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PREFEITURA MUNICIPAL DE PARANAGUÁ Secretaria Municipal de Educação e Ensino Integral MATERIAL DE COMPLEMENTAÇÃO ESCOLAR – SEMEDI/2020 CADERNO DE ATIVIDADES Alex Rubber Stamp Alex Rubber Stamp Alex Rubber Stamp Alex Rubber Stamp Alex Text Box SETOR PEDAGÓGICO - SME Alex Text Box 9° ANO Alex Rubber Stamp Alex Text Box Língua Portuguesa PREFEITURA MUNICIPAL DE PARANAGUÁ Secretaria Municipal de Educação e Ensino Integral MATERIAL DE COMPLEMENTAÇÃO ESCOLAR – SEMEDI/2020 Queridos pais e/ou responsáveis: Com a nova realidade que acomete o mundo (o novo Coronavírus), a Rede Municipal de Educação de São João da Ponte precisou suspender momentaneamente as suas aulas. No entanto, a SME, preocupada com a aprendizagem dos alunos durante este período de distanciamento do ambiente escolar, lança o Caderno de Atividades “Fica em Casa... Estudando!!!” para que nossos alunos não se afastem dos estudos neste momento em que o distanciamento social se faz de extrema necessidade. Este caderno, não apenas traz atividades aos alunos, como traz também um foco muito importante,o de conscientizar alunos e toda comunidade, a respeito do COVID-19 (Coronavírus). Segundo dados atualizados, metade dos alunos do mundo, encontram-se fora das escolas, totalizando mais de 1 bilhão de estudantes em 115 países, desde a Educação Infantil até o Ensino Superior, por causa da proliferação da COVID-19, doença causada por esse agente patogênico.** ** fonte: https://brasil.elpais.com/internacional/2020-03-06/quase-300-milhoes-de-alunos-ja-foram-afetados-pelo-fechamento-de- escolas-por-conta-do-coronavirus.html SME-PEDAGOGICO Text Box SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - SETOR PEDAGÓGICO SME-PEDAGOGICO Text Box Com carinho, EQUIPE PEDAGÓGICA -SME Alex Rubber Stamp Alex Text Box Queridos Pais, Alunos e Responsáveis, CORONAVIRUS UM PROBLEMA MEU E SEU! www.ensinandocomcarinho.com.br Alex Rubber Stamp Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19). Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa. A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1. O que é coronavírus? (COVID-19) www.ensinandocomcarinho.com.br Alex Rubber Stamp O que você precisa saber e fazer para prevenir o contágio? Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir. Evitar o contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão. www.ensinandocomcarinho.com.br Alex Rubber Stamp Evite aglomerações se estiver doente. Procure postos de saúde se não estiver se sentindo bem. www.ensinandocomcarinho.com.br Alex Rubber Stamp Lave as mãos com água e sabão. Desinfete suas mãos usando álcool em gel. www.ensinandocomcarinho.com.br Alex Rubber Stamp Não compartilhe objetos pessoais. Mantenha os ambientes bem ventilados. www.ensinandocomcarinho.com.br Alex Rubber Stamp Como é feito o tratamento do coronavírus? Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano. No caso do coronavírus é indicado repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como, por exemplo: • Uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos). • Uso de umidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garanta e tosse. www.ensinandocomcarinho.com.br Alex Rubber Stamp Quais são os sintomas do coronavírus? • Febre. • Tosse. • Dificuldade para respirar. www.ensinandocomcarinho.com.br Alex Rubber Stamp ATUALIDADE – CORONAVÍRUS CORONAVÍRUS: O QUE SABEMOS E O QUE ESPERAR DA NOVA INFECÇÃO RESPIRATÓRIA Especialistas explicam o que é o novo coronavírus, originário de Wuhan (China), quais seus sintomas e o risco de ele ser transmitido no Brasil Por Diogo Sponchiato, André Biernath access_time28 jan 2020, 11h43 - Publicado em 24 jan 2020, 14h41 Um novo vírus que ataca o sistema respiratório e se espalhou a partir da região de Wuhan, na China, preocupa o planeta. Ele pertence à família dos coronavírus, um grupo que reúne desde agentes infecciosos que provocam sintomas de resfriado até outros com manifestações mais graves, como os causadores da Sars (sigla em inglês para Síndrome Respiratória Aguda Grave) e da Mers (Síndrome Respiratória do Oriente Médio). “Falamos de uma ampla família de vírus, que acometem praticamente todas as espécies, de répteis a mamíferos”, contextualiza o infectologista Celso Granato, do Fleury Medicina e Saúde. De acordo com as investigações ainda em andamento, o novo coronavírus, que afeta mais de 2700 pessoas e matou pelo menos 80 até o momento, pode ter origem em serpentes ou morcegos — inclusive se especula que a ingestão de um desses animais teria originado o surto. Apesar de um estudo chinês ter encontrado uma relação do novo coronavírus com cobras, não existe consenso entre os cientistas sobre a origem da doença. Muitos apostam que outro animal possa estar envolvido com o início do problema na China. O fato é que coronavírus diferentes podem sofrer mutações e se recombinar, dando origem a agentes inéditos. Pulando entre espécies animais (os hospedeiros), eles eventualmente chegam aos seres humanos. “É um processo que tem semelhanças com o que acontece na gripe. Na gripe suína, um porco pegou o vírus de aves e, na recombinação de vírus diferentes dentro do animal, surgiu um H1N1 que conseguiu passar para os seres humanos“, explica Granato. Tudo leva a crer que o novo coronavírus tenha sido originalmente transmitido para o ser humano de um animal e ainda em esteja em processo de evolução e adaptação. “Embora a transmissão de uma pessoa para outra já tenha sido detectada, até agora não está clara a importância da transmissão interhumana”, diz a infectologista Lígia Pierrotti, do laboratório Delboni Auriemo. Seguindo o padrão dos coronavírus, e a perspectiva de o agente aperfeiçoar sua propagação entre os humanos, existem algumas vias principais de transmissão. De acordo com o pneumologista Elie Fiss, professor titular da Faculdade de Medicina do ABC, os coronavírus normalmente são transmitidos pelo ar, por meio de tosse ou espirro, contato pessoal próximo ou com objetos e superfícies contaminadas. Pesquisadores e autoridades de saúde estão mobilizados em entender melhor o comportamento desse agente infeccioso e evitar sua disseminação geral. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (ainda) não decretou uma emergência global. Mesmo assim, o Brasil e outras nações deram início a um plano de vigilância e contenção de casos suspeitos — por ora não há episódios confirmados por aqui. O número de vítimas na China fez soar o alerta, sobretudo para o risco de pneumonia e insuficiência respiratória em pessoas mais velhas e que já tenham outras doenças. “O novo coronavírus causa, em geral, sintomas respiratórios mais leves que os da Sars e da Mers e os sinais clínicos mais referidos são febre e tosse. Até o momento, a letalidade também é menor que a associada a Sars e Mers“, relata Lígia. Um estudo com uma família infectada pelo novo coronavírus sugere que é possível que ele permaneça no corpo sem manifestar sintomas. Isso dificultaria o controle, uma vez que esse agente infeccioso poderia ser transmitido por pessoas aparentementesaudáveis. Todos os casos da doença têm relação direta com os territórios chineses acometidos, que inclusive já foram isolados. Por aqui, episódios suspeitos já são investigados A primeira medida de prevenção é evitar viajar a Wuhan e região, bem como a cidades que possam vir a alojar surtos. Se inevitável, os médicos Elie Fiss e Celso Granato aconselham algumas medidas básicas de proteção, que inclusive se aplicam a outros agentes infecciosos transmitidos pelo ar e por gotículas de saliva: Evite aglomerações e contato próximo com outras pessoas; Cubra o nariz e a boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar (e descarte o material em local adequado); Lave as mãos a cada duas horas e principalmente após passar por estabelecimentos ou transportes públicos; Procure não tocar olhos, nariz e boca; Não compartilhe copos, toalhas e objetos de uso pessoal; Dependendo do local, compre e use máscaras que cobrem boca e nariz. Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/o-que-e-coronavirus/ ATIVIDADES 1) Qual é o gênero do texto lido? ( a ) Sinopse. ( b ) Propaganda. ( c ) Crônica. ( d ) Notícia. 2) O vírus retratado na notícia lida, ataca qual sistema do corpo humano? ( a ) Cardiovascular. ( b ) Digestório. ( c ) Respiratório. ( d ) Locomotor. 3) O coronavírus se espalhou em qual país asiático? ( a ) China . ( b ) Arábia Saudita. ( c ) Coreia do Sul. ( d ) Japão. 