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Endomembranas e Transporte de Proteínas Como produzir as proteínas e direcioná-las para os espaços corretos, já que a célula é um ambiente compartimentalizado? - Cada proteína recém sintetizada deve ser entregue especificamente onde atuará → desempenhar a sua função - Sequências-sinal → código molecular/ sequência específica de aminoácidos que cada proteína possui/ direcionam as proteínas para as organelas corretas → sinal de endereçamento/ quando a proteína não possui nenhum tipo de sequência sinal é uma sinalização de que ela precisa permanecer no citoplasma - desafio das células: identificar essas sequências sinais e destiná-las para os seus locais de trabalho Modalidades de transporte - transporte controlado por comportas → movimento realizado entre o núcleo e o citosol (o núcleo é a única organela que possui contato direto com o citoplasma) - translocação proteica → transporte através de membrana das mitocôndrias, cloroplastos, peroxissomos e RE - transporte vesicular → movimento realizado a partir do RE e o movimento de entrada a partir da MP (proteínas transportadas dentro de vesículas) NÚCLEO - o envelope nuclear encerra o DNA/ protege o material genético/ define o comportamento nuclear - os complexos do poro nuclear perfuram todo o envelope nuclear/ contato direto com o citoplasma → núcleo e RE estão conectados poros nucleares: formados por nucleoporinas/ comunicação direta entre o núcleo e o citoplasma/ na parte externa há fibrilas citosólicas que guiam as proteínas de importação nuclear para atravessarem de maneira mais facilitada → proteínas nucleares possuem sinais de localização nuclear → direcionam proteínas ao núcleo → essas sequências são reconhecidas pelos receptores de importação nuclear (importinas - reconhecer essa sequência e direcionar toda a proteína que possui essa sequência para dentro do núcleo) - processo altamente regulado/ pequenas moléculas e solutos conseguem atravessar livremente a membrana do núcleo/ muito semelhante à MP / materiais com certo tamanho atravessa por meio desse complexo de poro nuclear, estando interagindo com as importinas - a hidrólise de GTP direciona o transporte nuclear: demanda gasto de energia/ espécie de “porteiro” - movimento de exportação → tudo o que o núcleo quer mandar para fora/ exportinas - fluxo bidirecional transcrição no núcleo e tradução no citoplasma - os processos intracelulares que ocorrem de maneira simultânea devem, de alguma forma, ser segregados → estratégias para segregar e organizar suas reações químicas: - agregar as diferentes enzimas necessárias para catalisar uma determinada sequência de reações em um grande complexo proteico - células eucariontes agregam as diversas reações/ processos metabólicos em compartimentos delimitados por membranas → eles possuem membranas seletivamente permeáveis Cada compartimento delimitado por membrana (organelas delimitadas por membrana) possuem um conjunto único de proteínas → proteínas sintetizadas no citosol e direcionadas para cada organela correspondente que necessita do desempenho da sua função: distribuição de proteínas Comunicação entre os compartimentos por meio de vesículas: transporte vesicular Exocitose- liberação de proteínas Endocitose - importação de proteínas ORGANELAS DELIMITADAS POR MEMBRANAS - As células eucariontes são subdivididas por membranas internas → cada uma delas contendo um conjunto único de grandes e pequenas moléculas e desempenhando uma função especializada → compartimentos que segregam diferentes processos metabólicos ● Conjunto básico de organelas de uma célula eucariótica organelas circundadas pelo citosol → o qual é envolto por uma membrana plasmática Núcleo: mais proeminente organela delimitada por membrana/ ele é envolto por uma dupla membrana (envelope nuclear) → nesse envelope há poros que o transpassam, conhecidos como poros nucleares - ele tem contato com o citosol Retículo Endoplasmático: ele e o núcleo são envoltos por uma membrana externa/ é um sistema de sacos e tubos de membrana interconectados/ se estende pela maior parte da célula/ principal local de síntese de novas membranas na célula - Retículo Endoplasmático Rugoso: possui ribossomos ligados à superfície citosólica / os ribossomos sintetizam proteínas que serão direcionados para o lúmen do RE - Retículo Endoplasmático Liso: possui funções específicas, por isso, ele é relativamente escasso em algumas células e altamente desenvolvido em outras/ local de síntese de hormônios esteróides em células endócrinas da glândula suprarrenal/ local de detoxificação de moléculas orgânicas nas células hepáticas/ sequestra Ca2+ do citosol → resposta rápida a diversos sinais celulares Aparelho de Golgi: geralmente está próximo do núcleo/ ele recebe proteínas e lipídeos do RE e os modifica e os despacha para outros destinos na célula Lisossomos: são pequenos sacos de enzimas digestivas/ degradam las organelas antigas e macromoléculas e partículas captadas pela célula por endocitosis (digamos que é o estômago da célula)/ justamente por esse caráter digestivo, semelhante à região estomacal, o ambiente interno dos lisossomos precisa estar ácido (pH em torno de 5) para que ele consiga digerir essas partículas/ bombas do tipo V captam o H+ para o meio interno dessas organelas Endossomos: antes de chegar aos lisossomos, as partículas endocitadas precisam passar por uma série de compartimentos → endossomais/ eles distribuem algumas moléculas ingeridas e as reciclam de volta para a MP Peroxissomos: são pequenas organelas que possuem enzimas utilizadas em reações oxidativas e que degradam lipídeos e moléculas tóxicas → presença da catalase Mitocôndrias e Cloroplastos (células vegetais): possuem uma dupla membrana/ fosforilação oxidativa e fotossíntese, respectivamente → possuem membranas internas que são especializadas para a produção de ATP As organelas são mantidas em seus locais por meio de ligações ao citoesqueleto → microtúbulos - esses filamentos fornecem vias para a sua movimentação e direcionamento do tráfego de vesículas de uma organela a outra - esses transportes são controlados por proteínas motoras que hidrolisam ATP/ elas conseguem propulsionar as organelas e vesículas ao longo dos filamentos As organelas delimitadas por membrana ocupam, juntas, cerca da metade do volume da célula eucariótica - a membrana plasmática é apenas uma fração do total de membranas presentes na célula/ a quantidade de membranas associadas às organelas é enorme As organelas são muito pequenas para serem isoladas manualmente - centrifugação diferencial (pode isolar a organela e identificar as suas proteínas) - incubação em tudo de ensaio (permite a análise das funções da organela)/ as mitocôndrias, por exemplo, quando incubadas em um tubo de ensaio, elas podem produzir ATP a partir da oxidação de piruvato em CO2 e água → só precisa suprir as suas necessidades de ADP, fosfato inorgânico e O2 As organelas delimitadas por membranas evoluíram de maneiras diferentes Evolução dos compartimentos em estágios - precursores das células eucarióticas modernas: microorganismos simples/ possuindo apenas uma membrana plasmática que supria todas as suas necessidades, como síntese de ATP e de lipídeos - as bactérias conseguem viver apenas com a membrana externa por causa do seu tamanho diminuto - As células eucariontes são grandes → possuem volumes de 1.000 a 10.000 vezes maior do que uma bactéria típica, como E. Coli - razão entre tamanho e volume é pequena → essas células não sobreviveriam sem membranas internas → o aumento do volume das células eucarióticas não pode ter ocorrido sem o desenvolvimento das suas organelas compartimentalizadas as organelas podem ter se originado por duas maneiras evolutivas → as membranas nucleares e as membranas do RE, o complexo de golgi, os peroxissomos, lisossomo e endossomos provavelmente se originaram pela invaginação da MP - célula procarionte antiga invaginou o DNA com sua MP/ gerações subsequentes formaram um envelope de duas camadasem torno desse DNA/ esse envoltório destacou-se da MP e formou a membrana nuclear com poros nucleares que permitem a sua comunicação com o citosol/ outras porções dessa membrana podem ter formado o RE → espaço entre as membranas nucleares interna e externa é contínuo com o lúmen do RE Sistema de endomembranas: RE, peroxissomo, lisossomo e endossomo → comunicação por meio de vesículas - o interior dessas organelas é considerado como sendo “extracelular” As mitocôndrias e os cloroplastos possuem um sistema de evolução diferente - acredita-se que essas duas organelas foram bactérias que foram incorporadas por células pré-eucariontes e