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SISTEMA DE ENSINO CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional Livro Eletrônico 2 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier Sumário Apresentação ................................................................................................................................... 4 Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional ........................................................................................................ 5 Conceitos Introdutórios ................................................................................................................. 5 Instituições Financeiras Bancárias (ou Monetárias) ............................................................... 7 Bancos Comerciais .......................................................................................................................... 8 Caixas Econômicas ......................................................................................................................... 9 Cooperativas de Crédito .............................................................................................................. 10 Bancos Comerciais Cooperativos .............................................................................................. 10 Bancos Múltiplos ........................................................................................................................... 11 Instituições Financeiras Não Bancárias (ou Não Monetárias) .............................................13 Bancos de Investimento .............................................................................................................. 14 Bancos de Desenvolvimento .......................................................................................................15 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)....................................16 Agências de Fomento .................................................................................................................... 17 Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento ........................................................ 18 Sociedades de Arrendamento Mercantil ...................................................................................19 Sociedades de Fomento Mercantil (Factoring) ...................................................................... 22 Sociedades Administradoras de Cartão de Crédito ............................................................... 23 Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM) e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) ........................................................................................................24 Sociedades de Crédito Imobiliário ............................................................................................. 26 Associações de Poupança e Empréstimo ................................................................................ 26 Administradoras de Consórcios .................................................................................................28 Corretoras de Câmbio .................................................................................................................. 29 Resumo ............................................................................................................................................ 30 Mapas Mentais .............................................................................................................................. 35 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 3 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier Questões de Concurso .................................................................................................................38 Gabarito ........................................................................................................................................... 67 Referências .....................................................................................................................................68 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier ApresentAção Olá, concurseiro(a) dedicado(a)! Como estão as coisas? Espero que bem! Nessa aula, iremos estudar as instituições operadoras do Sistema Financeiro Nacional, tais como bancos, cooperativas de crédito, corretoras, dentre outras. Aviso que é uma parte um pouco densa da matéria, pois envolve uma quantidade razoável de instituições e seus detalhes. No entanto, você verá que não é “um bicho de sete cabeças”. O importante é estudar sem desespero. Vamos com calma, que tudo dará certo! Para tanto, tentarei ser o mais objetivo possível, focando nos detalhes que mais aparecem em prova. Sem mais delongas, sigamos! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier INSTITUIÇÕES OPERADORAS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ConCeitos introdutórios Como vimos na aula anterior, o Sistema Financeiro Nacional (SFN) está dividido em 3 ní- veis de instituições: • normativas; • supervisoras; • operadoras. Recuperamos a figura 1 para relembrarmos a estrutura do SFN. Veja que ela já traz alguns exemplos das entidades operadoras que iremos estudar. Figura 1 – Estrutura do Sistema Financeiro Nacional Fonte: BACEN (2021). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier As instituições normativas são responsáveis pela elaboração das normas de funciona- mento do SFN. Nesse contexto, estudamos o Conselho Monetário Nacional, órgão norma- tivo do SFN. Vimos também as instituições supervisoras, as quais atuam na implementação e fiscali- zação do cumprimento das regras traçadas pelos órgãos normativos. Como exemplo dessas instituições, estudamos o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários. Com isso, nos falta tratar das instituições operadoras, que são responsáveis, como o nome sugere, pela operação da intermediação financeira, isto é, pelo encontro entre credores e toma- dores de recursos no Sistema Financeiro Nacional (SFN). Figura 2 – Intermediação financeira Elaboração própria Como vemos na figura, na economia existem dois tipos de agentes (entenda “agentes” como pessoas, empresas ou instituições em geral). São eles: os credores e os tomadores de recursos. Já sabemos que o SFN é o responsável por promover o encontro entre esses dois tipos de agentes. Agora, vamos nos aprofundar nas característicasdas instituições que colocam em prática a atividade de intermediação financeira, cujo maior exemplo são os bancos comerciais. No entanto, existem diversos outros tipos de instituições, as quais vamos estudar. Assaf Neto (2018), autor bastante conhecido e utilizado pelas bancas de concurso, classi- fica as instituições operadoras do SFN em: • Instituições financeiras bancárias: “criam moeda”; • Instituições financeiras não bancárias: “não criam moeda”; • Sistema de poupança e empréstimo: captam recursos, principalmente, via cadernetas de poupança e fundos derivados do FGTS. Exemplo: associações de poupança e empréstimo; • Auxiliares: geralmente, operam com valores mobiliários, fazendo a intermediação dos investidores. Exemplos: Bolsa de Valores, corretoras e distribuidoras de valores mobiliá- rios e agentes autônomos de investimentos; • Instituições não financeiras: oferecem serviços não financeiros. Exemplos: sociedades de fomento comercial (factoring) e companhias seguradoras. A parte mais importante dessa classificação (ou seja, que aparece mais em prova) é a di- ferença entre instituições financeiras bancárias e não bancárias. Vejamos! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier instituições FinAnCeirAs BAnCáriAs (ou MonetáriAs) São instituições autorizadas por lei a captarem recursos de seus clientes por meio de de- pósitos à vista. O que são depósitos à vista, professor? Depósitos à vista são os populares depósitos em conta corrente, os quais permitem a livre movimentação do dinheiro, pois são feitos com prazo indeterminado e não gozam de rendimentos. Há também os depósitos a prazo, que é quando o cliente deposita determinada quantia na instituição financeira por um tempo que é determinado no momento do depósito. Além do prazo determinado, outra diferença em relação aos depósitos à vista é que o depósito a prazo gera rendimentos, pois, ao devolver os fundos ao cliente na data futura que foi combinada, a instituição o faz com um acréscimo de juros. Esses depósitos geram um título, uma espécie de recibo, que indica que o cliente possui o direito de saque de seus recursos em data futura. Exemplos de Depósitos a prazo são: • Certificado de Depósito Bancário (CDB) – são os mais utilizados pelos bancos; • Recibo de Depósito Bancário (RDB). Existe ainda um terceiro tipo de depósito, que são os depósitos em caderneta de poupança, os quais apresentam algum rendimento (ainda que baixo), mas são de livre movimentação. Agora que já sabemos as diferenças sobre os tipos de depósito, podemos seguir tratando das instituições bancárias (ou monetárias), que são as que podem receber depósitos à vista e, por isso, são capazes de “criar moeda”, por meio do fenômeno chamado Multiplicador mone- tário. Vejamos brevemente como isso funciona: Suponha que uma cliente chamada Ana deposite no Banco A o valor de R$ 100. Suponhamos que a taxa de depósito compulsório estabelecida pelo Bacen seja de 10%. As- sim, o Banco A terá que depositar R$ 10 no Bacen e poderá emprestar R$ 90 para os clientes. Para simplificar, vamos supor que o cliente Paulo, que pegou os R$ 90, deposite todo o valor no Banco B, que novamente reservará 10% de compulsório, emprestando 81 para outro cliente, a cliente Beatriz. Na sequência, Beatriz depositará os R$ 81 no Banco C, o qual reservará R$ 8 (arredondan- do) e emprestará R$ 73. Como é possível perceber, a partir de um depósito de R$ 100, temos o valor de R$ 244 cir- culando na economia. Esse é o efeito do Multiplicador Monetário. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier Banco Depósito Reservas Empréstimo A 100 10 90 B 90 9 81 C 81 8 73 Total de moeda >>>>> 244 Esse dinheiro existe, na verdade? Não, mas é como se existisse, pois permite que diver- sas transações sejam realizadas, sem que o tenhamos todo em mãos, é a chamada “moeda escritural”. As instituições financeiras bancárias são os Bancos Comerciais, Caixas Econômicas, Cooperativas de Crédito, Bancos Comerciais Cooperativos e Bancos múltiplos com carteira comercial. A partir de agora, a aula fica um pouquinho mais densa, pois vamos estudar as definições e as principais características das instituições que podem cair na sua prova. Peço atenção e paciência! Vamos lá! BAnCos CoMerCiAis São instituições financeiras, públicas ou privadas, cujo principal objetivo é disponibilizar recursos financeiros a empresas e pessoas físicas em geral, tendo como atividade típica a captação de depósitos à vista (de livre movimentação). Para tanto, estão autorizadas a manter contas correntes de pessoas físicas e jurídicas. Além das contas correntes, os bancos comerciais operam com cadernetas de poupança, concedem créditos de curto e médio prazo às pessoas físicas e jurídicas. Os bancos comerciais, como o próprio nome diz, operam com carteira comercial, que se trata da carteira que permite a captação de recursos por meio de depósitos à vista. Podem, também, captar depósitos a prazo, os quais (como já vimos) possuem prazo deter- minado e gozam de rendimentos. Esse tipo de depósito é captado pelos bancos comerciais, principalmente, via Certificado de Depósito Bancário, o chamado CDB. Além dos depósitos à vista e a prazo, os bancos comerciais costumam realizar operações de descontos de títulos, crédito pessoal, serviço de cheque especial, prestação de serviços de recebimento de boletos, dentre outros serviços autorizados pelo Bacen. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier Outras características importantes desse tipo de instituição financeira são: CAixAs eConôMiCAs As caixas econômicas são as instituições mais antigas do sistema financeiro brasileiro. Elas realizam as mesmas atividades que os bancos comerciais, ou seja, recebem depósitos à vista (podendo criar, portanto, moeda escritural), prestam serviços de compensação de che- ques, recebimentos de boletos, dentre outros. No Brasil, atualmente, só existem uma caixa econômica que é Caixa Econômica Federal (CEF), empresa pública criada em 1861 e regulamentada pelo Decreto-Lei N. 759 de 1969 e integra o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo e o Sistema Financeiro da Habitação. Um dos acontecimentos importantes da história da CEF é que, em 1986, ela incorporou o Banco Nacional de Habitação (BNH), assumindo a função de maior agente nacional de finan- ciamento da casa própria e de grande financiadora do desenvolvimento urbano, principalmente no que se refere ao saneamento básico. Também em 1986, devido à extinção do BNH, a CEF se tornou a principal instituição atu- ante no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), administradora do FGTS e de outros fundos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Apesar de ter uma atuação, em muitos aspectos, semelhante aos bancos comerciais, exis- tem algumas características que a distinguedeles. Vejamos quais são: Peculiaridades da CEF Prioriza a concessão de empréstimos e financiamentos a projetos e programas nas áreas de: Pode emprestar sob garantia de penhor industrial e caução de títulos. Detentora do monopólio dos empréstimos mediante penhor de bens. Gestora do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Possui o monopólio da venda de bilhetes da loteria federal. Educação Saúde Assistência social Trabalho Transportes urbanos Esporte O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier CooperAtivAs de Crédito São instituições financeiras constituídas por uma associação de agentes, que podem ser funcionários de uma mesma empresa ou conjunto de empresas, profissionais de determinado ramo de atividade ou um grupo de empresários. A principal função desse tipo de instituição é a prestação de serviços financeiros exclu- sivamente para determinado grupo de associados, não possuindo fins lucrativos. Assim, po- demos dizer que os indivíduos cooperados são clientes e, ao mesmo tempo, proprietários da cooperativa. As cooperativas de crédito oferecem os mesmos produtos e serviços ofertados pelos ban- cos em geral, podendo receber depósitos à vista e a prazo, mas somente de seus associados. Como não possuem fins lucrativos podem oferecer empréstimos e financiamentos a seus associados com melhores condições e menores taxas de juros quando comparadas a bancos convencionais. As sociedades cooperativas são classificadas em três modalidades, segundo o Artigo 6º da Lei n. 5.764/1971: I – Singulares, as constituídas pelo número mínimo de 20 (vinte) pessoas físicas, sendo excepcio- nalmente permitida a admissão de pessoas jurídicas que tenham por objeto as mesmas ou correla- tas atividades econômicas das pessoas físicas ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos; II – cooperativas centrais ou federações de cooperativas, as constituídas de, no mínimo, 3 (três) singulares, podendo, excepcionalmente, admitir associados individuais; III – confederações de cooperativas, as constituídas, pelo menos, de 3 (três) federações de coope- rativas ou cooperativas centrais, da mesma ou de diferentes modalidades. As cooperativas de crédito são autorizadas e supervisionadas pelo Banco Central, ao con- trário dos outros ramos do cooperativismo, como educação e agropecuária, por exemplo. Por fim, é importante dizer que as cooperativas de crédito, apesar de subordinadas à fis- calização do Banco Central do Brasil,50 não precisam reservar parte dos recursos oriundos de depósitos à vista sob a forma de depósitos compulsórios. BAnCos CoMerCiAis CooperAtivos A Resolução do Bacen n. 2.788, de 2000, autoriza a constituição de bancos comerciais cooperativos (ou simplesmente “Bancos Cooperativos”), os quais são bancos comerciais ou múltiplos com carteira comercial. A diferença em relação aos bancos comerciais ou múltiplos em geral é que os bancos cooperativos devem ter o controle acionário exercido por cooperativas centrais de crédito. Isso significa que no mínimo 51% de ações com direito a voto devem pertencer às citadas cooperativas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier Outra obrigatoriedade expressa pela Resolução n. 2.788 do Bacen é que essas instituições possuam em sua denominação social a expressão “Banco Cooperativo”. Talvez você esteja se perguntando: Qual a diferença entre cooperativas de crédito e bancos cooperativos? A principal diferença é que os bancos cooperativos podem oferecer mais serviços do que as cooperativas de crédito, tais como recebimento de depósitos de não associados. Além disso, é permitido que eles possuam ações negociadas em Bolsa de valores, ou seja, não precisam ser de inteira propriedade de associados. Vejamos uma questão de prova sobre bancos cooperativos! 001. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/Q432239) Para a constituição de um banco cooperativo, exige-se, como requisito, que a totalidade das ações com direito a voto pertença a cooperati- vas centrais de crédito. Trago essa questão para fixar um ponto que é importante! Lembre-se que a legislação apenas exige que o controle acionário seja das cooperativas centrais de crédito, ou seja, pelo menos 51% das ações com direito a voto e não a totalidade (100%) como afirma a assertiva. Errado. BAnCos Múltiplos A primeira coisa que precisamos saber é que os bancos para operarem precisam cons- tituir carteiras, que são como nichos de operação, cada uma possuindo produtos e servi- ços específicos. Por exemplo, os bancos comerciais operam com carteira comercial, cuja principal caracte- rística é o recebimento de depósitos à vista. Enquanto a carteira de investimento (operada pe- los bancos de investimento) tem como principal serviço o recebimento de depósitos a prazo. Nesse sentido: Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras: comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrenda- mento mercantil e de crédito, financiamento e investimento (BACEN, 2021). Em outras palavras: os bancos múltiplos são como uma união de diversos tipos de institui- ção em uma só, pois operam em mais de uma carteira ao mesmo tempo, tais como: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 12 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier Carteiras ComercialArrendamento mercantil e de crédito Crédito imobiliário Investimento Desenvolvimento (operada somente por banco público) Para se configurar como um banco múltiplo, a instituição deve possuir pelo menos duas das carteiras que citamos, sendo uma delas a comercial ou a de investimento. É importante dizer também que, caso o banco múltiplo opte pela carteira de investimento, não poderá atuar com a carteira de desenvolvimento ao mesmo tempo. Outra exigência é que sejam constituídos sob a forma de Sociedade Anônima (S.A.) e con- tenham em sua denominação social a palavra “Banco”. Lembre-se que para uma instituição ser considerada bancária ela deve possuir a carteira co- mercial, pois é a carteira que permite receber depósitos à vista. Por isso um banco múltiplo só é considerado como instituição bancária se ele tiver uma carteira comercial. Vejamos uma questão de prova! 002. (FCC/CVM/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS/2003/Q6319) Para configurar a existência de Banco Múltiplo, ele deve possuir pelo menos duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, de: a) crédito imobiliário. b) crédito rural ou Leasing. c) Desenvolvimento. d) Arrendamento Mercantil. e) Investimento ou Comercial. Só para que fique bem clara a importância desse aspecto sobre bancos múltiplos, qual seja: eles devem possuir pelo menos duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente de investi- mento ou comercial. É simples, mas de extrema importância. Letra e. O conteúdodeste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 13 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier instituições FinAnCeirAs não BAnCáriAs (ou não MonetáriAs) Ao contrário das instituições bancárias, as não bancárias não estão autorizadas a capta- rem recursos por meio de depósitos à vista e, por isso, não criam moeda. As principais instituições desse tipo são os bancos de investimento, bancos de desenvolvi- mento (apesar de usarem a palavra banco no nome), as sociedades de crédito, financiamento e investimento (popularmente chamadas de financeiras), sociedades de arrendamento mercan- til e sociedades de crédito imobiliário. Vejamos uma questão de prova! 003. (CESGRANRIO/BACEN/ANALISTA/2010/Q374442) As instituições financeiras não monetárias: a) incluem os bancos comerciais. b) incluem as cooperativas de crédito. c) incluem as caixas econômicas. d) captam recursos através da emissão de títulos. e) captam recursos através de depósitos à vista. Perceba que as bancas podem usar tanto os termos bancária e não bancária ou, como é utili- zado nessa questão, monetária e não monetária. Lembrando que as instituições monetárias (bancárias) podem captar recursos por meio de de- pósitos à vista. São elas: bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial, caixas econômicas, cooperativas de crédito e bancos cooperativos. Já as instituições não monetárias são as que não recebem depósitos à vista e, com isso, não criam moeda. Esse tipo de instituição capta recursos por outras fontes, tal como a emissão de títulos. Letra d. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier BAnCos de investiMento Segundo o BACEN, os bancos de investimento são instituições financeiras privadas espe- cializadas em operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento de atividades produtivas e de administração de recursos de terceiros São constituídos obrigatoriamente sob a forma de sociedade anônima (S.A.) e devem in- cluir em seu nome social a expressão “banco de investimento”. Tais instituições não possuem contas correntes, portanto, não podem captar depósitos à vista, sendo suas principais fontes de recursos, além de recursos próprios: Fontes de recursos dos Bancos de Investimento Depósitos a prazo principalmente: provenientes de Certificados de Depósito Bancário (CDB). Repasse de recursos oficiais (governamentais) de crédito. Venda de cotas em fundos de investimentos administrados por eles. Outras formas de captação autorizadas pelo Bacen. Repasse de empréstimos obtidos no exterior. Depósitos interfinanceiros. Vamos dar uma olhada nas principais atividades dos bancos de investimento, segundo o Art. 1º da Resolução CMN n. 2.624 de 1999, do Conselho Monetário Nacional: § 2º Aos bancos de investimento é facultado, além da realização das atividades inerentes à conse- cução de seus objetivos: I – praticar operações de compra e venda, por conta própria ou de terceiros, de metais preciosos, no mercado físico, e de quaisquer títulos e valores mobiliários, nos mercados financeiros e de capitais; II – operar em bolsas de mercadorias e de futuros, bem como em mercados de balcão organizados, por conta própria e de terceiros; III – operar em todas as modalidades de concessão de crédito para financiamento de capital fixo e de giro; IV – participar do processo de emissão, subscrição para revenda e distribuição de títulos e valores mobiliários; V – operar em câmbio, mediante autorização específica do Banco Central do Brasil; VI – coordenar processos de reorganização e reestruturação de sociedades e conglomerados, finan- ceiros ou não, mediante prestação de serviços de consultoria, participação societária e/ou conces- são de financiamentos ou empréstimos; VII – realizar outras operações autorizadas pelo Banco Central do Brasil. 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A legislação que trata da constituição e funcionamento dessas ins- tituições é a Resolução n. 394, de 1976, do Conselho Monetário Nacional e nela consta a seguinte definição: Art. 1º Os Bancos de Desenvolvimento são instituições financeiras públicas não federais, constitu- ídas sob a forma de sociedade anônima, com sede na Capital do Estado da Federação que detiver seu controle acionário. Parágrafo único. As instituições financeiras de que trata este artigo adotam, obrigatória e privativa- mente, em sua denominação, a expressão “Banco de Desenvolvimento”, seguida do nome do Estado em que tenham sede. A partir da definição citada, já podemos extrair algumas informações importantes. São elas: • os bancos de desenvolvimento são instituições PÚBLICAS. Ao contrário dos bancos de investimento que são privados. Repare nesses detalhes, pois as bancas gostam de com- parar os dois tipos de instituição; • são estaduais ou distritais (não federais); e • devem ser constituídas sob a forma de S.A.; • devem conter no nome social a expressão “Banco de Desenvolvimento” + nome do estado. Tal como os bancos de investimento, o objetivo principal dos bancos de desenvolvimento é suprir a demanda por recursos de médio e longo prazo, prioritariamente do setor privado. No entanto, o foco são programas e projetos que visem o desenvolvimento social e econômico dos estados da federação aos quais pertençam. Apesar de terem o dever de atuar no desenvolvimento socioeconômico dos seus estados, os bancos de desenvolvimento estão autorizados a auxiliar em programas e projetos desen- volvidos em estado limítrofe. Isso quer dizer que podem atuar, em caráter excepcional, em estados que fazem divisa com os estados onde estão localizados, desde que tenham interes- ses em comum. 