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Artrologia: Estudo das Articulações

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ARTROLOGIA
INTRODUÇÃO: os ossos formam junturas ou articulações, ou seja, a articulação está entre duas peças ósseas ou entre um osso e uma cartilagem e auxiliam na construção do esqueleto. Assim como os ossos são elementos passivos do movimento (por si só não são capazes de produzir movimento).
Os responsáveis pelos movimentos são os músculos que estão próximos à articulação, cuja contração ou relaxamento tem o poder de mudar a articulação de posição.
PRINCIPAIS ARTICULAÇÕES: 
Articulações fibrosas: articulações relativamente imóvel ou rígida. Tem o tecido conjuntivo denso (fibroso) como meio de união. Podem ser:
Suturas
Sindesmose
Gonfose
Articulações cartilagíneas: articulações relativamente imóvel ou rígida. Tem o tecido cartilaginoso como meio de união. Podem ser:
Sincondrose: cartilagem hialina
Sínfise: cartilagem fibrosa
Articulações sinoviais: articulação que possui movimento. São articulações nas quais a cavidade posicionada entre os ossos é preenchida por um fluído. São chamadas de articulações verdadeiras e possuem diversos componentes em sua estrutura:
Cartilagem articular
Cápsula articular com a cápsula fibrosa e membrana sinovial
Cavidade articular
Superfície articular
Ligamentos
FUNÇÕES DAS ARTICULAÇÕES:
Junção de dois ou mais ossos
Unir firmemente os ossos nas articulações imóveis (também chamadas de falsas ou contínuas)
Estabilizar e unir dois ou mais ossos com movimento
Está relacionada diretamente com a sustentação, locomoção e estabilidade do corpo
Facilita o crescimento dos ossos
Resiste à pressão predominante na superfície dos ossos
Articulações ou junturas fibrosas: são unidas por tecido conjuntivo denso (tecido fibroso) que impede o movimento das articulações. Com o passar da idade essas articulações sofrem um processo de ossificação (sinostose – processo de mineralização do tecido fibroso). São elas: sutura, sindesmose e gonfose.
Sutura: é a união por meio de uma estreita faixa de tecido conjuntivo denso fibroso. As suturas representam a parte remanescente de uma membrana que anteriormente era contínua e abrigada diferentes centros de ossificação. São localizadas no crânio.
São caracterizadas de acordo com a margem articular:
Plana: superfície óssea plana e lisa. Ex: articulação internasal.
Escamosa: em bisel sobreposta. Ex: articulação parietal e porção escamosa do temporal. 
Folheada: os osso se encaixam como folhas. Ex: sutura frontonasal em suínos. 
Serreada: dentículos engrenados formando um serrote na extremidade. Ex: frontonasal.
Em animais jovens permitem o crescimento do crânio pela extensão de suas margens. Todo filhote tem suturas no crânio para facilitar a passagem pelo canal da pelve no nascimento. Após isto, com o passar dos anos as suturas sofrem o processo de sinostose e as suturas são “coladas”, quando isto acontece o tecido denso fibroso é substituído por tecido ósseo.
Plana
Serreada 
Escamosa
Folhosa (foliada)
Sindesmose: são articulações fibrosas em que dois ossos são unidos por ligamentos de tecido conjuntivo (é a união de ossos por tecido fibroso). Neste caso estes ossos não estão no crânio e a quantidade de tecido fibroso é maior do que nas suturas porque conecta ossos que estão mais distantes.
Isto ocorre, por exemplo:
Nas cartilagens costais
Entre os corpos do osso rádio e osso ulna
Entre os ossos metacárpicos no equino
Em ossos unidos por cordões ou feixes de tecido conjuntivo fibroso denso (fibras longas). Ex. tíbia e fíbula
Membranas interósseas que ligam o rádio e a ulna pelo seu eixo maior
Com o passar do tempo também há tendência à sinostose.
Em algumas sindesmoses áreas relativamente extensas são unidas por ligamentos curtos, limitando a movimentação, como ocorre com as que unem os ossos maiores e menores de metacarpos de equinos.
Outras tem os ligamentos longos com inserções mais estreitas possibilitando maior movimentação, como ocorre na articulação entre as diáfises do rádio e da ulna no antebraço dos cães.
Sindesmose
Gonfose: é uma falsa articulação do tipo pino e encaixe, exclusiva para a implantação do dente e o alvéolo dentário. É a articulação do dente com seu alvéolo na mandíbula e maxila. 
A membrana fibrosa delgada que segura os dentes nos alvéolos é chamada de ligamento periodontal.
Articulações cartilagíneas: são articulações com mobilidade reduzida (ou imóveis). O meio de união das articulações é formado somente por cartilagem hialina. São resistentes.
Podem ser sincondrose ou sínfise e ambas podem sofrer o processo de sinostose.
Sincondrose: os ossos são unidos por cartilagem hialina, tendendo a ossificação (sinostose), ou seja, essa articulação desaparece no adulto.
A sincondrose pode ser:
Sincondrose intraóssea: une partes isoladas de um mesmo osso (dentro do osso). Ex: cartilagens epifisária (epífise-diáfise) - a cartilagem de crescimento é uma cartilagem hialina.
Sincondrose interóssea: entre ossos distintos. Ex: entre os ossos do esterno (sincondrose interesternebrais)
Sincondrose intraóssea
Sincondrose interóssea: junção costocondral (costela e cartilagem costal).
As poucas sincondroses permanentes são a articulação entre o crânio e o aparelho hióide que permite movimentação considerável em algumas espécies.
Sínfise: os ossos articulados são divididos por uma sucessão de tecidos. A cartilagem geralmente recobre o osso e há fibrocartilagem ou tecido fibroso no meio.
Inclui as articulações entre as metades simétricas da mandíbula em espécies como cão, gato e ruminante em que a fusão não é completa, no cíngulo pélvico e as articulações entre corpos de vértebras sucessivas. 
É a união por cartilagem hialina, fibrocartilagem ou ambas e pode ocorrer sinostose.
