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Universidade Católica de Moçambique Instituto de Educação à Distância Resolução de exercícios Verónica Monteiro Pedro 708205368 Licenciatura em Ensino de Educação Física e Desporto Pedagogia do Desporto 2º Ano, IIo Grupo, Turma: C Nampula, Maio, 2021 Universidade Católica de Moçambique Instituto de Educação à Distancia Resolução de exercícios Licenciatura em Ensino de Educação Física e Desporto Trabalho de carácter avaliativo apresentado na cadeira de Pedagogia do Desporto, 2º Ano, IIo grupo, Turma: C, orientado pelo: Docente: Mouzinho Mutiquina Nampula, Maio, 2021 ii Folha de Feedback Categorias Indicadores Padrões Classificação Pontuaçã o máxima Nota do tutor Subtotal Estrutura Aspectos organizacionais Índice 0.5 Introdução 0.5 Discussão 0.5 Conclusão 0.5 Bibliografia 0.5 Conteúdo Introdução Contextualização (Indicação clara do problema) 2.0 Descrição dos objectivos 1.0 Metodologia adequada ao objecto do trabalho 2.0 Análise e discussão Articulação e domínio do discurso académico (expressão escrita cuidada, coerência / coesão textual) 3.0 Revisão bibliográfica nacional e internacional relevante na área de estudo 2.0 Exploração dos dados 2.5 Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0 Aspectos gerais Formatação Paginação, tipo e tamanho de letra, paragrafo, espaçamento entre linhas 1.0 Referências Bibliográficas Normas APA 6ª edição em citações e bibliografia Rigor e coerência das citações/referências bibliográficas 2.0 iii Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ iv Índice Introdução ......................................................................................................................... 5 Pedagogia do desporto ...................................................................................................... 6 1. Conceitos ............................................................................................................... 6 2. Definição da Pedagogia do Desporto .................................................................... 7 3. Pedagogia do desporto .............................................................................................. 7 3.1. A pedagogia do desporto ................................................................................... 7 3.2. Objetivos da pedagogia do desporto .................................................................. 8 3.3. Aplicação da pedagogia do desporto nas escolas .............................................. 8 3.4. O papel do professor na pedagogia do desporto ................................................ 9 3.5. Importância de contar com cursos de qualidade ................................................ 9 4. Jogos desportivos e suas modalidades .................................................................... 10 6. A importância da comunicação no desporto ........................................................... 14 6.1. Comunicação assertiva: fundamental no desporto ........................................... 14 7. Aspectos técnicos – tácticos do desporto ................................................................ 15 7.1. Importâncias técnicas culturais ............................................................................ 16 7.2. Conceitos das técnicas corporais ......................................................................... 16 7.3. Táctica .................................................................................................................. 16 8. Pressupostos da ciência tradicional e os jogos desportivos e coletivos .................. 17 Conclusão ....................................................................................................................... 22 Referências Bibliográficas .............................................................................................. 23 5 Introdução O presente trabalho é da cadeira de Pedagogia do Desporto, onde abordar-se-á o conceito da pedagogia, a definição da pedagogia do desporto, debruce sobre pedagogia do desporto, jogos escolares e suas modalidades, historia e origem dos jogos desportivos e colectivos, importância da comunicação nos jogos desportivos, aspectos técnicos - tácticos do desporto e a visão tradicional da ciência nas ciências do desporto. Frisar que, o objecto da pedagogia do desporto é composto pela relação do jogo e do desporto com o corpo e o movimento, considerando as relações de força existentes na interação entre os inúmeros factores envolvidos no processo de iniciação desportiva, tais como: professores, pais, dirigentes desportos, directores escolares e tendo como tarefa ensinar técnicas, tácticase valores sociais indispensáveis para o desenvolvimento da criança, jovem ou adolescente. A Pedagogia do Desporto centra-se essencialmente constituição da ligação do jogo e do desporto ao corpo e ao movimento. No âmbito do seu objecto está toda a acção de movimento corporal que se manifesta em termos desportivos e lúdicos com ou contra pessoas activas, cujas motivações têm a ver com os processos de educação, formação, desenvolvimento e aprendizagem. A pedagogia do desporto provocar gradativamente uma mudança da filosofia que envolve o desporto e deve atribuir ao desporto um aspecto educativo, enfatizando o desenvolvimento global do indivíduo e utilizando o jogo como agente facilitador desse processo. Uma proposta embasada na pedagogia do desporto não pode estar nem acima nem abaixo do nível de desenvolvimento do aluno, deve facilitar a aquisição do conhecimento, na qual a criança reduz seu desempenho diante das dificuldades, mas se sente motivada, com seus recursos actuais, a realizá-las e superá-las, garantindo as estruturas necessárias para graus mais elevados de conhecimento. A pedagogia do desporto explora as potencialidades dos alunos, respeitando as características, expectactivas e aspirações de cada um, como também suas limitações e proporcionar actividades de diferentes modalidades. A pedagogia do desporto é uma das formas de proporcionar o desenvolvimento integral do indivíduo, uma vez que integra valores sociais e educacionais aos jogos e actividades desportivas. 