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PROJETO ARQUITETÔNICO E COMPUTAÇÃO GRÁFICA UIA 3 | DESENHO ASSISTIDO POR COMPUTADOR – AUTOCAD 2D VERSÃO PARA IMPRESSÃO Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 2 Este material é destinado exclusivamente aos alunos e professores do Centro Universitário IESB, contém informações e conteúdos protegidos e cuja divulgação é proibida por lei. O uso e/ou reprodução total ou parcial não autorizado deste conteúdo é proibido e está sujeito às penalidades cabíveis, civil e criminalmente. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 3 SUMÁRIO Aula 13 | Procedimentos Iniciais e Apresentação do AutoCAD 2D ........................................... 4 13.1. Procedimentos Iniciais ................................................................................................................. 4 13.1.1. Organização e Nomeação de Arquivos ............................................................................................................ 5 Formatos de Arquivos ......................................................................................................................................................................... 7 13.1.2. Cópias de Segurança ............................................................................................................................................... 7 Aula 14 | Espaço de Modelagem, Comandos de Precisão e Organização de Desenhos ......... 9 14.1. Apresentação do AutoCAD .......................................................................................................... 9 14.1.1. Apresentação da Plataforma ............................................................................................................................. 11 14.1.2. Sistema de Coordenadas .................................................................................................................................... 12 14.1.3. Espaço de Modelagem (Model Space) e Espaço do Papel (Paper Space) ........................................... 13 14.1.4. Unidades de Desenho ......................................................................................................................................... 14 14.1.5. Comandos de Visualização ................................................................................................................................ 15 Pan ........................................................................................................................................................................................................... 16 Zoom ....................................................................................................................................................................................................... 16 Aula 15 | Comandos de Desenho/Edição – Parte 1 .................................................................. 18 15.1. Comandos de Desenho, Precisão e Verificação ........................................................................ 18 15.1.1. Desenho de Linhas ................................................................................................................................................ 18 15.1.2. Métodos de Seleção de Objetos ...................................................................................................................... 20 15.1.3. Comandos de Precisão ........................................................................................................................................ 21 15.1.4. Comandos de Verificação ................................................................................................................................... 22 Aula 16 | Comandos de Desenho/Edição – Parte 2 .................................................................. 25 16.1. Comandos de Desenho/Edição .................................................................................................. 25 16.1.1. Desenhos de Linhas e Arcos .............................................................................................................................. 25 16.1.2. Desenho de Polígonos ........................................................................................................................................ 27 16.1.3. Desenho de Retângulos ...................................................................................................................................... 28 16.1.4. Desenho de Círculos ............................................................................................................................................ 29 16.1.5. Aplicação de Hachuras ........................................................................................................................................ 31 16.1.6. Edição das Entidades Usando Grips e Comandos Transparentes ......................................................... 34 Edição Rápida com Grips .................................................................................................................................................................. 34 Comandos Transparentes ................................................................................................................................................................ 36 Aula 17 | Model Space, Paper Space, Layers e Cores Lógicas .................................................. 36 17.1. Model Space, Paper Space ......................................................................................................... 36 17.2. Layers e Penas ............................................................................................................................. 40 17.2.1. Cores Lógicas .......................................................................................................................................................... 41 Aula 18 | Comandos de Edição ................................................................................................. 44 18.1. Comandos de Edição .................................................................................................................. 44 18.1.1. Duplicar Entidades com Distância Conhecida – Offset ............................................................................ 44 18.1.2. Aparar/Estender Linhas – trim/extend ............................................................................................................ 47 18.1.3. Mover/Copiar – Copy/Move ............................................................................................................................... 49 18.1.4. Rotacionar – Rotate ............................................................................................................................................... 51 18.1.5. Espelhar – Mirror .................................................................................................................................................... 51 18.1.6. Alterar Tamanho – Scale ..................................................................................................................................... 52 18.1.7. Stretch ....................................................................................................................................................................... 54 Referências ................................................................................................................................. 56 Glossário .....................................................................................................................................56 Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 4 Aula 13 | PROCEDIMENTOS INICIAIS E APRESENTAÇÃO DO AUTOCAD 2D Nesta unidade, serão apresentados procedimentos e comandos básicos que irão fornecer bases para o estudante usar o computador para o desenho de projetos. Realizaremos uma abordagem teórica e prática do AutoCAD para desenho em duas dimensões. Não se pretende oferecer um treinamento técnico completo do software, mas sim capacitar o estudante a operar qualquer outro programa de desenho com qualidade. Vamos lá? A organização do desenho assistido por computador é fundamental para se obter uma bom resultado na finalização e impressão das pranchas. Tenha sempre em mente que o projeto deve ser impresso com qualidade, pois só assim ele servirá de suporte para a execução na obra. A representação dos elementos do projeto e a diferenciação das penas devem seguir os conceitos fundamentais estudados nas UIA 1 e 2. Portanto, lembre-se de aplicar os conhecimentos abordados até aqui no desenho auxiliado por computador. Não esqueça de consultar as normas técnicas e os fundamentos do desenho técnico e arquitetônico. 