPoint - tipos-escoamentos.ppt [Modo de Compatibilidade] (urca.br). Acesso em: 24 de novembro de 2020. COELHO, Pedro. Número de Reynolds (Re). 2013. Disponível em: Número de Reynolds (Re) - Engquimicasantossp. Acesso em: 24 de novembro de 2020. STREETER, V. L.; WYLIE, B. E. Mecânica dos Fluidos. 7 ed. Tradução de: Celso da Silva. São Paulo, McGraw-Hill do Brasil. 1982. http://wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=tipos-escoamentos2.pdf http://wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=tipos-escoamentos2.pdf https://www.engquimicasantossp.com.br/2013/10/numero-de-reynolds.html https://www.engquimicasantossp.com.br/2013/10/numero-de-reynolds.html
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