4) O que significa as siglas: a) Sars: __________________________________________________________________ b) Mers: __________________________________________________________________ 5) De acordo com o infectologista Celso Granato, de quais animais pode ter sido desenvolvido deste vírus? __________________________________________________________________________ 6) Assinale ( V ) para verdadeiro e ( F ) para falso: ( ) Assim como a gripe suína, onde o vírus foi disseminado através de um hospedeiro (o porco), acredita-se que o coronavírus também possui a origem semelhante. ( ) A transmissão do vírus de uma pessoa para outra ainda não foi detectada. ( ) De acordo com o pneumologista Elie Fiss, os coronavírus normalmente são transmitidos pelo ar, por meio de tosse ou espirro. ( ) Apenas o Brasil e outras nações deram início a um plano de vigilância e contenção de casos suspeitos ( ) Todos os casos da doença ocorreram em diversas regiões do mundo, exceto nos territórios chineses. 7) Qual é a principal medida de prevenção? ( a ) Não sair de casa. ( b ) Comprar e use máscaras que cobrem boca e nariz. ( c ) Abortar os hábitos de higiene. ( d ) Evitar viajar a Wuhan e região. 8) Cite duas medidas básicas de proteção: __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ https://brasilescola.uol.com.br/geografia/coreia-sul.htm 2LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ Prezado(a) Aluno(a), seja bem-vindo(a) ao 9.º Ano! Receba este ano como um presente: inteirinho para você viver! Será, certamente, um ano de muito aprendizado e de mudanças. Este caderno de apoio pedagógico foi organizado especialmente para você! O desejo é que a leitura, cada vez mais competente, se torne o seu instrumento de estudo e de prazer durante este ano letivo... e pela vida afora. Nas próximas páginas, há textos de diferentes gêneros. E vários assuntos – tempo, sonhos, identidade, memória... Há também propostas de escrita para que você, cada vez mais, se aproprie da língua portuguesa e se assuma autor. O primeiro texto é um poema. Como você responderia ao questionamento feito na primeira estrofe? Ou então: o que o espelho responderia a você? Seguindo uma das propostas, escreva um pequeno texto que também servirá para apresentá-lo aos seus colegas. Texto 1 ESPELHO Espelho, espelho meu: diga a verdade, quem sou eu? Se às vezes me estilhaço, se às vezes viro mil, se quero mudar o mundo, se quero mudar o rosto, se tenho sempre na boca um gosto de água e de céu, se às vezes sou tão só quando me viro do avesso, se às vezes anoiteço em plena luz do sol ou então amanheço com vontade de voar, espelho, espelho meu: diga a verdade, quem sou eu? MURRAY, Roseana. Recados do Corpo e da Alma, São Paulo: FTD, 2003. ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ Alex Rubber Stamp 3LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO 1 – Você percebeu que o primeiro verso do poema dialoga com outro texto? Qual? Converse com seus colegas ou pesquise para descobrir. __________________________________________ __________________________________________ 2 – O poema começa com uma dúvida, expressa em uma pergunta. Que palavra é utilizada repetidamente e ajuda a reforçar essa dúvida do eu lírico? __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ 3 – Indique um trecho do poema em que se percebe o uso figurado da linguagem: __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ 4 – A HIPÉRBOLE é a figura de linguagem que consiste no exagero de uma expressão para causar um efeito expressivo. Indique uma hipérbole presente no texto: __________________________________________ 5 – Indique, no texto, o uso de ideias opostas. O que esse uso reforça? __________________________________________ __________________________________________ 6 – Qual o tema do texto? __________________________________________ Texto 2 A maior riqueza do homem é a sua incompletude. Nesse ponto sou abastado. Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito. Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 horas da tarde, que vai lá fora, que aponta lápis, que vê a uva etc. etc. Perdoai Mas eu preciso ser Outros. Eu penso renovar o homem usando borboletas. Manoel de Barros, poeta, In: "Retrato do Artista Quando Coisa", Editora Record, 1998 . Agora, releia o texto 1 guiado pelas perguntas que se seguem. 1 – Qual o significado da palavra “incompletude”? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 2 – Perceba que há várias ações marcadas por uma estrutura repetitiva, iniciada pelo “que”. Essas ações são especiais ou cotidianas, corriqueiras? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 3 – Qual o efeito do uso de“etc. etc” (*Verso 8)? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 4 – Observe essa estrutura: “Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas /puxa válvulas/olha o relógio/compra pão às 6 horas da tarde/vai lá fora/aponta o lápis/vê a uva” Como é, então, o sujeito que o eu poético não aguenta ser? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 5 – O que significa no texto ser “Outros”? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ Alex Rubber Stamp 4LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO Texto 3 MORTE E VIDA SEVERINA (Início) João Cabral de Melo Neto O RETIRANTE EXPLICA AO LEITOR QUEM É E A QUE VAI — O meu nome é Severino, como não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria; como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias. Mais isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria. Como então dizer quem falo ora a Vossas Senhorias? Vejamos: é o Severino da Maria do Zacarias, lá da serra da Costela, limites da Paraíba. Mas isso ainda diz pouco: se ao menos mais cinco havia com nome de Severino filhos de tantas Marias mulheres de outros tantos, já finados, Zacarias, vivendo na mesma serra magra e ossuda em que eu vivia. Somos muitos Severinos iguais em tudo na vida: [...] Somos muitos Severinos iguais em tudo e na sina: a de abrandar estas pedras suando-se muito em cima, a de tentar despertar terra sempre mais extinta, a de querer arrancar algum roçado da cinza. Mas, para que me conheçam melhor Vossas Senhorias e melhor possam seguir a história de minha vida, passo a ser o Severino que em vossa presença emigra. [...] MELO NETO, João Cabral de. Obra completa.Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.xm p33.co 1 – Observe a presença do travessão (—), iniciando o poema. O que esse sinal indica? _______________________________________________________ _______________________________________________________ 2 – Em que verso o personagem explica ter sido batizado com esse único nome “Severino”? _______________________________________________________ 3 – Observe, nas formas como o personagem diz que era conhecido pelos outros e na forma como tenta, primeiramente, se apresentar aos leitores, que ocorre o que chamamos de processo de GRADAÇÃO. Gradação é uma figura de linguagem caracterizada por um encadeamento de ideias de forma gradativa, que pode seguir a ordem crescente ou decrescente. Diga que formas são essas e como se dá a gradação. _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ 4 – Ao procurar dizer ao leitor quem é, o personagem faz uma tentativa para, logo depois, se opor a ela, reconhecendo que ainda diz pouco. Transcreva do poema a palavra que indica tratar-se de uma tentativa e a que indica a oposição que faz a ela (ou sua contradição). _______________________________________________________ O próximo texto é o início de um poema de João Cabral de Melo Neto. João Cabral de Melo Neto foi um poeta e diplomata brasileiro. Nasceu na cidade do Recife, a 6 de janeiro de 1920 e faleceu no dia 9 de outubro de 1999, no Rio de Janeiro, aos 79 anos. Conhecido como “poeta engenheiro”, ele fez parte da terceira geração modernista no Brasil. Adaptado de http://www.academia.org.br/ academicos/joao-cabral-de-melo-neto/biografia Alex Rubber Stamp 5LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO 5 – Transcreva do poema os versos que expressam o motivo da dificuldade de o personagem dizer aos outros quem ele é:_______________________________________________________________________________________________________________ 6 – Que forma de tratamento o personagem usa para se dirigir aos leitores (ouvintes)? _________________________________________________________________________________________________________________ 7 – Nos versos “Mais isso ainda diz pouco: / há muitos na freguesia,” com que sentido foi usada a palavra em destaque? _________________________________________________________________________________________________________________ 8 – Nos versos “Somos muitos Severinos / iguais em tudo e na sina:”, que significado tem a palavra em destaque? _________________________________________________________________________________________________________________ 9 – Transcreva os versos que indicam que o lugar onde o personagem estava era de terra ressequida, de difícil cultivo: _________________________________________________________________________________________________________________ 10 – Transcreva os versos que expressam a finalidade do personagem ao procurar se apresentar aos leitores: _________________________________________________________________________________________________________________ 11 – Observe os versos finais “passo a ser o Severino / que em vossa presença emigra.”