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SISTEMA DE ENSINO
NOÇÕES DE 
CRIMINALÍSTICA 
Criminalística - Parte II
Livro Eletrônico
DOUGLAS DE ARAÚJO VARGAS
Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, apro-
vado em 6º lugar no concurso realizado em 
2013. Aprovado em vários concursos, como Po-
lícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agen-
te), PRF (Agente), Ministério da Integração, 
Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 
2012 e Oficial – 2017).
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
Criminalística – Parte II
Prof. Douglas Vargas
Da Requisição, da Perícia .............................................................................5
1. Introdução .............................................................................................5
2. Da Requisição de Perícia ..........................................................................5
3. Prazos para Elaboração do Exame e do Laudo Pericial ..................................7
4. Laudo Preliminar .....................................................................................7
5. Principais Perícias Elencadas no CPP ..........................................................8
5.1. Perícias de Laboratório ..........................................................................9
5.2. Perícias em Crimes contra o Patrimônio .................................................10
5.3. Avaliação Econômica e Contábil ............................................................11
5.4. Perícia de Incêndio .............................................................................12
5.5. Perícias Documentoscópicas ................................................................13
5.6. Exame de Eficiência em Objetos ...........................................................14
5.7. Autópsia e Necrópsia ..........................................................................15
5.8. Exame de Corpo de Delito ...................................................................16
5.9. Do Exame Propriamente Dito ...............................................................16
5.10. Observações Importantes ..................................................................18
6. Locais de Crime ....................................................................................19
6.1. Conceituação .....................................................................................19
6.2. Classificações do Local de Crime ..........................................................20
6.3. Isolamento e Preservação do Local de Crime ..........................................23
7. Da Cadeia de Custódia...........................................................................25
7.1. Conceito (Literatura) ..........................................................................25
7.2. Fases e Etapas ...................................................................................26
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Criminalística – Parte II
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7.3. Rastreabilidade ..................................................................................28
8. Portaria n. 82/2014, SNSP/MJ ................................................................30
Resumo ...................................................................................................40
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Criminalística – Parte II
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DA REQUISIÇÃO, DA PERÍCIA
1. Introdução
Agora você já conhece a natureza da criminalística, sua história e pressupostos. 
Com isso, já construiu a base conceitual necessária para analisar os aspectos mais 
objetivos do edital.
De agora em diante, apresentarei as previsões legais e determinações do CPP, 
além de algumas informações extraídas da literatura sobre perícia, sempre com o 
objetivo de que você compreenda, com clareza, cada instituto.
2. Da Requisição de Perícia
Em primeiro lugar, precisamos observar as competências da autoridade po-
licial (delegado de polícia), previstas no art. 6º do CPP. Algumas delas guardam 
direta relação com as solicitações de perícia:
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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
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Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial 
deverá:
I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação 
das coisas, até a chegada dos peritos criminais;
II – apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos 
criminais;
VII – determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer 
outras perícias;
VIII – ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fa-
zer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
Note, portanto, que antes que os peritos atuem, existe um dever da autoridade 
policial em tomar algumas medidas, tais como garantir a preservação do local e 
o estado das coisas, bem como determinar a realização de exame de corpo 
de delito e outras perícias que se fizerem necessárias.
Esse entendimento é importante, haja vista que demonstra, na prática, como a 
investigação e a criminalística andam lado a lado. Afinal de contas, no curso da 
investigação criminal, não raro haverá solicitação da prestação de diversas perícias 
para ajudar na elucidação do caso.
A competência legal para solicitar perícia é da autoridade policial (delegado de 
polícia).
Os examinadores costumam sugerir, em questões de prova, que outros servidores 
públicos da área de segurança pública (bombeiros, policiais militares, policiais ro-
doviários federais) podem solicitar perícia. Esse tipo de afirmação está incorreto, 
por força do art. 6º do CPP.
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Seguindo em frente, precisamos tratar dos prazos para elaboração do exame e 
do laudo pericial.
3. Prazos para Elaboração do Exame e do Laudo Pericial
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o 
que examinarem, e responderão aos quesitos formulados.
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo 
este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.
Uma vez que os peritos são acionados para realizar qualquer tipo deperícia (seja 
uma perícia laboratorial, como no caso da verificação da natureza de uma substân-
cia entorpecente, ou no caso de uma perícia de local de homicídio, por exemplo), 
devem tomar as medidas preliminares necessárias e, após isso, emitir um laudo.
Em regra, conforme preconiza o art. 160 do CPP, os peritos terão 10 dias para 
elaborar o referido laudo pericial, havendo possibilidade, em casos excepcionais, 
de prorrogação desse prazo.
Note que o CPP não determina quantas prorrogações são possíveis nem determina 
o prazo da prorrogação.
4. Laudo Preliminar
Apesar do que rege o art. 160 do CPP, é interessante notar que, em alguns ca-
sos excepcionais, um laudo preliminar acaba sendo necessário para possibilitar o 
correto andamento da persecução penal, principalmente no caso de prisões em 
flagrante.
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Vejamos, como exemplo, a seguinte situação:
Lei n. 11.343/2006, Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia 
judiciária fará, imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia 
do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e 
quatro) horas.
§ 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento 
da materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e 
quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.
No caso da Lei de Drogas, o art. 50 do diploma legal deixa claro que a lavratura 
do APF depende de um laudo que constate a natureza da droga, bem como sua 
quantidade, firmado por perito oficial ou por pessoa idônea.
Nesse caso, veja que o prazo de 10 dias para elaboração de laudo pericial invia-
bilizaria a lavratura do flagrante. É por isso que, nesses casos, é emitido o chama-
do laudo preliminar, o qual contém as informações básicas necessárias para que 
a autoridade policial proceda à lavratura do flagrante dentro dos ditames legais. 
Posteriormente, dentro do prazo do CPP, emite-se o laudo definitivo, utilizando-se 
de maior prazo para tal.
