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U N I V E R S I D A D E F E R E D A L D O P I A U Í C E N T R O D E C I Ê N C I A S A G R Á R I A S A N A T O M I A D E S C R I T I V A A N I M A L I D O C E N T E : F L Á V I O R I B E I R O A L V E S Úngula e anexos Amanda Wanderley Anthony Berger Estefany Henrique Cerqueira A natom ia D escritiva A nim al I - Ú ngula e anexos Coxins e Órgãos Digitais Anatomia Descritiva Animal I Coxins Carpais ou Tarsais ; Coxins Metacarpais ou Metatarsais; Coxins Digitais; Unguicula (Garra) em Carnívoros; Unguis (Unhas) em Primatas; Ungula (Casco) em Ungulados; Os Coxins são áreas modificadas do tegumento palmar e plantar, que amortecem os impactos nas extremidades dos membros, protegendo as estruturas ósseas dos choques. Os órgãos digitais são a extremidade do membro envolvidas por uma pele modificada, relacionadas a sustentação e locomoção, possuindo 3 formas básicas: Anatomia A natom ia D escritiva A nim al I - Ú ngula e anexos Cão Homem Bovino Equino Segmento Coronário Segmento Parietal Segmento Solear CoxinsSegmento Perióplico U ng ui s ( u nh as ) U ng ui cu la ( G ar ra s) Órgãos digitais dos primatas, tambem chamadas de lâminas ungueais São placas córneas de células mortas, compactas, resistentes e translúcidas, constituídas especialmente por queratina Órgão digital dos carnívoros, composta por coxim digital e garra. Protegem as pontas dos dedos dos animais, além de usadas para se coçar, segurar objetos, cavar, escalar ou lutar com outros animais. O que são "Animais Ungulados"? A natom ia D escritiva A nim al I - Ú ngula e anexos Perissodáctilos – ungulados de casco único. Ex: cavalo, zebra, rinoceronte e anta. Artiodáctilos – ungulados de casco fendido. Ex: gado, girafa, camelo, hipopótamo. Divisão de mamíferos que compreende as espécies providas de cascos. Têm geralmente dentes caninos reduzidos como parte de uma dentição adaptada à alimentação herbívora. Quanto ao número de dígitos podem ser divididos em: A excepção são os Odontoceti, cetáceos carnívoros como a orca. Proteção Amortecimento Sustentação Defesa Barreira contra infecção bacteriana Proteção contra auto ressecamento e Isolante térmico ascendente; supersaturação de líquido; Anatomia Descritiva Animal I - Úngula e anexos Úngula Função Recobre as extremidades dos membros que são menos rígidos em relação ao casco. Suas características são mais semelhantes às das unhas, que protegem os dedos do animal permitindo que andem por longas distâncias em superfícies rígidas. Constituídos de queratina, podem desgastar-se com o uso. Porem, essa estrutura cresce durante toda a vida do animal. A natom ia D escritiva A nim al I - Ú ngula e anexos Estojo córneo Segmentos do Estojo Córneo Anatomia do casco Parede Face solear ou Sola Ranilha ou Cunha Coxim ou Bulbo O Estojo córneo (ou casco) é dividido em: -Camada Externa (Limbo) -Camada Média (Coroa) -Camada Interna (Parietal) -Segmento solear -Parte distal da Parede -Coxim nos ungulados A natom ia D escritiva A nim al I - Ú ngula e anexos Constitui o revestimento da porção terminal do dedo, sendo a parte visível quando o membro esta apoiado A substância cornificada que forma a unha é queratinizada, contendo cerca de 30% de água,1% de minerais e uma pequena porção de lipídios (úngula doente tem maior quantidade de água e menor de minerais) A parede, nos ruminantes, possui uma face axial quase plana e uma face abaxial muito curva.O crescimento é mais rápido na parede abaxial e dentro desta cresce também mais na zona dos talões. Pi nç a Ta lã o M ur al ha Epiderme: Derme (Cório): Hipoderme (Tecido subcutâneo): Composta por: -Camada córnea (Estojo córneo) -Camada vital (germinativa) -Cornificação e Queratinização (lâminas primárias ou secundárias) - Camada Papilar -Camada Reticular -Onde não há tela subcutânea, a derme une-se ao periósteo da falange distal -Não existe tela subcutânea na zona laminar e segmento solear -Há uma "almofada digital" nos demais segmentos (Coxins) A natom ia D escritiva A nim al I - Ú ngula e anexos Secção sagital do dedo medial da extremidade torácica de bovino 1)Tendão do m. extensor comum dos dedos: ramo medial 2) Tendão do m extensor comum dos dedos 3) Derme coronária 4) Derme laminar 5) 2ª falange ou falange média 6) 3ª falange ou falange distal 7) Derme solear 8) Pulvino digital 9) Tendão do m. flexor profundo dos dedos 9’) Fibras do tendão do m. flexor profundo dos dedos para a 2ª falange e sesamoideo distal 10) Osso sesamoideo distal 11) Ligamento sesamoideo colateral 12) Ligamentos palmares da articulação interfalângica proximal 13) Tendão do m. extensor superficial dos dedos Ossos e cartilagens da porção distal do membro do equino. Vista dorsal à esquerda e palmar à direita. FP: Falange proximal FM: Falange média FD: Falange distal SD: Sesamóide distal CC: Cartilagem colatera Os membros locomotores de um equino, quando comparados aos de outras espécies, possuem estruturas anatômicas especializadas para propiciar a locomoção de forma eficiente e com baixo custo energético. A natom ia D escritiva A nim al I - Ú ngula e anexos Estojo Córneo Decíduo "Primeiro casco" Presente nos recém-nascidos Coberto por um invólucro elástico macio, a cápsula ungueal decídua, protege o útero e o canal genital da mãe contra lesões provocados pelos cascos afiados durante a gravidez e o parto No Pós-parto essa camada seca e se desprende do animal com o início da locomoção e desenvolvimento do casco Casco de um potro, alguns minutos após o nascimento. Úngula em Diferentes espécies Ruminantes A natom ia D escritiva A nim al I - Ú ngula e anexos Quatro dígitos(Dois principais e dois acessórios) Artiodáctilos Possuem espaço interdigital – casco fendido Os membros torácicos são mais amplos e rombos Bovinos Parede mais íngrime que a dos bovinos Cascos estreitos Parede menos espessa que a dos bovinos Pequenos ruminantes Em relação as vacas, os cascos e as pernas tem influência direta sobre sua vida útil, pois o ângulo formado entre muralha e sola do casco pode afetar a produção de leite. Com o avanço do melhoramento genético para alta produção, os cascos não acompanharam este desenvolvimento por conta da baixa herdabilidade genética, causando queda no desempenho produtivo. A natom ia D escritiva A nim al I - Ú ngula e anexos Vista lateralVista Palmar Os dedos acessórios são ligados à falange proximal do dedo principal através de uma articulação Os dedos dos cascos acessórios são maiores que os dos ruminantes Apresentam bulbo mais arqueado que o bovino; A natom ia D escritiva A nim al I - Ú ngula e anexos Suínos Região anterior da muralha Região posterior da muralha Linha branca Sola Almofada plantar da região posterior Almofada plantar Lateral da muralha Coroa do casco 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Equinos Perissodáctilos Casco não fendido A região do dígito principal se chama ranilha; A natom ia D escritiva A nim al I - Ú ngula e anexos A natom ia D escritiva A nim al I - Ú ngula e anexos Úngula em Diferentes espécies Vascularização Ruminantes e Suínos - Artéria digital plantar/palmar origina dois ramos axiais e anastomosam e formam o arco terminal que emitem ramos para a derme dos diferentes segmentos do casco. -Artérias do membro torácico e pélvico originam dois ramos abaxiais -Veias menores drenam o sangue no casco, asseguradas por dois sistemas, um profundo 