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SISTEMA NERVOSO AUTONOMICO - hilario oliveira

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SISTEMA NERVOSO AUTONOMICO – HILARIO OLIVEIRA T29 
Organização Geral: 
O sistema nervoso autônomo é ativado principalmente por centros 
localizados na medula espinhal, tronco cerebral e hipotálamo. 
Porções do córtex cerebral, especialmente o córtex límbico, podem 
transmitir sinais para os centros inferiores, podendo influenciar o 
controle autônomo. 
O sistema nervoso autônomo também opera através de reflexos 
viscerais. Isto é, sinais sensoriais subconscientes de um órgão 
visceral podem entrar nos gânglios autônomos, no tronco cerebral 
ou no hipotálamo e então retornar como respostas reflexas 
subconscientes diretamente de volta para o órgão visceral para o 
controle de suas atividades. 
É a parte do sistema nervoso responsável pela homeostasia; 
As terminações nervosas estão localizadas no músculo liso (vasos 
sanguíneos, parede do trato gastrointestinal, bexiga urinária), 
músculo cardíaco e glândulas (sudoríparas e salivares); 
Retirando o musculo esquelético, o resto dos músculos é inervada 
pelo sistema nervoso autônomo e complementada pela ação de 
hormônios liberados por adrenais da corrente sanguínea; 
Os sinais autônomos EFERENTES → são transmitidos por meio das 
subdivisões do sistema nervoso, o SIMPÁTICO e o 
PARASSIMPÁTICO; → sistemas que geralmente são antagônicos 
(trabalham juntos se complementando); 
Os corpos pré-ganglionares (gânglios) do sistema nervoso autônomo 
simpático são → para-vertebrais; 
Os corpos pré-ganglionares (gânglios) do sistema nervoso autônomo 
parassimpático são → crânio-sacrais; 
Alguns órgãos são inervados por AMBAS as divisões e outros por 
apenas uma divisão → controlada por um tônus que aumenta e 
diminui a sua concentração e força em relação ao órgão (Ex. ocorre 
nos vasos sanguíneos ao que se remete a vasoconstrição e 
vasodilatação); 
É ativado, principalmente por centros que se localizam na medula 
espinal, no tronco cerebral/encefálico (região de retransmissão → 
retransmite informação que sai do hipotálamo e telencéfalo) e no 
hipotálamo (região de maior saída de informações, além da adeno-
hipófise e do telencéfalo) *; 
São compostos por neurônios pré-ganglionares e pós-ganglionares; 
Os axônios pré-ganglionares dividem-se em média para 8 a 9 
neurônios pós-ganglionares; 
Neurônios Simpáticos Pré e Pós-ganglionares Cada via simpática da 
medula ao tecido estimulado é composta de dois neurônios, um 
neurônio pré-ganglionar e outro neurônio pós-ganglionar. 
O corpo celular de cada neurônio pré-ganglionar localiza-se no 
corno intermediolateral da medula espinhal; sua fibra passa através 
de uma raiz anterior da medula para o nervo espinhal 
correspondente. 
Após o nervo espinhal deixar o canal espinhal, as fibras simpáticas 
pré-ganglionares deixam o nervo espinhal e passam através de um 
ramo comunicante branco para um dos gânglios da cadeia 
simpática. Então o curso das fibras pode ser um dos três: 
1. Pode fazer sinapse com neurônios pós-ganglionares com no 
gânglio que entra 
2. Pode dirigir se para cima ou para baixo na cadeia e fazer sinapse 
com outro gânglio na cadeia 
3. Pode percorrer distâncias variáveis através da cadeia e através de 
um dos nervos simpáticos, dirigir-se para fora da cadeia, fazendo 
sinapse em um gânglio simpático periférico 
O neurônio simpático pós-ganglionar origina-se nos gânglios da 
cadeia simpática ou nos gânglios simpáticos periféricos. As fibras 
pós-ganglionares viajam para seus destinos em diversos órgãos. 
