Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
[Hiperplasia|prostática|benigna] INTRODUÇÃO E DEFINIÇÃO • A HPB representa uma das patologias mais freqüentes do homem • Definida como aumento do volume da próstata secundaria á proliferação epitelial e estromal da glândula • O tamanho da próstata aumenta com a idade até atingir cerca de 20 anos • Após isso o crescimento reinicia em torno dos 30 anos, e sua velocidade de crescimento é alta, reduzindo progressivamente até os 70 anos, quando deixa de ocorrer. • O peso prostático dobra a cada 4,5 anos entre 31-50 anos, e a cada 10 anos após 51 anos. EPIDEMIOLOGIA • Prevalência histológica de HPB em necropsias chega a 50% em homens com 50 anos e ate 90% com 80 anos • Já a prevalência a palpação digital gira em torno de 20% com 50 anos e 45% com 80 anos • Do ponto de vista clinico representa 40% na oitava década de vida. • E desses, segundo estudo “Normative Aging Study”, 29% são submetidos a alguma intervenção entre 40- 80 anos. • Concluindo então que o crescimento prostático nem sempre acompanha de manifestações clinicas FATORES DE RISCO • Idade • Presença de testículos ETIOPATOGENIA • A testosterona representa importante estimulador da proliferação das células prostáticas • Por ação da enzima 5-α-redutase, localizada na membrana nuclear, a testosterona é convertida em 5- α-diidrotestosterona que se liga a receptores androgênicos produzindo alteração no RA da célula, promovendo síntese de proteína que modulam a proliferação e a secreção das células prostáticas. • MAS, a testosterona não age sozinha............. • Importantes grupos de peptídeos denominados “Growth factors” (Fatores de Crescimento –GF), tem ação estimuladora na proliferação celular da glândula, por meio de potente atividade mitogenica. • Dentre eles: ► Epidermal growth factor ► Transforming growth factor ► Fibroblast and Insulin growth factors ► Orquestram junto a testosterona a proliferação celular anormal da próstata MORFOLOGIA • A próstata normal é composta por 30 a 50 unidades alveolo-tubulares imersas em um estroma fibromuscular • Apresenta 2 componentes: ► Epitélio glandular: arranjados em acinos e túbulos ► Estroma: constituído por matriz proteica e fibromuscular O crescimento da próstata atinge esses dois componentes • Epitélio glandular: composto por 4 tipos de células (secretoras, basais, neuroendócrinas e transicionais) • Cels. Secretora: produzem enzimas PSA e FA • Cels. Basais: precursoras das cels. Secretoras • Cels. Neuroendócrinas: secretam peptídeos e hormônios como serotonina, calcitonina e somatostatina • Cels. Transicionais: ductos excretores • Estroma: 50% -tecido conjuntivo que contem fibroblastos e cels. musculares BREVE ANATOMIA • ZONA PERIFÉRICA (75%): postero-lateral, porção mais volumosa, principal local de adenocarcinomas • ZONA TRANSIÇÃO (5%): situa em torno da uretra, e apesar de pequena é aqui que origina a HPB • ZONA CENTRAL (20%): seu ápice na região proximal do verum montano e sua base sob o colo vesical • Estroma fibromuscular anterior: tecido conjuntivo, forma a parede da próstata • Esfíncter pré prostático: envolve a uretra proximal ao verum FISIOPATOLOGIA • 2 fatores contribuem para a fisiopatologia e repercussão clinica da HPB – fator obstrução mecânica e fator funcional. • A cápsula prostática e o estroma, no colo vesical, são ricas em receptores α-adrenérgicos, a qual atividades do sistema autônomo simpático causa contração da glândula e aparecimento de obstrução funcional dinâmica. • A hiperplasia glandular gera obstáculo físico ao fluxo urinário • Com o aparecimento da obstrução, a bexiga sofre um processo de hipertrofia com espessamento e trabeculação de sua parede permitindo a eliminação quase que normal de urina. • Nesta fase o fluxo urinário