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Técnicas e Materiais de Construção II Aula 01 – Agregados Agregados: conceito É um material particulado, sem forma e volume definidos, geralmente inertes, de dimensões e propriedades adequadas para uso em obras de engenharia. Agregados: Classificações Agregados: Classificações • Quanto à origem: • Mineral Natural : substâncias inorgânicas de ocorrência natural que já são encontrados na natureza sob a forma de agregados. • São derivados de rochas de diversos tipos. Ex.: areias, pedregulhos, seixos rolados, arenito, granito, diorito, basalto, etc. Agregados: Classificações • Quanto à origem: • Artificiais : aqueles que necessitam de um trabalho de afeiçoamento pela ação do homem, a fim de chegar à situação de uso como agregado (areias e pedras obtidas por moagem de fragmentos maiores). Ex.: argila, folhelho expandido, cinzas volantes, escórias de alto-forno, resíduos de construção e demolição. Agregados: Classificações • Quanto à densidade ou massa específica aparente: • Leves: < 1120 kg/m3 Ex.: pedra-pomes, vermiculita, argila expandida; O peso leve do agregado se deve à sua microestrutura celular ou altamente porosa Os agregados leves naturais são produzidos pela britagem de rochas ígneas vulcânicas, como pedra- pomes, escória ou tufo. Os agregados leves artificiais são produzidos por tratamento térmico de vários materiais como argilas, folhelho, ardósia, diatomita, perlita, vermiculita, escória e cinza volante. Agregados: Classificações • Agregados Leves: • Leves: 80 a 90kg/m3 Mais porosos, mais leves, portanto mais frágeis (Concretos isolantes e não estruturais). • Relativamente Leves: 1120 a 1920kg/m3 Leves relativamente menos porosos (Concretos Estruturais) fck seja no mínimo 17MPa. (ACI 213R-03). É recomendado pela ASTM C 330 que: Agregado leve miúdo e graúdos não excedam 1120kg/m³ e 880kg/m³, respectivamente. Agregados: Classificações • Quanto à densidade ou massa específica aparente: • Leves: < 1120 kg/m3 Ex.: pedra-pomes, vermiculita, argila expandida; • Normais: 1500 e 2400 kg/m3 Ex.: areia, seixos, pedra britada; • Pesados: barita, magnetita, limonita. Agregados: Classificações • Quanto à densidade ou massa específica aparente: • Leves: < 1120 kg/m3 Ex.: pedra-pomes, vermiculita, argila expandida; • Normais: 1500 e 2400 kg/m3 Ex.: areia, seixos, pedra britada; • Pesados: > 2900 kg/m3 Ex.: barita, magnetita, limonita. Agregado • Agregado de Escória de Alto-forno: • Acontece pelo resfriamento lento da escória de alto-forno em moldes de ferro. • Ele pode variar sua massa específica entre 2000 e 2800kg/m³(escórias mais acidas) ou 1120 e 1360Kg/m³ (escórias básicas) entre agregados estruturais leves e normais. • Utilizados na fabricação de elementos pré- moldados de concreto, blocos de alvenaria, canais e mourões de cercas. https://www.google.com/url?sa=i&url=http%3A%2F%2Frepositorio.roca.utfpr.edu.br%2Fjspui%2Fbitstream%2F1%2F13499%2F1%2FFB_CEMMA_I_2019_02.pdf&psig=AOvVaw1s-odOK9W135z-6Lc2ZTGr&ust=1613223767158000&source=images&cd=vfe&ved=0CA0QjhxqFwoTCNj68IS95O4CFQAAAAAdAAAAABAD Agregado • Agregado de Concreto reciclado • Resíduos de Construção e Demolição (RCD) • Composto por: concreto, argamassa, material cerâmico e rochas, também pode estar contaminado por gesso, asfalto, metal, madeira, papel, plástico. • O agregado reciclado é obtido através da britagem e peneiramento da fração mineral do RCD. • O teor de argamassa residual presente do agregado do resíduo de concreto varia entre 23 e 55% dependendo do tamanho do ARC*. • Os ARC possuem densidade menor e maior porosidade, maior taxa de absorção de água, superfície