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10 Câncer de Próstata brait pdf

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[Câncer|de|Próstata]
A DOENÇA DO HOMEM 
DADOS ESTATÍSTICOS 
• Tumor + comum em homens desde 1984: na década 
de 80 foi que surgiu o exame de PSA (hoje tido como 
exame de rastreio) 
• Representa 1/3 de todos os cânceres 
• Risco de sofrer com a doença é de 17,6% 
• Risco de morte de em torno de 2,8 a 4,7% 
(mortalidade baixa) 
• Desde de 1991 houve redução da mortalidade com o 
advento do PSA e das técnicas de tratamento 
• No Brasil estimativa de 52 mil novos casos em 2016 
Dado da semana passada: cerca de 50% dos CA de próstata 
deixaram de ser diagnosticados por causa da pandemia este 
ano! 
 
Observe a maior incidência em HOMENS NEGROS. Porém, 
de forma estatística eles são menos diagnósticados. Além 
disso, são mais agressivos em negros, com maior chance 
de óbito 
 
CAUSAS / FATOR DE RISCO 
• Idade: quanto mais velho, maior o risco 
• Presença de testículos – produtores de testosterona 
• História familiar e hereditariedade 
Alimentação rica em gorduras, baixa vitamina D → não tem 
nada comprovado e nem de muito impacto 
FATORES DE RISCO 
• Idade 
• História familiar (hereditário) 
► 1 parente de 1º grau – chance 2x maior 
► 2 parentes de 1º grau – chance 6x maior 
• Raça negra 
• Obesidade 
• Hábitos alimentares (gordura) 
DIAGNÓSTICO 
• Rastreamento e Detecção Precoce (o que é diferente 
de prevenção! Não existe prevenção de CA de 
próstata, nada que você fizer vai previnir) 
Até o momento, pelas diretrizes, recomenda-se: 
► Toque retal e PSA ANUAL entre 50 e 80 anos 
► Toque retal e PSA ANUAL > 45 anos com história 
familiar positiva e negros 
Em 2015 saiu uma conversa de que o toque retal não era 
necessário e não deveria ser feito em toda a população. Em 2018 
isso foi revisto, e eles voltaram a atrás e disseram que realmente 
precisam de rastreamento, porém não deve ser populacional 
(não deve fazer em todo mundo, cada homem deve ir 
independentemente ao médico e aproveitar para fazer, não 
deve-se encher um ônibus e levar todos para fazer kk) 
PSA 
• Antígeno Prostático Benigno 
• PSA é uma glicoproteína sintetizada no epitélio 
prostático e excretada no fluido seminal 
• Sua função é a liquefação do fluido seminal. 
O problema é que não é tão específico assim: outros locais 
como a glândula adrenal e a salivar podem produzir 
(porém em quantidades ínfimas que não influenciam na 
verificação sérica) 
APLICAÇÕES CLÍNICAS 
• PSA NORMAL – até 2,5 ng/dl 
► Pacientes com PSA entre 4 – 10 ng/dl tem 30 % 
probabilidade de apresentar câncer 
► Pacientes com PSA > 6 ng/dl tem 62% de 
probabilidade de apresentar câncer. 
RISCO DE CÂNCER X VALOR DO PSA 
 
SITUAÇÕES QUE ALTERAM O PSA 
✓ Hemodiálise – só altera o livre 
✓ Biópsia de próstata 
✓ HPB (até 20 % dos casos) – quanto maior o volume da 
próstata, maior a produção do PSA 
✓ Ejaculação 2-3 dias antes do exame 
✓ Massagem prostática 
✓ RTU de próstata 
✓ RUA 
✓ Prostatite 
✓ USG transretal e colonoscopia 
✓ Trauma 
FATORES RELEVANTES DO PSA 
✓ A finasterida reduz o PSA em 50% em seis meses de 
uso: então se o paciente te falar que faz uso de 
finasterida, você praticamente duplica o PSA, pois o 
valor que vem não é verdadeiro 
✓ A dutasterida reduz 60% após 1 ano de uso. 
✓ Castração química ou cirúrgica reduz ao níveis 
indetectáveis após 90 dias. 
✓ Outros orgãos são produtores de PSA, mas não 
expressam significativamente concentrações séricas 
(TU de ovário, glândulas parauretrais, liquido 
amniótico, tecido mamário) 
VELOCIDADE DE CRESCIMENTO DO PSA 
• Trata-se da variação do valor do PSA durante um 
determinado intervalo de tempo. 
• 72% dos indivíduos com câncer de próstata 
apresentaram variação > 0,75 em 1 ano, quando PSA 
encontra-se > 4 
Ex.: paciente vem todo ano a uma consulta e todo ano esse PSA 
vem aumentando. Porém você tem que ficar atento ao intervalo 
de tempo e o aumento do PSA. Se tiver um aumento de PSA > 
0,75 de um ano pra outro – mais que isso você se preocupa 
DENSIDADE DO PSA 
• Trata-se da relação entre PSA X Volume prostático 
• Medido através do USG transretal 
• Densidade > 15: representa maior chance de câncer 
de próstata 
Próstatas muito grandes terão naturalmente maiores PSA, 
assim como próstatas menores terão menores PSA 
PSA LIVRE X PSA TOTAL 
• Quantificar a relação entre PSA livre e PSA total 
• E representaram 20 % de biopsias evitadas 
 
RELAÇÃO PSA X IDADE 
• O volume prostático aumenta com a idade e 
juntamente aumenta o valor do PSA 
• Não é fidedigno, pois há risco grande de não 
diagnosticarem tumores agressivo em pacientes 
idosos, assim como tumores de baixa agressividades 
em paciente jovens 
 