6 Pedagogia do desporto 1. Conceitos Pedagogia é um conjunto de técnicas, princípios, métodos e estratégias da educação e do ensino, relacionados à administração de escolas e à condução dos assuntos educacionais em um determinado contexto. A Pedagogia é a ciência que tem a educação como objeto de estudo, diz Libâneo (2001). Portanto: “é a Pedagogia que pode postular o educativo, propriamente dito, e ser ciência integradora dos aportes das demais áreas. Isto não quer dizer, todavia, que ela, por isso, passa ocupar lugar hierarquicamente superior às demais” (LIBÂNEO, 1996, p. 118). Outro educador que tem como preocupação a Pedagogia é Saviani (2001), que também preconiza que a Pedagogia tem íntima relação com uma teoria da prática educativa. Salienta que: Na verdade o conceito de Pedagogia se reporta a uma teoria que se estrutura a partir e em função da prática educativa. A pedagogia, como teoria da educação, busca equacionar, de alguma maneira, o problema da relação educador-educando, de modo geral, ou, no caso específico da escola, a relação professor-aluno, orientando o processo de ensino e aprendizagem (SAVIANI, 2001, p. 102). Ainda, Saviani (2007), remete-se a Giovani Genovesi ao escrever sobre a Pedagogia como ciência. A Pedagogia é ciência autônoma porque tem uma linguagem própria, tendo consciência de usá- la segundo um método próprio e segundo os próprios fins e por meio dela, gera um corpo de conhecimentos, uma série de experimentações e de técnicas sem o que lhe seria impossível qualquer construção de modelos educativos (GENOVESI, 1999, p. 79-80 apud SAVIANI, 2007, p. 102). Mazzotti (1996) considera que é viável e possível sustentar a Pedagogia como uma ciência da prática educativa, utilizando as lógicas não-clássicas. Estas lógicas seriam utilizadas no exame das teorias pedagógicas antecipações das ações, em última instância- para verificar quais os enunciados corretos – todavia, não-passíveis de validação lógica- quais os enunciados válidos e quais os não-válidos (MAZZOTTI, 1996, p. 14). Para Mazzotti (1996), a Pedagogia é uma ciência da prática educativa fundamentada numa reflexão sistemática sobre a técnica particular: a educação. Salienta o autor, que ao não 7 considerar a Pedagogia como ciência da prática educativa, aceita-se que toda e qualquer prática humana se constitui em arte, pura e simplesmente. 2. Definição da Pedagogia do Desporto Pedagogia do Desporto é uma disciplina do grupo das Ciências do Desporto envolvida com as questões da formação e da investigação pedagógica nas actividades físicas e desportivas, envolvendo-se na formação de competências profissionais ligadas às metodologias e didácticas, às tecnologias educativas, à avaliação e organização educativa (dimensão tecnológica) e às questões da Axiologia e Epistemologia Pedagógica, da Sócio e Psicopedagogia e das Teorias Educativas (dimensão teórica). Portanto, a pedagogia do desporto é direcionada para dar os fundamentos teóricos para a prática dos desportivos com o objetivo de melhorar o desenvolvimento do homem e enriquecer a qualidade de vida. 3. Pedagogia do desporto O desporto no ambiente escolar é fundamental para estimular o desenvolvimento de competências sociais, comunicacionais e técnicas, orientando o aluno de forma prática a se relacionar com as suas próprias necessidades e com as dos outros. Assim, a pedagogia do desporto tem uma importante função na formação de atletas e também cidadãos. Contudo, por meio das práticas desportivas, outros valores são aprendidos, como a tolerância, cumprimento de regras, a persistência, saber ganhar e perder, saber esperar e outras noções de convivência, além dos próprios benefícios oriundos das atividades físicas. 3.1.A pedagogia do desporto Pedagogia do desporto é a ciência que estuda a intervenção do processo de ensino, treinamento e aprendizagem, além da vivência do desporto. Com essa ciência é possível acumular um conhecimento importante a respeito da sistematização, organização, aplicação e metodologias de análise referente às atividades esportivas em vários sentidos e manifestações. Portanto, a pedagogia do desporto pode ser classificada como uma estrutura educacional na qual são realizadas intervenções e ações intencionais, com investimento nas exigências pedagógicas, que assume a responsabilidade de conduzir a relação entre prática e teoria. Nesse sentido, a pedagogia do desporto assume o para quê, o porquê, o quê e o como ensinar desporto, levando em consideração ambientes diversos para faixas etárias distintas. http://blog.unisportbrasil.com.br/saiba-como-funciona-o-treino-funcional-para-futebol/ 8 3.2.Objetivos da pedagogia do desporto Resumidamente, a pedagogia do desporto contribui para a formação social e intelectual dos estudantes, possibilitando experiências práticas que exercitam as habilidades de se trabalhar em grupo, e também, habilidades individuais. Nesse cenário, são trabalhados fatores morais como o respeito, a persistência, o cumprimento de regras, saber esperar a sua vez, saber ganhar e também saber perder, a tolerância, saber lidar com suas emoções negativas, sem descontá-las nos demais participantes do jogo. Além disso, a pedagogia do desporto também colabora para a saúde das crianças e jovens da atualidade. Isso, porque as novas gerações são hiperconectadas e acabam deixando de lado atividades físicas, como brincar e correr, para usarem, desde muito cedo, os aparelhos móveis, como tabletes e smartphones, favorecendo o sedentarismo. Diante dessa realidade, a escola assume a responsabilidade de apresentar a prática esportiva para as crianças, estimulando-as a criar o hábito das atividades físicas. 