viveram em simbiose inicialmente - elas possuem duas membranas → mas por quê? - essas duas organelas possuem os seus próprios pequenos genomas - elas conseguem sintetizar parte de suas proteínas - elas possuem um genoma e proteínas similares à de bactérias → essas duas organelas permanecem isoladas desse sistema de endomembranas que se comunicam por meio de vesículas entre elas e com o meio extracelular → não participam do tráfego vesicular DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS A célula antes de se dividir precisa duplicar as suas organelas para serem distribuídas para as células-filhas - célula cresce = organelas aumentadas para serem divididas mas como esse processo ocorre? - o crescimento das organelas depende da síntese de novos lipídeos que comporão as membranas, bem como de proteínas - tanto proteínas de membranas, quanto proteínas que ocuparão o interior da organela mas mesmo não estando em processo de divisão celular as proteínas são produzidas continuamente → elas precisam, assim, ser encaminhadas para as organelas corretas para o seu funcionamento, crescimento e divisão adequadas → mitocôndrias, cloroplastos, peroxissomos e o interior do núcleo: as proteínas são distribuídas diretamente do citosol → aparelho de golgi, lisossomos, endossomos e membrana nuclear interna: as proteínas e os lipídeos são distribuídas diretamente pelo RE ● RE é o local principal de síntese de proteínas e de lipídeos As proteínas entram diretamente no RE a partir do citosol → algumas são retidas no citosol, mas outras são transferidas a partir de vesículas para o aparelho de golgi → do AG para a MP ou para outras organelas as proteínas são direcionadas corretamente para as suas respectivas organelas a partir das marcas específicas de localização que estão presentes em sua sequência de aminoácidos As proteínas são transportadas até as organelas por meio de três mecanismos - A síntese de proteínas inicia-se nos ribossomos no citosol → embora tenham as exceções de mitocôndrias e cloroplastos que sintetizam proteínas em seu interior, boa parte das proteínas que eles utilizam é proveniente do citosol → se é produzida no citosol precisa ser importada pelas moléculas - o destino de uma proteína sintetizada no citosol é determinado pela sua sequência de aminoácidos → ela contém um sinal de distribuição que direciona a proteína para a organela onde ela é necessária → sinal de distribuição - as proteínas que não possuem esse sinal permanecem no citosol As proteínas são transportadas do citosol para as organelas → diferentes sinais de distribuição - a organela delimitada por membrana precisa importar a proteína solúvel para o seu interior → macromoléculas hidrofílicas passando por uma membrana impermeável a moléculas hidrofílicas → poros nucleares nas membranas nucleares funcionam como portões seletivos/ transpassam as membranas interna e externa/ transportam ativamente as macromoléculas ou deixam passar por difusão livre moléculas menores → do citosol para o RE, mitocôndrias ou cloroplastos temos a funcionalidade dos translocadores proteícos → as proteínas precisam se desnaturar para conseguirem atravessar a membrana com a ajuda do translocador → transportadas a partir do RE são transportadas por meio de vesículas de transporte/ essas vesículas se destacam da membrana de um compartimento e então se fundem com a membrana de outro compartimento/ sistemas de endomembranas (peroxissomo, lisossomo, endossomo e RE) As sequências-sinal direcionam as proteínas para os compartimentos corretos → sequência-sinal - sinal de distribuição típico constitui-se como um segmento contínuo da sequência de aminoácidos → de 15 a 60 aminoácidos de comprimento - por vezes, na maior parte das vezes, essa sequência sinal é removida da proteína madura, uma vez que a distribuição tenha sido executada → logo, inferimos que essa sequência não influi diretamente na função da proteína - elas são necessárias e suficientes para direcionarem uma proteína para um determinado local - as sequências-sinal que especificam um mesmo destino podem variar, ainda que possuam a mesma função → mais importante do que a sequência exata dos aminoácidos, está as propriedades físicas, como a hidrofobicidade ou a posição dos aminoácidos carregados ● As proteínas entram no núcleo pelos poros nucleares o envelope que envolve o DNA nuclear é formado por duas membranas concêntricas → membrana nuclear interna - proteínas que atuam como sítios de ligações para os cromossomos/ proteínas que fornecem sustentação para a lâmina nuclear → malha tecida de filamentos proteicos (fornece um suporte estrutural para o envelope nuclear) → membrana nuclear externa - assemelha-se à membrana do RE, com a qual está contínua → A membrana que o envolve é perfurada por complexos do poro nuclear. Ainda que as membranas internas e externas sejam contínuas, elas apresentam diferentes elementos proteicos. Poros nucleares → perfuram a membrana nuclear - local por onde todas as moléculas saem ou entram no núcleo - é estrutura grande e elaborada → possui cerca de 30 proteínas diferentes - regiões nas quais as cadeias polipeptídicas são bastante desordenadas → rede delicada, como algas no oceano → preenche o centro do canal e impede a passagem de grandes moléculas, mas deixa que pequenas moléculas hidrossolúveis transitem livremente → de maneira não seletiva - mas as moléculas maiores específicas e conjuntos de macromoléculas precisam passar por esses poros/ RNA sintetizado no núcleo e subunidades ribossomais/ bem como as proteínas precisam entrar → fibrilas protéicas se projetam para ambos os lados do complexo do poro → na parte nuclear essas fibrilas convergem e formam estruturas semelhantes a uma cesta → o espaçamento entre elas é suficiente para não obstruir o acesso aos poros - as proteínas contém um sinal de localização nuclear → é reconhecido pelos receptores de importação nuclear → interagem com as fibrilas citosólicas → os receptores capturam as proteínas ao reconhecerem o seu sinal de localização → passam pelas fibrilas citosólicas → no interior nuclear há a liberação da carga (liberação da proteína-carga) → posteriormente há a volta dos receptores para o citosol pelos poros para serem reutilizados → há tanto a importação, quanto a exportação de moléculas - exportação de mRNAs - no interior dos poros é possível analisar uma malha, semelhante a gel, de proteínas do poro nuclear Para adentrarem no núcleo essas proteínas ou macromoléculas devem apresentar um sinal de distribuição → sinal de localização nuclear → uma ou duas sequências curtas que contém várias lisinas ou argininas carregadas positivamente → receptores de importação nuclear reconhecem o sinal de localização nuclear → eles levam essas proteínas pelo poro nuclear por meio de interações com as fibrilas citosólicas → o receptor penetra no poro e liga-se a sequências repetidas de aminoácidos presentes nas proteínas nucleares que preenchem o centro do poro → poro vazio = proteínas que formam o centro do poro ligam-se umas as outras, formando um gel → durante a passagem dos receptores com a sua carga, os receptores interrompem essas interações e abrem uma passagem pela malha Os receptores vão colidindo ao longo de uma sequência repetida para outra → entram no núcleo → liberam a carga → voltam para o citosol - ENERGIA: fornecida a partir da quebra de GTP/ hidrólise/mediação pela GTPase monomérica = Ran → essa hidrólise permite o direcionamento da proteína para a direção apropriada As proteínas do poro nuclear = portão molecular → operam rapidamente - o receptor ele se liga a proteína/ entra no poro nuclear por meio das interações com as fibrilas citosólicas e interagindo por meio de ligações com as proteínas que formam o interior do poro nuclear/ ela chega até núcleo com a proteína carga/ GTPase monomérica chamada Ran carrega uma molécula de GTP → essa Ran-GTP liga-se ao receptor, que solta a proteína no núcleo/ ainda ligado com a Ran, o receptor sai pelos poros para o citosol/ lá, a Ran é induzida a hidrolisar o GTP ligado → vira Ran-GDP + fosfato/ o receptor está livre para repetir o processo → os poros nucleares transportam as proteínas em sua forma nativa - elas não precisam se desenovelar - diferentemente do que acontece nas mitocôndrias e nos cloroplastos ● Proteínas se desenrolam para entrar em mitocôndrias e cloroplastos Mitocôndrias e cloroplastos possuem seus próprios genomas e um sistema de dupla membrana → os cloroplastos possuem tilacóide (3ª membrana) - eles precisam, mesmo assim, importar proteínas do citosol - essas proteínas possuem uma sequência-sinal na região N-terminal → cada proteína é desnaturada a medida em que é