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Imunidade adaptativa

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A resposta imune adaptativa é mediada pelos linfócitos 
e seus produtos. Os linfócitos expressam receptores 
altamente diversos que são capazes de reconhecer 
vários antígenos, desencadeando diferentes tipos de 
respostas. As porções de antígenos reconhecidas pelos 
linfócitos são chamadas de epítopos. 
É interessante ressaltar o processo de construção 
dessa imunidade. Clones de linfócitos com diferentes 
especificidades estão presentes em indivíduos não 
imunizados e são capazes de reconhecer e responder 
aos antígenos estranhos, ou seja, clones de linfócitos 
antígeno-específicos se desenvolvem antes e 
independentemente da exposição ao antígeno. Esse 
processo conhecido como seleção clonal. 
Um antígeno então introduzido se liga às células do 
clone antígeno-específico preexistente, selecionando-
as, e as ativa. 
Como resultado dessa ativação, as células específicas 
para esse antígeno proliferam para gerar milhares de 
descendentes com a mesma especificidade, e esse 
processo é conhecido como expansão clonal. 
Essa diversidade se dá pela existência de muitos clones 
distintos de linfócitos sendo que cada clone possui um 
único receptor antigênico e, consequentemente, uma 
única especificidade antigênica, contribuindo para um 
repertório total 
extremamente diverso. 
A exposição do sistema imune a um antígeno estranho 
aumenta sua capacidade de responder novamente 
àquele antígeno, ou seja, as respostas referentes às 
exposições subsequentes ao mesmo antígeno, são 
normalmente mais rápidas, de maior magnitude e com 
frequência quantitativamente diferentes da primeira. 
Essa memória imunológica ocorre então porque cada 
exposição a um antígeno gera células de memória de 
vida longa específicas para o antígeno. 
A imunidade adaptativa possui dois tipos de respostas: 
a resposta imune humoral e a resposta imune celular 
A imunidade humoral é mediada pelos anticorpos 
presentes no sangue e nas secreções mucosas, os 
quais são produzidos pelos linfócitos B. Esses anticorpos 
reconhecem antígenos microbianos, neutralizam a 
infectividade desses microrganismos e os marcam para 
sua posterior eliminação pelos fagócitos e pelo sistema 
complemento. Esse tipo de imunidade é o principal 
mecanismo de defesa contra os microrganismos e suas 
toxinas 
Já a imunidade celular é mediada pelos linfócitos T. 
Ocorre que muitos microrganismos são ingeridos, mas 
sobrevivem dentro dos fagócitos, e alguns, 
particularmente os vírus, infectam e se replicam em 
diversas células do hospedeiro. Nesses locais, portanto, 
os microrganismos ficam inacessíveis aos anticorpos 
circulantes e a defesa contra essas infecções é mediada 
por células que vão promover a destruição de 
microrganismos dentro dos fagócitos e a morte das 
células infectadas para eliminar os reservatórios da 
infecção. 
A forma de imunidade induzida pela exposição a um 
antígeno estranho é chamada imunidade ativa 
Imunização 
A imunidade passiva é conferida pela transferência 
adotiva de anticorpos ou de linfócitos T específicos para 
o microrganismo. Ela é capaz de conferir resistência à 
infecção, porém não gera memória imunológica 
A transferência terapêutica passiva de anticorpos, mas 
não de linfócitos, ocorre também durante a gravidez 
(da mãe para o feto), a qual permite aos recém-
nascidos o combate a infecções por vários meses antes 
que eles próprios desenvolvam a capacidade de 
produzir anticorpos 
Iniciação e desenvolvimento das respostas imunes 
As respostas imunes adaptativas consistem em passos 
distintos, sendo os três primeiros o reconhecimento do 
antígeno, a ativação dos linfócitos e a eliminação do 
antígeno (fase efetora) 
A resposta declina à medida que os linfócitos 
estimulados pelos antígenos morrem por apoptose, 
restaurando a homeostasia, e as células antígeno-
específicas que sobrevivem são responsáveis pela 
memória 
A iniciação das respostas imunes adaptativas ocorre 
quando os antígenos são capturados e expostos aos 
linfócitos específicos (linfócitos T). 
