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CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// Professor(a): Paulo lemos assunto: ImPulso e QuantIdade de movImento frente: FísIca I OSG.: 120320/17 AULA 21 EAD – MEDICINA Resumo Teórico Impulso de uma força (I) Quando o jogador, figura abaixo, chuta a bola, seu pé aplica uma força durante certo intervalo de tempo, fazendo com que a bola sofra um deslocamento. A grandeza física que relaciona a força aplicada e tempo de aplicação chama-se impulso. Portanto, o impulso de uma força é definido como sendo o produto escalar entre as grandezas vetorial força e escalar variação do tempo. A nd rii IU RL O V /1 23 RF /E as yp ix Módulo do impulso de uma força constante I F t= ⋅ ∆ Em que: F → intensidade da força. ∆t → intervalo de tempo de aplicação da força. Direção e sentido do impulso de uma força Como a variação do tempo (∆t) é sempre positiva, o impulso (I) terá sempre a mesma direção e sentido da força (F) aplicada ao corpo. Unidades de impulso MKS (SI): N.s CGS: dyn.s MKfS: kgf.s Propriedade do gráfico F x t Gráfico F x t F 0 t 1 t 2 t área A área do gráfico F x t, da intensidade de uma força aplicada num corpo é numericamente igual ao módulo impulso desta força, no intervalo de tempo de aplicação da mesma, ou seja: Área IF= Quantidade de movimento (Q) (ou momento linear) Quando uma bola choca-se com outras em repouso, figura abaixo, em certo intervalo de tempo, é transmitida uma quantidade de movimento às bolas inicialmente paradas. Ju lij a Sa pi c/ 12 3R F/ Ea sy pi x Define-se quantidade de movimento de um corpo como sendo a grandeza vetorial, dada pelo produto escalar entre a massa do corpo e sua velocidade vetorial, cujo módulo é dado por: Q m v= ⋅ 2F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// Módulo de estudo OSG.: 120320/17 Direção e sentido da quantidade de movimento Como a massa do corpo é sempre positiva, a grandeza vetorial quantidade de movimento (Q) terá sempre a mesma direção e sentido da velocidade (v) do corpo. Unidade de Q MKS: Kg.m/s CGS: g.m/s Teorema do impulso e da quantidade de movimento t 1 m m t 2 F R → a → → V 1 → V 2 Consideremos um corpo de massa m submetido a várias forças de resultante F R . (F R = m · a). O corpo adquire uma aceleração a (a = ∆V/∆t), logo: F R = m · a → F R m · ∆V/∆t → F R · ∆t = m · ∆V → I FR = m · v – m · v o Portanto, concluímos que: I QFr = ∆ “O impulso da resultante das forças agentes em um corpo mede a variação da quantidade de movimento sofrida por ele.” Conservação da quantidade de movimento Quando um sistema é isolado de forças externas, figura abaixo, sua força resultante tem intensidade nula e consequentemente o impulso dessa força também é nulo, pois I FR = F R · ∆t e F R = 0 → I FR = 0. Como I FR = ∆Q, então não há variação da quantidade de movimento entre instantes antes e depois de um evento, V A A A B B V V B = 0 → Q Antes → Q Depois Antes Depois ou seja: Q Qantes depois( ) ( )= Exercícios 01. (EsPCEx) Um canhão, inicialmente em repouso, de massa 600 kg, dispara um projétil de massa 3 kg com velocidade horizontal de 800 m/s. Desprezando todos os atritos, podemos afirmar que a velocidade de recuo do canhão é de: A) 2 m/s B) 4 m/s C) 6 m/s D) 8 m/s E) 12 m/s 02. (PUC-RJ) Uma bola B 1 , de massa m, movendo-se com velocidade de módulo 3,0 m/s e sentido para a direita, choca-se com outra bola B 2 de massa 2 m, inicialmente em repouso. Após colidirem, a bola B 2 adquire uma velocidade de módulo 2,0 m/s e sentido para a direita. Assinale a opção que apresenta a velocidade final da bola B 1 . A) 2,0 m/s para a direita. B) 1,0 m/s para a direita. C) 0. D) 1,0 m/s para a esquerda. E) 2,0 m/s para a esquerda. 