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SISTEMA DE ENSINO
CONHECIMENTOS 
BANCÁRIOS
Instituições Operadoras 
do Sistema Financeiro Nacional
Livro Eletrônico
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Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Douglas Xavier
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 4
Instituições Operadoras do 
Sistema Financeiro Nacional ........................................................................................................ 5
Conceitos Introdutórios ................................................................................................................. 5
Instituições Financeiras Bancárias (ou Monetárias) ............................................................... 7
Bancos Comerciais .......................................................................................................................... 8
Caixas Econômicas ......................................................................................................................... 9
Cooperativas de Crédito .............................................................................................................. 10
Bancos Comerciais Cooperativos .............................................................................................. 10
Bancos Múltiplos ........................................................................................................................... 11
Instituições Financeiras Não Bancárias (ou Não Monetárias) .............................................13
Bancos de Investimento .............................................................................................................. 14
Bancos de Desenvolvimento .......................................................................................................15
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)....................................16
Agências de Fomento .................................................................................................................... 17
Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento ........................................................ 18
Sociedades de Arrendamento Mercantil ...................................................................................19
Sociedades de Fomento Mercantil (Factoring) ...................................................................... 22
Sociedades Administradoras de Cartão de Crédito ............................................................... 23
Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM) e Distribuidoras de Títulos e 
Valores Mobiliários (DTVM) ........................................................................................................24
Sociedades de Crédito Imobiliário ............................................................................................. 26
Associações de Poupança e Empréstimo ................................................................................ 26
Administradoras de Consórcios .................................................................................................28
Corretoras de Câmbio .................................................................................................................. 29
Resumo ............................................................................................................................................ 30
Mapas Mentais .............................................................................................................................. 35
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Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Douglas Xavier
Questões de Concurso .................................................................................................................38
Gabarito ........................................................................................................................................... 67
Referências .....................................................................................................................................68
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Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Douglas Xavier
ApresentAção
Olá, concurseiro(a) dedicado(a)! Como estão as coisas? Espero que bem!
Nessa aula, iremos estudar as instituições operadoras do Sistema Financeiro Nacional, tais 
como bancos, cooperativas de crédito, corretoras, dentre outras.
Aviso que é uma parte um pouco densa da matéria, pois envolve uma quantidade razoável 
de instituições e seus detalhes. No entanto, você verá que não é “um bicho de sete cabeças”.
O importante é estudar sem desespero. Vamos com calma, que tudo dará certo! Para tanto, 
tentarei ser o mais objetivo possível, focando nos detalhes que mais aparecem em prova.
Sem mais delongas, sigamos!
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Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Douglas Xavier
INSTITUIÇÕES OPERADORAS DO 
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
ConCeitos introdutórios
Como vimos na aula anterior, o Sistema Financeiro Nacional (SFN) está dividido em 3 ní-
veis de instituições:
• normativas;
• supervisoras;
• operadoras.
Recuperamos a figura 1 para relembrarmos a estrutura do SFN. Veja que ela já traz alguns 
exemplos das entidades operadoras que iremos estudar.
Figura 1 – Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
Fonte: BACEN (2021).
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Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Douglas Xavier
As instituições normativas são responsáveis pela elaboração das normas de funciona-
mento do SFN. Nesse contexto, estudamos o Conselho Monetário Nacional, órgão norma-
tivo do SFN.
Vimos também as instituições supervisoras, as quais atuam na implementação e fiscali-
zação do cumprimento das regras traçadas pelos órgãos normativos. Como exemplo dessas 
instituições, estudamos o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários.
Com isso, nos falta tratar das instituições operadoras, que são responsáveis, como o nome 
sugere, pela operação da intermediação financeira, isto é, pelo encontro entre credores e toma-
dores de recursos no Sistema Financeiro Nacional (SFN).
Figura 2 – Intermediação financeira
Elaboração própria
Como vemos na figura, na economia existem dois tipos de agentes (entenda “agentes” 
como pessoas, empresas ou instituições em geral). São eles: os credores e os tomadores 
de recursos.
Já sabemos que o SFN é o responsável por promover o encontro entre esses dois tipos de 
agentes. Agora, vamos nos aprofundar nas característicasdas instituições que colocam em 
prática a atividade de intermediação financeira, cujo maior exemplo são os bancos comerciais. 
No entanto, existem diversos outros tipos de instituições, as quais vamos estudar.
Assaf Neto (2018), autor bastante conhecido e utilizado pelas bancas de concurso, classi-
fica as instituições operadoras do SFN em:
• Instituições financeiras bancárias: “criam moeda”;
• Instituições financeiras não bancárias: “não criam moeda”;
• Sistema de poupança e empréstimo: captam recursos, principalmente, via cadernetas de 
poupança e fundos derivados do FGTS. Exemplo: associações de poupança e empréstimo;
• Auxiliares: geralmente, operam com valores mobiliários, fazendo a intermediação dos 
investidores. Exemplos: Bolsa de Valores, corretoras e distribuidoras de valores mobiliá-
rios e agentes autônomos de investimentos;
• Instituições não financeiras: oferecem serviços não financeiros. Exemplos: sociedades 
de fomento comercial (factoring) e companhias seguradoras.
A parte mais importante dessa classificação (ou seja, que aparece mais em prova) é a di-
ferença entre instituições financeiras bancárias e não bancárias. Vejamos!
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Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Douglas Xavier
instituições FinAnCeirAs BAnCáriAs (ou MonetáriAs)
São instituições autorizadas por lei a captarem recursos de seus clientes por meio de de-
pósitos à vista.
O que são depósitos à vista, professor?
Depósitos à vista são os populares depósitos em conta corrente, os quais permitem a 
livre movimentação do dinheiro, pois são feitos com prazo indeterminado e não gozam de 
rendimentos.
Há também os depósitos a prazo, que é quando o cliente deposita determinada quantia 
na instituição financeira por um tempo que é determinado no momento do depósito. Além do 
prazo determinado, outra diferença em relação aos depósitos à vista é que o depósito a prazo 
gera rendimentos, pois, ao devolver os fundos ao cliente na data futura que foi combinada, a 
instituição o faz com um acréscimo de juros.
Esses depósitos geram um título, uma espécie de recibo, que indica que o cliente possui o 
direito de saque de seus recursos em data futura.
Exemplos de Depósitos a prazo são:
• Certificado de Depósito Bancário (CDB) – são os mais utilizados pelos bancos;
• Recibo de Depósito Bancário (RDB).
Existe ainda um terceiro tipo de depósito, que são os depósitos em caderneta de poupança, 
os quais apresentam algum rendimento (ainda que baixo), mas são de livre movimentação.
Agora que já sabemos as diferenças sobre os tipos de depósito, podemos seguir tratando 
das instituições bancárias (ou monetárias), que são as que podem receber depósitos à vista e, 
por isso, são capazes de “criar moeda”, por meio do fenômeno chamado Multiplicador mone-
tário. Vejamos brevemente como isso funciona:
Suponha que uma cliente chamada Ana deposite no Banco A o valor de R$ 100. 
Suponhamos que a taxa de depósito compulsório estabelecida pelo Bacen seja de 10%. As-
sim, o Banco A terá que depositar R$ 10 no Bacen e poderá emprestar R$ 90 para os clientes.
Para simplificar, vamos supor que o cliente Paulo, que pegou os R$ 90, deposite todo o 
valor no Banco B, que novamente reservará 10% de compulsório, emprestando 81 para outro 
cliente, a cliente Beatriz.
Na sequência, Beatriz depositará os R$ 81 no Banco C, o qual reservará R$ 8 (arredondan-
do) e emprestará R$ 73.
Como é possível perceber, a partir de um depósito de R$ 100, temos o valor de R$ 244 cir-
culando na economia. Esse é o efeito do Multiplicador Monetário.
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Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Douglas Xavier
Banco Depósito Reservas Empréstimo
A 100 10 90
B 90 9 81
C 81 8 73
Total de moeda >>>>> 244
Esse dinheiro existe, na verdade? Não, mas é como se existisse, pois permite que diver-
sas transações sejam realizadas, sem que o tenhamos todo em mãos, é a chamada “moeda 
escritural”.