preserva-se as custas do aumento da pressão intravesical, com fluxo > 15ml/seg • Como conseqüência da hipertrofia, surgem alterações na inervação vesical levando ao aparecimento de sintomas irritativos, caracterizado por “instabilidade detrusora”. • Com a persistência da obstrução instala-se fibrose progressiva local, substituição de fibras musculares por colágeno. Isso provoca dilatação e hipotonia vesical piorando os sintomas obstrutivos e inicio da deteriorização do trato urinário superior. MANIFESTAÇÕES CLINICAS • A diferenciação dos sintomas em irritativos e obstrutivos tem importantes implicações clinicas. • Os sintomas obstrutivos melhoram após a cirurgia na maioria dos casos, porem os sintomas irritativos podem persistir em 15 a 20%. • As manifestações clinicas costumam ser oscilantes, e especula-se que o nível de atividade sexual e freqüência de ejaculações interferem no tônus adrenérgico e ação constritiva da próstata. AVALIAÇÃO CLÍNICA • American Urologial Association em HPB Measurement Committee elaboraram um questionário composto de 7 questões que refletem com relativa precisão a intensidade dos sintomas e o grau de desconforto • Denominado posteriormente por I-PSS (International Prostate Symptom Score) ► 0-7 = nenhum ou leve ► 8-19 = moderado ► 20-35 = severo É um questionário que o paciente deve responder sozinho. No final, a pontuação é somada e a classificação é realizada. • Todo os pacientes devem ser submetidos ao toque retal e exame neurológico dirigido com avaliação do tônus do esfíncter retal, reflexo bulbo-cavernoso, e grosseiramente função motora e sensitiva dos MMII • O toque retal tende a subestimar as dimensões, além disso o achado de próstatas de pequeno volume não exclui a presença de obstrução uretral O tamanho da próstata não é proporcional e nem inversamente proporcional aos sintomas – próstatas pequenas podem dar muitos sintomas bem como podemos ter próstatas grandes que não estão obstruindo a passagem da urina e não dar tantas queixas urinárias PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS • A realização de estudos por imagem do trato urinário em casos de HPB tem suscitado polemicas. Muitas autores recomendam de rotina e outros contestam. • AUA só recomenda a avaliação por imagem do trato urinário superior quando existe historia de hematuria, infecção, IRA ou IRC, litíase ou cirurgia previa. • Os exames podem ser: UGE, USG, Uretrocistoscopia, Urodinamica. USG USG simples abdominal NÃO é um método bom para ver próstata • Define com precisão a existência complicações da HPB – hidronefrose,litíase, divertículos vesicais, associação de outras patologia, medida do volume residual pos miccional • Calcula-se o volume prostático a partir da determinação dos diâmetros = ântero-posterior sargital (H), craniocaudal sagital (C) e latero-lateral axial (D). • Como a somatória dos diâmetros representa geralmente um volume 25 % maior, aplica-se uma formula dividida por 4. ► V= 0,4 (CxHxD) • A protrusão intravesical da próstata (PIP), lobo mediano, segundo estudo de Keqin e col., esta relacionado com maior volume prostático do que o USG, maior aumento do PSA, volume residual anormal, maior incidência de retenção urinaria aguda e maior incidência de trabeculação vesical. • O PIP tem sido utilizada como parâmetro para prever os sucesso da tentativa de retira da SVD em pacientes com RUA • Mariappan et al. Concluíram em seus estudo que PIP < 1 cm possuem chance 6x maior de conseguir urinar sem SVD Foto de uma bexiga na qual podemos ver a ponta de uma próstata URETROCISTOSCOPIA • Ajuda a definir repercussões vesicais (trabeculações, litíase, divertículos • È entendida pela AUA como exame opcional em pacientes com HPB que serão submetidos a tratamento cirúrgico • Não muito utilizada na pratica • clinica diária pré-operatório. Imagem característica de HPB- você não consegue ver uma luz da uretra e nem a bexiga lá no fundo. AVALIAÇÃO URODINAMICA• A urofluxometria muitas vezes não refletem exclusivamente o grau de obstrução uretral pela próstata, já que é resultado da interação entre capacidade propulsora vesical e resistência imposta pela uretra obstruída • Mas a avaliação urodinamica completa, permite definir tratar-se de obstrução infra-vesical, mas não diferenciando diagnósticos diferenciais como estenose de uretra Reservamos para pacientes acima de 80 anos geralmente, porque as vezes já passou por um período tão grande de obstrução que a bexiga já perdeu a capacidade de jogar a urina para fora, necessitando de tratar tanto a próstata quanto a bexiga. AVALIAÇÃO LABORATORIAL SEDIMENTO URINÁRIOS – URINA TIPO I • Objetivo é detectar associação com outras patologias, apesar de apenas 5% existam outras doenças • Custo baixo e fácil realização justificam seu emprego rotineiro FUNÇÃO RENAL • A IR é encontrada em cerca de 1% dos pacientes. O estudo MTOPS (Medical Therapy of Prostatic Symptons) mostrou incidência de 1,8%. Devido a baixa incidência, a AUA não recomenda a dosagem rotineira de creatinina na avaliação de HPB, a não ser em casos de RUA, exame físico e urina I sugestivos de doença renal PSA • É uma glicoproteina produzida exclusivamente pela próstata. • Cada grama de tecido prostático benigno é responsável por aumento de 0,31 ng/ml dos níveis séricos de PSA • Já o tecido maligno produz 10x mais, elevando 3,5 ng/ml cada grama. • Sua meia vida é de 2 a 3 dias • É encontrado em sua forma livre (5%) e conjugada (95%) EXISTEM VÁRIOS FATORES QUE PODEM ALTERAR O VALOR DO PSA • Toque retal: segundo Crawford et al., não altera de forma significativa. Já Yuan et al. Mostraram elevação acima do limite em 90% dos pacientes submetidos a TR, mas por apenas 24h. Cabe ressaltar que a massagem prostática altera de forma considerável • Prostatites • Biopsias e ressecção, colonoscopias, radioterapias • Trauma prostático: exercícios físicos extenuantes como ciclismo, aumentam o PSA • Finasterida: após 6 a 12 meses de uso diminuem 50% o valor do PSA • Dutasterida: apresenta redução de até 60-66% após 2 anos de uso CRITÉRIOS DO PSA • Densidade: corresponde ao quociente entre PSA e o volume prostatico determinado pelo USG. Igual ou superior a 0,2 recomenda-se biopsia. • Velocidade: Aumentos do PSA > 0,75 ou 20% por ano norteiam a investigação para CA de próstata. • Relação: Livre X Conjugado < 15% maior a chance de câncer • Estratificação – relação entre PSA x Idade. A relação entre idade e psa aumenta a chance de identificar câncer em mais jovens e reduzem em idosos COMPLICAÇÕES DA HPB • RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA: 2ª 10%, não representam o grau maximo de obstrução, pois podem ser secundários a uso de simpatomiméticos, anticolinérgicos, tricíclicos, prostatites e prostatetomias (desses 60 a 70% melhoram após 1 a 3 meses) • LITÍASE VESICAL: podem surgir por estase urinaria local ou migração de cálculos renais • ITU: pacientes com HPB são mais sujeitos, por presença de urina residual ou colonização prostática. • FALÊNCIA DETRUSORA: Quadro progressivo • IR: 14% - secundário a falência vesical, fator obstrutivo e fenômenos associados decorrente a idade (HAS, DM, outros). • HEMATURIA: 5% PADRONIZAÇÃO DIAGNOSTICA E AVALIAÇÃO CLINICA • Tipo de pacientes: LUTS + pela classificação de I-PSS • Toque retal: sempre • Urina I: sempre, para verificar hematuria e leucocituria • PSA: expectativa > 10 anos, pacientes que irão mudar e direcionar conduta • Urofluxometria: opcional • Resíduo Vesical: opcional (se necessário realizar por USG) • USG: opcional, mais muito realizado rotineiramente • Uretrocistoscopia: opcional para diferenciação diagnostica (estenose uretra, hematurias micro e macro, CA bexiga) e tb para preparo pré-operatório. ESTRATÉGIA APÓS A AVALIAÇÃO CLINICA • Confirmação diagnostica = Avaliação da severidade dos sintomas • Avaliação da necessidade de exames secundários • Determinação do tipo de tratamento (vigilante, clinico, cirúrgico) • Clinico: drogas a serem utilizadas • Cirúrgico: métodos e tipos de cirurgia • Classificação de necessidade absoluta de intervenção cirúrgica • Pré determinar resultados do tratamento proposto • E de grande importância, descartar CA de próstata e outras patologias associadas, e assim redirecionar o tratamento! Conforme o tratamento escolhido tem-se uma repercussão clínica importante [Tratamento|HPB] ESTRATÉGIA TERAPÊUTICA EM HPB • O tratamento da HPB é usualmente realizado com o objetivo de aliviar as manifestações clinicas e corrigir intercorrencias que podem existir e/ou surgir. • Mas a principal finalidade da indicação do tratamento é melhorar os sintomas obstrutivos urinarios INDICAÇÕES PARA INSTITUIR O TRATAMENTO • Absolutas ► Sintomas clinicos severos ► RUA ► Hidronefrose e/ou Uremia ► ITU recorrente ► Hematuria macroscopica ► Incontinencia urinaria paradoxal • Relativas ► Sintomas clinicos moderados ► Litiase e Diverticulos vesicais ► Residuo urinario significativo ► Fluxo urinario reduzido • Inconsistente ► Tamanho da prostata ► Alterações endoscopica INDICAÇÕES ABSOLUTAS • Sintomas Severos: 80% a 92% dos pacientes tem melhora importante dos sintomas • RUA: corresponde a 10% dos pacientes, 60 a 70% apresentam recidiva após tentativa de retirar SVD • Hidronefrose e Uremia: 5% - 1/3 associado a Insuficiencia renal. Devem ser rigorasamente vigiados e mantidos em drenagem vesical antes de qualquer intervenção • ITU recorrente: risco de bacteremia elevado • Hematuria: geralmente não relacionado a sangramento prostatico • Incontinencia paradoxal: são implicadas a descompensação e atonia grave do detrusor, iminencia de RUA INDICAÇÕES RELATIVAS • SINTOMAS MODERADOS: nem sempre precisam de tratamento devido as manifestações clinicas ciclicas • LITIASE E DIVERTICULOS VESICAIS: 4% - serão tratados concomitantes • RESIDUO URINARIO ALTO: quando residuo >300 ml, o risco de comprometimento do trato urinrio superior justifica o tratamento SELEÇÃO DO METODO DE TRATAMENTO • A – assintomaticos ou oligossintomaticos, sem complicações = vigilancia • B – sintomas moderados, oligossintomaticos com flluxo rebaixado ou residuo elevado = tratamento famacologico • C – sintomas severos ou complicações (retenção, ITU, uremia, hematuria) = modalidade cirurgica Quanto mais sintomas = mais invasivo o seu tratamento TRATAMENTO FARMACOLOGICO FISIOLOGIA • Componente fibromuscular corresponde a 70% do crescimento da HPB Vigilancia Farmacologico Cirurgia • Receptores α-1 adrenergicos são encontrados em abundancia no estroma ao nivel do colo vesical • O componente glandular é formado por celulas sensiveis a ação da testosterona e fatores de crescimento • Portanto, a prostata fica depende do eixo hipotalamo- hipofise-gonadal para o seu crescimento. • Ao nivel das celulas prostaticas, a testosterona é transformada em diidrotestosterona por ação da enzima 5-α-redutase. • A diidrotestosterona liga-se ao receptor androgenio, compondo um complexo que migra ao nucleo e fixa ao segmentos do DNA da molecula, estimulando a transcrição de genes especificos e em consequencia sintese proteica e divisão celular. BLOQUEADORES Α-ADRENERGICOS • Reduz as manifestações vesicais irritativas e aumenta o fluxo urinario em 50 a 80% dos pacientes. • Parece ter mehores resultados em prostatas pequenas • Atuação imediata, com resposta clinicas logo após iniciado o seu uso. EFEITOS COLATERAIS (RESULTADO DE