. Que outra palavra, no poema, tem um sentido que se relaciona com o sentido da palavra em destaque, “emigra”? _________________________________________________________________________________________________________________ O nome próprio, nome registrado, nome de identidade, não personaliza seu portador. Quantos Joões e quantas Marias a gente conhece? O que vai nos identificar em nosso grupo, em nossa turma, é justamente a nossa diferença em relação aos demais. Quer dizer, a questão da identidade está na diferença, naquilo que nos distingue uns dos outros, no que nos dá personalidade, mas está também no que nos iguala e nos inclui como seres de uma coletividade. Como ser o “um” entre iguais e como se saber igual sem se perder no todo? Dá uma boa conversa, não é mesmo? Boa e importante. Leia os textos de apoio a seguir e, orientado pelo(a) Professor(a), organize uma Roda de Conversa, um debate sobre o assunto. Combine com o(a) Professor(a) a melhor forma de se fazer o registro do debate. “No mundo em que vivemos, a expressão oral tem sido cada vez mais valorizada e, muitas vezes, é o critério decisivo para o sucesso profissional de muitas pessoas. Contudo, em algumas situações, as práticas sociais de linguagem são regradas e a escola pode desempenhar um importante papel no sentido de criar vivências que permitam o conhecimento e a apropriação de falas mais padronizadas. É o caso dos gêneros orais públicos, como a discussão em grupo, a exposição oral, o seminário, a entrevista oral, o debate regrado e muitos outros.” http://portuguescereja.editorasaraiva.com.br/oralidade-e-generos-orais/ Sugestões de leitura sobre os gêneros orais: MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008. SCHNEUWLY, Bernard. Gêneros e tipos de discurso: considerações psicológicas e ontogenéticas. In ROJO Roxane (Tradução e organização) Gêneros orais e escritos na escola - Bernard Schneuwly, Joaquim Dolz e colaboradores. Campinas: Mercado de Letras, 2004. Você também pode assistir a este vídeo: http://bit.ly/2Au2tJi Alex Rubber Stamp 6LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO TRADUZIR-SE Ferreira Gullar Uma parte de mim é todo mundo: outra parte é ninguém: fundo sem fundo. Uma parte de mim é multidão: outra parte estranheza e solidão. Uma parte de mim pesa, pondera: outra parte delira. Uma parte de mim almoça e janta: outra parte se espanta. Uma parte de mim é permanente: outra parte se sabe de repente. Uma parte de mim é só vertigem:outra parte, linguagem. IGUAL – DESIGUAL Carlos Drummond de Andrade Eu desconfiava: todas as histórias em quadrinho são iguais. Todos os filmes norte-americanos são iguais. Todos os best-sellers são iguais Todos os campeonatos nacionais e internacionais de futebol são iguais. Todos os partidos políticos são iguais. Todas as mulheres que andam na moda são iguais. [...] Todas as guerras do mundo são iguais. Todas as fomes são iguais. Todos os amores, iguais iguais iguais. Iguais todos os rompimentos A morte é igualíssima. Todas as criações da natureza são iguais. Todas as ações, cruéis, piedosas ou indiferentes, são iguais. Contudo, o homem não é igual a nenhum outro homem, bicho ou coisa. Ninguém é igual a ninguém. Todo ser humano é um estranho Impar. ANDRADE, Carlos Drummond de. A paixão medida. Rio de Janeiro: Record, 2002. Textos de apoio para o debate: Traduzir uma parte na outra parte — que é uma questão de vida ou morte — será arte? Caminhos do Coração Gonzaguinha Há muito tempo que eu saí de casa Há muito tempo que eu caí na estrada Há muito tempo que eu estou na vida Foi assim que eu quis, e assim eu sou feliz Principalmente por poder voltar A todos os lugares onde já cheguei Pois lá deixei um prato de comida Um abraço amigo, um canto pra dormir e sonhar E aprendi que se depende sempre De tanta, muita, diferente gente Toda pessoa sempre é as marcas Das lições diárias de outras tantas pessoas E é tão bonito quando a gente entende Que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá E é tão bonito quando a gente sente Que nunca está sozinho por mais que pense estar É tão bonito quando a gente pisa firme Nessas linhas que estão nas palmas de nossas mãos É tão bonito quando a gente vai à vida Nos caminhos onde bate, bem mais forte o coração https://www.letras.com.br/gonzaguinha/caminhos-do-coracao FE R R EI R A G U LL AR . N a ve rti ge m d o di a. R io d e Ja ne iro : C iv ili za çã o Br as ile ira , 1 98 0. “Na realização de um debate, os participantes devem falar e também ouvir sem interromper o outro. Cada um tem direito de expor suas ideias, as quais devem ser respeitadas. É importante planejar a conversa e estabelecer regras. O tempo disponível para falar deve ser o mesmo para todos e deve-se evitar que as discussões avancem para o nível pessoal. O debate deverá ser coordenado por um moderador para garantir o bom andamento e a participação de todos os debatedores [...]” Adaptado de http://www.filosofia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=247 Existem diferentes formas de debater um tema. Seguem algumas dicas: Alex Rubber Stamp 7LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO Texto 4 CONTRANARCISO em mim eu vejo o outro e outro e outro enfim dezenas trens passando vagões cheios de gente centenas o outro que há em mim é você você e você assim como eu estou em você eu estou nele em nós e só quando estamos em nós estamos em paz mesmo que estejamos a sós LEMINSKI, Paulo. Caprichos & relaxos. São Paulo: Brasiliense, 1983. Texto 5 NARCISO Luiz Eduardo Ricon Você sabe o que significa a palavra “narcisista”? É alguém que ama demais a si mesmo. Essa palavra tem origem no mito de Narciso, uma história da Grécia Antiga que nos ensina que a beleza e a vaidade podem ser uma combinação muito perigosa. Narciso era filho de Cefiso, o deus do rio, e da ninfa Liríope. Antes de ele nascer, seus pais procuraram um oráculo, que lhes revelou uma profecia sinistra: Narciso teria uma vida longa e feliz, desde que jamais olhasse a própria imagem. Felizmente, não havia espelhos na Grécia Antiga... E assim Narciso cresceu e se tornou o mais belo de todos os rapazes, atraindo a cobiça e a inveja de mulheres, homens e até das ninfas, como Eco, que ficou perdidamente apaixonada por ele. Mas além de belo, Narciso era muito orgulhoso e vaidoso, desprezando o amor e a atenção que lhe eram dedicados. Magoadas, as ninfas pediram aos deuses que o castigassem. Para isso, a deusa Nêmesis (que significa “inimigo” ou “destruição”) o condenou a se apaixonar pelo próprio reflexo. E não teve jeito: quando Narciso viu sua imagem refletida na lagoa onde vivia a ninfa Eco, apaixonou-se perdidamente por si mesmo. Encantado com a própria beleza, o jovem permaneceu na beira do lago dias e noites sem fim, sem comer ou beber nada. Com o tempo, foi definhando, definhando e acabou morrendo ali mesmo, apaixonado pelo seu reflexo. No local onde o jovem morreu, nasceu uma flor, chamada Narciso, como uma forma de lembrar a todos nós o que acontece quando damos mais atenção a nossa vaidade e orgulho do que ao mundo e às pessoas a nossa volta. http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/interaja/multiclube/9a11/diz-a-lenda/10307-narciso Narciso Por Caravaggio, 1594-1596. Galeria Nacional de Arte Antiga http://www.galleryintell.com/artex/narcissus-by-caravaggio/ Texto 6Agora você vai ler e comparar três textos. 1 – Sobre o poema, qual o efeito da repetição em “eu vejo o outro/e outro/e outro” e em “é você/você/ e você”? _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ 2 – Que imagem, no poema, reforça que muitas pessoas deixam marcas que constituem o eu do texto? ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ 3 – Sublinhe, no poema, uma expressão que liga ideias, estabelecendo uma relação de oposição (ideia adversativa). 4 – Quanto à forma, compare os textos 4 e 5. ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ 5 – Quanto à linguagem, compare os textos 5 e 6. ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ Alex Rubber Stamp 8LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO Você, agora, vai ler um texto que defende uma opinião. Observe que ele possui uma linguagem informal e apresenta uma tese que nos faz pensar no nosso modo de ser, de viver. Texto 7 UMBIGOLÂNDIA Dias desses encontrei uma amiga que me disse que está achando tudo e todo mundo chato. Que a violência está demais, que o dinheiro não dá pra nada, que o trânsito está uma loucura, que o amor já era, que ninguém mais quer amar ninguém, homem é uma raça em extinção e por aí vai. Em seguida abanou os braços, gritou “Táxi!” e, antes de entrar no carro, arrematou: ─ E ainda tem esses táxis uó de vidro preto que a gente nunca sabe se estão vazios ou ocupados! Beijão, vê se me liga você também, pô! E foi embora, largando no meu colo aquela corbeille de reclamações e uma cobradinha final. Fiquei ali, parado, pensando nas palavras dela, enquanto o táxi de vidro preto empacava no trânsito uma quadra adiante. É, minha amiga, certamente a vida não anda nada fácil, quem sai de casa não sabe se volta, namorar está brabo e ai de quem reagir a qualquer tipo de violência. Reagir é um perigo mesmo. Principalmente se a reação for de ordem mais, digamos, psicológica, tipo reagir-a-algum-comentário-maldoso-sobre-você-na-sua-cara. Neste quesito eu tenho muita dificuldade: ou não reajo ou só reajo uma semana depois. Naquele breve encontro, só minha amiga falou. Despejou suas reclamações em cima de mim e se mandou. E eu fiquei sem reação. Bem, reagir como, se ela não me deu chance? Só ela falou e eu fiquei ali de “vinagrete” – só de acompanhamento. E o que é reagir? Penso que, ao pé da letra, reagir significa agir novamente, ou “agir de volta”. E por que reagir é um perigo? Porque a reação confere ao outro o poder de tomar posição. Ter atitude. Trocar. Crescer. Será? Talvez. Mas está tão difícil reagir. Trocar. Crescer. Está difícil dialogar. Vivemos a era do monólogo, do “eu” exacerbado, do “meu espaço”, da “minha individualidade”, do “meu momento”, enfim, da Umbigolândia. E é cada vez maior a populaçãodesta estranha terra, ocupada por um único habitante, rei e súdito ao mesmo tempo: o ego. Na Umbigolândia, só uma pessoa interessa: o eu. O outro é mera circunstância. O assunto é um só. Só um fala e ponto. Eu sei que estou generalizando, e me perdoem por isso. Mas do jeito que a coisa está, não me resta pensar em outra coisa. Foi minha amiga quem, involuntariamente, trouxe essas questões à minha mente. A escuta está virando artigo de luxo. Aquele que tem o dom da escuta – sim, nos dias de hoje escutar o outro é honrar um dom ─ tem aberto o canal da inteligência. Do crescimento. Do autoconhecimento e do conhecimento do outro. Do mundo. E é INCRÍVEL como a indústria do consumo corteja sem parar o individualismo desenfreado. A internet, então, é a fada madrinha dos solitários. Bibiti-bobiti-bum! E lá está você diante do mundo. Sozinho. E o universo faz a sua parte conspirando a favor. Conspirando e pirando. É muita gente no mundo. Muita gente procurando. Buscando. Querendo. Pouca gente escutando. Encontrando. Suprindo. E quanto mais gente, mais ego. E quanto mais ego, mais solidão. A INTERTEXTUALIDADE ocorre quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em outro. Além do texto verbal, podemos perceber esse diálogo entre outras linguagens, como a música e a pintura, por exemplo. Quem lê mais, aumenta seu repertório de textos, amplia seu conhecimento de mundo, e fica mais competente para perceber o diálogo entre os textos. Fique ligado! 6 – Após ler os três textos, explique a escolha do título do poema. ___________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________ Alex Rubber Stamp 9LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO 1.O primeiro e o segundo parágrafos revelam o estado de espírito da amiga do cronista. Como ela está encarando a vida? ____________________________________________________________________________________________________________________ 2 – Que sentido tem, no texto, a expressão “corbeille de reclamações” ? ____________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ 3 – A que trecho se refere a palavra “cobradinha”, no terceiro parágrafo? ____________________________________________________________________________________________________________________ 4 – Há, no texto, algumas marcas típicas da linguagem informal e oral. Retire alguns exemplos que confirmem essa afirmativa: ____________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ 5 – Que trecho do texto confirma que o cronista tem dificuldade em reagir a algum comentário maldoso? ____________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ 6 – Que associação é feita em “Só ela falou e eu fiquei ali de “vinagrete” – só de acompanhamento.”, no quarto parágrafo? ____________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ 7 – Segundo o texto, por que reagir é perigoso? ____________________________________________________________________________________________________________________ 8 – A que palavra estão relacionados os termos “a era do monólogo” , ‘do “eu” exacerbado’, “meu espaço”, minha individualidade”, “meu momento”, no quarto parágrafo? ____________________________________________________________________________________________________________________ Na Umbigolândia, ego gera ego. E o profeta disse que gentileza gera gentileza. Pra minha amiga, que está (espero eu) passando uma temporada na Umbigolândia, isso não interessa, até porque quem mora lá não enxerga um palmo adiante do umbigo. Pra quem mora aqui na Terra mesmo, a premissa do profeta é um toque. Gentileza gera gentileza. Que gera escuta. Que gera troca. Que torna mais suportáveis problemas modernos como egolatria, consumo desenfreado, falta de amor, de companhia, de solidão. Se bem que a solidão não sente falta de companhia. Até porque ela está sempre ao lado de alguém. Aloísio de Abreu - Revista O Globo 23/03 /2008. Alex Rubber Stamp 10LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO 9. A que se refere, no quarto parágrafo, a expressão “estranha terra”? _______________________________________________________________________________________________________________ 10. Quem é o único habitante dessa “estranha terra”? _______________________________________________________________________________________________________________ 11 – Segundo o texto, qual a consequência de saber ouvir o outro? _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ 12 – Por que a internet é considerada “fada madrinha dos solitários”? _______________________________________________________________________________________________________________ 13 – A que está relacionada a expressão “Bibiti-bobiti-bum”? _______________________________________________________________________________________________________________ 14 – O trecho “[...] não enxerga um palmo adiante do umbigo” está associado a que dito popular? _______________________________________________________________________________________________________________ 15 – Qual a premissa do profeta, presente no texto? _______________________________________________________________________________________________________________ 16 – Num texto que defende uma ideia, essa ideia recebe o nome de TESE. Qual a tese defendida neste texto? _______________________________________________________________________________________________________________ 17 – Observe a estrutura do trecho “Gentileza gera gentileza. Que gera escuta. Que gera troca. Que torna mais suportáveis problemas modernos...”. Qual o efeito da repetição dos termos destacados? _______________________________________________________________________________________________________________ 18 – No trecho que se segue, identifique os fatos e a opinião: “Fiquei ali, parado, pensando nas palavras dela, enquanto o táxi de vidro preto empacava no trânsito uma quadra adiante. É, minha amiga, certamente a vida não anda nada fácil [...]” _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ Opinião (do grego δόξα, doxa) ou conjectura é a ideia confusa acerca da realidade e que se opõe ao conhecimento verdadeiro. Como verbete de dicionário, define-se opinião como a maneira pessoal de julgar; conceito formado a respeito de um assunto, tema ou conversa, seja ele refletido ou infundado; julgamento de valor. Alex Rubber Stamp 11LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO Texto 8 O VERDADEIRO PREÇO DE UM BRINQUEDO Carlos Eduardo Lopes Marciano É comum vermos comerciais direcionados ao público infantil. Com a existência de personagens famosos, músicas para crianças e parques temáticos, a indústria de produtos destinados a essa faixa etária cresce de forma nunca vista antes. No entanto, tendo em vista a idade desse público, surge a pergunta: as crianças estariam preparadas para o bombardeio de consumo que as propagandas veiculam? O próximo texto também defende uma ideia. Siga lendo e aprendendo cada vezmais. Qual a função dessas palavras destacadas no texto? ________________________ ________________________ ________________________ ________________________ ________________________ Há quem duvide da capacidade de convencimento dos meios de comunicação. No entanto, tais artifícios já foram responsáveis por mudar o curso da História. A imprensa, no século XVIII, disseminou as ideias iluministas e foi uma das causas da queda do absolutismo. Mas não é preciso ir tão longe: no Brasil redemocratizado, as propagandas políticas e os debates eleitorais são capazes