Regiões de retransmissão → localizadas principalmente em regiões 
do mesencéfalo, da ponte do bulbo e da medula (tronco cefálico) → 
podem ocorrer retransmissões das informações por estações 
chamadas de estações de retransmissão → tem informações mais 
rápidas e imediatas. EX. controle da temperatura, da bexiga urinária, 
centro respiratório, desaceleração cardíaca, aceleração cardíaca e 
vasoconstrição, centro pneumotáxico... 
As fibras nervosas simpáticas se originam na medula espinhal 
juntamente com os nervos espinhais entre segmentos T1 e L2, 
projetando se primeiro para a cadeia simpática e daí para os tecidos 
e órgãos que são estimulados pelos nervos simpáticos 
A distribuição dos nervos simpáticos para cada órgão é determinada 
parcialmente pela localização original do órgão no embrião. EX.: O 
coração recebe muitas fibras nervosas simpáticas da porção cervical 
da cadeia simpática porque o coração se origina embriologicamente, 
na região cervical do embrião antes de se deslocar para o tórax 
Distribuição segmentar das fibras nervosas 
Simpático (toracolombar): 
T1, T2 → cabeça e pescoço; 
T3, T4, T5, T6 → tórax; 
T7, T8, T9, T10, T11 → abdome; 
 T12, L1, L2 → pernas. 
Parassimpático (craniossacral): deixa o SNC pelos nervos cranianos 
III, VII, IX e X, fibras adicionais deixam parte inferior da medula pelos 
nervos sacrais; 
75% de todas as fibras nervosas parassimpáticas cursam pelo nervo 
vago → ação inotrópica negativa; 
Natureza Especial das Terminações Nervosas Simpáticas na Medula 
Adrenal 
Fibras nervosas simpáticas pré-ganglionares projetam se, sem fazer 
sinapse, ao longo de todo o caminho desde o corno 
intermediolateral da medula espinhal, através das cadeias 
simpáticas, então através dos nervos esplâncnicos para fazer sinapse 
nas duas medulas adrenais. Lá, elas terminam diferentemente em 
células neuronais modificadas que secretam epinefrina e 
norepinefrina na corrente sanguínea. Estas células secretoras são 
embriologicamente derivadas do tecido nervoso e são verdadeiros 
neurônios pós-ganglionares; 
Anatomia Fisiológica do Sistema Nervoso Parassimpático 
No sistema nervoso parassimpático suas fibras parassimpáticas 
deixam o sistema nervoso central através de nervos cranianos III, 
VII, IX e X. Fibras parassimpáticas adicionais deixam a parte mais 
inferior da medula espinhal através do segundo e terceiro nervos 
espinhais sacrais e através do primeiro e quarto nervos sacrais. 
Aproximadamente 75% das fibras nervosas parassimpáticas estão 
no nervo vago (décimo par de nervos cranianos), passando para 
todas as regiões torácicas e abdominais. 
Os nervos vagos suprem de nervos parassimpáticos o coração, 
pulmão, esôfago, estomago, todo o intestino delgado, a metade 
proximal do cólon, fígado, vesícula biliar, pâncreas, rins e porções 
superiores dos ureteres. 
• As fibras parassimpáticas no terceiro nervo craniano vão para o 
esfíncter pupilar e o músculo ciliar do olho 
• As fibras do sétimo nervo craniano vai projetar-se para as 
glândulas lacrimais, nasais e submandibulares. 
• E as fibras do nono nervo craniano vão para a glândula parótida. 
• As fibras parassimpáticas sacrais estão nos nervos pélvicos, que 
passam através do plexo espinhal sacral de cada lado da medula ao 
nível S2 e S3. Estas fibras se distribuem para o cólon descendente, 
reto, bexiga e porções inferiores dos ureteres. 
Além disso, esse grupo sacral parassimpático supre sinais nervosos a 
toda genitália externa para acusar ereção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neurônios Parassimpáticos Pré e Pós-ganglionares 
Exceto no caso de alguns nervos cranianos parassimpáticos, as fibras 
pré-ganglionares passam de forma ininterrupta por todo o caminho 
ao órgão que deverá ser controlado. 