5. Principais Perícias Elencadas no CPP
O terceiro ponto que preciso abordar na aula de hoje se refere às “principais” 
perícias elencadas no CPP (as quais o examinador não se deu ao trabalho de arrolar 
de forma expressa quando elaborou o conteúdo programático do edital).
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5.1. Perícias de Laboratório
Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a 
eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com 
provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas.
As perícias de laboratório estão arroladas, pelo legislador, no art. 170. São pe-
rícias que necessitam de uma estrutura específica (eis a necessidade de um labo-
ratório) para chegar às conclusões relevantes para a investigação criminal (como é 
o caso, por exemplo, da perícia realizada para identificar a natureza de uma subs-
tância entorpecente).
Merece destaque a determinação legal de que os peritos devem guardar material 
suficiente para eventualidade de nova perícia.
Ademais, note que os laudos serão ilustrados sempre que conveniente. Nesse 
ponto, não há obrigatoriedade.
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5.2. Perícias em Crimes contra o Patrimônio
Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a sub-
tração da coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, 
indicarão com que instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o 
fato praticado.
Nos crimes contra o patrimônio, existem determinadas qualificadoras (como 
no caso de furto, por exemplo) que necessitam de perícia para sua comprovação. 
Nesse sentido, existe menção à atuação específica dos peritos para possibilitar a 
aplicação da norma, por meio dos exames periciais em crimes contra o patrimônio.
Para tornar a compreensão mais fácil, vejamos um exemplo:
Furto
Art. 155. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 4º A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I – com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
Para aplicar a qualificadora do furto realizado com destruição ou rompimento 
de obstáculo, não basta que a autoridade policial assim entenda que o delito foi 
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praticado. Será necessária a realização de uma perícia específica e a emissão do 
laudo constatando que houve efetivo rompimento de obstáculo para que a qualifi-
cadora possa ser aplicada.
5.3. Avaliação Econômica e Contábil
Art. 172. Proceder-se-á, quando necessário, à avaliação de coisas destruídas, deterio-
radas ou que constituam produto do crime.
Parágrafo único. Se impossível a avaliação direta, os peritos procederão à avaliação por 
meio dos elementos existentes nos autos e dos que resultarem de diligências.
Em alguns casos, será de grande relevância avaliar as coisas que constituem 
produto ou objeto de crime para que determinados atos possam ser praticados no 
âmbito da persecução penal e da cominação da pena ao acusado.
Exemplo: o magistrado pode necessitar da avaliação dos prejuízos causados por 
uma conduta delituosa no momento de realizar a dosimetria da pena que será apli-
cada ao acusado.
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Ademais, cada vez mais tem se tornado importante a realização de perícias con-
tábeis (como nos casos de crimes de corrupção e de crimes contra a administração 
pública em geral).
O mestre Renato Brasileiro nos ensina (em sua obra Manual de Direito Penal, p. 
689) que o exame pericial para avaliação do prejuízo causado pelo delito pode ser 
útil para aplicação do princípio da insignificância e para o reconhecimento de 
figuras delituosas nos crimes de furto e estelionato privilegiados.
5.4. Perícia de IncêndioArt. 173. No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver 
começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, 
a extensão do dano e o seu valor e as demais circunstâncias que interessarem à eluci-
dação do fato.
A próxima espécie de perícia elencada no CPP é a perícia de incêndio, especí-
fica para identificação da causa e do lugar em que o começou o incêndio. Veja que 
a perícia em questão abrange a extensão do dano, seu valor, e demais circuns-
tâncias interessantes à elucidação do fato.
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Segundo a literatura, esse exame pericial é de especial importância, pois é pe-
ça-chave para diferenciar entre a ocorrência de incêndio acidental, culposo ou 
mesmo intencional (doloso).
Embora os bombeiros sejam capazes de realizar estudos técnicos sobre incên-
dios e suas causas visando à prevenção da ocorrência de eventos dessa natureza, 
o exame pericial para elucidação de casos de incêndio é de competência dos pe-
ritos criminais.
5.5. Perícias Documentoscópicas
Art. 174. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, ob-
servar-se-á o seguinte:
I – a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato, 
se for encontrada;
II – para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita pessoa reco-
nhecer ou já tiverem sido judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre cuja 
autenticidade não houver dúvida;
III – a autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os documentos que 
existirem em arquivos ou estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a diligência, se 
daí não puderem ser retirados;
IV – quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os exibidos, 
a autoridade mandará que a pessoa escreva o que lhe for ditado. Se estiver ausente a 
pessoa, mas em lugar certo, esta última diligência poderá ser feita por precatória, em 
que se consignarão as palavras que a pessoa será intimada a escrever.
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O art. 174 se torna curioso quando nos lembramos de que o texto original do 
CPP foi redigido em meados de 1940, e que há quase 80 anos já havia um excelen-
te regramento sobre as perícias documentoscópicas.
Todas as previsões sobre reconhecimento de escritos previstas no art. 174 
ainda são perfeitamente aplicáveis em dias atuais (a despeito do enorme desenvol-
vimento tecnológico e procedimental que ocorreu durante essas quase oito décadas 
de atividade pericial).
Note que diversas competências no âmbito do reconhecimento de escritos de-
pendem da autoridade policial, e não do perito (como no caso da colheita de pa-
drões de comparação). Nesse sentido, é muito importante que você se familiarize 
com o texto do art. 174 e de seus incisos para não se confundir na hora da prova!
Ademais, é importante notar que a documentoscopia atual engloba várias 
modalidades, e que a perícia em escritos narrada no CPP é apenas uma delas.
5.6. Exame de Eficiência em Objetos
Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da infra-
ção, a fim de se lhes verificar a natureza e a eficiência.
Alguns delitos dependem de forma muito pesada da conclusão pericial para que 
se possa emitir um juízo adequado sobre a conduta do infrator.
