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RESUMO 9

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RESUMO 9: CAULE
 O caule, em plantas superiores no estádio embrionário, desenvolve-se a partir do epicótilo, uma região localizada acima do cotilédone ou cotilédones (Figura 1). Em um embrião em desenvolvimento inicial é identificado um eixo denominado hipocótilo-radicular composto de uma porção superior com uma ou mais folhas embrionárias (cotilédones) e um primórdio de gema.
A função do caule é de sustentar as folhas e as estruturas de reprodução, bem como de estabelecer o contato entre esses órgãos e as raízes. A organização básica caulinar, é a mesma nas plantas superiores com os nós, que representam as regiões de inserção das folhas, e os entrenós, que compreendem as regiões entre dois nós consecutivos. Na inserção de cada folha desenvolvem-se gemas, denominadas gemas axilares ou laterais e na porção terminal do caule encontram-se a gema apical.
A túnica são as camadas celulares mais externas, que se dividem apenas no plano anticlinal. O corpo ocupa uma posição interna e adjacente à túnica, e as divisões celulares são orientadas em todos os planos.
 O ápice caulinar, com a gema apical contribui para o crescimento em comprimento do caule, origina os primórdios foliares (se diferenciará em folhas) e as gemas axilares. As gemas axilares são idênticas ao ápice caulinar estruturalmente, assim podemos afirmar, que são caules em miniatura com um meristema apical dormente e várias folhas jovens. 
As gemas axilares podem tanto ser vegetativas, quando se desenvolvem em ramos caulinares, quanto florais, quando se desenvolvem em uma flor ou em um grupo de flores. Em alguns caules, as gemas axilares possuem crescimento determinado e se modificam para formar espinhos ou gavinhas. Em corte transversal de caule apresenta quatro regiões de fora para dentro, podem ser reconhecidas, o sistema de revestimento, córtex, cilindro oco do sistema vascular e medula.
No caule o sistema de revestimento, a epiderme tem origem da protoderme, é geralmente uniestratificado. Ele é recoberta por cutícula, e pode apresentar estômatos e tricomas, como a epiderme foliar. A epiderme é um tecido vivo onde as células se dividem por mitose, permitindo sua distensão tangencial durante o crescimento em espessura do caule. O córtex tem sua origem no meristema fundamental, que se desenvolvem logo após a epiderme. Este se caracteriza por apresentar a exoderme, a camada mais externa do córtex.
O periciclo se encontra logo abaixo da endoderme, ele representa a camada periférica do cilindro vascular e tem origem no procâmbio. O periciclo pode ser formado por uma ou várias camadas de células, sendo na maioria dos caules, ele é parenquimático e pouco diferenciado morfologicamente. Um importante papel do periciclo é o de originar o câmbio interfascicular e raízes adventícias formadas a partir do caule.
Em dicotiledôneas o sistema vascular normalmente é organizado na forma de cilindro oco ou de anel de feixes concêntricos separados por parênquima ao redor da medula central. Já em monocotiledôneas, os feixes vasculares primários em geral, aparecendo dispersos no parênquima fundamental ou dispostos em dois ou mais anéis distintos, de acordo com a distribuição do procâmbio.
A posição do protoxilema nos caules e raízes é uma das características mais utilizada para diferenciar os dois. Por se diferenciarem em regiões caulinares onde as células cessaram seu crescimento, os elementos de metaxilema permanecem ativos. Em caules que não sofrem crescimento em espessura, os elementos de metaxilema são as únicas células condutoras funcionais, durante toda a vida do órgão. Como as células condutoras do floema só apresentam paredes primárias, os elementos de proto e de metafloema são idênticos entre si, e assim como em raíz, o protofloem é exarco.
O desenvolvimento da estrutura secundária em caule se dá a partir da atividade do câmbio que origina os tecidos vasculares secundários e do felogênio que origina, a periderme. O câmbio é formado, pelo procâmbio e pelo periciclo como já visto. O câmbio é formado pelo câmbio fascicular e pelo câmbio interfascicular, respectivamente. 
O câmbio em atividade, produz, por divisões periclinais, xilema secundário para o interior e floema secundário para a periferia e por meio de divisões anticlinais, o câmbio acompanha o crescimento em espessura do órgão. Com o desenvolvimento do caule, a epiderme, que não consegue acompanhar o crescimento em espessura do órgão por muito tempo, é substituída pela periderme formada pelo felogênio.
Um crescimento chamado de secundário difuso é visualizado nas palmeiras, que nada mais é que o espessamento caulinar, por meio de divisões e crescimento celular do parênquima fundamental, sem que haja estabelecimento de uma faixa meristemática contínua. 
As monocotiledôneas também, em alguns grupos pode apresentar periderme, após o espessamento secundário. No entanto, em algumas forma-se um tecido protetor denominado de súber estratificado, de origem a partir do parênquima cortical e se suberificam.

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