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RESPOSTA ENDÓCRINO METABÓLICA AO TRAUMA Referências Sem conflito de interesses! Perguntas importantes PARA QUE SERVE ESSA RESPOSTA? ↑ Chance de sobrevivência em resposta a traumas. COMO ELA FUNCIONA? Funciona pela manutenção do fluxo sanguíneo + O2 + substratos (para energia e cicatrização). É SEMPRE BENÉFICA? Não. Quando a lesão é grande seus efeitos sobre os processos regulatórios do organismo se tornam deletérios ao se perpetuarem e necessitam de intervenção para evitar falência e óbito. É EXCLUSIVAMENTE ENDÓCRINA? Não. É também imune, envolvendo a liberação de citocinas, interleucinas, EROs, Opioides endógenos, AAR (ácido araquidônico) e seus derivados (PG e TAX) e complemento. E agora? BASES PARA ENTENDER ESSA RESPOSTA Glicose – armazenada no fígado sob a forma de glicogênio – consumido em 12h-24h. Quando a glicose acaba → existem tecidos cuja energia principal provém da glicose e para isso o organismo inicia o processo de gliconeogênese (aminoácidos ou glicerol ou lactato → glicose). Lipólise: ácidos graxos (→ energia) + glicerol (→glicose → energia). Proteólise: aminoácidos (→ glicose + sobras nitrogenadas). BALANÇO NEGATIVO INICIAL DE N. ORGANIZAÇÃO DO TEMA Componentes primários da resposta ao trauma: lesão celular (inflamação) + lesão de órgãos específicos. Componentes secundários: consequência do anterior e de retroalimentação. Resposta Endócrina + Hemostasia + Infecção + Falência múltipla. Componentes associados: interferem nos dois acima. Condições individuais do paciente. Ritmo alimentar + imobilização prolongada + perda de eletrólitos extra renal + doenças. Livro Clínica Cirúrgica, USP, 1ª edição DETALHES ADICIONAIS COMPONENTES PRIMÁRIOS Lesão celular – inflamação – inerente. Células envolvidas: neutrófilos + macrófagos + mastócitos. Liberação de Citocinas (principalmente pró-inflamatórias), produtos da degradação do Ácido araquidônico (PG, TAX, LCT), EROs, proteínas e enzimas. Manifestação clínica: SIRS (2 ou + → hipotermia/febre; leucopenia/leucocitose; <10% bastões;↑ FC; ↑ FR). Lesão de órgãos específicos: pode ser fatal. COMPONENTES SECUNDÁRIOS Hemostasia: volume e substâncias. Infecção: Perca de barreiras e ↓ resposta inflamatória. Falência Múltipla: Efeitos deletérios → quando se perpetua as respostas endócrinos e imunes, há perca de proteínas do diafragma, prejuízo na cicatrização e ↓ proteínas viscerais. Micro êmbolos gordurosos. Acidose. Hipóxia. Insuficiência renal e respiratória → falência múltipla. TGI, fígado também são frequentemente acometidos. Endócrino: à seguir. DETALHES ADICIONAIS DO PROCESSO ENDÓCRINO Esses processos ocorrem tanto na cirurgia eletiva, no trauma e no jejum. Variando conforme diferentes intensidades e necessidades. Participação do SNC (sistema nervoso central) como regulador. Hipotálamo → hormônio liberador de corticotrofina → adeno hipófise → ACTH (corticotrofina) → córtex suprarrenal → ↑Cortisol (permanece elevado por pelo menos 24h). ↑Catecolaminas (medula suprarrenal) → vasoconstrição + glicogenólise + gliconeo + lipólise. FASES (pós operatório e trauma): 1. Fase adrenérgica-corticoide: exacerbação das alterações citadas. = Fase de pico catabólico. 6-8 dias → semanas. 2. Fase anabólica precoce: ↓ excreção de N + ↓ ADH + ↓ TNF-α (↓ anorexia) + ↑ IGF-1. Logo em seguida → Balanço N positivo = ganho de massa magra (até 100g/dia) = ↑ peso. 3. Fase anabólica tardia: ganho ponderal lento às custas de ↑ lipídico. (Balanço + de Carbono). Meses-anos. DETALHES ADICIONAIS DO PROCESSO ENDÓCRINO ↑ADH – Vasopressina. Retenção hídrica. 1 semana ↑. Glicogenólise e gliconeo. ↑Aldosterona – manter volume. ↑Glucagon – gliconeo. Insulina ↓ GH – catabolismo (lipólise). Sabiston, Tratado de cirurgia 20ª O que fazer? PREVENIR, MINIMIZAR E TRATAR Técnica cirúrgica: manipulação correta, garantir hemostasia, evitar dano excessivo, dominar técnicas, usar materiais corretos e dominar técnicas assépticas. Alterações Hidroeletrolíticas: monitorizar (PA, FC, Pulso, PVC, Hematócrito e débito urinário) e repor de forma criteriosa. Lembrar que é normal reter água e sódio, por isso tomar cuidado com hemodiluição iatrogênica. K+ e pH. Respiração: monitorizar, fisioterapia, respiração assistida, posição semi sentada, nebulização, aspiração de fluídos, ATB. Metabolismo: manter glicemia <120. Suporte nutricional. Infecções: assepsia, técnica correta, material correto, monitorar. “EXISTEM COISAS MELHORES ADIANTE DO QUE QUALQUER OUTRA QUE DEIXAMOS PARA TRÁS.” C.S. LEWIS
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