1 Capital de giro é, grosso modo, a quantidade de dinheiro em caixa que é necessário para manter o funcionamento de uma empresa. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 16 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier Uma vez que entendemos bem o que são os bancos de desenvolvimento e seu enfoque, vamos ver quais são as principaisoperações que eles realizam. Segundo o Bacen: Atualmente existem apenas 3 bancos de desenvolvimento no Brasil: • Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG); • Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo S.A.; • Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul. E o BNDES, professor? O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), apesar do nome, não é, a rigor (legalmente), um banco de desenvolvimento. Isso ocorre porque, como acabamos de estudar, a legislação restringe os bancos de desenvolvimento às esferas estaduais e o BNDES é uma empresa pública federal. Aproveitando o ensejo, vamos ver algumas características dessa instituição importante! BAnCo nACionAl de desenvolviMento eConôMiCo e soCiAl (Bndes) Criado em 1952, O BNDES é uma instituição financeira de fomento, constituída sob a forma de empresa pública federal, dotada de personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério da Economia e com sede na cidade do Rio de Janeiro. Possui, como função primordial, o fomento do desenvolvimento social e econômico do Brasil, funcionando como ferramenta fundamental na implementação de políticas de desenvol- vimento do governo federal. Nesse sentido, a contribuição da instituição se dá na concessão de financiamentos de longo prazo para a realização de investimentos, a fim de impulsionar a melhoria da competiti- vidade da economia brasileira em âmbito internacional, bem como, o desenvolvimento do País. O papel do BNDES em momentos de crise econômica é central, pois deve atuar quando a conjuntura e as expectativas empurram a economia para baixo. Assim, a entidade financia grandes empreendimentos na agricultura, indústria, comércio e serviços, possuindo linhas que abrangem praticamente todos os tipos e tamanhos de empresas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier Uma questão importante para a prova é o que consta no Art. 5º da Lei n. 5.662/1971, o qual diz que o BNDES: Poderá efetuar todas as operações bancárias necessárias à realização do desenvolvimento da eco- nomia nacional, nos setores e com as limitações consignadas no seu Orçamento de Investimentos Parágrafo único. As operações referidas neste artigo poderão formalizar-se no exterior, quando necessário, para o que fica a empresa pública Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES autorizada a constituir subsidiárias no exterior e a aceitar as cláusulas usuais em contratos internacionais, entre elas a de arbitramento. (Grifo nosso). Por falar em prova, vamos ver uma questão sobre o BNDES! 004. (CESPE/BB/ESCRITURÁRIO/2008/Q263843) Com relação ao Banco Nacional de De- senvolvimento Econômico e Social (BNDES) e aos bancos estaduais de desenvolvimento, jul- gue o item seguinte. Atualmente, o BNDES não é um banco de desenvolvimento. É uma empresa pública federal, com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio. Apesar de não ser esse o caso da presente questão, a banca pode tentar te confundir ao dizer que o BNDES é um banco de desenvolvimento. No entanto, apesar do nome, de sua atuação na prática (e do próprio site da instituição apresentá-la como tal), o BNDES não é, pela legislação brasileira, um banco de desenvolvimento. Ele é uma empresa pública federal com personalida- de jurídica de direito privado e patrimônio próprio. Caso seja necessário classificá-lo em alguma modalidade de instituição financeira, podemos até dizer que é uma “instituição financeira de fomento”, mas não um banco de desenvolvimento. Certo. AgênCiAs de FoMento As agências de fomento surgiram no sentido de “ocupar um lugar” deixado pelo fechamen- to de bancos de desenvolvimento que existiram nos estados, exercendo papel essencial no desenvolvimento econômico e social das regiões em que atuam. Sendo mais específico, as agências de fomento são instituições públicas membros da ad- ministração indireta dos estados e do distrito federal, que possuem como intuito principal o financiamento de capital fixo e capital de giro para projetos integrantes de planos de desenvol- vimento das unidades da federação (estados e do distrito federal) onde estão sediadas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier Segundo a Resolução n. 2828 do Conselho Monetário Nacional, cada unidade da federação só pode constituir UMA agência de fomento. Vejamos as principais atividades que podem ser realizadas por agências de fomento, segun- do o BACEN: Operações de agências de fomento Financiamento para o desenvolvimento de empreendimentos de natureza profissional, comercial ou industrial, de pequeno porte, inclusive a pessoas físicas. Prestação de serviços de consultoria e de agente financeiro. Prestação de garantias em operações compatíveis com o objeto social. Aplicação de disponibilidades de caixa em títulos públicos federais, ou em cotas de fundos de investimento cujas carteiras estejam representadas exclusivamente por títulos públicos federais, desde que assim conste nos regulamentos dos fundos. Administração de fundos de desenvolvimento. Operações específicas de câmbio. Operações de arrendamento mercantil. Integralização de cotas de fundos que tenham participação da União. Financiamento de capitais fixo e de giro associados a projetos. Cessão de créditos. Operações de crédito rural. Swap para proteção de posições próprias. Participação societária em sociedades empresárias não integrantes do sistema financeiro. Aquisição de créditos oriundos de operações compatíveis com o objeto social. Aplicação em operações de microfinanças (DIM). soCiedAdes de Crédito, FinAnCiAMento e investiMento Regulamentadas pela Portaria n. 309, de 30 de novembro de 1959, do antigo Ministério da Fazenda, as sociedades de crédito, financiamento e investimento são empresas privadas que trabalham com o fornecimento de financiamento e empréstimo para compra de bens, serviços, bem como para a constituição de capital de giro. Elas podem ser ligadas a algum banco ou não. Antes de continuarmos, gostaria de esclarecer uma dúvida que pode estar na sua cabeça: Qual a diferença entre empréstimo e financiamento? Segundo o Bacen, enquanto o empréstimo é a concessão de dinheiro sem destinação es- pecífica (o cliente pode fazer o que quiser com ele), o financiamento é vinculado à aquisição de determinado bem ou serviço. Exemplo: financiamento de veículo. Feito esse esclarecimento, sigamos com a matéria! As Sociedades de crédito, financiamento e investimento, ou as financeiras (como são co- nhecidas) estão muito presentes no cotidiano dos brasileiros, uma vez que muitas delas são o chamado “braço financeiro” de lojas de departamento e de montadoras de veículo, por exem- plo. Tais empresas, atualmente, mantém suas próprias financeiras para vender seus produtos parcelados. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOSBANCÁRIOS Douglas Xavier Outra esfera de atuação dessas instituições são os empréstimos de alto risco. Quando você vê por aí propagandas do tipo: “concedemos crédito para negativados”, por exemplo, pode ter certeza de que se trata de uma financeira (ou nome que vai aparecer na sua prova: uma Sociedade de Crédito, financiamento e investimento). A seguir, apresentamos outras informações relevantes sobre as sociedades de crédito, fi- nanciamento e investimento: Sociedades de crédito financiamento e investimento Captam recursos por meio de: operações de concessão de crédito; depósitos a prazo; aceite e colocação de letras de câmbio; Recibos de Depósitos Bancários (RDBs); Depósitos Interfinanceiros (DIs). Conter em sua denominação social a expressão: “Crédito, Financiamento e Investimento”. Devem ser constituídas sob a forma de S.A. Supervisionadas pelo Bacen. Não oferecem conta-corrente. soCiedAdes de ArrendAMento MerCAntil O arrendamento mercantil, também chamado de leasing, é uma forma contratual por meio da qual uma das partes (arrendatária) paga pelo uso de um bem de posse da outra parte (arrendadora) e tem a opção de, ao final do contrato, adquirir esse bem ou devolvê-lo. Em outras palavras, o arrendamento mercantil permite que uma pessoa ou empresa utilize um bem (direito de uso) por determinado tempo sem ser proprietário dele, mediante paga- mentos de prestações. Assim, as sociedades de arrendamento mercantil são entidades que: Têm por objetivo a realização de operações de arrendamento mercantil (leasing) de bens nacionais, adquiridos de terceiros e destinados ao uso de empresas arrendatárias (ASSAF NETO, 2018, p. 106). Segundo a Resolução n. 2.309/1996 do Bacen podem ser objeto de arrendamento: bens móveis, de produção nacional ou estrangeira, e bens imóveis adquiridos pela entidade arrenda- dora para fins de uso próprio da arrendatária, segundo as especificações desta. Além disso, as sociedades de arrendamento mercantil devem ser constituídas sob a forma de Sociedade Anônima (S.A.) e devem conter em seu nome social a expressão “arrendamento mercantil”. Existem três modalidades de arrendamento mercantil. Vamos ver quais são e suas princi- pais diferenças (cai muito em prova!!!!) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier Leasing financeiro: nessa modalidade, a instituição arrendadora adquire o bem de acor- do com as especificações de quem irá arrendá-lo (arrendatária) e entrega para o uso desta. Quando do término do prazo estabelecido em contrato, a arrendatária pode ou não exercer seu direito de compra do bem. Tal compra é feita por um valor residual garantido (VRG) que é estabelecido previamente no contrato. Ao final do contrato, caso o arrendatário decida não adquirir o bem, ele poderá ser vendido no mercado. Feita a venda do bem no mercado, realiza-se o seguinte cálculo: Se o valor obtido na venda do bem no mercado for menor que o valor do bem previsto em contrato, a arrendatária (cliente) terá que pagar a diferença. Ao passo que, se o ocorrer o con- trário, ou seja, o bem for vendido por um valor acima do estipulado no momento do arrenda- mento, a arrendatária recebe a diferença. No entanto, o que ocorre na maioria dos casos é que o cliente adquire o bem e a soma das parcelas pagas durante a vigência do contrato é suficiente para que a arrendadora recupere o custo do bem arrendado acrescido, ainda, de um valor que representa o retorno dos recursos investidos. Quanto ao prazo de arrendamento, funciona da seguinte forma: • Mínimo de 2 anos para bens com vida útil de até 5 anos; • Mínimo de 3 anos para bens com vida útil superior a 5 anos. O risco de obsolescência e de manutenção fica por conta do cliente (arrendatário). Por isso, não há risco pela entidade arrendadora, pois ela tem a garantia do valor residual garan- tido (VRG). Leasing operacional: nessa modalidade, a arrendatária (cliente) não tem a intenção de adquirir o bem no final do contrato (pois, geralmente, é inviável financeiramente). É usual- mente utilizado pelas próprias fabricantes de bens, tais como máquinas e equipamentos. Nesse tipo de arrendamento, é comum que a arrendadora fique responsável pela manuten- ção e assistência técnica do bem, assumindo, portanto, os riscos - ao contrário do que ocorre no leasing financeiro. Informações importantes sobre o leasing operacional: • A soma do valor presente das contraprestações (parcelas) pagas não pode ultrapassar 90% do valor do bem; • O prazo contratual é de no mínimo 90 dias e não pode ultrapassar 75% do prazo de vida útil econômica do bem; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier • Não há previsão de valor residual garantido (VRG); • O preço, caso o arrendatário exerça a opção de compra do bem, é o valor de mercado; QUADRO COMPARATIVO Leasing Financeiro Leasing Operacional Valor residual garantido (VRG) SIM NÃO PRAZO Mínimo de 2 anos para bens com vida útil de até 5 anos. Mínimo de 3 anos para bens com vida útil superior a 5 anos. No mínimo, 90 dias e não pode ultrapassar 75% do prazo de vida útil econômica do bem. Manutenção Por conta da parte arrendatária (cliente). É comum que a arrendadora fique responsável pela manutenção e assistência técnica do bem. Lease-back (ou leasing de retorno): esse tipo de arrendamento ocorre quando uma empre- sa faz a venda de um bem e o aluga imediatamente, para continuar o usando. Dessa forma, ela transfere a propriedade para outra instituição e fica apenas com o direito de uso do bem pelo prazo estipulado em contrato. É uma forma de levantar capital. OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES: são fontes de recursos das sociedades de arren- damento mercantil, segundo o art. 19 da Resolução n. 2309/1996 do Bacen: I – empréstimos contraídos no exterior; II – empréstimos e financiamentos de instituições financeiras nacionais, inclusive de repasses de recursos externos; III – instituições financeiras oficiais, destinados a repasses de programas específicos; IV – colocação de debêntures de emissão pública ou “particular e de notas promissórias destinadas à oferta pública; V – cessão de contratos de arrendamento mercantil, “bem como dos direitos creditórios deles de- correntes VI – depósitos interfinanceiros, nos termos da regulamentação em vigor; VII – outras formas de captação de recursos, autorizadas pelo Banco Central do Brasil. Além das sociedades de arrendamento mercantil, outras instituições que podem realizar arrendamento mercantil são: • bancos múltiplos com carteira de investimento, de desenvolvimento e/ou de crédito imobiliário; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier • bancos de investimento; • bancos de desenvolvimento; • caixas econômicas; • sociedades de crédito imobiliário. soCiedAdes de FoMento MerCAntil (Factoring) Imagine que você, concurseiro(a)de sucesso, seja proprietário de um comércio e no mo- mento esteja precisando de dinheiro para realizar investimentos e ampliar seu negócio. Como você vende muitos produtos a prazo, possui uma grande quantidade de valores a receber de seus clientes. Uma forma de conseguir o dinheiro que você precisa é vender esses créditos de vendas a prazo (direitos de recebimento) para uma sociedade de arrendamento mercantil, mais conheci- da como factoring, que são empresas comerciais que adquirem créditos gerados por vendas a prazo de outras empresas. Em outras palavras: factoring consiste na aquisição de direitos cre- ditórios de contas a receber a prazo, por um valor à vista, mediante pagamento, pela empresa fomentada, de uma remuneração (juros). Dessa forma, você concurseiro(a) e comerciante, receberia os recursos à vista, enquanto a factoring assumiria o risco de inadimplência que possa conter nos créditos, cobrando, é claro, juros para fazer essa transação. Além da compra de créditos, as factorings também oferecem outros tipos de serviço, como: administração de contas, se encarregando da cobrança, assessoria administrativa e financeira, bem como intermediação de exportação. É importante salientar, também, que tais instituições não são autorizadas a captarem re- cursos via depósitos de clientes, uma vez que não são instituições financeiras (apenas equi- paradas a elas). Operam utilizando, basicamente, recursos próprios e recursos provenientes dos pagamentos realizadas pelas empresas fomentadas – que são em sua maioria pequenas e médias empresas. 005. (CESPE/BASA/TÉCNICO BANCÁRIO NOVO/2009/Q693279) A principal atividade das empresas de fomento mercantil (factoring) é atuar provendo operações de arrendamento mer- cantil (leasing) diretamente a seus clientes. PEGADINHA DA BANCA Veja como a banca pode tentar confundir você usando a semelhança das palavras factoring e leasing. Não caia nessa! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier Factoring é o Fomento mercantil (você pode usar esse macete), que consiste na aquisição de direitos creditórios de contas a receber a prazo, por um valor à vista, mediante pagamento de uma remuneração (juros). Enquanto o Leasing é o Arrendamento Mercantil, que consiste na celebração de um contrato de aluguel efetuado entre um cliente (arrendatário) e uma sociedade de arrendamento mercantil (arrendadora), que permite a utilização por parte do arrendatário de um certo bem durante um prazo determinado, mediante pagamento de contraprestações. Errado. soCiedAdes AdMinistrAdorAs de CArtão de Crédito São as empresas responsáveis pela emissão e administração dos cartões de crédito e/ou débito que usamos. São de responsabilidade das administradoras de cartão: Administradoras de cartão Atualização cadastral do cliente. Atendimento ao cliente. Cobrança de taxas e anuidade. Envio de faturas. Estabelecimento e análise de limites de crédito para a utilização do cartão. Intermediação entre a bandeira do cartão, os estabelecimentos que aceitam os cartões e os clientes. São Fonte de recursos: • Taxas e Anuidade; • Comissão. Trata-se do valor percentual que os estabelecimentos que aceitam cartões pagam para as administradoras de cartões; • Juros. Obs.: � não confunda administradoras de cartão de crédito com bandeiras de cartão. As prin- cipais bandeiras de cartão são: Visa, Mastercard e Elo, as quais são responsáveis pela comercialização e manutenção das maquininhas que ficam nos estabelecimentos, por exemplo. � Já as administradoras mais conhecidas são Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Nubank. Perceba que bancos múltiplos e as chamadas Fintechs atuam como administradoras de cartões de crédito. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier O Bacen não supervisiona as sociedades administradoras de cartão de crédito, pois elas não são instituições financeiras, no entendimento dele. O que o Bacen faz é apenas regular AS OPERAÇÕES de cartão de crédito (exemplos: limite para cobrança de juros, percentual de pa- gamento mínimo etc.). Repare que eu disse que as administradoras de cartões não são instituições financeiras no en- tendimento do Bacen. Isso ocorre porque a Súmula 283 do Superior Tribunal de Justiça (STJ) diz o seguinte: as empresas administradoras de cartão de crédito são instituições financeiras [...]. Portanto, no entendimento do STJ, as sociedades administradoras de cartão de crédito são sim consideradas instituições financeiras. Como faço na prova, então, professor? Apenas fique atento(a) ao comando da questão e veja se ele pede a classificação confor- me o entendimento Bacen ou da jurisprudência do STJ. CorretorAs de títulos e vAlores MoBiliários (CtvM) e distriBuidorAs de títulos e vAlores MoBiliários (dtvM) Antes de tudo, preciso esclarecer o motivo de estarmos estudando esses dois tipos de entidades juntas. Acontece que a principal diferença que existia entre as duas era o fato de que as distribuidoras de títulos e valores mobiliários (DTVM) não podiam operar diretamente em bolsa de valores (elas precisavam utilizar uma corretora para isso). No entanto, a Decisão conjunta BACEN/CVM n. 17 de 2009 eliminou essa diferença. Vejamos: Art. 1º As sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários ficam autorizadas a operar dire- tamente nos ambientes e sistemas de negociação dos mercados organizados de bolsa de valores. Com isso, tanto as corretoras como as distribuidoras, passaram a ter na prática as mes- mas funções, embora as diferentes nomenclaturas ainda sejam usadas. Feito esse esclarecimento, vamos ver o que essas instituições fazem! As corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários são instituições financeiras, autorizadas pelo BACEN, e operarem fazendo a intermediação entre os investidores e os mer- cados organizados de títulos e valores mobiliários, como Bolsa de valores, por exemplo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier O que são títulos e valores mobiliários, professor? Simplificando: são instrumentos financeiros, os quais podem ser emitidos pelo próprio go- verno ou por instituições privadas (tais como empresas e instituições financeiras), que repre- sentam uma forma de captação de recursos por parte das instituições junto a investidores no mercado. Os principais exemplos são: • Ações; • Debêntures; • Cotas de fundos de investimentos; • Bônus de subscrição; • Certificados de depósito de valores mobiliários; • Notas comerciais; • Contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam valo- res mobiliários; • Outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes. Na prática, as corretoras e distribuidoras realizam ordens de compra. Da seguinte forma: Imagine que você, concurseiro(a) cheio(a) da grana, resolva aplicar alguns recursos em ações. Vocênão pode simplesmente chegar na Bolsa de Valores e dizer: quero comprar X ações, pois a legislação não permite. Você precisa procurar uma instituição que faça essa intermediação. O que você deve fazer é abrir uma conta em uma corretora ou distribuidora. Assim que desejar adquirir determinada ação, você envia uma ordem de compra e a corretora a executa junto a Bolsa de Valores. Tais instituições devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima (S.A.) ou por quotas de responsabilidade limitada (Ltda.). São supervisionadas tanto pelo Bacen quanto pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Além de executar ordens de compra e venda, operando em bolsas de valores, as corretoras e distribuidoras de valores mobiliários prestam os seguintes serviços, segundo o Bacen2: • Operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria e de terceiros; • Administração e custódia de carteiras de títulos e valores mobiliários; • Intermediar a oferta pública e distribuição de títulos e valores mobiliários no mercado; • Subscrever emissões de títulos e valores mobiliários no mercado; • Exercer funções de agente fiduciário; • Instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento; • Praticar operações de compra e venda de metais preciosos, no mercado físico, por con- ta própria e de terceiros; • Intermediar operações de compra e venda de moeda estrangeira, além de outras opera- ções no mercado de câmbio; 2 https://www.bcb.gov.br/pre/composicao/corretoras_distribuidoras.asp?frame=1 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier • Prestar serviços de intermediação e de assessoria ou assistência técnica, em operações e atividades nos mercados financeiro e de capitais. soCiedAdes de Crédito iMoBiliário Criadas pela Lei n. 4.380, de 21 de agosto de 1964, as sociedades de crédito imobiliário são instituições financeiras, integrantes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, cuja função primordial é facilitar o financiamento imobiliário. Para tanto, captam recursos (opera- ções passivas), por meio de: • Depósitos de poupança; • Emissão de letras e cédulas hipotecárias; • Depósitos interfinanceiros (captação de recursos junto a outras instituições financeiras; • Recebimento de repasses do Fundo Nacional de Habitação de interesse social, que se trata de recursos subsidiados via BNDES para fomentar o crédito imobiliário; • Repasses e financiamentos provenientes do exterior. As sociedades de crédito imobiliário disponibilizam recursos (operações ativas) aos seus clientes das seguintes formas: • Concessão de crédito para construção ou compra de casa própria; • Financiamento para pessoa jurídica realizarem construção de habitações; • Fornecimento de recursos para capital de giro para construtoras; • Fornecimento de recursos para capital de giro de empresas distribuidoras de material de construção. É importante, também, que você saiba que as sociedades de crédito imobiliário são subordi- nadas às normas do BACEN. Além disso, elas devem ser constituídas sob a forma de S.A. e possuir em sua denominação social a expressão “crédito imobiliário”. AssoCiAções de poupAnçA e eMpréstiMo A primeira informação que é útil para entendermos a atuação das associações de poupan- ça e empréstimo é que a caderneta de poupança tem como principal função captar recursos para o financiamento da habitação no Brasil. Assim, quando depositamos recursos em poupan- ça, parte desse recurso será utilizado para o financiamento de compra e construção de casas. Com isso em mente, fica fácil entender a função das associações de poupança e emprés- timo, qual seja: formar poupança para o financiamento da casa própria. Mais precisamente, segundo o BACEN3: 3 https://www.bcb.gov.br/pre/composicao/assoc_poup_emp.asp?frame=1 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier Associação de Poupança e Empréstimo (APE) é uma instituição criada para facilitar aos associados a aquisição da casa própria e captar, incentivar e disseminar a poupança. A forma de participação dos associados se dá basicamente das seguintes formas: adqui- rindo financiamento imobiliário ou depositando seu dinheiro para formar poupança (depósito remunerado por juros ou dividendos) Além dos depósitos em poupança, a APE pode captar recursos (operações passivas) de seus associados, das seguintes formas: Operações passivas da APE Repasses e refinanciamentos contraídos no País Letra financeira Empréstimos e financiamentos contraídos no exterior Letras de crédito imobiliário e depósitos interfinanceiros Letras hipotecáriasDepósitos interfinanceiros As associações de poupança e empréstimo não são instituições financeiras, sendo organiza- das sob a forma sociedade civil. Apesar disso, estão subordinadas à fiscalização do Bacen. Apenas mais uma informação: segundo estabelece o Decreto-Lei n. 70, de 1966, as APEs possuem atuação regional. No entanto, a única APE em funcionamento no Brasil atualmente é a Poupex, que é gerida pela Fundação Habitacional do Exército (FHE). O curioso é que a Pou- pex atua em âmbito nacional. Como nem só de teoria vive o(a) concurseiro(a) esperto(a), vamos ver como esse tema pode ser cobrado em prova! 