3.3.Aplicação da pedagogia do desporto nas escolas A pedagogia do desporto tem o professor de educação física como facilitador das atividades, e ele deve seguir as novas tendências, que vão além das metodologias de trabalho tradicional. Essas metodologias surgem sob uma nova perspectiva, sendo diretamente influenciada pelas teorias interacionistas, que trazem um novo modelo de pensar e agir no desporto. A metodologia intervencionista modifica a forma de pensar o processo da atividade física e, sob essa perspectiva, altera também os princípios que regem as atividades esportivas na escola. São exemplos, o estudo do processo baseado na inteligência interpretativa,nas competências para o jogo e na tomada de decisão. Ao levar em conta as metodologias interacionistas, os jogos coletivos, por exemplo, prezam pelas habilidades de ações do jogo — não dos movimentos ou dos gestos. Por sua vez, o jogo, é conduzido para aumentar as possibilidades de ações — condutas motoras —, sendo um processo concedido a todos, ou seja, não há pré-requisitos para sua prática. Dessa forma, o estudante é analisado como indivíduo ativo em seu desenvolvimento, passa a influenciar o ambiente — que deve oferecer vastas possibilidades — e também sofre influência dele. http://blog.unisportbrasil.com.br/aula-de-educacao-fisica/ 9 Além disso, o aluno tende a buscar maior autonomia aliada à emancipação e aprende a tomar decisões — principalmente à medida que se torna consciente de suas atitudes e da manifestação da lógica do desporto no seu âmbito social e cultural. 3.4.O papel do professor na pedagogia do desporto O professor no novo contexto pedagógico — que tem a metodologias interacionistas como foco — deve pautar suas atividades na dinâmica e funcionalidade do jogo, conduzindo os trabalhos com base nas relações de cooperação e oposição, tanto coletivas quanto individuais. Nesse sentido, a aprendizagem do jogo deve ser direcionada de forma a compreender os princípios da lógica da elaboração de raciocínios que levem à gestão e regras de ação (ações táticas intencionais) diante da situação apresentada. Assim, ao vivenciar sua autonomia, o estudante passa a exercer um papel ativo no processo de seu próprio desenvolvimento, regulando suas ações e elaborando de forma intencional seus projetos de ação nos jogos propostos na escola. As atividades acontecem alinhadas com os referenciais funcionais de defesa e ataque, e os referenciais estruturais do jogo, que dizem respeito aos parceiros, regras do jogo, adversários, alvos e espaço. Um professor que segue as metodologias interacionistas pode ensinar usando jogos semelhantes, colocando os esportes em blocos que consideram a lógica de cada uma dessas atividades. Assim, ele compreende, por exemplo, que a estratégia do passe no polo aquático é a mesma do basquete e das outras atividades coletivas. Nesse cenário, ao entender a lógica do passe, torna-se mais fácil para o aluno fazer a construção de ações motoras para cada jogo em específico. Logo o motivo de fazer, chamada de tática, será determinante para o modo de fazer, compreendendo a técnica. E, assim, o aluno aprende o desporto jogando-o. 3.5.Importância de contar com cursos de qualidade Novas abordagens para o ensino no desporto surgem todos os dias, e é muito importante manter os estudos para acompanhar as tendências e as novidades. Para isso, contar com o apoio de instituições de ensino de credibilidade é fundamental, assim como avaliar os docentes dessas http://blog.unisportbrasil.com.br/drible-no-basquete/ http://blog.unisportbrasil.com.br/formacoes-e-taticas/ 10 instituições. Contar com profissionais que apresentam, além da vivência teórica, uma abordagem prática, é fundamental para garantir uma capacitação de qualidade. Diante disso, fica evidente que a pedagogia do desporto vem se reinventando, principalmente pelas metodologias interacionistas, que abordam importantes construções para o desenvolvimento do atleta e também para a construção de cidadãos mais conscientes. 4. Jogos desportivos e suas modalidades O jogo desportivo trata-se de uma atividade de movimento e também emocional. E além de possui uma finalidade desportiva, também tem o objetivo de ser algo referente a entretenimento e ajudar também na adaptação de um ou mais indivíduos quanto a socialização. No entanto, seu foco principal é a disputa, no que diz respeito a arte dos atletas, outra conhecida como agonística. Aqui é comum que sejam formadas equipes (grupos) ou mesmo que se jogue de forma individual, como é o caso do tênis, golfe, ciclismo, hipismo, surf, skate, ginástica ou automobilismo, por exemplo. Ainda que a capacidade física seja muito importante para obter bons resultados finais, existem outros fatores que incidem no desenvolvimento do desporto, como é o caso do equipamento do desportista (a roupa, instrumentos, etc.) e a força mental. Pedagogos tem dado elevada importância aos jogos desportivos na formação de crianças e jovens, uma vez que esses jogos estimulam comportamentos positivos como a interação, inclusão e o trabalho em conjunto. No desporto, conjuga-se a competência com o entretenimento tanto para os praticantes (quem pratica) como para os espectadores (quem assiste). Posto isto, os desportos são disciplinas profissionais em que os desportistas recebem dinheiro pelo exercício das suas actividades e os espectadores pagam para assistirem aos mesmos, nos estádios e ginásios. O futebol e o basebol, conforme o país, são exemplos de desportos que fazem circular milhões de euros. Nos jogos desportivos há os regulamentos que tem tanto a finalidade de organizar o jogo, sendo distinto para cada modalidade esportiva, quanto também estipula o modo como os jogadores, treinadores e demais envolvidos devem ser comportar. Ainda falando sobre jogos desportivos, existem os conhecidos por “jogos pré-desportivos”. Esses são conhecidos por terem a finalidade de preparar um indivíduo para os jogos desportivos. https://conceito.de/ser https://conceito.de/arte https://conceito.de/caso