de definir o resultado de eleições. É impossível negar o impacto provocado por um anúncio ou uma retórica bem estruturada. O problema surge quando tal discurso é direcionado ao público infantil. Comerciais para essa faixa etária seguem um certo padrão: enfeitados por músicas temáticas, as cenas mostram crianças, em grupo, utilizando o produto em questão. Tal manobra de “marketing” acaba transmitindo a mensagem de que a aceitação em seu grupo de amigos está condicionada ao fato de ela possuir ou não os mesmos brinquedos que seus colegas. Uma estratégia como essa gera um ciclo interminável de consumo que abusa da pouca capacidade de discernimento infantil. Fica clara, portanto, a necessidade de uma ampliação da legislação atual a fim de limitar, como já acontece em países como Canadá e Noruega, a propaganda para esse público, visando à proibição de técnicas abusivas e inadequadas. Além disso, é preciso focar na conscientização dessa faixa etária em escolas, com Professores(as) que abordem esse assunto de forma compreensível e responsável. Só assim construiremos um sistema que, ao mesmo tempo, consiga vender seus produtos sem obter vantagem abusiva da ingenuidade infantil. Adaptado de https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/enem-e-vestibular/enem-2014 Alex Rubber Stamp 12LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO TESE é a ideia que defendemos, pois a argumentação implica posicionamento, defesa do ponto de vista, o que pode implicar, evidentemente, divergência de opinião. Os argumentos de um texto são, em geral, facilmente localizáveis. Identificada a tese, faz-se a pergunta por quê? (Ex.: o texto afirma isso (tese) por vários motivos (argumentos). Os argumentos utilizados para fundamentar a tese podem ser de diferentes tipos: exemplos, comparações, dados históricos, dados estatísticos, pesquisas, causas socioeconômicas ou culturais, depoimentos – enfim, tudo o que possa demonstrar que o ponto de vista defendido pelo autor tem consistência. 1 – No trecho “No entanto, tendo em vista a idade desse público [...]”, (primeiro parágrafo), a que se referem os termos destacados? ___________________________________________________________________________________________________________________ 2 – Que manobra de marketing é citada no terceiro parágrafo? ___________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________ 3 – Transcreva do terceiro parágrafo um trecho em que há ideia de tempo: ___________________________________________________________________________________________________________________ 4 – Marque, no texto, as partes que compõem a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. 5 – Qual a tese defendida no texto? ___________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________ 6 – Que argumento, no terceiro parágrafo, foi utilizado para fundamentar a tese? ___________________________________________________________________________________________________________________ 7 – O que o autor sugere na conclusão do seu texto? ___________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________ Alex Rubber Stamp 13LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO 1 – No primeiro quadrinho, por que o texto dentro do balão está entre aspas? ________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ 2 – Repare que o formato do balão é diferente nos dois últimos quadrinhos. Explique porquê. ________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ 3 – Qual o significado de “fazendo turismo dentro de mim” ? ________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ Continuando as leituras, vejamos o que nos diz Mafalda, uma menina muito esperta! “Mafalda é uma personagem de histórias em quadrinhos escrita e traduzida em imagens pelo cartunista argentino Joaquín Salvador Lavado, mais conhecido como Quino. Ela animou as tiras cultuadas por fãs em todo o Planeta de 1964 a 1973. Esta personagem, que logo se tornou célebre entre os leitores de suas histórias, é uma garota constantemente inquieta com a trajetória do ser humano e a paz no mundo.[...] No dia 25 de junho de 1973 Quino encerrou a publicação das tiras de Mafalda.[...]” http://www.infoescola.com/biog rafias/mafalda/ Texto 9 Texto 10 1 – Explique a mudança da expressão de Filipe a cada quadrinho. ___________________________________________________________________________________________________________________ 2 – No último quadrinho, Filipe se assusta com a possibilidade de não gostar de si mesmo. Que conectivo indica que isso é uma possibilidade? ___________________________________________________________________________________________________________________ Q U IN O , J . L .T od a M af al da . S ão P au lo :M ar tin s Fo nt es , 2 00 3. Q U IN O , J . L .T od a M af al da . S ão P au lo :M ar tin s Fo nt es , 2 00 3. Alex Rubber Stamp 14LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO Texto 12 “Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive.” Ricardo Reis PESSOA, Fernando. Poesia; poesias de Ricardo Reis. São Paulo: Companhia das Letras, 2000 Fe rn an do P es so a, de se nh o de Al m ad a N eg re iro s. In :P E S SO A, Fe rn an do .O br a po ét ic a. R io de Ja ne iro .E di to ra N ov a Ag ui la r, 19 97 . Você reparou quem é o autor do texto 12? Observe a referência do texto. É um livro de Fernando Pessoa (1888–1935), um importante escritor português. Uma das características desse escritor é ter tido mais de 127 heterônimos. Heterônimo é um nome imaginário, utilizado por um escritor, para escrever como se fosse outra pessoa, criando para si uma outra identidade. Ricardo Reis é um dos principais heterônimos de Fernando Pessoa, junto de Alberto Caeiro e Álvaro de Campos. Vale a pena ler seus poemas! 1 – Qual o sentido da palavra “grande”, no primeiro verso do poema? __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ 2 – Segundo o poema, o que é necessário paraser “grande”? __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ Texto 11 1 – Como Miguelito entendeu a afirmativa de Mafalda? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 2 – Como Miguelito entendeu a palavra “conhecer”? ___________________________________________________________________ PARA SABER MAIS... O universo dos quadrinhos é tema de um dos programas da série “Morde a Língua”, produzida pela MultiRio. “Morde a Língua Série de Língua Portuguesa dirigida a alunos do 6º ao 9º ano. No formato dramaturgia e inspirada na linguagem dos vlogs, aborda temas como: linguagem e identidade, variações linguísticas, intertextualidade, estratégias de leitura, poemas, contos, crônicas, histórias em quadrinhos, romances e a multiplicidade de gêneros em jornais e revistas.” Você não pode perder! Acesse Multirio http://bit.ly/2nTI9hk Q U IN O , J . L .T od a M af al da . S ão P au lo :M ar tin s Fo nt es , 2 00 3. Alex Rubber Stamp 15LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO Texto 13 VOANDO PARA O RIO Quando Clarice Lispector tinha 15 anos, um ano depois de descobrir a possibilidade de escrever, seu pai fez sua última mudança. O destino agora era o Rio de Janeiro. O Rio estava no auge de sua reputação internacional. Se anteriormente os navios que viajavam a Buenos Aires anunciavam que não faziam escalas no Brasil – a mente estrangeira, quando pensava no país, imaginava um lugar infestado de macacos, febre amarela e cólera –, o Rio tinha se transformado num dos destinos mais chiques do planeta. Cruzeiros afluíam para a Baía de Guanabara, descarregando seus abastados passageiros nos novos hotéis que imitavam os brancos bolos de noiva originais da Riviera francesa: o Hotel Glória, perto do Centro, inaugurado em 1922; o lendário Copacabana Palace, inaugurado um ano depois, numa praia que ainda ficava fora da cidade.[...] Pedro Lispector tinha mais em comum com os imigrantes portugueses do que com aqueles que agora eram seus companheiros nordestinos. Depois de anos de trabalho, seus negócios ainda não estavam prosperando, e ele tinha esperança de que a capital do país oferecesse um campo mais amplo para suas ambições. Esperava também que o Rio de Janeiro, com uma grande comunidade judaica, pudesse oferecer maridos apropriados para suas filhas. Elisa agora tinha 24 anos, Tania estava com vinte e Clarice, quinze.