Os corpos das vértebras é conectado pelo disco intervertebral que é uma estrutura bem densa e o núcleo pulposo (miolo) é molinho. 
Pode ocorrer de ocorrer de vertebras nascerem coladas (vertebra em bloco) e o animal pode não ter sintomas. Na sínfese pélvica pode ocorrer sinostose.
Sínfise pélvica
Disco vertebral unindo os corpos de vértebras adjacentes
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS - estrutura nestas articulações os ossos articulados são separados por um espaço preenchido pelo líquido sinovial que está na cavidade articular cujas margens são formadas por uma faixa de tecido conjuntivo delicado, a membrana sinovial que se liga à periferia das faces articulares. 
Na maioria das articulações sinoviais a membrana sinovial é externamente fortalecida por uma cápsula fibrosa e bandas fibrosas adicionais (ligamentos) de localização estratégica que unem os ossos e restringem a movimentação às direções e extensões necessárias.
A - Secção de uma articulação sinovial. 
1, cavidade articular; 
2, membrana sinovial; 
3, cartilagem articular; 
4, camada fibrosa da cápsula articular; 
5, periósteo; 
6, osso compacto.
Superfícies Articulares: são as extremidades ósseas onde as peças ósseas se justapõe, o ponto exato de encaixe de um osso com o outro ou de uma cartilagem com um osso. É necessário que as duas superfícies se encaixem e para isso é necessário que sejam congruentes e lisas.
São chamadas também de faces articulares e são recobertas pela cartilagem articular. São constituídas por osso subcondral (camada fina de osso compacto). Em sua maioria são superfícies lisas, mas pode haver variação de forma.
A forma da superfície articular é responsável pelo tipo de movimento que a articulação faz e cada articulação tem um tipo específico de movimento. 
Ex: cotovelo faz apenas extensão e flexão porque tem superfícies articulares preparadas apenas para esse movimento.
Ex: articulação coxofemoral faz diversos movimentos determinados pelas superfícies articulares.
Os ossos longos possuem grande quantidade de osso esponjoso em suas epífises porque são ossos que ajudam no amortecimento do impacto, armazenam energia e dissipam cargas (o osso esponjoso sempre está em áreas de grande impacto) e nesta região está a superfície articular, sendo que o responsável pela forma da superfície é uma camada fina de osso compacto chamada osso subcondral.
A superfíciearticular é uma parte da epífise dos ossos longos, mas não toda a área da epífise.
Ex: ao pular é normal que o fêmur e a tíbia se choquem, mas isto não causa lesão nas superfícies articulares porque o osso esponjoso amortece o impacto. 
Ex: a articulação escapuloumeral possui uma área bem determinada da escápula do úmero para fazer este encaixe.
Num caso de displasia coxofemoral anteriormente havia um bom encaixe da articulação, mas por vários motivos esse encaixe se perdeu.
Articulação do ombro - a superfície articular da escápula é a cavidade glenóide onde a cabeça se encaixa. 
Superfície articular lisa = dois ossos se encaixam e há necessidade de um deslizar sobre o outro. Se fosse áspera causaria dor ao se locomover. 
Ex: a artrose causa diversos problemas entre eles a perda da superfície articular lisa causando dor.
Escápula
Cavidade glenóide
Úmero
Médio-lateral
Acetábulo – é a superfície articular do coxal 
Fêmur
Úmero
Rádio
Ulna
Úmero
Rádio
Ulna
Cartilagem Articular: recobre as superfícies (faces) articulares. São insensíveis, avasculares e nutridas pela sinóvia. Reduzem o atrito entre os ossos.
Geralmente a cartilagem articular é do tipo hialina, mas alguns locais possuem fibrocartilagem ou tecido fibroso denso (classificação histológica).
Todas as articulações tem cartilagem articular, exceto a ATM (temporomandibular) que possui disco sinovial.
A diáfise (corpo) do osso longo é revestida pelo periósteo e as superfícies articulares são recobertas por cartilagem articular.
Para executar movimento com perfeição é necessário que as superfícies articulares sejam lisas e, além disto, há necessidade de uma cartilagem recobrindo a superfície para que o movimento seja o mais delicado possível, característica da cartilagem hialina que facilita o deslocamento de uma peça óssea sobre a outra.
A cartilagem hialina funciona como um amortecedor do choque das peças ósseas, dissipando as forças. Existem situações que podem destruir a cartilagem articular, sendo certo que não nasce cartilagem após a sua morte.
A artrose é uma doença da cartilagem que ocorre quando tem a destruição da cartilagem hialina e com isso lesão do osso subcondral (camada fina de osso compacto da superfície articular). Nesta situação há perda das características que garantem que o osso se deslize bem sobre o outro. Artrose é a morte da cartilagem hialina e pode ser causada por vários problemas como artrite, uma sobrecarga de impacto por repetição (cachorro que fica pulando da cama), doenças infecciosas (como a doença do carrapato que inflama as articulações causando artrite), etc. Nos cães a principal causa de artrose é sobrepeso e piso liso. 
As rupturas de ligamento também são grandes responsáveis pela destruição da cartilagem articular, isto porque as articulações sinoviais tem que ter estabilidade. Exemplificando: o joelho faz movimentos de flexão e extensão (estica e dobra) e será um joelho estável se executar estes dois movimentos específicos apenas. Se começa a fazer rotação ou qualquer outro movimento adicional traz instabilidade porque não foi projetado para esta situação e as cartilagens articulares não suportam ambiente instável sendo destruídas. 
Em caso de destruição da cartilagem articular existem tratamentos como infiltração no joelho em que é infiltrado anti-inflamatório e analgésico o que tem a capacidade de tirar a dor, mas não tem capacidade de criar nova cartilagem e ao passar o efeito do remédio, se no período sem dor houve sobrecarga no local pode piorar a situação, além disto, a longo prazo esses remédios podem ser tóxicos para a própria cartilagem. 
Em cães geralmente não se faz infiltração, mas em cavalos em algumas situações sim.
Na região mais central da cartilagem articular (onde tem mais contato) a cartilagem tende a ser mais espessa e na área lateral mais fina.