https://conceito.de/quem 11 Em outras palavras, os jogos pré-desportivos são como uma espécie de treino quanto ao que é essencial para uma modalidade esportiva. Eles ajudam também a desenvolver o trabalho em equipa. Em comparação com os jogos desportivos, os jogos pré-desportivos possuem um caráter mais recreativo, tendo regras mais flexíveis e havendo também uma variação quanto a sua duração e quantidade de jogadores, por exemplo. Os jogos desportivos, para concluir, são atividades que combinam, em maior ou menor medida, diferentes facetas dos jogos e do desporto, como o entretenimento, o desenvolvimento físico, o estímulo mental, o desempenho e a competição. Modalidades esportivas são: 1) Atletismo Comum nas olimpíadas; Envolve desafios de altura, distância e corrida; 2) Badminton Jogo com raquetes e uma peteca; Teve sua origem na Índia; 3) Basquete Consiste em acerta a bola em uma cesta; 4) Beisebol Jogo com 2 times que consiste em defesa e ataque; Possui 9 jogadores em cada time e 4 juízes; 5) Boxe Surgiu na Grécia; Consiste na luta em dois adversários; 6) Canoagem Surgiu no Egito no século XV; 7) Ciclismo Pode ser realizado na pista, estrada ou mountain bike; 8) Esgrima Surgiu como técnica de sobrevivência, porém, com o surgimento das armas tornou-se um esporte; 9) Ginástica Artística Envolver homem e mulheres; 12 A primeira participação do Brasil ocorreu em Moscou em 1980; 10) Halterofilismo Consiste no levantamento de peso; 11) Handebal Jogo de quadra composto por 2 equipes de 7 jogadores; 12) Hipismo É um esporte equestre; 13) Hóquei Praticado desde 2.000 aC 14) Judô É uma arte marcial praticada entre dois indivíduos oponentes; 15) Natação Esporte aquático com modalidades do tipo: borboleta, peito, crawl, etc; 16) Tênis Consiste em duas equipes adversárias compostas de 2 ou 4 pessoas; 17) Vela Esporte aquático praticado desde o século XVII; 18) Vôlei Foi criado nos EUA e entrou nas Olimpíadas em 1964. 19) Futebol Composto de 2 equipes de 11 jogadores; 20) Patinação no Gelo Surgiu na Europa por volta de 1000 a.C. 5. A história e a origem dos jogos desportivos e colectivos Alguns indícios sobre o início da realização de algumas práticas desportivas: Por volta de 1850 a.C., foi descoberto no Egito, na Necrópole de Beni-Hassan, um mural com imagens que mostravam a luta em vários movimentos. Na Irlanda ocorreramarremessos em 1830 a.C. e salto em altura em 1160 a.C. Vestígios dos primeiros esquiadores são apontados na Noruega e dos primeiros remadores e pescadores na Rússia. Outros importantes indícios são retratados por Duarte (2003, p. 13): Em 1500 a.C., em Creta, praticava-se o pugilismo. Em 1300 a.C. a 800 a.C. já havia o jogo da pelota. Homero, em 1200 a.C., faz versos para retratar os Jogos Fúnebres, no Canto XXIII da 13 Ilíada […] Em 776 a.C. temos os Jogos Olímpicos gregos, com importância local e regional, que depois passam a ser o próprio calendário, pois eram disputados de quatro em quatro anos. As primeiras ‘corridas de fundo’, com 4 mil metros e 164 centímetros, são disputadas em 720 a.C. A luta e o pentatlo (corrida, disco, luta, salto em distância e dardo) estão nos Jogos de 708 a.C. Em 648 a.C. entra o puligismo, e em 632 a.C. ocorrem as competições para juniores (16 a 18 anos) e as corridas de quadrigas. Data-se que o profissionalismo no desporto foi considerado a partir de 580 a.C., onde ocorreu a instituição de prêmios em dinheiro aos campeões, tais campeões recebiam premiações de 500 dracmas e ânforas de óleo. “De 75 d.C. a 83 d.C., o desporto ganhou mais destaque, e novas competições ocorreram na Grécia e em Roma” (DUARTE, 2003, p. 14). Em 1336 e 1492 apresentam-se as notícias iniciais sobre o alpinismo. Praticavam-se o sumô, por volta de 754 a.D., nos templos Shinto. Em 1684 é conhecida a arena circular. Aponta-se que o esqui surgiu na Finlândia e na Suécia em 1771. Em 1603 a natação torna-se obrigatória no Japão. E finalmente, não deixaríamos de comentar sobre um dos desportos mais inspiradores para os brasileiros. Não é tão difícil adivinhar a que estamos nos referindo! Sim, isso mesmo, a nossa paixão nacional, o Futebol. Veja alguns relatos que já dão início a esse desporto. Na China, em 2600 a.C. surge o kemari, uma invenção do sr. Yang-Tsé. O kemari era composto por oito jogadores de cada lado em um campo quadrado de 14m separado por um fio de seda amarrado em duas estacas fincadas no chão. Os jogadores deviam passar a bola de 22 cm de diâmetro, além das estacas, com os pés, sem deixar a bola cair. A bola era preenchida com cabelos para que ficasse cheia. Pensa-se que o futebol surgiu a partir desse acontecimento, mas há muitas dúvidas e polêmicas. Na Grécia antiga havia um jogo disputado com bola, a bola era feita de bexiga de boi e revestida por uma capa de couro. Surgiu em 1488 o desporto chamado cálcio florentino, considerado por muitos como o “pai do futebol”. Seu surgimento deu-se precisamente em 15 de fevereiro de 1488, na Praça Santa Croce, de Florença. Era composto por duas equipes, Brancos X Verdes, e cada equipe possuía mais de 25 jogadores, com defensores, passadores e corredores. Há relatos de que em 1660 iniciaram os regulamentos no futebol, como o número de participantes no jogo e o tamanho do terreno (80 m x 120 m). Também surgem os gols, inicialmente chamados de arcos. O pioneirismo do futebol é disputado entre Franceses e Ingleses, mas há quem afirma que a organização é inglesa. 