Na parede do órgão, estão localizados os neurônios pós-
ganglionares. As fibras pré-ganglionares fazem sinapse com eles, e 
as fibras pós-ganglionares, muito curtas, deixam os neurônios para 
inervar os tecidos dos órgãos. 
Esta localização dos neurônios pós-ganglionares parassimpáticos no 
próprio órgão é diferente do arranjo dos gânglios simpáticos, 
porque os corpos celulares dos neurônios pós-ganglionares 
simpáticos estão quase sempre localizados nos gânglios da cadeia 
simpática em vez de dentro do órgão a ser excitado. 
Características Básicas da Função Simpática e Parassimpática 
Fibras Colinérgicas e Adrenérgicas – Secreção de Acetilcolinaou 
Norepinefrina 
• As fibras que secretam acetilcolina são chamadas de colinérgicas. 
• Aquelas que secretam norepinefrina são chamadas de 
adrenérgicas, um termo derivado de adrenalina, que também pode 
ser chamado de epinefrina. 
Todos os neurônios pré-ganglionares são colinérgicos tanto no 
sistema nervoso simpático quanto no parassimpático. Acetilcolina, 
quando aplicadas aos gânglios, irã o excitar tanto os neurônios pós-
ganglionares simpáticos quanto os parassimpáticos. 
Todos ou quase todos os neurônios pós-ganglionares do sistema 
parassimpático também são colinérgico. 
A maioria dos neurônios pós-ganglionares simpáticos são 
adrenérgicos. As fibras nervosas pós-ganglionares simpáticas para as 
glândulas sudoríparas, para os músculos piloeretores de pelos e para 
alguns vasos sanguíneos são colinérgicos. 
➢ Então quase todas as terminações nervosas do sistema 
parassimpático secretam acetilcolina. Quase todas as terminações 
nervosas simpáticas secretam norepinefrina, mas poucas secretam 
acetilcolina. Portanto, a acetilcolina é chamada de transmissor 
parassimpático, e a norepinefrina é chamada de transmissor 
simpático. 
Liberação de Acetilcolina e Norepinefrina por Terminações 
Nervosas Pós-ganglionares 
Muitas das fibras nervosas parassimpáticas e quase todas as fibras 
nervosas meramente tocam as células efetoras dos órgãos que elas 
inervam à medida que passam, ou algum casos elas terminam em 
meio ao tecido conjuntivo localizado adjacente às células que devem 
ser estimuladas. 
Onde estes filamentos tocam ou passam por cima ou próximos das 
células a serem estimuladas eles têm alargamentos bulbosos 
chamados de varicosidades, são nestas varicosidades que as 
vesículas transmissoras de acetilcolina e norepinefrina são 
sintetizadas e armazenadas. Também nas varicosidades, existem 
muitas mitocôndrias que fornecem trifosfato de adenosina, que é 
necessário para fornecer energia a síntese de acetilcolina e 
norepinefrina. 
Quando um potencial de ação se propaga pelo terminal das fibras, a 
despolarização resultante aumenta a permeabilidade da membrana 
da fibra aos íons de cálcio, permitindo que estes íons se difundam 
para dentro das terminações nervosas ou varicosidades. Os íons de 
cálcio fazem com que as vesículas dos terminais ou varicosidades 
liberem seus conteúdos para o exterior, dessa forma os 
neurotransmissores são liberados. 
Síntese de Acetilcolina, sua Distribuição após a sua Liberação e a sua 
Duração de Ação 
A acetilcolina é sintetizada nas terminações nervosas e 
varicosidades da fibra nervosa colinérgicas. 
Uma vez secretada acetilcolina para um tecido pela terminação 
nervosa colinérgica, ela persistira no tecido por alguns segundos, 
enquanto realiza sua função de transmissor de sinal. Então ela será 
decomposta em um íon acetato e colina, em reação catalisada pela 
enzima acetilcolinesterase. 