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Exemplo: em algumas espécies de delitos que envolvem arma de fogo, é da mais 
absoluta necessidade determinar se o objeto apreendido possuía algum potencial 
lesivo ou se era meio completamente inidôneo para produzir um disparo.
É nesse sentido que o art. 175 regulamenta a perícia de eficiência em objetos, 
para que seja possível determinar, no caso concreto, o potencial lesivo e a natureza 
de uma determinada apreensão.
5.7. Autópsia e Necrópsia
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os pe-
ritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele 
prazo, o que declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do 
cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas 
permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para 
a verificação de alguma circunstância relevante.
A próxima modalidade de perícia está na autópsia e na necrópsia, modalidade 
de exame pericial realizado no cadáver com o objetivo de elucidar as causas da 
morte e de encontrar demais circunstâncias relevantes para a apuração de deter-
minada situação fática.
É importante destacar a concessão técnica realizada pelo legislador ao perito, para 
que este determine se há a necessidade de exame interno do cadáver.
Nesse sentido, caso o perito verifique que o exame externo é suficiente para pre-
cisar a causa da morte e que não há necessidade de exame interno para apuração 
de outras circunstâncias, poderá deixar de realizar este último.
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5.8. Exame de Corpo de Delito
Outro ponto relacionado ao estudo que estamos realizando está no chamado 
corpo de delito, cujo conceito é de fundamental importância para que possamos 
compreender os procedimentos em estudo (e cujo exame é um dos mais cobrados 
em prova).
Segundo Renato Brasileiro:
Corpo de delito é o conjunto de vestígios materiais ou sensíveis deixados pela infração 
penal.
Esse entendimento é importante para que você não se confunda em sua prova: 
corpo, aqui, não é necessariamente o corpo de alguém, mas, sim, o conjunto de 
vestígios que foram deixados para trás pelo delito.
Logo, se estamos diante de uma vítima de lesões corporais, é claro que o exame 
de corpo de delito será realizado na vítima (haja vista que os vestígios estão em 
seu próprio corpo).
Já numa situação mais ampla (como um delito de latrocínio, por exemplo), 
o corpo de delito estará espalhado em diversos outros vestígios, tais como a arma 
do crime, sinais de arrombamento, marcas de sangue, e por aí em diante.
5.9. Do Exame Propriamente Dito
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de 
delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando 
se tratar de crime que envolva:(Incluído dada pela Lei n. 13.721, de 2018)
I – violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela Lei n. 13.721, 
de 2018)
II – violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13721.htm#art1
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Uma das espécies de exame mais cobradas em prova é o exame de corpo de 
delito, que nada mais é do que aquele exame realizado quando as infrações penais 
deixam vestígios, de forma direta ou indireta.
Nesse sentido, vamos compreender o primeiro conceito primordial para nossa 
prova:
A maneira mais fácil de você não se confundir na hora da prova é memorizar o 
conceito de exame direto, e se lembrar de que o art. 167 do CPP admite a subs-
tituição do exame de corpo de delito (o qual, em regra, é obrigatório) pela prova 
testemunhal:
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os 
vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
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É comum que o examinador afirme que a confissão do acusado pode suprir a 
falta do exame de corpo de delito. Isso NÃO é verdade!
Ademais, para fins de um entendimento prático do assunto em estudo, é inte-
ressante conhecer alguns exemplos em que é necessário comprovar a materialida-
de da infração penal por meio do exame de corpo de delito:
• no caso do crime de venda de mercadoria em condições impróprias para o 
consumo;
• no caso de furto qualificado pelo rompimento de obstáculo;
• no caso de furto qualificado por escalada.
5.10. Observações Importantes
É importante notar que as ciências e a criminalística têm evoluído tecnologica-
mente de forma surpreendente, e que diversos exames periciais atualmente rea-
lizados pelos peritos não constam ou sequer são citados expressamente pelo CPP.
Nesse sentido, não há problema formal na realização de novos exames (não 
arrolados no Código) por parte da perícia, haja vista a competência do juiz em re-
alizar a livre apreciação da prova, nos termos do art. 155 do CPP:
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em 
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos ele-
mentos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não 
repetíveis e antecipadas.
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Com isso, é importante compreender que a literatura defende uma atualização 
no Código de Processo Penal, ou para incluir os novos tipos de perícia que vem 
sendo cada vez mais utilizados a cada dia, ou para atualizar o texto legal de forma 
genérica sobre a realização de outros tipos de perícia.
De todo modo, veja que essa informação está aqui mais para que você não se 
sinta confuso(a) na hora da prova. Como o examinador costuma sempre se preocu-
par com as perícias elencadas no Código de Processo Penal, dificilmente ingressará 
nesse mérito.
6. Locais de Crime
6.1. Conceituação
O conceito de local de crime é bastante variado, pois diversos autores apresen-
tam entendimentos levemente diferentes. Para garantir um estudo mais assertivo, 
utilizarei os conceitos mais populares utilizados por bancas de concursos.
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Para Carlos Kehdy, local de crime é:
Área onde ocorreu qualquer fato que reclame providências da polícia.
Já para o mestre Eraldo Rabelo, local de crime pode ser definido como:
A porção do espaço compreendida num raio em cuja origem encontra-se o ponto no 
qual é constatado o fato. Este se estende de modo a abranger todos os lugares em que, 
aparente, necessário ou presumidamente, hajam sido praticados – pelo criminoso ou 
criminosos – os atos materiais – preliminares ou posteriores – à consumação do delito, 
e com este diretamente relacionados.
E, finalmente, há o conceito de Alberi Espindula, segundo o qual:
Local de crime é toda área onde tenha ocorrido a prática da infração penal, podendo ser 
uma área interna, externa ou mista.
Embora diferentes e apresentando níveis de detalhamento variados, veja que 
todos os conceitos giram em torno da ideia de que o local de crime é uma área, 
uma porção de espaço onde um fato criminoso foi praticado e que possui relevância 
para a elucidação do delito.