14 De acordo com Duarte (2003, p. 214 – 215) “O jogo começou a ser organizado há 150 anos […] Em 1868 surge a figura do árbitro […] Em 1891 aparecem as redes”. “Em 1907 temos a lei do impedimento, alterada em 1926.O futebol como é hoje conhecido chegou à França em 1872, à Suíça, em 1879, à Bélgica, em 1880; à Alemanha, Dinamarca e Holanda, em 1889; à Itália em 1893; aos países da Europa Central, em 1900. Em 1904, surge a Federação de Futebol Association (FIFA)”. (DUARTE, 2003, p. 215). Historiadores relatam que o futebol surgiu no Brasil através dos marinheiros de navios ingleses, holandeses e franceses que na segunda metade do século XIX vinham ao nosso país. “Eles jogavam em nossas praias, durante as paradas dos seus navios, iam embora e levavam a bola”. (DUARTE, 2003, p. 215). Outros historiadores informam que foi em Jundiaí, em 1882, que o futebol começou a ser jogado no Brasil, mais precisamente pelos funcionários do São Paulo Railway, e na mesma época funcionários da Estrada de Ferro Leopoldina começam a jogar o futebol no Rio de Janeiro. 6. A importância da comunicação no desporto A comunicação é alcançada quando um emissor envia uma mensagem para um receptor através de um canal. No entanto, a comunicação nunca é clara, concisa e direta, pois geralmente existem várias interferências. No desporto, essas interferências são especialmente relevantes e é de grande importância que os atletas adquiram a capacidade de superá-las. Entre as principais, podemos destacar: Ambientes saturados de ruído: os cenários em que a atividade esportiva geralmente ocorre têm muito ruído dos torcedores, o que pode dificultar a comunicação entre os participantes. Presença de rivais: muitas vezes as mensagens precisam ser criptografadas, o que se consegue quando os membros da equipe se entendem muito bem. Múltiplas funções: existem muitos participantes em uma equipe e, por sua vez, muitas funções. Se a comunicação não estiver bem estruturada, isso pode ser um problema. 6.1.Comunicação assertiva: fundamental no desporto A nível psicológico, a comunicação é um pilar para que os membros da equipe possam realizar suas tarefas de acordo com certas diretrizes. Uma comunicação vertical e de comando por parte dos treinadores poderia deixar as diretrizes claras, mas não ser assertivas, por carecer de bidirecionalidade. https://amenteemaravilhosa.com.br/ciencia-dos-tabus-linguisticos/ https://amenteemaravilhosa.com.br/ciencia-dos-tabus-linguisticos/ 15 A comunicação assertiva é alcançada quando um atleta, além de receber ordens estratégicas, faz parte do processo em que se desenvolvem decisões. Quando um atleta se sente parte de um projeto, significa que se sente ouvido, que tem voz dentro da equipa. Um atleta precisa se sentir reconhecido por mais do que suas habilidades desportivas. Por isso, quanto mais participação tiver no processo de comunicação, melhor será seu rendimento pessoal e da equipa. 6.2.O papel do treinador Os treinadores, além de serem um ponto de referência, são os que transmitem as diretrizes de funcionamento da equipe. Então, alcançar uma comunicação assertiva irá depender principalmente do estilo de comunicação do treinador. Algumas dicas podem ser as seguintes: Ser claro e conciso: não é necessário deixar aspectos relacionados ao jogo abertos à interpretação. É necessário ser claro nas ideias, nos conceitos e na maneira como são transmitidos. Ser direto: a comunicação através de terceiros não é a mais assertiva e geralmente gera o efeito de um telefone sem fio. Usar vários recursos: a comunicação nem sempre é falada, um treinador precisa gesticular, escrever, desenhar e usar todos os meios à sua disposição para transmitir suas ideias. Permitir a inclusão: um treinador deve fazer com que seus atletas se sintam ouvidos sem que isso interfira demais em suas ideias de jogo. Então, deve estabelecer uma comunicação bidirecional. Nesse sentido, o feedback é a ferramenta pela qual as necessidades e emoções de todos podem ser ouvidas. Convencer: ser carismático depende de uma comunicação assertiva. Se os atletas confiam no treinador e entendem como ele transmite as coisas, será mais fácil convencê- los de que podem alcançar os objetivos. 7. Aspectos técnicos – tácticos do desporto As características técnico-tácticas e estratégias de vivência, assim como possibilidades de aprendizagem social que a prática desportiva favorece quando bem orientada. Classifica-se a técnica desportiva de acordo com as condições que são exigidas: https://fitpeople.com/pt/esportes/os-atletas-mais-bem-pagos-do-mundo/ https://fitpeople.com/pt/saude/psicologia-esportiva/psicologos-esportivos/ https://fitpeople.com/pt/fitness/lista-de-objetivos-para-sua-rotina-diaria/ 16 1. Como a solução de tarefasmotoras (ou seja, quando as condições são constantes) ou 2. De um problema motor (quando as condições são variadas). 7.1. Importâncias técnicas culturais Para o indivíduo em idade escolar. Assim como ler e escrever, o desporto e suas técnicas são conhecimentos a serem estudados, seja no ensino formal ou não formal. Entretanto, conhecer os fundamentos não se mostram suficientes para tornar uma pessoa apta a jogar um jogo colectivo, é necessário saber utilizá-los em situações de jogo. É a interacção do fundamento com a exigência que o jogo faz de utilizacção do mesmo em um momento determinado de uma maneira específica que justificam sua importância. 7.2. Conceitos das técnicas corporais As maneiras como os homens, sociedade por sociedade e de maneira tradicional, sabem servir- se de seu corpo.os dois conceitos que devem se ligar à idéia de técnica corporal: 1. A tradição e 2. A eficácia simbólica. Estão vinculados à transmissão de gestos, imbuídos de valores, sendo esta característica que diferencia as técnicas humanas dos movimentos dos animais. 