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Sinais vitais

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Lara Fernandes Silva – Enfermagem e obstetrícia UFRJ 
 Os sinais vitais são indicadores das condições de 
saúde da pessoa e revelam o seu estado geral. 
 As medidas fisiológicas que se configuram como 
elementos chaves na avaliação do estado físico 
das funções vitais são: temperatura, pulso, 
respiração, pressão arterial e dor. 
DIRETRIZES PARA AFERIÇÃO DOS SINAIS VITAIS 
 Oriente a criança e o familiar sobre a importância 
de aferição dos sinais vitais; 
 Explique à criança e ao familiar a técnica de 
aferição; 
 Promova um ambiente calmo, tranquilo e 
acolhedor para a criança e família; 
 Aqueça as mãos antes de tocar a criança; 
 Conheça a história clínica da criança; 
 Tente controlar os fatores ambientais que 
possam influenciar nos sinais vitais; 
 Estabeleça a frequência de aferição conforme 
necessidade da criança; 
 Certifique-se da adequação dos equipamentos; 
 Em situação de alteração, repetir a aferição, ou 
solicite a outro colega que o faça, caso haja 
dúvidas. 
TEMPERATURA 
 É a medida do conteúdo de calor no corpo de um 
indivíduo, ou seja, é o grau de intensidade de 
calor; 
 O hipotálamo é o nosso termostato. Mantém o 
equilíbrio entre produção e perda de calor. 
MECANISMOS DE PERDA DE CALOR 
 Evaporação: é a perda de calor durante a 
conversão do estado líquido para o gasoso; 
 Condução: contato direto com superfícies frias; 
 Radiação: Transferência de calor para superfícies 
frias no ambiente que não está em contato com a 
pele da criança; 
 Convecção: perda de calor através do movimento 
do ar passando pela superfície da pele. 
FATORES QUE INTERFEREM NA TEMPERATURA 
 Idade: RNs e crianças são mais instáveis; 
 Exercícios: aumentam o metabolismo; 
 Hormônios: mulheres têm mais variação de 
temperatura que homens (ovulação, 
climatério etc); 
 Estresse: aumenta o metabolismo; 
 Ambiente. 
LOCAIS PARA AFERIÇÃO DA TEMPERATURA 
 Oral, axilar, timpânica e retal; 
 Nascimento – 2 anos de idade: axilar e retal; 
 2-5 anos de idade: axilar, timpânica, retal e oral; 
 Mais de 5 anos: oral, axilar e timpânica. 
MATERIAL NECESSÁRIO PARA AFERIÇÃO DA 
TEMPERATURA 
 Termômetro digital, de preferência; 
 Relógio de ponteiro (se utilizar o termômetro de 
coluna de mercúrio); 
 Algodão; 
 Álcool 70%; 
 Papel e caneta. 
TÉCNICA PARA AFERIÇÃO DA TEMPERATURA 
 Lavar as mãos; 
 Orientar quanto ao procedimento; 
 Realizar a desinfecção do termômetro com álcool 
70%; 
 Colocar o bulbo no termômetro na prega axilar 
em conato com a pele, apoiando o braço da 
criança no tórax; 
 Manter o termômetro na axila por 5 minutos; 
 Retirar o termômetro pela haste; 
 Realizar nova desinfecção; 
Sinais vitais 
Prof. Thiago – Saúde da Comunidade 
Lara Fernandes Silva – Enfermagem e obstetrícia UFRJ 
 Guardar material. 
VALORES DE TEMPERATURA 
 
 Temperatura axilar: 35,9ºC a 36.9ºC (BRETAS, et 
al, 2012) 
 Temperatura axilar: 36.4ºC a 37.5ºC (BRASIL, 
2012) 
 Temperatura axilar: 7 anos – 36.8ºC; 9/11 anos – 
36.7ºC (WONG, 2014) 
PULSO 
 Medida indireta do débito cardíaco. Corresponde 
ao batimento que se percebe em uma artéria, 
referindo-se as contrações sistólicas cardíacas. 
 Uma pulsação anormalmente baixa, rápida ou 
irregular pode indicar incapacidade do coração 
em promover um débito adequado. 
 Ritmo: regular ou irregular; 
 Intensidade: fraco ou forte; 
 Frequência: bradisfigmia, taquisfigmia. 
FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR A PULSAÇÃO 
 Exercícios físicos; 
 Febre; 
 Dor; 
 Drogas; 
 Emoções; 
 Hemorragias; 
VALORES DO PULSO/FREQUÊNCIA CARDÍACA 
 