As instituições financeiras bancárias são os Bancos Comerciais, Caixas Econômicas, 
Cooperativas de Crédito, Bancos Comerciais Cooperativos e Bancos múltiplos com carteira 
comercial.
A partir de agora, a aula fica um pouquinho mais densa, pois vamos estudar as definições 
e as principais características das instituições que podem cair na sua prova. Peço atenção e 
paciência! Vamos lá!
BAnCos CoMerCiAis
São instituições financeiras, públicas ou privadas, cujo principal objetivo é disponibilizar 
recursos financeiros a empresas e pessoas físicas em geral, tendo como atividade típica a 
captação de depósitos à vista (de livre movimentação). Para tanto, estão autorizadas a manter 
contas correntes de pessoas físicas e jurídicas.
Além das contas correntes, os bancos comerciais operam com cadernetas de poupança, 
concedem créditos de curto e médio prazo às pessoas físicas e jurídicas.
Os bancos comerciais, como o próprio nome diz, operam com carteira comercial, que se 
trata da carteira que permite a captação de recursos por meio de depósitos à vista.
Podem, também, captar depósitos a prazo, os quais (como já vimos) possuem prazo deter-
minado e gozam de rendimentos. Esse tipo de depósito é captado pelos bancos comerciais, 
principalmente, via Certificado de Depósito Bancário, o chamado CDB.
Além dos depósitos à vista e a prazo, os bancos comerciais costumam realizar operações 
de descontos de títulos, crédito pessoal, serviço de cheque especial, prestação de serviços de 
recebimento de boletos, dentre outros serviços autorizados pelo Bacen.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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Outras características importantes desse tipo de instituição financeira são:
CAixAs eConôMiCAs
As caixas econômicas são as instituições mais antigas do sistema financeiro brasileiro. 
Elas realizam as mesmas atividades que os bancos comerciais, ou seja, recebem depósitos à 
vista (podendo criar, portanto, moeda escritural), prestam serviços de compensação de che-
ques, recebimentos de boletos, dentre outros.
No Brasil, atualmente, só existem uma caixa econômica que é Caixa Econômica Federal 
(CEF), empresa pública criada em 1861 e regulamentada pelo Decreto-Lei N. 759 de 1969 e 
integra o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo e o Sistema Financeiro da Habitação.
Um dos acontecimentos importantes da história da CEF é que, em 1986, ela incorporou o 
Banco Nacional de Habitação (BNH), assumindo a função de maior agente nacional de finan-
ciamento da casa própria e de grande financiadora do desenvolvimento urbano, principalmente 
no que se refere ao saneamento básico.
Também em 1986, devido à extinção do BNH, a CEF se tornou a principal instituição atu-
ante no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), administradora do FGTS e de 
outros fundos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
Apesar de ter uma atuação, em muitos aspectos, semelhante aos bancos comerciais, exis-
tem algumas características que a distinguedeles. Vejamos quais são:
Peculiaridades 
da CEF
Prioriza a concessão de empréstimos e 
financiamentos a projetos e programas 
nas áreas de:
Pode emprestar sob garantia de penhor 
industrial e caução de títulos.
Detentora do monopólio dos empréstimos 
mediante penhor de bens.
Gestora do Fundo de Garantia por Tempo de 
Serviço (FGTS).
Possui o monopólio da venda de bilhetes da 
loteria federal.
Educação
Saúde
Assistência social
Trabalho
Transportes urbanos
Esporte
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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CooperAtivAs de Crédito
São instituições financeiras constituídas por uma associação de agentes, que podem ser 
funcionários de uma mesma empresa ou conjunto de empresas, profissionais de determinado 
ramo de atividade ou um grupo de empresários.
A principal função desse tipo de instituição é a prestação de serviços financeiros exclu-
sivamente para determinado grupo de associados, não possuindo fins lucrativos. Assim, po-
demos dizer que os indivíduos cooperados são clientes e, ao mesmo tempo, proprietários da 
cooperativa.
As cooperativas de crédito oferecem os mesmos produtos e serviços ofertados pelos ban-
cos em geral, podendo receber depósitos à vista e a prazo, mas somente de seus associados.
Como não possuem fins lucrativos podem oferecer empréstimos e financiamentos a seus 
associados com melhores condições e menores taxas de juros quando comparadas a bancos 
convencionais.
As sociedades cooperativas são classificadas em três modalidades, segundo o Artigo 6º 
da Lei n. 5.764/1971:
I – Singulares, as constituídas pelo número mínimo de 20 (vinte) pessoas físicas, sendo excepcio-
nalmente permitida a admissão de pessoas jurídicas que tenham por objeto as mesmas ou correla-
tas atividades econômicas das pessoas físicas ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos;
II – cooperativas centrais ou federações de cooperativas, as constituídas de, no mínimo, 3 (três) 
singulares, podendo, excepcionalmente, admitir associados individuais;
III – confederações de cooperativas, as constituídas, pelo menos, de 3 (três) federações de coope-
rativas ou cooperativas centrais, da mesma ou de diferentes modalidades.
As cooperativas de crédito são autorizadas e supervisionadas pelo Banco Central, ao con-
trário dos outros ramos do cooperativismo, como educação e agropecuária, por exemplo.
Por fim, é importante dizer que as cooperativas de crédito, apesar de subordinadas à fis-
calização do Banco Central do Brasil,50 não precisam reservar parte dos recursos oriundos de 
depósitos à vista sob a forma de depósitos compulsórios.
BAnCos CoMerCiAis CooperAtivos
A Resolução do Bacen n. 2.788, de 2000, autoriza a constituição de bancos comerciais 
cooperativos (ou simplesmente “Bancos Cooperativos”), os quais são bancos comerciais ou 
múltiplos com carteira comercial.
A diferença em relação aos bancos comerciais ou múltiplos em geral é que os bancos 
cooperativos devem ter o controle acionário exercido por cooperativas centrais de crédito. 
Isso significa que no mínimo 51% de ações com direito a voto devem pertencer às citadas 
cooperativas.
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Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Douglas Xavier
Outra obrigatoriedade expressa pela Resolução n. 2.788 do Bacen é que essas instituições 
possuam em sua denominação social a expressão “Banco Cooperativo”.
Talvez você esteja se perguntando: Qual a diferença entre cooperativas de crédito e bancos 
cooperativos?
A principal diferença é que os bancos cooperativos podem oferecer mais serviços do que 
as cooperativas de crédito, tais como recebimento de depósitos de não associados.
Além disso, é permitido que eles possuam ações negociadas em Bolsa de valores, ou seja, 
não precisam ser de inteira propriedade de associados.
Vejamos uma questão de prova sobre bancos cooperativos!
001. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/Q432239) Para a constituição de um banco cooperativo, 
exige-se, como requisito, que a totalidade das ações com direito a voto pertença a cooperati-
vas centrais de crédito.
Trago essa questão para fixar um ponto que é importante! Lembre-se que a legislação apenas 
exige que o controle acionário seja das cooperativas centrais de crédito, ou seja, pelo menos 
51% das ações com direito a voto e não a totalidade (100%) como afirma a assertiva.
Errado.
BAnCos Múltiplos
A primeira coisa que precisamos saber é que os bancos para operarem precisam cons-
tituir carteiras, que são como nichos de operação, cada uma possuindo produtos e servi-
ços específicos.
Por exemplo, os bancos comerciais operam com carteira comercial, cuja principal caracte-
rística é o recebimento de depósitos à vista. Enquanto a carteira de investimento (operada pe-
los bancos de investimento) tem como principal serviço o recebimento de depósitos a prazo.
Nesse sentido:
Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as operações 
ativas, passivas e acessórias das diversas instituições financeiras, por intermédio das seguintes 
carteiras: comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrenda-
mento mercantil e de crédito, financiamento e investimento (BACEN, 2021).