006. (FADESP/BANPARA/TÉCNICO BANCÁRIO/2018/Q1060228) Quanto aos conhecimen- tos referentes às Associações de Poupança e Empréstimo (APE), é correto afirmar que: a) é uma instituição criada para facilitar aos associados a aquisição da casa própria, bens de consumo e veículo próprio, além captar, incentivar e disseminar a poupança. b) os associados podem participar da APE de duas formas básicas: ao adquirir financiamento imobiliário ou ao depositar seu dinheiro para formar poupança. c) suas operações ativas são, além dos depósitos de poupança, constituídas de letras hipote- cárias; repasses e refinanciamentos contraídos no País; empréstimos e financiamentos con- traídos no exterior; letras de crédito imobiliário, letra financeira e depósitos interfinanceiros, já as operações passivas são, basicamente, direcionadas aos financiamentos imobiliários. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier d) esse tipo de entidade, por ter característica de associação, em hipótese alguma pode distri- buir dividendos da totalidade dos resultados líquidos a seus associados. e) os depositantes dessas entidades são considerados acionistas da associação e, por isso, os recursos dos associados são classificados no passivo exigível e não no patrimônio líquido. A APE é uma modalidade de associação criada para facilitar aos associados a aquisição da casa própria, não havendo nada que se falar em “bens de consumo” ou “veículo próprio”. Por isso, está incorreta a alternativa A. Como vimos, a forma de participação dos associados se dá, basicamente, das seguintes for- mas: adquirindo financiamento imobiliário ou depositando dinheiro para formarpoupança. Está correta a alternativa B. Na assertiva C, a banca tenta confundir o(a) candidato(a) citando operações passivas (capta- ção de recursos) como se fossem ativas (operações realizadas pela instituição). Fique aten- to(a) a isso! A alternativa D está incorreta, pois os depósitos em poupança dessas instituições são remune- rados por juros ou dividendos. Portanto, incorreta a D. Alguns detalhes vamos pegando com a resolução de questões. De qualquer modo, a expres- são “em hipótese alguma” sempre deve causar desconfiança. Por fim, a assertiva E está incorreta, pois sabemos que os depositantes da APE são ASSOCIADOS. Letra b. AdMinistrAdorAs de ConsórCios Com certeza você já participou, foi convidado(a) ou, pelo menos ouviu falar de uma coi- sa chamada consórcio. No entanto, é importante que vejamos a definição formal. Segundo a ABAC (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios)4: Consórcio é a modalidade de compra baseada na união de pessoas – físicas ou jurídicas – em grupos, com a finalidade de formar poupança para a aquisição de bens móveis, imóveis ou serviços. Nesse sistema, o valor do bem ou serviço é diluído em um prazo predeterminado, e todos os inte- grantes do grupo contribuem ao longo desse período. Mensalmente (ou conforme estipulado em contrato), a administradora os contempla, por sorteio ou lance, com o crédito no valor do bem ou do serviço contratado, até que todos sejam atendidos. Portanto, são grupos de pessoas físicas e jurídicas que se unem com o objetivo em comum de adquirir determinado bem ou serviço. Essas pessoas pagam parcelas do consórcio por um período predeterminado e vão sendo contempladas gradativamente (recebem o crédito) me- diante sorteio ou por meio do lance que dão, até que todos os participantes sejam contempla- dos. Exemplos muito comuns são: consórcios de veículos. 4 https://abac.org.br/o-consorcio/o-que-e-consorcio O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier Pois bem! A formação de tais grupos de consórcio é realizada por uma administradora de consórcios, que consiste em uma instituição constituída sob a forma de sociedade limitada ou sociedade anônima (S.A.) com o objetivo de prestar serviços no âmbito da administração de consórcios. O BACEN é responsável pela normatização e autorização de funcionamento das administra- doras de consórcio, bem como pela fiscalização da atuação delas. No entanto, conflitos nas relações de consumo (cliente que se sentir lesado, por exemplo), devem ser mediados pelos órgãos do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, seguindo o CDC (Código de defesa do consumidor). CorretorAs de CâMBio As corretoras de câmbio, são as chamadas popularmente de “casas de câmbio”. O cam- po de atuação dessas instituições é exclusivamente o mercado de câmbio, sendo suas prin- cipais atividades: • compra e venda de moeda estrangeira; e • intermediação de contratos de câmbio. Segundo a Resolução n. 1770 do Conselho Monetário Nacional, a constituição e o fun- cionamento das corretoras de câmbio dependem da autorização do BACEN. Além disso, elas deverão ser constituídas sob a forma de S.A. e conter em sua denominação social a expressão “corretora de câmbio”. É importante salientar também que as corretoras de câmbio podem atuar em operações de entrada de valores do exterior, bem como de envio, vinculadas a atividades de importação e exportação por parte de clientes. No entanto, essas operações não podem ultrapassar o limite de 100 mil dólares. Ufa, sei que foi cansativo, mas chegamos ao fim da parte teórica! Obrigado por me acom- panhar até aqui! A seguir, apresento um resumo da aula, como forma de revisar o conteúdo abordado. E, na sequência, questões comentadas para fixar o conhecimento adquirido. Vamos lá! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier RESUMO Nessa aula, vimos as instituições operadoras do Sistema Financeiro Nacional, tais como bancos, cooperativas de crédito, corretoras, dentre outras, que são responsáveis, como o nome sugere, pela operação da intermediação financeira, isto é, pelo encontro entre credores e toma- dores de recursos no Sistema Financeiro Nacional (SFN). Vimos também a diferença entre as instituições financeiras bancárias (monetárias) e não bancárias (não monetárias): Entre as instituições que captam depósitos à vista, estão: Bancos Comerciais, Caixas Eco- nômicas, Cooperativas de Crédito, Bancos Comerciais Cooperativos e Bancos múltiplos com carteira comercial Vimos que os bancos comerciais são instituições financeiras, públicas ou privadas, cujo principal objetivo é disponibilizar recursos financeiros a empresas e pessoas físicas em geral, tendo como principal fonte de recursos depósitos à vista (podendo receber depósitos a prazo também). Além disso: Quanto à CEF (ou CAIXA), a única caixa econômica que temos, apesar de ter uma atuação, em muitos aspectos, semelhante aos bancos comerciais, vimos que existem algumas caracte- rísticas que a distingue deles. Relembrando, pois aparece com frequência em prova: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier Peculiaridades da CEF Prioriza a concessão de empréstimos e financiamentos a projetos e programas nas áreas de: Pode emprestar sob garantia de penhor industrial e caução de títulos. Detentora do monopólio dos empréstimos mediante penhor de bens. Gestora do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Possui o monopólio da venda de bilhetes da loteria federal. Educação Saúde Assistência social Trabalho Transportes urbanos Esporte Outra instituição bancária que estudamos são as cooperativas de crédito, cuja principal