Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
(BASES) VIA SECRETORA – HILARIO OLIVEIRA T29 INTRODUÇÃO: As membranas internas evoluíram, favorecendo também uma evolução da célula eucariota → proporcionou uma divisão de tarefas; → foram desenvolvidos vários compartimentos com várias reações e fenômenos, dividindo assim as funções. Via secretora: via de biossíntese e produção de substâncias para a membrana endoplasmática, matriz, para fora da célula (Ex: sangue; TGI) → dependendo da célula; Via endocítica: via própria de captação de moléculas (pode ser utilizado para reciclagem também) extracelulares (majoritariamente para a utilização da célula) → Ex: LDL para o uso de colesterol, além de funções relacionadas ao retículo endoplasmático liso e aos peroxissomos (que surgem a partir do sistema de endomembranas); via antagônica → contrariamente à via secretora. COMPOSIÇÃO: Membrana nuclear: Aparelho de golgi: Ocorre uma continuidade de transformações nas secreções nesse complexo; brotam os lisossomos, vesículas secretoras e diversos vacúolos; via ampla de membranas internas e de amplas funções. A VIA SECRETORA: Sintetiza, transporta, (pode armazenar) e secreta (por exocitose) substâncias de diferentes tipos → proteica, lipídica, polissacarídica; Pode secretar substâncias em diversos compartimentos → Ex: a secreção da INSULINA → células beta secretam a insulina para o sangue; Ex2: na secreção biliar a bile é sintetizada e excretada indo para o lúmen do TGI (trato gastrointestinal) auxiliar no processo de digestão de lipídios; Células calicifromes: produzem muco (glicoproteína) protetor, lubrificante... → é uma grande vesícula de exocitose que leva o muco em direção a matiz extracelular → realiza a proteção fisiológica; A porta de entrada da via secretora é o RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO RUGOSO (RER); o REL e o CG também fazem parte dessa via; O Complexo de Golgi e a via secretora → tem relação com a via fazendo a terminação da manipulação de substâncias (principalmente de proteínas) para a secreção; As proteínas que chegam à célula, irão ao RER, logo depois ao complexo de golgi e então por fim, se estabelecem em vesículas de secreção (que serão secretadas no momento digestivo); Em termos de secreção → Existem células que secretam apenas proteínas Também existem células que sintetizam e secretam além destas, vários tipos de moléculas, Ex: lipídeos e polissacarídeos (conteúdos glicídicos) → como as glândulas mamárias; Obs.: o RER e o CG, estão mais relacionados a síntese e secreção de proteínas e glicídios (polissacarídeos por exemplo), enquanto o retículo endoplasmático liso se relaciona mais com a síntese e secreção dos lipídeos; RETICULO ENDOPLASMÁTICO LISO: mais próximo a periferia; É o local onde surgem membranas dentro da célula. Não tem ribossomos aderidos; Relacionado a parte dos lipídeos (secreção e síntese)→ síntese de ácidos graxos, fosfolipídios e esteroides (colesterol e hormônios esteroides)→ por isso, em células que sintetizam esses lipídeos como hepatócitos e gônadas o REL é mais desenvolvido; Sintetiza membranas; A SÍNTESE DE LIPÍDEOS DE MEMBRANA E SUA RELAÇÃO COM O REL: Quando queremos aumentar as membranas na célula ou criar organelas membranosas, os lipídeos de membrana são sintetizados no REL; → A síntese é geralmente realizada apenas de um lado (lado citosólico) → a membrana (monocamada) voltada para esse lado citosólico que irá crescer → é onde se tem a enzima (sempre voltada para o citoplasma) → a membrana cresce pela adição de fosfolipídios → mecanismo de síntese → 1: é inserido na membrana um ácido fosfatidico 2: então é inserida a cabeça polar (podendo ser serina, ritanolamina ou colina) → fazendo então a formação do fosfolipídio de membrana; Por ser apenas um lado da membrana que cresce, é necessária a igualação desses lados; As FLIPASES ou escrambalases: tem o papel de igualar o conteúdo das duas monocamadas; Essas sínteses estão relacionadas com o reticulo liso pois as membranas estão no compartimento; Existe uma ação conjugada com enzimas que estão no citoplasma iniciando a biossíntese e então são transferidos ao retículo liso (as vias