Sabendo disso, podemos passar a analisar o próximo tópico do edital: as clas-
sificações do local de crime.
6.2. Classificações do Local de Crime
A primeira das classificações aplicáveis ao local de crime está relacionada à sua 
preservação, e tem uma relevância enorme para que a perícia seja idônea para 
comprovar determinados eventos.
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Quanto à preservação:
• Local não preservado: também chamado de local inidôneo ou de local vio-
lado, é aquele que sofreu alterações relevantes para impactar na elucidação 
da dinâmica dos fatos;
• Local preservado: também apelidado de local idôneo, é aquele que não so-
freu mudanças relevantes, de modo que pode ser analisado sem prejudicar 
a obtenção das conclusões pelos peritos. É importante notar que a literatura 
admite pequenas mudanças eventuais no local de crime, desde que se enten-
da que tais mudanças não prejudiquem a elucidação da dinâmica dos fatos 
em apuração.
Outras classificações: existem ainda outras três classificações inominadas 
que podem ser utilizadas em sua prova. As três guardam relação com característi-
cas do local de crime, e estão esquematizadas a seguir.
O local pode ser considerado:
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A segunda classificação se dá no seguinte sentido:
Essa segunda classificação é um pouco mais difícil de entender, e algumas ob-
servações devem ser realizadas. Em primeiro lugar, note que não há uma distinção 
objetiva, clara, entre local mediato ou imediato.
Não há uma distância exata que pode ser medida para que o perito possa di-
zer: “a partir desse local estamos diante do local de crime mediato”. A delimitação 
sempre dependerá do caso concreto, e de uma análise das circunstâncias, para se 
delimitar quais os locais serão considerados como imediatos e quais locais serão 
considerados como mediatos na dinâmica dos fatos.
Ademais, outro conceito que causa confusão está no local relacionado. Ao con-
trário do local mediato, o local relacionado não tem continuidade geográfica com 
o local imediato, mas é relevante para a elucidação dos fatos.
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Exemplo: conduta do criminoso que mata a vítima em seu quarto e leva o corpo 
para outro lugar. O quarto onde o homicídio foi perpetrado será o local imediato 
do crime. Já o local onde o corpo foi escondido será considerado um local relacio-
nado!
Por fim, a última classificação que precisamos estudar é a seguinte:
6.3. Isolamento e Preservação do Local de Crime
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial 
deverá:
I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação 
das coisas, até a chegada dos peritos criminais;
Conforme já estudamos no início da aula de hoje, a preservação do local de 
crime é uma das responsabilidades da autoridade policial.
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Além do art. 6º do CPP (o qual já conhecemos), há menção específica sobre a 
conservação do local do fato no art. 169, que definitivamente merece ser lido na 
íntegra:
Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a au-
toridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até 
a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou 
esquemas elucidativos.
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e 
discutirão, no relatório, as consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos.
É interessante notar que, de forma prática, é a primeira autoridade ou o primei-
ro agente da autoridade que chegar ao local que tomará as providências de isolar o 
local para sua preservação (seja esse agente integrante de qualquer força: Polícia 
Militar, Civil, Bombeiros etc.).
Segundo prevê a doutrina sobre o assunto, o isolamento pode utilizar diversos 
modos: fitas zebradas, cones e até mesmo posicionamento de viaturas ou dos pró-
prios agentes presentes no local.
Além disso, a literatura prevê que o isolamento deve ser o mais amplo possível.
Esse entendimento decorre do fato de que se deve buscar preservar o maior 
número possível de vestígios, da forma mais abrangente possível.
Exemplo: um delito de homicídio foi praticado em uma casa, mais especificamen-
te, no quarto da vítima. Se o isolamento se der unicamente no quarto (onde encon-
tra-se o corpo), diversos vestígios importantes podem ser perdidos. Por exemplo:
– arma do crime pode estar na garagem;
– podem existir cápsulas espalhadas pelo restante da residência;
– podem existir impressões dos calçados ou impressões digitais do autor em outros 
lugares nas proximidades que não sejam o próprio quarto da vítima (local imediato).
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7. Da Cadeia de Custódia
Outro ponto importante contido em nosso edital está na chamada cadeia de 
custódia.
Você já aprendeu que o princípio da cadeia de custódia guarda correlação direta 
com a documentação cronológica e adequada dos vestígios, com o objetivo de pre-
servar a validade da prova.
De agora em diante, compreenderemos esse instituto de forma mais completa, 
exatamente nos ditames do nosso edital.
7.1. Conceito (Literatura)
O conceito específico de cadeia de custódia não está presente no Código de Pro-
cesso Penal, o que atrapalha um pouco os nossos estudos. No entanto, podemos 
verificar alguns bons conceitos na literatura. Comecemos com o de Smith:
A cadeia de custódia contribui para manter e documentar a história cronológica da evi-
dência, para rastrear a posse e o manuseio da amostra a partir do preparo do recipiente 
coletor, da coleta, do transporte, do recebimento, da análise e do armazenamento. In-
clui toda a sequência de posse. (SMITH, 1990).
Para Watson, a cadeia de custódia:
É o processo pelo qual as provas estão sempre sob o cuidado de um indivíduo conhecido 
e acompanhado de um documento assinado pelo seu responsável, naquele momento.
Para facilitar o entendimento, pense da seguinte forma: quando o Judiciário for 
utilizar a prova para condenar (ou inocentar) um indivíduo, deve ter certeza da va-
lidade e integridade da prova.
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E, nesse sentido, como a prova deve ser íntegra, não pode ter sofrido adultera-
ções ou ter sido prejudicada desde a sua aquisição, que se inicia com a conservação 
de local realizada pela autoridade policial, até a sua colheita e análise pelos peritos.
E qual o instituto que busca garantir a legitimidade e a integridade das provas 
colhidas no local do crime? A cadeia de custódia, que é o processo realizado 
para documentar de forma organizada e cronológica o manuseio e a posse das 
evidências no âmbito do processo penal.