função é a prestação de serviços financeiros, exclusivamente para determinado grupo de as- sociados, não possuindo fins lucrativos. É importante não confundir as cooperativas de crédito com bancos cooperativos. A princi- pal diferença é que os bancos cooperativos podem oferecer mais serviços do que as coopera- tivas de crédito, tais como recebimento de depósitos de não associados. Além disso, é permitido que eles possuam ações negociadas em Bolsa de valores, ou seja, não precisam ser de inteira propriedade de associados. No entanto, devem ter o controle acio- nário exercido por cooperativas centrais de crédito. Isso significa que no mínimo 51% de ações com direito a voto devem pertencer às citadas cooperativas. A última instituição autorizada a captar depósitos à vista que vimos foi o banco múltiplo, que é constituído como se fosse uma união de diversos tipos de instituição em uma só, pois operam em mais de uma carteira ao mesmo tempo, tais como: • Comercial; • Investimento; • Crédito imobiliário; • Arrendamento mercantil e de crédito; • Desenvolvimento (operada somente por banco público). No entanto, um dos detalhes mais importantes para a prova é que para se configurar como um bancomúltiplo, a instituição deve possuir pelo menos duas das carteiras que citamos, sen- do uma delas a comercial ou a de investimento. Finalizando o estudo das instituições bancárias (ou monetárias), entramos nas instituições não bancárias (ou não monetárias), que são as que não podem captar depósitos à vista. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 32 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier As instituições desse tipo que vimos, são: • Bancos de investimento: são instituições privadas, cujo foco principal é fornecer recur- sos de médio e longo prazo (se diferenciando dos bancos comerciais, que focam no médio e curto prazo), apoiando o setor privado. Um exemplo muito importante de atua- ção dessas instituições (cai em prova!) é a concessão de financiamento para compra de máquinas (capital fixo) ou para a formação de capital de giro; • Bancos de desenvolvimento: são instituições PÚBLICAS (ao contrário dos bancos de in- vestimento que são privados). Repare nesses detalhes, pois as bancas gostam de compa- rar os dois tipos de instituição. Os bancos de desenvolvimento são estaduais ou distritais (não federais). Tal como os bancos de investimento, o objetivo principal dos bancos de desenvolvimento é suprir a demanda por recursos de médio e longo prazo, prioritariamente do setor privado. No entanto, o foco são programas e projetos que visem o desenvolvimento social e econômico dos estados da federação aos quais pertençam. BNDES: apesar do nome, não é, a rigor (legalmente), um banco de desenvolvimento. Isso ocorre porque a legislação restringe os bancos de desenvolvimento às esferas estaduais e o BNDES é uma empresa pública federal. Possui, como função primordial, o fomento do de- senvolvimento social e econômico do Brasil, funcionando como ferramenta fundamental na implementação de políticas de desenvolvimento do governo federal, por meio da concessão de financiamentos de longo prazo. Agências de fomento: são instituições públicas membros da administração indireta dos estados e do distrito federal, que possuem como intuito principal o financiamento de capital fixo e capital de giro para projetos integrantes de planos de desenvolvimento das unidades da federação (estados e do distrito federal) onde estão sediadas. Sociedades de crédito financiamento e investimento (chamadas de “financeiras”: são empresas privadas que trabalham com o fornecimento de financiamento e empréstimo para compra de bens, serviços, bem como para a constituição de capital de giro. Elas podem ser li- gadas a algum banco ou não. Captam recursos por meio de: concessão de crédito, depósitos a prazo, aceite e colocação de letras de câmbio, Recibos de depósito bancário (RDB) e depósitos interfinanceiros (DI). Sociedades de arrendamento mercantil (leasing): o arrendamento mercantil, também cha- mado de leasing, é uma forma contratual por meio da qual uma das partes (arrendatária) paga pelo uso de um bem de posse da outra parte (arrendadora) e tem a opção de, ao final do con- trato, adquirir esse bem ou devolvê-lo. Vimos 3 tipos de leasing: financeiro, operacional e lease-back. O quadro a seguir, apresenta algumas diferenças importantes entre os mais comuns, o financeiro e o operacional: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 33 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier Leasing Financeiro Leasing Operacional Valor residual garantido (VRG) SIM NÃO PRAZO Mínimo de 2 anos para bens com vida útil de até 5 anos. Mínimo de 3 anos para bens com vida útil superior a 5 anos. no mínimo 90 dias e não pode ultrapassar 75% do prazo de vida útil econômica do bem. Manutenção Por conta da parte arrendatária (cliente) é comum que a arrendadora fique responsável pela manutenção e assistência técnica do bem O Lease-back (ou leasing de retorno): esse tipo de arrendamento ocorre quando uma em- presa faz a venda de um bem e o aluga imediatamente, para continuar usando-o. Dessa forma, ela transfere a propriedade para outra instituição e fica apenas com o direito de uso do bem pelo prazo estipulado em contrato. É uma forma de levantar capital. Sociedades de fomento mercantil (factoring): factoring consiste na aquisição de direitos creditórios de contas a receber a prazo, por um valor à vista, mediante pagamento, pela empre- sa fomentada, de uma remuneração (juros). Tais instituições não são autorizadas a captarem recursos via depósitos de clientes, uma vez que não são instituições financeiras (apenas equiparadas a elas). Operam utilizando, basi- camente, recursos próprios e recursos provenientes dos pagamentos realizadas pelas empre- sas fomentadas – que são em sua maioria pequenas e médias empresas. Sociedades administradoras de cartão de crédito: São as empresas responsável pela emis- são e administração dos cartões de crédito e/ou débito que usamos. São de reponsabilidade das administradoras de cartão: atualização cadastral do cliente; cobrança de taxas e anuidade; estabelecimento e análise de limites de crédito para a utilização do cartão; atendimento ao cliente; envio de faturas; intermediação entre a bandeira do cartão, os estabelecimentos que aceitam os cartões e os clientes. Corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários: são instituições financeiras, autorizadas pelo BACEN, e operarem fazendo a intermediação entre os investidores e os mer- cados organizados de títulos e valores mobiliários, como Bolsa de valores, por exemplo. São supervisionadas tanto pelo Bacen quanto pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Sociedades de crédito imobiliário: são instituições financeiras, integrantes do Sistema Bra- sileiro de Poupança e Empréstimo, cuja função primordial é facilitar o financiamento imobiliário. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mateus Aguiar - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 34 de 70www.grancursosonline.com.br Instituições Operadoras do Sistema Financeiro Nacional CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Douglas Xavier Para tanto, captam recursos (operações passivas), por meio de: depósitos de poupança; emissão de letras e cédulas hipotecárias; depósitos interfinanceiros (captação de recursos junto a outras instituições financeiras; recebimento de repasses do Fundo Nacional de Habi- tação de interesse social, que se trata de recursos subsidiados via BNDES para fomentar o crédito imobiliário e repasses e financiamentos provenientes do exterior. Associações de poupança e empréstimo: é uma instituição criada para facilitar aos asso- ciados a aquisição da casa própria e captar, incentivar e disseminar a poupança. A forma de participação dos associados se dá basicamente das seguintes formas: adquirindo financia- mento imobiliário ou depositando seu dinheiro para formar poupança (depósito remunerado por juros ou dividendos). Além dos depósitos em poupança, a APE pode captar recursos (operações passivas) de seus associados, das seguintes formas: repasses e refinanciamentos contraídos no País; em- préstimos e financiamentos contraídos no exterior; letras de crédito imobiliário, letra financeira e depósitos interfinanceiros; letras hipotecárias
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