 
 
 
MATERIAL NECESSÁRIO PARA AFERIÇÃO DO PULSO 
 Relógio de ponteiro; 
 Papel; 
 Caneta; 
TÉCNICA DE AFERIÇÃO DO PULSO/FREQUÊNCIA 
CARDÍACA 
 Higienizar as mãos; 
 Aquecer as mãos antes de tocar a criança; 
 Orientar a criança e o familiar quanto ao 
procedimento; 
 Colocar a criança em posição confortável, sentado ou 
deitado, porém sempre com o braço apoiado; 
 Utilizar os dedos indicador e médio sobre a artéria e 
palpar suavemente a artéria escolhida; 
 Sentir as pulsações através da polpa digital; 
 Contar a pulsação durante um minuto (60 segundos); 
 Se necessário repetir a contagem; 
 Deixar a criança confortável; 
 Higienizar as mãos; 
Lara Fernandes Silva – Enfermagem e obstetrícia UFRJ 
 Realizar as anotações de enfermagem no prontuário 
da criança. 
RESPIRAÇÃO/FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA 
 A avaliação da respiração baseia-se no 
reconhecimento dos movimentos torácicos e 
abdominais normais. 
 Na respiração regular, não se usa músculos 
acessórios: intercostais, pescoço e ombros. 
 Em lactentes, observe os movimentos abdominais. 
 Ritmo: regular e irregular. 
FATORES QUE INTERFEREM NA RESPIRAÇÃO 
 Idade; 
 Doenças crônicas; 
 Estresse; 
 Posição; 
 Exercícios; 
 Drogas; 
VALORES DE REFERÊNCIA PARA RESPIRAÇÃO 
(MS, 2012) 
 0 – 2 meses: até 60 mrpm. 
 2 – 11 meses: até 50 mrpm. 
 12 meses – 5 anos: até 40 mrpm. 
 6 – 8 anos: até 30 mrpm. 
 Acima de 8 anos: até 20 mrpm. 
VALORES DE REFERÊNCIA PARA RESPIRAÇÃO 
(BRETA, ET AL; 2012) 
 4 – 10 anos: 25 mrpm. 
 10 – 14 anos: 20 mrpm. 
VALORES DE REFERÊNCIA PARA RESPIRAÇÃO 
(WONG, 2014) 
 4 anos: 23 mrpm; 
 6 anos: 21 mrpm; 
 8 anos: 20 mrpm; 
 10 anos: 19 mrpm; 
 12 anos: 19 mrpm; 
 14 anos: 18 mrpm; 
 16 anos: 17 mrpm. 
MATERIAL NECESSÁRIO PARA AFERIÇÃO DA 
RESPIRAÇÃO 
 Relógio de ponteiro; 
 Papel; 
 Caneta. 
TÉCNICA PARA AFERIÇÃO DA RESPIRAÇÃO 
 Lavar as mãos; 
 Explicar o procedimento e posicionar a criança de 
forma confortável; 
 Simular aferição do pulso; 
 Contar FR por um minuto; 
 Registrar valor. 
NOMENCLATURAS UTILIZADAS NAS ALTERAÇÕES 
DA RESPIRAÇÃO 
 Eupneia: FR normal; 
 Dispneia: aumento do esforço respiratório; 
 Apneia: interrupção da respiração; 
 Bradipneia: FR lenta e regular; 
 Taquipneia: FR rápida e regular; 
 Ortopneia: melhoria do padrão respiratório 
quando sentado. 
PRESSÃO ARTERIAL 
 A pressão arterial corresponde a medida da força 
do sangue bombeado pelo coração contra a 
parede das artérias. 
 É representada pela pressão arterial sistólica e 
pela pressão arterial distólica. Ex: 120x80 mmHg 
(PA sistólica 120 mmHg; PA diastólica 80 mmHg). 
FATORES QUE PODEM ALTERAR A PRESSÃO 
ARTERIAL 
 Hemorragia; 
 Dor; 
 Insuficiência renal crônica; 
 Drogas; 
 Hormônios; 
 Ansiedade; 
 Estresse. 
 