Em outras palavras: os bancos múltiplos são como uma união de diversos tipos de institui-
ção em uma só, pois operam em mais de uma carteira ao mesmo tempo, tais como:
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Douglas Xavier
Carteiras
ComercialArrendamento mercantil 
e de crédito
Crédito imobiliário
Investimento
Desenvolvimento 
(operada somente por 
banco público)
Para se configurar como um banco múltiplo, a instituição deve possuir pelo menos duas das 
carteiras que citamos, sendo uma delas a comercial ou a de investimento.
É importante dizer também que, caso o banco múltiplo opte pela carteira de investimento, 
não poderá atuar com a carteira de desenvolvimento ao mesmo tempo.
Outra exigência é que sejam constituídos sob a forma de Sociedade Anônima (S.A.) e con-
tenham em sua denominação social a palavra “Banco”.
Lembre-se que para uma instituição ser considerada bancária ela deve possuir a carteira co-
mercial, pois é a carteira que permite receber depósitos à vista. Por isso um banco múltiplo só 
é considerado como instituição bancária se ele tiver uma carteira comercial.
Vejamos uma questão de prova!
002. (FCC/CVM/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS/2003/Q6319) Para configurar a 
existência de Banco Múltiplo, ele deve possuir pelo menos duas carteiras, sendo uma delas, 
obrigatoriamente, de:
a) crédito imobiliário.
b) crédito rural ou Leasing.
c) Desenvolvimento.
d) Arrendamento Mercantil.
e) Investimento ou Comercial.
Só para que fique bem clara a importância desse aspecto sobre bancos múltiplos, qual seja: 
eles devem possuir pelo menos duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente de investi-
mento ou comercial. É simples, mas de extrema importância.
Letra e.
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Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Douglas Xavier
instituições FinAnCeirAs não BAnCáriAs (ou não MonetáriAs)
Ao contrário das instituições bancárias, as não bancárias não estão autorizadas a capta-
rem recursos por meio de depósitos à vista e, por isso, não criam moeda.
As principais instituições desse tipo são os bancos de investimento, bancos de desenvolvi-
mento (apesar de usarem a palavra banco no nome), as sociedades de crédito, financiamento e 
investimento (popularmente chamadas de financeiras), sociedades de arrendamento mercan-
til e sociedades de crédito imobiliário.
Vejamos uma questão de prova!
003. (CESGRANRIO/BACEN/ANALISTA/2010/Q374442) As instituições financeiras não 
monetárias:
a) incluem os bancos comerciais.
b) incluem as cooperativas de crédito.
c) incluem as caixas econômicas.
d) captam recursos através da emissão de títulos.
e) captam recursos através de depósitos à vista.
Perceba que as bancas podem usar tanto os termos bancária e não bancária ou, como é utili-
zado nessa questão, monetária e não monetária.
Lembrando que as instituições monetárias (bancárias) podem captar recursos por meio de de-
pósitos à vista. São elas: bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial, caixas 
econômicas, cooperativas de crédito e bancos cooperativos.
Já as instituições não monetárias são as que não recebem depósitos à vista e, com isso, não 
criam moeda. Esse tipo de instituição capta recursos por outras fontes, tal como a emissão 
de títulos.
Letra d.
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Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Douglas Xavier
BAnCos de investiMento
Segundo o BACEN, os bancos de investimento são instituições financeiras privadas espe-
cializadas em operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento de 
atividades produtivas e de administração de recursos de terceiros
São constituídos obrigatoriamente sob a forma de sociedade anônima (S.A.) e devem in-
cluir em seu nome social a expressão “banco de investimento”.
Tais instituições não possuem contas correntes, portanto, não podem captar depósitos à 
vista, sendo suas principais fontes de recursos, além de recursos próprios:
Fontes de recursos 
dos Bancos de 
Investimento
Depósitos a prazo 
principalmente: provenientes 
de Certificados de Depósito 
Bancário (CDB).
Repasse de recursos 
oficiais (governamentais)
de crédito.
Venda de cotas em fundos de 
investimentos administrados 
por eles.
Outras formas de captação 
autorizadas pelo Bacen.
Repasse de empréstimos 
obtidos no exterior.
Depósitos 
interfinanceiros.
Vamos dar uma olhada nas principais atividades dos bancos de investimento, segundo o 
Art. 1º da Resolução CMN n. 2.624 de 1999, do Conselho Monetário Nacional:
§ 2º Aos bancos de investimento é facultado, além da realização das atividades inerentes à conse-
cução de seus objetivos:
I – praticar operações de compra e venda, por conta própria ou de terceiros, de metais preciosos, no 
mercado físico, e de quaisquer títulos e valores mobiliários, nos mercados financeiros e de capitais;
II – operar em bolsas de mercadorias e de futuros, bem como em mercados de balcão organizados, 
por conta própria e de terceiros;
III – operar em todas as modalidades de concessão de crédito para financiamento de capital fixo e 
de giro;
IV – participar do processo de emissão, subscrição para revenda e distribuição de títulos e valores 
mobiliários;
V – operar em câmbio, mediante autorização específica do Banco Central do Brasil;
VI – coordenar processos de reorganização e reestruturação de sociedades e conglomerados, finan-
ceiros ou não, mediante prestação de serviços de consultoria, participação societária e/ou conces-
são de financiamentos ou empréstimos;
VII – realizar outras operações autorizadas pelo Banco Central do Brasil.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Douglas Xavier
Por fim, é importante dizer que o foco principal dos bancos de investimento é fornecer re-
cursos de médio e longo prazo (se diferenciando dos bancos comerciais, que focam no curto 
prazo), apoiando o setor privado.
Um exemplo muito importante de atuação dessas instituições (cai em prova!) é a conces-
são de financiamento para compra de máquinas (capital fixo) ou para a formação de capi-
tal de giro1.
BAnCos de desenvolviMento
Dando sequência às instituições não bancárias (ou não monetárias), temos os bancos 
de desenvolvimento. A legislação que trata da constituição e funcionamento dessas ins-
tituições é a Resolução n. 394, de 1976, do Conselho Monetário Nacional e nela consta a 
seguinte definição:
Art. 1º Os Bancos de Desenvolvimento são instituições financeiras públicas não federais, constitu-
ídas sob a forma de sociedade anônima, com sede na Capital do Estado da Federação que detiver 
seu controle acionário.
Parágrafo único. As instituições financeiras de que trata este artigo adotam, obrigatória e privativa-
mente, em sua denominação, a expressão “Banco de Desenvolvimento”, seguida do nome do Estado 
em que tenham sede.
A partir da definição citada, já podemos extrair algumas informações importantes. São elas:
• os bancos de desenvolvimento são instituições PÚBLICAS. Ao contrário dos bancos de 
investimento que são privados. Repare nesses detalhes, pois as bancas gostam de com-
parar os dois tipos de instituição;
• são estaduais ou distritais (não federais); e
• devem ser constituídas sob a forma de S.A.;
• devem conter no nome social a expressão “Banco de Desenvolvimento” + nome do 
estado.
Tal como os bancos de investimento, o objetivo principal dos bancos de desenvolvimento 
é suprir a demanda por recursos de médio e longo prazo, prioritariamente do setor privado. No 
entanto, o foco são programas e projetos que visem o desenvolvimento social e econômico 
dos estados da federação aos quais pertençam.
Apesar de terem o dever de atuar no desenvolvimento socioeconômico dos seus estados, 
os bancos de desenvolvimento estão autorizados a auxiliar em programas e projetos desen-
volvidos em estado limítrofe. Isso quer dizer que podem atuar, em caráter excepcional, em 
estados que fazem divisa com os estados onde estão localizados, desde que tenham interes-
ses em comum.
1 Capital de giro é, grosso modo, a quantidade de dinheiro em caixa que é necessário para manter o funcionamento de uma 
empresa.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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Uma vez que entendemos bem o que são os bancos de desenvolvimento e seu enfoque, 
vamos ver quais são as principaisoperações que eles realizam. Segundo o Bacen:
Atualmente existem apenas 3 bancos de desenvolvimento no Brasil:
• Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG);
• Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo S.A.;
• Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul.