Cartilagem articular saudável – aspecto liso, brilhante e cor perolada.
É um material maleável, com aparência translúcida e vítrea. Embora seja normalmente branca pode ter toque azulado ou rosado em animais jovens. Posteriormente com a idade torna-se amarelada e quase perde a elasticidade.
Artrose
Cápsula articular (fibrosa e celular): é o tecido que envolve toda a articulação sinóvia. 
Ela envolve a superfície articular toda fazendo a união de ossos adjacentes (como se fosse um cinto apertando uma calça larga para não cair). Além disto, garante a união / justaposição das superfícies articulares para que fiquem alinhadas umas com as outras.
A cápsula articular é dividida em camadas:
Membrana fibrosa – camada mais externa. Tecido conjuntivo rico em fibras colágenas e fibras elásticas. Dá resistência para a cápsula articular manter as duas superfícies ósseas unidas e por ser espessa protege as estruturas dentro da articulação.
Membrana sinovial – camada interna. Possui vilosidades, corresponde ao folheto interno da cápsula articular que reveste todas as estruturas internas da articulação sinovial, exceto a cartilagem articular. É bem mais fina que a membrana fibrosa e fica abaixo dela. Tem a função de produzir o líquido sinovial que preenche o espaço que existe dentro da articulação sinovial. É vascularizada e sensível.
Cápsula articular
Cápsula articular – da parte externa fininha até a linha avermelhada dos dois lados
A membrana sinovial tem vilosidades que são observadas apenas no microscópio. Nelas existem diversas células que são chamadas de sinoviócitos que ajudam a produzir os componentes do líquido sinovial.
A artrite é a inflamação da articulação e este processo inflamatório destrói as vilosidades e a consequência é a diminuição da produção de líquido sinovial, fazendo com que a articulação fique “seca”.
O líquido sinovial tem diversas funções, entre elas nutrir a cartilagem e ao ficar sem este líquido começa o processo de artrose (degeneração – morte da cartilagem). Quanto maior a degeneração, menos líquido produz e vice-versa. É um círculo de retroalimentação.
Para ver a cartilagem precisa abrir a cápsula articular durante a cirurgia e com isto perde líquido sinovial, mas ao fechar o líquido volta a ser produzido.
Quando uma articulação fica muito tempo imobilizada o líquido para de ser produzido e por isso é difícil voltar a movimentar e em alguns casos precisa de fisioterapia.
1 - Membrana fibrosa da capsula
2 – Membrana sinovial
1
2
Artrose – área irregular, avermelhada. Nesta área onde houve a morte da cartilagem perde a capacidade de absorção de impacto.
Líquido Sinovial ou sinóvia: preenche a cavidade articular. É produzido pela membrana sinovial da cápsula articular (não pela cápsula). É parecido com a clara do ovo, viscoso, denso e tem uma coloração amarelada.
Funções:
Ajuda no amortecimento do impacto minimizando o choque entre os ossos.
É lubrificante e por isso favorece o deslizamento de um osso sobre o outro já que para haver movimento precisa de superfície articular lisa recoberta por cartilagem hialina com líquido sinovial.
É a principal fonte de nutrição da cartilagem articular que é um tecido avascular. A cartilagem hialina embora seja um tecido conjuntivo especial não recebe sangue que é a principal fonte de nutrição dos tecidos, desta forma a nutrição é feita pelo líquido sinovial que tem os nutrientes necessários para a cartilagem sobreviver, por este motivo doenças que diminuem o líquido resultam em morte da cartilagem.
Através da análise do líquido sinovial é possível verificar se há doença articular. 
Coleta de líquido sinovial: não é um exame de rotina e em cachorros e gatos e se for feito necessita de sedação.
Cavidade Articular ou fenda articular: espaço entre as superfícies articulares delimitado pela cápsula articular e preenchido pelo líquido sinovial.
Geralmente é um espaço muito pequeno, mas existem situações em que a cavidade articular fica aumentada como nos casos em que o animal tem sangue ou pus dentro da articulação (excesso de líquido inflamatório ou hemorrágico).
Cavidade ou fenda articular – é um espaço muito pequeno
Cavidade articular aumentadaLigamentos: é uma camada fibrosa externa que completa a cápsula. Se fixa às margens da superfície articular e apresenta espessamentos locais, individualmente chamados ligamentos.
Possuem terminações nervosas que registram a posição da articulação e a frequência de suas mudanças.
As articulações sinoviais tem um reforço para garantir essa justaposição e união dos ossos, os ligamentos que são diversas fibras colágenas paralelas e organizadas uma ao lado da outra em forma de fitas.
O joelho é a articulação que tem mais ligamentos porque é um local que recebe muita força. Se rompe o ligamento a possibilidade de uma luxação é grande porque a cápsula sozinha pode não suportar a força aplicada ao local.
Os ligamentos podem ser identificados quanto a sua localização:
Ligamento extracapsular (A): liga um osso ao outro por fora da cápsula articular. São externos à cápsula articular. Ex.: ligamentos colaterais laterais da articulação do cotovelo.
Ligamentos colaterais são sempre ligamentos extracapsulares.
Ligamentos capsulares (B) – correm dentro da cápsula articular. São resultado do espessamento da cápsula articular. Ex.: Ligamentos da articulação do úmero.
No ombro tem ligamentos correndo dentro da cápsula. É possível ver uma área mais espessa na cápsula, não vê uma fita correndo.
Ligamentos intracapsulares (C)– liga um osso com o outro, liga uma superfície a outra dentro da articulação / localizados dentro da membrana fibrosa e envoltos por membrana sinovial. Conecta uma superfície articular com outra. Ex.: Ligamentos cruzados do joelho e o ligamento da fêmur.
Vista cranial da articulação do joelho esquerdo de cão, ressecada para mostrar os ligamentos intracapsulares (1, 2) e extracapsulares (6, 8). 1, ligamento cruzado cranial; 2, ligamento cruzado caudal; 3, menisco medial; 4, menisco lateral; 5, tendão de origem do extensor longo do dedo; 6, ligamento colateral lateral; 7, ligamento patelar; 8, ligamento colateral medial; 9, côndilo medial, parcialmente removido.