13.1. PROCEDIMENTOS INICIAIS CAD é a sigla para a expressão inglesa Computer Aided Design, cuja tradução é Desenho Assistido (ou Auxiliado) por Computador. É o nome genérico dos sistemas computacionais (softwares) utilizados na Engenharia, Geologia, Geografia, Arquitetura e Design para facilitar o projeto e o desenho técnico. O AutoCAD é um software do tipo CAD desenvolvido e comercializado pela Autodesk. Trata-se de um dos programas mais populares no Brasil para auxiliar o desenho nos campos da Arquitetura, Design de Interiores, Engenharia Mecânica, Engenharia Geográfica e em vários outros ramos da indústria. Na Engenharia Civil, ele é amplamente utilizado na geração de projetos arquitetônicos, elétricos, hidráulicos, estruturais, entre outros. Em vista disso, saber utilizar o AutoCAD é fundamental para a inserção do profissional engenheiro no mercado de trabalho. Como vimos nas unidades anteriores, um projeto pode conter centenas de desenhos e pranchas. Por conta disso, é fundamental criar uma sistemática de organização para que eles possam ser facilmente localizados, e essa é uma das temáticas desta aula. Também serão abordadas algumas formas de organizar os arquivos de desenho, como fazer cópias de segurança e algumas dicas para organização interna dos desenhos no AutoCAD. O estudante será apresentado à plataforma do AutoCAD 2D, realizará as configurações iniciais das unidades para iniciar o desenho e aprenderá a utilizar os sistemas de coordenadas absolutas e relativas. A Autodesk oferece versões educacionais gratuitas para estudantes e professores. O link a seguir contém orientações de como instalar versões gratuitas no seu computador. http://tinyurl.com/qcfp4gc Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 5 As versões em português são bastante recentes e, por isso, pouco populares no mercado profissional, principalmente pela escassez de tutoriais e treinamentos do programa no nosso idioma. Ressalta-se ainda que as certificações de usuários oferecidas pela empresa fabricante ainda avaliam o uso do software em inglês, por isso, ainda é melhor optar pelo seu uso na língua inglesa. Existem também outros programas CAD, mais acessíveis para a compra e que são similares ao AutoCAD. Nos links a seguir você poderá conhecer o DrafSight, ferramenta CAD 2D desenvolvida pela empresa Dassault Systèmes e o ZWCAD, desenvolvido pela IBERCAD. Existem ainda programas gratuitos para desenho de arquitetura. É importante considerar, ao escolher o programa, a compatibilidade do formato com a extensão .DWG, que é amplamente utilizada no mercado profissional brasileiro. http://tinyurl.com/p2wjbqj http://tinyurl.com/matlbnq 13.1.1. ORGANIZAÇÃO E NOMEAÇÃO DE ARQUIVOS Inicialmente, cabe conceituar o tipo de imagem gerada por um software CAD. No mundo da imagem digital, existem imagens tipo raster e vetoriais. As imagens raster, ou de rastreio, ou ainda matriciais, são o tipo de imagem gerada por uma matriz matemática que contém um número finito de pontos, onde cada ponto é um pixel (picture element). As imagens geradas por câmeras fotográficas digitais são do tipo raster e perdem qualidade conforme nos aproximamos desses pontos. A qualidade de imagem (resolução) depende do número de pixels e sempre é limitada. A imagem vetorial é criada com o uso de entidades geométricas, como retas, pontos, círculos, polígonos. Essas entidades são criadas dentro de um sistemas de localização baseado em coordenadas, onde cada elemento possui características, como o tipo de linha, a sua cor, sua espessura, o ponto de início, o ponto final. Nesse caso, a imagem pode ser considerada como sendo uma descrição bi ou tridimensional e armazenada sob a forma matemática de vetores, descrevendo cada componente básico. Por esse motivo, uma imagem vetorizada não perderá em qualidade (resolução) ao ser reduzida ou ampliada, pois cada elemento pode ser recalculado em função da nova resolução. As imagens geradas por um programa CAD são vetoriais. Outra grande vantagem de imagens vetoriais é poder selecionar facilmente diferentes objetos no seu interior e isolá-los para trabalhar. Para nomear arquivos de projetos é importante utilizar critérios de sistematização que façam referências ao nome do empreendimento ou cliente, à área técnica, à fase do projeto em questão e às revisões efetivadas. As referências podem ser feitas com a utilização de siglas ou abreviações. Veja o exemplo de sistematização de abreviações utilizado pela Universidade de São Paulo (USP) em seus projetos. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 6 Figura 1: Abreviaturas áreas técnicas e fases do projeto Fonte: http://tinyurl.com/mqfbsrd Figura 2: Exemplos nomeação de arquivos USP Fonte: http://tinyurl.com/mqfbsrd Pode-se notar, nos exemplos de nomeação dados, que a sistematização facilita o gerenciamento do projeto e da obra, possibilitando a identificação imediata do conteúdo do arquivo pelo nome, sem a necessidade de abrir cada um dos arquivos para localizar desenhos. Lembre-se que, em uma obra de grande porte, existem muitos desenhos envolvidos em um mesmo projeto, assim como são existem diversas equipes de profissionais trabalhando com os desenhos. A Associação Brasileira de Projetos de Arquitetura (ASBEA) desenvolveu uma cartilha, baseada nos instrumentos de normatização internacional, contendo orientações e diretrizes para padronização de desenhos e arquivos em CAD para promover melhor intercambialidade entre os profissionais envolvidos em projetos de edificações. O objetivo dessa publicação é contribuir para e edição de uma Norma da ABNT que trate da padronização dos desenhos e arquivos executados com auxílio de computador. Por meio do link a seguir ou no acervo da disciplina, você pode fazer uma consulta completa do documento. http://tinyurl.com/k89zwsr Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 7 FORMATOS DE ARQUIVOS As extensões de arquivos são sufixos que nomeiam o seu formato e também a função que desempenham em um computador. Assim, cada extensão de arquivo tem um funcionamento próprio e conta também com características individuais, para tanto, necessita de um software próprio para poder ser trabalhado. No AutoCAD, pode ser salvo um arquivo em diferentes extensões. Isso depende da finalidade para qual esse arquivo será usado. O AutoCAD possui quatro tipos de extensão de arquivos que podem ser salvos por ele:.DWG, .DWT, o .DXF e o .DWS. Entre os quatro, os mais usados são o DWG e o DXF, mas o AutoCAD possui mais tipos de extensões, além dos quatro tipos. Esses outros tipos não são usuais e nem acessíveis para salvarmos os arquivos, porque se tratam de extensões especiais para complementos do AutoCAD. A extensão .DWG é o formato padrão utilizado pelo AutoCAD e programas similares para os desenhos. O software vem como esse formato como padrão para se salvar os arquivos, portanto, não é necessário escolher essa extensão do formato DWG para salvar os arquivos. Em alguns casos, é necessário apenas mudar a versão de salvamento, pois as versões mais jovens não possuem compatibilidade com as mais antigas. Por exemplo, quem usa o AutoCAD 2015 e precisa abrir um arquivo no AutoCAD 2007 deve alterar a versão para uma compatível com o programa na versão mais velha. Veremos mais detalhes sobre salvamento de arquivos no próximo tópico. A extensão .DXF é um formato de intercâmbio para modelos de CAD. Nesse formato, o arquivo pode ser aberto facilmente por outros programas, como Adobe Illustrator, Corel Draw e outros. A extensão DWT é o formato que armazena os modelos e as configurações para o desenho. Pode-se dizer que é um modelo para os outros arquivos novos. Um arquivo DWT pode também ser chamado de “template”. Nele, podemos deixar configurados os layers utilizados para desenhar, as penas e as cores das linhas, as folhas e as configurações de impressão ou algum modelo de desenho nos auxiliar em um novo desenho. O arquivo salvo como DWT deve ser nomeado com um nome que nos permita reconhecer para que ele serve. Assim, o AutoCAD o salva no lugar correto e todas as vezes que quisermos começar um arquivo com aquelas configurações, é só escolher o template ao abrir um novo arquivo. A extensão .DWS é o formato que armazena padrões de desenho, como layers, estilos de cotas, estilos de tabela, etc. Um arquivo .DWS também pode ser utilizado para a definição e integração de padrões de desenho. Ele é pouco utilizado para os arquivos de projetos arquitetônicos. Cada empresa ou escritório de arquitetura ou engenharia possui seus padrões de desenho assistido por computador. É importante também conhecer e utilizar os padrões adotados pelos órgão aos quais os projetos serão submetidos para a aprovação. Geralmente, esses arquivos padrão são compartilhados com os profissionais na formas de templates, na extensão DWT. 13.1.2. CÓPIAS DE SEGURANÇA Problemas no computador ou queda de energia podem fazer com que o operador do AutoCAD perca seu trabalho que não tenha sido salvo. Por conta disso, um dos procedimentos iniciais para evitar tais transtornos é configurar o salvamento automático de arquivos. No AutoCAD, selecione "Tools" na barra de menu superior e vá em "Options". Clique na aba "Open and Save" na parte de cima (terceira, da direita para a esquerda). Aparecerá uma janela chamada "File Safety Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 8 Precautions", que contém algumas opções. Marque a caixa próxima a "Automatic save" e programe-a em "Minutes between saves" para algo entre 5 e 10 minutos. Marque também "Create backup copy with each save". Não feche a janela de opções ainda. Figura 3: Ativar salvamento automático e configurar o tempo entre salvamentos no AutoCAD Crie uma pasta em um lugar acessível em que possa salvar os arquivos de backup. Volte para a janela de opções do AutoCAD e clique na aba "Files", no canto superior direito, para abrir a lista de pastas em que o programa armazena todos os arquivos. Procure pela pasta chamada "Automatic Save File Location" e clique no sinal “de mais” ao lado direito dela para mostrar o caminho até a pasta padrão dos arquivos de backup. Dê um clique duplo no nome desse caminho. Na próxima janela, navegue para a pasta criada e clique em "OK" para salvar automaticamente seus arquivos nessa pasta. Figura 4: Opções do AutoCAD – configurar local salvamento automático Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 9 Abra um arquivo ou crie um novo e trabalhe nele por aproximadamente 10 minutos. Isso fará com que o AutoCAD o salve automaticamente duas vezes. Feche o programa quando terminar. Vá para a pasta criada e veja que o arquivo em que você trabalhou tem o mesmo nome que o do projeto, mas, ao invés de sua extensão ser .DWG, ela é .SV$, o que significa que é um arquivo salvo automaticamente. O programa cria um novo no intervalo de tempo especificado por você. Por isso, pode haver mais de um arquivo na pasta de backup (identifique o mais recente olhando a data e hora em que ele foi criado). Uma vez realizado o procedimento no seu computador, o AutoCAD realizará o salvamento automático na pasta que você indicou, com o tempo configurado. Tenha o hábito de fazer essa configuração sempre que trabalhar em um computador que não seja o seu. Dessa forma, o programa criará sempre duas cópias de segurança. Uma delas tem a extensão .BAK e ficará armazenada junto com o arquivo que você salvou, no momento que você salvou. A outra cópia de segurança é um arquivo de extensão .SV$, que estará armazenado na pasta que você indicou. Caso necessário, esses arquivos poderão ser renomeados com a extensão .DWG, abertos e utilizados no AutoCAD normalmente. Aula 14 | ESPAÇO DE MODELAGEM, COMANDOS DE PRECISÃO E ORGANIZAÇÃO DE DESENHOS Estudantes, agora que já vimos os procedimentos iniciais recomendados para começar a trabalhar o AutoCAD, vamos seguir em frente. Nesta aula, veremos o espaço de modelagem, os comandos de precisão e a organização de desenhos. Boa aula! 14.1. APRESENTAÇÃO DO AUTOCAD Conforme foi esclarecido na aula anterior, o AutoCAD é um programa de desenho vetorial de alta precisão, utilizado para o desenho técnico em duas e três dimensões. Entretanto, esta unidade da nossa disciplina é dedicada aos comando básicos em 2D, além de apresentar uma visão geral do programa. Atente-se para o fato de que existem diversos caminhos para os comandos que serão utilizados em nossas aulas. Daremos a preferência aos caminhos e procedimentos que sejam facilmente encontrados em qualquer uma das versões do programa, mesmo nas mais antigas. Portanto, para melhor localizar os processos desta aula, recomenda-se que se visualize a área de trabalho do AutoCAD na versão clássica. A Figura 5 mostra como alterar a aparência para AutoCAD Classic. Diversos treinamentos gratuitos, disponíveis na internet, também usam a aparência clássica do AutoCAD, por isso, para melhor aproveitamento do material, é importante que você acompanhe as aulas e os vídeos sugeridos com sua tela configurada dessa forma. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 10 Figura 5: Alterar a aparência do AutoCAD para Classic Após configurar o salvamento automático e cópia de segurança, conforme orientações da Aula 13, deve- se nomear o arquivo, dentro de uma lógica que permita identificá-lo facilmente sem a necessidade de abrir o arquivo. Isso deve ser feito com o comando “Save as”, onde o local de salvamento deve ser especificado. Atenção! Não deixe de nomear seu arquivo. Se você não especificar nome e local para guardar o arquivo, correrá risco de perder seu trabalho! Esse é o primeiro e mais importante procedimento a ser realizado quando se começa um novo arquivo. É o momento de decidir o local de armazenamento do arquivo e também a versão ou formato no qual deseja salvá-lo. Lembre-se que as versões mais novas geram arquivos que não têm compatibilidade com as mais antigas. Figura 6: Comando “Save as” – especificando nome, local e versão/formato de salvamento Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro UniversitárioIESB. Todos os direitos reservados. 11 14.1.1. APRESENTAÇÃO DA PLATAFORMA Há diversas maneiras de executar comandos no AutoCAD. A plataforma do AutoCAD é customizável para seus hábitos de desenho. Os comandos podem ser acessados pelo teclado, pelos ícones na barra de ferramentas ou pela barra de menu pull-down ou menu suspenso, onde se têm acesso aos principais grupos de menus, submenus e diversas opções de comandos. Os vídeos disponíveis nos link a seguir trazem orientações gerais dos procedimentos iniciais de configurações e customização da área de trabalho do AutoCAD em duas versões diferentes, a 2007 e a 2013. http://tinyurl.com/o99xzzw http://tinyurl.com/pur7alm A Figura 7 mostra o menu pull-down e a barra de ícones ou ferramentas no AutoCAD clássico. A barra lateral dá acesso direto a diversos comandos, enquanto no menus existem grupos e subgrupos de comandos. A barra de menu de ícones padrão (standard toolbar) está logo abaixo do menu pull-down. Nessa barra, encontram-se os ícones de comandos mais utilizados. Figura 7: Menu suspenso e barra de ferramentas A Figura 8 mostra a barra de comandos, ou command line. Recomenda-se sempre ter essa barra ativa, pois nela é possível acompanhar cada etapa de cada comando executado. É importante estar sempre atento ao que está escrito nessa linha, pois através dela se dá o nosso diálogo com o AutoCAD. O programa nos fornecerá opções de subcomandos ou diferentes formas de executar um comando nessa janela. Caso precise reativá-la, digite “commandline”. Figura 8: Linha de comandos – digite “commandline” caso esteja oculta Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 12 14.1.2. SISTEMA DE COORDENADAS O universo de desenho do AutoCAD baseia-se em um sistema tridimensional de coordenadas. Qualquer ponto é localizado no espaço do AutoCAD pela especificação de suas coordenadas ao longo dos eixos X, Y e Z. Na Figura 8, pôde-se perceber o ícone do sistema de coordenadas apresentado no canto inferior da área de desenho. Quando se trabalha considerando apenas o sistema bidimensional XY, a coordenada Z é assumida como sendo Z = 0. Na Figura 8, também é possível percebermos as coordenadas absolutas onde o cursor está. Os números no canto inferior da tela, separados por virgula indicam a localização absoluta do cursor do mouse. Perceba que a coordenada Z = 0, pois estamos no ambiente 2D do AutoCAD. As coordenadas sempre serão separadas por vírgulas, os pontos separam os números decimais. Trataremos no próximo tópico das unidades de desenho, porém, em qualquer unidade, metros, centímetros ou milímetros, o ponto será usado como separador de decimais. Ou seja, 1.20 indicará uma medida de “uma unidade e vinte décimos”. No AutoCAD podemos imaginar que a borda inferior da tela gráfica visualizada no monitor é o eixo das abscissas (X), a borda lateral esquerda é o eixo dos afastamentos (Y), e o eixo Z seria um eixo imaginário que sai perpendicularmente para fora da tela do monitor. Quando precisamos construir um desenho com dimensões exatas no AutoCAD, necessitamos orientar essa construção fornecendo dados de sentido e valores pelo mouse ou digitado através do teclado. É o que chamamos de entradas de coordenadas. Mesmo hoje, com várias atualizações do AutoCAD, com algumas outras funções de facilitação de entradas de dados, o entendimento das coordenadas é crucial para o posicionamento e um bom desempenho na execução dos desenhos. Essas coordenadas podem ser absolutas ou relativas. As coordenadas absolutas cartesianas trabalham como se fossem a introdução de coordenadas de pontos num gráfico, adicionando-se um ponto na tela ou teclando em pares coordenados X e Y, separados por vírgula. As coordenadas relativas especificam uma distância em relação ao último ponto, podendo ser cartesianas ou polares. Para que o AutoCAD entenda a coordena a relativa, utiliza-se o símbolo “@” antes do par coordenado. Figura 9: Sistema de coordenadas Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 13 A vírgula separa os pontos coordenados (X,Y) em qualquer situação dentro do AutoCAD. É o ponto que separa números decimais. A orientação X sempre será na horizontal para direita valores positivos (+) e, para esquerda, valores negativos (-). A orientação Y sempre será na vertical para cima valores positivos (+) e, para baixo, valores negativos (-). Os pares ordenados sempre X é o primeiro termo, e Y sempre é o segundo. (X,Y). 14.1.3. ESPAÇO DE MODELAGEM (MODEL SPACE) E ESPAÇO DO PAPEL (PAPER SPACE) Todos os modelos bi ou tridimensionais são criados no Model Space, de certa forma, infinitamente, isto é, desenhar sem se preocupar com os tamanhos ou escalas de acordo com a sua unidade de trabalho. Esse espaço tem um ícone com duas setas representando os eixos X e Y. Nas versões mais antigas, pode haver um W no eixo Z, que indica o WCS, World Coordinate System (Sistema de Coordenadas Global), normalmente utilizado para desenhos em duas dimensões. Nas versões mais novas, além das coordenadas X e Y, o WCS é representado através da “rosa dos ventos”, ilustrada na Figura 10. Figura 10: Rosa dos ventos – indicação da WCS O espaço do papel – paperspace – caracteriza-se como sendo o ambiente para a plotagem, onde todos os componentes são bidimensionais. Pode-se criar vários layouts para visualização e organização do desenho a ser impresso. Com ele, é possível criar várias janelas de visualização (viewports) do modelo que está no modelspace, em diferentes escalas. Quando se está na opção layout o ícone do WCS transforma-se num esquadro (Figura 11). O comando Layout é acessado pela barra de navegação e permite alternar entre o modelspace e os layouts existentes. A plotagem em Paper Space é feita na escala 1:1, pois o padrão de margem e carimbo que você utiliza será inserido em escala real. Quando estamos no paperspace, para que se possa acessar o desenho, basta dar dois cliques sobre a viewport (janela criada) e, assim, está dentro do modelspace através do paperspace. É nesse ambiente que criamos a nossa prancha. Normalmente, nos desenhos de projetos de edificações, trabalha-se com metros no espaço de modelagem e milímetros no espaço do papel. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 14 Figura 11: Alternando entre modelspace e layouts 14.1.4. UNIDADES DE DESENHO Lembre-se que, mesmo com auxílio do computador, estamos desenhando as vistas ortográficas do edifício, que são os desenhos bidimensionais estudados na UIA 2. Todos os conceitos abordados nas aulas anteriores serão aplicados no desenho assistido por computador. Não deixe de continuar consultando e aplicando as normas técnicas do Desenho Técnico e do Desenho Arquitetônico. Na prática, quando você cria um desenho no AutoCAD, ele deve ser feito com suas dimensões reais, o que chamamos de escala natural ou escala real. Na escala natural, o tamanho do objeto representado no plano coincide com a realidade, ou seja, se uma parede mede 10 m, você a representará com 10 m. Se uma janela possui 1,35 m de largura deverá ser desenhada com 1.35 m, sempre separado por ponto, pois a vírgula no AutoCAD separa coordenadas cartesianas1 X,Y. Mas na hora de plotar (imprimir) o desenho, fica inviável imprimir na escala natural, até porque visualizar um desenho numa folha que mede 10 m dificulta a compreensão e haveria a necessidade de imprimir em folhas extremamente grandes. Para isso, usamos uma escala de redução. Para detalhamentos podem ser utilizadas a escala natural ou escala de ampliação. Como vimos na UIA 2, nas aulas sobre Desenho Arquitetônico, a escala que se pretende imprimir o desenho irá determinar o nível de detalhe adotado no desenho,as espessuras de linhas que devem ser usadas e o formato do papel/tamanho das pranchas padronizadas que devem ser adotadas no projeto. No AutoCAD você pode desenhar na unidade de medida que quiser, por exemplo, quando você desenha uma linha cuja distância entre dois pontos dá 20 unidades, essas 20 unidades podem significar 20 mm, 20 cm, 20 m, 20 km, etc. Essa definição de quanto vai valer a unidade do AutoCAD é feita por você ao desenhar. Se você é arquiteto ou engenheiro civil, 1 unidade pode significar 1 metro ou 1 centímetro, se você é engenheiro mecânico, 1 unidade pode ser 1 milímetro. Como funciona isso na prática? Se você estiver desenhando uma casa e quer fazer uma porta, se desejar desenhar em metros, a distância entre uma extremidade e outra da porta medirá 0.80, em centímetro medirá 80 e em milímetro medirá 1 As coordenadas cartesianas, como o próprio nome indica, foram propostas pelo filósofo francês René Descartes (1596-1650). Estas consistem num sistema usado em geometria analítica para localizar um ponto em relação a dois ou três eixos. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 15 800. Para descobrir em qual unidade de medida está um desenho pronto, basta medir alguma parte onde se conheça a medida, como uma porta, uma janela ou a espessura de uma parede. Se, por exemplo, ao medir a espessura de uma parede a medida dá 15 unidades, isso significa que o projeto está em centímetro. Por quê? Ele está em centímetro porque a espessura de uma parede não pode ser 15 metros (seria muito grande) e também não pode ser 15 milímetros (muito pequeno), mas 15 centímetros é o comum, por isso, é importante medir uma parte conhecida do projeto para descobrir a unidade de medida correta. Depois de definir a unidade de medida, você deve chamar o comando Units, digitando “Units” ou “un” e escolher essa unidade de medida na Escala de Inserção. Importante: A Escala de Inserção não muda nem define a unidade de medida do seu desenho. Ela serve para “informar” ao AutoCAD que o seu desenho está em determinada unidade (milímetro, centímetro, metro, etc.). Ao inserir um bloco no seu projeto, o AutoCAD vai converter a unidade do bloco para a unidade do seu desenho. 14.1.5. COMANDOS DE VISUALIZAÇÃO Os comandos de visualização nos permitem navegar no desenho arrastando a área visualizada sem alterar a magnitude da visualização e também alterando a magnitude ou o afastamento do desenho. O Zoom Dynamic pode ser utilizado a partir do scroll do mouse que, quando girado, aproxima ou distancia o desenho. O Pan pode ser utilizado a partir do clique/segura do scroll do mouse. Essas são as maneiras mais imediatas de alterar a visualização do seu desenho. Os comandos também podem ser acessados pelo teclado. Digite p para Pan ou z para Zoom. Veja as opções que aparecem na linha de comando, trataremos dessas opções ou subcomandos nos próximos tópicos. Como foi comentado anteriormente, a linha de comando garante sua interação com o programa, mesmo que você acione os comandos por outro meio, que não o teclado. Sempre as respostas aos comandos aparecem nessa linha. Veja o que o AutoCAD pode oferecer como opção e acompanhe o processo do comando por essa linha. Assista ao vídeo disponível no link a seguir que contém a demonstração de uso do comando de visualização. http://tinyurl.com/qj5tdms Figura 12: Opções de Zoom na barra de ferramentas Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 16 Nos tópicos seguintes veremos mais peculiaridades dos comandos Pan e Zoom. PAN O comando Pan nos permite arrastar a tela sem alterar a magnitude da visualização. Permite arrastar a tela de visualização sobre o desenho, sem modificar a magnitude de visualização em tempo real com o auxílio do mouse. O comando pede dois pontos para o movimento da tela. Tendo o mouse scroll roller, obtém-se o mesmo efeito pressionando o roller A Figura 13 mostra o ícone do comando. Figura 13: Comando PAN Lembramos que podemos acionar o comando Zoom Real Time e o Pan a qualquer momento: sem comando acionado, clicando o botão direito do mouse na tela gráfica ou a partir de dentro qualquer comando acionado pela caixa flutuante do acesso de opções de cada comando. ZOOM Quando entramos com algum comando pelo teclado pela linha de comando, o AutoCAD nos oferece opções, na maioria da vezes, uma série de subcomandos ou formas de usar o comando. Essas opções encontram-se entre colchetes “[ ]”, separadas por barras “/” e podem ser acionadas no teclado pela letra que aparecem em caixa alta para cada uma das opções. O que aparece entre “<>”, corresponde ao defaut do AutoCAD, e aceitamos prosseguir com ele quando damos Enter. Figura 14: Entrada pelo teclado comando zoom – opções na linha de comando A Figura 14 traz um resumo das opções contidas dentro do comando Zoom. Para utilizá-las pelo teclado, basta utilizar a letra que aparece em caixa alta. Os comando também aparecerão como ícones na barra de ferramentas. Existem muitas formas de acionar esses comandos e, como a interface do AutoCAD é customizável, você encontrará sua forma habitual de utilizá-los. Importante é saber como funciona cada um desses subcomandos e utilizá-los da forma mais conveniente. Realtime – Permite modificar a magnitude, aumentando ou diminuindo dinamicamente a visualização em tempo real com o auxílio do mouse. (Acione o Comando e clique na tela segurando o botão esquerdo arrastando para cima e para baixo respectivamente.) Tendo o mouse scroll roller, obtém-se o mesmo efeito (girando o “roller”). Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 17 Flyout – Sub-toolbar onde podemos acionar outros comandos a partir dele, mantendo pressionado o mouse sobre ele. Os comandos flyouts são identificados pelo triângulo no seu canto inferior direito. Por default2, você ̂ clicando o ícone aciona o Zoom Window que mostra a imagem definida por uma janela indicada pelos pontos de sua diagonal, ou seja, faz um zoom enquadrando em sua tela gráfica a área que você ̂ definiu pela janela. Dynamic – Faz um controle de visualização dinâmica sobre o desenho, permitindo aproximar ou afastar de um local do desenho. Dentro do comando um quadro aparece inicialmente, representando a área do zoom anterior. Com o botão de pick do mouse, o X do quadrado muda para uma seta, permitindo aumentar (afastar do desenho) ou diminuir (aproximar do desenho) a área de zoom. Move-se o quadrado sobre a área que deseja visualizar e completa o comando com <Enter>. A linha tracejada verde representa o limite do desenho e, se o quadrado com X sair desta área, aparece uma ampulheta, que significa que o comando vai forçar uma regeneração no desenho. Previous – Retorna a imagem anterior do último comando Zoom. Scale – Multiplica a tela atual por uma nova relação de zoom. Por exemplo, Zoom 2x aumenta a tela atual duas vezes. Zoom .3x reduz a tela para 30% da tela atual. Zoom 2 aumenta duas vezes a tela em relação a tela definida pelo Limits. Center – Permite fixar um ponto e aplicar o zoom sobre este ponto. In – Permite aproximar do desenho (fator de escala 2). Out – Permite afastar do desenho (fator de escala 0.5). All – Visualiza todo o desenho mais o limite definido pelo comando Limits. Extents – Mostra a extensão máxima que o desenho pode ocupar na tela. Object – Selecionando um objeto ou conjunto de objetos e clicando <ENTER> ele irá extender na tela a seleção realizada.Termina aqui nossa aula! Os conceitos apreendidos aqui têm grande valia para a formação nessa área. Continue estudando! 