E o BNDES, professor?
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), apesar do nome, não 
é, a rigor (legalmente), um banco de desenvolvimento. Isso ocorre porque, como acabamos de 
estudar, a legislação restringe os bancos de desenvolvimento às esferas estaduais e o BNDES 
é uma empresa pública federal. Aproveitando o ensejo, vamos ver algumas características 
dessa instituição importante!
BAnCo nACionAl de desenvolviMento eConôMiCo e soCiAl (Bndes)
Criado em 1952, O BNDES é uma instituição financeira de fomento, constituída sob a forma 
de empresa pública federal, dotada de personalidade jurídica de direito privado e patrimônio 
próprio, vinculada ao Ministério da Economia e com sede na cidade do Rio de Janeiro.
Possui, como função primordial, o fomento do desenvolvimento social e econômico do 
Brasil, funcionando como ferramenta fundamental na implementação de políticas de desenvol-
vimento do governo federal.
Nesse sentido, a contribuição da instituição se dá na concessão de financiamentos de 
longo prazo para a realização de investimentos, a fim de impulsionar a melhoria da competiti-
vidade da economia brasileira em âmbito internacional, bem como, o desenvolvimento do País.
O papel do BNDES em momentos de crise econômica é central, pois deve atuar quando 
a conjuntura e as expectativas empurram a economia para baixo. Assim, a entidade financia 
grandes empreendimentos na agricultura, indústria, comércio e serviços, possuindo linhas que 
abrangem praticamente todos os tipos e tamanhos de empresas.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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Uma questão importante para a prova é o que consta no Art. 5º da Lei n. 5.662/1971, o qual 
diz que o BNDES:
Poderá efetuar todas as operações bancárias necessárias à realização do desenvolvimento da eco-
nomia nacional, nos setores e com as limitações consignadas no seu Orçamento de Investimentos
Parágrafo único. As operações referidas neste artigo poderão formalizar-se no exterior, quando 
necessário, para o que fica a empresa pública Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e 
Social – BNDES autorizada a constituir subsidiárias no exterior e a aceitar as cláusulas usuais em 
contratos internacionais, entre elas a de arbitramento. (Grifo nosso).
Por falar em prova, vamos ver uma questão sobre o BNDES!
004. (CESPE/BB/ESCRITURÁRIO/2008/Q263843) Com relação ao Banco Nacional de De-
senvolvimento Econômico e Social (BNDES) e aos bancos estaduais de desenvolvimento, jul-
gue o item seguinte.
Atualmente, o BNDES não é um banco de desenvolvimento. É uma empresa pública federal, 
com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio.
Apesar de não ser esse o caso da presente questão, a banca pode tentar te confundir ao dizer 
que o BNDES é um banco de desenvolvimento. No entanto, apesar do nome, de sua atuação na 
prática (e do próprio site da instituição apresentá-la como tal), o BNDES não é, pela legislação 
brasileira, um banco de desenvolvimento. Ele é uma empresa pública federal com personalida-
de jurídica de direito privado e patrimônio próprio.
Caso seja necessário classificá-lo em alguma modalidade de instituição financeira, podemos 
até dizer que é uma “instituição financeira de fomento”, mas não um banco de desenvolvimento.
Certo.
AgênCiAs de FoMento
As agências de fomento surgiram no sentido de “ocupar um lugar” deixado pelo fechamen-
to de bancos de desenvolvimento que existiram nos estados, exercendo papel essencial no 
desenvolvimento econômico e social das regiões em que atuam.
Sendo mais específico, as agências de fomento são instituições públicas membros da ad-
ministração indireta dos estados e do distrito federal, que possuem como intuito principal o 
financiamento de capital fixo e capital de giro para projetos integrantes de planos de desenvol-
vimento das unidades da federação (estados e do distrito federal) onde estão sediadas.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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Segundo a Resolução n. 2828 do Conselho Monetário Nacional, cada unidade da federação só 
pode constituir UMA agência de fomento.
Vejamos as principais atividades que podem ser realizadas por agências de fomento, segun-
do o BACEN:
Operações de 
agências de 
fomento
Financiamento para o desenvolvimento de empreendimentos de 
natureza profissional, comercial ou industrial, de pequeno porte, 
inclusive a pessoas físicas.
Prestação de serviços de consultoria e de agente financeiro.
Prestação de garantias em operações compatíveis com 
o objeto social.
Aplicação de disponibilidades de caixa em títulos públicos 
federais, ou em cotas de fundos de investimento cujas 
carteiras estejam representadas exclusivamente por títulos 
públicos federais, desde que assim conste nos regulamentos 
dos fundos.
Administração de fundos de desenvolvimento.
Operações específicas de câmbio.
Operações de arrendamento mercantil.
Integralização de cotas de fundos que tenham 
participação da União.
Financiamento de capitais fixo e de giro associados a projetos.
 Cessão de créditos.
 Operações de crédito rural.
 Swap para proteção de posições próprias.
Participação societária em sociedades empresárias não 
integrantes do sistema financeiro.
Aquisição de créditos oriundos de operações compatíveis 
com o objeto social.
Aplicação em operações de microfinanças (DIM).
soCiedAdes de Crédito, FinAnCiAMento e investiMento
Regulamentadas pela Portaria n. 309, de 30 de novembro de 1959, do antigo Ministério da 
Fazenda, as sociedades de crédito, financiamento e investimento são empresas privadas que 
trabalham com o fornecimento de financiamento e empréstimo para compra de bens, serviços, 
bem como para a constituição de capital de giro. Elas podem ser ligadas a algum banco ou não.
Antes de continuarmos, gostaria de esclarecer uma dúvida que pode estar na sua cabeça: 
Qual a diferença entre empréstimo e financiamento?
Segundo o Bacen, enquanto o empréstimo é a concessão de dinheiro sem destinação es-
pecífica (o cliente pode fazer o que quiser com ele), o financiamento é vinculado à aquisição 
de determinado bem ou serviço. Exemplo: financiamento de veículo.
Feito esse esclarecimento, sigamos com a matéria!
As Sociedades de crédito, financiamento e investimento, ou as financeiras (como são co-
nhecidas) estão muito presentes no cotidiano dos brasileiros, uma vez que muitas delas são o 
chamado “braço financeiro” de lojas de departamento e de montadoras de veículo, por exem-
plo. Tais empresas, atualmente, mantém suas próprias financeiras para vender seus produtos 
parcelados.
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CONHECIMENTOSBANCÁRIOS
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Outra esfera de atuação dessas instituições são os empréstimos de alto risco. Quando 
você vê por aí propagandas do tipo: “concedemos crédito para negativados”, por exemplo, 
pode ter certeza de que se trata de uma financeira (ou nome que vai aparecer na sua prova: 
uma Sociedade de Crédito, financiamento e investimento).
A seguir, apresentamos outras informações relevantes sobre as sociedades de crédito, fi-
nanciamento e investimento:
Sociedades 
de crédito 
financiamento 
e investimento
 Captam recursos por meio de: operações de concessão 
de crédito; depósitos a prazo; aceite e colocação de letras 
de câmbio; Recibos de Depósitos Bancários (RDBs); 
Depósitos Interfinanceiros (DIs).
Conter em sua denominação social a 
expressão: “Crédito, Financiamento e 
Investimento”.
Devem ser constituídas sob a 
forma de S.A.
Supervisionadas pelo Bacen.
Não oferecem conta-corrente.
soCiedAdes de ArrendAMento MerCAntil
O arrendamento mercantil, também chamado de leasing, é uma forma contratual por 
meio da qual uma das partes (arrendatária) paga pelo uso de um bem de posse da outra 
parte (arrendadora) e tem a opção de, ao final do contrato, adquirir esse bem ou devolvê-lo. 
Em outras palavras, o arrendamento mercantil permite que uma pessoa ou empresa utilize 
um bem (direito de uso) por determinado tempo sem ser proprietário dele, mediante paga-
mentos de prestações.