de biossíntese variam); Função do REL relacionada a farmacologia: Detoxificação de drogas → prevalente em células hepáticas, porém existente em rins, pele e pulmões; reações de Hidroxilação → Ação feita por enzimas presentes no lúmen do REL e que ajudam a detoxificar drogas e venenos, além de moléculas exógenas; o fígado biotransforma essas moléculas em mais biossolúveis para que possam ser eliminadas; essa biotransformação acontece pela utilização de O2 de NADPH e de enzimas que contém como fator o citocromo P450 (enzimas que utilizam o O2 para fazer Hidroxilação de substratos) → produto hidrossolúvel é o que resta; Drogas que necessitam dessa via do retículo liso: barbitúricos, álcool → resultam em proliferação de REL pois faz com que o fígado aumente os compartimentos e enzimas que fazem esse detox; → com esse aumento, essa pessoa que usa a droga, com o tempo a pessoa fica tolerante (aumentando a necessidade de mais quantidade das drogas para conseguir uma resposta → abuso de drogas/ vício); outras drogas úteis podem ter a ação reduzida por esse uso; FUNÇÃO DE ARMAZENAMENTO DE CÁLCIO: O REL é bastante desenvolvido em células musculares esqueléticas, sendo utilizado para armazenar cálcio → imprescindível para a contração muscular; RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO RUGOSO: → próximo a membrana nuclear; Contém ribossomos aderidos, por ser o ponto de entrada das proteínas no sistema da via secretora; Transporte e modificações químicas, além de → SINTESE DAS PROTEINAS: sintetizadas no citoplasma da célula → começa com um RNAm (traz informações necessárias para a tradução da proteína); COMO OCORRE A ENTRADAS DAS PROTEÍNAS: A proteína precisa de um sinal para ser secretada e entrar no retículo; → ao ser traduzido o RNAm forma uma proteína que pode ter um destino (Ex: núcleo, mitocôndria, peroxissoma) → para ter um destino, a proteína necessita de um sinal e sem um sinal ela é uma proteína citosólica (trabalha no citoplasma) → para ser secretada a proteína entra no retículo rugoso, necessitando de um sinal para ir até lá; → o sinal: é uma sequência de aminoácidos que surge na ponta N terminal da proteína na medida em que é traduzida; → SE A SINALIZAÇÃO EXISTIR (geralmente é muito utilizada a leucina) → o ribossomo que está inicialmente no citoplasma se direciona para a membrana do retículo com intenção de colocar a proteína para dentro (o ribossomo é uma molécula transitória: faz o trabalho em um lugar e sai); → sabemos que a proteína deverá ir ao retículo por uma sequência sinalizadora; → ao identificar o local que a proteína irá (Ex: REG) um maquinário irá parar momentaneamente a tradução e direcionar RNAm grudado no ribossomo até a membrana do REG → normalmente existe um reconhecedor do sinal (SRP) que se liga a sequência sinalizadora, ocorrendo uma paralização → chaperonas ou chaperoninas: são proteínas acompanhantes que tem função de levar todos juntos até a membrana do retículo → lá o SRP é reconhecido e então a tradução é destravada e começa de novo → ao mesmo tempo que é traduzida a proteína é sendo inserida no retículo → quando inserida a sequência sinalizadora é cortada e a proteína está pronta no lúmen (sequência sinalizadora); O QUE OCORRE COM A PROTEÍNA À MEDIDA QUE ADENTRA O REG: O retículo é um local de modificação de proteína → essa proteína é esticada e ocorrem modificações; → A proteína recebe Glicosilação/oligossacarídeos (carboidratos/ porções de 14 a 16); → estes serão ligados nos aminoácidos dos ASPARTATOS (aa que compõem essa proteína); → função de proteção da molécula de proteína contra ambiente físico e químico, mas no retículo sua função é de auxiliar as proteínas de assumir sua forma ideal;Obs.: quanto mais aspartato, mais Glicosilação esta proteína irá receber; → A proteína começa a se dobrar pelo auxílio de chaperoninas (Ex: bip, calnexina e reticulina) → auxiliam se ligando na porção glicídica, fornecidas pela Glicosilação; → Reforço do dobramento por pontes dissulfeto; Em caso de proteínas formadas por várias subunidades, nesse momento elas são montadas; Resumindo → PROCESSAMENTO DE PROTEÍNAS NO RE: Clivagens proteolíticas específicas; → quebra