Articulação sinovial com disco articular. B, Articulação sinovial com menisco. 1, osso compacto; 2, periósteo; 3, camada fibrosa da cápsula articular; 4, membrana sinovial; 5, disco articular; 6, menisco; 7, cavidade articular.
Extracapsular
O rompimento de ligamentos pode ocasionar uma luxação como no RX abaixo em que rádio e ulna estão separados do úmero. Neste caso teve ruptura dos ligamentos colaterais extracapsulares trazendo instabilidade ao cotovelo.
Ligamentos da coluna
Ligamentos da coluna
Anexos articulares: as articulações que se encaixam perfeitamente são articulações congruentes (chave e fechadura), mas existe um tipo de articulação sinovial incongruente / discordante (como a do joelho) em que não há perfeito encaixe das superfícies articulares e precisa de estruturas que favoreçam o encaixe, são os anexos articulares, tal como o menisco.
Meniscos articulares: são coxins elásticos semilunares (em forma de C) que torna uma articulação incongruente em uma congruente, atuando também como amortecedores já que o joelho é uma articulação que sofre muito impacto.
São estruturas que auxiliam no encaixe do joelho porque o fêmur não tem o encaixe perfeito na tíbia. A superfície do fêmur é arredondada e se apoia numa estrutura reta.
 O menisco é uma estrutura de cartilagem (fibrocartilagem) e tem o formato em “C”.
Meniscos são estrutura intra-articulares (estão dentro da articulação). Se o animal tem uma lesão de menisco, isto causa dor porque o menisco tem a função de amortecer o impacto além de melhorar o encaixe. Se romper o ligamento do joelho essa instabilidade acaba lesionando o menisco.
Se ao fazer flexão e extensão no joelho do cão fizer um clique pode haver um comprometimento do menisco na região.
Discos articulares: existente na articulação temporomandibular formada pela mandíbula e o crânio, funde-se com a membrana sinovial em sua periferia dividindo a cavidade em superior e inferior.
Tanto os meniscos quanto os discos articulares são formados de cartilagem hialina, fibrocartilagem e tecido fibroso.
Menisco 
10 – menisco medial
17 – menisco lateral
 
 
 
 
 
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS – movimentos: as articulações executam alguns movimentos e o que determina esse movimento é a forma da superfície articular.
Translação: ocorre quando uma superfície achatada desliza sobre a outra enquanto os corpos aos quais pertencem mantem sua posição original. A articulação plana é capaz de fazer este movimento.
Rotação: quando é possível girar o membro em seu próprio eixo. São os movimentos de pronação e supinação. Ex: gatos escalam porque conseguem fazer este tipo de movimento porque tem um resquício de clavícula. Os seres humanos fazem este movimento no antebraço.
Flexão: reduz o ângulo entre dois segmentos do membro.
Extensão: abre o ângulo e traz os dois segmentos do membro mais próximos do alinhamento.
Adução: movimento que traz o membro para próximo do plano mediano.
Abdução: movimento que leva o membro para longe do plano mediano.
Circundação: é a combinação dos movimentos de flexão, extensão, adução e abdução, permitindo que a extremidade do membro descreva um círculo ou elipse. Como exemplo temos a coxofemoral e escapuloumeral.
Movimentos de deslizamento: movimento muito discreto (até imperceptível) que toda articulação faz ao escorregar a superfície sobre a outra.
Logo temos:
Movimentos angulares: extensão, flexão, abdução e adução. 
Extensão e flexão praticamente todas as articulações sinoviais do esqueleto apendicular fazem.
Poucas articulações fazer adução e abdução. Somente as que tem superfície em forma de esfera que se encaixa em uma área concava (como a cabeça do fêmur). São as articulações coxofemoral (quadril) e escapuloumeral (ombro).
Movimentos rotacionais: pronação e supinação.
Movimento de deslizamento.
Podem limitar os movimentos:
Ligamentos extracapsulares: alguns ligamentos são moderadamente tensionados por movimentos de amplitude normal, enquanto outros são relaxados e são tensionados apenas quando o movimento ameaça ir além do limite normal.
Estruturas extra-articulares: por exemplo, o olecrano impede a hiperextensão forçada do cotovelo; os músculos caudais da coxa e da panturrilha impedem a hiperextensão do joelho humano.
Olécrano
Movimentos dos membros ilustrados por fêmures de cão, vista cranial. 1, adução; 2, abdução; 3, circundação; 4, rotação medial; 5, rotação lateral.
Flexão, extensão e hiperextensão ilustradas pela parte distal do membro torácico do equino. 1, articulação do carpo flexionada; 2, articulação do carpo estendida; 3, articulação do boleto flexionada; 4, articulação do boleto estendida; 5, articulação do boleto hiperestendida
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS – classificação: podem ser classificadas através de critérios numéricos ou geométricos.
Sistema numérico:
Simples: um par de superfícies articulares (conecta dois ossos). Ex: articulação do ombro.
Compostas: mais de duas superfícies articulares opostas e o movimento ocorre em mais de um nível, em uma cápsula compartilhada (conecta mais de dois ossos). Ex: articulação do carpo.
Articulação mediocarpiana
Sistema geométrico: 
Articulação plana: tem movimento de deslizamento. As superfícies articulares são planas ou ligeiramente curvas, permitindo deslizamento de uma superfície sobre a outra em qualquer direção.
Articulação em dobradiça ou gínglimo: uma superfície articular tem formato de segmento cilíndrico e a outra é escavada de forma a receber a primeira. O movimento pendular é possível apenas em um plano, só faz extensão e flexão. Os demais movimentos são impedidos pelos fortes ligamentos colaterais (um de cada lado) em possivelmente, pelo desenvolvimento de cristas e fendas correspondentes nas superfícies articulares. É congruente. Ex: articulação do cotovelo entre o úmero e os ossos do antebraço.
