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Alterações da sensopercepção

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A sensopercepção e suas alterações.
Todas as informações do ambiente, necessárias à sobrevivência do indivíduo, chegam até o organismo por meio das sensações. Os diferentes estímulos físicos (luz, som, calor, pressão, etc.) ou químicos (substâncias com sabor ou odor, estímulos sobre as mucosas, a pele, etc.) agem sobre os órgãos dos sentidos, estimulando os diversos receptores e, assim, produzindo as sensações.
Define-se sensação como o fenômeno elementar gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados, originados fora ou dentro do organismo, que produzem alterações nos órgãos receptores, estimulando-os.
Piéron (1996) define percepção como a tomada de conhecimento sensorial de objetos ou de fatos exteriores mais ou menos complexos.
A percepção diz respeito à dimensão propriamente neuropsicológica e psicológica do processo, à transformação de estímulos puramente sensoriais em fenômenos perceptivos conscientes.
A sensação é considerada, portanto, um fenômeno passivo; estímulos físicos (luz, som, pressão) ou químicos atuam sobre sistemas de recepção do organismo.
Já a percepção seria fenômeno ativo; o sistema nervoso e a mente do sujeito constroemum percepto por meio da síntese dos estímulos sensoriais, 
DELIMITAÇÃO DOS CONCEITOS
DE IMAGEM E DE REPRESENTAÇÃO
O elemento básico do processo de sensopercepção é a imagem perceptiva real, ou simplesmente imagem. A imagem se caracteriza pelas seguintes qualidades:
 Nitidez (a imagem é nítida, seus contornos são precisos) –
 Corporeidade (a imagem é viva, corpórea, tem luz, brilho e cores vivas)
 Estabilidade (a imagem percebida é estável, não muda de um momento para outro)
 Extrojeção (a imagem, provinda do espaço exterior, também é percebida neste espaço)
 Ininfluenciabilidade voluntária (o indivíduo não consegue alterar voluntariamente a imagem percebida)
 Completitude (a imagem apresenta desenho completo e determinado, com todos os detalhes diante do observador).
Representação é a reapresentação de uma imagem na consciência, sem a presença real, externa, do objeto que, em um primeiro momento, gerou uma imagem sensorial. se caracteriza por ser apenas uma revivescência de uma imagem sensorial determinada, sem que esteja presente o objeto original que a produziu
A imagem representativa ou mnêmica (representação) se caracteriza por:
 Pouca nitidez (os contornos, geralmente, são borrados)
 Pouca corporeidade (a representação não tem a vida de uma imagem real) Instabilidade (a representação aparece e desaparece facilmente do campo de consciência)
 Introjeção (a representação é percebida no espaço interno)
 Incompletude (a representação demonstra um desenho indeterminado, apresentando-se geralmente incompleta e apenas com alguns detalhes).
Alterações quantitativas
da sensopercepção
Nas alterações quantitativas, as imagens perceptivas têm intensidade anormal, para
mais ou para menos, configurando hiperestesias, hiperpatias, hipoestesias, anestesias e analgesias.
A hiperestesia, no sentido psicopatológico, é a condição na qual as percepções encontram-se anormalmente aumentadas em sua intensidade ou duração. Os sons são ouvidos de forma muito amplificada; um ruído parece um estrondo; as imagens visuais e as cores tornam-se mais vivas e intensas.
Denomina- se hiperpatia, no sentido neurológico, quando uma sensação desagradável (geralmente de queimação dolorosa) é produzida por um leve estímulo da pele. A hiperpatia ocorre tipicamente nas síndromes talâmicas.
Já a hipoestesia, no sentido psicopatológico, é observada em alguns pacientes depressivos, nos quais o mundo circundante é percebido como mais escuro; as cores tornam-se mais pálidas e sem brilho; os alimentos não têm mais sabor; e os odores perdem sua intensidade.
Por sua vez, as anestesias táteis implicam a perda da sensação tátil em determinada área da pele. Usa-se, com freqüência, o termo anestesia para indicar também analgesias (perda das sensações dolorosas) de áreas da pele e partes do corpo.
Parestesias são sensações táteis desagradáveis (embora não sentidas propriamente como dor), em geral espontâneas, descritas pelos pacientes como “formigamentos, adormecimentos, picadas, agulhadas ou queimação” mais ou menos intensas.