transportada → ao chegar no lúmen da organela, proteínas chaperonas auxiliam no enovelamento dessas proteínas → a sequência-sinal é removida assim que elas chegam ao interior da organela → para serem translocadas para sítios especializados da organela, geralmente elas apresentam uma outra sequência-sinal que é exposta após a remoção da sequência-sinal anterior - a sequência-sinal é clivada por uma peptidase-sinal na matriz mitocondrial Não só proteínas, mas também lipídeos precisam entrar no núcleo → a maior parte dos fosfolipídeos que compõe a membrana nuclear advém do RE → proteínas carreadoras de lipídeos extraem uma molécula fosfolipídica de uma membrana e a entregam a outra - isso pode ocorrer em junções onde as membranas mitocondriais e do RE estão mantidas próximas - isso mantém a diferença de composição lipídica entre as membranas celulares ● As proteínas entram nos peroxissomos a partir do citosol e do retículo endoplasmático - possui enzimas que produz peróxido de hidrogênio (água oxigenada) → elas degradam uma variedade de moléculas (toxinas, álcool e ácidos graxos)/ sintetizam certos fosfolipídeos que compõem a bainha de mielina - eles adquirem parte de suas proteínas por meio do transporte seletivo do citosol - sequência-sinal das proteínas dos peroxissomos = apenas 3 aminoácidos - proteínas receptoras no citosol que reconhecem as proteínas peroxissomais - transporte das proteínas desde o citosol até o interior do peroxissomo - translocador de proteína ajuda no transporte / as proteínas não precisam ser desnaturadas → proteínas oriundas tanto do citosol, quanto de vesículas do RE - essas vesículas brotam do RE e se fundem aos peroxissomos preexistentes ou importam as proteínas do peroxissomo do citosol e forma peroxissomos maduros ● As proteínas entram no retículo endoplasmático enquanto são sintetizadas O retículo endoplasmático é o sistema de membranas mais extenso em uma célula eucariótica - ponto de entrada para as proteínas destinadas a outras organelas/ proteínas destinadas ao RE - proteínas destinadas à superfície celular, aparelho de Golgi, lisossomos e endossomos → proteínas contidas no lúmen do RE → serão transportadas por meio de vesículas (para as organelas ou para a MP) Dois tipos de proteínas são transferidas do citosol para o RE: 1) Proteínas hidrossolúveis 2) Proteínas transmembrânicas - identificadas por uma sequência-sinal do RE (8 ou mais aminoácidos hidrofóbicos) → translocação por meio de membrana A maior parte das proteínas que entram no RE ainda estão sendo sintetizadas enquanto transpassam a sua membrana → por isso que é necessário que os ribossomos que estejam sintetizando as proteínas fiquem presos à membrana do RE RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO RUGOSO Dois tipos de ribossomos no citosol: 1) Ribossomos ligados à membrana - eles sintetizam as proteínas que se serão translocadas ao RE/ estão associados à face citosólica da membrana 2) Ribossomos livres - não estão ligados a nenhuma membrana/ produzem as demais proteínas que serão codificadas pelo DNA nuclear → elas são funcional e estruturalmente idênticas/ só se diferem pelas proteínas que estão sintetizando em um determinado momento Ribossomo sintetizando proteína → ele é transportado junto com ela ao RE → por causa da sequência-sinal (não precisa de energia adicional, visto que essas proteínas são transportadas a medida em que são sintetizadas, logo, o alongamento de cada polipeptídeo fornece um impulso necessário para empurrar a cadeia pela membrana do RE) Polirribossomos - a ligação de muitos ribossomos a uma molécula de mRNA recém traduzida → se esse mRNA sintetizar proteínas com sequência-sinal de RE, o polirribossomo permanecerá ligado à membrana do RE por meio da cadeia crescente do polipeptídeo ● As proteínas solúveis sintetizadas no RE são liberadas no lúmen do RE Dois componentes ajudam a guiar as sequências-sinal de RE para a membrana do RE: 1) uma partícula de reconhecimento de sinal - SRP - ela está presente no citosol/ liga-se ao ribossomo e à sequência-sinal de RE 2) um receptor de SRP integrado à membrana do RE reconhece a SRP → a ligação do SRP com o ribossomo desacelera a síntese proteica - quando o SRP liga-se ao seu receptor a síntese recomeça SRP liga-se ao ribossomo e à sequência-sinal → o receptor de SRP a reconhece, ela se liga a ele e é liberada → síntese proteica recomeça → o polipeptídeo é encaminhado para o lúmen do RE por um canal no translocador SRP e seu receptor funcionam como acopladores moleculares = unem o ribossomo à sequência-sinal/ os encaminham até os canais de translocação disponíveis A sequência-sinal de RE → direcionar as proteínas para o RE/ abrir o canal do translocador da proteína - a sequência-sinal permanece ligada ao canal/ o restante passa para o lúmen como uma grande alça - peptidase-sinal transmembrânica tem um sítio ativo voltado para a parte luminal da membrana do RE → ela cliva a sequência-sinal/ essa cadeia é encaminhada para a bicamada lipídica e é rapidamente degradada → sequência-sinal: presente no N-terminal → logo, o C-terminal passa pelo canal de translocação e é liberado no lúmen do RE ● Sinais de início e de parada determinam o arranjo de uma proteína transmembrânica na bicamada lipídica Nem todas todas as proteínas produzidas pelos ribossomos ligados ao RE são liberados no lúmen do RE → proteínas transmembrânicas inseridas na membrana - algumas partes da cadeia polipeptídica deve atravessar completamente a bicamada, enquanto outras partes permanecem ligadas à membrana → proteína transmembrânica com apenas um segmento transmembrânico = a sequência-sinal N-terminal inicia a translocação → esse processo vai ser interrompido por uma sequência adicional de aminoácidos hidrofóbicos = sequência de parada de transferência → neste ponto o canal de translocação libera a cadeia polipeptídica crescente no interior da bicamada → sequência-sinal N-terminal é clivada, enquanto a sequência de parada de transferência permanece na bicamada→ forma um segmento a-helicoidal → âncora a proteína na membrana - assim, há uma proteína transmembrânica de passagem única, com o C-terminal no lado citosólico e o N-terminal no lúmen → sequência de início de transferência: sequência-sinal interna ao invés do N-terminal inicia a transferência da proteína - ela nunca é removida do polipeptídeo - isso acontece em algumas proteínas transmembrânicas que atravessam a bicamada lipídica sequência de início de transferência + sequência de parada de transferência = a SIT inicia a transferência → SPT para a transferência → as proteínas são liberadas como alfa-hélices transmembrânicas → proteínas de passagens múltiplas possuem vários pares de SIT e SPT -uma sequência reinicia a translocação e determina a liberação do polipeptídeo → inícios e paradas subsequentes - as proteínas de passagem múltipla pela membrana são embebidas na bicamada lipídica à medida que são sintetizadas por um mecanismo semelhante ao funcionamento de uma máquina de costura TRANSPORTE VESICULAR - do RE para o Aparelho de Golgi → do A.Golgi para as organelas - brotamento e fusão contínua de vesículas - criam rotas de comunicação entre o interior da célula e o seu meio - muitas proteínas sofrem modificações químicas, como a adição de cadeias laterais de carboidratos ● Síntese de lipídeos - a maioria das bicamadas lipídicas é montada no RE A membrana do RE é o local de síntese dos principais lipídeos - fosfolipídio e colesterol - principal fosfolipídio sintetizado: fosfatidilcolina (lectina) → colina, dois ácidos graxos e glicerol fosfato A síntese de fosfolipídeos acontece no folheto citosólico da membrana do RE - ácidos graxos não são solúveis em água → são conduzidos do seu sítio de síntese ao RE por proteínas de ligação a ácidos graxos no citosol - ácidos graxos chegam ao RE → são ativados pela coenzima A (CoA) → aciltransferases adicionam dois ácidos graxos e sucessivamente o glicerol fosfato → produz ácido fosfatídico (primeiro passo para que a bicamada lipídica seja aumentada) - próxima etapa determina a cabeça da molécula → determina a natureza química da bicamada (não resultam em crescimento líquido da membrana) Como a síntese acontece no lado citosólico, é necessário que exista um mecanismo que transfere alguns fosfolipídios recém-sintetizados para o folheto do lúmen do RE → scramblases fazem um movimento trans bicamada rápido → distribuição igualitária dos fosfolipídios entre as monocamadas do RE ● Proteínas ancoradas pela cauda são integradas na membrana no RE por um mecanismo especial Ancoradas na membrana por uma a-hélice hidrofóbica transmembrana C-terminal - ancorada pela cauda no RE → exemplos são