As células que realizam essa função são chamadas 
células apresentadoras de antígeno (APCs) sendo as 
mais especializadas delas as células dendríticas, 
responsáveis por capturar tais antígenos e transportá-
los aos órgãos linfoides para apresentando-os aos 
linfócitos T naive 
A ativação desses linfócitos pelo antígeno leva à 
proliferação dessas células, resultando em um aumento 
no número de clones antígeno-específicos, 
caracterizando o processo de expansão clonal. 
Esse processo é seguido pela diferenciação 
dos linfócitos ativados em células capazes de eliminar o 
antígeno que são chamadas células efetoras, assim 
chamadas por efetivar o efeito final da resposta imune, 
e em células de memória, que são capazes de 
sobreviver por longos períodos, montando fortes 
respostas após encontros repetidos com o antígeno. A 
eliminação do antígeno requer também a participação 
de outras células não linfoides, como macrófagos e 
neutrófilos, que também podem ser chamadas de 
células efetoras. 
Esses passos todos que envolvem a ativação dos 
linfócitos demoram alguns dias e por isso há a 
necessidade da imunidade inata inicialmente, a fim de 
conferir proteção ao nosso organismo 
Uma vez que a resposta imune adaptativa tenha 
erradicado a infecção, o estímulo para a ativação dos 
linfócitos se dissipa e a maior parte das células efetoras 
morrem, resultando no declínio da resposta., restando 
apenas células de memória 
As células do sistema imune interagem umas com as 
outras durante os estágios de iniciação e efetor das 
respostas imunes inata e adaptativa. através de citocinas, 
que são um grupo de proteínas com diversas 
estruturas e funções, as quais regulam e coordenam 
muitas atividades das células da imunidade inata e 
adaptativa. Todas as células do sistema imune secretam 
pelo menos algumas citocinas e expressam receptores 
de sinalização específicos para diversas citocinas. Existe 
também. um grande subgrupo de citocinas 
estruturalmente relacionadas que regulam a migração 
e o movimento celular, conhecidas como quimiocinas.. 
Imunidade humoral 
A gente sabe, portanto, que os linfócitos B reconhecem 
antígenos, proliferam e se diferenciam em plasmócitos 
que irão secretar diferentes classes de anticorpos com 
funções distintas. 
Cada clone de células B expressa um receptor 
antigênico de superfície celular que seria uma forma de 
anticorpo ligado à membrana, com uma especificidade 
antigênica única. 
Vimos na tutoria anterior também que diferentes 
substâncias presentes nos microrganismos são capazes 
de desencadear respostas em nossas células 
A resposta das células B aos antígenos proteicos requer 
sinais de ativação, ou seja, auxílio das células T CD4+. 
Polissacarídeos e lipídeos estimulam a secreção 
principalmente do anticorpo da classe denominada 
imunoglobulina M (IgM). Antígenos proteicos induzem a 
produção de anticorpos de diferentes classes (IgG, 
IgA, IgE) a partir de um único clone de células B. Essas 
diferentes classes de anticorpos servem a funções 
distintas. Células T auxiliares também estimulam a 
produção de anticorpos com afinidade 
aumentada ao antígeno que é um processo, chamado 
maturação de afinidade responsável por melhorar a 
qualidade da resposta imune humoral 
A resposta imune humoral combate microrganismos de 
várias maneiras. 
Os anticorpos podem se ligar aos microrganismos, 
impedindo-os de infectar as células, ou seja, 
neutralizando-os. É um mecanismo da imunidade 
adaptativa capaz de deter uma infecção antes que ela 
se estabeleça, é inclusive um mecanismo chave da 
vacinação. 
Anticorpos IgG recobrem os microrganismos e os 
marcam para a fagocitose, porque os fagócitos 
(neutrófilos e macrófagos) expressam receptores para 
partes das moléculas de IgG. 
Já o sistema complemento é ativado por IgM e IgG e 
os produtos do complemento vão promover a 
fagocitose e a destruição dos microrganismos. 
A IgA é secretada pelo epitélio da mucosae neutraliza 
microrganismos no lúmen dos tecidos de mucosa, tais 
como os tratos respiratório e gastrintestinal, prevenindo 
assim que os microrganismos inalados e ingeridos 
infectem o hospedeiro. 
