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Resumo - Ratzel e Antropogeografia

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ - UEPA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO - CCSE
NÚCLEO UNIVERSITÁRIO DE CASTANHAL
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM GEOGRAFIA
DISCLIPLINA: HISTÓRIA DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO
DOCENTE: PROF. MSC. DENISON DA SILVA FERREIRA
DISCENTE: LEOMAR SILVA CHAGAS NETO, 20161603178
“Ratzel e a Antropogeografia” (CAP V). In: MORAES, Antônio Carlos Robert de. Geografia: Pequena História Crítica. Annablume, 1990.
RESUMO
Quem foi Friedrich Ratzel? O que foi essa antropogeografia que ele propôs? Em que contexto histórico e o que levou ele a ter essa linha de pensamento? São essas e outras perguntas que o capitulo V do livro “Geografia: Pequena História Crítica” (Annablume, 1990) tenta (e consegue) esclarecer.
Vamos primeiro ao contexto histórico. Uma Alemanha com uma unificação tardia, com uma política cultural nacionalista (características que recebeu do prussianismo) e com um certo “atraso social”. O desenvolvimento interno desse país alimentava, de certa forma, um expansionismo latente, que tinha o propósito de sempre anexar novos territórios. Ou seja, com o conhecimento em relação ao espaço em grande alta, era uma grande forma de fazer geografia.
E é aí que surge Ratzel. Sua Geografia expressava claramente um elogio ao imperialismo. Na sua principal obra, ele definiu o método de estudo da geografia (influência da natureza sobre a humanidade) e afirmou que essa natureza atuaria também, no processo de expansão de um povo e também no processo de mistura desse povo. A natureza poderia agir acelerando ou atrasando ambos os processos. Ratzel também afirma que o homem deve ter um contato mais íntimo com a natureza e, para isso, devia usar mais os seus recursos. Ele também criou o conceito de “espaço vital”, que era uma proporção entre uma população e os recursos para suprir as necessidades dessa população.
Através dessa geografia, surgiram várias frentes de estudo. Porém, em relação a método, essa geografia de Ratzel não teve muitos avanços, já que ele continuou com a ideia da Geografia como ciência empírica, e seus procedimentos de análise seriam a observação e a descrição. Resumindo: Ratzel teve uma visão naturalista. Um exemplo disso é quando ele reduziu o homem a um animal, e quando ele propôs uma Geografia do homem, ele a estendeu como uma Geografia natural.
E os discípulos de Ratzel? Eles radicalizaram as colocações de seu “mestre”, o que foi denominado doutrina do “determinismo geográfico”. O problema foi que eles falam muito que “o homem é produto do meio”, diferente de Ratzel que, como se sabe, falava em influências. Os principais foram Ellen Semple, que relacionou relevo e religião e Elsworth Huntington, que tinha uma ideia de determinismo invertido. As ideias de Ratzel também se manifestaram na constituição da Geopolítica, que Karl Haushofer, que era um general alemão, deu a essa geopolítica um caráter totalmente bélico, e a definiu como parte de estratégia militar, coisa que existe até os dias de hoje.
Então, a ideia principal do capítulo foi mostrar as contribuições das obras e dos pensamentos de Ratzel para a evolução do pensamento geográfico e até fora dele (como a sua tese “ambientalista”, que foi bastante apoiada na Ecologia) e também como suas ideias foram seguidas e estudadas (e também descartadas e esquecidas) pelos seus seguidores.

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