mais rugosa. Agregado • Agregado de Concreto reciclado • Segundo Vasquez e Gonçalves, com a utilização de 20% ou menos de agregado do resíduo de concreto (ARC) as propriedades mecânicas do concreto continuam as mesmas. Diferenças das propriedades do concreto reciclado comparadas ao concreto com agregado natural utilizando a mesma relação a/c e 100% de substituição de agregado. Fonte: Marinkovi, S. B. et al.,Innovative Materials and Techniques in Concrete Construction, M.N. Fardis, ed., Springer, London, p.379, 2012. Requisitos para agregado reciclado e concreto estrutural reciclado Fonte: Mehta, Monteiro, 2014. WO – Concreto com cura normal que se mantém seco durante a utilização. WF – Concreto que durante o uso é frequentemente molhado ou molhado por longos períodos. Agregados: Aplicações • Argamassas e concretos • Drenos • Lastros de ferrovias Concreto Lastro de ferrovias Drenos Agregados: Aplicações • Gabiões • Base para pavimentação Gabiões Base para pavimentação Agregados: Finalidades no uso em concreto • Econômicas: Valores de 2010 Agregados: Finalidades no uso em concreto • Técnicas: • Minimiza a retração; • Minimiza o calor de hidratação; • Aumenta a resistência à abrasão. Agregados: Finalidades no uso em concreto • Volume: • 55 a 70% do volume total Obtenção dos Agregados Obtenção dos Agregados: naturais • A extração de areia pode ser realizada estando seca (em minas) ou molhada (de rios) Obtenção dos Agregados: britas • A extração de britas ocorre em pedreiras. Obtenção dos Agregados: britas • A extração de britas ocorre em pedreiras. Termos • Agregado miúdo: material passante na # nº 4 (4,8 mm) • Agregado graúdo: material retido # nº 4 Agregados: Ensaios Ensaios envolvidos: Granulometria • Granulometria: O ensaio é feito por peneiramento, onde o material é passado por um série de peneiras ordenadas com aberturas decrescentes. Agregados: Classificações Agregados: Classificações • Quanto ao produto de britagem: BRITA DIÂMETRO MÍNIMO (mm) DIÂMETRO MÁXIMO (mm) 0 4,8 9,5 1 9,5 19,0 2 19,0 25,0 3 25,0 50,0 • Para concreto armado a escolha granulométrica baseia-se no fato de que o tamanho da brita não deve exceder 1/3 da menor dimensão da peça a ser concretada. As mais utilizadas são as britas número 1 e 2. • As britas são comercializadas de acordo com seu diâmetro máximo, sendo classificadas: • BRITA CORRIDA • É a mistura de britas, sem classificação prévia, com pó de pedra, onde todos os tamanhos estão misturados. • BGS (BRITA GRADUADA SIMPLES) • É uma mistura em usina, de produtos de britagem de rocha sã o que, nas proporções adequadas, resulta no enquadramento em uma faixa granulométrica contínua que, corretamente compactada, resulta em um produto final com propriedades adequadas de estabilidade e durabilidade. Agregados - Aplicações • CASCALHO OU PEDRA-DE-MÃO • É o agregado com grãos de maiores dimensões sendo retidos na peneira 76 mm (pode chegar até a 250 mm). Utilizados normalmente na confecção de concreto ciclópico e calçamentos. Agregados - Aplicações Agregados miúdos Agregados miúdos: Definição (granulometria) • Entende-se por agregado miúdo normal ou corrente, a areia natural de quatzo ou o pedrisco resultante do britamento de rochas estáveis, com tamanhos de partículas tais que no máximo 15% ficam retidos na peneira de abertura de malha quadrada igual a 4,8mm. Agregados miúdos: Umidade e absorção • Capacidade de absorção é definida como a quantidade total de água necessária para levar um agregado da condição seca em estufa à condição SSS. • Absorção efetiva é definida como a quantidade de água para levar um agregado seco ao ar para SSS. • Umidade Superficial