subunidades proteínas SNARE que dirigem o tráfego vesicular Quando tais membranas estão ancoradas, a maior parte das proteínas permanece no citosol e poucos aminoácidos que seguem o C-terminal ancorado seguem para o lúmen - a tradução dessas proteínas termina enquanto os aminoácidos dessa porção ancorada ainda não emergiram do túnel de saída do ribossomo → o reconhecimento de SRP não é possível Mecanismo especial → abastecido por ATP → mecanismo de direcionamento pós-traducional - nem todas as proteínas ancoradas com cauda são inseridas no RE, algumas possuem sequência-sinal que as direcionam para a mitocôndria ou o peroxissomo ● As cadeias polipeptídicas transportadas enovelam-se e são montadas no lúmen do RE rugoso muitas proteínas presentes no lúmen do RE atuam cataliticamente auxiliando as novas proteínas a se enovelarem e se organizarem corretamente proteínas residentes no RE → possuem um sinal de retenção no RE composto por 4 aminoácidos → responsável pela retenção das proteínas no RE - proteína dissulfeto isomerase (PDI) → catalisar a oxidação de grupos sulfidrila (SH) livres na cisteína para formar pontes dissulfeto (S-S) → as ligações dissulfeto são raramente formadas em domínios expostos no citosol, porque é um ambiente redutor - oxidação de pares de cadeias laterais de cisteína - ambiente do RE é mais oxidativo - proteína chaperona BiP → atua para puxar proteínas de modo pós-traducional para o RE por meio do translocador do RE Sec61 - ela reconhece as proteínas enoveladas incorretamente/ subunidades proteinas que ainda não se agregaram aos seus complexos oligoméricos finais - a BiP impede a agregação da proteína e auxilia na manutenção da proteína no RE - ela hidrolisa ATP para alternar entre estados de alta e baixa afinidade com o substrato → liberação e ligação em um ciclo dinâmico ● A maioria das proteínas sintetizadas no RE rugoso é glicosilada pela adição de um oligossacarídeo comum ligado ao N → adição covalente de oligossacarídeos - uma das principais funções biossintéticas do RE - cerca de metade das proteínas solúveis e ligadas à membrana que são processadas no RE são glicoproteínas - proteínas no citosol e no núcleo, algumas, também são glicosiladas, mas não com oligossacarídeos → recebem um único grupo N-acetilglicosamina adicionado à treonina ou serina → oligossacarídeo precursor pré-formado (N-acetilglicosamina, manose e glicose → 14 açúcares) é transferido em bloco para proteínas - ele vai ser adicionado ao NH2 da cadeia lateral da asparagina - a transferência é catalisada por uma enzima ligada à membrana → oligossacarídeo transferase - que possui o seu sítio ativo voltado para o lúmen do RE → e é por isso que as proteínas citosólicas não são glicosiladas dessa forma - dolicol → molécula lipídica que abriga o oligossacarídeo precursor na membrana do RE → o oligossacarídeo precursor é transferido para a asparagina-alvo em um único passo enzimático → logo quando o aminoácido alcança o lúmen, após a translocação da proteína - o oligossacarídeo e o dolicol ligam-se por meio de uma ligação pirofosfato de alta energia → providencia a energia de ativação para conduzir a reação de glicosilação - uma cópia do oligossacarídeo transferase é associada a cada proteína translocadora Como ocorre a construção desse oligossacarídeo? - construído açúcar por açúcar no lipídio dolicol associado à membrana e então transferido para a proteína - eles são primeiro ativados no citosol → a partir da formação de um intermediário açúcar-nucleotídeo (UDP ou GDP) → doa o açúcar ao lipídio em uma sequência ordenada → então, o oligossacarídeo ligado ao lipídio é movido para o lúmen da membrana do RE Com menos frequência, os oligossacarídeos são ligados à hidroxila da serina, treonina ou hidroxilisina → oligossacarídeos O-ligados → um primeiro açúcar é adicionado no RE e depois estendido no A.Golgi ● Os oligossacarídeos são utilizados como rótulos para marcar o estado de enovelamento da proteína - ciclo contínuo até a proteína se enovelar corretamente - sabemos que a proteína entra desnivelada e precisa ser enovelada - as proteínas chaperonas entram em ação para ajudar esse enovelamento - Quais proteínas chaperonas? calnexina e a calreticulina → necessitam de Ca2+ (beleza, se elas necessitam de Ca2+ significa que no lúmen do RE teremos uma quantidade superior deste íon ao se comparar com o meio citosólico) - isso tem total relação com a glicosilação, porque é a adição de oligossacarídeos que vai sinalizar se aquela proteína está enovelada corretamente → essas chaperonas reconhecem os oligossacarídeos do N terminal das proteínas/ contêm apenas uma glicose terminal/ beleza, mas é preciso saber que inicialmente haverá 3 glicoses, mas aí, haverá o corte de glicose por glicosidases, que clivam as duas primeiras glicoses - aí fica só uma glicose, e então a chaperona reconhece e se liga a essa proteína - ela ajuda no enovelamento - a terceira glicose é retirada da proteína pela glicosidase, e aí a chaperona libera a proteína - se a proteína estiver totalmente enovelada, ela sai do RE - se não, a glicosiltransferase transfere uma nova glicose da UDP-glicose para o oligossacarídeo ligado ao N → renova a afinidade dessa proteína com a chaperona - retirada de glicose pela glicosidase e adição pela glicosil transferase ● As proteínas enoveladas inadequadamente são exportadas do RE e degradadas no citosol Muitas proteínas não conseguem ser enoveladas - são exportadas do RE para o citosol - são degradadas em proteassomos - o mecanismo de retranslocação é semelhante a outros modelos de translocação - a proteína enovelada incorretamente é identificada, por meio dos seus oligossacarídeos, e então chaperonas e PDI se agregam a ela e a tornam uma cadeia polipeptídica linear → ela é marcada com um rótulo de ubiquitina/ puxada por uma ATPase e é levada para um proteassomo, onde é degradada → os seus aminoácidos podem ser reaproveitados → um translocador é necessário → proteínas mal enoveladas ou subunidades proteicasnão montadas devem ser degradadas → mas, as proteínas que foram recém-sintetizadas não devem ser degradadas → Como o RE identifica quem deve ser degradado?? - Bom, os oligossacarídeos ajudam! - o recorte de uma manose lenta, pela enzima manosidase, é reconhecido - já as proteínas que não devem ser degradadas conseguem sair do RE mais rápido do que a manosidase pode remover sua manose-alvo - lectinas, chaperonas e PDI reconhecem a proteína → se associam a ela, ajuda a ela se tornar uma cadeia polipeptídica linear → quebra das ligações dissulfeto/ chaperonas impedem a agregação irreversível e para sair?? - bom, haverá a enzima E3 ubiquitina-ligase que anexa etiquetas de poliubiquitina - ATPase puxa a proteína através do translocador para o citosol - N-glicanase tira os oligossacarídeos em bloco - Guiado pela etiqueta de ubiquitina ele chega até o proteassomo e é degradado → o aumento das proteínas mal enoveladas no RE provoca resposta à proteína desenovelada → mas transcrição de genes que codificam proteínas que vão ajudar no enovelamento → chaperonas, retranslocadoras - incita a célula a produzir mais RE/ caso a saturação seja progressiva a célula entra em apoptose ● Algumas proteínas de membrana adquirem uma âncora de glicosilfosfatidilinositol (GPI) ligada covalentemente grupo prenila - adição de grupos hidrófobos - os lipídios anexados ajudam a ancorar e direcionar as proteínas à membranas celulares - no RE há enzimas que catalisam a ligação covalente de uma âncora de GPI à região C-terminal → proteínas que vão para a MP - isso é formado no lúmen do RE/ o segmento transmembrana dessa proteína é clivado - vão para o exterior da MP/ fixadas pelas suas âncoras de GPI/ podem ser liberadas como proteínas solúveis em resposta a sinais que ativam uma fosfolipase específica da MP → esse mecanismo pode ser utilizado para direcionar essas proteínas para as balsas lipídicas → segregação dessas proteínas PEROXISSOMOS - eles só possuem uma membrana - não possuem DNA ou ribossomos - todas as suas proteínas são codificadas no núcleo - eles importam proteínas seletivamente do citosol/ vesículas do RE - quase todas as células eucariontes possuem peroxissomos - possuem enzimas oxidativas de catalase e urato oxidase - eles oxidam moléculas tóxicas - os peroxissomos são um dos principais sítios de utilização de oxigênio - usam a reatividade química do O2 para fazer reações oxidativas úteis - mitocôndria - formam ATP por meio da fosforilação oxidativa → o peroxissomo possui enzimas que empregam o O2 para remover o H2 de algumas moléculas orgânicas específicas → e aí fica o substrato ( R ) isolado e o peróxido de hidrogênio a catalase vai usar esse