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UNIDADE VII - Introdução a Contabilidade de Custos

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UNIDADE VII - Introdução à Contabilidade de Custos
Ler os capítulos 1 e 2 do livro: RIBEIRO, Osni Moura. Noções de custo. São Paulo: Erica 2020 1 recurso online (Fundamentos de contabilidade 5). ISBN 9788536532738. Disponível na Biblioteca on line da UFMS: https://pergamum.ufms.br/pergamum/biblioteca/index.php
1 – FUNÇÕES DA CONTABILIDADE DE CUSTOS, FINANCEIRA E GERENCIAL Contabilidade
Gerencial
Custos
Financeira
A Contabilidade de Custos é uma das áreas que se divide a Contabilidade. Tem como objetivo principal produzir informações para diversos níveis gerenciais de uma entidade tomar as melhores decisões; bem como a alocação mais criteriosa dos custos de produção aos produtos/serviços.
Alguns autores consideram a contabilidade de custos parte da contabilidade gerencial de uma empresa.
Na prática, as empresasa se utilizam das informações geradas pela Contabilidade de Custos para a formação dos itens de custos e sua análise, visando a redução ou eliminação de gastos excedentes.
Outro exemplo da utilização das informações da contabilidade de custos é quando uma empresa resolve encerrar a produção de certo produto ou simplesmente “fechar” determinado departamento. Nesse caso, as informações referentes aos custos de tais atividades/produtos foram essenciais para as decisões tomadas.
Na Contabilidade Gerencial o foco é suprir o público interno da empresa de informações necessárias a tomada de decisões (gestores, administradores e demais empregados). Razão pela qual dispõe de mais liberdade em relação ao atendimento de Princípios Contábeis. Por exemplo, é por meio dela que sócios e gestores poderão adquirir uma nova máquina para a produção; investir em programas de computação mais atualizados.
Já a Contabilidade Financeira é voltada para o público externo (governo, clientes, bancos, fornecedores, investidores, funcionários, sindicatos, etc). Razão pela qual deve atender plenamente a legislação aplicada ao setor. Por exemplo, é por meio dela que são calculados os tributos; que os órgãos públicos analisam os demonstrativos contábeis de determinada empresa para verificar se a mesma pode ou não participar de uma licitação; que os bancos avaliam a capacidade de pagamento de uma empresa antes de concer empréstimo. 
A contabilidade de custos extrai dados contábeis da contabilidade financeira, que por meio de metodologias que serão apresentadas no decorrer das aulas, transforma esses dados em informações alimentando o sistema gerencial da empresa (contabilidade gerencial) para que os gestores possam tomar as melhores decisões.
2 - OBJETIVOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
· Avaliação dos estoques, para atendimento das legislações comercial e fiscal;
· Apuração dos custos dos produtos/serviços/mercadorias vendidos;
· Fornecer informações para à tomada de decisões gerenciais, por exemplo, a fixação do preço de venda de determinado produto/serviço/mercadoria;
· Atender requisitos legais como a opção do regime tributário para apuração do Imposto de Renda.
· Fornecer informações para a realização de orçamentos e projeções financeiras futuras de uma empresa.
3 – CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
Dependendo do ramo da atividade da empresa, a contabilidade de custos tem campo de aplicação diferenciado, os três mais importantes são: 
Na indústria, setor onde desenvolveu a moderna Contabilidade de Custos, determina o custo dos produtos vendidos, o estoque de produtos em elaboração (ou produtos em fabricação), o estoque de produtos acabados e o estoque de insumos (matérias-primas, embalagem, peças em almoxarifado etc.).
No comércio, a Contabilidade de Custos determina, o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV), o estoque de mercadorias e o estoque de bens não destinados à revenda, como materiais de consumo, dentre outros. Assim, até mesmo uma simples loja de venda de bolos necessita de sistema de contabilidade de custos, para, tomar decisões sobre o preço de venda dos mesmos.
Nas prestadoras de serviços, além permitir o conhecimento detalhado dos custos dos serviços vendidos, os estoques de serviços em andamento e o custo de materiais adquiridos e ainda não incorporados aos serviços em andamento, a contabilidade de custos serve, por exemplo, para que a empresa possa saber quais serviços são rentáveis e quais dão prejuízos para a empresa.
4 – TERMINOLOGIA BÁSICA
GASTO - valor monetário do desembolso e/ou compromisso assumido pela empresa no desempenho das suas operações de produção de bens e serviços.
Assim, o gasto pode ser entendido como um “sacrifício financeiro” para a obtenção de um produto ou a prestação de um serviço, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro).
