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1 Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Microbiologia O PROBLEMA • Resistência → situação dinâmica; • Detecção da resistência → base para controle; • Avaliação da suscetibilidade → diag- nóstico. DETECÇÃO DA RESISTÊN- CIA DIAGNÓSTICO FENOTÍPICO TESTES FENOTÍPICOS DE DETECÇÃO DA RESISTÊN- CIA Categorias para padronização dos testes • CLSI (Clinical and Laboratory Stan- dards Institute); • EUCAST (European Committee on Antimicrobial Susceptibility Tes- ting); • BRCAST (Brazilian Committee on Antimicrobial Susceptibility Tes- ting). ANTIBIOGRAMA Antibiograma é o teste in vitro realizado para se verificar a sensibilidade de um mi- crorganismo patogênico a um ou vários an- timicrobiano AVALIAÇÃO DE AGENTES ANTIMICROBIANOS • Quantitativos (visam a determinação da concentração inibitória mínima, que é a menor concentração de um antimicrobiano capaz de inibir o cres- cimento do patógeno) • Determinação da Concentração Inibi- tória Mínima. • Microdiluição em Caldo; • E-test; MICRODILUIÇÃO EM CALDO (DETERMINAÇÃO DO CIM) Caldos contendo concentrações crescentes do antimicrobiano a ser testado Resistência antimicrobiana métodos fenotípicos para detecção 2 Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Microbiologia Tubos são inoculados (1,5X108 UFC/mL) do microrganismo e incubados OBS.: a CIM é determinada buscando-se o primeiro tubo que não possui crescimento bacteriano, ou seja, que não está turvo. EXERCÍCIOS 1) Qual a Concentração Inibitória Mí- nima? Em A o primeiro tubo é o tubo con- trole, só tem o caldo e a bactéria sem o antimicrobiano, os próximos tubos tem a concentração de 1micrograma de antimicrobiano e assim por diante. Desse modo, observa-se o primeiro tubo que não tem crescimento bacteri- ano. Nesse caso, a CIM é 1 micro- grama, porque não cresceu bactéria ali. Já no caso B, a CIM foi 2 micro- gramas, porque foi ali que não se ob- servou crescimento bacteriano. ATIVIDADE ANTIBACTERI- ANA Quanto a ação: • Bacteriostático X Bactericida OBS.: bactericida= interação que levou a morte da célula bacteriana, bacteriostática= ação que levou a inibição da multiplicação da célula bacteriana. Concentração Bactericida ou Bacteriostá- tica? R= Para saber se a CIM é bactericida ou bacteriostática, seleciona-se o tubo e faz-se um repique em um meio não seletivo sem antimicrobiano. Se a bactéria voltou a cres- cer ela não foi eliminada, ela foi inibida, logo, o antimicrobiano na CIM de 2 por exemplo, teve ação bacteriostática. Se a bactéria não volta a crescer ele foi bacteri- cida. E-TEST (determinação do CIM) 1. Isolamento do agente; 2. Padronização do inóculo na escala de 0.5 de McFarland (1,5X108 UFC/mL); 3. Distribuir o inó- culo na superfície da placa com o auxílio de um Swab; 4. Adicionar a fita de E-test na superfície do meio de cultura após inoculação; 3 Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Microbiologia 5. Incubar a 35C e avaliar crescimento. E-TEST (determinação do CIM) Conforme a concentração do antimicrobi- ano vai aumentando vai impedindo o cres- cimento bacteriano nessa fita. A CIM nesse caso seria a menor concentração na qual não se forma crescimento bacteriano logo após. Vai havendo um distanciamento maior desse halo de inibição. AVALIAÇÃO DE AGENTES ANTIMICROBIANOS QUALITATIVOS • Testes de difusão em meio sólido (Kirby- Bauer) ou difusão em disco. • Observação de zonas claras (halos de inibição). • representando a inibição do crescimento. DIFUSÃO EM DISCO 1. Preparo do inoculo *Turbidimetria (0,5 de Mc Farland/108 ) Suspensão direta das colônias, com au- xílio de swab ou alça, em salina de modo a obter densidade equivalente ao padrão de turbidez 0,5 da escala de McFarland (1,5x108UFC/mL); Várias colônias morfologicamente si- milares; É recomendado um dispositivo foto- métrico ou um fundo branco com linhas pretas; A suspensão deve ser utilizada de pre- ferência em até 15 min após a preparação. 2. Escolha e preparo do meio de cul- tura Espessura de 4,0 ±0,5 mm (aproximada- mente 25 mL – 90 mm de diâmetro). Meios de Cultura preconizados: Ágar Muller Hinton puro ou Ágar Muller Hinton acrescido de Sangue. 1:14 Evita ressecamento do meio durante o pro- cesso A superfície do ágar deve estar seca an- tes do uso; Nenhuma gota de água deve estar visí- vel na superfície do ágar ou no interior da tampa. Evita halos com bordas distorcidas e/ou né- voa no interior dos halos 4 Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Microbiologia 3. Inoculação Placas em temperatura ambiente; Mergulhar um swab estéril na suspensão removendo o excesso de líquido pressionando levemente e gi- rando o swab contra a parte interna do tubo acima do nível da suspensão; As placas podem ser inoculadas espalhando o inoculo uniformemente em três direções. 4. Inoculação Placas em temperatura ambiente; Mergulhar um swab estéril na suspensão removendo o excesso de líquido pressionando levemente e gi- rando o swab contra a parte interna do tubo acima do nível da suspensão; As placas po- dem ser inocula- das espalhando o inoculo unifor- memente em três direções. 5. Uso de discos – aplicação Aplicar os discos em até 15min após a inoculação da placa; Aplicar os discos firmemente na superfície da placa de ágar dentro de 15minutos da inoculação; Normalmente, 6 e 12 discos são os números máximos possíveis em pla- cas circulares de 90 e 150mm, res- pectivamente. O número de discos nas placas deve ser li- mitado para impedir sobreposição dos halos e a interferência entre os antimicrobianos. 6. Incubação das placas Inverter as placas e assegurar que os discos não caiam na superfície do ágar; Incubar em até 15 minutos após a aplicação dos discos. 5. leitura dos halos COMO ESCOLHER OS ANTI- MICROBIANOS A SEREM TESTADOS? • Aspectos a serem considerados: i. Qual agente está envolvido no processo infeccioso; ii. Sítio de infecção; iii. Estado geral do paciente (Fun- ção renal e hepática). 5 Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Microbiologia 6 Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Microbiologia