peróxido de hidrogênio para oxidar outros substratos - reação peroxidativa nessa reação conseguimos perceber que o peróxido de hidrogênio vai ser associado à moléculas que queremos oxidar → formar a molécula oxidada e dois átomos de água mas quando tem excesso de peróxido de hidrogênio, a catalase o converte em água reações oxidativas do peroxissomo → quebra de moléculas de ácido graxo pela B-oxidação → formação de acetil-Coenzima-A → usado para ativar os ácidos graxos na síntese de lipídios lá no REL - Qual a relação entre peroxissomo e doenças neurológicas? os peroxissomos catalisam as primeiras reações da formação de plasmalogênios, que são a classe mais abundante de fosfolipídios de mielina → uma disfunção nessa reação provoca anomalias na mielinização dos axônios dos neurônios - oxidação do álcool/ metanol A sequência curta de Ser-Lys-Leu forma a sequência-sinal das proteínas que são direcionadas para os peroxissomos no C-terminal ou no N-terminal Reconhecimento: receptores solúveis de proteínas no citosol reconhecem essa sequência peroxinas → participa do processo de importação (6 delas formam uma proteína translocadora) transporte movido a ATP - não precisa desdobrar as proteínas - poro dinâmico que se adapta ao tamanho das cargas A Paroxetina Pex5 reconhece o sinal → leva a proteína até o lúmen → sofre ubiquitinação → volta para o citosol e a ubiquitina é removida (essa ubiquitinação é mais para encaminhar a Pex5 para fora) liberação da proteína da Pex5 é induzida pela ATPase MITOCÔNDRIA - envolvidos por duas membranas - síntese de ATP por meio da fosforilação oxidativa e transporte elétrons - possuem o seu próprio DNA e sintetizam as suas proteínas/ porém a maior parte de suas proteínas é codificada no núcleo e produzida no citosol subcompartimentos na mitocôndria: - espaço da matriz interna - espaço intermembrana membrana interna forma invaginações → as cristas - domínio de membrana interna que envolve o espaço da crista - domínio da membrana interna que encosta na membrana externa membrana externa → está em contato com o citosol Translocação de proteínas→ as proteínas precisam atravessar várias membranas e se direcionarem para os subcompartimentos adequados - mecanismo pós-traducional - proteínas precursoras mitocondriais → as sequências-sinal das proteínas que serão destinadas para a matriz tem a sua sequência-sinal no N-terminal e é clivada por peptidase → as sequências-sinal das proteínas que serão destinadas para a membrana interna, membrana externa e espaço intermembrana→ são mantidas Como ocorre esse transporte? - translocadores de proteínas - Complexo TOM transfere as proteínas através da membrana externa - 2 Complexos TIM (TIM 23 E TIM 22) que transferem as proteínas através da membrana interna A maioria das proteínas que entram na mitocôndria não passam pela matriz, pois na translocação mais comum apenas a sequência sinal passa, logo após há uma sequência de parada (hidrofóbica) de transferência que bloqueia a passagem da proteína para a matriz, limitando-a a membrana interna. • Passagem mais comum de uma proteína pelos complexos mitocondriais: O complexo TOM transporta o sinal de localização mitocondrial através da membrana externa para o espaço intermediário. Quando o sinal está no Espaço InterMembrana (EIM), ele se liga ao complexo TIM, abrindo o canal no complexo. A cadeia polipeptídica (desnovelada) é então translocada para o espaço da matriz ou inserida na membrana interna. • Energia para a translocação de proteínas: a importação de proteínas para a matriz mitocondrial é feita pela hidrólise do ATP, em um sítio fora da mitocôndria e outro na matriz. Ou ainda pela DDP na MI (criada pelo gradiente eletroquímico de H+). Além disso, existem as proteínas hsp70 mitocondriais, que fazem parte do complexo ATPase mitocondrial, que agem como um motor para puxar proteínas precursoras mitocondriais para o espaço da matriz, que gasta ATP. O complexo TOM não é capaz de inserir essas proteínas na membrana externa (mas pode inserir outras), então elas são mandadas primeiro para o espaço intermembrana desenoveladas. Essas proteínas, então, são ligadas a chaperonas que as mantém desenoveladas. Posteriormente, as chaperonas e a proteína se ligam ao complexo SAM que insere e enovela a proteína na membrana externa. • Mecanismo de inserção de proteína na membrana interna: *Apenas a sequência sinal da proteína passa para matriz, e o restante permanece estacionado na membrana interna devido a uma sequência de parada de transferência. A sequência sinal então sinaliza que a proteína deve permanecer na membrana interna, então a proteína é desligada de TIM23 e ancorada. *Outra via insere completamente a proteína na matriz mitocondrial. Em seguida, a sequência sinal é clivada e expõe a região hidrofóbica que identifica que a proteína deve se ancorada a membrana. Então o complexo OXA irá inserir a proteína na membrana interna. * As proteínas sintetizadas dentro da matriz mitocondrial também são inseridas na membrana interna através do complexo OXA. *Há proteínas que devem se solubilizar no espaço intermembrana. No entanto, elas podem permanecer ligadas a membrana interna e quando necessário serem liberadas. Essa liberação é feita por peptidases que retiram a sequência hidrofóbica da proteína quemantém ela ligada a membrana interna. TRANSPORTE VESICULAR → do RE para o Golgi → do Golgi para as organelas - transporte vesicular → brotamento e fusão contínua de vesículas - modificação das proteínas e lipídeos → adição de cadeias laterais de carboidratos - distribuição dessas proteínas e lipídios para as organelas → o transporte de vesículas é essencial para a célula comer, beber e secretar - transporte tanto para organelas do sistema endomembranas, quanto para a MP As vesículas transportadoras carregam proteínas solúveis e membranas entre compartimentos - transporte altamente organizado - via secretória - síntese de proteína no RE, entrada no RE → A.Golgi → superfície celular - A.Golgi - rota paralela dos lisossomos aos endossomos - via endocítica - rota da MP, por meio dos endossomos, até os lisossomos as vesículas levam as proteínas apropriadas, para os locais apropriados e se fundem com as organelas-alvo apropriadas → cada organela precisa manter a sua identidade distinta = composição protéica e lipídica distinta → o reconhecimento depende das proteínas que estão inseridas na superfície das vesículas ● O brotamento de vesículas é promovido pela formação de uma camada de revestimento protéico Vesículas revestidas → capa protetora que reveste a vesícula → brotamento → perda do revestimento → contato direto com a organela-alvo - funções desse revestimento: ajuda a moldar a membrana em um broto e captura moléculas para prosseguir o transporte → clatrina - vesículas revestidas por clatrina - na via endocítica brotam da MP - na via secretória brotam do AG - invaginação revestida por clatrina Proteína de ligação a GTP → dinamina associa-se como um anel em torno do pescoço de cada invaginação na membrana + contração do anel → destaque da vesícula da membrana vesículas carregam suas cargas particulares de moléculas entre o RE, AG e a MP - adaptinas vão auxiliar no reconhecimento das moléculas específicas que as vesículas precisarão transportar - moléculas de carga tem sinais de transporte → receptores de carga (as adaptinas reconhecem a ligação entre as moléculas e seus receptores → seleção → incorporam essas moléculas a vesícula recém-formada revestida por clatrina) Há diversos tipos de adaptina de acordo com as proteínas que precisa-se transportar → vesículas revestidas por COP (coat protein) → transporte entre o RE e O GOLGI e entre partes do GOLGI - basicamente, a dinamina é uma GTPase, ela vai hidrolisar o GTP e aí, como um anel, ela vai provocar a contração do anel e a vesícula será destacada. Mas como que forma o interior do lúmen com as moléculas específicas para o transporte? Bom, as adaptinas vão ajudar nessa associação → elas vão reconhecer a ligação entre as moléculas carga e os seus receptores (estes reconhecem a sequência-sinal) e aí, as adaptinas se ligam a esse conjunto, as quais também ligam a clatrina à face citosólica → forma então o lúmen com as moléculas especializadas e revestido por clatrina → ao fim do processo de brotamento esse revestimento é removido e a vesícula nua interage diretamente com as células alvo ● A fusão de vesículas depende de proteínas de conexão e SNAREs → em alguns casos a vesícula é ativamente transportada por proteínas motoras que se movem ao longo das fibras do citoesqueleto Vimos que as vesículas vão possuir revestimento e depois essa capa será removida para que ela tenha um