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CHOQUE → Choque séptico é a forma mais frequente de apresentação, correspondendo a mais da me tade dos casos. Choque cardiogênico e hipovolêmico correspondem a cerca de 10 a 20% dos casos, cada um. Já o choque obstrutivo é o menos frequente (< 5% dos casos). → Apesar da sobreposição de mecanismos, os estados de choque são classificados em: hipovo lêmico, distributivo, cardiogênico e obstrutivo: *Quaisquer que sejam as causas ou mecanismos do choque, a hipoperfusão tecidual é capaz de ativar a resposta inflamatória, ocasionando estase microvascular, trombose, ativação de macrófagos, neutrófilos, linfócitos e plaquetas. Isso leva a um círculo vicioso no qual a res posta inflamatória piora a hipoperfusão, ativando ainda mais essas respostas patológica. CHOQUE HIPOVOLÊMICO Caracteriza -se por um inadequado débito cardíaco em razão da perda de volume, sendo di vidido em dois grandes grupos: Hipovolêmico: trauma, sangramento ativo ou recente, diarreia, perda de líquido para ter ceiro espaço. Em relação à gravidade da perda volêmica, o choque hipovolêmico é dividido em quatro classes: CHOQUE OBSTRUTIVO CAUSAS: CHOQUE CARDIOGÊNICO Choque cardiogênico: antecedentes sugestivos (p. ex. história de IC, história de IAM), sintomas de SCA, turgência jugular, edema de MMII, hepatomegalia dolorosa, B3, ictus desviado, sopros etc. CHOQUE DISTRIBUTIVO MECANISMO DA SEPSE: MECANISMO CHOQUE NEUROGÊNICO: * Distributivo: No choque dis tributivo não séptico, o exemplo clássico é o trauma cervical. Isso leva à perda do tônus simpático, com manutenção do parassimpático. Assim, há uma profunda vasodilatação, com extremidades quentes, na ausência de taquicardia (algumas vezes, até com bradicar dia). Aliás, esses achados ajudam no diagnóstico diferencial de hipovolemia. * Choque anafilático: início geralmente após um desencadeante (p. ex. anestesia, medica mento novo, picada de abelha etc.), prurido, rash cutâneo, rouquidão, dispneia, cornagem, sibilos, manifestações do TGI (p. ex. dor abdominal, diarreia) etc. ACHADOS CLÍNICOS -Reenchimento capilar lentificado associado à diminuição de temperatura de membros é um achado bastante sugestivo de situações de baixo débito cardíaco. - Hipotensão é forma mais frequente de apresentação de pacientes em choque no departamen to de emergência. Também é um preditor independente de morte hospitalar, especialmente quan do < 80 mmHg ou de forma sustentada (> 60 minutos). EXAME FISICO CARDIOVASCULAR: Por isso, no exame cardiovascular devem constar, obrigatoriamente: avaliação de frequência cardíaca e pressão arterial (sinais vitais), avaliação de estase jugular, ausculta cardíaca nos quatro focos principais, avaliação do tempo de reenchimento capilar e avaliação da temperatura de ex tremidades. A palpação dos quatro pulsos periféricos pode trazer informações, como assimetria, compatível com a dissecção aguda de aorta. A pressão arterial (PA) pode ser medida de forma não invasiva ou de forma invasiva pela colocação de um cateter arterial, sendo esta última forma a preferida nos pacientes em choque em uso de drogas vasopressoras. CATÉTER DE ARTÉRIA PULMONAR (SWAN-GANZ) CARACTERÍSTICAS DOS PARÂMETROS: Estudos recentes falharam em demonstrar benefício com o uso do cateter de Swan Ganz e, apesar da disponibilidade maior do procedimento nas unidades de terapia intensiva do país, o seu uso deve ser restrito a casos específicos em que exista dúvida sobre o padrão do choque. Deve -se lembrar que esse é um procedimento diagnóstico e não terapêutico. EXAMES COMPLEMENTARES EXAMES GERAIS INDEPENDENTES DO TIPO DE CHOQUE Resumo dos principais exames: → O lactato é útil como indicador de gravidade e mortalidade em pacientes graves, assim como sua queda indica um melhor prognóstico. → Elevação de enzimas hepáticas, bilirrubinas e escórias nitrogenadas, hipoxemia, hipocap nia, bem como presença de acidose metabólica correlacionam- se com disfunção orgânica. Monitorização do transporte de oxigênio (vários valores que obtém fazendo cálculos): TRATAMENTO Alguns detalhes iniciais: De maneira geral, o tratamento do paciente em choque inclui dois principais aspectos, usual mente conduzidos de forma concomitante: Ressuscitação Volêmica: Rápida e apropriada restauração da volemia com cristaloide bloqueia o ciclo vicioso do choque e diminui a necessidade de vasopressores, constituindo -se em um dos mais impor tantes passos no tratamento do paciente em choque. → Ocasiona uma melhora no fluxo sanguíneo micro circulatório e aumento do débito cardíaco. → Diminui a ne cessidade de vasopressores → Mesmo no choque cardiogênico, pequenas ofertas de volume podem ser conduzidas, exceto no paciente em franco edema pulmonar Drogas Vasoativas Hipoxemia e Insuficiência Respiratória Outros Tópicos Relevantes do Tratamento: