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RELATÓRIO: Determinantes em Saúde, Níveis de Prevenção e Aplicação em Saúde Bucal Determinantes sociais em saúde (DSS) são fatores que pessoas de uma sociedade estão expostas durante a vida e que podem influenciar as condições de saúde. Esses fatores podem ser sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais, e com o estudo deles é possível explicar as iniquidades de saúde em várias partes de uma sociedade. Há várias maneiras de como os determinantes interferem na saúde da população. Por exemplo, o fator étnico/racial, que por preconceito e discriminação uma etnia dentro de uma sociedade um grupo seja marginalizado e/ou excluído, o que resulta na falta de oportunidades de trabalho, moradias e alimentação precárias que traz prejuízos para saúde. Além do desenvolvimento da trama de vínculos e associações entre indivíduos e grupos já antes marginalizados, a frágil coesão social interfere de forma crítica na saúde de uma sociedade, devido a falta de apoio social e senso de proteção individual ou coletiva. Não apenas um determinante é responsável pela saúde precária de um grupo, muitos determinantes estão correlacionados. Desse modo, é preciso intervir de diversos modos buscando a melhor qualidade de saúde. Sendo assim, O modelo de camadas dos DSS de Dahlgren e Whitehead e o de Diderichsen permite identificar pontos onde as políticas de intervenções podem provocar mais impacto positivamente. Fatores biológicos, comportamentais e socioeconômicos são associados à ocorrência de doenças bucais logo na infância, o que agrava ainda mais as situações de alguns grupos sociais. Como já citado, as políticas de intervenções são efetivas nesses casos, como a do Brasil Sorridente, que através de estudos epidemiológicos de doenças bucais como a cárie, podem intervir com a fluoretação das águas em locais onde essa doença é preocupante, dessa forma prevenir a ocorrência na infância. Na década de 70 a prevenção era voltada mais para a educação individual afim de resolver problemas individuais. Porém, a partir da década de 80, a promoção da saúde foi reestruturada, tornando-se objeto de políticas públicas abrangentes. Diferentemente da promoção da saúde, a prevenção de doenças preza a redução do risco de se adquirir uma doença específica por reduzir as chances de que uma doença ou desordem venha a afetar um indivíduo, ou seja, o enfoque são com os fatores que as pessoas estão expostas. A saúde bucal é um componente indissociável e integrante da saúde geral. Muitas doenças têm suas primeiras manifestações na boca e também sofrem consequências da condição de saúde bucal. As doenças bucais são importantes sinais de diagnóstico precoce para problemas de saúde geral. Assim, a saúde bucal afeta e é afetada pela saúde geral e pelos DSS. As desigualdades regionais são claras devido a diferença de renda. O Sistema Único de Saúde com a criação do Política Nacional de Saúde Bucal mudou a vida de muitos brasileiros em situação precária, ofertando atendimento odontológico de forma gratuita de acordo com as necessidades da comunidade abordada. Os estudos dos DSS, foi primordial para se estabelecer a odontologia na atenção primária. Pois, dessa forma, as equipes de Saúde Bucal incluídas nas Unidades de Saúde Família (USF)/Postos de Saúde, Unidades Odontológicas Móveis (UOM), Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e hospitais atuam de forma mais ativa compreendendo as necessidades e intervindo nos fatores que influenciam as condições de saúde da sociedade. Os níveis de prevenção são divididos em quatro. O primeiro: a Prevenção primária tem objetivo de remover os fatores de risco de um problema de saúde antes que do desenvolvimento de condições clinicas de um indivíduo ou grupo. O seguinte nível, a Prevenção secundária é onde o problema de saúde é detectado logo no seu início, o que facilita o diagnóstico e o tratamento. O nível de Prevenção terciário visa a diminuir os agravos derivados de uma doença, o que destaca-se a reabilitação em diversos casos. A Prevenção quaternária, é a detecção de indivíduos em risco de intervenções excessivas para protegê-los de novas intervenções e sugerir-lhes alternativas melhores e mais humanas. Para que as políticas de intervenção e de prevenção sejam eficazes é preciso da participação e mobilização da sociedade civil para a tomada de consciência sobre a importância das relações entre saúde e condições de vida e sobre as possibilidades de atuação para diminuição das iniquidades de saúde, pois para um melhor tratamento e prevenção da odontologia é preciso cooperação, não só do cirurgião dentista como do indivíduo. Portanto, estudar e identificar os Determinantes Sociais em Saúde é a chave principal para um plano público de saúde eficaz. Sendo ele capaz de estar com a sua atenção básica organizada e completa para atender e ser efetivo diante dos DSS que tanto interferem na Saúde Bucal de milhões de pessoas. Referências: 1. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 17(1):77-93, 2007 2. REV BRAS EPIDEMIOL SUPPL D.S.S. 2014; 102-115 3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Rastreamento / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 1. ed., 1. reimpr. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013. 4. https://aps.saude.gov.br/ape/brasilsorridente
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