VASODILATAÇÃO) Os principais são tontura e palpitação: isso é muito relevante quando se pensa que o tratamento pode ser em um idoso que mora sozinho... • FENOXIBENZAMINA: 10mg – efeitos colaterais importante (ate 30%) • PRAZOSINA: 1-2 mg 8/8h – ação curta– dificulta aceitação clinica • ALFUZOSINA: antagonista seletivo dos receptores • DOXAZOSINA: meia vida 22h – 1 a 4mg – difusamente utilizado • TANSULOSINA: 0,4 a 0,8 mg – bloqueador superseletivo – menores efeitos colaterais – o mais utillizado na pratica clinica Tansulosina dá muita ejaculação retrógada: refere que está ejaculando seco (o que não é bom para pacientes jovens....) TERAPEUTICA ANTIANDROGENICA • Visa reduzir o volume da glandula. Tendem a regredir o componente glandular antagonizando o eixo da testosterona • Analogos do LHRH, Ciproterona, Flutamida, Bicalutamida: caiu sem desuso para HPB • FINASTERIDA E DUTASTERIDA: inibidores da 5-α- redutase • Promove redução de 26% do tamanho da prostata, dimuição do IPSS de 3,6 pontos em 36 meses de uso. • Melhora global dos sintomas: 40% em 6 meses • Efeitos colaterais: DE (5%), Dimiuição libido (4,7%), redução volume ejaculado (4,4%) • Redução PSA: finasterida (50%), Dutasterida (66%) É muito boa para pacientes que estão quase no ponto de necessidade de sonda, pois esse medicamento diminui os sintomas de retenção urinária TERAPIA COMBINADA Inibidor 5-α-redutase + Bloq. α- adrenergico • Estudo MTOPS (Medical Therapy of Prostatic Symotins) → estudo classico que avaliou a evolução dos pacientes prostáticos. Ele percebeu que próstatas maiores vão bem com finasteria e prostatas menores vão bem com doxazosina OUTRAS TERAPIAS FARMACOLÓGICAS • ANTICOLINERGICOS – atenuar sintomas de hiperatividade detrusora relacionada a bexiga de esforço devido a HPB O tratamento combinado com inibidores da 5-α-redutase + anticolinergicos + Bloqueadores α-adrenergicos tem ganhado espaço após estudo de Kaplan e col. • INIBIDORES DA FOSFODIESTERASE 5 (PDE – 5) – aumentam concentração de oxido nitrico no musculo liso facilitando relaxamento do colo vesical e prostata. Associação de Inibidores da Fosfodiesterase 5 + bloq. alfa- adrenergicos tem sido testada TRATAMENTO CIRURGICO • As intervenções cirurgicas, em 2010, continuam representando a modalidade mais eficiente para alivio de sintomas e das complicações da HPB • A escolha da modalidade cirurgica (procedimento) deve levar em consideração as dimensões da prostata, complicações locais, experiencia do cirurgião, preferencia do paciente ITUP – INCISÃO TRANSURETRAL DE PROSTATA • Vantagens – minimo sangramento, absorção de liquido, tempo cirurgico e cateterismo pos-cirurgico. Alem de preservação de ejaculação. • Indicações - < 30g, colo vesical fechado, labio posterior proeminente e aumento discreto de lobos laterais. • Tecnica – Incisão com alça de ressecão ou eletrdo de Collins do colo até veru montanum • Melhores resultados e curto e longo prazo (12 meses), comparado a RTUP, segundo Riehmann e col com estudo de 112 homens com prostatas < 30g ELETROEVAPORIZAÇÃO DA PROSTATA • Procedimento exangue • Principio – eletrodo de bola (rollerball) conectado a uma corrente eletrica emitindo calor que atinge 70 a 100 ˚C. O tecido sofre dessecação (perde agua) e desnaturação proteica, assim corrorendo necrose tecidual de coagulação e despredendo após alguns dias ou semanas. A profundidade da coagulação branca é de 2-3mm • Complicações – Estenose uretra (4%), ejaculação retrograda (100%) • Vantagens – exangue, IU nula, absorção liquida e DE nula, SVD retirada no 1˚ PO • Desvantagens – falta de material para AP, sangramento tardio (3-4 semanas) RTUP – RESSECÇÃO TRANSURETRAL DE PROSTATA • Mais utilizada na pratica medica • Em 2010 – ainda é o padrão ouro para HPB • O tempo cirurgico deve ser limitado