As disestesias táteis são sensações anômalas, em geral dolorosas, desencadeadas por estímulos externos; assim, ao estimular a pele do paciente com calor, este refere sensação de frio; e, após um leve roçar sobre a pele, refere dor (aqui, a disestesia assemelha-se à hiperpatia). As parestesias diferem das disestesias pelo fato de aquelas ocorrerem de forma espontânea e estas serem desencadeadas por estímulos externos.
Alterações qualitativas
da sensopercepção
As alterações qualitativas da sensopercepção são as mais importantes em psicopatologia.
Compreendem as ilusões, as alucinações, a alucinose e a pseudoalucinação.
O fenômeno descrito como ilusão se caracteriza pela percepção deformada, alterada, de um objeto real e presente. Na ilusão, há sempre um objeto externo real, gerador do processo de sensopercepção, mas tal percepção é deformada, adulterada, por fatores patológicos diversos como:
Rebaixamento do nível de consciência.
Fadiga grave ou inatenção marcante.
Estados afetivos
Tipos de ilusão 
As ilusões mais comuns são as visuais, nas quais o paciente geralmente vê pessoas, monstros, animais, entre outras coisas, a partir de estímulos visuais como móveis, roupas, objetos ou figuras penduradas nas paredes. 
Também não são raras as ilusões auditivas, nas quais, a partir de estímulos sonoros inespecíficos, o paciente ouve seu nome, palavras significativas ou chamamentos.
Alucinações
Define-se alucinação como a percepção de um objeto, sem que este esteja presente, sem o estímulo sensorial respectivo.
Alucinação é a percepção clara e definida de um objeto (voz, ruído, imagem) sem a presença do objeto estimulante real.
Alucinações auditivas
São o tipo de alucinação mais freqüente nos transtornos mentais. As alucinações auditivas podem ser divididas em simples e complexas (estas de maior interesse à psicopatologia).
Alucinações auditivas simples são aquelas nas quais se ouvem apenas ruídos primários. Elas são menos freqüentes que as alucinações auditivas complexas. O tinnitus, corresponde à sensação subjetiva de ouvir ruídos (em um ou nos dois ouvidos), tais como zumbidos, burburinhos, cliques, estalidos. Podem ser contínuos, intermitentes ou pulsáteis (nesse caso, o ruído ocorre em sincronia com os batimentos cardíacos).
A forma de alucinação auditiva complexa mais freqüente e significativa em psicopatologia é a alucinação audioverbal, na qual o paciente escuta vozes sem qualquer estímulo real. São vozes que geralmente o ameaçam ou insultam. Quase sempre a alucinação audioverbal é de conteúdo depreciativo e/ou de perseguição.
Em alguns casos, as vozes ordenam que o paciente faça isso ou aquilo (são as chamadas vozes de comando), podendo, inclusive, mandar que ele se mate. Às vezes, as vozes comentam as atividades corriqueiras do paciente, por exemplo, “olha, agora o João está indo beber água, agora ele vai lavar a mão...” (são as chamadas vozes que comentam a ação).
A sonorização do pensamento , muito próxima do eco do pensamento, é experimentada como a vivência sensorial de ouvir o pensamento, no momento mesmo em que este está sendo pensado (sonorização) ou de forma repetida, logo após ter sido pensado (como eco do pensamento).
Existem dois tipos básicos de sonorização ou eco do pensamento:
1. Sonorização do próprio pensamento.
2. Sonorização de pensamentos como vivência alucinatório-delirante.
Na publicação do pensamento, o paciente tem a nítida sensação de que as pessoas ouvem o que ele pensa no exato momento em que está pensando.
ALUCINAÇÕES MUSICAIS
Fenômeno curioso e intrigante, a alucinação musical é descrita como a audição de tons musicais, ritmos, harmonias e melodias sem o correspondente estímulo auditivo externo.
Alucinações visuais
São visões nítidas que o paciente experimenta, sem apresença de estímulos visuais. As alucinações visuais podem ser simples ou complexas.
 As alucinações visuais simples também são denominadas fotopsias. Nelas, o indivíduo vê cores, bolas e pontos brilhantes.
As alucinações visuais complexas ou configuradas incluem figuras e imagens de pessoas (vivas ou mortas, familiares ou desconhecidas), de partes do corpo (órgãos genitais, caveiras, olhos assustadores, cabeças disformes, etc.), de entidades (o demônio, uma santa, um fantasma), de objetos inanimados, animais ou crianças.
As alucinações visuais complexas podem incluir visões de cenas completas (p. ex., o quarto pegando fogo), sendo então denominadas alucinações cenográficas.

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