Ou seja, gasto é a contrapartida necessária para a obtenção de um bem ou serviço. Assim, por exemplo, na compra à vista de matéria-prima, o gasto corresponde à redução do ativo em virtude do pagamento. Ou na compra de insumos a prazo, o gasto corresponde ao aumento do passivo em função da promessa de pagamento futuro.
Um gasto (origem de recursos) pode ter como contrapartida (aplicação de recursos): um custo, uma despesa ou um investimento. Gasto é o gênero, do qual são espécies o custo, a despesa e o investimento.
CUSTO – consumo de um bem ou serviço no processo de produção de outros bens ou serviços. Por exemplo, matéria-prima, os salários dos operários, a depreciação das máquinas etc. O custo só existe durante o processo de produção do bem ou serviço. Assim, enquanto o produto está em fase de fabricação ou o serviço em elaboração, os valores agregados na sua produção são tratados como custos.
Os gastos posteriores à produção, necessários à administração e à comercialização do produto, não são custos, e sim despesas. 
DESPESA - gasto relativo ao consumo de bem ou serviço com a finalidade de gerar receitas para entidade, mas que não é usado na produção do bem ou serviço vendido pela mesma. Ex. Aluguel do setor administrativo. 
PARA MEMORIZAR
 O custo integra o produto; vai para o estoque e aumenta o Ativo Circulante. 
 A despesa reduz o lucro; vai para o resultado e reduz o Patrimônio Líquido.
INVESTIMENTO - é o gasto que tem como contrapartida um ativo e “ativado” em função de sua vida útil ou dos benefícios atribuíveis a futuros períodos. Ou seja, o gasto tem como contrapartida um ativo que não será imediatamente consumido no processo de produção de um bem ou serviço.
Como tem uma vida útil que lhe permitirá servir a empresa por um período mais longo, deve ser registrado no ativo da empresa. Por exemplo, compra de uma máquina nova para renovar o parque fabril da empresa. Essa máquina tem uma vida útil estimada em 10 anos.
Observe que para a contabilidade de custo, o termo investimento[footnoteRef:1], no primeiro momento, também poderá ser usado na aquisição de matéria-prima (contabilmente é estoque de matéria-prima). Somente quando essa matéria-prima for aplicada na produção se transformará em custo, que é um gasto ativado na produção de bens ou serviços. [1: Não confundir com o grupo Ativo Não Circulante- Investimento - do Balanço Patrimonial] 
DESEMBOLSO – é o pagamento resultante da aquisição de um bem ou da utilização de um serviço. Esse desembolso pode ser à vista, no ato da compra, ou a prazo.
PERDA — pode ser normal ou anormal. Se for uma perda normal é contabilizada como custo e se anormal, despesa.
Perda Normal (tratada como custo) – decorre do processo normal de produção e é tratada como custo. Representa o gasto intencional e conhecido, envolvido na fabricação, mas que não agrega ao produto. Por exemplo, as sobras no corte de tecido para a fabricação de roupas (todo o valor do tecido é registrado como custo da matéria-prima tecido).
Perda Anormal (contabilizada como se fosse despesa. Não é) – bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. Por exemplo, queima de uma máquina em função da queda de um raio; matérias-primas roubadas.
DESPERDÍCIO - é o consumo intencional, que por alguma razão não foi direcionado à produção de um bem ou à prestação de um serviço.ENCARGOS: sinônimo de ônus (dever, obrigação), em geral, determinados pela legislação. Ex, encargos sociais trabalhistas e previdenciários; encargos financeiros.
Os encargos necessários à produção são tratados como custos. Ex, encargos trabalhistas do pessoal da produção. Os demais são tratados como despesas, por exemplo, o encargo financeiro, do desconto de duplicata.
MATERIAIS DIRETOS: refere-se se a todo material integrante do produto acabado e que possa ser incluído diretamente no cálculo do custo do produto. Exemplo: o tecido na fabricação de uma roupa.
MATERIAIS INDIRETOS: é comum que esses tipos de materiais sejam rateados de acordo com a participação dos materiais diretos na fabricação de cada produto. Integram os custos indiretos necessitando de rateio para serem apropriados, ou seja, serão atribuídos a cada produto de forma proporcional, com base nas quantidades produzidas, ou no tempo de trabalho necessário para a fabricação de cada um, ou com base em outro critério definido em cada caso em particular. Exemplo: as linhas utilizadas na costura da roupa mencionada anteriormente.