A IgG materna é ativamente transportada através da 
placenta e protege o recém-nascido até que o sistema 
imune do bebê se torne maduro. Esses anticorpos tem 
tempo de meia vida de mais ou menos 3 semanas 
Alguns plasmócitos secretores de anticorpos migram 
para a medula óssea ou tecidos de mucosa e vivem 
por anos, produzindo continuamente baixos níveis de 
anticorpos. Os anticorpos secretados por esses 
plasmócitos de vida longa fornecem proteção imediata 
se o microrganismo reinfectar o indivíduo. Porém, uma 
proteção mais efetiva é fornecida pelas células de 
memória, que são ativadas pelo microrganismo e 
rapidamente se diferenciam para gerar grandes 
números de plasmócitos. 
Imunidade Celular 
Os linfócitos T são as células relacionadas a imunidade 
celular. Elas reconhecem os antígenos dos 
microrganismos associados às células e diferentes tipos 
de células T auxiliam os fagócitos a destruir esses 
microrganismos ou matar as células 
infectadas. Elas não são capazes de produzir anticorpo. 
Seus receptores antigênicos são moléculas de 
membrana distintas, mas estruturalmente relacionadas 
aos anticorpos. Possuem especificidade restrita para 
antígenos, ou seja, reconhecem peptídeos derivados 
das proteínas estranhas que estão ligadas às proteínas 
do hospedeiro denominadas complexo principal de 
histocompatibilidade as quais são expressas 
nas superfícies de outras células. Como resultado, essas 
células T reconhecem e respondem aos antígenos 
associados à superfície celular, mas não aos antígenos 
solúveis 
Os linfócitos T consistem em populações 
funcionalmente distintas, sendo as mais bem definidas: 
as células T auxiliares, linfócitos T citotóxicos (CTLs) e 
as células T reguladoras. 
As células T auxiliares são sendo mediadas 
principalmente pela secreção de citocinas, enquanto os 
CTLs produzem moléculas que matam outras células. 
As células T reguladoras, atuam principalmente na 
inibição das respostas imunes. 
1. Após a ativação nos órgãos linfoides secundários, os 
linfócitos T naive se diferenciam em células efetoras e 
muitas destas migram para os sítios de infecção. 
2. Quando essas células T efetoras encontram 
novamente os microrganismos associados a células, são 
ativadas e realizam as funções responsáveis pela 
eliminação dos microrganismos. 
Algumas células T auxiliares CD4+ secretam citocinas 
que recrutam leucócitos e estimulam a produção de 
substâncias microbicidas nos fagócitos. Outras células T 
auxiliares CD4+ secretam citocinas que ajudam as 
células B a produzir um tipo de anticorpo chamado IgE 
e ativam os eosinófilos, que são capazes de matar 
parasitas grandes demais para serem 
fagocitados. Algumas células T auxiliares CD4+ 
permanecem nos órgãos linfoides e estimulam 
respostas de células B. CTLs CD8 + matam as células 
que abrigam microrganismos no 
citoplasma que podem ser vírus que infectam muitos 
tipos celulares ou bactérias que são ingeridas pelos 
macrófagos, mas escapam das vesículas fagocíticas no 
citoplasma (onde são inacessíveis à maquinaria de 
morte dos fagócitos, amplamente confinadas às 
vesículas). 
3. Com a destruição das células infectadas, os CTLs 
eliminam os reservatórios da infecção. Os CTLs 
também são responsáveis por matar as células 
tumorais que expressam antígenos reconhecidos como 
estranhos. 
Apresentação de Antígeno para Linfócitos T e as 
Funções das Moléculas do Complexo Principal 
de Histocompatibilidade 
É impossível para as poucas células T específicas para 
um dado antígeno qualquer patrulharem 
constantemente todos os possíveis tecidos onde os 
antígenos podem entrar ou ser produzidos. O 
mecanismo que resolve esse problema é um sistema 
especializado para capturar um antígeno e levá-lo para 
os órgãos linfoides, onde estão presentes os linfócitos 
naive. As células que capturam antígenos e os exibem 
aos linfócitos T são chamadas células apresentadoras 
de antígeno (APCs) 
Para garantir que as células T reconheçam os antígenos 
associados a células e não os 
antígenos livres, ou seja, presentes no meio 
extracelular, os receptores antigênicos da célula T 
evoluíram para detectar somente antígenos derivados 
de antígenos que estejam no meio intracelular e que 
sejam exibidos por moléculas da superfície celular. 