Assim, as sociedades de arrendamento mercantil são entidades que:
Têm por objetivo a realização de operações de arrendamento mercantil (leasing) de bens nacionais, 
adquiridos de terceiros e destinados ao uso de empresas arrendatárias (ASSAF NETO, 2018, p. 106).
Segundo a Resolução n. 2.309/1996 do Bacen podem ser objeto de arrendamento: bens 
móveis, de produção nacional ou estrangeira, e bens imóveis adquiridos pela entidade arrenda-
dora para fins de uso próprio da arrendatária, segundo as especificações desta.
Além disso, as sociedades de arrendamento mercantil devem ser constituídas sob a forma 
de Sociedade Anônima (S.A.) e devem conter em seu nome social a expressão “arrendamento 
mercantil”.
Existem três modalidades de arrendamento mercantil. Vamos ver quais são e suas princi-
pais diferenças (cai muito em prova!!!!)
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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Leasing financeiro: nessa modalidade, a instituição arrendadora adquire o bem de acor-
do com as especificações de quem irá arrendá-lo (arrendatária) e entrega para o uso desta. 
Quando do término do prazo estabelecido em contrato, a arrendatária pode ou não exercer 
seu direito de compra do bem. Tal compra é feita por um valor residual garantido (VRG) que é 
estabelecido previamente no contrato.
Ao final do contrato, caso o arrendatário decida não adquirir o bem, ele poderá ser vendido 
no mercado. Feita a venda do bem no mercado, realiza-se o seguinte cálculo:
Se o valor obtido na venda do bem no mercado for menor que o valor do bem previsto em 
contrato, a arrendatária (cliente) terá que pagar a diferença. Ao passo que, se o ocorrer o con-
trário, ou seja, o bem for vendido por um valor acima do estipulado no momento do arrenda-
mento, a arrendatária recebe a diferença.
No entanto, o que ocorre na maioria dos casos é que o cliente adquire o bem e a soma das 
parcelas pagas durante a vigência do contrato é suficiente para que a arrendadora recupere o 
custo do bem arrendado acrescido, ainda, de um valor que representa o retorno dos recursos 
investidos.
Quanto ao prazo de arrendamento, funciona da seguinte forma:
• Mínimo de 2 anos para bens com vida útil de até 5 anos;
• Mínimo de 3 anos para bens com vida útil superior a 5 anos.
O risco de obsolescência e de manutenção fica por conta do cliente (arrendatário). Por 
isso, não há risco pela entidade arrendadora, pois ela tem a garantia do valor residual garan-
tido (VRG).
Leasing operacional: nessa modalidade, a arrendatária (cliente) não tem a intenção de 
adquirir o bem no final do contrato (pois, geralmente, é inviável financeiramente). É usual-
mente utilizado pelas próprias fabricantes de bens, tais como máquinas e equipamentos. 
Nesse tipo de arrendamento, é comum que a arrendadora fique responsável pela manuten-
ção e assistência técnica do bem, assumindo, portanto, os riscos - ao contrário do que ocorre 
no leasing financeiro.
Informações importantes sobre o leasing operacional:
• A soma do valor presente das contraprestações (parcelas) pagas não pode ultrapassar 
90% do valor do bem;
• O prazo contratual é de no mínimo 90 dias e não pode ultrapassar 75% do prazo de vida 
útil econômica do bem;
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• Não há previsão de valor residual garantido (VRG);
• O preço, caso o arrendatário exerça a opção de compra do bem, é o valor de mercado;
QUADRO COMPARATIVO
Leasing Financeiro Leasing Operacional
Valor residual 
garantido (VRG)
SIM NÃO
PRAZO
Mínimo de 2 anos para bens 
com vida útil de até 5 anos.
Mínimo de 3 anos para bens 
com vida útil superior a 5 anos.
No mínimo, 90 dias e 
não pode ultrapassar 
75% do prazo de vida útil 
econômica do bem.
Manutenção
Por conta da parte arrendatária 
(cliente).
É comum que a 
arrendadora fique 
responsável pela 
manutenção e assistência 
técnica do bem.
Lease-back (ou leasing de retorno): esse tipo de arrendamento ocorre quando uma empre-
sa faz a venda de um bem e o aluga imediatamente, para continuar o usando. Dessa forma, ela 
transfere a propriedade para outra instituição e fica apenas com o direito de uso do bem pelo 
prazo estipulado em contrato. É uma forma de levantar capital.
OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES: são fontes de recursos das sociedades de arren-
damento mercantil, segundo o art. 19 da Resolução n. 2309/1996 do Bacen:
I – empréstimos contraídos no exterior;
II – empréstimos e financiamentos de instituições financeiras nacionais, inclusive de repasses de 
recursos externos;
III – instituições financeiras oficiais, destinados a repasses de programas específicos;
IV – colocação de debêntures de emissão pública ou “particular e de notas promissórias destinadas 
à oferta pública;
V – cessão de contratos de arrendamento mercantil, “bem como dos direitos creditórios deles de-
correntes
VI – depósitos interfinanceiros, nos termos da regulamentação em vigor; 
VII – outras formas de captação de recursos, autorizadas pelo Banco Central do Brasil.
Além das sociedades de arrendamento mercantil, outras instituições que podem realizar 
arrendamento mercantil são:
• bancos múltiplos com carteira de investimento, de desenvolvimento e/ou de crédito 
imobiliário;
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• bancos de investimento;
• bancos de desenvolvimento;
• caixas econômicas;
• sociedades de crédito imobiliário.
soCiedAdes de FoMento MerCAntil (Factoring)
Imagine que você, concurseiro(a)de sucesso, seja proprietário de um comércio e no mo-
mento esteja precisando de dinheiro para realizar investimentos e ampliar seu negócio. Como 
você vende muitos produtos a prazo, possui uma grande quantidade de valores a receber de 
seus clientes.
Uma forma de conseguir o dinheiro que você precisa é vender esses créditos de vendas a 
prazo (direitos de recebimento) para uma sociedade de arrendamento mercantil, mais conheci-
da como factoring, que são empresas comerciais que adquirem créditos gerados por vendas a 
prazo de outras empresas. Em outras palavras: factoring consiste na aquisição de direitos cre-
ditórios de contas a receber a prazo, por um valor à vista, mediante pagamento, pela empresa 
fomentada, de uma remuneração (juros).
Dessa forma, você concurseiro(a) e comerciante, receberia os recursos à vista, enquanto a 
factoring assumiria o risco de inadimplência que possa conter nos créditos, cobrando, é claro, 
juros para fazer essa transação.
Além da compra de créditos, as factorings também oferecem outros tipos de serviço, como: 
administração de contas, se encarregando da cobrança, assessoria administrativa e financeira, 
bem como intermediação de exportação.
É importante salientar, também, que tais instituições não são autorizadas a captarem re-
cursos via depósitos de clientes, uma vez que não são instituições financeiras (apenas equi-
paradas a elas). Operam utilizando, basicamente, recursos próprios e recursos provenientes 
dos pagamentos realizadas pelas empresas fomentadas – que são em sua maioria pequenas 
e médias empresas.
005. (CESPE/BASA/TÉCNICO BANCÁRIO NOVO/2009/Q693279) A principal atividade das 
empresas de fomento mercantil (factoring) é atuar provendo operações de arrendamento mer-
cantil (leasing) diretamente a seus clientes.
PEGADINHA DA BANCA
Veja como a banca pode tentar confundir você usando a semelhança das palavras factoring e 
leasing. Não caia nessa!
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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Factoring é o Fomento mercantil (você pode usar esse macete), que consiste na aquisição de 
direitos creditórios de contas a receber a prazo, por um valor à vista, mediante pagamento de 
uma remuneração (juros).
Enquanto o Leasing é o Arrendamento Mercantil, que consiste na celebração de um contrato 
de aluguel efetuado entre um cliente (arrendatário) e uma sociedade de arrendamento 
mercantil (arrendadora), que permite a utilização por parte do arrendatário de um certo bem 
durante um prazo determinado, mediante pagamento de contraprestações.