Plana
Dobradiça
A, Articulação plana: processos articulares das vértebras cervicais de equino. 
B, Articulação em dobradiça: articulação do boleto (metacarpofalangiana) de equino. 
1, osso sesamoideproximal
Fossa do olécrano
Articulação úmero-rádio-ulnar
1 – Superfície articular distal do úmero – côndilo do úmero. Superfícies ósseas com formato cilíndrico / ovalado são chamados de côndilos.
2 – Superfície articular do rádio – cabeça do rádio
3 – Superfície articular da ulna – incisura troclear
4 – Na superfície proximal do úmero tem a cavidade glenóide da escápula
 
1
2
3
4
1
1
Lateral
Medial
Troclea do úmero: é a região central entre os côndilos do úmero (1). A incisura troclear da ulna (2) se acopla na troclea do úmero. 
1
2
2
Côndilo do úmero
Superfície articular da cabeça do rádio
A articulação em dobradiça (gínglimo) só pode fazer um único tipo de movimento: movimento angular com flexão e extensão.
Ligamentos da articulação úmero-rádio-ulnar: esta região tem ligamentos para garantir que o cilindro que está apoiado não se desloque para a região lateral. Os ligamentos restringem a movimentação lateral unindo o côndilo do úmero com a cabeça do rádio o que também ajuda a manter a estabilidade. 
Esse ligamentos são chamados de ligamento colateral (ligamento colateral lateral e ligamento colateral medial).
O ligamento colateral é o principal ligamento do cotovelo para fazer apenas flexão e extensão.
Cotovelo com movimentos de lateralidade tem fratura ou rompimento dos ligamentos.
Cubital = do cotovelo
Ruptura do ligamento colateral ocorrendo a luxação
O ligamento colateral é extracapsular, corre por fora da cápsula articular. 
Luxação
Laranja – cabeça do rádio
Azul – incisura troclear da ulna
Amarelo – côndilo umeral fora do lugar
Em volta do tendão tem a estrutura da bainha sinovial. 
O vermelho é um látex injetado para mostrar onde tem líquido sinovial que está esparramado nessa estrutura (inclusive na bainha que é um elemento auxiliar do músculo e do tendão).
Articulação rádio-cárpica do cavalo: também é uma articulação em gínglimo.
R – rádio
C – carpo
M – metacarpo
 
O conjunto dos 3 é a articulação do carpo
Equino
A articulação do carpo é dividida em 4 partes:
1 – Encontro do rádio com a primeira fileira do carpo (fileira proximal do carpo) – articulação rádio-cárpica
2 - Encontro da fileira proximal do carpo com a distal do carpo – articulação mediocárpica (se tem uma estrutura proximal e a outra distal, a do meio é chamada de médio).
3 - Encontro da fileira distal do carpo com o metacarpo – articulação carpometacárpica
4 – Articulações entre os ossos do carpo – articulação intercárpica
Apenas a rádio-cárpica é em dobradiça. 
As outras 3 articulações são planas (fazem apenas leve movimento de deslizamento de uma superfície na outra).
A articulação rádio-cárpica dos cavalos possui ligamentos colaterais
Ligamento colateral lateral
Ligamento colateral medial
Para manter os ossos do carpo unidos precisa de ligamentos, chamados de ligamentos intercárpicos dorsais (intercárpicos porque ali tem a articulação intercárpica e dorsal porque no cavalo do carpo para baixo o que é cranial é chamado de dorsal).
Músculo supra espinhal
Vista cranial
 
Articulação radioulnar (cotovelo)
Gínglimo
 
 
Ligamento interósseo: tecido fibroso conectando duas partes ósseas. Quando essa articulação fibrosa tem fibras mais longas é chamada de sindesmose, neste caso entre o rádio e a ulna.
Articulação do tarso tem as seguintes regiões articulares:
1 – Tibiotársico – tíbia com a primeira fileira do tarso – Articulação em gínglimo 
2 – Tarsometatársica – último osso do tarso com metatarso – Articulação plana
3 – Intertársica – entre os ossos do tarso – Articulação plana
1
2
3
Como a articulação tíbio-társica é em gínglimo tem ligamentos colaterais (medial e lateral), com duas faixas, uma mais longa e uma mais curta.
1 - Osso talus – se encaixa com a superfície articular da tíbia.
2 – Tíbia
3 - Tarso
1
2
3
Articulação pivotante ou trocóide: composta por um pino encaixado num anel. O movimento ocorre ao longo do eixo maior do pino. Tem uma área cilíndrica e escavada sem crista nem sulco (movimento pivotante). 
Em algumas articulações o pino gira em um anel fixo (ex: articulação radioulnar proximal) e em outras o anel se move ao redor do pino fixo (ex: articulação atlantoaxial).
ARTICULAÇÃO RADIOULNAR PROXIMAL
Pino gira em um anel fixo
Articulação atlantoaxial
Anel gira em torno de um pino fixo
C, Articulação em pivô: articulação atlantoaxial de bovino (vista cranial). 
2, processo espinhoso do áxis; 
3, arco dorsal do atlas; 
4, dente do áxis; 
5, arco ventral do atlas;
Articulação condilar: formada por dois côndilos em forma de dobradura que se encaixam em superfícies concavas correspondentes. O principal movimento é principalmente o uniaxial (deslizamento ao longo de um único eixo), em um eixo transversal comum aos dois côndilos e certos graus de rotação e deslizamentos são permitidos.
Os dois complexos podem ser próximos, como na articulação femorotibial ou bastante separados e com cápsulas articulares independentes, como a articulação da mandíbula.
Em cada caso, o conjunto complexo é considerado uma articulação condilar única.
A articulação condilar é sempre uma articulação incongruente. Na articulação femorotibial tem o menisco para acomodar os côndilos.
Femorotibial
D, Articulação condilar: articulação
femorotibial (joelho) de cão.