contato direto com a organela-alvo. Mas quais são as proteínas que vão auxiliar nesse processo de reconhecimento, para que as vesículas sejam direcionadas para o local correto? - Proteínas Rab - Proteínas de conexão - SNAREs - vesículas alcançam a organela alvo → reconhecimento → fusão → liberação da carga Mas e como ocorre esse reconhecimento? - proteínas Rab (marcadores da vesícula) são reconhecidas pelas proteínas de conexão da membrana das organelas-alvo (receptores complementares) - proteínas Rab são proteínas monoméricas da família GTPase - as proteínas Rab são específicas de cada tipo de membrana → isso assegura que ela só se funda com a organela correta Ocorreu o reconhecimento entre a Rab e a proteína de conexão - entra em ação as SNAREs → SNAREs (v-SNARES) presentes na vesícula interagem com as SNAREs (t-SNAREs) presentes na membrana-alvo - SNAREs ajudam a ancorar a vesícula firmemente em seu local/ além de catalisar a fusão da membrana, para que a proteína carga seja liberada → fusão da vesícula = libera a proteína carga e a membrana da vesícula se funde com a membrana da organela Mas e como elas se fusionam? - as bicamadas devem se aproximar muito, ficando a cerca de 1,5 nm de distância - não deve haver moléculas de água entre essas membranas - a retirada de moléculas de água desse espaço é energeticamente desfavorável → por isso que a fusão de membranas não ocorre de forma aleatória → necessita de uma enzima que catalisa esse processo - nas vesículas e organelas-alvo → SNAREs → v e t SNAREs interagem para aproximar as membranas → expulsa as moléculas de água → fusão → após a fusão as SNAREs são liberadas para que possam ser reutilizadas Rab e efetoras de Rab SNARE e reguladores SNARE - proteínas Rab guiam o tráfego de vesículas - efetoras de Rab são as proteínas de conexão - as Rab são ativadas pela hidrólise de GTP - proteínas Rab se ligam à membrana por âncoras lipídicas - Rab-GEF coordenam a ativação APARELHO DE GOLGI - principal local de síntese de carboidratos - coleção de compartimentos achatados definidos por membranas = cisternas → formam o golgi - ele possui de 4 a 6 cisternas - há conexões tubulares que conectam essas cisternas formando um único complexo - está localizado próximo ao núcleo e junto ao centrossomo - estação de classificação e de destinação de produtos do RE - se posiciona como rota de saída do RE - adiciona cadeias laterais de oligossacarídeos a muitas proteínas e lipídios que o RE envia para ele - os oligossacarídeos funcionam como rótulos para direcionar proteínas a vesículas específicas → transporte para os lisossomos ou reconhecidos em outras vias e direcionados para vesículas que irão se fundir com outras organelas - proteínas que saem do RE para o GOLGI são enviadas por meio de vesículas revestidas por COPII → essas vesículas bortam dos sítios de saída do RE → sem ribossomos interligados As proteínas que irão sair do RE possuem sinais de saídas que são reconhecidas por receptores de carga, também com sinais de saída. Nesse processo, algumas proteínas residentes do RE podem ser, sem querer, incorporadas às vesículas, no entanto elas possuem sinais de recuperação que atuam na via retrógrada. - anterógrado e retrógrado - O endereçamento de proteínas e lipídios, a partir de Golgi, utiliza dos oligossacarídeos adicionados nessa organela. - Há um controle das proteínas que deixam o RE, por meio da ação das chaperona → só sai do RE se estiver completamente enovelada e montada - A fibrose cística é causada por uma mutação predominante, que resulta em uma forma levemente mal enovelada de um transportador de Cl- da membrana plasmática. Se chegasse à membrana, o transportador funcionaria normalmente. Porém ele é retido no RE e descartado nos proteassomos, não alcançando a membrana e causando a doença. ● Agrupamentos tubulares de vesículas são mediadores do transporte do RE para o Aparelho de Golgi Fusão homotípica: fusão de membranas do mesmo compartimento Fusão heterotípica: fusão de membranas de compartimentos diferentes → na fusão homotípica, interação simétrica entre as SNAREs → elas vão possuir tanto v, quanto t SNAREs - esses agrupamentos tubulares de vesículas são basicamente fusões homotípicas → vesículas oriundas do RE que estão indo para a rede cis do golgi se fundem → elas são encaminhadas por proteínas motoras que vão se direcionando pelos microtúbulos do citoesqueleto - compartimentos separados do RE - são formados continuamente → COPII são formadas durante o fusionamento das vesículas e formam o agrupamento de vesículas tubulares → vem a COPI ecompõe o revestimento das vesículas e forma o transporte de recuperação, sendo via de recuperação para proteínas que escaparam ou para SNAREs ou proteínas que funcionam como receptores de proteínas carga → então fazem fluxo inverso e mandam essas vesículas de volta para o RE → esse processo continua até que o agrupamento se fusione com o Golgi ● Vias de recuperação sinais de recuperação - as proteínas de membrana tem uma sequência que as ligam ao revestimento de COPI e assim são mandadas em vesículas para a entrega retrógrada ao RE → Proteínas de membrana que são residentes do RE terão um sinal de recuperação no C-terminal que se ligará diretamente ao revestimento COPI para o tráfego retrógrado - duas lisinas seguidas por quaisquer outros aminoácidos → sequência KKXX → sequência KADEL → Proteínas solúveis residentes do RE - BiP → elas possuem um sinal de recuperação = Lys-Asp-Glu-Leu → sequência de KDEL → elas se ligam, por meio dessa sequência, aos receptores de KDEL - esses receptores são transmembranas multipassos → ele alterna entre o RE e o AG → no RE ele precisa ter baixa afinidade as proteínas solúveis, para poder descarregá-las / no AG ela precisa ter uma alta afinidade pela proteína para poder agrupá-la e empacota-la → essa mudança é realizada pelo baixo pH nos compartimentos do GOLGI, resultado das bombas de H+ → v e t SNAREs e alguns receptores de cargas também entram na via de recuperação - Um sistema de controle de chaperonas impede que proteínas mal enoveladas ou montadas incorretamente cheguem ao CG. - Agrupamento tubulares de vesículas: é quando várias vesículas originadas no RE para o CG se fundem. Eles não contêm muitas das proteínas do RE, mas são capazes de formar suas próprias vesículas. Nesse caso elas são revestidas por COPI. Essas vesículas revestidas por COPI atuam na via de recuperação, trazendo de volta proteínas residentes no RE que tenham escapado, assim como proteínas como receptores de carga e SNAREs que participaram no brotamento do RE e nas reações de fusão de vesículas. - Centrossomo: local próximo ao núcleo de onde partem os microtúbulos. - Acredita-se que, além do citoesqueleto, proteínas golginas mantenham a arquitetura do CG. → REDE CIS E TRANS - Aparelho de golgi: um complexo de pilhas amplamente compartimentalizado em região cis, média e trans. Cada pilha de golgi possui uma face cis (de entrada) e uma face trans (de saída). As faces cis estão voltadas a rede cis do Golgi (CGN – uma coleção de agrupamentos tubulares e vesículas provenientes do RE) e as faces trans estão voltadas a rede trans do Golgi (TGN- onde saem as vesículas com destino à membrana ou a outros compartimentos). A maioria das proteínas do CG não estão solúveis, mas sim associadas à sua membrana. - O AG produz oligossacarídeos - proteína chega no CGN → passa pelas cisternas médias → e nas cisternas trans a glicosilação é completada - na tgn as proteínas são segregadas em diferentes pacotes de transportes e expedidas para os seus destinos finais - cada cisterna terá um complexo diferente de enzimas que catalisam as fases da glicosilação → processo ordenado e organizado Quando essas proteínas chegam no golgi elas passam por uma seleção inicial que separa essa proteína → destinada ao lisossomo ou a via secretora. A partir do golgi as proteínas podem ir para o lisossomo, membrana plasmática ou ser secretada da célula. A fosforilação de oligossacarídeos em proteínas lisossômicas: se a proteína é uma hidrolase ácida então um tipo particular de fosforilação é colocada nessas proteínas do lisossomo. Remoção de Man: na cisterna cis e na cisterna média, ocorre a remoção de manose. Adição de GlcNAc (acetilglicosamina): na cisterna média Adição de NANA: Na cisterna Trans Adição de Gal: Na cisterna Trans, adição de galactose. Sulfatação de tirosinas e carboidratos: Na rede trans de golgi. As proteínas não recebem os mesmos conjuntos de modificações. O aparelho de golgi é capaz de reconhecer através da face trans esses tipos diferentes de sacarídeos que são modificados ao longo dessa organela e então, endereçá-las de forma correta. Na