03. (Inatel-MG) Uma explosão divide um pedaço de rocha em repouso em três partes de massas m 1 = m 2 = 20 kg e m 3 = 40 kg. As partes m 1 e m 2 são lançadas a uma velocidade de 20 m/s, conforme as orientações indicadas na figura abaixo. y m 1 m 2 x 120º Considerando o sistema isolado de forças externas, calcula-se que o módulo da velocidade da parte m 3 é 10 m/s, com a seguinte orientação: y x m 3 30º y x m 3 60º y x m 3 60º y x m 3 y x m 3 30º A) B) C) E) D) 04. (Uece) Uma esfera de massa m é lançada do solo verticalmente para cima, com velocidade inicial V, em módulo, e atinge o solo 1 s depois. Desprezando todos os atritos, a variação no momento linear entre o instante do lançamento e o instante imediatamente antes do retorno ao solo é, em módulo, A) 2 mV B) mV C) mV2/2 D) mV/2 3 F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// OSG.: 120320/17 Módulo de estudo 05. (UF-GO) A figura abaixo ilustra uma situação de colisão onde as forças dissipativas podem ser desprezadas. v A B O bloco A de massa M A desliza sobre a plataforma horizontal com velocidade v e realiza uma colisão frontal, perfeitamente elástica, com o bloco B, de massa M B , inicialmente em repouso. Pode-se afirmar que, após a colisão: A) se M A > M B , somente o bloco B cairá. B) se M A = M B , os dois blocos cairão. C) se M A = M B , somente o bloco B cairá. D) se M A < M B , o bloco B cairá, e o bloco A ficará parado. 06. (Ibmec-RJ) Dois blocos maciços estão separados um do outro por uma mola comprimida e mantidos presos comprimindo essa mola. Em certo instante, os dois blocos são soltos da mola e passam a se movimentar em direções opostas. Sabendo-se que a massa do bloco 1 é o triplo da massa do bloco 2, isto é, m 1 = 3m 2 , qual a relação entre as velocidades v 1 e v 2 dos blocos 1 e 2, respectivamente, logo após perderem contato com a mola? 1 2 A) v 1 = – v 2 /4 B) v 1 = – v 2 /3 C) v 1 = v 2 D) v 1 = 3v 2 E) v 1 = 4v 2 07. (UC-BA) Um corpo, de massa 2 kg, move-se sobre um plano horizontal com velocidade v, de módulo 5 m/s, quando lhe é aplicada uma força F, durante 5 s. Cessada a ação da força F, nota- se que o corpo continua a se mover com velocidade de mesmo módulo, mas em sentido oposto. É correto afirmar que: A) a ação da força F não alterou a quantidade de movimento do corpo. B) o impulso da força F foi nulo. C) a força F, suposta constante, tinha intensidade de 4 N. D) o módulo da força F é nulo. E) o impulso da força F tinha intensidade de 10 kg · m/s. 08. (UFPE) Um casal participa de uma competição de patinação sobre o gelo. Em dado instante, o rapaz, de massa igual a 60 kg, e a garota, de massa igual a 40 kg, estão parados e abraçados frente a frente. Subitamente, o rapaz dá um empurrão na garota, que sai patinando para trás com uma velocidade de módulo igual a 0,60 m/s. Qual o módulo da velocidade do rapaz ao recuar, como consequência desse empurrão? Despreze o atrito com o chão e o efeito do ar. 09. (UFTM/2012) Um pedreiro, ao mover sua colher, dá movimento na direção horizontal a uma porção de massa de reboco, de 0,6 kg, que atinge perpendicularmente a parede, com velocidade de 8 m/s. A interação com a parede é inelástica