O respeito à documentação da prova e aos procedimentos realizados garantem 
a integridade da cadeia de custódia e, como consequência, a validade das provas 
para sua utilização para embasar a tomada de decisão pelo julgador.
7.2. Fases e Etapas
Para Chasin, a cadeia de custódia se divide em duas fases: externa e interna. 
De um modo bem simples:
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Outra classificação bastante importante sobre as fases e etapas da cadeia de 
custódia está na Portaria n. 82/2014 da Secretaria Nacional de Segurança Pú-
blica do Ministério da Justiça, a qual versa especificamente sobre as diretrizes e 
procedimentos no tocante à cadeia de custódia de vestígios.
A referida portaria tem diversos conceitos importantes sobre criminalística, ca-
deia de custódia e vestígios. Embora não tenha sido citada expressamente em nos-
so edital, é extremamente recomendável a realização de sua leitura (são apenas 
quatro artigos e dois anexos).
Falarei um pouco mais (e farei a transcrição dos pontos mais importantes da 
portaria) no próximo capítulo.
Seguindo com o conteúdo, a referida portaria divide a cadeia de custódia nas 
seguintes fases:
Segundo a referida norma, a fase externa se subdivide em:
• preservação do local de crime;
• busca do vestígio;
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• reconhecimento do vestígio;
• fixação do vestígio;
• coleta do vestígio;
• acondicionamento do vestígio;
• transporte do vestígio;
• recebimento do vestígio.
Já a fase interna se subdivide em:
• recepção e conferência do vestígio;
• classificação, guarda e/ou distribuição do vestígio;
• análise pericial propriamente dita;
• guarda e devolução do vestígio de prova;
• guarda de vestígios para contraperícia;
• registro da cadeia de custódia.
Veja que a classificação realizada pelo Ministério da Justiça se coaduna de for-
ma bastante adequada com o conceito doutrinário de Chasin (o qual é bem menos 
detalhado).
7.3. Rastreabilidade
Por fim, precisamos compreender o conceito de rastreabilidade contido em 
nosso edital.
A rastreabilidade nada mais é do que um dos objetivos da existência da cadeia 
de custódia, que está na possibilidade de verificar a origem e o percurso pelo qual 
os vestígios tramitaram até a produção do laudo pericial.
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A própria Portaria n. 82/2014 trata da rastreabilidade, instituindo a existência de 
um código de rastreamento. Vejamos os pontos mais importantes da norma. Em 
primeiro lugar, o conceito e o objetivo da cadeia de custódia e da rastreabilidade:
A cadeia de custódia é fundamental para garantir a idoneidade e a rastreabilidade dos 
vestígios, com vistas a preservar a confiabilidade e a transparência da produção da pro-
va pericial até a conclusão do processo judicial.
Em segundo lugar, há menção à rastreabilidade no conceito de cadeia de cus-
tódia contido na portaria do Ministério da Justiça:
Denomina-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para 
manter e documentar a história cronológica do vestígio, para rastrear sua posse e 
manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
Finalmente, há as etapas ou fases em que o rastreamento será realizado no 
âmbito da cadeia de custódia:
1.5. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas seguintes etapas:
a) reconhecimento: consiste no ato de distinguir um elemento como de potencial inte-
resse para a produção da prova pericial;
b) fixação: é a descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime 
ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, ilustrada por fotografias, fil-
magens e/ou croqui;
c) coleta: consiste no ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial 
respeitando suas características e natureza;
d) acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é emba-
lado de forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e 
biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizou 
a coleta e o acondicionamento;
e) transporte: consiste no ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando 
as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, etc.), de modo a garantir 
a manutenção de suas características originais, bem como o controle de sua posse;
f) recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio que deve ser documen-
tado com, no mínimo, as seguintes informações: número de procedimento e unidade 
de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou o vestígio, 
código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e 
identificação de quem recebeu;
g) processamento: é o exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a 
metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se 
obter o resultado desejado que deverá ser formalizado em laudo;
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h) armazenamento: é o procedimento referente à guarda, em condições adequadas, 
do material a ser processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou 
transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente;
i) descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação 
vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Seu professor é contra incluir trechos muito grandes de legislação no escopo das 
aulas, e só o faz quando é absolutamente necessário. Esse, infelizmente, é o caso 
do item 1.5 da portaria.
É muito importante que você faça a leitura das alíneas do item 1.5 da portaria, 
pois tratam de momentos do rastreamento que podem ser objeto de prova. Não há 
como fugir disso!
8. Portaria n. 82/2014, SNSP/MJ
Usualmente, quando se trata de algum tipo de portaria, decreto, lei, ou qual-
quer norma cuja leitura seja recomendável, costumo apenas sugerir a leitura e 
deixar que o(a) aluno(a) faça a busca da norma na internet.
Entretanto, a Portaria n. 82/2014 é difícil de encontrar, motivo pelo qual a in-
cluirei a seguir, para que você possa se preocupar unicamente com a leitura. O ob-
jetivo, aqui, é unicamente o de facilitar seus estudos.
Ressalto que, após o texto que será inserido a seguir, há a revisão do conteúdo 
da aula de hoje, bem como a apresentação do mapa mental.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA
DOU de 18/07/2014 (n. 136, Seção 1, pág. 42)
Estabelece as Diretrizes sobre os procedimentos a serem observados no tocante 
à cadeia de custódia de vestígios.