2 Default é um termo técnico muito usado em vários contextos de informática, normalmente com o significado de “padrão” ou de “algo já previamente definido”. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 18 Aula 15 | COMANDOS DE DESENHO/EDIÇÃO – PARTE 1 Estudantes, começa aqui nossa primeira aula sobre os comandos de edição e desenho. O estudo desse conteúdo, divido em duas parte nesta unidade, é essencial para o estudioso(a) da área. Boa aula! 15.1. COMANDOS DE DESENHO, PRECISÃO E VERIFICAÇÃO Antes de começarmos a desenhar, é preciso conhecer mais algumas teclas e atalhos importantes para se operar o AutoCAD. A tecla ESC cancela o comando ativo, deixando o AutoCAD “desocupado” para a entrada de um novo comando. É comum recorrer a essa tecla quando algo não acontece como esperamos dentro do comando. A tecla ENTER confirma cada fase de um comando ou a opção que se deseja utilizar no procedimento. Também aciona o último comando utilizado. O comando Undo, ou apenas U pelo teclado, desfaz o último comando ou o último passo dentro de alguns comandos. O comando Erase (digite “e” pelo teclado) apaga as entidades geométricas selecionadas. A tecla DELETE também pode ser utilizada para apagar itens selecionados. 15.1.1. DESENHO DE LINHAS Para desenhar linhas você pode utilizar os comandos disponíveis nos ícones, porém, é importante saber a diferença entre os tipos de linhas que se pode ter em um desenho. Os comandos mais utilizados em desenhos de edificações para se desenhar linhas são line (linha) e polyline (polilinha). Os comandos se diferem basicamente pelo tipo de entidade geométrica que criam, sendo que o comando polyline agrega todos os segmentos de retas ou arcos contínuos, desenhados dentro de um mesmo comando em uma única entidade geométrica. Já um conjunto de segmentos de retas desenhados com o comando line serão independentes geometricamente mesmo se desenhados nem um mesmo comando. Isso acarreta diferentes formas de edição para cada uma dessas entidades geométricas, linhas ou polilinhas. O AutoCAD é um programa de desenho de alta precisão. Portanto, de nada vale aprender a utilizá-lo se não utilizarmos medidas precisas e ortogonais nos desenhos. Para auxiliar a garantir a ortogonalidade do desenho, o AutoCAD dispõe de uma ferramenta que “trava” o desenho, permitindo que o cursor faça apenas linhas dentro do esquadro, ou seja, nos eixos X e Y. Acionamos o comando ORTHO (teclando em F8, em computadores Windows, ou clicando no botão ORTHO na barra de status, ou no ícone correspondente ao símbolo do ângulo de 90 graus), a partir de um ponto, empurramos o mouse para o lado que se quer construir a linha e digitamos somente o valor que queremos e clicamos <ENTER>. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 19 Figura 15: Barra de status – comandos de precisão – acionar o Ortho mode. Vamos construir a figura a seguir utilizando coordenadas relativas, com o comando ORTHO acionado. Figura 16: Polyline construída com comando Ortho acionado e coordenadas relativas Segue a sequência do comando para desenhar a figura. Command : PL < ENTER> From point: P1 (clicar em um ponto qualquer) To point: 30 → direita )< ENTER> To point:10↑ sobe < ENTER> To point: 10 ← esquerda < ENTER> To point: 20 ↑ sobe )< ENTER> To point:@-10,20 < ENTER> To point:@-10,-2 < ENTER> To point: 20 ↓ desce < ENTER> To point: 10 ← esquerda )< ENTER> To point: 10 ↓ desce < ENTER> To point: < ENTER> finalizando Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 20 15.1.2. MÉTODOS DE SELEÇÃO DE OBJETOS Quando executamos comandos no AutoCAD, precisaremos selecionar objetos. Para isso pode-se usar diversos métodos ou critérios de seleção. A Figura 17 ilustra como funcionam os diversos critérios de seleções de objetos. Figura 17: Métodos e critérios de seleção de objetos Para acionar uma Window ou uma Crossing, basta clicar no primeiro ponto e abrir a janela. Se for aberta da esquerda para direita, por padrão, você estará selecionando objetos com os critérios de uma Window. Se for aberta da direita para a esquerda, você estará utilizando os critérios de seleção de uma Crossing. Para acionar a fence digite “f” e desenhe a linha de captura. Para acionar os polígonos de seleção digite “cp” ou “wp”. Mais algumas opções de seleção de objetos: • All: Seleciona todas as entidades em tela gráfica. • Last (L): Seleciona a última entidade desenhada, atualmente visível. • Previous (P): Seleciona o último grupo de entidades selecionadas por um comando de edição. • Remove: Permite remover entidades selecionadas no comando em ação – adicione o R após o select object e selecione novamente para desmarcar a seleção. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 21 • ADD: Retorna ao modo de seleção normal após a utilização do Remove – adicionando um A após o remove select para voltar a seleção normal o select object. • Quando passamos o cursor sobre o desenho, este fica tracejado e com a linha mais espessa. • Quando seleciona um objeto sem nenhum comando na linha de comandos, acendem-se os grips de cor azul nas entidades selecionadas. Estando os grips de cor azul, qualquer comando de edição pode ser aplicado sobre as entidades selecionadas, sem ter que selecioná-las novamente. • Quando um desses grips é selecionado, ele fica de cor vermelha. Estando os grips vermelhos, cinco comandos estão disponíveis, sendo: stretch, move, scale, rotate e mirror. Estudaremos esses comandos nas aulas seguintes. 15.1.3. COMANDOS DE PRECISÃO O AutoCAD é um programa de precisão que o projetista usa para definir seus desenhos, nos quais a resolução está além do papel. Internamente, as coordenadas dos objetos são armazenadas com precisão de várias casas decimais. O AutoCAD oferece algumas ferramentas para garantir a precisão do desenho. Na barra de status, você poderá ver os ícones que acionam os sistemas e os comandos de precisão. O link a seguir contém vídeo que demonstra a utilização de cada uma dessas ferramentas e algumas facilidades de operação delas. Sem utilização dos comandos de precisão, é impossível trabalhar adequadamente com o desenho técnico. Lembre-se que os instrumentos de desenho são instrumentos de precisão. O computador veio para substituir os instrumentos, por isso, não existe desenhar nada “no olho” no AutoCAD. http://tinyurl.com/oft3hsq Entre os comandos e sistemas de precisão, existem os comandos ou opções de Object Snap, que nos permite aproximar linhas ou outras entidades geométricas com diversos critérios de seleção de pontos específicos das linhas. Sem o uso desses comandos é impossível manter a precisão do desenho! Você deve manter o ícone do OSNAP ativado sempre que possível. Ele pode ser ligado/desligado com a tecla F3, em computadores Windows. Para abrir a tela de opções do OSNAP, basta clicar com o botão direito do mouse sobre o ícone do OSNAP ou junto com a tecla SHIFT. Nas configurações do OSNAP, você deve deixar ativas as opções mais convenientes para o trabalho que está realizando. Muitas vezes, é necessário ativar ou desativar essas opções. Para agilizar o acesso à tela de configurações do OSNAP, você pode digitar “osnap”, que a tela se abrirá,ou usar o botão direito do mouse junto com a tecla SHIFT. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 22 Figura 18: Configuração dos comandos de precisão para aproximação de linhas – clique com botão direito com mouse em cima do ícone do OSNAP Esse outro vídeo também aborda os comandos de precisão, com ênfase no uso do Object Snap no Desenho Arquitetônico. Acesse-o pelo link a seguir. http://tinyurl.com/n3jre5j 15.1.4. COMANDOS DE VERIFICAÇÃO Para garantir a precisão do desenho, também é adequado conferir as linhas desenhadas para verificar se estão corretas. Para isso, o AutoCAD dispõe de comando de verificação. Pelo menu pull-down é possível acessar diversos comandos para conferir o desenhos, conforme ilustra a Figura 19 a seguir. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 23 Figura 19: Comandos de verificação Trataremos aqui dos dois comando mais utilizados para verificação do desenho. O comando Distance (dist no teclado) permite que o AutoCAD nos informe, para conferência, a distância entre dois pontos. Ao digitar “dist” <enter> o AutoCAD pedirá que você especifique o primeiro ponto. Apos essa ação, o cursor ficará fixo nesse ponto, aguardando que o final seja especificado. No entanto, ao mover o cursor sobre o desenho você poderá conferir medidas de diversos pontos a partir do primeiro ponto especificado. A Figura 20 demonstra o funcionamento do comando dist. A cruz verde é o ponto inicial especificado. Levando o cursor ao endpoint das linhas desenhadas, o AutoCAD me informa a distância. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 24 Figura 20: Comando Distance – digite “dist” pelo teclado. O comando List é outra importante ferramenta de verificação do desenho. Digite “list” ou “li” e selecione o objeto para obter uma listagem detalhada de todas as suas características. A Figura 21 exemplifica o comando LIST. Figura 21: Comando list Finalizaremos esta aula com um tutorial sobre desenhos com precisão utilizando coordenadas relativas no AutoCAD. Acesse pelo link a seguir. http://tinyurl.com/mmrqeeh E aí, muito conteúdo? Estamos ficando cada vez mais especialistas no assunto, com isso, cresce a quantidade e a qualidade daquilo que aprendemos ao longo da disciplina. Pratique! Utilize os comando de precisão e os comandos abordados até aqui. Ao final, verifique as medidas com o comando Distance. Até a próxima aula! Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 25 Aula 16 | COMANDOS DE DESENHO/EDIÇÃO – PARTE 2 Olá, estudante, nesta aula continuaremos o estudo dos comandos de desenho/edição. Esta é a segunda parte sobre esse conteúdo. Boa aula! 16.1. COMANDOS DE DESENHO/EDIÇÃO Na aula anterior, aprendemos a usar os comandos line e polyline. Para desenhar segmentos de reta e estudamos o funcionamento dos comando de precisão. Nesta aula, iremos praticar outros comandos de desenho ainda básicos, que criam novas entidades geométricas. Não esqueça de manter a opção OSNAP ligada ao executar os comandos. Trabalhar com precisão é hábito essencial de um bom desenhista. 16.1.1. DESENHOS DE LINHAS E ARCOS Para desenhar arcos, utilize o comando Arc, que pode ser acionado pelo teclado – digite a letra a – ou pelo ícone a seguir. Figura 22: Comando Arc na linha de comando Na linha de comando, o AutoCAD pede que você especifique o primeiro ponto do arco ou mude a forma de executar o comando, com a opção Center. Perceba, na figura anterior, que, mesmo após ter indicado com o mouse o primeiro ponto do arco, é possível alterar a forma de construção para Center ou End, o que significa alterar a ordem de entrada dos pontos. Para acessar as subopções do comando, basta entrar com a letra que aparece em caixa alta, seguida de <enter>. O default do comando arco consiste na marcação de três pontos, conforme ilustra a figura a seguir. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 26 Figura 23: Passo a passo da criação de arco usando 3 pontos A opção Center é muito usada, já que, geralmente, o centro é um dado que conhecemos do arco que queremos desenhar. Essa opção é muito útil para o desenho do arco de representação do caminho do fechamento das portas em planta baixa. Trata-se de entrar primeiro o centro do arco, depois o ponto de início e o ponto do final. Nesse caso, lembre-se que o sentido de construção do arco é anti-horário, e isso deve ser respeitado na hora de clicar nos ponto de início e fim. Para usar essa opção de inserção de pontos, proceda como na figura a seguir. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 27 Figura 24: Passo a passo para criação de arco usando Center, ponto de início e ponto final Existem outros subcomandos avançados para desenhar arcos, além de outras formas de executar esse comando. A escolha do modo de entrada dos pontos deve ser conveniente à geometria do seu desenho. Use-as como achar melhor. É importante investigar sempre, em qualquer comando, as opções que o programa te oferece. Assim, você descobrirá as melhores maneiras de trabalhar utilizando os comandos de maneira mais eficiente e adequada ao seu projeto. Dentro do comando polyline existe uma opção de desenho de arcos, acessada pelo teclado ao digitarmos a letra “a”, dentro do comando. Essa opção permite o desenho de arcos usando dois pontos, o inicial, já especificado, e o final, que corresponde ao fim do arco. Para voltar a fazer retas dentro do mesmo comando, digite a letra “l” (ele) após especificar o ponto final do arco. Explore as outras opções de fazer arcos com polyline (Angle, Center, Radius, Second pt). 16.1.2. DESENHO DE POLÍGONOS O comando polígono permite ao desenhista fazer polígonos regulares (faces iguais) de 3 a 1.024 lados. Seus métodos de criação são polígonos inscritos (arestas tangentes) ou polígonos circunscritos (face tangente). Acompanhe o passo a passo na figura a seguir. O comando pode ser acessado pelo teclado com o atalho Pol. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 28 Figura 25: Passo a passo para criação de polígono inscrito em um círculo Você também pode determinar o tamanho do lado do polígono usando a opção [Edge], que fica disponível depois que você especifica o número de lados do polígono. Para usar essa opção, digite a letra “e” seguida de <Enter> logo depois de digitar o número de lados do polígono. Nesse caso, você precisará informar o tamanho de cada aresta do polígono. 16.1.3. DESENHO DE RETÂNGULOS O comando Rectangle cria retângulos ou quadrados como entidades únicas. Para usar o comando, acesse-o pelo teclado digitando rec ou através do ícone. Na linha de comando, o AutoCAD solicita o ponto do primeiro canto do retângulo. Você poderá especificá-lo na tela ou usando coordenadas relativas, digitando, por exemplo, “@10,20”, para desenhar um retângulo de 10 unidades no eixo x e 20 unidades no eixo y. Não esqueça de usar o “@” antes dos números para que o programa entenda as coordenadas como relativas. Existe uma opção bastante utilizada para desenhar retângulos usando a área. Para acessar essa opção, digite a letra “a” seguida de <enter> logo após especificar o ponto do primeiro canto do retângulo. Para desenhar o retângulo pela área, você deverá digitar a área desejada e fixará uma das medidas que o AutoCAD calculará a outra. Acompanhe na figuraa seguir o processo de construção de um retângulo de 10 m2 com a dimensão no eixo x (length) com 5 unidades. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 29 Figura 32 – Desenho de retângulo usando a área e uma das medidas Figura 26: Desenho de retângulo usando a área e uma das medidas Após entrarmos com a área desejada (10), precisamos especificar qual medida será fixada, a medida no eixo x (length) ou no eixo y (width). Digitamos “l” ou “w”, seguidos de <Enter>, para escolher fixar uma das medidas. Perceba que se escolhermos a opção de fixar a medida no eixo y, temos que digitar w <enter> e dizer o tamanho desejado no eixo y. Pratique esse comando desenhando retângulos usando a área e determinando uma das medidas. Avalie os resultados obtidos usando o comando dist. 16.1.4. DESENHO DE CÍRCULOS O comando Circle permite criar círculos de diversas maneiras. Pelo teclado, corresponde à letra “c”. Ao acionar esse comando o AutoCAD pedirá que você especifique o ponto correspondente ao centro da circunferência. Indique o ponto na tela, clicando com o mouse. Agora você será solicitado a dizer o raio da circunferência a ser desenhada. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 30 Nesse caso, você pode especificar a distância numérica equivalente ao raio. Também é possível entrar com o valor numérico do diâmetro, se preferir. Para isso, logo após especificar na tela o ponto central do círculo, digite a letra “d” seguida de <Enter>, seguida do valor numérico do diâmetro. Lembre-se que, para especificar valores não inteiros, deve-se usar o ponto como separador de decimais, ou seja, 1.5 para uma circunferência de diâmetro de 1 metro e 50 centímetros, caso esteja desenhando em metros Veja na figura a seguir o comando Circle passo a passo. Figura 27: Desenho de círculo usando o raio Também pode-se desenhar um círculo a partir da especificação de dois pontos. Para usar essa opção, digite “2p logo” após a entrada no comando circle. Dessa forma, pode-se especificar na tela o primeiro ponto do diâmetro do círculo e depois o segundo. Assim, obtemos um círculo da maneira ilustrada na figura a seguir. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 31 Figura 28: Desenho de círculo usando dois pontos – opção 2p pelo teclado Pode-se ainda usar três pontos para desenhar um círculo. Para isso, entre no comando Circle e use a opção “3p”, digitando pelo teclado. Veja o processo de construção de um círculo usando três pontos na figura a seguir. Figura 29: Desenho de círculo usando três pontos – opção 3p pelo teclado 16.1.5. APLICAÇÃO DE HACHURAS Usa-se o comando Hatch – “h” – para criar hachuras nos desenhos. O comando pode ser acionado pelo menu Draw, pelo ícone de comando mostrado na figura a seguir ou, simplesmente, ao se digitar a letra h pelo teclado, seguida de <Enter>. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 32 Figura 30: Hatch – comando para aplicação de hachuras: h pelo teclado Selecione o padrão de hachura que deseja utilizar na hatch pattern palette, que é acionada ao se clicar sobre o padrão. O padrão mais usado em desenho técnico, a hachura uniforme a 45 graus, corresponde ao padrão de nome ANSI31, primeira opção da aba ANSI. Figura 31: Padrão de hachura utilizado em desenho técnico ANSI31 Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 33 Depois de escolher o padrão, deve-se especificar as regiões onde a hachura será aplicada. Escolha a opção Add: pick points na tela do comando hatch. Clique em um ponto interno da geometria desejada para definir os limites. A figura a seguir mostra a opção para seleção dos pontos internos e destaca os controles do ângulo de aplicação do padrão e do espaçamento desejado, regule-as ao seu gosto. Nas opções, pode-se marcar a caixa create separate hatches caso deseje criar hachuras independente dentro de um mesmo comando. Por default, o AutoCAD cria uma única entidade geométrica para as hachuras aplicadas dentro de um mesmo comando, mesmo que não sejam vizinhas. Os limites da geometria ficarão tracejados, caso o AutoCAD tenha a compreendido como uma região fechada. Quando terminar de selecionar os limites a serem hachuriados, confirme a seleção com <Enter>, faça os ajustes que julgar necessários e realize uma pré-visualização da hachura. Caso esteja satisfeito, finalize o comando com <Enter>. Figura 32: Comando hatch – seleção por ponto internos, controles de espaçamento e ângulo e opção para criar hachuras independentes Se houver falhas ou desencontros entre as linhas, o comando não será executado adequadamente. Veja, na figura a seguir, um exemplo de um polígono aparentemente fechado, cujos limites não foram reconhecidos pelo programa. Quando isso ocorre, é necessário verificar a precisão dos encontros entre os segmentos de reta que compõem a poligonal, pois, certamente, existe uma abertura. Pode ser necessário redesenhar os limites para hachuras com mais precisão, garantindo o perfeito encontro entre todas as linhas. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 34 Figura 33: Comando hatch – limite selecionado e limite não aceito pelo AutoCAD 16.1.6. EDIÇÃO DAS ENTIDADES USANDO GRIPS E COMANDOS TRANSPARENTES EDIÇÃO RÁPIDA COM GRIPS Quando clicarmos em qualquer entidade sem comando, aparecerá na tela pequenos pontos azuis. Esses são denominados grips. Os grips são o mais simples processo de seleção de entidades e, especificamente, são um método de seleção prévia. Isto é, mesmo que você não tenha nenhum comando ativo, você pode selecionar entidades pelos grips e ativar o comando de edição depois. Uma outra função dos grips é editar diretamente as entidades selecionadas. Usaremos como exemplo de edição rápida pelos grips aquele polígono da Figura 33. Aparentemente, a poligonal se mostrava fechada, porém, ao tentarmos aplicar uma hachura, nos deparamos com a mensagem de erro de limite inválido. Analisamos cuidadosamente os vértices do polígono com o comando zoom e encontramos o erro. Veja, na figura a seguir, o processo de edição rápida para tornar a poligonal uma região fechada. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 35 Figura 34: Edição rápida usando grips Perceba que na figura anterior, inicialmente, as linhas não se encontram. Provavelmente, esse tipo de erro é fruto do desenho sem comando de precisão. Lembre-se que, mesmo com o zoom mais próximo, a única maneira de garantir relações geométricas precisas entre entidades vetoriais é com o uso do ObjectSNAP. Utilize o comando snap pelo teclado ou acesse o comando da maneira que julgar mais conveniente e configure os parâmetros de sua preferência para a atração entre as formas desenhadas. Ative e desative o OSNAP com a tecla F3 (no Windows) sempre que julgar necessário, mas procure mantê-lo ativo e entenda desativá-lo como exceção e não como regra. Ao selecionar a entidade sem estar com nenhum comando em uso, você verá os grips por toda a extensão da entidade selecionada, nos pontos geométricos fundamentais para seu reconhecimento. Perceba que a janela com as propriedades do objeto selecionado fica ativa quando selecionado. Caso você selecione simultaneamente objetos com propriedades distintas, a janela exibirá varies nessa categoria. Para selecionar um grip e editar o ponto final de uma linha para o pontofinal da outra, basta clicar em cima do grip, localizado na extremidade que deseja ajustar. Ele ficará vermelho, e você poderá arrastar a linha para o endpoint da outra linha, fechando a aresta com precisão. Ao terminar a edição, use a tecla Esc para iniciar um novo comando. Clique novamente na aresta modificada e perceba que, ao arrastar o grip, você estará editando os dois segmentos de reta ao mesmo tempo, pois agora os endpoints coincidem. O vídeo disponível no link a seguir contém dicas de como usar a edição por grips. Pratique! Somente usando o programa você irá assimilar os comandos e entender o funcionamento desse software, desenvolvendo a sua maneira própria de trabalhar; afinal, existem muitos caminhos para um mesmo resultado. http://tinyurl.com/q9793h7 Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 36 COMANDOS TRANSPARENTES São aqueles comandos que podem ser utilizados durante a execução de outro comando, sem que esse seja cancelado. Quando a instrução transparente terminar, o AutoCAD continuará com o comando eventualmente interrompido, no ponto em que o deixou. A utilização do comando transparente deve ser feita com o caractere “apóstrofo”, antes do nome do comando. Os comandos mais utilizados são acessados da seguinte forma, durante outro comando: ’zoom ou ’z ’Pan ou ’p ’Redraw ou ’r ’Calculator ou ’cal Termina aqui nossa segunda aula sobre comandos de desenho e de edição. Os conceitos apreendidos aqui têm grande valia para a formação nessa área. Continue estudando! Aula 17 | MODEL SPACE, PAPER SPACE, LAYERS E CORES LÓGICAS Nesta aula, abordaremos os processos de planejamento envolvidos na criação de um novo desenho, de forma a garantir bons resultados impressos. Fique atento e boa aula! Lembre-se que a precisão no uso linhas ortogonais e a diferenciação nas penas ainda são fundamentais para garantir a qualidade do desenho técnico e arquitetônico. Consulte, sempre que julgar pertinente, os conceitos fundamentais do desenho de representação de edificações e as normas técnicas. Aplique os conhecimentos oferecidos nas unidades anteriores para o contexto do desenho assistido por computador. 17.1. MODEL SPACE, PAPER SPACE Lembre-se que sempre aplicaremos os conceitos do desenho arquitetônico e as normas técnicas estudadas nas unidades anteriores ao contexto do desenho assistido por computador. Não hesite em consultar as norma técnicas completas para casos específicos! Conforme foi abordado nas aulas anteriores, o desenho no AutoCAD deve ser feito em escala real, natural, no espaço de modelagem – model space. Porém, é necessário saber, de antemão, qual será a escala para a impressão e decidir o formato de papel a ser utilizado. A escala determinará o nível de detalhe a ser adotado para o desenho, assim como também definirá o tamanho dos textos, da simbologia gráfica e das cotas que serão inseridas para a impressão em escala exata. O AutoCAD nos permite alternar entre o espaço de modelagem, local onde desenhamos o projeto, e o espaço do papel, local onde definimos o tamanho do papel e desenhamos as margens e o carimbo/selo. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 37 Figura 35: Paper space – Conceito de viewport Para visualização da impressão e para o desenho das margens e do selo/carimbo, usamos o espaço do papel. Para o desenho das plantas, cortes e demais representações do edifício, simbologia gráfica e cotagem, usamos o espaço de modelagem. Observe as figuras a seguir para aprender como alternar entre o model space e o paper space. Pode-se ainda digitar o comando tilemode e mudar o valor de <1> para <0>, digitando o número zero. Figura 36: Alternando para paper space comando tilemode pelo teclado Figura 37: Alternando para paper space usando os layouts – ícone do paper space Perceba que, ao escolhermos o layout ou tilemode=0, aparecerá o papel com uma margem tracejada (margem de impressão) e uma janela, chamada viewport (ver figura 35). Ao dar dois cliques com o mouse dentro da viewport, você visualizará, dentro da janela, seu modelo desenhado no model space. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 38 Figura 38: Viewport ativada – ícone do model space Os comandos de visualização (zoom e pan) podem ser usados dentro da janela, quando serão aplicados ao modelo. Utiliza-se o comando zoom como fator de escala exato para colocar o desenho na escala para impressão. Para que um desenho feito em metros seja impresso em escala 1:100, utiliza-se o fator de escala 10xp. Isso ocorre pois o AutoCAD trabalha em milímetros (1 m = 1.000 mm) no paper space. Dessa forma, sempre multiplicamos a escala que se deseja por mil. Exemplos: Para imprimir um desenho na escala 1:100 1/100*1000 = 10XP Para imprimir um desenho na escala 1:50 1/50*1000 = 20XP Para imprimir um desenho na escala 1:50 1/25*1000 = 40 XP As Aulas 19 e 20 da UIA 4 tratarão das configurações para impressão de forma mais detalhada! Para trabalhar no papel, deve-se dar dois cliques fora da viewport, quando os comando de visualização são aplicados ao papel. Com duplo clique sobre a viewport, ativa-se novamente o conteúdo da janela, e os comandos de visualização são novamente aplicados ao desenho. A figura anterior mostra a aparência genérica de uma viewport ativada, quando aparece o símbolo das coordenadas como no espaço de modelagem. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 39 Figura 39: Configurações do papel – botão direito do mouse sobre a aba layout ou pagesetup pelo teclado Para configurar o formato do papel que deseja aplicar ao layout, clique com o botão direito do mouse sobre a aba de layout e escolha a opção Page setup manager, conforme ilustra a figura anterior. Pelo teclado, basta digitar pagesetup para acessar a janela de configurações do papel. A figura a seguir mostra um exemplo de configuração de papel. Marque a impressora – DWG To PDF.pc3 – sugerida para ter acesso a mais formatos de papel. Verifique as demais configurações destacadas na figura a seguir. Agora você poderá ver o layout já com o papel escolhido e verificar se o desenho na escala que deseja utilizar é adequada ao papel que se pretende usar. Com a viewport ativada e com o desenho no campo de visualização, digite o comando de zoom com a precisão a seguir: Z <enter> 10xp <enter> Com esse comando, você poderá ver seu desenho na escala 1:100, já no tamanho que ocupará no papel escolhido. A simbologia gráfica aplicada ao desenho deve, portanto, ser proporcional à escala na qual se pretende imprimir o desenho, já que é configurada com um comando de zoom. Veremos mais detalhes sobre isso na Aula 19, da UIA 4. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 40 Figura 40: Configurações do papel Use o paper space apenas para desenhar o carimbo/selo! As demais informações do desenho devem ser feitas no model space. Outro ponto importante a se considerar no desenho assistido por computador é definir como se dará a diferenciação de linhas – penas – na impressão final. A diferenciação de penas é fundamental para o bom entendimento do desenho arquitetônico e, por isso, deve-se pensar em como organizar o desenho de forma a garantir um bom resultado impresso. O AutoCAD usa cores para diferentes tipos de linhas. Tenha em mente que cada cor irá corresponder a uma espessura de linha na impressão em escala. Por isso, é importante saber aplicar adequadamente as espessuras de linhas no desenho manual com instrumento. O tópico aseguir trata da organização do desenho em layers, que são camadas utilizadas para organizar o desenho por assunto e para gerenciar as espessuras e tipos de linha para impressão do desenho. 17.2. LAYERS E PENAS A utilização de layers no desenho de arquitetura é algo essencial para otimizar o trabalho dos profissionais envolvidos. A separação do desenho em camadas permite a visualização de qualquer uma delas isoladamente, o que facilita a seleção de objetos e a configuração da impressão do desenho com a adequada diferenciação de penas. Cada desenhista acaba desenvolvendo seu padrão de trabalho e, ao nos depararmos com um desenho sem uso adequado dos recursos, fica difícil adequar o desenho a um padrão, seja ela qual for. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 41 Lembre-se que a diferenciação das penas no AutoCAD segue os mesmos princípios conceituais tratados na UIA 2. Consulte, sempre que necessário, os conceitos fundamentais do desenho arquitetônico e as norma técnicas pertinentes. Por conta de ainda não haver norma técnica brasileira em vigor que trate sobre o desenho técnico e de arquitetura assistido por computador, cada empresa ou órgão público acaba por elaborar e adotar seus padrões de uso de layers e de configuração de penas, cotas, textos e simbologia gráfica no programa CAD utilizado. Na cartilha da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (ASBEA), disponibilizada na Aula 13, encontra-se uma proposição de padrões de layers, cores e penas para utilização em projetos de arquitetura. Os escritórios e os órgãos públicos adotam padrões bem semelhantes aos propostos pela ASBEA. Para fins didáticos, utilizaremos um padrão bem menos complexo, mas útil para compreensão do funcionamento das ferramentas. 17.2.1. CORES LÓGICAS Segundo os padrões do Desenho Arquitetônico, para desenharmos uma planta baixa, utilizamos ao menos três espessuras de linhas. Uma grossa, para as alvenarias interceptadas pelo plano de corte, uma média, para representar as esquadrias cortadas, e uma fina, para desenhar os elementos em vista. A depender da escala, usamos o nível de detalhe do desenho maior ou menor. As espessuras das linhas precisam ter hierarquia visual entre elas, sendo que a grossa é aproximadamente o dobro da média, que é o dobro da fina. Quanto ao tipo de linha, precisamos ter a linha contínua, a linha tracejada, para representação das projeções de telhados, por exemplo, e a linha traço ponto utilizada na marcação dos cortes verticais. Dentro dessa lógica, utilizaremos os layers e as cores para separar as linhas pela espessura conforme queremos que sejam impressas. O layer de nome 01 corresponderá à cor 01 e será a linha mais fina do meu desenho, como se fosse desenhada com a pena 0.1 mm da caneta nanquim. O layer de nome 02 receberá a cor 02 e corresponderá à espessura 0.2 mm e assim por diante, considerando as penas que quero usar no meu desenho. Veja a Tabela 1 com os nomes dos layers de acordo com espessuras de linha. Nome Código cor AutoCAD Cor impressão Espessura impressão Tipo de linha 01 01 preto 0.1 mm Contínua 02 02 preto 0.2 mm Contínua 03 03 preto 0.3 mm Contínua 04 04 preto 0.4 mm Contínua 06 05 preto 0.6 mm Contínua Tabela 1: Organização dos layers Tenha como hábito elaborar uma tabela com esse planejamento. É comum o autor do desenho compartilhar uma tabela semelhante a essa com os profissionais envolvidos em um projeto. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 42 As ferramentas de gerenciamento de camadas permitem ao desenhista visualizar apenas as camadas que interessam para determinado desenho. Por isso, é comum a criação de layers temáticos, que visam organizar o desenho por assuntos: estrutura, alvenaria, esquadrias, mobília, etc. Nesse caso, procura-se organizar as camadas que tenham o mesmo tipo de linha. Textos, cotas e símbolos também devem ter layers próprios, separados dos desenhos. Quando abrimos o AutoCAD e iniciamos um novo desenho, já existe um layer criado, cujo nome é 0 e a cor é branco. Recomenda-se que não se use esse layer para desenhar seu projeto, pelo menos não use-o de maneira definitiva, pois isso poderá causar problemas na impressão e na organização dos desenhos. Também não é recomendado mudar a cor ou outra característica dessa camada. Para visualizar a tela de gerenciamento de layers, use o ícone destacado na figura a seguir. Também podemos acessá-la pelo teclado, digitando “la”, atalho para o comando layer. Outro caminho é pelo menu Format. Figura 41: Acesso à tela de gerenciamento de layers – pelo teclado digitar la Para criar os layers com o nomes desejados e escolher as cores e tipos de linhas de acordo com sua tabela de organização de layers, use os comandos da tela de gerenciamento de camadas. Veja na figura a seguir um resumo das funcionalidades de gerenciamento de layers. Figura 42: Funcionalidades gerenciamento de layers Ao criar um novo layer, você deve especificar o nome, a cor e demais informações sobre o layer. De acordo com a nossa tabela, usaremos apenas as cores principais, que aparecem destacadas na figura a seguir. Cada cor no AutoCAD possui um código, o index color, número que utilizamos na nossa tabela de correspondência cor–espessura. As cores básicas são amplamente utilizadas como padrão de espessura de penas por usuários de AutoCAD. Eles correspondem, no desenho manual em nanquim, ao padrão de cores das antigas canetas utilizadas para o desenho técnico. A caneta nanquim de tampa vermelha corresponde à pena 0.1 mm, a de tampa amarela à de pena de 0.2 mm e assim por diante. Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica| UIA 3| Copyright © 2015 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 43 Utilizar as penas associadas às cores lógicas significa dizer que, ao desenhar no layer de nome 01, você está utilizando a pena fina. Já no layer 06, desenharemos as linhas que devem aparecer grossas no desenho impresso, como as paredes cortadas em uma planta baixa em escala 1:50, por exemplo. As esquadrias, na planta baixa em escala 1:50, devem ser desenhadas no layer 03, com pena 0.3 mm. É como trocar de lapiseira ou caneta nanquim. Figura 43: Cores básicas, standart ou cores lógicas Alguns desenhistas têm o hábito de já definir as espessuras de linhas nessa etapa do desenho, alterando a coluna lineweight, mas iremos especificar as espessuras para impressão em um arquivo próprio para plotagem com extensão .CTB. Isso será abordado detalhadamente na aula sobre plotagem a partir de paper space. Essa é a forma de trabalho mais recomendável, pois se outro profissional for utilizar o projeto arquitetônico para fazer os projetos complementares (fundação, estrutura, hidráulica, etc.) não ficará "preso" ao padrão pré-estabelecido pelo desenhista, ou seja, será mais fácil adaptar as cores dos layers ao seu próprio padrão de desenho. É comum o projetista aproveitar-se das facilidades do AutoCAD e fugir um pouco da normalização quando desenvolve um layout, um detalhe construtivo específico para a obra, uma elevação, etc., deixando o desenho mais colorido, mais artístico que técnico. Porém, os projetos especiais para aprovação junto aos órgãos públicos seguem as normas da ABNT e também os critérios próprios de cada repartição (Prefeitura, Corpo de Bombeiros, Cetesb, etc.). Assim, assumiremos aqui que o desenho técnico arquitetônico deve ser impresso apenas em preto. Outra recomendação é não alterar as propriedades de linhas (cor e espessura), a não ser alterando na configuração do layer. A figura a seguir ilustra as propriedades que não devem ser alteradas. A cor do objeto e o tipo de linha devem permanecer sempre na opção bylayer, o que garantirá o bom funcionamento das configurações de impressão planejadas
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