Diferentemente do que acontece com os linfócitos B, 
cujos receptores antigênicos e produtos secretados, os 
anticorpos, podem reconhecer antígenos em 
microrganismos e na superfície de células do 
hospedeiro, além de antígenos solúveis livres de 
células. A tarefa de exibir antígenos associados a uma 
célula do hospedeiro para serem reconhecidos por 
células T CD4+ e CD8+ é realizada por proteínas 
especializadas chamadas moléculas do complexo 
principal de histocompatibilidade (MHC) as quais são 
expressas nas superfícies das células do hospedeiro. 
Esse complexo também é responsável por exibir 
antígenos de diferentes compartimentos celulares às 
diferentes classes de células T, garantindo assim que o 
tipo “correto” de célula T reconheça o tipo de 
microrganismo. Por exemplo, a defesa contra 
microrganismos presentes na circulação tem de ser 
mediada por anticorpos, e a produção dos anticorpos 
mais efetivos requer a participação de células T 
auxiliares CD4+. Entretanto, um mesmo microrganismo 
(p. ex.: um vírus) infectando uma célula tecidual se torna 
inacessível ao anticorpo, e sua erradicação pode exigir 
que linfócitos T 
citotóxicos (CTL) CD8+ destruam as células infectadas 
e eliminem o reservatório de infecção. Portanto, as 
moléculas do MHC exercem papel decisivo na 
segregação dos antígenos internalizados 
oriundos do meio externo e os antígenos produzidos 
dentro das células, e os exibe a diferentes populações 
de célula T 
A maioria das células T reconhecem apenas peptídeos, 
ou seja, proteínas. Há também duas classes de 
moléculas do MHC, chamadas de classe I e de classe II. 
As células T CD4+ reconhecem peptídeos exibidos 
pelo MHC de classe II, enquanto as células T CD8+ 
reconhecem peptídeos exibidos pelo MHC de classe I. 
Propriedades Gerais das Células Apresentadoras de 
Antígeno 
Diferentes tipos celulares atuam como células 
apresentadoras de antígeno para ativar células T naive 
ou células T efetoras previamente diferenciadas. As 
DCs são as APCs mais efetivas para ativação de células 
T naive e, portanto, para iniciar as respostas de células 
T. Os macrófagos e linfócitos B também 
atuam como APCs, todavia principalmente para células 
T auxiliares CD4+ previamente ativadas, em vez de 
células T naive. 
DCs, macrófagos e linfócitos B expressam moléculas do 
MHC classe II e outras moléculas envolvidas na 
estimulação de células T, sendo, portanto, capazes de 
ativar linfócitos T CD4+ 
As células apresentadoras de antígeno exibem 
complexos peptídeo-MHC para serem reconhecidos 
pelas células T e também fornecem estímulos 
adicionais que são requeridos para respostas integrais 
de células T. DCs e macrófagos expressam receptores 
do tipo Toll e outros sensores microbianos e 
respondem aumentando a expressão de moléculas do 
MHC e coestimuladores, melhorando a eficiência da 
apresentação antigênica, e ativando as APCs a 
produzirem citocinas que ajudam a estimular as 
respostas de célula T. As DCs ativadas por 
microrganismos expressam receptores de quimiocinas 
que facilitam sua migração para os sítios onde as células 
T estão presentes. 
As células apresentadoras de antígeno que apresentam 
antígenos para células T também recebem sinais de 
volta desses linfócitos, os quais intensificam a função de 
apresentação antigênica das APCs. Essa interação 
bidirecional entre as APCs exibindo o antígeno e os 
linfócitos T reconhecendo o antígeno atua como uma 
alça de feedback positivo que tem papel importante namaximização da resposta imune 
As moléculas ligadas à membrana das APCs que atuam 
junto com os antígenos para estimular células T são 
chamadas coestimuladores. As APCs também secretam 
citocinas que exercem papéis decisivos na 
diferenciação das células T naive em células efetoras. 