a 90 min – de preferencia 60 min. • Responsavel por 60% das cirurgias na decada de 1970. Hoje corresponde a 95% dos procedimentos para HPB TECNICA CIRURGICA • Sistema de irrigação – 40-50 cm H2O acima da bexiga • Liquidos – Glicose 4%, Glicina 1,5%, Sorbitol 2,7%, Manitol 0,5% • Administração de furosemida em procedimentos que passam de 70 min. • Aparelho de 24 fr. + meatotomia s/n • Tecnicas – Nesbitt, Calhas, Blandy, Campos Freire, Rocha Brito TECNICA CIRURGICA ( OBSERVAÇÕES) • Ressecções excessivas do colo vesical e extracapsular pode desinseri-lo da capsula e acarretar em sondagem erronea atras da bexiga = Deve-se entao proceder a SVD guiado por fio guia • Coagulação excessiva da loja prostatica pode causar necrose e desprendimento tardio do tecido com hematuria tardia • Sangramento intenso sem resultado a coagulação pela alça podem ocorrer ao atingir grande vasos = A saida é SVD com 40-60ml no balão e tração vigorosa para tamponamento. • A irrigação continua por RTUp deve ser empregada rotineiramente • Fixação da SVD deve ser abdominal pois previne a escarificação, sangramentos e estenose uretral no ângulo penoescrotal. • Geralmente a SVD permanece por 48h, ou até clareamento da urina Complicações (global = 18%) COMPLICAÇÕES - SD. RTUP • Sindrome RTUp – a absorção de liquido pode produzir 2 eventos. Hemolise intravascular e/ou Intoxicação hidrica. As manifestações são bradicardia, hipertensão, taquipneia (Sd. Cushing), aumento da volumia + hiponatermia dilucional + hipoosmolaridade + edema cerebral • Com a evolução aparece confusão mental, vomitos e até PCR • Tratamento = diuretico tiazidico COMPLICAÇÕES - SANGRAMENTO • Pode se manifestar no POI, POT (1-4semanas) • O tratamento pre op com finasterida ou flutamida reduzem o sangramento. • Obstruções de SVD por coagulos podem ocorrer e devem ser evacuados com tração da mesma e se necessario com Ellick • Sangramento após 3-4 semanas são observados em 1- 3% e decorrem de cauterização excessiva do leito prostatico COMPLICAÇÕES - RUA • Secundario a coagulos, espasmos esficterianos, falencia vesical • Massa de tecido apical não ressecado adequadamente pode ocluir uretra na altura do veru montanum e causar RUA • Cateterismo vesical por um curto periodo e AINE quase sempre resolvem esse problema COMPLICAÇÕES - ITU E BACTEREMIA • Bacteremia intraop. Assintomatica ocorre em 20% • Risco elevado para ITU pos RTUp – uremia, DM, bexiga neurogenica, imunodepressão • Tratamento inclue ► Cefalosporina 1 e 2 geração ► Quinolonas ► ATB deve iniciar no POI e permanecer até 14 dias após retirada da SVD COMPLICAÇÕES - INCONTINENCIA URINARIA (30-40%) • Geralmente relacionada a instabilidade detrusora • Se > 8 semanas – considerar lesão iatrogenica de esfincter • Tratamento – oxibutinina ou amipramina ou sertralina. Se severa – injeção intra de pasta de teflon. COMPLICAÇÕES - ESTENOSE URETRAL • Causado pela sonda de Foley e de isquemia tecidual uretral e eventalmente trauma mecanico do aparelho. • Cuidados para reduzir o risco – ressector de 24fr., lubrificação adequada da uretra, fixação adequada, uso de sonda siliconadas PROSTATECTOMIA ABERTA • É a forma mais antiga de cirurgia da prostata e o metodo de maior controle dos sintomas • Única tecnica exequivel nos pacientes com anquilose de bacia • Tecnica e Variações Geralmente realizada para próstatas muuuito grandes COMPLICAÇÕES – GLOBAL = 17,3 % • Sangramentos – comuns no pos op. • Fistulas urinarias - <5 % • Epididimite aguda – 4% • Necessidade de transfusão – 7% • ITU – 6% • Necessidade de revisão cirurgica – 3,7% • Incontinencia urinaria prolongada - incomum COMPARAÇÃO GERAL DAS TECNICAS Veja que a chance de melhora em todas as técnicas são muito altas. E as principais queixas são ejaculação e disfunção erétil.
Compartilhar