Articulação condilar: é a articulação formada por dois côndilos que se encaixam em superfícies também denominadas côndilo. Ex: côndilo lateral e medial do fêmur e côndilo lateral e medial da tíbia
Côndilos se encaixam com o côndilo lateral e medial da tíbia
Troclea do fêmur se encaixa com a patela
Já na articulação femoropatelar a articulação é plana. A patela se relaciona com a parte cranial da epífise distal do fêmur, chamada de troclea
Troclea
Articulação do joelho ou articulação fêmoro-tíbio-patelar: pode ser dividida em duas articulações:
Femorotibial: fêmur com tíbia
Femoropatelar: fêmur com a patela. A patela não se articula com a tíbia, somente com o fêmur
A articulação condilar só faz movimentos de flexão e extensão (assim como a articulação em gínglimo ou dobradiça). Já na femoropatelar (plana) só tem leve movimento de deslizamento.
A patela ajuda a fazer o movimento de extensão do joelho. Sem ela seria impossível esticar o joelho.
Quando a patela sobe, puxa a tíbia para cima mudando a angulação de inserção do tendão permitindo o movimento.
O animal que tem luxação de patela não estica o joelho.
Menisco: na articulação femorotibial o côndilo do fêmur se apoia no côndilo da tíbia e com isso poderia haver o deslocamento para os lados porque é uma articulação incongruente. Para melhorar o encaixe foi necessário um anexo para auxiliar, os meniscos lateral e medial.
O menisco tem formato de C. É uma estrutura fibrocartilaginosa para encaixar o fêmur e a tíbia e ajuda no amortecimento do impacto.
Menisco lateral: encaixa o côndilo lateral do fêmur com o côndilo lateral da tíbia
Menisco medial: côndilo medial do fêmur com o côndilo medial da tíbia.
Existem ligamentos que ajudam a prender os meniscos:
Ligamento intermeniscal: une dois meniscos
Ligamento meniscofemoral (do menisco para o fêmur)
Ligamento caudal do menisco lateral: reforço do menisco lateral porque nesta região está sujeito a instabilidade pela própria anatomia com chance de sair do lugar.
Ligamento cruzado: são dois ligamentos que se cruzam formando um X - o ligamento cruzado cranial e o caudal que unem os côndilos do fêmur com os côndilos da tíbia.
O ligamento cruzado cranial é intra-articular, está dentro da articulação, é banhado pelo líquido sinovial. 
A epífise proximal da tíbia onde tem os côndilos é levemente inclinada nos animais. O côndilo é arredondado, logo é uma bolinha descendo a rampa e o ligamento cruzado garante que o côndilo não escorregue.
Se o animal rompe o ligamento cruzado ele manca porque o membro fica mais curto. Com o rompimento do ligamento o côndilo da tíbia vai para trás e o membro encurta um pouco.
Os animais geralmente tem problema no ligamento cruzado cranial.
Ligamentos colaterais: tem a funçãode evitar que o fêmur e a tíbia façam movimentos pendulares. Existe o ligamento colateral lateral e ligamento colateral medial.
Ligamento colateral sempre será ligamento extra-articular.
Vista caudal
 
Ligamento cruzado caudal
Meios de união da patela com o fêmur:
1 menisco
2 patela
3 ligamento femoropatelar lateral
4 ligamento femoropatelar medial
1
2
3
4
A patela desliza na troclea do fêmur. A patela precisa “abraçar” o fêmur para não sair do lugar e esse abraço é feito por um ligamento que sai da patela e vai para o côndilo do fêmur. É o ligamento femoropatelar (lateral e medial) que é um ligamento extra-articular. 
É preciso, ainda, prender a patela na tíbia porque ao elevar a patela esta puxa a tíbia para frente fazendo flexão e para que isto seja possível temos o ligamento patelar.
1 – Patela do cavalo
2 – Ligamento patelar intermédio (vai para a tíbia) 
3 – Côndilo medial
4 - Côndilo lateral da tíbia 
5 – Ligamento patelar lateral
6 – Ligamento patelar medial
1
2
3
4
5
 6
Nos carnívoros (incluindo o ser humano) só tem um ligamento patelar (patela – tíbia) e um ligamento femoropatelar (patela - fêmur). 
No cavalo devido a força que tem no joelho são 3 ligamentos patelares. No bovino são 2 ligamentos patelares.
Cão
Cavalo
Luxação de patela é um problema comum em cães pequenos. O animal está andando, vira a pata e não consegue esticar mais porque a patela saiu da troclea.
A patela é relativamente concava e os animais que tem este problema podem ter a troclea rasa ou convexa dificultando que a patela fique alojada.
O ligamento patelar se insere na tuberosidade da tíbia que deve estar alinhada com a troclea (linha reta). O animal pode ter uma deformidade na tíbia fazendo com que a tuberosidade esteja desalinhada com a troclea (posição errada) e com o tempo a patela sai do lugar. Geralmente é deformidade do animal (osso meio torcido em S), embora em casos bem menos frequentes seja por trauma. Neste caso tem que operar para aprofundar a troclea, cortar a tuberosidade da tíbia torta e prender com pino no lugar para que tudo se encaixe.
No cão as articulações que tem mais problema são o joelho e a coxofemoral. O cotovelo e o ombro dão bem menos problemas.
Animais pequenos costumam luxar a patela medialmente e os animais grandes lateralmente.
Articulação elipsóide: composta por uma face ovoide convexa que se encaixa em uma concavidade correspondente (como se fosse “meia lua”. Os movimentos acontecem em ângulo reto um em relação ao outro (flexão e extensão / adução e abdução). Certo grau de rotação é possível.
Ex: articulação radiocárpica de cães-Permite movimentos de flexão e extensão e movimentos de lateralidade (abdução a adução)
E, Articulação elipsóide: carpo de cão
6, rádio; 
7, ulna; 
8, fileira proximal de ossos do carpo
1 - Articulação elipsóide
2 - Articulação intercárpica
 3 - Articulação carpometacárpica
 
 
1
2
3
Articulação selar: combina duas faces cada uma maximamente convexa em uma direção e maximamente côncava em uma segunda direção, em ângulo reto relativamente à primeira (formato de uma cela de cavalo). É encontrada nas falanges.