rede trans ocorre uma separação das proteínas para que elas possam ser enviadas para seus destinos corretos. ● Maturação do aparelho de golgi a) modelo de maturação de cisternas: uma face foi dando origem a outra. De acordo com o modelo da maturação de cisternas, cada cisterna de Golgi amadurece à medida que migra através de uma pilha. Dessa forma, uma cisterna cis se amadureceria em uma cisterna média e então em uma cisterna trans à medida que se move para fora. b) modelo de transporte vesicular: as cisternas de Golgi são compartimentos estáticos que contêm um suplemento característico de enzimas residentes. A passagem de moléculas de cis para trans através do Golgi é obtida pelo movimento progressivo de vesículas de transporte, que brotam de uma cisterna e se fundem com a próxima, em uma direção cis-para-trans. ● Cadeias de oligossacarídeos são processadas no aparelho de Golgi - as proteínas residentes no golgi são transmembrana - reações enzimáticas ocorrem inteiramente na superfície de membrana - oligossacarídeos complexos e oligossacarídeos ricos em manose → oligossacarídeos complexos - são gerados quando os oligossacarídeos adicionados no RE são aparados e açúcares complementares são adicionados → se o oligossacarídeo for acessível as proteínas processadoras no golgi, ele provavelmente será complexo (eles possuem cargas negativas) → oligossacarídeos ricos em manose - são gerados quando há a aparação, mas não recebem novos açúcares no golgi → se os seus açucares estiverem firmemente presos à superfície proteica, é provável que permaneça na forma rica em manose Importância da glicosilação: a glicosilação ligada ao N promove o enovelamento de proteínas; a presença de carboidratos nas proteínas é capaz de evitar que outras moléculas se agreguem a proteínas; os oligossacarídeos na superfície celular possuem a função de revestimento, reconhecimento e proteção. Participam, também, de vias de sinalização. - o reconhecimento das cadeias de açúcar pelas lectinas no espaço extracelular é importante para o reconhecimento célula-célula → lectinas ● Como ocorre a movimentação de proteínas e lipídios no CG? As proteínas e os lipídeos movem-se através da pilha de Golgi em uma direção cis-para-trans. Esse movimento pode ocorrer por transporte vesicular, pela maturação progressiva das cisternas cis à medida que migram de modo contínuo através das pilhas ou, mais provavelmente, por uma combinação dos dois mecanismos. ● Muitas proteínas são seletivamente retidas nos compartimentos onde atuam - Mecanismos para além dos receptores de KDEL - Os receptores de KDEL seriam uma alternativa utilizada para quando as proteínas escapam do RE - um mecanismo sugerido é que as proteínas ligam-se uma às outras → como existem muitas proteínas no RE pequenas interações já seriam suficientes para que a maioria delas ficassem presas no compartimento → essa união seria grande demais para conseguir ser transportada efetivamente por meio de vesículas TRÁFEGO VESICULAR Vias secretoras e endocíticas seta vermelha: via secretora seta azul: vias de recuperação seta verde: via endocítica As proteínas que são destinadas ao setor endossomo-lisossomo são as hidrolases ácidas, que são enzimas que são ativadas em pH ácido. AS PROTEÍNAS SECRETÓRIAS SÃO LIBERADAS DA CÉLULA POR EXOCITOSE - corrente contínua formada a partir da rede trans do golgi -- exocitose → perto da membrana plasmática - fundem com a membrana plasmática via constitutiva de exocitose (padrão) - fornece a MP lipídios e proteínas recém-sintetizados / É chamada de padrão porque as vesículas tendenciosamente seguem para fora da MP/ secreção/ não requer uma determinada sequência de sinais para que entre nessa via via regulada de exocitose - atua apenas em células que são especializadas em secreção/ em glândulas por exemplo/ produto armazenado em vesículas secretórias para posterior liberação/ brotamda rede trans-golgi/ sinal estimula → funde e libera o conteúdo LISOSSOMOS - Os estômagos da célula - pequenas organelas - possuem cerca de 40 enzimas hidrolíticas - preenchidas por hidrolases para digerir macromoléculas - digestão intracelular de carboidratos, proteinas, acidos nucléicos, polissacarídeos e lipídeos - digerem organelas antigas - suas enzimas funcionam em pH ótimo de 5 (o ph do citosol é 7,2) → a dependência de um pH ácido dessas enzimas protege o citosol contra danos mesmo que algum vazamento ocorra → possui uma dupla membrana que protege a parte ácida da parte básica do citosol - Como as hidrolases precisam de um pH baixo para funcionar, em pH do citosol (neutro) não serão prejudiciais pois sua atividade estará inativada. - coleção única de enzimas + membrana única circundante → membrana possui transportadores que permitem que os produtos finais da digestão sejam excretados ou utilizados pela célula → bomba H+ do tipo V ativada por ATP → mantém o pH ácido - para proteger as proteínas que fazem parte do lisossomo, elas possuem uma alta taxa de glicosilação → proteínas com esses açúcares revestem o lúmen e evitam que sejam digeristas pelas proteases lisossômicas - a medida que essas proteinas vao passanndo pelo lumen da rede cis do golgi (enzimas especializadas e as proteínas da membrana) são marcadas pela manose-6-fosfato adicionado ao N → quando chegam na rede trans do golgi elas são reconhecidas pelos receptores de manose-6-fosfato - essa marcação vai fazer com que elas sejam empacotadas e vesiculadas para os endossomos, que posteriormente a destinam para os lisossomos → Na rede trans do CG há proteínas transmembrana chamadas de receptores de M6P. Elas reconhecem os marcadores M6P e se ligam as hidrolases lisossômicas. Em seguida, proteínas adaptadoras começam a montar o revestimento de clatrina na face citosólica, para formar uma vesícula. Essas vesículas são liberadas, então, no lúmen de endossomos primários em pH 6. O pH baixo dos endossomos primários promove a dissociação dos receptores M6P das partículas M6P. Depois de liberarem seu conteúdo, os receptores de M6P são empacotados em vesículas do próprio lisossomo, revestida por um complexo retrômero que irá devolvê-los para a região TGN do CG. - o fosfato é removido para garantir que as hidrolases não retornem à TGN com o receptor Uma coisa importante, como é que sabemos em quais proteínas adicionar a manose-6-fosfato, se as proteínas deixam o RE com cadeias de oligossacarídeos ligados ao N idênticas? - bom, os grupos de M6P devem ser adicionados apenas às proteínas que serão direcionadas para os lisossomos - provavelmente, há um sinal para a adição das unidades de M6P em algum lugar da cadeia polipeptídica de cada hidrolase → há 3 vias para os lisossomos - fagocitose - autofagia → autofagossomo (envolto por uma dupla membrana) → se funde com o lisossomo - endocitose → endossomo inicial/ endossomo tardio/ lisossomo Autofagia: a proteína ou organela indesejada é envolta por uma membrana dupla chamada de autofagossomo. As etapas do processo são: sinalização celular; nucleação e expansão de uma membrana que irá formar o autofagossomo; fechamento da membrana ao redor da molécula alvo; fusão do autofagossomo com o lisossomo catalisado por SNAREs; digestão da membrana interna do autofagossomo e dos conteúdos de seu lúmen. A autofagia pode ser seletiva (capta pouco citosol) ou não seletiva (capta grandes quantidades de citosol). VIAS ENDOCÍTICAS - captura de líquidos/ macromoléculas → endocitose - vesícula endocitica intracelular → autofagia → autofagossomo → envia para o endossomo -> pode ser reciclado e enviado para a MP -> ou enviado para o lisossomo para a digestão - pinocitose “o beber celular” - fagocitose “o comer celular” → partículas grandes → fagossomos Fagossomos - os fagossomos se fundem aos lisossomos para que as partículas capturadas possam ser digeridas células fagocíticas - neutrófilos (glóbulos brancos - leucócitos do sangue) - macrófagos (distribuídos nos tecidos) → nos defendem contra a invasão de microorganismos → as partículas devem primeiro se ligar à superfície da célula fagocitica e ativar um de varios receptores de superfície → estende pseudópodos → forma o fagossomo → se funde ao lisossomo → microorganismo digerido pelas hidrolases e então destruído - importante na limpeza de células mortas ou defeituosas e restos celulares → morte limpa Pinocitose - quando ocorre a endocitose, as vesículas englobam líquido extracelular também - a pinocitose é realizada principalmente por vesículas revestidas por clatrina - as substâncias e o líquido extracelular ficam presos na vesícula e quando ocorre a fusão eles são liberados - a mesma quantidade de membrana é adicionada à superfície celular por exocitose e removida por