7.3. Táctica É a capacidade de desempenho individual ou colectiva de oposição a um adversário. Divide-se em geral e especifico: 1. Gerais: são regras gerais comuns a diversas modalidades desportivas 2. Específicas: são regras de uma determinada modalidade. Pode-se tambem classificar em: 1. Individual (uso da técnica em situações isoladas do jogo); 2. Grupo (2 ou 3 jogadores) ou colectiva (3 ou mais jogadores em acção). Táctica está relacionada à organizacção colectiva do jogo, à manifestação de sua lógica e funcionamento. É fundamental à criança ter, desde sua iniciacção em JDCs, estímulos para o entendimento táctico. No caso de professores que trabalham com a iniciacção desportiva infantil em uma modalidade específica, é possível que o professor de iniciacção em basquetebol, por exemplo, use como elemento pedagógico, o futebol. No entanto, é importante que após essa prática sejam discutidas 17 com os alunos as semelhanças e diferenças deste desporto com o basquetebol, construindo relações entre os vários jogos desportivos e colectivos e compreendendo a táctica básica destes jogos, englobando as ações defensivas, ofensivas e de transição. O exemplo do futebol se torna ainda mais rico se considerarmos o valor que este desporto tem em nossa cultura e o quanto ele é conhecido pelas crianças brasileiras, facilitando as chamadas transferências. Tendo em vista a técnica e a táctica, não deve ser apresentada dissociada da outra, pois, se queremos que nosso aluno compreenda a lógica táctica é importante que ele disponha de elementos técnicos. Da mesma forma, quando se propõem a técnica, esta deve ser compreendida dentro do contexto táctico, sendo os aspectos físicos e psico-cognitivos também exigidos a todo o momento. A partir do ponto no qual a criança vai desenvolvendo esses itens aumentam suas possibilidades de resolver os problemas do jogo e fazê-los com variações de movimento e táctica, ou seja, dominar os gestos e tomar decisões flexíveis para resolução de problemas. 8. Pressupostos da ciência tradicional e os jogos desportivos e coletivos Os Jjogos desportivos e colectivos integram o grupo dos desportos designados de cooperação/oposição, com ou sem compartilhamento do terreno de jogo. As ações são resultantes do conflito de objetivos opostos com a finalidade de conseguir gerir situações de proveito próprio, cuja frequência, ordem cronológica e complexidade não podem ser determinadas antecipadamente. Essas características, além da condição decisória dos jogadores (autonomia), variabilidade das acções, rapidez das decisões táticas e das ações motoras em um movimento ininterrupto de relações recíprocas de comunicação (companheiros e oponentes) em função de um objetivo comum, faz do jogo um sistema complexo. Na conjectura de um sistema complexo, "[...] o jogo é um acontecimento caótico, particularmente sensível às condições iniciais" (GARGANTA; CUNHA E SILVA, 2000, p. 6), o qual existe na fronteira entre o caos e a ordem. Por conseguinte, estamos falando de um fenômeno de natureza adaptativa e acontecimental, em que as partes não podem ser reduzidas e os antagonismos não são excludentes. Os antagonismos coabitam revelando a natureza do jogo nas propriedades que emergem da interação (referências estruturais e funcionais) e sua dinâmica. A natureza do jogo observada na ótica da complexidade é recente. Ainda, o conhecimento acumulado (estudo e intervenção) em jogos desportivos e colectivos, está pautado em um modelo de Ciência tradicional e/ou mecanicista. E ainda mais recente é o interesse da Ciência moderna pelo desporto. https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B17 18 De acordo com Vasconcellos (2002, p. 60), a Ciência moderna se constitui a partir do século XVI e se fortalece no século XVII, com o estudo do "mundo das coisas" (nestes séculos com ênfase na astronomia e física); posteriormente, ao longo dos séculos XVII e XVIII, a Ciência se volta ao "mundo dos homens", dando origem às ciências humanas. Todavia, ainda que a sistematização científica no desporto seja bem recente, reflete uma forte fundamentação na perspectiva científica fundada nos séculos XVI e XVII, por pensadores como Bacon, Galileu, Descartes e Newton, os quais construíram os pressupostos que Vasconcellos (2002) denomina de 'ciência tradicional', os quais podem ser agrupados em três: 1. Simplicidade: o mundo e os objetos de estudo podem ser divididos em partes simples, sendo que, a partir da separação das partes, pode-se entender o todo - relações casuais lineares 2. Estabilidade: previsibilidade dos fenômenos, crença na reversibilidade e controle dos fenômenos - determinação 3. Objetividade: obter uma versão única do conhecimento como critério de ciência - a verdade Vasconcellos (2002) explica que o pressuposto da simplicidade prevê a divisão do conhecimento em categorias para classificar os objetos ou fenômenos em perspectiva determinista, em uma tendência ao reducionismo dos fenômenos estudados, sendo que um objeto não pode pertencer a duas categorias e as categorias devem ser excludentes entre si. Quando surge uma nova teoria, a anterior é descartada. Ao nos dirigirmos ao fenômeno desport, nota-se uma aproximação do pressuposto da simplicidade com os métodos de ensino e treinamento baseados no princípio analítico-sintético. O princípio analítico-sintético propõe o ensino, vivência e aprendizagem do esporte a partir do exercício de habilidades isoladas, com ênfase na repetição de tarefas para o aprimoramento técnico (as denominadas sequências pedagógicas), o qual deve preceder a prática do jogo formal (DIETRICH; DÜRRWÄCHTER; SCHALLER, 1984; FERREIRA; GALATTI; PAES, 2005; GALATTI et al., 2012), nos remetendo a um princípio metodológico sustentado em uma concepção tradicional. No princípio analítico-sintético, os sistemas são concebidos como agregados mecânicos de partes em relações causais separadas umas das outras (VASCONCELLOS, 2002). No entanto, não podemos simplesmente excluí-los ou substituí-los, mas é necessário compreendermos sua importância no processo do surgimento e evolução dos métodos - até chegarmos aos métodos https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B46 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B46 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B46 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B06 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B08 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B11 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B11https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B46 19 globais, tão