Errado.
soCiedAdes AdMinistrAdorAs de CArtão de Crédito
São as empresas responsáveis pela emissão e administração dos cartões de crédito e/ou 
débito que usamos. São de responsabilidade das administradoras de cartão:
Administradoras 
de cartão
Atualização cadastral do cliente.
Atendimento ao cliente.
Cobrança de taxas e anuidade.
Envio de faturas.
Estabelecimento e análise 
de limites de crédito para a 
utilização do cartão.
Intermediação entre a 
bandeira do cartão, os 
estabelecimentos que 
aceitam os cartões e 
os clientes.
São Fonte de recursos:
• Taxas e Anuidade;
• Comissão. Trata-se do valor percentual que os estabelecimentos que aceitam cartões 
pagam para as administradoras de cartões;
• Juros.
Obs.: � não confunda administradoras de cartão de crédito com bandeiras de cartão. As prin-
cipais bandeiras de cartão são: Visa, Mastercard e Elo, as quais são responsáveis pela 
comercialização e manutenção das maquininhas que ficam nos estabelecimentos, 
por exemplo.
 � Já as administradoras mais conhecidas são Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Nubank. 
Perceba que bancos múltiplos e as chamadas Fintechs atuam como administradoras 
de cartões de crédito.
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O Bacen não supervisiona as sociedades administradoras de cartão de crédito, pois elas não 
são instituições financeiras, no entendimento dele. O que o Bacen faz é apenas regular AS 
OPERAÇÕES de cartão de crédito (exemplos: limite para cobrança de juros, percentual de pa-
gamento mínimo etc.).
Repare que eu disse que as administradoras de cartões não são instituições financeiras no en-
tendimento do Bacen. Isso ocorre porque a Súmula 283 do Superior Tribunal de Justiça (STJ) 
diz o seguinte:
as empresas administradoras de cartão de crédito são instituições financeiras [...].
Portanto, no entendimento do STJ, as sociedades administradoras de cartão de crédito são 
sim consideradas instituições financeiras.
Como faço na prova, então, professor?
Apenas fique atento(a) ao comando da questão e veja se ele pede a classificação confor-
me o entendimento Bacen ou da jurisprudência do STJ.
CorretorAs de títulos e vAlores MoBiliários (CtvM) e distriBuidorAs 
de títulos e vAlores MoBiliários (dtvM)
Antes de tudo, preciso esclarecer o motivo de estarmos estudando esses dois tipos de 
entidades juntas. Acontece que a principal diferença que existia entre as duas era o fato de 
que as distribuidoras de títulos e valores mobiliários (DTVM) não podiam operar diretamente 
em bolsa de valores (elas precisavam utilizar uma corretora para isso). No entanto, a Decisão 
conjunta BACEN/CVM n. 17 de 2009 eliminou essa diferença. Vejamos:
Art. 1º As sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários ficam autorizadas a operar dire-
tamente nos ambientes e sistemas de negociação dos mercados organizados de bolsa de valores.
Com isso, tanto as corretoras como as distribuidoras, passaram a ter na prática as mes-
mas funções, embora as diferentes nomenclaturas ainda sejam usadas.
Feito esse esclarecimento, vamos ver o que essas instituições fazem!
As corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários são instituições financeiras, 
autorizadas pelo BACEN, e operarem fazendo a intermediação entre os investidores e os mer-
cados organizados de títulos e valores mobiliários, como Bolsa de valores, por exemplo.
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O que são títulos e valores mobiliários, professor?
Simplificando: são instrumentos financeiros, os quais podem ser emitidos pelo próprio go-
verno ou por instituições privadas (tais como empresas e instituições financeiras), que repre-
sentam uma forma de captação de recursos por parte das instituições junto a investidores no 
mercado. Os principais exemplos são:
• Ações;
• Debêntures;
• Cotas de fundos de investimentos;
• Bônus de subscrição;
• Certificados de depósito de valores mobiliários;
• Notas comerciais;
• Contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam valo-
res mobiliários;
• Outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes.
Na prática, as corretoras e distribuidoras realizam ordens de compra. Da seguinte forma: 
Imagine que você, concurseiro(a) cheio(a) da grana, resolva aplicar alguns recursos em ações. 
Vocênão pode simplesmente chegar na Bolsa de Valores e dizer: quero comprar X ações, pois 
a legislação não permite. Você precisa procurar uma instituição que faça essa intermediação.
O que você deve fazer é abrir uma conta em uma corretora ou distribuidora. Assim que 
desejar adquirir determinada ação, você envia uma ordem de compra e a corretora a executa 
junto a Bolsa de Valores.
Tais instituições devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima (S.A.) ou por 
quotas de responsabilidade limitada (Ltda.). São supervisionadas tanto pelo Bacen quanto 
pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Além de executar ordens de compra e venda, operando em bolsas de valores, as corretoras 
e distribuidoras de valores mobiliários prestam os seguintes serviços, segundo o Bacen2:
• Operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria e de terceiros;
• Administração e custódia de carteiras de títulos e valores mobiliários;
• Intermediar a oferta pública e distribuição de títulos e valores mobiliários no mercado;
• Subscrever emissões de títulos e valores mobiliários no mercado;
• Exercer funções de agente fiduciário;
• Instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento;
• Praticar operações de compra e venda de metais preciosos, no mercado físico, por con-
ta própria e de terceiros;
• Intermediar operações de compra e venda de moeda estrangeira, além de outras opera-
ções no mercado de câmbio;
2 https://www.bcb.gov.br/pre/composicao/corretoras_distribuidoras.asp?frame=1
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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• Prestar serviços de intermediação e de assessoria ou assistência técnica, em operações 
e atividades nos mercados financeiro e de capitais.
soCiedAdes de Crédito iMoBiliário
Criadas pela Lei n. 4.380, de 21 de agosto de 1964, as sociedades de crédito imobiliário 
são instituições financeiras, integrantes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, cuja 
função primordial é facilitar o financiamento imobiliário. Para tanto, captam recursos (opera-
ções passivas), por meio de:
• Depósitos de poupança;
• Emissão de letras e cédulas hipotecárias;
• Depósitos interfinanceiros (captação de recursos junto a outras instituições financeiras;
• Recebimento de repasses do Fundo Nacional de Habitação de interesse social, que se 
trata de recursos subsidiados via BNDES para fomentar o crédito imobiliário;
• Repasses e financiamentos provenientes do exterior.
As sociedades de crédito imobiliário disponibilizam recursos (operações ativas) aos seus 
clientes das seguintes formas:
• Concessão de crédito para construção ou compra de casa própria;
• Financiamento para pessoa jurídica realizarem construção de habitações;
• Fornecimento de recursos para capital de giro para construtoras;
• Fornecimento de recursos para capital de giro de empresas distribuidoras de material 
de construção.
É importante, também, que você saiba que as sociedades de crédito imobiliário são subordi-
nadas às normas do BACEN. Além disso, elas devem ser constituídas sob a forma de S.A. e 
possuir em sua denominação social a expressão “crédito imobiliário”.
AssoCiAções de poupAnçA e eMpréstiMo
A primeira informação que é útil para entendermos a atuação das associações de poupan-
ça e empréstimo é que a caderneta de poupança tem como principal função captar recursos 
para o financiamento da habitação no Brasil. Assim, quando depositamos recursos em poupan-
ça, parte desse recurso será utilizado para o financiamento de compra e construção de casas.
Com isso em mente, fica fácil entender a função das associações de poupança e emprés-
timo, qual seja: formar poupança para o financiamento da casa própria. Mais precisamente, 
segundo o BACEN3:
3 https://www.bcb.gov.br/pre/composicao/assoc_poup_emp.asp?frame=1
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Associação de Poupança e Empréstimo (APE) é uma instituição criada para facilitar aos associados 
a aquisição da casa própria e captar, incentivar e disseminar a poupança.