Síntese de Norepinefrina, sua Decomposição após sua Liberação e 
Sua Duração de Ação 
A síntese de norepinefrina começa no axoplasma da terminação 
nervosa das fibras nervosas adrenérgicas, mas é completada dentro 
das vesículas secretoras. 
Após a liberação de norepinefrina pela terminação nervosa, ela é 
removida do local secretório de três formas: 
1. Recaptação para dentro da própria terminação nervosa 
adrenérgica por um processo de transporte ativo – que é 
responsável de 50% a 80% da norepinefrina secretada; 
2. Difusão para fora das terminações nervosas para os fluidos 
corporais adjacentes e, então para o sangue – responsável pela 
remoção de quase todo o resto da norepinefrina; 
3. Destruição de pequenas quantidades por enzimas teciduais. 
Quando secretadas no sangue, tanto a norepinefrina quanto a 
epinefrina permanecem ativas por 10 a 30 segundos; 
Receptores nos Órgãos Efetores 
Antes que a acetilcolina e a norepinefrina ou epinefrina secretadas 
em uma terminação nervosa autônoma possam estimular um órgão 
efetor, elas devem primeiro se ligar com receptores específicos nas 
células efetoras. Quando a substância transmissora se liga ao 
receptor, isto causa uma mudança na estrutura da molécula 
proteica, e assim a molécula proteína alterada excita ou inibe a 
célula, geralmente por: 
1. Causar uma mudança na membrana celular em um ou mais íons 
2. Ativar ou inativar uma enzima ligada do outro lado do receptor 
proteico onde ele se projeta para o interior da célula; 
Excitação ou Inibição das Células Efetoras pela Mudança da 
Permeabilidade de suas Membranas 
Como a proteína receptora é uma parte integral da membrana 
celular, uma mudança na estrutura da proteína receptora abre ou 
fecha um canal iônico através do interstício da molécula proteica, 
alterando a permeabilidade da membrana celular. EX.: os canais 
iônicos de sódio ou cálcio frequentemente se tornam abertos e 
permitem o influxo rápido dos seus íons para o interior da célula, 
geralmente despolarizando a membrana celular e excitando a célula. 
Dois Tipos Principais de Receptores de Acetilcolina – Receptores 
Muscarínicos e Nicotínicos 
A acetilcolina ativa principalmente dois tipos de receptores, 
muscarínicos e nicotínicos. 
• Receptores Muscarínicos são encontrados em todas as células 
efetoras estimuladas pelos neurônios colinérgicos pós-ganglionares, 
tanto no sistema nervoso parassimpático quanto do simpático. 
• Receptores Nicotínicos são encontrados nos gânglios autônomos 
nas sinapses entre os neurônios pré-ganglionares tanto no sistema 
nervoso parassimpático quanto do simpático. 
Receptores Adrenérgicos – Receptores Alfa e Beta 
Existem dois tipos de receptores adrenérgicos, receptores alfa e 
receptores beta. 
• Receptores beta: beta¹ e beta² 
• Receptores alfa: alfa¹ e alfa² 
A norepinefrina excita principalmente os receptores alfa, mas excita 
os receptores beta a um menor grau. A epinefrina excita ambos os 
tipos de receptores de forma aproximadamente igual. Uma 
substância sintética quimicamente semelhante a epinefrina e 
norepinefrina, a isopropil norepinefrina, tem uma ação 
extremamente forte nos receptores beta e nenhuma ação nos 
receptores alfa. 
Efeitos da Estimulação Simpática e Parassimpática em Órgãos 
Específicos 
✓ OLHOS: a estimulação simpática contrai as fibras meridionais da 
Iris provocando dilatação da pupila (midríase), enquanto a 
estimulação parassimpática contrai o músculo circular da íris 
provocando a constrição da pupila (miose). 