DCs e macrófagos expressam receptores do tipo Toll 
e outros sensores microbianos, e respondem 
aumentando a expressão de moléculas do MHC e 
coestimuladores, melhorando a eficiência da 
apresentação antigênica, e ativando as APCs a 
produzirem citocinas que ajudam a estimular as 
respostas de célula T. As DCs ativadas por 
microrganismos expressam receptores de quimiocinas 
que facilitam sua migração para os sítios onde as células 
T estão presentes. 
Microrganismos e antígenos proteicos que entram 
através dos epitélios são concentrados nos linfonodos, 
enquanto os antígenos transportados pelo sangue são 
capturados principalmente no baço 
A pele, os epitélios de mucosa e os órgãos 
parenquimatosos contêm numerosos capilares linfáticos 
que drenam a linfa desses sítios e para o interior dos 
linfonodos regionais. Alguns antígenos são 
transportados na linfa pelas APCs (primariamente, DCs), 
as quais os capturam e entram nos vasos linfáticos, 
enquanto outros antígenos entram nos linfáticos na 
forma livre de células. Assim, a linfa 
contém uma amostra de todos os antígenos solúveis e 
célula-associados que entram no corpo através dos 
epitélios e estão presentes nos tecidos. Os antígenos 
são, então, concentrados nos linfonodos 
Os antígenos microbianos comumente entram pela 
pele e tratos gastrintestinal e respiratório, onde são 
capturados pelas células dendríticas e transportados 
para os linfonodos regionais. Os antígenos que entram 
na corrente sanguínea são capturados pelas APCs no 
baço. 
Em suma, 
1. As DCs em repouso residentes nos tecidos (chamadas 
DCs imaturas ou em repouso) expressam numerosos 
receptores de membrana, como as lectinas tipo C, que 
se ligam a microrganismos. Esses receptores capturam 
e endocitam microrganismos e processam as proteínas 
ingeridas em peptídeos capazes de se ligar a moléculas 
do MHC. 
2. Simultaneamente, porém de modo independente da 
apresentação de antígeno, as células dendríticas são 
ativadas pelos produtos microbianos e amadurecem em 
APCs potentes que transportam antígenos capturados 
até os linfonodos drenantes. 
3. No momento em que os antígenos microbianos 
estão sendo capturados, os produtos microbianos, em 
geral diferentes dos antígenos proteicos reconhecidos 
pelas células T, são reconhecidos por receptores do 
tipo Toll e outros receptores de reconhecimento de 
padrão inatos presentes nas DCs e em outras células, 
gerando respostas imunes inatas. 
As DCs são ativadas por esses sinais e por citocinas, 
como o fator de necrose tumoral (TNF), produzidas 
em resposta aos microrganismos, fazendo com que 
essas DCS, agora ativadas, perdem sua adesividade 
pelos epitélios e começam a expressar um receptor 
de quimiocina chamado CCR7, específico para duas 
quimiocinas, CCL19 e CCL21, produzidas nos vasos 
linfáticos e nas zonas de célula T dos linfonodos. Essas 
quimiocinas atraem as DCs que contêm antígenos 
microbianos para dentro dos vasos linfáticos e, por fim, 
para dentro das zonas de célula T dos linfonodos 
regionais (as células T naive também expressam CCR7 
e é por isso que as células T naive circulam ao longo 
das mesmas regiões dos linfonodos onde as DCs 
contendo antígeno estão concentradas) 
A ativação também converte as células dendríticas em 
células capazes de apresentar antígenos para células T 
naive e ativar esses linfócitos. As DCs ativadas 
expressam altos níveis de moléculas do MHC com 
peptídeos ligados e de coestimuladores necessários à 
ativação da célula T. Dessa forma, no momento em que 
essas células chegam aos linfonodos, já estão altamente 
desenvolvidas. As células T naive que circulam pelos 
linfonodos encontram estas APCs, e as células T 
específicas para os complexos peptídeo-MHC exibidos 
são ativadas. Essa é a etapa inicial na indução das 
respostas de célula T a antígenos proteicos. 