é a quantidade de água que vai além da condição SSS. Esses dados são necessários para corrigir as proporções de água e de agregado em misturas de concreto produzidas com materiais estocados. Agregados miúdos: Inchamento • A água livre aderente aos grãos provoca afastamento entre eles, do que resulta o inchamento do conjunto. Esse inchamento, depende da composição granulométrica e do grau de umidade, sendo maior para as areias finas que apresentam maior superfície específica. • O inchamento máximo ocorre para teores de umidadede 4% a 6%. • O inchamento altera o volume de areia a ser usada quando a produção de concreto é feita por volumes de agregados. Agregados miúdos: Módulo de finura e dimensão máxima característica • Dimensão máxima característica (DMC): é a abertura da peneira em que ficar retida, acumulada, uma porcentagem igual ou imediatamente inferior a 5%. Serve para verificar se um agregado tem tamanho adequado para ser utilizado em concreto de elementos estruturais de determinadas dimensões. Causa influência sobre a trabalhabilidade e custo. Agregados com granulometrias mais contínuas produzem as misturas mais trabalháveis e econômicas. Quanto maior a DMC, menor será a área superficial por unidade de volume que deve ser coberta pela pasta de cimento. Agregados miúdos: Módulo de finura e dimensão máxima característica • Dimensão máxima característica (DMC): é a abertura da peneira em que ficar retida, acumulada, uma porcentagem igual ou imediatamente inferior a 5%. Serve para verificar se um agregado tem tamanho adequado para ser utilizado em concreto de elementos estruturais de determinadas dimensões. • O módulo de finura (MF) é a soma das porcentagens retidas acumuladas, dividida por 100. Serve para classificar os agregados e como informação em alguns métodos de dosagem. Classificação das areias pelo módulo de finura (M.F.) Quanto mais alto for o módulo de finura, mais graúdo é o agregado. Agregados miúdos: Módulo de finura e dimensão máxima característica Excluindo o Fundo Agregados miúdos: Areias artificiais • As areias artificiais, são obtidas por moagem de fragmentos de rocha. As melhores areias artificiais são as que provêm de granito e pedras com grande proporção de sílica. As areias provenientes de basalto apresentam, em geral, muitos grãos em forma de placa ou agulha, que irão produzir argamassas ásperas, geralmente as menos trabalháveis. • Outro inconveniente, que pode ser grave, é a existência de elevados teores de material pulverulento. Agregados: Substâncias Deletérias • São aquelas que aparecem como componentes minoritários tanto no agregado graúdo como no miúdo. • Afetam a trabalhabilidade, a pega, endurecimento, durabilidade do concreto. • Material pulverulento: É constituído de partículas de argila (<0,002 mm) e silte (0,002 mm a 0,006 mm). Prejudicam a trabalhabilidade e a aderência pasta/agregado. Agregados: Substâncias Deletérias • Impurezas orgânicas: As impurezas orgânicas da areia, normalmente formadas por partículas de húmus, exercem uma ação prejudicial sobre a pega e o endurecimento das argamassas e concretos. Também provocam decomposição da pasta, eflorescências e manchas no concreto. • Reações álcali-agregado (RAS) • As matérias primas usadas na fabricação do Cimento Portland possuem fontes de álcalis. Dependendo do teor de álcalis de um cimento o ph pode sofrer alteração. • Alcalinidade do cimento Portland deve ser menor que 0,6%. • Agregados reativos: Opala, calcedônia, cristobalita, tridimita, chert, andesita, riolito, dolomito, dacitos etc. https://pt.wikipedia.org/wiki/Rea%C3%A7%C3%A 3o_%C3%A1lcali-agregado Agregados: Substâncias