As eferências parassimpáticas que controlam a pupila são 
estimuladas por via reflexa quando a luz excessiva entra nos olhos., 
este reflexo reduz o diâmetro pupilar, diminuindo a quantidade de 
luz que incide sobre a retina. Por outro lado, os eferentes simpáticos 
são estimulados durante o período de excitação e aumentam o 
diâmetro pupilar. 
✓ GLÂNDULAS DO ORGANISMO: as glândulas nasais, lacrimais, 
salivares e muitas glândulas gastrointestinais são fortemente 
estimuladas pelo sistema nervoso parassimpático, resultando em 
quantidade de secreção aquosa. A estimulação simpática tem um 
efeito direto na maioria das células glandulares digestivas, 
provocando a formação de uma secreção concentrada que contém 
altas porcentagens e enzimas e mucos. Entretanto ela também 
causa vasoconstrição dos vasos sanguíneos que irrigam as glândulas 
e as vezes diminuem sua taxa de secreção. As glândulas sudoríparas 
secretam grandes quantidades de suor quando os nervos simpáticos 
são estimulados, mas nenhum efeito é causado pela estimulação 
dos nervos parassimpáticos. As fibras simpáticas para a maioria das 
glândulas sudoríparas são colinérgicas (com exceção de algumas 
fibras adrenérgicas nas palmas das mãos e solas do pé). As glândulas 
apócrinas, nas axilas secretam uma secreção espessa, como 
resultado de estimulação simpática, mas elas não respondem a 
estimulação parassimpática. 
✓ PLEXO NERVOSO INTRAMURAL DO SISTEMA GASTROINTESTINAL: 
o sistema gastrointestinaltem seu próprio conjunto intrínseco de 
nervos, conhecido como plexo intramural ou sistema nervoso 
entérico, loca lizado nas paredes do intestino. Além disso, tanto a 
estimulação parassimpática quanto a estimulação simpática, 
originam-se no cérebro, podem afetar a atividade gastrointestinal, 
principalmente pelo aumento ou pela diminuição de ações 
específicas no plexo intramural gastrointestinal. 
A estimulação parassimpática aumenta o grau de atividade total do 
trato gastrointestinal pela promoção da peristalse e relaxamento 
dos esfíncteres, permitindo uma rápida propulsão dos conteúdos 
pelo trato. 
✓ CORAÇÃO: em geral a estimulação simpática aumenta a atividade 
total do coração. Isto é f eito pelo aumento tanto da frequência 
quanto da força da contração cardíaca. A estimulação 
parassimpática causa efeitos opostos frequência cardíaca e força de 
contração diminuída. A estimulação simpática aumenta a eficácia do 
coração como bomba, da forma que é necessária durante um 
exercício pesado, enquanto a estimulação parassimpática diminui o 
bombeamento do coração, permitindo que ele descanse entre 
períodos de atividade exaustiva. 
✓ VASOS SANGUÍNEOS SISTÊMICOS: a maioria dos vasos sistêmicos, 
especialmente aqueles das vísceras abdominais e da pele dos 
membros, é constringida pela estimulação simpática. A estimulação 
parassimpática quase não tem efeitos na maioria dos vasos 
sanguíneos, a não ser na área ruborizante do rosto. Em algumas 
condições, a função beta dos simpáticos causa dilatação vascular em 
vez da constrição vascular simpática normal, m as isso ocorre 
raramente. 
Efeitos da Estimulação Simpática e Parassimpática na Pressão 
Arterial 
A pressão arterial é determinada por dois fatores: 
1. A propulsão do sangue pelo coração 
2. Resistência ao fluxo do sangue pelos vasos sanguíneos periféricos 
A estimulação simpática aumenta tanto a propulsão pelo coração 
quanto a resistência ao fluxo, o que geralmente causa um aumento 
agudo na pressão arterial. 
A estimulação parassimpática, mediada pelos nervos vagos, diminui 
o bombeamento cardíaco, não tendo quase efeito nenhum na 
resistência vascular periférica. 