DIAGNÓSTICO 
• O TOQUE É MESMO IMPORTANTE?????????? SIM 
 
TOQUE RETAL 
 
O principal local de 
formação do CA de 
próstata é na zona 
periférica (diferente 
da HPB que é na zona 
central de transição). 
Então, durante o 
toque é possível 
detectar lesões 
pétreas ao exame 
clínico 
BIÓPSIA DE PRÓSTATA – CONSIDERAÇÕES 
• Positividade da biópsia para o câncer de próstata 
► 1˚ biopsia = 15 – 30% 
► 3 ˚ biopsia = 5 % 
► 4 ˚ biopsia = 4 % 
Na 3ª e 4ª biópsia, a probabilidade de achar um CA é muito 
pequena. Se você não achou na 1ª e na 2ª biópsia 
(provavelmente não é CA e não é necessário ficar realizando, 
porque não vai diagnosticar) 
Classificação de Gleason e ISUP 
Quando maior a diferenciação celular, mais agressivo é o 
câncer. Por isso temos essas duas classificaçõe. O patologista 
olha para a lâmina e observa as duas alterações celulares mais 
comuns que ele encontra, classificando de 1-5. O gleason é 
classificado de 6-10 conforme o tipo celular mais frequente e o 
tipo celular em segunda posição mais frequente. Aqui a ordem 
dos fatores alteram o produto – se tiver 3+4 = 7 é um tumor 
menos grave do que 4+3 = gleason 7 
PATOLOGIA 
ADENOCARCINOMA – 95% 
• Tumor mais frequente da prostata 
• 85% encontram-se no estadio T2 
• 70% são multifocais, bilaterais, zona periférica 
• São classificados de acordo com o grau de 
diferenciação tumoral na arquitetura histologica, 
chamado escore de GLEASON 
• O Gleason varia de 1 a 5, quanto mais atipia celular 
maior o escore de Gleason 
• E devem ser somado as duas alterações mais 
frequente no achado citologico microscopica 
OUTROS TIPOS (SÃO BEM RAROS) 
• ADENOCARCINOMA MUCINOSO – 0,4 a 0,8% – são 
mais agressivos, provem dos ductos prostáticos, 
geralmente com crescimento exofíticos perto do 
verumontanum e uretra prostática - causam 
hematúria 
• TUMOR MESENQUIMAL – SARCOMA E 
RABDOMIOSARCOMA – 0,1 a 0,2 % - são mais 
frequentas na infância 
• CANCER DE CELS. TRANSICIONAIS – 1 a 4% - primários 
da próstata, sem comprometimento vesical, 
geralmente já em estadio T3 e T4 junto ao colo. 
RNM 
• Serve tanto para diagnóstico, preparo pré-operatório, 
rastreamento e seguimento 
• Vem ocupando nos últimos anos um espaço cada vez 
maior em todo o contexto da doença da próstata 
• É uma RM multiparamétrica de próstata 
 
ESTADIAMENTO - TNM 
 
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO 
CLASSIFICAÇÃO DE D’AMICO 
MUITO BAIXO RISCO 
► Menos de 50% da amostra 
► Até 2 fragmentos positivos 
► Gleason 6 
BAIXO RISCO 
► T1 – 2 a 
► PSA < 10 
► Gleason < ou = 6 
► Menos de 3 fragmentos aometidos (< 50% cada) 
 
RISCO INTERMEDIARIO 
► T2b/c 
► PSA 10 a 20 
► Gleason = 7 
► Obs – estadiamento com RM e cintilografia 
ALTO RISCO 
► T3a 
► Gleason 8 a 10 
► PSA > 20 
► Obs – estadiamento com RM e cintilografia 
TRATAMENTO – RESUMO 
 
Hoje o CA de próstata existem tantas opções, que não convém 
para nós todos os detalhes específicos. É a doença mais 
estudada na urologia 
Hormonioterapia: bloqueio da testosterona 
Castração: cirúrgica é a retirada do testículo e química e o 
bloqueio completo da ação da testosterona (que é o alimento do 
Ca de próstata) 
TRATAMENTO COM CIRURGIA 
Basicamente, pode ser por corte ou por vídeo/robô. O intúitoé 
acessar a próstata, que fica inferiormente a beixga; deve-se 
retirar a próstata e primeiro tem que fazer a ligadura do plexo 
venoso → segue-se desconectando a uretra da próstata → 
depois faz a ligadura do feixe vásculo-nervoso → por isso tem 
duas implicações clínicas importantes: incontinência urinária e 
importência sexual (que são as duas grandes preocupações) → 
depois você liga os ductos deferentes → retira as vesículas 
seminais e desconecta a próstata das vesículas. Posteriormente 
você reconstrói o canal da urina ligando a baxiga na uretra. 
Tem os melhores resultados oncológicos porém por ser muito 
invasiva traz risco de impotência e incontinência 
TRATAMENTO COM RADIOTERAPIA 
Pode ser convencional ou tridimensional modulada. Também 
tem risco de sangramento na urina, risco de impotência sexual 
e incontinência urinária (porém são menores) mas tem menor 
efeito oncológico. Ainda, existem sementes radiológicas que são 
implantadas na próstata e ficam emitindo radiação (o prof. Não 
gosta, é utilizada para casos extremamentes selecionados e de 
baixo risco) 
TRATAMENTO – PROBLEMAS 
• Incontinência urinária 
• Impotência sexual 
• Urgência miccional 
• Lesões da radiação na bexiga 
 
Para a impotência sexual é possível implantar próteses, sejam 
elas infláveis ou maleáveis.

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