Obs: 
As superfícies das mucosas dos sistemas gastrintestinal 
e respiratório, além de serem drenadas por capilares 
linfáticos, contêm coleções especializadas de tecido 
linfoide secundário que pode amostrar 
diretamente os conteúdos luminais desses órgãos para 
detectar a presença de material antigênico. Dentre 
esses órgãos linfoides de mucosa, temos as placas de 
Peyer do íleo e as tonsilas faríngeas. As APCs presentes 
no baço monitoram a corrente sanguínea 
para detectar quaisquer antígenos que alcancem a 
circulação, os quais podem chegar ao sangue 
diretamente a partir dos tecidos, ou através da linfa 
oriunda do ducto torácico. 
Outras células apresentadoras de antígenos 
Nas respostas imunes celulares, os macrófagos 
apresentam os antígenos de microrganismos 
fagocitados para células T efetoras que respondem 
ativando os macrófagos para que destruam os 
microrganismos ingeridos. 
Os monócitos circulantes conseguem migrar para 
qualquer sítio de infecção e inflamação, onde se 
diferenciam em macrófagos e fagocitam 
microrganismos.. As células T CD4+ reconhecem 
antígenos microbianos apresentados pelos macrófagos 
e fornecem sinais que intensificam as atividades 
microbicidas destes macrófagos. 
Nas respostas imunes humorais, os linfócitos B 
internalizam antígenos proteicos e apresentam 
peptídeos derivados destas proteínas às células T 
auxiliares. Essa função de apresentação de antígenos 
das células B é essencial à produção de anticorpo 
dependente de célula T auxiliar 
Outros tipos celulares que expressam moléculas do 
MHC de classe II e podem apresentar antígenos para 
as células T incluem as células endoteliais e algumas 
células epiteliais. 
As células epiteliais tímicas expressam, inclusive, 
moléculas do MHC e exercem papel decisivo na 
apresentação de complexos peptídeo-MHC para as 
células T em maturação no timo, como parte do 
processo de seleção que caracteriza esses linfócitos 
Diferenciação e Funções de Células T Efetoras CD4+ 
As duas classes principais de células T, CD4 + e CD8 
+ atuam de formas distintas, mas ao mesmo tempo 
complementares nas reações imunes mediadas por 
células. Os linfócitos T CD4+ efetores produzem as 
citocinas mediadoras de suas funções. As células T 
CD4+ também ativam outros leucócitos, entre os quais 
os neutrófilos e eosinófilos, além de estimularem a 
produção de anticorpos pelas células B. As células CD8+ 
efetoras são capazes de destruir células infectadas e 
células tumorais sendo responsáveis pela erradicação 
de microrganismos, principalmente vírus 
Visão Geral das Respostas Imunes Mediadas por Células 
T CD4+ 
A sequência de eventos nas respostas das células T 
CD4+ envolve a ativação inicial dessas células nos 
órgãos linfoides para gerar células efetoras e de 
memória, migração de células efetoras para sítios de 
infecção, e eliminação de patógenos infecciosos nestes 
sítios 
As células T CD4 + efetoras são geradas nos órgãos 
linfoides secundários, e a maioria das células efetoras 
deixa esses órgãos e migra para sítios periféricos de 
infecção, onde atuam na eliminação de microrganismos, 
em um processo que depende de moléculas de adesão 
endotelial e das quimiocinas expressas nesses locais 
Uma fração das células T CD4 + que são ativadas nos 
órgãos linfoides secundários não sai desses órgãos, mas 
migra para os folículos linfoides no interior dos, onde 
ajudam as células B a produzirem anticorpos 
de alta afinidade. Dentre essas células T auxiliares, 
as mais bem definidas são as chamadas células T 
auxiliares foliculares (TFH) 
A inflamação, que seria o recrutamento e ativação de 
leucócitos, acompanha muitas das reações dos linfócitos 
T CD4+ e pode danificar os 
tecidos normais. Essa inflamação dependente de célula 
T atua como um mecanismo de defesa antimicrobiana, 
mas também pode ser lesivaaos 
tecidos. Quando uma reação de célula T causa lesão, é 
chamada hipersensibilidade do tipo tardio (DTH), em que 
o termo “hipersensibilidade” se refere a uma resposta 
imune excessiva ou danosa. 