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Prof. Douglas VargasA SECRETÁRIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA DO MINISTÉRIO DA JUS-
TIÇA, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 45, do Anexo I, do Decreto 
n. 6.061, de 15 de março de 2007 e o art. 40, do Regimento Interno aprovado pela 
Portaria n. 1.821, de 13 de outubro de 2006, do Ministério da Justiça; e
considerando que a cadeia de custódia é fundamental para garantir a idonei-
dade e a rastreabilidade dos vestígios, com vistas a preservar a confiabilidade e a 
transparência da produção da prova pericial até a conclusão do processo judicial;
considerando que a garantia da cadeia de custódia confere aos vestígios certifi-
cação de origem e destinação e, consequentemente, atribui à prova pericial resul-
tante de sua análise, credibilidade e robustez suficientes para propiciar sua admis-
são e permanência no elenco probatório; e
considerando a necessidade de instituir, em âmbito nacional, a padronização da 
cadeia de custódia, resolve:
Art. 1º Ficam estabelecidas, na forma do Anexo I desta Portaria, Diretrizes 
sobre os procedimentos a serem observados no tocante à cadeia de custódia de 
vestígios.
Art. 2º A observância da norma técnica mencionada no artigo anterior passa a 
ser de uso obrigatório pela Força Nacional de Segurança Pública.
Art. 3º O repasse de recursos pela Secretaria Nacional de Segurança Pública 
para fortalecimento da perícia criminal oficial nos Estados e no Distrito Federal le-
vará em conta a observância da presente norma técnica.
Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
ANEXO I
DIRETRIZES SOBRE CADEIA DE CUSTÓDIA
1. Da cadeia de custódia
1.1. Denomina-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos uti-
lizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio, para rastrear 
sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
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1.2. O início da cadeia de custódia se dá com a preservação do local de crime e/
ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência 
de vestígio.
1.3. O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse 
para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.
1.4. A busca por vestígios em local de crime se dará em toda área imediata, 
mediata e relacionada.
1.5. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas seguintes 
etapas:
a) reconhecimento: consiste no ato de distinguir um elemento como de poten-
cial interesse para a produção da prova pericial;
b) fixação: é a descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local 
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, ilustrada por 
fotografias, filmagens e/ou croqui;
c) coleta: consiste no ato de recolher o vestígio que será submetido à análise 
pericial respeitando suas características e natureza;
d) acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é 
embalado de forma individualizada, de acordo com suas características físicas, quí-
micas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de 
quem realizou a coleta e o acondicionamento;
e) transporte: consiste no ato de transferir o vestígio de um local para o outro, 
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, etc.), de 
modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem como o con-
trole de sua posse;
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f) recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio que deve ser 
documentado com, no mínimo, as seguintes informações: número de procedimento 
e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem trans-
portou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, 
protocolo, assinatura e identificação de quem recebeu;
g) processamento: é o exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo 
com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, 
a fim de se obter o resultado desejado que deverá ser formalizado em laudo;
h) armazenamento: é o procedimento referente à guarda, em condições ade-
quadas, do material a ser processado, guardado para realização de contraperícia, 
descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente;
i) descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legis-
lação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
2. Das etapas da cadeia de custódia
2.1. As etapas da cadeia de custódia se distribuem nas fases externa e interna.
2.2. A fase externa compreende todos os passos entre a preservação do local 
de crime ou apreensões dos elementos de prova e a chegada do vestígio ao órgão 
pericial encarregado de processá-lo, compreendendo, portanto:
a) preservação do local de crime;
b) busca do vestígio;
c) reconhecimento do vestígio;
d) fixação do vestígio;
e) coleta do vestígio;
f) acondicionamento do vestígio;
g) transporte do vestígio;
h) recebimento do vestígio.
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2.3. A fase interna compreende todas as etapas entre a entrada do vestígio no 
órgão pericial até sua devolução juntamente com o laudo pericial, ao órgão requi-
sitante da perícia, compreendendo, portanto:
a) recepção e conferência do vestígio;
b) classificação, guarda e/ou distribuição do vestígio;
c) análise pericial propriamente dita;
d) guarda e devolução do vestígio de prova;
e) guarda de vestígios para contraperícia;
f) registro da cadeia de custódia.
3. Do manuseio do vestígio
3.1. Na coleta de vestígio deverão ser observados os seguintes requisitos mínimos:
a) realização por profissionais de perícia criminal ou, excepcionalmente, na falta 
destes, por pessoa investida de função pública, nos termos da legislação vigente;
b) realização com a utilização de equipamento de proteção individual (EPI) e 
materiais específicos para tal fim;
c) numeração inequívoca do vestígio de maneira a individualizá-lo.
3.2. O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado pela na-
tureza do material, podendo ser utilizados: sacos plásticos, envelopes, frascos e 
caixas descartáveis ou caixas térmicas, dentre outros.
3.3. Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração indi-
vidualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e idoneidade do vestígio durante 
o transporte.
3.4. O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas características, 
impedir contaminação e vazamento, ter grau de resistência adequado e espaço 
para registro de informações sobre seu conteúdo.
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3.5. Todos os vestígios coletados deverão ser registrados individualmente em 
formulário próprio no qual deverão constar, no mínimo, as seguintes informações:
a) especificação do vestígio;
b) quantidade;
c) identificação numérica individualizadora;
d) local exato e data da coleta; e. órgão e o nome /identificação funcional do 
agente coletor;
f) nome /identificação funcional do agente entregador e o órgão de destino 
(transferência da custódia);
g) nome /identificação funcional do agente recebedor e o protocolo de recebi-
mento; h. assinaturas e rubricas;
i) número de procedimento e respectiva unidade de polícia judiciária a que o 
vestígio estiver vinculado.
3.6. O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise e, 
motivadamente, por pessoas autorizadas.
3.7. Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de acompa-
nhamento de vestígio o nome e matrícula do responsável, a data, o local, a finali-
dade, bem como as informações referentes ao novo lacre utilizado.
3.8. O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo recipiente.
4. Da central de custódia
4.1. Todas as unidades de perícia deverão ter uma central de custódia desti-
nada à guarda e controle dos vestígios. A central poderá ser compartilhada entre 
as diferentes unidades de perícia e recomenda-se que sua gestão seja vinculada 
diretamente ao órgão central de perícia.
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4.2. Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverá ser proto-
colada, consignando-se informações sobre a ocorrência/ inquérito que a eles se 
relacionam.