importantes no trato com os jogos desportivos e colectivos - e sabermos de sua utilidade em determinadas etapas do processo de ensino, vivência, aprendizagem e treinamento. Não há como negar, no entanto, que sobre os pressupostos da simplicidade os métodos de ensino baseiam-se na redução dos jogos desportivos e colectivos em fundamentos específicos de uma modalidade determinada. Chegamos ao que Vasconcellos (2002, p. 76) chama de tendência a buscar uma "Causalidade Linear Unidirecional" entre os fatos. Como exemplo, trazendo para o universo da modalidade basquetebol, o processo de ensino passaria pelas seguintes etapas, organizadas hierarquicamente em: (1º) Aprender a correr corretamente - (2º) aprender a driblar - (3º) passar e receber (primeiro parado, depois em deslocamento) - (4º) arremessar/bandeja - (5º) jogar basquetebol (GALATTI, 2006). Nota-se uma relação de causa-efeito entre as etapas, ou seja, para que se possa jogar basquetebol, deve-se primeiramente saber arremessar a bola; antes de saber arremessar a bola, é preciso que o aluno saiba recebê-la e passá-la corretamente; antes, porém, ele deve aprender a driblar a bola, o que por sua vez só pode ser feito se o aluno tiver uma técnica mínima de corrida. Essa perspectiva prevaleceu nas primeiras propostas metodológicas sistematizadas para o ensino dos jogos desportivos e colectivos por volta da década de 1960 (GARGANTA, 1995) e, ainda que criticada pelas propostas contemporâneas, se mostra presente na prática pedagógica atual (REVERDITO; SCAGLIA, 2009; FERREIRA, 2009; MESQUITA; PEREIRA; GRAÇA, 2009; GALATTI et al., 2013; GALATTI et al., 2012). O pressuposto da estabilidade, por sua vez, baseia-se na crença de que o mundo é estável e as coisas se repetem com regularidade, "[...] concebendo um mundo ordenado, cujas leis de funcionamento, simples e imutáveis, podem ser conhecidas buscando conhecer relações funcionais entre as variáveis" (sempre que determinado fato acontecer, a consequência será a mesma, em expectativa de constante previsibilidade) (VASCONCELLOS, 2002, p. 81). Assim, os objetivos da ciência seriam explicar, prever, controlar os objetos, ou seja, a partir do conhecimento das leis, torna-se possível manipular os fenômenos. Observando à Ciência a partir deste pressuposto, o cientista é o observador, ou aquele que conhece, que pode manipular e que deve ser competente para fazer isso. O mesmo aconteceria nas práticas pedagógicas: Na educação ou outras práticas instrutivas: determinismo ambiental, ou seja, o comportamento do sistema (alunos) dependerá das instruções que ele receber do ambiente, que pode ser controlável e previsível (Vasconcellos, 2002, p. 88). https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B46 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B09 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B13 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B36 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B07 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B31 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B31 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B12 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B11 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B46 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B46 20 Esse pressuposto pode ser observado no uso dos exercícios analíticos, ainda predominante como estratégia de ensino na iniciação ao treinamento nos jogos desportivos e ccolectivos. Os exercícios analíticos, conforme o pressuposto da estabilidade, buscam a repetição de uma determinada técnica 'perfeita', para posteriormente ser aplicada no contexto do jogo. Sua utilização não é necessariamente o problema. O problema está na prevalência destes exercícios em detrimento de estratégias de ensino que privilegiem a inteligência do jogador em relação ao jogo e ao sistema que o envolve. Assim como, a busca por um padrão de movimento baseado na reprodução de modelos, descaracterizando a humanização do gesto. Outro exemplo, bastante comum são as jogadas pré-determinadas, seja na ação defensiva ou ofensiva. Os treinadores esportivos ensaiam ações táticas (jogadas) pré-determinadas com seus jogadores, determinando quais espaços estes devem ocupar na quadra para aproximar-se do alvo, a fim de aplicá-las quando em confronto com adversários; da mesma forma é feito na ação defensiva, em que uma equipe assume um determinado esquema defensivo, muitas vezes independentemente das características do adversário. Nestes casos, a característica de imprevisibilidade do jogo tende a ser desconsiderada e impõe-se aos jogadores formas rígidas de agir e de organizar-se taticamente, desestimulando a busca por respostas novas para os problemas que os jogos apresentam. Nesta concepção tradicional de Ciência apontada por Vasconcellos (2002), há também a concepção de que os fatos reais estão dados e aos cientistas ou outros observadores cabem apenas descrevê-los; cria-se, assim, um distanciamento entre sujeito e objeto. Ou seja, considera-se que o pesquisador não interfere no resultado de uma pesquisa, sendo que os testes devem apresentar os mesmos resultados independentemente de quem os aplica; o trabalho do pesquisador deve ser descritivo e não interpretativo, não sendo permitidas manifestações emocionais. É o que a autora chama de Objetividade da Ciência tradicional, que se liga à busca da verdade absoluta, por meio de relatórios precisos a partir do observado e da neutralidade do observador/pesquisador. O estudo dos jogos desportivos e colectivos sobre a égide dos pressupostos da Ciência tradicional (simplicidade, estabilidade e objetiva) acumulou conhecimento pautado na compreensão das partes. De um processo baseado no isolamento das partes, com a finalidade de simplificar a natureza complexa do fenômeno, evidenciando um caráter disciplinar em diferentes níveis do estudo e da intervenção. https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B46 