A forma de participação dos associados se dá basicamente das seguintes formas: adqui-
rindo financiamento imobiliário ou depositando seu dinheiro para formar poupança (depósito 
remunerado por juros ou dividendos)
Além dos depósitos em poupança, a APE pode captar recursos (operações passivas) de 
seus associados, das seguintes formas:
Operações 
passivas da APE
Repasses e refinanciamentos 
contraídos no País
Letra financeira
Empréstimos e financiamentos 
contraídos no exterior
Letras de crédito 
imobiliário e depósitos 
interfinanceiros
Letras hipotecáriasDepósitos 
interfinanceiros
As associações de poupança e empréstimo não são instituições financeiras, sendo organiza-
das sob a forma sociedade civil. Apesar disso, estão subordinadas à fiscalização do Bacen.
Apenas mais uma informação: segundo estabelece o Decreto-Lei n. 70, de 1966, as APEs 
possuem atuação regional. No entanto, a única APE em funcionamento no Brasil atualmente é 
a Poupex, que é gerida pela Fundação Habitacional do Exército (FHE). O curioso é que a Pou-
pex atua em âmbito nacional. 
Como nem só de teoria vive o(a) concurseiro(a) esperto(a), vamos ver como esse tema 
pode ser cobrado em prova!
006. (FADESP/BANPARA/TÉCNICO BANCÁRIO/2018/Q1060228) Quanto aos conhecimen-
tos referentes às Associações de Poupança e Empréstimo (APE), é correto afirmar que:
a) é uma instituição criada para facilitar aos associados a aquisição da casa própria, bens de 
consumo e veículo próprio, além captar, incentivar e disseminar a poupança.
b) os associados podem participar da APE de duas formas básicas: ao adquirir financiamento 
imobiliário ou ao depositar seu dinheiro para formar poupança.
c) suas operações ativas são, além dos depósitos de poupança, constituídas de letras hipote-
cárias; repasses e refinanciamentos contraídos no País; empréstimos e financiamentos con-
traídos no exterior; letras de crédito imobiliário, letra financeira e depósitos interfinanceiros, já 
as operações passivas são, basicamente, direcionadas aos financiamentos imobiliários.
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d) esse tipo de entidade, por ter característica de associação, em hipótese alguma pode distri-
buir dividendos da totalidade dos resultados líquidos a seus associados.
e) os depositantes dessas entidades são considerados acionistas da associação e, por isso, 
os recursos dos associados são classificados no passivo exigível e não no patrimônio líquido.
A APE é uma modalidade de associação criada para facilitar aos associados a aquisição da 
casa própria, não havendo nada que se falar em “bens de consumo” ou “veículo próprio”. Por 
isso, está incorreta a alternativa A.
Como vimos, a forma de participação dos associados se dá, basicamente, das seguintes for-
mas: adquirindo financiamento imobiliário ou depositando dinheiro para formarpoupança. 
Está correta a alternativa B.
Na assertiva C, a banca tenta confundir o(a) candidato(a) citando operações passivas (capta-
ção de recursos) como se fossem ativas (operações realizadas pela instituição). Fique aten-
to(a) a isso!
A alternativa D está incorreta, pois os depósitos em poupança dessas instituições são remune-
rados por juros ou dividendos. Portanto, incorreta a D.
Alguns detalhes vamos pegando com a resolução de questões. De qualquer modo, a expres-
são “em hipótese alguma” sempre deve causar desconfiança.
Por fim, a assertiva E está incorreta, pois sabemos que os depositantes da APE são ASSOCIADOS.
Letra b.
AdMinistrAdorAs de ConsórCios
Com certeza você já participou, foi convidado(a) ou, pelo menos ouviu falar de uma coi-
sa chamada consórcio. No entanto, é importante que vejamos a definição formal. Segundo a 
ABAC (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios)4:
Consórcio é a modalidade de compra baseada na união de pessoas – físicas ou jurídicas – em 
grupos, com a finalidade de formar poupança para a aquisição de bens móveis, imóveis ou serviços.
Nesse sistema, o valor do bem ou serviço é diluído em um prazo predeterminado, e todos os inte-
grantes do grupo contribuem ao longo desse período. Mensalmente (ou conforme estipulado em 
contrato), a administradora os contempla, por sorteio ou lance, com o crédito no valor do bem ou do 
serviço contratado, até que todos sejam atendidos.
Portanto, são grupos de pessoas físicas e jurídicas que se unem com o objetivo em comum 
de adquirir determinado bem ou serviço. Essas pessoas pagam parcelas do consórcio por um 
período predeterminado e vão sendo contempladas gradativamente (recebem o crédito) me-
diante sorteio ou por meio do lance que dão, até que todos os participantes sejam contempla-
dos. Exemplos muito comuns são: consórcios de veículos.
4 https://abac.org.br/o-consorcio/o-que-e-consorcio
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Pois bem! A formação de tais grupos de consórcio é realizada por uma administradora de 
consórcios, que consiste em uma instituição constituída sob a forma de sociedade limitada ou 
sociedade anônima (S.A.) com o objetivo de prestar serviços no âmbito da administração de 
consórcios.
O BACEN é responsável pela normatização e autorização de funcionamento das administra-
doras de consórcio, bem como pela fiscalização da atuação delas. No entanto, conflitos nas 
relações de consumo (cliente que se sentir lesado, por exemplo), devem ser mediados pelos 
órgãos do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, seguindo o CDC (Código de defesa 
do consumidor).
CorretorAs de CâMBio
As corretoras de câmbio, são as chamadas popularmente de “casas de câmbio”. O cam-
po de atuação dessas instituições é exclusivamente o mercado de câmbio, sendo suas prin-
cipais atividades:
• compra e venda de moeda estrangeira; e
• intermediação de contratos de câmbio.
Segundo a Resolução n. 1770 do Conselho Monetário Nacional, a constituição e o fun-
cionamento das corretoras de câmbio dependem da autorização do BACEN. Além disso, elas 
deverão ser constituídas sob a forma de S.A. e conter em sua denominação social a expressão 
“corretora de câmbio”.
É importante salientar também que as corretoras de câmbio podem atuar em operações 
de entrada de valores do exterior, bem como de envio, vinculadas a atividades de importação e 
exportação por parte de clientes. No entanto, essas operações não podem ultrapassar o limite 
de 100 mil dólares.
Ufa, sei que foi cansativo, mas chegamos ao fim da parte teórica! Obrigado por me acom-
panhar até aqui!
A seguir, apresento um resumo da aula, como forma de revisar o conteúdo abordado. E, na 
sequência, questões comentadas para fixar o conhecimento adquirido. Vamos lá!
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RESUMO
Nessa aula, vimos as instituições operadoras do Sistema Financeiro Nacional, tais como 
bancos, cooperativas de crédito, corretoras, dentre outras, que são responsáveis, como o nome 
sugere, pela operação da intermediação financeira, isto é, pelo encontro entre credores e toma-
dores de recursos no Sistema Financeiro Nacional (SFN).
Vimos também a diferença entre as instituições financeiras bancárias (monetárias) e não 
bancárias (não monetárias):
Entre as instituições que captam depósitos à vista, estão: Bancos Comerciais, Caixas Eco-
nômicas, Cooperativas de Crédito, Bancos Comerciais Cooperativos e Bancos múltiplos com 
carteira comercial
Vimos que os bancos comerciais são instituições financeiras, públicas ou privadas, cujo 
principal objetivo é disponibilizar recursos financeiros a empresas e pessoas físicas em geral, 
tendo como principal fonte de recursos depósitos à vista (podendo receber depósitos a prazo 
também). Além disso:
Quanto à CEF (ou CAIXA), a única caixa econômica que temos, apesar de ter uma atuação, 
em muitos aspectos, semelhante aos bancos comerciais, vimos que existem algumas caracte-
rísticas que a distingue deles. Relembrando, pois aparece com frequência em prova:
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Peculiaridades 
da CEF
Prioriza a concessão de empréstimos e 
financiamentos a projetos e programas 
nas áreas de:
Pode emprestar sob garantia de penhor 
industrial e caução de títulos.
Detentora do monopólio dos empréstimos 
mediante penhor de bens.
Gestora do Fundo de Garantia por Tempo de 
Serviço (FGTS).