4.3. Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser 
identificadas e deverá ser registrada data e hora do acesso.
4.4. Quando da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações deverão ser 
registradas, consignando-se a identificação do responsável pela tramitação, desti-
nação, data e horário da ação.
4.5. O procedimento relacionado ao registro deverá:
a) ser informatizado ou através de protocolos manuais sem rasuras;
b) permitir rastreamento do objeto/vestígio (onde e com quem se encontra) e 
a emissão de relatórios;
c) permitir a consignação de sinais de violação, bem como descrevê-los;
d) permitir a identificação do ponto de rompimento da cadeia de custódia com 
a devida justificativa (responsabilização);
e) receber tratamento de proteção que não permita a alteração dos registros 
anteriormente efetuados, se informatizado. As alterações por erro devem ser edi-
tadas e justificadas;
f) permitir a realização de auditorias.
5. Das disposições gerais
5.1. As unidades de polícia e de perícia deverão ter uma central de custódia que 
concentre e absorva os serviços de protocolo, possua local para conferência, recep-
ção, devolução de materiais e documentos, possibilitando a seleção, classificação 
e distribuição de materiais. A central de custódia deve ser um espaço seguro, com 
entrada controlada, e apresentar condições ambientais que não interfiram nas ca-
racterísticas do vestígio.
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5.2. O profissional de perícia poderá devolver o vestígio em caso de não con-
formidade entre o conteúdo e sua descrição, registrando tal situação na ficha de 
acompanhamento de vestígio.
5.3. Enquanto o vestígio permanecer na Delegacia de Polícia deverá ser manti-
do em embalagem lacrada em local seguro e apropriado a sua preservação. Nessa 
situação, caso haja necessidade de se abrir o lacre para qualquer fim, caberá à 
Autoridade Policial realizar diretamente a abertura ou autorizar formalmente que 
terceiro a realize, observado o disposto no item 3.7.
ANEXO II
GLOSSÁRIO
Agente Público: todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem re-
muneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de 
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública.
Área Imediata: área onde ocorreu o evento alvo da investigação. É a área em 
que se presume encontrar a maior concentração de vestígios relacionados ao fato.
Área Mediata: compreende as adjacências do local do crime. A área intermediá-
ria entre o local onde ocorreu o fato e o grande ambiente exterior que pode conter 
vestígios relacionados ao fato sob investigação. Entre o local imediato e o mediato 
existe uma continuidade geográfica.
Área Relacionada: é todo e qualquer lugar sem ligação geográfica direta com o 
local do crime e que possa conter algum vestígio ou informação que propicie ser 
relacionado ou venha a auxiliar no contexto do exame pericial.
Código de Rastreamento: trata-se de um conjunto de algarismos sequenciais 
que possui a capacidade de traçar o caminho da história, aplicação, uso e localiza-
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ção de um objeto individual ou de um conjunto de características de um objeto. Ou 
seja: a habilidade de se poder saber através de um código numérico qual a identi-
dade de um objeto e as suas origens.
Contraperícia: nova perícia realizada em material depositado em local seguro 
e isento que já teve parte anteriormente examinada, originando prova que está 
sendo contestada.
Contraprova: resultado da contraperícia.
Equipamento de Proteção Individual (EPI): Todo dispositivo ou produto, de uso 
individual, destinado à redução de riscos à integridade física ou à vida dos profis-
sionais de segurança pública.
Ficha de Acompanhamento de Vestígio: é o documento onde se registram as 
características de um vestígio, local de coleta, data, hora, responsável pela coleta 
e demais informações que deverão acompanhar o vestígio para a realização dos 
exames.
Lacre: meio utilizado para fechar uma embalagem que contenha algo sob con-
trole, cuja abertura somente poderá ocorrer pelo seu rompimento. Ex.: lacres plás-
ticos, lacre por aquecimento, fitas de lacre e etiqueta adesiva.
Pessoa Investida de Função Pública: indivíduo em relação ao qual a Administra-
ção confere atribuição ou conjunto de atribuições.
Preservação de Local de Crime: manutenção do estado original das coisas em 
locais de crime até a chegada dos profissionais de perícia criminal.
Profissionais de Perícia Criminal: profissionais que atuam nas diversas áreas da 
perícia criminal, como médicos legistas, peritos criminais, papiloscopistas e técni-
cos de perícia.
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Vestígio: é todo objeto ou material bruto, de interesse para elucidação dos fa-
tos, constatado e/ou recolhido em local de crime ou em corpo de delito e que será 
periciado.
Ufa! Pronto.
A aula de hoje foi densa! Parabéns por ter chegado até aqui. Vamos revisar?
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RESUMO
Requisição de perícia: a competência legal para solicitar perícia é da autori-
dade policial (delegado de polícia).
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial 
deverá:
I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação 
das coisas, até a chegada dos peritos criminais;
VII – determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer 
outras perícias;
Prazos para elaboração do exame e do laudo pericial: os peritos elabo-
rarão o laudo pericial, no qual descreverão minuciosamente o que examinarem, 
e responderão aos quesitos formulados.
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo 
este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.
Note que o CPP não determina quantas prorrogações são possíveis nem deter-
mina o prazo da prorrogação.
Laudo preliminar: em alguns casos excepcionais, um laudo preliminar acaba 
sendo necessário para possibilitar o correto andamento da persecução penal, prin-
cipalmente no caso de prisões em flagrante.
Exemplo: art. 50 da Lei de Drogas (Lei n. 11.343/2006).
Veja sobre as principais perícias elencadas no CPP.
Perícias de laboratório:
Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a 
eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com 
provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas.
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Merece destaque a determinação legal de que os peritos devem guardar mate-
rial suficiente para eventualidade de nova perícia.
Perícias em crimes contra o patrimônio:
Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a sub-
tração da coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, 
indicarão com que instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o 
fato praticado.