da proteína para melhor uso (Ex: insulina entra no REG em forma de pré-pró-insulina, ou seja, inativa → ao seguir a via secretora ocorrem várias mudanças como quebra e mudança de conformação → antes de secretada ocorre uma clivagem final, a insulina é secretada com um pedado solto, o PEPTÍDEO C → importância endócrina) Formação de ligações dissulfeto S-S; Enovelamento da cadeia polipeptídica na sua conformação tridimensional correta; Montagem dos polipeptídios em proteínas com várias subunidades; Fases iniciais da adição de processamento de hidratos de carbono (Glicosilação); A CONTINUAÇÃO DO PROCESSO NO COMPLEXO DE GOLGI: Algumas proteínas ainda precisarão ser manipuladas e isso ocorre no golgi → existência de enzimas que continuam essa manipulação; Saída do REG ao GOLGI; O CG: organela formada por pilhas de cisternas empilhadas com polarização; → a face cis: recebe as proteínas do reticulo e a face trans: faz sua secreção/maturação; Função: continuidade das modificações, separa e seleciona as proteínas para secretar, empacota as proteínas temporariamente ou não em vesículas e secreta o conteúdo; Transporte entre o retículo e o golgi: é feito em grandes quantidades de carga/proteínas (por vesículas e estas são revestidas por clatrina e coatômeros I e II) → transporte vesicular; O transporte é seletivo → nem tudo sai do retículo; → para serem selecionadas e sair elas também devem ter uma sinalização; → As vesículas para realizar o transporte precisam primeiramente brotar, e para isso ocorre um gasto de energia GTP; → PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS VESÍCULAS: ocorre a seleção de moléculas que serão levadas ao seu alvo → existe um maquinário para a formação das vesículas → é necessário que fora de onde a vesícula será produzida (no citosol) tenham proteínas de revestimento de vesículas (essas são clatrina e coatômeros I e II); VESÍCULAS REVESTIDAS POR COATÔMEROS (COP)→ COP II: esta brota sempre da membrana do REG para o CG necessitando sempre do revestimento do COP II e GTP para manter uma união forte e isso gasta energia → na medida que sai da membrana, essa união enfraquece, diminuindo o uso de energia e forma a vesícula → Obs. algumas proteínas que deveriam estar no retículo vão nas vesículas e ao ser formada a vesícula, ocorre o escape dessa proteína para voltar ao golgi, isso é chamado de TRANSPORTE REVERSO → este ocorre por vesículas revestidas por COP I → estas proteínas fugitivas tem uma sequência KDEL que é sinalizante, ajudando identificar que ela é do REG ; → AO CHEGAR NO GOLGI: CIS: remoção de manoses; fosforilação de manoses; MEDIANA: remoção de manoses; glicosilação terminal; TRANS: sulfatação e fosforilação de aminoácidos; Ao chegar no golgi, a proteína continua a receber modificações principalmente em relação ao conteúdo de glicídios → a modificação é intensa, então a proteína será muito glicosilada → as vesícula de coatômeros chega na face CIS; → o golgi é formado por cisternas e cada uma delas são formadas por conteúdos enzimáticos diferenciados para poder transformar essas proteínas → dependendo da transformação, as enzimas irão andar de cisterna por cisterna pelas vesículas de transporte → serão separadas e empacotadas na face trans → na face cis ocorre a remoção de alguns açúcares, além fosforilar essas manoses (açúcares), isso serve como um marcador → na face mediana: modificações em relação aos glicídios, dependendo da molécula; → na face trans: ocorre mudança no conteúdo proteico; então a proteína é empacotada e selecionada para poder ser colocada em uma vesícula secretora; → aqui também é necessária uma separação e marcação para ser colocada em uma vesícula; as proteínas X e Y do golgi são separadas e fazem parte da via secretora regulada → esperam dentro da célula uma sinalização para ser exocitado (secretado); algumas células só tem esse padrão de secreção Ex: secreção de insulina; Outro padrão de via secretora é a CONSTITUTIVA → não há aguardo; após secreção ela já irá para célula; ocorre em toda proteína sem marcação; são em sua maioria proteínas que formam vesículas e vão diretamente para fora (Ex: muco e proteoglicanos);
Compartilhar