Subpopulações de Células T CD4+ Efetoras 
As três subpopulações principais de células T CD4+ 
efetoras, chamadas Th1, Th2 e Th17, atuam na defesa 
do hospedeiro contra tipos distintos de patógenos 
infecciosos e estão envolvidas em diferentes tipos de 
lesão tecidual em doenças imunológicas. Existem outras 
2 subpopulações de células T: a de células T auxiliares 
foliculares e as as células T reguladoras que constituem 
outra população distinta de células T CD4+. Não são 
células efetoras e, em vez disso, atuam controlando as 
reações imunes a antígenos próprios e estranhos. 
As células T CD4+ consistem em subpopulações de 
células efetoras que produzem diferentes conjuntos de 
citocinas, deflagram reações bastante diversas e estão 
envolvidas na defesa do hospedeiro contra 
microrganismos diferentes, bem como em diferentes 
tipos de doenças imunológicas.. 
As características definidoras das subpopulações 
diferenciadas de células efetoras são as citocinas que 
estas produzem, e isso está relacionado aos fatores de 
transcrição que expressam. Os fatores de transcrição 
são responsáveis pela produção de diferentes citocinas 
por essas subpopulações, e pela expressão de 
diferentes receptores de quimiocinas e outras 
proteínas. 
As citocinas produzidas pelas principais subpopulações 
de células T CD4 + são o interferon (IFN)-γ, para as 
células Th1 
IL-4, IL-5 e IL-13, para as células Th2 
IL-17 e IL-22, para as células Th17. 
As citocinas produzidas por essas subpopulações de 
células T determinam suas funções efetoras e seus 
papéis nas doenças 
Desenvolvimento das Subpopulações Th1, Th2 e Th17 
As células Th1, Th2 e Th17 diferenciadas se 
desenvolvem a partir de linfócitos T CD4+ naive, 
principalmente em resposta às citocinas presentes no 
início das respostas imunes. Os sinais recebidos pelas 
células T a partir das APCs e de outras células no sítio 
de resposta imune iniciam a conversão das células T 
antígeno-estimuladas em células efetoras. 
A diferenciação de cada subpopulação é induzida pelos 
tipos de microrganismos que a subpopulação melhor 
consegue combater. Exemplificando, o 
desenvolvimento de células Th1 é dirigido por 
microrganismos intracelulares contra os quais a principal 
defesa é Th1-mediada. Em contraste, o sistema imune 
responde aos parasitas helmínticos desenvolvendo 
células Th2 que produzem citocinas importantes para 
o combate dos helmintos. Similarmente, a respostas 
Th17 são induzidas por algumas bactérias e fungos, e 
são mais efetivas na defesa contra esses 
microrganismos. 
Os receptores antigênicos das células T γδ, células 
NKT e células MAIT 
Exibem diversidade limitada, essas células respondem 
principalmente não a um antígeno em particular, e sim 
a citocinas produzidas nos sítios de infecção e dano 
tecidual. 
As células Tγδ não reconhecem antígenos peptídicos 
associados ao MHC e não são restritas ao MHC. Alguns 
clones de células Tγδ reconhecem pequenas 
moléculas fosforiladas, alquilaminas ou lipídeos 
comumente encontrados em micobactérias e outros 
microrganismos, e que podem ser apresentadas por 
moléculas semelhantes ao MHC de classe I. 
Muitas células Tγδ são desencadeadas por proteínas 
do choque térmico microbianas além de possuir 
atividades biológicas incluindo a secreção de citocinas e 
o killing de células infectadas 
As células NKT podem mediar as respostas imunes 
inatas contra alguns patógenos, como as micobactérias 
(que têm paredes celulares ricas em lipídeos), enquanto 
as células iNKT podem até mesmo regular as respostas 
imunes adaptativas primariamente via secreção de 
citocinas 
As células MAIT reconhecem metabólitos fúngicos e 
bacterianos os quais são apresentados por uma 
molécula do tipo MHC de classe I. A maioria das células 
MAIT são CD8. As funções efetoras das células MAIT 
incluem a secreção de citocinas inflamatórias, como 
IFN-γ e TNF, e citotoxicidade contra células infectadas. 
As células MAIT representam cerca de 50% de todas 
as células T presentes no fígado humano

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