Deletérias • Sulfetos de Ferro: • Quando presentes em alguns agregados causam uma reação expansiva. No ambiente saturado de cal do concreto de cimento Portland, os sulfetos podem se oxidar e causar ataque por sulfato no concreto e corrosão nas armaduras. • Contaminantes: marcassita, gipsita, sulfato de magnésio, de sódio ou potássio. http://sasolucoes.com.br/ataque-do-concreto-por-sulfatos/ Agregados graúdos Agregados graúdos: Definição Brita 0 9,5 - 4,8 mm Brita 1 19 - 9,5 mm Brita 2 25 - 19 mm Brita 3 50 - 25 mm Brita 4 76 - 50 mm Brita 5 100 - 76 mm Agregado graúdo f≥ 4,8 mm. Agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 75mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 4,75mm, em ensaio realizado de acordo com a ABNT NBR NM 248 (composição granulométrica). Exemplo: seixo rolado, brita e argila expandida. Esses fragmentos são retidos na peneira com abertura de 4,8 mm. Agregados graúdos: Formato dos grãos • Os grãos dos agregados podem ser arredondados (seixos rolados), ou de forma angular e de arestas vivas com faces mais ou menos planas (pedra britada). Fonte: Apostila de Solos (Gil Carvalho Paulo de Almeida, 2005) Agregados graúdos: Formato dos grãos • Arredondados: Esta forma geométrica dos agregados graúdos tem grande importância com fator de qualidade dos concretos. Sob esse aspecto, a melhor forma é a que se aproxima da esfera, para os seixos, e do cubo com as três dimensões espaciais da mesma ordem de grandeza, para as britas. • Favorecem a trabalhabilidade • Geram menos vazios entre os grãos e possibilitam a • produção de concreto com menos cimento https://pt.slideshare.net/davidgrubba/04-agregados-para-concreto Agregados graúdos: Formato dos grãos • Angulares: • Prejudicam a trabalhabilidade • Geram mais vazios entre os grãos e exigem maior consumo de cimento no concreto • Aumento do custo Agregados graúdos: Classificação quanto à dimensão • Os grãos classificam-se em: • Normais : quando todas as dimensões tem a mesma ordem de grandeza. • Lamelares: quando há grande variação na ordem de grandeza das três dimensões, podendo ser: alongados, quadráticos (cúbicos) ou planos (lamelar) Normal Lamelar Agregados graúdos: Resistência e durabilidade • Os agregados devem provir de rochas inertes, isto é, sem ação química sobre os aglomerantes e inalteráveis ao ar, à água ou às variações de temperatura. Agregados graúdos: Índices de boa qualidade • Tendo-se em vista ser a resistência do concreto, função do seu constituinte mais fraco, segue-se que o agregado graúdo deve ter resistência maior que a argamassa e características que não a prejudiquem. Ensaios envolvidos: umidade De acordo com o teor de umidade, podemos considerar o agregado nos seguintes estados: • seco em estufa, na qual toda a umidade, externa e interna, foi eliminada por um aquecimento a 100 oC ; • seco ao ar, quando não apresenta umidade superficial, tendo, porém, umidade interna, sem estar, todavia, saturada; • saturado com superfície seca, quando a superfície não apresenta água livre ,estando, porém, cheios dela os vazios permeáveis das partículas dos agregados; • saturado, quando apresenta água livre na superfície. Ensaios envolvidos: umidade • Ensaio Método da frigideira Método Speedy Método da estufa https://www.youtube.com/watch?v=fO SWMppAuu4 https://www.youtube.com/watch?v=fOSWMppAuu4 Referências: • Apresentação: Materiais de Construção (TC-031) – AGREGADOS, Universidade Federal do Paraná, Prof. José de Almendra Freitas Jr. • MEHTA, P. Kumar; MONTEIRO, Paulo J. M. Microestrutura, Propriedades e Materiais. 2.ed. IBRACON: São Paulo, 2014.
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