[...] Clarice nunca descreveu a partida do Recife, onde ela passara toda a sua infância. Lembrava-se do barco inglês que as levara ao Rio na terceira classe: “Foi terrivelmente exciting. Eu não sabia inglês e escolhia no cardápio o que meu dedo de criança apontasse. Lembro-me de que uma vez caiu-me feijão-branco cozido, e só. Desapontada, tive que comê-lo, ai de mim. Escolha casual infeliz. Isso acontece”. [...] Depois de chegar ao Rio, em 1935, ela passou um breve tempo numa precária escola de bairro na Tijuca antes de entrar, em 2 de março de 1937, no curso preparatório para a Faculdade de Direito da Universidade do Brasil. [...] No Brasil inteiro, a carreira no direito era reduto da elite, e nenhuma escola do país tinha mais prestígio do que a da capital. [...] A carreira, porém, não foi o que motivou Clarice a entrar na escola de Direito. A ânsia de justiça estava inscrita em seus ossos. Tinha visto a horrível morte da mãe, e seu brilhante pai, incapaz de estudar, reduzido ao comércio ambulante de tecido. Cresceu pobre no Recife, mas sempre teve consciência de que sua família, apesar das dificuldades, estava melhor de vida que muitas outras. [...] “E eu sentia o drama social com tanta intensidade que vivia de coração perplexo diante das grandes injustiças a que são submetidas as chamadas classes menos privilegiadas”. [...] Ela mudara de perspectiva pouco antes de começar o curso. Durante o primeiro ano na faculdade descobrira um canal para dar vazão a sua verdadeira vocação, e, em 25 de maio de 1940, publicou seu primeiro conto conhecido, “Triunfo”, na revista Pan. MOSER, Benjamin. Clarice, uma biografia. São Paulo: Cosac Naify, 2009. 1 – Com que idade Clarice Lispector descobriu a possibilidade de se tornar escritora? __________________________________________________________________________________________________________________ 2 – Clarice, aos 15 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro com sua família. Como a cidade era vista na época? __________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________ 3 – O que motivou Clarice Lispector a ingressar na escola de Direito? _____________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________ O próximo texto é um trecho da biografia de Clarice Lispector. Você sabe o que é uma biografia? Siga refletindo... Alex Rubber Stamp 16LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO 4 – Que sentido tem a expressão em destaque no trecho “A ânsia de justiça estava inscrita em seus ossos”? __________________________________________________________________________________________________________________ 5 – Por que foram utilizadas as aspas no trecho ““E eu sentia o drama social com tanta intensidade que vivia de coração perplexo diante das grandes injustiças a que são submetidas as chamadas classes menos privilegiadas”? __________________________________________________________________________________________________________________ 6 – Nesse trecho da biografia, percebe-se uma sequência temporal dos fatos. Retire do texto expressões que marcam essa sequência do tempo da narrativa, configurando a progressão dos fatos da vida de Clarice Lispector: __________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________ Sugerimos que você vá à Sala de Leitura e procure por biografias. Existem várias no acervo! Escolha uma pessoa importante e descubra mais sobre ela! Depois, combine com o seu Professor(a) e leia para os colegas os fatos mais importantes da vida da pessoa que você escolheu. Você também pode acessar o site http://www.e-biografias.net/ . Que tal elaborar um mural na sala com o resultado das pesquisas? ESPAÇO PES UISA Texto 14 Texto 15 1 – No texto, Calvin conversa com o seu Tigre Haroldo. O que constrói o humor da tirinha? ________________________________________________________ ________________________________________________________ 1 – No texto, a menina conversa com o cãozinho Snoopy. O que constrói o humor da tirinha? _________________________________________________________ _________________________________________________________ Livro Box Calvin e Haroldo – 7 volumes. Editora Conrad. Caixa Especial Peanuts Completo - Vols. 1 e 2 Schulz, Charles MonroeL&PM Vários textos deste caderno são de base narrativa, contam histórias ou fatos. Uma das características básicas do texto narrativo é a progressão temporal entre os acontecimentos relatados. Para isso é importante a utilização de palavras e/ou expressões que marcam a passagem do tempo. Os verbos também são fundamentais. A narrativa utiliza verbos preferencialmente no tempo passado. A proposta de produção textual a seguir é uma AUTOBIOGRAFIA. Alex Rubber Stamp 17LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO Nossa história de vida nos ajuda a nos construirmos a cada dia. Você já pensou nos fatos que marcam a sua história de vida? Existem pessoas que registram a sua história de vidaem textos, em BIOGRAFIAS ou AUTOBIOGRAFIAS, gêneros discursivos de base narrativa muito interessantes. A palavra AUTOBIOGRAFIA se origina de BIOGRAFIA – termo derivado de “bio” que significa vida, e “grafia” que significa escrever ou descrever. A BIOGRAFIA é um texto que objetiva contar a vida de uma pessoa. Já a AUTOBIOGRAFIA é o texto em que a própria pessoa conta a sua vida (AUTO – radical grego que significa si mesmo). A biografia é escrita pelo biógrafo através de pesquisas em documentos, cartas, depoimentos de testemunhas e do próprio biografado. A autobiografia é resultado do levantamento das memórias da própria pessoa que a escreve, podendo, também, envolver pesquisa em documentos ─ cartas, fotos etc. A biografia de uma pessoa pode ser escrita sem o seu consentimento. Ela é chamada, então, de BIOGRAFIA NÃO AUTORIZADA. Em geral, as biografias não autorizadas causam polêmica, trazendo segredos que o biografado não gostaria de revelar e/ou diferentes versões para os fatos. PARA SABER AINDA MAIS... Sugerimos que você visite o site http://www.sodez.com.br/ Esse filme se autodenomina a “desbiografia” oficial de Manoel de Barros, autor do segundo poema deste caderno. “Só Dez Por Cento é Mentira é um original mergulho cinematográfico na biografia inventada e nos versos fantásticos do poeta Manoel de Barros. Alternando sequências de entrevistas inéditas do escritor, versos de sua obra e depoimentos de “leitores contagiados” por sua literatura o filme constrói um painel revelador da linguagem do poeta, considerado o mais inovador em língua portuguesa.” Pense na estrutura da palavra “desbiografia”... O que seria uma “desbiografia”? Sugerimos também a leitura do livro “Emília — Uma biografia não autorizada da Marquesa de Rabicó” . Leia um trecho de uma notícia sobre o livro: Boneca Emília ganha biografia 'não autorizada’ Escritora cearense lança livro com histórias e curiosidades sobre a personagem do "Sítio do Picapau Amarelo” RIO - Emília era muda e começou a falar. Ela não tem coração — literalmente — e se casou por interesse, só porque queria ser marquesa. Torce pelo Palmeiras, pesa cinco quilos [...]. Sua dona, Narizinho, a define assim: algodão por fora, asneira por dentro. Dona Benta, mais doce, diz que ela é “uma fadinha” que anda pelo mundo fantasiada de boneca de pano. Espevitada, tagarela, atrevida — politicamente incorreta, por vezes —, a personagem de Monteiro Lobato (1882-1948) entrou para o imaginário brasileiro a ponto de parecer ter vida própria. Tanta vida própria que acaba de ser radiografada em um livro, “Emília — Uma biografia não autorizada da Marquesa de Rabicó” (Casa da Palavra), no qual a cearense Socorro Acioli revê toda a obra de Lobato para narrar a trajetória da personagem — mais agitada que a de muita gente de carne e osso, diga-se.[...] É bom lembrar que, apesar do título, a biografia de Emília é, sim, autorizada pelos herdeiros de Monteiro Lobato. O título, diz Socorro, é uma brincadeira com a recente polêmica sobre a publicação de biografias não autorizadas e também com a personagem. É que Emília uma vez contratou o Visconde de Sabugosa para escrever suas memórias, mas desistiu quando viu o sabugo de milho escrevendo umas verdades sobre ela e assumiu o posto, começando a inventar aventuras que jamais haviam acontecido. Quando é confrontada por Dona Benta, ela responde: “Minhas memórias são diferentes de todas as outras. Eu conto o que houve e o que deveria acontecer”. Leia mais: https://glo.bo/2Cu9awI Alex Rubber Stamp 18LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO 1.º passo – Escreva, numa folha separada, uma lista com os principais fatos que marcaram a sua vida (real ou inventada) e que constarão da sua autobiografia. Agora, é a sua vez! Pense nos fatos que marcam a sua história de vida... Seu desafio é escrever a sua autobiografia. Seu texto deve ser uma narrativa em prosa. Você deve escolher uma das propostas: 1 – Escrever sua autobiografia real. 2 – Escrever sua autobiografia fictícia, inventada. 3 – Escrever sua autobiografia inventada, contando a sua vida como se você vivesse no ano 2050. Vamos, passo a passo, para que seu texto fique muito interessante. 2.º passo – Escolha a ordem em que esses fatos aparecerão no seu texto. Uma boa maneira de organizar o texto é pensar na construção de, pelo menos, três parágrafos – começo, meio e fim. Outra questão para você pensar é se você vai optar pela ordem cronológica (ordem dos acontecimentos, seguindo o tempo cronológico, sequência de fatos ordenados como no calendário). Decida-se e se organize! M U LT IR IO COMEÇO MEIO FIM Revise seu texto. Ele cumpre a função de uma autobiografia? Verifique também a pontuação, a concordância e a ortografia. Reescreva seu texto e compartilhe com os colegas! Combine com o (a) Professor(a). Pense em qual é o seu leitor. 