Possui o monopólio da venda de bilhetes da 
loteria federal.
Educação
Saúde
Assistência social
Trabalho
Transportes urbanos
Esporte
Outra instituição bancária que estudamos são as cooperativas de crédito, cuja principal 
função é a prestação de serviços financeiros, exclusivamente para determinado grupo de as-
sociados, não possuindo fins lucrativos.
É importante não confundir as cooperativas de crédito com bancos cooperativos. A princi-
pal diferença é que os bancos cooperativos podem oferecer mais serviços do que as coopera-
tivas de crédito, tais como recebimento de depósitos de não associados.
Além disso, é permitido que eles possuam ações negociadas em Bolsa de valores, ou seja, 
não precisam ser de inteira propriedade de associados. No entanto, devem ter o controle acio-
nário exercido por cooperativas centrais de crédito. Isso significa que no mínimo 51% de ações 
com direito a voto devem pertencer às citadas cooperativas.
A última instituição autorizada a captar depósitos à vista que vimos foi o banco múltiplo, 
que é constituído como se fosse uma união de diversos tipos de instituição em uma só, pois 
operam em mais de uma carteira ao mesmo tempo, tais como:
• Comercial;
• Investimento;
• Crédito imobiliário;
• Arrendamento mercantil e de crédito;
• Desenvolvimento (operada somente por banco público).
No entanto, um dos detalhes mais importantes para a prova é que para se configurar como 
um bancomúltiplo, a instituição deve possuir pelo menos duas das carteiras que citamos, sen-
do uma delas a comercial ou a de investimento.
Finalizando o estudo das instituições bancárias (ou monetárias), entramos nas instituições 
não bancárias (ou não monetárias), que são as que não podem captar depósitos à vista.
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As instituições desse tipo que vimos, são:
• Bancos de investimento: são instituições privadas, cujo foco principal é fornecer recur-
sos de médio e longo prazo (se diferenciando dos bancos comerciais, que focam no 
médio e curto prazo), apoiando o setor privado. Um exemplo muito importante de atua-
ção dessas instituições (cai em prova!) é a concessão de financiamento para compra de 
máquinas (capital fixo) ou para a formação de capital de giro;
• Bancos de desenvolvimento: são instituições PÚBLICAS (ao contrário dos bancos de in-
vestimento que são privados). Repare nesses detalhes, pois as bancas gostam de compa-
rar os dois tipos de instituição. Os bancos de desenvolvimento são estaduais ou distritais 
(não federais).
Tal como os bancos de investimento, o objetivo principal dos bancos de desenvolvimento 
é suprir a demanda por recursos de médio e longo prazo, prioritariamente do setor privado. No 
entanto, o foco são programas e projetos que visem o desenvolvimento social e econômico 
dos estados da federação aos quais pertençam.
BNDES: apesar do nome, não é, a rigor (legalmente), um banco de desenvolvimento. Isso 
ocorre porque a legislação restringe os bancos de desenvolvimento às esferas estaduais e 
o BNDES é uma empresa pública federal. Possui, como função primordial, o fomento do de-
senvolvimento social e econômico do Brasil, funcionando como ferramenta fundamental na 
implementação de políticas de desenvolvimento do governo federal, por meio da concessão 
de financiamentos de longo prazo.
Agências de fomento: são instituições públicas membros da administração indireta dos 
estados e do distrito federal, que possuem como intuito principal o financiamento de capital 
fixo e capital de giro para projetos integrantes de planos de desenvolvimento das unidades da 
federação (estados e do distrito federal) onde estão sediadas.
Sociedades de crédito financiamento e investimento (chamadas de “financeiras”: são 
empresas privadas que trabalham com o fornecimento de financiamento e empréstimo para 
compra de bens, serviços, bem como para a constituição de capital de giro. Elas podem ser li-
gadas a algum banco ou não. Captam recursos por meio de: concessão de crédito, depósitos a 
prazo, aceite e colocação de letras de câmbio, Recibos de depósito bancário (RDB) e depósitos 
interfinanceiros (DI).
Sociedades de arrendamento mercantil (leasing): o arrendamento mercantil, também cha-
mado de leasing, é uma forma contratual por meio da qual uma das partes (arrendatária) paga 
pelo uso de um bem de posse da outra parte (arrendadora) e tem a opção de, ao final do con-
trato, adquirir esse bem ou devolvê-lo.
Vimos 3 tipos de leasing: financeiro, operacional e lease-back. O quadro a seguir, apresenta 
algumas diferenças importantes entre os mais comuns, o financeiro e o operacional:
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Leasing Financeiro Leasing Operacional
Valor residual 
garantido 
(VRG)
SIM NÃO
PRAZO
Mínimo de 2 anos para bens 
com vida útil de até 5 anos.
Mínimo de 3 anos para 
bens com vida útil superior 
a 5 anos.
no mínimo 90 dias e não 
pode ultrapassar 75% 
do prazo de vida útil 
econômica do bem.
Manutenção
Por conta da parte 
arrendatária (cliente)
é comum que a 
arrendadora fique 
responsável pela 
manutenção e assistência 
técnica do bem
O Lease-back (ou leasing de retorno): esse tipo de arrendamento ocorre quando uma em-
presa faz a venda de um bem e o aluga imediatamente, para continuar usando-o. Dessa forma, 
ela transfere a propriedade para outra instituição e fica apenas com o direito de uso do bem 
pelo prazo estipulado em contrato. É uma forma de levantar capital.
Sociedades de fomento mercantil (factoring): factoring consiste na aquisição de direitos 
creditórios de contas a receber a prazo, por um valor à vista, mediante pagamento, pela empre-
sa fomentada, de uma remuneração (juros).
Tais instituições não são autorizadas a captarem recursos via depósitos de clientes, uma 
vez que não são instituições financeiras (apenas equiparadas a elas). Operam utilizando, basi-
camente, recursos próprios e recursos provenientes dos pagamentos realizadas pelas empre-
sas fomentadas – que são em sua maioria pequenas e médias empresas.
Sociedades administradoras de cartão de crédito: São as empresas responsável pela emis-
são e administração dos cartões de crédito e/ou débito que usamos. São de reponsabilidade 
das administradoras de cartão: atualização cadastral do cliente; cobrança de taxas e anuidade; 
estabelecimento e análise de limites de crédito para a utilização do cartão; atendimento ao 
cliente; envio de faturas; intermediação entre a bandeira do cartão, os estabelecimentos que 
aceitam os cartões e os clientes.
Corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários: são instituições financeiras, 
autorizadas pelo BACEN, e operarem fazendo a intermediação entre os investidores e os mer-
cados organizados de títulos e valores mobiliários, como Bolsa de valores, por exemplo. São 
supervisionadas tanto pelo Bacen quanto pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Sociedades de crédito imobiliário: são instituições financeiras, integrantes do Sistema Bra-
sileiro de Poupança e Empréstimo, cuja função primordial é facilitar o financiamento imobiliário.
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Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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Para tanto, captam recursos (operações passivas), por meio de: depósitos de poupança; 
emissão de letras e cédulas hipotecárias; depósitos interfinanceiros (captação de recursos 
junto a outras instituições financeiras; recebimento de repasses do Fundo Nacional de Habi-
tação de interesse social, que se trata de recursos subsidiados via BNDES para fomentar o 
crédito imobiliário e repasses e financiamentos provenientes do exterior.
Associações de poupança e empréstimo: é uma instituição criada para facilitar aos asso-
ciados a aquisição da casa própria e captar, incentivar e disseminar a poupança. A forma de 
participação dos associados se dá basicamente das seguintes formas: adquirindo financia-
mento imobiliário ou depositando seu dinheiro para formar poupança (depósito remunerado 
por juros ou dividendos).
Além dos depósitos em poupança, a APE pode captar recursos (operações passivas) de 
seus associados, das seguintes formas: repasses e refinanciamentos contraídos no País; em-
préstimos e financiamentos contraídos no exterior; letras de crédito imobiliário, letra financeira 
e depósitos interfinanceiros; letras hipotecárias

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