São também biaxiais (articulação realiza movimentos em torno de dois eixos), permitindo a flexão-extensão e a adução-abdução, mas com certo grau de rotação permitido ou imposto pela geometria das superfícies. 
Ex: articulação interfalangiana distal de cães.
F, Articulação selar: articulação interfalangiana distal de cão.
Articulação esferóide: parte de uma esfera contida em um sulco correspondente (uma estrutura bem cilíndrica conectada a um receptáculo). 
Essa articulação multiaxial tem grande versatilidade de movimentos (articulação multiaxial ou poliaxial é a que se move ao longo de todos os três eixos). É o tipo de articulação com maior mobilidade, permitindo flexão, extensão, rotação, abdução e adução. É o maior grau de liberdade de movimento (movimento de circundação).
Ex: articulação coxofemoral e escapuloumeral sã os melhores exemplos; ombro humano também segue esse padrão, mas o ombro nas espécies domésticas tem sua movimentação restrita à flexão e extensão.
G, Articulação esferóide: articulação do quadril (coxal) de cão (vista caudodorsal). 
Articulação do ombro – escápulo-umeral
1 - Tendão – liga o osso com o músculo
2 - Orla ou Lábio glenoidal – aumenta a fixação da articulação
3 - Cavidade articular
4 - Ligamento glenoumeral lateral
1
2
3
4
Superfícies articulares da articulação escápulo-umeral: cabeça do ombro e cavidade glenóide.
• 1 - Superfície articular do úmero – cabeça do úmero que se aloja na parte concava da escapula
• 2 - Superfície articular da escápula – cavidade glenoide (cavidade porque é uma superfície concava)
1
2
1
2
Cápsula articular
A cápsula articular mantém as duas superfícies articulares unidas.
Vista Lateral
Vista medial
Principais ligamentos da articulação escápulo-umeral: ligamento glenoumeral lateral e glenoumeral medial.
São ligamentos capsulares, ou seja, percorrem por dentro da membrana fibrosa da articulação.
Obs.: ligamento unem um osso a outro osso.
Superfícies da articulação coxofemoral: é uma superfície arredondada que se encaixa na outra que é concava. 
A superfície articular proximal do fêmur é a cabeça do fêmur (arredondada) e se encaixa numa região concava da superfície articular do osso coxal, o acetábulo.
A cápsula articular une a cabeça do fêmur e o acetábulo.
A displasia coxofemoral é o mau encaixe da cabeça do fêmur com o acetábulo. Em alguns animais o acetábulo é raso e a cabeça do fêmur não encaixa, existe uma incongruência gerando artrose e dor. Isso também pode ocorrer se a cabeça do fêmur for para cima não se encaixando no acetábulo.
A cabeça do fêmur não está encaixando com o acetábulo. Há uma luxação coxofemoral, que ocorre quando perde o encaixe das superfícies articulares.
Para a cabeça do fêmur sair do acetábulo tem que ter rompido o ligamento da cabeça do fêmur e a cápsula articular, ou seja, perdeu os meios de união.
O acetábulo não é totalmente côncavo. Tem uma borda dorsal bem desenvolvida e funda, mas a borda ventral é mais curta. Por isso dificilmente há luxação dorsal (fêmur ir para cima), mas quando exerce força para baixo, a cabeça do fêmur pode sair e luxar ventralmente, para minimizar este risco existe o ligamento transverso do acetábulo que é um ligamento intracapsular (dentro da cápsula).
Borda dorsal
Borda ventral
Ligamento transverso do acetábulo
Cavalos tem além de todas essas estruturas um ligamento acessório da cabeça do fêmur para ajudar e dar suporte estrutural, mantendo a articulação no lugar devido ao peso do animal.
Quanto mais ligamentos a articulação tem, menor o grau de mobilidade.
As articulações em esfera em comparação com as demais tem poucos ligamentos e os que possui em geral são curtos permitindo uma boa mobilidade (escapuloumeral e coxofemoral).
Os ligamentos são fibras colágenas paralelas (uma ao lado da outra), se romper não se regenera. Se houver rompimento parcial (lesão parcial) a depender do caso pode ser tratada clinicamente, mas em ruptura completa apenas cirurgicamente.
Na articulação coxofemoral temos um ligamento saindo da cabeça do fêmur e se prendendo no acetábulo, é o chamado “ligamento da cabeça do fêmur” ou “ligamento redondo da cabeça do fêmur” (este último em desuso). É um ligamento intra-articular, está dentro da articulação.
Cápsula articular
Outras classificações (aula):
Independente: movimento da articulação não depende do movimento da articulação do lado oposto. Ex: cotovelo tem movimento independente
Dependente: movimento da articulação depende do movimento da articulação do lado oposto. Ex: ATM movimenta as duas articulações ao mesmo tempo.
Congruente: articulações do tipo chave-fechadura. Há encaixe. Ex: escápula tem a cavidade glenoide que encaixa na cabeça do úmero; articulação do coxal. 
Incongruente: articulações que não tem encaixe perfeito e precisa de um outro elemento que faça a conexão. Ex: a articulação do joelho precisa do menisco(outro elemento que faça a conexão).
Articulações do membro torácico:
Articulação do ombro – escapuloumeral
Articulação do cotovelo - articulação úmero-rádio-ulnar
Articulação radiocárpica
Articulação carpo-metacarpo
Articulação metacarpo-falangiana
Articulação escápulo-umeral (articulação do ombro): une a escápula ao úmero
Articulações do ombro (A) esquerdo de cão. 
Os desenhos à esquerda são vistas laterais e à direita, mediais. 
1, escápula; 
2, cápsula articular aberta de modo a expor o tendão do bíceps; 
3, tendão do infraespinhoso; 
4, bolsa infraespinhosa; 
5, úmero; 
6, cápsula articular, estirada pela tração dos ossos; 
7, tendão do coracobraquial; 
8, tendão do subescapular, rebatido ventralmente; 
9, tendão do bíceps emergindo do sulco intertubecular; 
10, coto do extensor radial do carpo e do extensor digital comum; 
11 , ligamento colateral lateral; 
12, ligamento anular do rádio; 
13, rádio; 
14, ulna; 
15, cápsula articular; 
16, coto do ulnar lateral; 
17, coto comum dos flexores do carpo e dos dígitos; 
18, coto do pronador redondo; 
19, bíceps; 
20, braquial; 
21, ligamento colateral medial.