3.º passo – Escreva, no seu caderno, a sua autobiografia. Lembre-se de dar a ela um título que desperte a atenção do leitor. Após a escrita, siga os passos sugeridos abaixo: Alex Rubber Stamp 19LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO O próximo texto foi publicado na Revista Superinteressante. Compare-o com o poema que virá logo a seguir. Perceba a diferença quanto ao uso da língua portuguesa e quanto à sua finalidade. Converse com seu (sua) Professor(a) de Ciências sobre o conteúdo do texto. 1 – Sublinhe, no texto, a ideia principal a partir da qual se desenvolve o primeiro parágrafo. 2 – A que se refere o termo destacado em “...somos poeira das estrelas.”? ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ 3 – Ainda no primeiro parágrafo, explique a relação de causa e consequência: ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ 4 – No segundo e no terceiro parágrafos, há termos destacados. Você sabe que, num texto, evitamos a repetição desnecessária e, para retomarmos uma ideia, nos utilizamos de estratégias de coesão textual. Marque, então, os termos que retomam o que foi destacado em cada parágrafo. Texto 16 SOMOS POEIRA DE ESTRELAS A matéria-prima do ar, das rochas e da vida foi e continua sendo forjada pelas pressões gigantescas que existem no coração das maiores estrelas. O astrônomo americano Carl Sagan, provavelmente o maior divulgador científico de todos os tempos, costumava dizer que nós – humanos, seres vivos da Terra, o próprio planeta e todo o sistema solar – somos poeira das estrelas. Era o modo lírico dele de explicar nossas origens no Universo. Só surgimos porque outras estrelas morreram há bilhões de anos, espalhando pelo espaço matéria composta de elementos químicos que viriam a nos constituir tempos depois. Esse, na verdade, é o processo de vida e morte que permeia todo o Cosmo. AS PRIMEIRAS ESTRELAS nasceram [...] em condições bastante diferentes das que formam novas estrelas hoje. Foi a morte delas, no entanto, em eventos violentos e espetaculares, que abriu caminho para a formação de sistemas solares como o nosso. Nos primórdios do Universo só havia no espaço os elementos químicos hidrogênio e hélio. Foi o calor gerado pela explosão dessas primeiras estrelas, mais ou menos 1 bilhão de anos depois, que ajudou a produzir e espalhar os elementos necessários à vida: carbono, nitrogênio e oxigênio, além de ferro, fósforo etc. Até o surgimento da Terra, no entanto, passou-se mais um bom tempo. Essas explosões espetaculares de estrelas são conhecidas como supernovas. Elas ocorrem, por exemplo, quando ESTRELAS ENORMES, com massa superior a 8 vezes a do nosso Sol, consomem todo o combustível em seu interior e ficam incapazes de se sustentar. Sem o suporte, a matéria de seu exterior acaba despencando em direção ao núcleo, e a estrela sofre um colapso. Isso provoca um aumento de temperatura e pressãoe ela explode, lançando estilhaços de carbono, oxigênio etc. Nesse momento, o brilho é tão forte que lembra mais o de um cometa – sem cauda, claro. Essas explosões acabam funcionando como os grandes motores das transformações cósmicas. O material jogado no espaço vai formar outras estrelas, outros planetas. [...] Giovana Girardi Revista Superinteressante - Edição 245ª novembro de 2007. Converse com o seu Professor(a) de Ciências sobre a evolução dos conceitos científicos. A ciência está sempre descobrindo novos caminhos. Alex Rubber Stamp 20LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO 1 – A quem se dirige o eu poético? _____________________________________________________________________ 2 – Para que servem os parênteses em “(direis)”, no primeiro verso? _____________________________________________________________________ 3 – Como é marcado o diálogo no texto? _____________________________________________________________________ 4 – Qual o estado de espírito do eu poético nas duas primeiras estrofes do texto? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 5 – Qual a explicação para o eu poético ouvir estrelas? Que palavra marca essa explicação? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 6 – Compare os textos 16 e 17 no que se refere à linguagem. Qual deles é literário? Explique. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Texto 17 VIA LÁCTEA (XIII) “Ora (direis) ouvir estrelas! Certo Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto E abro as janelas, pálido de espanto… E conversamos toda a noite, enquanto A via láctea, como um pálio aberto, Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, Inda as procuro pelo céu deserto. Direis agora: “Tresloucado amigo! Que conversas com elas? Que sentido Tem o que dizem, quando estão contigo?” E eu vos direi: “Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e de entender estrelas.” BILAC, Olavo. Antologia Poética. Porto Alegre: L&PM, 2012. E por falar em estrelas... Podemos utilizar a nossa língua portuguesa para informar, objetivamente, de forma utilitária, ou trabalhar o modo de dizer de forma artística, para causar, no leitor, uma emoção, um efeito estético. Quando a palavra é utilizada de forma predominantemente artística, subjetiva e figurada, temos o texto literário. Essas formas de utilização da linguagem marcam a diferença entre o texto literário e o não literário. “Olavo Bilac (Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac), jornalista, poeta, inspetor de ensino, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de dezembro de 1865, e faleceu, na mesma cidade, em 28 de dezembro de 1918. Um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, criou a cadeira nº. 15, que tem como patrono Gonçalves Dias. [...]” http://www.academia.org.br/academicos/olavo- bilac/biografia www.academia.org.br Alex Rubber Stamp 21LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO Texto 18 Livro Box Calvin e Haroldo – 7 volumes. Editora Conrad. Texto 20 http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/27431-tiras-de-armandinho#foto-449325 1 – Que crítica você pode perceber no texto 19? ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ http://www.porliniers.com/tiras/browse Texto 19 http://www.porliniers.com/tiras/browse Texto 21 1 – A tirinha mostra Calvin conversando com seu tigre Haroldo. Que informação da tirinha se relaciona ao texto 16? _________________________________________________________ _________________________________________________________ 2 – A imagem do terceiro quadrinho se diferencia. Que efeito ela produz? _________________________________________________________ _________________________________________________________ 3 – Explique o último quadrinho, tomando por base o texto verbal e o não verbal. _________________________________________________________ _________________________________________________________ 1 – Qual o sentido de “alcançar” no último quadrinho? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 1 – Qual o sentido de “estrelas” no texto? ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ Ainda estrelas... Eu fico com minha vida mil estrelas... Você viu toda essa gente que se mata por uma vida cinco estrelas? Pensar que existem pessoas que creem que as estrelas estão na televisão. Alex Rubber Stamp 22LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO O sonho domado Thiago de Mello Sei que é preciso sonhar. Campo sem orvalho, seca a fronte de quem não sonha. Quem não sonha o azul do voo perde o seu poder de pássaro. A realidade da relva cresce em sonho no sereno para não ser relva apenas, mas a relva que se sonha. Não vinga o sonho da folha se não crescer incrustado no sonho que se fez árvore. Sonhar, mas sem deixar nunca que o sol do sonho te arraste pelas campinas do vento. É sonhar, mas cavalgando o sonho e inventando o chão para o sonho florescer. Nossos sonhos também fazem parte do que somos. Leia os textos desta página e se inspire. No início deste novo ano, que sonhos aquecem o seu coração? Você já traçou metas para o ano que começa? O que deseja conquistar? O que pretende mudar? Seu desafio vai ser escrever os seus sonhos. Combine com seu (sua) Professor(a) uma forma de “guardar” esses sonhos. Ao final do ano, você poderá reler esse texto e refletir sobre sua caminhada. Essas são funções importantes da escrita: registrar, guardar. bi ch in ho sd ej ar di m .c om Livro Box Calvin e Haroldo – 7 volumes. Editora Conrad. M EL LO , T hi ag o de . M or m aç o na F lo re st a. R io d e Ja ne iro , C iv ili za çã o Br as ile ira . S ão P au lo :1 98 3. Alex Rubber Stamp 23LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO Seguimos falando de sonhos, agora retomando o poema de Thiago de Mello. M EL LO , T hi ag o de . M or m aç o na F lo re st a. R io d e Ja ne iro , C iv ili za çã o Br as ile ira . S ão P au lo :1 98 3. 