21 As intervenções orientadas para o ensino dos jogos desportivos e colectivos sobre os pressupostos da Ciência tradicional, nomeado em Garganta (1998) como modelo analítico, a concepção de sujeito é de alguém que ainda não sabe executar, o qual terá de aprender por níveis, indo do simples para o complexo, evoluindo de forma linear. As atividades propostas partem da concepção que a equipe é feita da soma dos indivíduos e o jogo de elementos justapostos, privilegiando ações voltadas para a relação do sujeito com a bola ou objeto. A aprendizagem é orientada por modelos pré-determinados (o modelo é o jogador de elite), hierarquizada em diferentes níveis e sob a forma de repertório de gestos técnicos (do simples ao complexo), privilegiando procedimentos pautados na imitação, demonstração e repetição. Do mesmo modo que o modelo de Ciência Tradicional foi importante enquanto conhecimento acumulado, perceberam-se consequências no que tange ao ensino, vivência, aprendizagem e treinamento nos jogos desportivos e colectivos. A consequência desses pressupostos tradicionais para o ensino dos jogos desportivos segundo Scaglia e Souza (2004) e Scaglia, Reverdito e Galatti (2013), ao analisar suas principais características (centrado na técnica, busca pela reprodução de modelos, repetição de movimentos para a automação, mecanização do gesto, pobre acervo de possibilidadesde respostas, descarta a solução eficaz em função da eficiente, exigência de pré-requisitos, valoriza a seletividade e pobre em tomada de decisões) foi gerar a dependência do jogador à instrução do técnico, logo que o ambiente de aprendizagem foi pouco estimulante ou inadequadas as demandas do jogo, ou seja, sua gênese complexa (LEONARDO; REVERDITO; SCAGLIA, 2009). Todavia, as mudanças revolucionárias que caracterizaram um processo de ruptura com a Ciência tradicional para uma Ciência contemporânea, não aconteceram por um simples acúmulo gradual de conhecimentos (KUHN, 2006, 2011). Mas por um processo de forças centrífugas que alcançaram diversas dimensões do equipamento intelectual do cientista (membros de uma comunidade científica), exigindo uma revisão de várias generalizações inter- relacionadas. Logo, é preciso conhecer os pressupostos da Ciência contemporânea. https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B14 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B42 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B43 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B43 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B28 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B24 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832014000100153&script=sci_arttext&tlng=pt#B26 22 Conclusão De forma generalizada, a Pedagogia do Desporto é essencialmente constituído da ligação do jogo e do desporto ao corpo e ao movimento. No âmbito do seu objecto está toda a ação de movimento corporal que se manifesta em termos desportivos e lúdicos com ou contra pessoas activas, cujas motivações têm a ver com os processos de educação, formação, desenvolvimento e aprendizagem. Na Pedagogia do Desporto, especificamente no ensaio dos jogos desportivos e colectivos, a Ciência vem contribuindo para o avanço dos modelos de análise e desenvolvimento do jogo, modelos de ensino, vivência e aprendizagem, evolução tático-técnico, equipamentos e vestuário, desenvolvimento motor e na constante melhoria das capacidades condicionantes, observação e contribuição social, na afirmação do papel educacional, no desenvolvimento de procedimentos metodológicos e pedagógicos, dentre outras. Todavia, essa contribuição ocorreu fundamentada no modelo de Ciência tradicional, em que as diferentes possibilidades de olhar científico sobre o desporto se davam a partir de modelos estanques, desenvolvidos em sua maioria por disciplinas isoladas. A Pedagogia do Desporto é uma teoria e uma prática ao serviço do Homem. Neste sentido, existe para servir o Desporto na justa medida em que serve a Humanidade que neste se substancia. A Pedagogia, enquanto praxis, exige aos seus diversos agentes muito mais do que uma intervenção técnica; exige uma intervenção fundada na filosofia e, simultaneamente, na ciência, esclarecendo, deste modo, e tornando mais eficaz, a sua intervenção no plano ético e de orientação dos seus potenciais efeitos formativos para aspectos da formação e do desenvolvimento moral, da formação do carácter, da formação pessoal e social dos diversos agentes desportivos. Neste contexto, podemos dizer que a Pedagogia do Desporto é, hoje, chamada a enfrentar velhos e novos desafios, numa sociedade sempre diferente, em evolução constante, onde muitas novas questões se colocam aos processos formativos que podem resultar das práticas desportivas. 23 Referências Bibliográficas Bayer, C. 1994. O ensino dos desportos coletivos. Lisboa: Dina livros. Bento, J. O. 2006. Da pedagogia do desporto. In: Tani, G.; Bento, J. O.; Petersen, R. D. S. Pedagogia do desporto. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 26-40. Ferreira, H. B.; Galatti, L. R.; Paes, R. R. 2005. Pedagogia do desporto: considerações pedagógicas e metodológicas no processo de ensino-aprendizagem do basquetebol. In: Paes, R. R.; Balbino, H. F. Pedagogia do desporto: contextos e perspectivas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 115-131. Galatti, L. R. 2006. Pedagogia do desporto: o livro didático como um mediador no processo de ensino e aprendizagem de jogos esportivos coletivos. 139f. Dissertação (Mestrado em Educação Física)-Faculdade de Educação Física. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2006. Galatti, L. R.; Serrano, P.; Seoane, A. M.; Paes, R. R. Pedagogia do desporto e basquetebol: aspectos metodológicos para o desenvolvimento motor e técnico do atleta em formação. Arquivos em Movimento, Rio de Janeiro, v. 8, n. 2, 2012. 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