9satélite das artérias) e um superficial (veias safena medial e safena lateral) - A drenagem da zona distal é realizada por uma série de linfonodos que fazem a drenam linfática de toda a zona. Artérias e veias -São verticalizados, sendo comprimento mais estreito em relação ao casco bovino; -Parede do casco fendida e muito fina -Vascularização ocorre da mesma forma que no casco do bovino, com diferença mínima no trajeto e na ramificação Ovino e caprinos Equinos -A irrigação é feitapelas artérias palmar e plantar lateral e medial, provindas da artéria comum e artéria metatarsal dorsal III -Ao adentrarem na falange distal, esses vasos se anastomosam e formam o arco terminal, de onde são emitidos diversos ramos que saem em direção a margem solear, formando a artéria da margem solear 1- Artéria digital palmar 2- Ramo palmar/plantar a falange proximal 3- Ramo ao coxim digital 4- Ramo dorsal a falange média 5- Ramo dorsal a falange distal 6-Artéria circunflexa A natom ia D escritiva A nim al I - Ú ngula e anexos -Drenagem feita pelas veias digitais lateral e medial; -Plexos venosos dorsal, palmar e plantar e cororonário Obs:anastomoses arteriovenosas (AVAs) 1. Falange proximal 2. Articulação interfalangeana proximal 3. falange média 4. Articulação interfalangeana distal 5. Falange distal 6. Osso sesamoide distal (navicular) 7. Recesso palmar proximal da articulação interfalangeana distal 8. Ligamento sesamoide colateral (suspensor) 9. Bursa podotroclear 9a. Recesso proximal da bursa podotroclear 9b. Recesso distal da bursa podotroclear 10. Recesso palmar distal da articulação interfalangeana distal 11. Ligamento sesamoide distal ímpar 12. Tendão do músculo flexor digital profundo 13. Ligamento anular digital dista 14. Ramos arteriais palmares da falange média 15. Recesso palmar distal da bainha digital 16. Recesso dorsal distal da bainha digital 17. Coxim digital 18. Sola 19. Ranilha Artérias e veias Úngula em diferentes espécies Inervação Ruminantes e Suínos Membro torácico -A drenagem venosa é assegurada por um sistema venoso profundo, satélite do sistema arterial (veias mediana, braquial, axilar), e por um sistema venoso superficial formado principalmente a nível distal pela confluência das veias cefálica e cefálica acessória. -A drenagem da extremidade é feita pelas veias digitais próprias e pelos vários ramos das falanges que terminam na veia digital dorsal comum III Membro Pélvico -A drenagem é também assegurada por dois sistemas, um profundo que é satélite das artérias e por um superficial (veias safena medial e safena lateral) com trajetos diversos. -A veia safena lateral recebe o sangue venoso de duas veias tributárias, uma caudal e outra cranial que recolhem o sangue desde os dedos. B iology 1 A natom ia D escritiva A nim al I - Ú ngula e anexos Equinos Membro Torácico -Nervos que emergem do plexo braquial ao nível de intumescência cervical, prosseguindo ate a zona distal. -O trajeto a inervação principal da extremidade distal faz-se através de nervos digitais próprios lateral e medial, cujo trajeto acompanha artérias e veias . Membro Pélvico -Inervação provem do plexo lombo-sagrado, proveniente de nervos que chegam a extremidade distal inervando outras regões no trajeto -Diferente do membro torácico, a inervação pélvica tem maior contribuição de inervação através dos nervos dorsais 1- Osso metacarpiano 2- Osso sesamoide proximal 3- Tendão flexor superficial 4- Osso sesamoide proximal 5- Músculo flexor digital superficial 6- Músculo flexor profundo do dedo 7- Veia ulnar, artéria colateral ulnar e veia colateral ulnar 8- Nervo mediano 9- Nervo palmar medial 10- Nervo palmar lateral, veia palmar lateral 11- Nervo