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Organização do sistema educacional de 1943 até 1982 Estado Novo (Leis de Capanema) Ensino primário (4 anos de duração) Exame de admissão Ensino Ginasial (4 anos) Ensino secundário (3 anos) Clássico ou científico. Curso superior (Vestibular apenas para quem tivesse ensino secundário completo) Ensino técnico Industrial, agrícola, comercial. Observações Sistema educacional do governo de Getúlio Vargas possuía um caráter dualista (divisão econômico-social do trabalho), a educação propedêutica se estendia até o curso superior e era destinada as camadas mais altas da sociedade, enquanto os mais pobres, que constituíam o contingente de trabalhadores ou não estudavam, ou possuíam apenas o curso primário. A classe média, por dispor de mais recursos financeiros tinha a condição de manter o curso ginasial ou até o mesmo o secundário. Lei de diretrizes e bases – Lei 4024/61 Ensino primário (4 anos de duração) Gratuito e obrigatório Exame de admissão Ensino Ginasial (4 anos) Ensino secundário (3 anos) Clássico ou científico. Curso superior (Vestibular liberado para todos que tivessem formação tanto técnica ou secundária) Ensino técnico Industrial, agrícola, comercial, e normal. Observações Estrutura e fluxo escolar permanece da mesma forma, com a inclusão do curso normal no ramo técnico e o oferecimento do ensino primário gratuito e obrigatório a todos. O vestibular passa a ser uma possibilidade para estudantes formados no ensino secundário e no ensino técnico. Nessa época também houve a popularização dos cursos pré vestibulares, já que os técnicos com foco numa formação mais finalista não se aprofundavam nos conteúdos exigidos no vestibular. Reforma da LDB – Lei 5692/71 Curso de 1° grau Junção do Primário e do Ginasial (8 anos de duração) Gratuito e obrigatório *Fim do Exame de Admissão Curso de 2º grau Oferecia formação geral e técnica. Curso superior (Vestibular liberado para todos que tivessem formação tanto técnica ou secundária) Observações Fim do exame de admissão*, e junção do primário com o ginasial, que se tornariam o Curso de 1º grau (8 anos). A partir de então haveria uma expansão na oferta de educação gratuita e obrigatória, entretanto com a desvinculação de recursos (Constituição Federal de 1967), essa expansão se demonstrou de forma precária. A função do professor seria proletarizada, com baixos salários e falta de incentivo, muitos tiveram de dobrar suas jornadas de trabalho. O que significou uma queda na qualidade da educação pública e o florescimento do ensino privado. O curso de 2º grau não cumpria sua função na maioria das escolas e acabava fornecendo uma formação mais enfraquecida, salvo exceção, em alguns colégios públicos em que se oferecia educação em período integral (alunos eram selecionados por meio um exame de admissão) e os colégios privados que focavam muito mais nos conteúdos necessários para o ingresso no ensino superior. Também foram instituídas as disciplinas de Educação Moral e Cívica (propaganda do governo ditatorial que acompanhava todos os níveis do 1º grau até o ensino superior) e Estudos Sociais (junção das matérias de geografia e história, o que enfraquecia muito o conteúdo). Reforma Universitária – Lei 5.540/68 - Contexto histórico: • Guerra Fria (Conflito ideológico entre dois blocos que buscavam a hegemonia mundial, sendo o bloco capitalista liderado pelos EUA e o bloco socialista pela URSS). • Maio de 68 – Revolta liderada por estudantes universitários e apoiada por trabalhadores sindicais, seu propósito era combater a opressão sexual e o conservadorismo. Após manifestantes e policiais se enfrentarem nas ruas e cerca de oito milhões de trabalhadores entraram em greve, o Presidente do país se viu obrigado a aumentar os salários dos trabalhadores e conceder novas eleições. - Demanda do movimento estudantil no Brasil: • Ampliação na oferta de vagas no ensino superior em Universidades Federais (expansão/cobertura para todos os estados) • Fim da Cátedra (Fim da indicação de sucessores para preenchimento da função) e instituição de concursos públicos de caráter classificatório a fim de renovar e modernizar o corpo docente. - A reforma: • O movimento estudantil e a comunidade acadêmica foram convidados para a “formulação” da reforma, a fim de dar legitimidade a mesma, o convite não foi acatado e a reforma foi sancionada de forma antidemocrática, sem passar pelo Congresso Nacional. • A expansão do ensino superior ocorreu por meio de incentivos para a iniciativa privada, como programas de financiamento (promoviam o endivamento desses estudantes) • Fim da cátedra e instituição de concursos públicos (candidatos que em tivessem algum vínculo com lutas sindicais ou qualquer tipo de organização política considerada contrária ao regime eram automaticamente eliminados) • Criação do sistema de créditos dentro da universidade (inscrição nas disciplinas de maneira que fosse possível conciliar os estudos com o trabalho) • Criação dos departamentos e eleição de reitores (pelo Presidente da República) • Falta da liberdade em sala de aula, professores e alunos considerados subversivos seriam silenciados. • Naquela época 70% das vagas de ensino superior eram ofertadas pela iniciativa privada.
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