Efeitos da Estimulação Simpática e Parassimpática em Outras 
Funções do Organismo Geralmente, a maioria das estruturas de 
origem endodérmicas, tais como os ductos biliares, a vesícula, 
uretra, bexiga e brônquios, é inibida pela estimulação simpática, 
mas excitada pela estimulação parassimpática. 
A estimulação simpática também tem efeitos metabólicos, tais 
como liberação de glicose pelo fígado, aumento da concentração de 
glicose no sangue. Função das Medulas Adrenais 
A estimulação dos nervos simpáticos que vão até as medulas 
adrenais causa a liberação de grandes quantidades de epinefrina e 
norepinefrina no sangue circulante, e estes dois hormônios são 
levados para todos os tecidos do corpo. 
O Papel das Medulas Adrenais para a Função do Sistema Nervoso 
Simpático 
Os órgãos são, na verdade estimulados duas vezes: 
1. Diretamente pelos nervos simpáticos 
2. Indiretamente pelos hormônios da medula adrenal 
“Tônus” Simpáticos e Parassimpáticos 
Os sistemas simpático e parassimpático são continuamente ativos, e 
as taxas de atividade basais são conhecidas como tônus simpáticos e 
tônus parassimpático. 
O valor do tônus é aquele que permite a um único sistema nervoso 
tanto aumentar quanto diminuir a atividade de órgão estimulado. 
• EX.: o tônus simpático normalmente mantém quase todas as 
arteríolas sistêmicas constritas a cerca da metade de seu diâmetro 
máximo. Aumentando o grau de estimulação simpática acima do 
normal, estes vasos podem ser constringidos ainda mais; por outro 
lado, diminuindo a estimulação abaixo do normal, as arteríolas 
podem ser dilatadas. 
Tônus Causado pela Secreção Basal de Epinefrina e Norepinefrina 
pelas Medulas Adrenais 
A taxa normal de secreção em repouso pelas medulas adrenais é de 
cerca de 0,2 miligramas de epinefrina e 0,05 miligramas de 
norepinefrina. Estas quantidades são consideráveis – na verdade, 
são suficientes para manter a pressão sanguínea quase normal, 
mesmo que todas as vias simpáticas diretas ao sistema 
cardiovascular são retiradas. 
Efeito da Perda do Tônus Simpático ou Parassimpático após 
Desenervação 
Imediatamente depois de um nervo simpático ou parassimpático é 
cortado, o órgão inervado perde seu tônus simpático ou 
parassimpático. No caso dos vasos sanguíneos, cortas os nervos 
simpáticos resulta em uma vasodilatação quase máxima. 
Reflexos Autônomos Cardiovasculares 
Vários reflexos do sistema cardiovascular ajudam a controlar 
especialmente a pressão do sangue arterial e a frequência cardíaca. 
Os barorreceptores se localizam na parede de várias artérias 
principais, incluindo as artérias carótidas internas e o arco da aorta. 
Quando estes são estriados por pressão alta, sinais são transmitidos 
ao tronco cerebral, onde eles inibem os impulsos simpáticos ao 
coração e aos vasos sanguíneos e excitam os parassimpáticos, isso 
permite a pressão arterial cair de volta ao normal. 
Reflexos Autônomos Gastrointestinais 
A parte mais superior do trato gastrointestinal e o reto são 
controlados principalmente por reflexos autônomos. EX.: o cheiro 
de comida saborosa ou a presença de comida na boca e do nariz 
para os núcleos vagais, glossofaríngeos e salivatórios do tronco 
cerebral. 
Outros Reflexos Autônomos 
O esvaziamento da bexiga é controlado da mesma forma que o 
esvaziamento do reto; a extensão da bexiga transmite impulsos à 
medula espinhal sacral, causando a contração reflexa da bexiga e o 
relaxamento dos esfíncteres urinários, promovendo a micção. 
Os reflexos sexuais são iniciados tanto por estímulos psíquicos vindo 
do encéfalo quanto por estímulos dos órgãos sexuais. Impulsos 
destas duas fontes convergem na medula espinhal sacral e no 
homem, resultam primeiro a ereção, principalmente uma função 
parassimpática e depois na ejaculação, uma função simpática. 