A cavidade glenóide da escápula é consideravelmente menor do que a cabeça do úmero
A cápsula articular é espaçosa e fusionada, em alguns pontos, aos tendões de músculos adjacentes, principalmente o subescapular
O movimento é livre em direção sagital, mas quantidades significativas de rotação, abdução e adução, e portanto também de circundução, são possíveis, particularmente em cães e gatos; nesses animais, um componente da movimentação, interpretado como supinação, provavelmente também ocorre no nível do ombro.
Articulação escapuloumeral
Articulação escapuloumeral
Articulação escapuloumeral
Articulação escapuloumeral
Articulação escapuloumeral
Articulação úmero-rádio-ulnar (do cotovelo)
Articulações do cotovelo (B) esquerdo do cão. 
Os desenhos à esquerda são vistas laterais e à direita, mediais. 
1, escápula; 
2, cápsula articular aberta de modo a expor o tendão do bíceps; 
3, tendão do infraespinhoso; 
4, bolsa infraespinhosa; 
5, úmero; 
6, cápsula articular, estirada pela tração dos ossos; 
7, tendão do coracobraquial; 
8, tendão do subescapular, rebatido ventralmente; 
9, tendão do bíceps emergindo do sulco intertubecular; 
10, coto do extensor radial do carpo e do extensor digital comum; 
11 , ligamento colateral lateral; 
12, ligamento anular do rádio; 
13, rádio; 
14, ulna; 
15, cápsula articular; 
16, coto do ulnar lateral; 
17, coto comum dos flexores do carpo e dos dígitos; 
18, coto do pronador redondo; 
19, bíceps; 
20, braquial; 
21, ligamento colateral medial.
Combina, em uma única cápsula, a articulação em dobradiça (ou ginglimo) entre o úmero e o rádio e, pelo menos em carnívoros, a articulação pivotante entre as extremidades proximais deste último par ósseo
Articulação úmero-rádio-ulnar (do cotovelo)
Cristas superficiais, mais pronunciadas em animais maiores, impedem a realização de outros movimentos, além daqueles de dobradiça. 
Articulação úmero-rádio-ulnar (do cotovelo)
Uma articulação radioulnar proximal, entre uma faceta circunferencial no rádio e uma área correspondente, porém menor na ulna, está presente mesmo quando a fusão mais distal exclui a possibilidade de movimentação. 
Articulação úmero-rádio-ulnar (cotovelo)
As diáfises do rádio e da ulna são unidas por uma membrana interóssea que se ossifica no início da vida dos ungulados. Em cães e gatos, essa membrana é longa o suficiente para permitir a limitada rotação possível nessas espécies.
Articulação úmero-rádio-ulnar (do cotovelo)
Articulação úmero-rádio-ulnar (do cotovelo) VISTAS
Articulação úmero-rádio-ulnar
Articulação úmero-rádio-ulnar
Articulação úmero-rádio-ulnar 
Articulação do carpo - antebraquiocarpiana, mediocarpiana e carpometacarpo
Articulação do carpo esquerdo de cão, vista palmar. 
1, ulna; 
2, rádio; 
3, acessório do carpo; 
4, ligamento colateral lateral; 
5, ligamentos distais do acessório do carpo; 
6, ligamento cárpico palmar; 
7, retináculo flexor; 
8, ligamento colateral medial; a seta está no canal do carpo.
Articulação do carpo - antebraquiocarpiana, mediocarpiana e carpometacarpo
As articulações antebraquiocárpica e radioulnar compartilham uma cavidade comum.
Articulação do carpo - antebraquiocarpiana, mediocarpiana e carpometacarpo
As cavidades das articulações mediocárpica e carpometacárpica são interconectadas
Em ungulados, a articulação proximal pode ser considerada pertencente à variedade do tipo dobradiça (ou ginglimo). O movimento de dobradiça é bastante livre no nível antebraquiocárpico (chegando, em cavalos, a cerca de 90°). 
Uma movimentação
considerável é também conseguida no nível mediocárpico (cerca de 45°), mas virtualmente nenhum movimento permitido no nível carpometacárpico.
Em cães e gatos, é mais versátil, podendo ser considerada elipsoide, embora não muito característica.
Articulação do carpo - antebraquiocarpiana, mediocarpiana e carpometacarpo
Articulação do carpo - antebraquiocarpiana, mediocarpiana e carpometacarpo
Articulação do carpo - antebraquiocarpiana, mediocarpiana e carpometacarpo
Articulação do carpo
Articulações do membro pélvico:
Entre o coxal e fêmur: articulação coxofemoral.
Cachorros grandes tem uma doença chamada displasia coxofemoral, é problema nesta articulação.
Entre o fêmur, patela e tíbia: articulação fêmuro-tíbio-patelar (joelho)
A fíbula não entra nesse encontro.
Entre tíbia e tarso: articulação tíbio-társica.
Entre tarso e metatarso: articulação tarso-metatársica.
Entre metatarso e falanges: metatarsofalangeana.
Articulações do crânio: 
Os ossos individuais do crânio são unidos firmemente por suturas que são articulações fibrosas
A mandíbula pela gonfose que também é uma articulação fibrosa
O aparelho hioide é unido pela articulação temporo-hióide que é uma sincondrose que é uma articulação cartilagínea (osso unidos por cartilagem hialina que tende a sinostose (ossificação).
Superfícies articulares:
Do úmero com a escápula - cabeça do úmero
Distal do úmero - côndilo do úmero
Da escápula com o úmero - cavidade glenóide
Proximal do fêmur - cabeça do fêmur
Do osso coxal - acetábulo
Rádio - cabeça do rádio
Ulna - incisura troclear

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