e tem duração de 0,1 s. No choque, a massa de reboco se espalha uniformemente, cobrindo uma área de 20 cm2. Nessas condições, a pressão média exercida pela massa sobre os tijolos da parede é, em Pa: A) 64000 B) 48000 C) 36000 D) 24000 E) 16000 10. (Ceetps-SP) Um bloco de massa 3,0 kg repousa sobre uma superfície horizontal, sem atrito. Uma força constante e horizontal de intensidade 9,0 N é aplicada no bloco, durante 5,0 s. O módulo da quantidade de movimento do bloco no instante 5,0 s após a aplicação da força, em kg · m/s, vale: A) 45 B) 30 C) 23 D) 15 E) 9,0 11. (Acafe-SC) Num rinque de patinação, dois patinadores, João, com massa de 84 kg, e Maria, com massa de 56 kg, estão abraçados e em repouso sobre a superfície do gelo, ligados por um fio inextensível de 10,0 m de comprimento. Desprezando-se o atrito entre os patinadores e a superfície do gelo, é correto afirmar que, se eles se empurrarem, passandoa descrever movimentos retilíneos uniformes em sentidos opostos, a distância, em metros, percorrida por Maria, antes de o fio se romper, é: A) 4,0 B) 5,0 C) 6,0 D) 8,0 E) 10,0 12. (UFPE) Uma menina de 40 kg é transportada na garupa de uma bicicleta de 10 kg, a uma velocidade constante de módulo 2,0 m/s, por seu irmão de 50 kg. Em dado instante, a menina salta para trás com velocidade de módulo 2,5 m/s em relação ao solo. Após o salto, o irmão continua na bicicleta, afastando-se da menina. Qual o módulo da velocidade da bicicleta, em relação ao solo, imediatamente após o salto? Admita que durante o salto o sistema formado pelos irmãos e pela bicicleta seja isolado de forças externas. A) 3,0 m/s B) 3,5 m/s C) 4,0 m/s D) 4,5 m/s E) 5,0 m/s 13. (UFV-MG) Dois blocos, A e B, feitos de materiais idênticos, um com massa M e o outro com massa 2M, encontram-se inicialmente em repouso sobre uma superfície plana e com atrito, separados por uma carga explosiva de massa desprezível. A situação inicial do sistema está ilustrada na figura abaixo. A B Carga explosiva (2M) (M) Após a explosão da carga, o bloco A percorre uma distância L, deslizando pela superfície até parar. É correto afirmar que a distância percorrida pelo bloco B será: A) 4L B) 2L C) L D) L/2 E) L/4 4F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// Módulo de estudo OSG.: 120320/17 14. (Vunesp-SP) Um tubo de massa M contendo uma gota de éter de massa desprezível é suspenso por meio de um fio leve, de comprimento L, conforme ilustrado na figura. No local, despreza- se a influência do ar sobre os movimentos e adota-se para o módulo da aceleração da gravidade o valor g. g Calcule o módulo da velocidade horizontal mínima com que a rolha de massa m deve sair do tubo aquecido para que ele atinja a altura do seu ponto de suspensão. 15. (PUC-SP) O rojão representado na figura tem, inicialmente, ao cair, velocidade vertical de módulo 20 m/s. Ao explodir, divide-se em dois fragmentos de massas iguais, cujas velocidades têm módulos iguais e direções que formam entre si um ângulo de 120°. Dados: sen 30° = cos 60° = 0,50; cos 30° = sen 60° = 0,87. 