O Sistema Simpático Muitas Vezes Responde com uma Descarga em 
Massa 
Quase todas as porções do sistema nervoso simpático descarregam 
um fenômeno chamado de doença em m assa. Isso ocorre quando o 
hipotálamo por medo, terror, ou dor intensa. O resultado é a reação 
disseminada pelo corpo todo chamada de resposta de alarme ou de 
estresse. 
A ativação ocorre em porções isoladas do sistema nervoso 
simpático. As mais importantes entre elas são: 
1. Durante o processo de regulação de calor, os simpáticos 
controlam a sudorese e o fluxo sanguíneo na pele sem afetar os 
outros órgãos inervados pelos simpáticos. 
2. Muitos reflexos simpáticos que controlam funções 
gastrointestinais operam por vias neurais que sequer entram na 
medula espinhal. 
O Sistema Parassimpático Geralmente Causa Respostas Localizadas 
Específicas 
Em contraste com à resposta de descarga em massa, que é comum 
no sistema simpático, as funções controladas pelo sistema 
parassimpático têm uma tendência muito mais alta de serem 
especificas. 
EX.: os reflexos cardiovasculares parassimpáticos geralmente só 
agem no coração para aumentar ou diminuir sua frequência de 
batimentos. 
Resposta de “Alarme” ou “Estresse” do Sistema Nervoso Simpático 
Quando grandes porções do sistema nervoso simpático 
descarregam ao mesmo tempo – isto é, uma descarga em massa – 
isto aumenta de muitas formas a capacidade do organismo de 
exercer uma atividade muscular vigorosa. 
1. Pressão arterial aumentada 
2. Fluxo sanguíneo aos músculos ativos aumentado 
3. Taxas de metabolismo celular aumentadas no corpo todo 
4. Concentração de glicose no sangue aumentada 
5. Glicólise aumentada no fígado e no músculo 
6. Força muscular aumentada 
7. Atividade mental aumentada 
8. Taxa de coagulação sanguínea aumentada 
Controle Bulbar, Pontino e Mesencefálico do Sistema Nervoso 
Autônomo 
Os fatores mais importantes controladospelo tronco cerebral são a 
pressão arterial, a frequência cardíaca, e a frequência respiratória. 
Controles dos Centros Autônomos do Tronco Cerebral por Áreas 
Superiores 
Sinais do hipotálamo e até mesmo do telencéfalo podem afetar as 
atividades de quase todos os centros de controle autônomos no 
tronco cerebral. 
Os centros hipotalâmicos controlam a temperatura do corpo, 
aumentam ou diminuem a salivação e a atividade gastrointestinal e 
causam o esvaziamento da bexiga. 
Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo 
Drogas que atuam em Órgãos Efetores Adrenérgicos – Drogas 
Simpatomiméticas 
A injeção intravenosa de norepinefrina causa no organismo 
praticamente os mesmos efeitos que a estimulação simpática. 
Portanto, a norepinefrina é chamada de droga simpatomimética ou 
adrenérgica. Epinefrina e metoxamina são também drogas 
simpatomiméticas. Elas diferem uma da outra no grau em que 
estimulam diferentes órgãos efetores simpáticos e na duração de 
sua ação. Norepinefrina e epinefrina tem ações muito curtas. 
➢ Drogas importantes que estimulam receptores adrenérgicos 
específicos, mas não outros receptores, são fenilefrina (receptores 
alfas), isoproterenol (receptores betas) e albuterol (apenas 
receptores betas). Drogas Parassimpatomiméticas (Drogas 
Colinérgicas) 
A acetilcolina injetada intravenosamente usualmente não causa 
exatamente os mesmos efeitos no organismo como estimulação 
parassimpática porque a maior parte da acetilcolina é destruída pela 
colinesterase do sangue e fluidos corporais antes que ela possa 
alcançar todos os órgãos efetores.