palmar medial 12- Arteria metacarpal palmar 3 13- Nervo palmar laetral 3 14- Veia cefálica 15- Arco palmar proximal 16- Ramo dorsal do nervo ulnar 17- Tendão 18- Músculo extensor digital lateral, osso metacárpico 19- Artéria metacarpal palmar 3 20- Ligamento metacarpico transverso superficial 21- Esporão metacárpico 22-Artterá e veia digital lateral, ramo dorsal do nervo digital palmar lateral 23-Artéria e veia digital medial 24- Nervo digital palmar lateral e ligamento lateral do esporão 25- Ramo dorsal do nervo da falange media 26- Cartilagem ungueal lateral 27- Pele 28- Osso sesamoide distal 29- Nervo digital palmar medial Patologias Lesões e doenças do casco A natom ia D escritiva A nim al I - Ú ngula e anexos Dermatite digital Dermatite interdigital Doença de carater inflamatório que causam lesões que afetam as regiões digitais do casco atingindo a camada epidermica e raras vezes a dérmica Uma das frequentes causas de claudição em bovinos eliteiros provocando dor intensa, perda de condição corporal, atrasos reprodutivos, descartes prematuros... Dermatite digital Dermatite interdigital Inflamação de origem bacteriana que afeta a região dorsal e plantar/palmar entre o buldo e os talões Umidade, sujeira, calor excessivo,fezes e urina favorecem sua penetração na pele se houver aprofundamento da inflamação, as úlceras podem invadir regiões adjacentes e provocar lesões e fissuras Erosão do talão Lesão infecciosa aguda que afeta a região interdigital Paranício, necrobacilose interdigital inchaço e alargamento seguida por fissura e necrose na região interdigital Flegmão interdigital "Podridão do talão" acomete ao tecido epidérmico do talão provocando sulcos e fissuras Estagio avançado de dermatite interdigital Úlcera da sola Comum nos cascos dos membros posteriores, havendo defeito ou quebra da espessura da epiderme expondo o cório Hemorragias na sola D oe nç a da li nh a br an ca Fissuras na região próxima a linha branca que ficam infiltradas com pedras, areia ou qualquer matéria orgânica escurecendo a região Quando em estágio avançado, apresenta necrose e associada a formação de abcessos com claudição grave La m in ite É uma inflamação que afeta a parede dos cascos, conhecida como "aguamento". Os sintomas são dor e mudança na estrutura do casco. Também pode causar a claudicação intensa. Hemorragias da sola e até fissuras também são apresentáveis. Em casos avançados, o casco fica quente e com sinal de inflamação a olho nu. Laminite equina Doença da linha branca com hematoma Prevenção das doenças podais Medidas profiláticas contra problemas no casco Pedilúvio São recipientes instalados em corredores de entrada e saída da sala de ordenha, contendo uma solução desinfetante com a proposta de desinfetar os cascos do animal. O uso de pedilúvio reduz a necessidade de tratamento típico de lesões no casco Aparar os cascos dos animais em diversas partes, conforme as alterações de crescimento verificadas Tem como principal objetivo prevenir doenças dos cascos em animais estabulados e mesmo mantidos em piquetes. Limpar, aparar e lixar os cascos dos equinos para a confecção de uma ferradura que se encaixe nas patas do animal, sem machucá-lo Evita os desgastes do casco Casqueamento Ferrageamento http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0102-0935&lng=en&nrm=iso https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5719741/mod_resource/content/1/Musculatura%20dos%20membros%20de %20equinos%20-%20Hianka.pdf https://www.google.com/search? q=laminite&tbm=isch&chips=q:laminite,online_chips:aguamento:3gVfszCUfxM%3D&hl=pt- BR&sa=X&ved=2ahUKEwjRsYey3tjwAhU8vJUCHeDUCfwQ4lYoAXoECAEQHA&biw=1519&bih=722#imgrc=E3 -UMLNfBd4wzM