MÃO DE OBRA DIRETA: representa a remuneração das horas de mão de obra de trabalhadores que foram identificadas em relação a cada produto. Não necessita de rateio.
MÃO DE OBRA INDIRETA: representa a remuneração das horas de mão de obra não atribuídas a cada produto. Necessitando de rateio para serem apropriadas. Como exemplo, o custo das horas do Supervisor da linha de produção de mais de um produto.
CUSTOS PRIMÁRIOS: a soma de matéria-prima e mão de obra direta. Custo Primário é diferente de Custo Direto, por exemplo a embalagem é um Custo Direto, mas não é um custo primário.
CUSTOS VARIÁVEIS - são aqueles que variam em decorrência do volume da produção. Assim, quanto mais produtos forem fabricados em um período, maiores serão os custos variáveis. Os Custos Variáveis, por estarem vinculados ao volume produzido, são também denoinados de custos diretos.
CUSTOS FIXOS são aqueles que permanecem estáveis independentemente de alterações no volume da produção. São custos necessários ao desenvolvimento do processo industrial em geral. Por ex, . aluguel da fábrica, água (utilizada para consumo do pessoal e limpeza da fábrica), energia elétrica (utilizada para iluminação da fábrica), seguro do imóvel, telefone, salários e encargos dos supervisores da fábrica etc. os custos fixos também são chamados de custos indiretos, porque não são parte integrante dos produtos e beneficiam a fabricação de vários itens ao mesmo tempo.
EXERCÍCIOS 
1 – Elisa faz salgadinhos para aniversários, casamentos e outras celebrações. 
a) Tecnicamente, como se denominam os ingredientes que Elisa utiliza para fazer salgadinhos?
b) Tecnicamente, como se denominam os gastos que Elisa tem com o trabalho dos colaboradores que a ajudam na fabricação?
c) Tecnicamente, como se denominam os demais gastos que Elisa tem para fabricar os salgadinhos, como o gás e o aluguel?
2 Quantos e quais são os elementos que compõem o custo de fabricação? 
3 O que são Gastos Gerais de Fabricação? Cite cinco exemplos. 
4 O que são custos diretos? E custos indiretos?
5 Diferencie despesas de custos.
6 - Classifique as afirmativas em falsas (F) ou verdadeiras (V): 
A) ( ) Os custos diretos de fabricação são aqueles que podem ser facilmente identificados em relação aos produtos fabricados.
B) ( ) Os custos indiretos de fabricação são assim denominados porque podem ser facilmente identificados em relação aos produtos fabricados.
C) ( ) Custos indiretos são o mesmo que custos fixos. 
D) ( ) Custos variáveis são o mesmo que custos diretos. 
E) ( ) A distribuição dos custos indiretos aos produtos denomina-se rateio. 
F) ( ) A classificação de custos diretos e indiretos aplica-se somente aos Materiais e à Mão de obra.
G) ( ) A classificação em Custos Diretos e Indiretos não se aplica aos Materiais, à Mão de obra e aos Gastos Gerais de Fabricação.
H) ( ) Normalmente, a maior parte dos Gastos Gerais de Fabricação é classificada como Custos Indiretos.
I) ( ) Os Custos Diretos serão atribuídos a cada produto sem maiores complicações; já os Custos Indiretos serão atribuídos a cada produto por meio de critérios a serem definidos pela própria empresa.
7 - (FCC/CVM) O consumo de ativos ligados direta ou indiretamente à obtenção da receita é denominado:
a) investimento.
b) perda.
c) desembolso.
d) despesa.
e) custo de absorção.
8 - (FCC/SERGAS) São denominados custos primários,
a) a depreciação das máquinas fabris e o consumo de energia elétrica.
b) os gastos com mão de obra indireta e o salário de supervisão.
c) os materiais componentes adquiridos de terceiros.
d) o consumo de energia elétrica e os materiais de embalagem.
e) o consumo de matérias-primas e a mão de obra direta.
 
9 - (FCC/SEFAZ) Os gastos do Departamento de Manutenção e Reparos de um Laticínio para realizar a pintura do imóvel onde está localizada a Administração Geral da empresa devem ser classificados, no período em que foram incorridos, como
a) despesa.
b) custo.
c) perda.
d) imobilização.
e) investimento.
10 - (VUNESP/CM-INDAIATUBA/TÉCNICO/2018) Um gasto relativo a um bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços é considerado, na terminologia da matéria, como:
a) Custo.
b) Investimento.
c) Desembolso.
d) Despesa.
e) Compra.

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