120º O módulo da velocidade, em m/s, de cada fragmento, imediatamente após a explosão, será: A) 10 B) 20 C) 30 D) 40 E) 50 Resoluções 01. Usando a conservação da quantidade de movimento, teremos: MV mv V V m s− = → = × → =0 600 3 800 4 0, ./ Resposta: B 02. Observe: antes 3m/s V = O VB1 depois 2 m/s B 1 B 2 B 1 B 2⇒ Antes do choque: Q antes = mv → Q antes = 3 m Depois do choque: Q depois = m B2 · V B2 + m B1 · V B1 → Q depois = 2 · 2 m + mV B1 → Q depois = 4 m + mV B1 Conservação da prontidade do movimento: Q = Q 3 m = 4 m + mV 1= V V = 1m /s antes depois B1 B1 B1 ⇒ ⇒ ⇒ − − esquerda Resposta: C 03. Q = 0. Logo,Q = 0 Portanto, Q = Q +Q + antes depois depois 1 2 �� � �� � �� �� �� QQ = 03 �� � Mas Q 1 = Q 2 = Q 3 = 400 kg · m s . Assim, Q �� 3 que anula a soma Q �� 1 + Q �� 2 , forma com Q �� 1 + Q �� 2 ângulos de 120º. O ângulo de Q �� 3 com o eixo 0x é de 30º. 120º 120º x0 120º 30º Q 1 + Q 2 Q 3 Q 1 Q1 Q 2 Q3Q3 Resposta: C 04. Observem que: subida Q mV descida Q mV Q Q m V mVL R R L : : = − = ⇒ = − = − −( ) ⇒ = Q Q∆ ∆ 2mmv subida Q mV descida Q mV Q Q m V mVL R R L : : = − = ⇒ = − = − −( ) ⇒ = Q Q∆ ∆ 2mmv Resposta: A 05. M A MB MA MBV A B A B V A V B antes depois Q a = Q d ⇒ M A V = M A · V A + M B V B e = V V V =1B A - ⇒ V B - V A = V De 2 em 1 : M A (V B – V A ) = M A V A + M B V B ⇒ V M M V MA A B B A = −( ) 2 Resposta: C 06. Usando a conservação da quantidade de movimento: � � � � � � � � � � Q Q m v m v m v m v v v v v = → + = + = → = − → = − 0 1 1 2 2 2 1 2 2 1 2 1 2 0 3 0 3 3 Resposta: B 07. I = 2 mv ⇒ F · ∆t = 2 mv ⇒ F · 5 = 2 · 2 · 5 ⇒ F N= 4 Resposta: C 5 F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// OSG.: 120320/17 Módulo de estudo 08. Q final = Q inicial Q R + Q G = 0 ⇒ Q R = –Q G Em módulo: QR = QG → m R × v R = m G × v G ⇒ v R /v G = m G /m R → v R /0,60 = 40/60⇒ v R = 0,40 m/s Resposta: 0,40 m/s 09. Usando o teorema fundamental do impulso e da quantidade de movimento:� � I Q F t m v = ⋅ = ⋅ ∆ ∆ ∆ 2ª lei de Newton: F m v t F N = = = . , . , ∆ ∆ 0 6 8 0 1 48 Cálculo da pressão: p F A p Pa= = ⋅ = ∴ =− 48 20 10 480000 20 240004 Resposta: D 10. I Q F t Q Q Q Q kg m s f f f i = = − ⋅ = ⇒ = ⋅ ∆ ∆ 0 9 5 45 Resposta: A 11. I Q Q Q Q Q Q Q Q final inicial J M M J M . �� �� �� �� � �� �� = + = ⇒ = ⇒ =0 Em m dulo: JJ m v m v m D t m D t D D D DM M J J M m J J M J M J= ⇒ = ⇒ = ⇒ =∆ ∆ 56 84 2 3 1( ) m v m v m D t m D t D D D DM M J J M m J J M J M J= ⇒ = ⇒ = ⇒ =∆ ∆ 56 84 2 3 1( ) II. D J + D M = 10,0 ⇒ D J = 10,0 – D M (2) Substituindo-se (2) em (1): 2D M = 3 (10,0 – D M ) 2D M = 30,0 – 3D M ⇒ 5D M = 30,0 ⇒ DM m= 6 0, Resposta: C 12. Q Q Q Q Q final inicial inicial �� �� �� �� �� = + =1 2 Como os movimentos ocorrem exclusivamente numa única direção (horizontal), a equação vetorial acima pode ser reduzida a uma equação algébrica, a exemplo do que fazemos a seguir: (50 + 10) v + 40 (–2,5) = (50 + 10 + 40) 2,0 60 v – 100 = 200 ⇒ v = 5 0, m/s Resposta: E 13. I. Explosão: sistema isolado de forças externas. Q Q Q Q Q Q final inicial A B A B �� �� �� �� � �� �� = + = ⇒ =0 – Em módulo: Q A = Q B Mv A = 2Mv B ⇒ V A = 2V B II. Teorema da Energia Cinética: τ µ µ Fat mv mv mgd mv d v g � = − − = − ⇒ = 2 0 2 0 2 0 2 2 2 0 2 2 Donde: d d v g g v d d v em d L V V B A B A B A B B B B = ⋅ ⇒ = ( ) ( ) ( ) = 2 2 2 2 2 2 1 2 2 µ µ vA : ⇒ = 2 4 Donde: d L B Resposta: E 14. Conservação da quantidade de movimento do sistema pêndulo- -rolha: m v M V V m M v I= ⇒ = ( ) Conservação da energia mecânica do pêndulo: M V MgL V gL II 2 2 2 2 = ⇒ = ( ) Substituindo (I) em (II): 1 2 2 2 2 2m M v gL V M m g L= ⇒ = Resposta: M m gL2 15. Conservação da quantidade de movimento total do sistema na direção vertical: Q Qy yfinal inicial �� �� = 2Mv cos 60º = 2Mv 0 v v· 1 2 20 40= ⇒ = m/s Resposta: D SUPERVISOR/DIRETOR: Marcelo Pena – AUTOR: Paulo Lemos DIG.: Renan – REV.: Livia