Lara Fernandes Silva – Enfermagem e obstetrícia UFRJ 
 
VALORES DE REFERÊNCIA 
 
MATERIAL NECESSÁRIO PARA AFERIÇÃO DA PA 
 Estetoscópio; 
 Esfigmomanômetro; 
 Álcool 70% e algodão; 
 Papel e caneta. 
PREPARO DO PACIENTE 
 Explicar o procedimento ao paciente e deixa-lo 
em repouso de 3 a 5 minutos em ambiente 
calmo. Deve ser instruído a não conversar 
durante a medição. Possíveis dúvidas devem ser 
esclarecidas antes ou depois do procedimento. 
 Certificar-se de que o paciente/criança NÃO: 
- Está com a bexiga cheia; 
- Praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos; 
- ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos; 
- Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos; 
- Fumou nos 30 minutos anteriores. 
 Posicionamento: 
- O paciente/criança deve estar sentado(a), com pernas 
descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na 
cadeira e relaxado; 
- O braço deve estar na altura do coração, apoiado, com a 
palma da mão voltada para cima e as roupas não devem 
garrotear o membro. 
ETAPAS PARA REALIZAÇÃO DA MEDIÇÃO DA PA 
 Determinar a circunferência do braço no ponto 
médio entre acrômio e olecrano; 
 Selecionar o manguito de tamanho adequado ao 
braço (a largura da braçadeira do maguito deve 
ser aproximadamente 40% da circunferência do 
braço. O comprimento deve cobrir de 80 a 100% 
da circunferência do braço); 
 Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm 
acima da fossa cubital; 
 Centralizar o meio da parte compressivado 
maguito sobre a artéria braquial; 
 Estimular o nível da PAS pela palpação do pulso 
radial; 
 Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar 
a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem 
compressão excessiva; 
 Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg 
o nível estimado da PAS obtido pela palpação; 
 Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 
mmHg por segundo); 
 Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som 
(fase I de Korotkoff) e, após, aumentar 
ligeiramente a velocidade de deflação; 
 Determinar a PAD no desaparecimento dos sons 
(fase V de Korotkoff); 
 Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do 
último som para confirmar seu desaparecimento 
e depois proceder à deflação rápida e completa; 
 Se os batimentos persistirem até o nível zero, 
determinar a PAD no abafamento dos sons (fase 
IV de Korotkoff) e anotar valores da PAS/PAD. 
 Realizar pelo menos duas medições, com 
intervalo em torno de um minuto; 
 Medir a pressão em ambos os braços na primeira 
consulta e usar o valor do braço onde foi obtida a 
maior pressão como referência; 
 Informar o valor de PA obtido para o paciente. 
DEFINIÇÃO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM 
CRIANÇA 
 Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” 
e o braço em que a PA foi medida; 
 Crianças e adolescentes são considerados 
hipertensos quando PAS e/ou PAD forem 
superiores ao percentil (p) 95, de acordo com 
idade, sexo e percentil de altura, em pelo menos 
Lara Fernandes Silva – Enfermagem e obstetrícia UFRJ 
três ocasiões distintas. Define-se como pré 
hipertensão quando a PAS/PAD é maior ou igual a 
p 90 e menor que p 95; e maior ou igual a 120/80 
mmHg e < p 95 em adolescentes. 
DOR 
 A dor é definida pela Associação Internacional 
para o Estudo da Dor (IASP) (1979,2008) 
como uma experiência sensorial e emocional 
desagradável, associada ou relacionada à 
lesão real ou potencial dos tecidos, sendo 
sempre subjetiva e descrita pelos indivíduos 
mediante suas experiências. 
 Nocicepção: processo neural de codificação e 
processamento de estímulos nocivos. É uma 
sensação. 
 Dor: é a percepção dessa sensação. 
AVALIAÇÃO DA DOR 
 Dimensões que podem ser avaliadas: intensidade, 
localização, duração e qualidades. 
 Medidas na avaliação da dor: auto relato, 
observação comportamental e medidas 
fisiológicas.

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