1 – O que significa o sonho para o eu do texto? ______________________________________________________________________________ 2 – O que significa a) sonho domado ________________________________________________________ b) o sonho florescer ________________________________________________________ 3 – Qual a palavra no texto que está no mesmo campo semântico de “domado” ? _______________________________________________________________________________ 4 – Qual o tema do texto? _______________________________________________________________________________ 5 – Agora, relacione o texto à letra do samba-enredo “Sonhar não custa nada”. Qual o verso ou o conjunto de versos do texto 20 que se aproxima do sentido dos versos “Transformar o sonho em realidade/E sonhar com a mocidade/É sonhar com o pé no chão”? _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Você observou que, em vários textos deste início do caderno pedagógico, é utilizada a linguagem conotativa? Você foilevado a imaginar... O que seria “Viajar nos braços do infinito”? Como seria “...sonhar, mas cavalgando o sonho...”? A linguagem conotativa é também chamada de linguagem figurada exatamente porque ela evoca imagens, provoca o leitor para que ele associe ideias, indo além do sentido objetivo, denotativo. Não perca! Morde a Língua - O poeta é um fingidor: poesia. Acesse http://bit.ly/2nTI9hk Texto 22 O SONHO DOMADO Thiago de Mello Sei que é preciso sonhar. Campo sem orvalho, seca a fronte de quem não sonha. Quem não sonha o azul do voo perde o seu poder de pássaro. A realidade da relva cresce em sonho no sereno para não ser relva apenas, mas a relva que se sonha. Não vinga o sonho da folha se não crescer incrustado no sonho que se fez árvore. Sonhar, mas sem deixar nunca que o sol do sonho te arraste pelas campinas do vento. É sonhar, mas cavalgando o sonho e inventando o chão para o sonho florescer. Alex Rubber Stamp 24LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO Agora, você vai ler um texto escrito por um jovem como você. Texto 23 SONHANDO EM SER FELIZ Muitos adolescentes sentem-se perdidos quando o assunto é o futuro. Todos projetamos uma vida feliz, de acordo com critérios pessoais de felicidade, porém, ao mesmo tempo, nossos projetos são preenchidos por dúvidas e temores. Muitas vezes me pergunto quais são os meus objetivos e o que espero conquistar. Já perdi as contas de quantas vezes mudei de ideia e imagino que aconteça a mesma coisa com a maioria dos adolescentes da minha idade. É como um “tiro no escuro”, não temos certeza de nossas escolhas. Apaixonamo- nos e desapaixonamo-nos, sempre nos perguntando onde está o “amor de nossas vidas”. Nós, adolescentes, queremos tudo na hora; não gostamos do termo “esperar” [...]. Quantos de nós, quando éramos pequenos, dizíamos que moraríamos sozinhos aos 17 anos, dividindo apartamento com nossos amigos, e seríamos independentes? E percebemos que, na verdade, não é assim tão fácil. A maioria dos meus amigos tem dificuldade para escolher uma profissão. Ás vezes se perguntam: “será que é isso mesmo?”. Imagino que isso deva acontecer com todos nós. Acredito que a autoconfiança é um fator fundamental para alcançarmos qualquer objetivo. Se não confiarmos em nós, quem há de confiar? Portanto, devemos nos empenhar, independente do que escolhermos fazer: devemos dar tudo de nós. Monique Barbosa de Oliveira CIEP Francisco Cavalcante Pontes de Miranda. Projeto Redação Folha Dirigida, 2010. Você já deve ter estudado que uma forma básica de organizar um texto de base argumentativa é estruturá-lo em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. De forma geral, pode-se pensar assim: Introdução Apresenta a ideia central. Desenvolvimento São apresentadas as ideias secundárias. É a linha argumentativa, Conclusão Retoma a ideia central e, tendo em vista a argumentação anterior, a conclui, reafirmando o que foi dito, propondo, criticando, abrindo uma nova questão sobre o tema etc. 1 – Marque, no texto, a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. 2 – Qual a ideia principal do texto? ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ 3 – Cite um argumento utilizado para defender essa ideia: ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ 4 – Por que são utilizadas aspas no trecho ‘. É como um “tiro no escuro” ”, não temos certeza de nossas escolhas.’? ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ 5 – O que significa a expressão “tiro no escuro”? ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ 6 – Qual a ideia expressa pelo termo destacado em “Portanto, devemos nos empenhar, independente [ ...]. _________________________________________________________ 7 – Indique um trecho do texto em que se percebe a interação com o leitor. ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ Alex Rubber Stamp 25LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO O próximo texto é uma crônica. A crônica tem, como traço marcante, o olhar para o cotidiano, registrado em um texto geralmente conciso. A vivência do cronista e suas observações sobre a vida, sobre fatos banais – “pitorescos ou irrisórios” – do dia a dia, são assuntos de uma crônica. Antônio Cândido nos conta um pouco mais sobre a história da crônica: “Antes de ser crônica propriamente dita foi “folhetim”, ou seja, um artigo de rodapé sobre as questões do dia – políticas, sociais, artísticas, literárias. [...] Aos poucos o “folhetim” foi encurtando e ganhando certa gratuidade, certo ar de quem está escrevendo à toa, sem dar muita importância. Depois, entrou francamente pelo tom ligeiro e encolheu de tamanho, até chegar ao que é hoje.” In: Crônicas, 5/ Carlos Drummond de Andrade... [et al.]. São Paulo: Ática, 2011. (Para gostar de ler). A palavra CRÔNICA tem sua origem em khrónos, vocábulo grego que significa tempo. Ela é, em geral, publicada em jornais, em revistas, em blogs, que são publicações que obedecem a uma periodicidade de tempo. Não perca! Um vídeo sobre a nossa vida: crônica . Acesse Multirio http://bit.ly/2nTI9hk Texto 24 A MENSAGEM NA GARRAFA Como outros escritores veteranos recebo muitas obras de estreantes. Livros de contos, de poesia, crônicas, um ou outro romance; edições modestas, precárias até, várias delas obviamente pagas pelos próprios autores ─ é difícil arranjar editora quando se está começando. Sempre que posso mando algumas linhas para o remetente, ao menos para dizer que o livro chegou e que, se possível, vou lê-lo. Faço isso porque lembro o jovem escritor que fui, a ansiedade com que procurava fazer chegar meus textos às mãos de pessoas que conhecia e admirava. Esses dias recebi de um contista do Nordeste uma carta em que ele me agradece o fato de lhe ter respondido. E diz: “O difícil não é a gente escrever; difícil, mesmo, é encontrar alguém que leia o que a gente escreve. Pior do que não ter a quem contar o que a gente sente é contar o que a gente sente a quem não sente o que a gente conta.” *** Nestas frases está todo o drama da incomunicabilidade humana. Todos nós temos os nossos sofrimentos, as nossas angústias; todos nós queremos expressar essas coisas sob a forma de palavras, faladas ou, como acontece em alguns casos, escritas. Se há talento nisso, se o desabafo se transforma em literatura, é outra questão. O ponto crucial é que temos mensagens a transmitir, precisamos transmiti-las e não sabemos se alguém vai recebê-las. Aí se aplica a clássica metáfora do náufrago na ilha deserta que escreve um bilhete, e coloca-o numa garrafa e joga-a ao mar. Essa garrafa chegará a alguém? E esse alguém fará alguma coisa pelo náufrago? Ou estará o potencial salvador tão envolvido com seus próprios problemas que jogará fora garrafa e bilhete? Nós temos, sim, a capacidade de entender o outro, de corresponder a seu anseio. Chama-se empatia isso. Mas a capacidade de ser empático varia de pessoa a pessoa, e, numa mesma pessoa, varia com sua disposição momentânea. Há momentos em que estamos dispostos a recolher a garrafa da areia da praia e ler a mensagem que ali está. E, em outros momentos, passamos pela mesma garrafa e a vemos como prova de que as pessoas jogam lixo em qualquer lugar. *** Alex Rubber Stamp 26LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO 1 – Transcreva do primeiro parágrafo uma frase em que há a) uma comparação ___________________________________________________________________________________________________ b) uma opinião _______________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ c) uma condição ______________________________________________________________________________________________________
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