endocitose → equilíbrio notável Endocitose mediada por receptores - pinocitose é indiscriminada - endocitose mediada por receptores - haverão receptores que formarão o complexo receptor-macromolécula com macromoléculas específicas do líquido extracelular → eles entram em vesículas revestidas por clatrina → especificidade (eles se acumulam nessas fossas revestidas por clatrina) → muito usado para a captura do colesterol → COLESTEROL - colesterol circula no sangue na forma de LDL (a maior parte) - Quando a célula necessita de colesterol, ela produz e insere na membrana proteínas receptoras de LDL. Esses receptores se difundem para fossas revestidas por clatrina. Um sinal se liga a esse receptor que promove sua ligação com adaptinas. As adaptinas recrutam mais proteínas clatrinas para a formação da vesícula. Então, as partículas de LDL que estiverem ligadas ao receptor serão endocitadas. A vesícula é então entregue ao endossomo primário. O baixo pH do endossomo primário provoca a dissociação de LDL dos seus receptores. O LDL vai para os endossomos tardios e depois para os lisossomos. Nos lisossomos, o LDL é hidrolisado e transformado em colesterol livre, forma disponível para o uso. Quando a célula já está repleta de colesterol, ela para de produzir receptores de LDL para a membrana. - Tal via regulada para a captação de colesterol está interrompida em indivíduos que herdam genes codificadores das proteínas receptoras de LDL defeituosos. - Os altos níveis de colesterol sanguíneo resultantes predispõem esses indivíduos a desenvolver aterosclerose e hipercolesterolemia prematuramente. - Em alguns casos os receptores de LDL estão completamente ausentes, em outros casos os receptores são defeituosos no sítio de ligação ao LDL ou no sítio de ligação às adaptinas das fossas revestidas por clatrina (ou seja, eles estão presentes mas não conseguem localizar as fossas). Embora a LDL se ligue à superfície dessas células mutantes, ela não é internalizada, demonstrando diretamente a importância das fossas revestidas por clatrina na endocitose de colesterol mediada por receptores. O receptor de LDL se dissocia de seu ligante e é reciclado de volta a membrana plasmática para seu reuso. - As vesículas de reciclagem brotam do endossomo primário. As vesículas de reciclagem seguem, então, para a membrana plasmática. OBS: alguns outros tipos de receptores, no entanto, podem ser degradados nos lisossomos junto com seus ligantes, através de marcadores que guiam essa degradação. AS MACROMOLÉCULAS ENDOCITADAS SÃO DISTRIBUÍDAS EM ENDOSSOMOS - endossomos → principal via endocítica - o ambiente ácido → induz muitos receptores a liberarem sua carga ligada - complexo conjunto de tubos de membrana e de grandes vesículas conectados - Endossomos iniciais: amadurecem gradualmente em endossomos tardios à medida que se fundem uns com os outros ou com endossomos tardios preexistentes/ capturando as vesículas que entram. - endossomos tardios A célula só pode reciclar proteínas do endossomo primário, por exemplo, porque seu pH não é tão baixo. Se não, essas proteínas seriam desnaturadas. - À medida que eles se concentram em uma região perinuclear na célula, os corpos multivesicularesse fundem uns com os outros e, finalmente, com os endolisossomos e os lisossomos. - corpos multivesiculares= endossomos em maturação ● endossomos vão maturando - muda o ph - fica mais ácido o ph - endossomos iniciais podem fazer reciclagem - endossomos iniciais → endossomos tardios → endolisossomos e lisossomos - os endossomos tardios precisam receber as enzimas que são características dos lisossomos → processo gradual → O material endocitado é transportado para o endossomo inicial. O endossomo inicial pode sofrer maturação ou, alternativamente, formar vesículas de transporte que se fundem ao endossomo tardio. Esta organela, que recebe enzimas hidrolíticas vindas do complexo de Golgi, fundem-se momentaneamente ao lisossomo, formando uma organela híbrida temporária, o endolisossomo. Após separação, o material endocitado é finalmente completamente digerido nos lisossomos. ● O destino as proteínas receptoras após a endocitose depende do tipo de receptor - os receptores se ligam às proteínas e as levam aos endossomos - de lá, elas podem seguir três vias: → degradação nos lisossomos (não são especificamente recuperados) → reciclagem (receptores recuperados) → transcitose (recuperados e vão para outros domínios de membrana) - a medida em que o endossomo tardio vai digerindo a molécula e vai amadurecendo → enzimas lisossômicas → vai mudando de aparência → lisossomo maduro, arredondado As enzimas hidrolíticas são ativadas em condições ácidas PROTEÍNAS ADAPTADORAS - Revestimento entre a grade de clatrina e a membrana - elas se ligam às receptoras de carga - as proteínas adaptadoras selecionam um conjunto específico de proteínas transmembrana - cada tipo de proteína adaptadora corresponde a um conjunto de receptores de carga ● GTPases monoméricas controlam a montagem do revestimento A maioria das vesículas transportadoras, quando brotam, são revestidas, mas antes de elas se fusionarem com a membrana-alvo, elas perdem seu revestimento para permitir a interação essa membrana. No entanto, o revestimento é importante, pois a camada interna concentra proteínas específicas (que carregam as moléculas carga) que dão origem a membrana da vesícula e a camada externa dá forma a vesícula. De acordo com os revestimentos as vesículas podem ser: revestidas por clatrina, revestidas por COP1, revestidas por COP2. Esse revestimento ajuda a moldar a membrana, bem como capturar moléculas para prosseguir o transporte. ✓ Clatrina: medeia o transporte a partir da membrana plasmática e complexo golgi com os compartimentos endossomais. As moléculas de clatrina se associam em uma rede de forma esférica na superfície citosólica da membrana. Isso dá o formato de vesícula. ✓ COP1: brotam do compartimento golgi para o RE ou dos compartimentos tubulares para o RE. Os componentes de revestimento da camada interna e externa formam um único complexo chamado de coatômero. ✓ COP2: brotam do RE para o complexo de golgi. Ainda existem as proteínas adaptadoras que fazem a ligação da rede de clatrina aos receptores da membrana da vesícula. Elas são chamadas de adaptinas (normalmente, possuem associação com o fosfatidilinosítol). • Vesículas revestidas por clatrina: antes de tudo, receptores de carga da membrana se ligam a moléculas carga, que possuem sinais de transporte, presentes na região não citosólica (extracelular). Então, de um lado estão ligados a moléculas de carga e do outro se ligarão as adaptinas. As adaptinas irão fazer o intermédio entre a membrana e as clatrinas. As clatrinas vão provocando a invaginação da membrana até ser formado um anel. A dinamina provoca a contração do anel, dependente de GTP, e a consequente liberação da vesícula. Quando a vesícula já está formada, ela perde o revestimento de adaptinas e clatrina, e para esse processo é necessário ATP. É necessário que sua membrana interna ao revestimento esteja exposta para o compartimento alvo. *Apenas as clatrinas e outras proteínas de revestimento não são suficientes para gerar a curvatura da membrana. Algumas proteínas chamadas de domínios BAR contribuem para esse processo. Algumas proteínas controlam a montagem dos revestimentos. Elas são conhecidas como GTPases recrutadoras de revestimento: ✓ Proteínas ARF: responsáveis pela montagem dos revestimentos de COPI e clatrina na membrana do Golgi. Essas vesículas perdem seu revestimento assim que se desligam da membrana. Quando o revestimento COPI está se formando uma ARF-GAP é recrutada. No entanto, quando a vesícula ganha forma ela é inativada e provoca a desmontagem do revestimento. ✓ Proteínas Sar1: Responsáveis pela montagem do revestimento de COPII na membrana do RE. Essas proteínas encontram-se inativas no citosol (forma ligada a GDP). Quando uma vesícula vai brotar, a GEF libera o GDP e as liga ao GTP (GTP está presente em uma concentração maior no citosol do que o GDP). Quando ligadas ao GTP, as Sar1 se inserem no folheto citoplasmática da bicamada lipídica do RE. Ao se inserirem, recrutam outras proteínas: SEC 23 e SEC24 (subunidades de proteínas de revestimento adaptadoras). No processo de desmontagem, o GTP da Sar1 é desfosforilado, isso faz com que ela se solte da membrana. Ao mesmo tempo, o revestimento também é fosforilado, se soltando. ● Quando são necessárias vesículas para moléculas grandes demais, proteínas empacotadoras auxiliam na montagem dos revestimentos, dando a eles um formato não esférico e específico. Muitas vezes tubular.
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