Avaliação econômica e contábil:
Art. 172. Proceder-se-á, quando necessário, à avaliação de coisas destruídas, deterio-
radas ou que constituam produto do crime.
Parágrafo único. Se impossível a avaliação direta, os peritos procederão à avaliação por 
meio dos elementos existentes nos autos e dos que resultarem de diligências.
Perícia de incêndio: no caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lu-
gar em que houver começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para 
o patrimônio alheio, a extensão do dano e o seu valor e as demais circunstâncias 
que interessarem à elucidação do fato.
Embora os bombeiros sejam capazes de realizar estudos técnicos sobre incên-
dios e suas causas visando à prevenção da ocorrência de eventos dessa natureza, 
o exame pericial para elucidação de casos de incêndio é de competência dos peritos 
criminais.
Perícias documentoscópicas: previstas no art. 174 CPP e seus incisos.
Note que diversas competências no âmbito do reconhecimento de escritos de-
pendem da autoridade policial, e não do perito (como no caso da colheita de pa-
drões de comparação). Nesse sentido, é muito importante que você se familiarize 
com o texto do art. 174 e de seus incisos para não se confundir na hora da prova!
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Exame de eficiência em objetos:
Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da infra-
ção, a fim de se lhes verificar a natureza e a eficiência.
Autópsia e necrópsia:
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os pe-
ritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele 
prazo, o que declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do 
cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas 
permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para 
a verificação de alguma circunstância relevante.
É importante destacar a concessão técnica realizada pelo legislador ao perito, 
para que este determine se há a necessidade de exame interno do cadáver.
Exame de corpo de delito: é o conjunto de vestígios materiais ou sensíveis 
deixados pela infração penal.
Previsão legal do exame de corpo de delito:
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de 
delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Exceção expressa na legislação:
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os 
vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
Espécies de exames de corpo de delito:
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É comum que o examinador afirme que a confissão do acusado pode suprir a 
falta do exame de corpo de delito. Isso não é verdade!
Local de crime: é toda área onde tenha ocorrido a prática da infração penal, 
podendo ser uma área interna, externa ou mista.
Classificações do local de crime:
• Local não preservado: também chamado de local inidôneo ou de local vio-
lado, é aquele que sofreu alterações relevantes para impactar na elucidação 
da dinâmica dos fatos;
• Local preservado: também apelidado de local idôneo, é aquele que não so-
freu mudanças relevantes, de modo que pode ser analisado sem prejudicar 
a obtenção das conclusões pelos peritos. É importante notar que a literatura 
admite pequenas mudanças eventuais no local de crime, desde que se enten-
da que tais mudanças não prejudiquem a elucidação da dinâmica dos fatos 
em apuração.
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Outras classificações:
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Isolamento e preservação do local de crime: a preservação do local de cri-
me é uma das responsabilidades da autoridade policial.
Cadeia de custódia: contribui para manter e documentar a história cronológi-
ca da evidência, para rastrear a posse e o manuseio da amostra a partir do preparo 
do recipiente coletor, da coleta, do transporte, do recebimento, da análise e do ar-
mazenamento. Inclui toda a sequência de posse.
Fases e etapas:
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A fase externa se subdivide em:
• preservação do local de crime;
• busca do vestígio;
• reconhecimento do vestígio;
• fixação do vestígio;
• coleta do vestígio;
• acondicionamento do vestígio;
• transporte do vestígio;
• recebimento do vestígio.
A fase interna se subdivide em:
• recepção e conferência do vestígio;
• classificação, guarda e/ou distribuição do vestígio;
• análise pericial propriamente dita;
• guarda e devolução do vestígio de prova;
• guarda de vestígios para contraperícia;
• registro da cadeia de custódia.
Rastreabilidade: nada mais é do que um dos objetivos da existência da cadeia 
de custódia, que está na possibilidade de verificar a origem e o percurso pelo qual 
os vestígios tramitaram até a produção do laudo pericial.
Portaria n. 82/2014, SNSP/MJ: não se esqueça de fazer a leitura da portaria!
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Perícias elencadas no CPP Requisição de perícia
Cadeia de custódia
Classificação do local do crime
Criminalística
Perícias de laboratório Competência da autoridade policial
Possui duas fases (externa e interna)
Preservado e não preservado
Perícias em crimes contra o patrimônio Prazo para elaboração do laudo é de 10 dias
Visa garantir o rastreamento e integridade das provas
Ermo, imóvel, móvel, concorrido e contíguo
Perícias de avaliação econômica ou contábil Prazo pode ser prorrogado
Imediato, mediato ou relacionado
Perícias de incêndio Em alguns casos, é possível a elabora-
ção de laudo preliminar
Etapas compreendem desde a 
obtenção do vestígio até seu 
tratamento em laboratório
Interno, externo ou misto
Perícias documentoscópicas
Exames de eficiência
Autópsia/necrópsia
Exames de corpo de delito
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	Da Requisição, da Perícia
	1. Introdução
	2. Da Requisição de Perícia
	3. Prazos para Elaboração do Exame e do Laudo Pericial
	4. Laudo Preliminar
	5. Principais Perícias Elencadas no CPP
	5.1. Perícias de Laboratório
	5.2. Perícias em Crimes contra o Patrimônio
	5.3. Avaliação Econômica e Contábil
	5.4. Perícia de Incêndio
	5.5. Perícias Documentoscópicas
	5.6. Exame de Eficiência em Objetos
	5.7. Autópsia e Necrópsia
	5.8. Exame de Corpo de Delito
	5.9. Do Exame Propriamente Dito
	5.10. Observações Importantes
	6. Locais de Crime
	6.1. Conceituação
	6.2. Classificações do Local de Crime
	6.3. Isolamento e Preservação do Local de Crime
	7. Da Cadeia de Custódia
	7.1. Conceito (Literatura)
	7.2. Fases e Etapas
	7.3. Rastreabilidade
	8. Portaria n. 82/2014, SNSP/MJ
	Resumo
	AVALIAR 7:

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