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Projeto Arquitetônico e Computação Gráfica

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PROJETO ARQUITETÔNICO 
E COMPUTAÇÃO GRÁFICA 
UIA 4 | USO DE BLOCOS E IMPRESSÃO EM ESCALA – AUTOCAD 2D E TÓPICOS 
SOBRE MODELAGEM EM 3D E SISTEMAS BUILDING INFORMATION MODELING (BIM) 
 
	
   VERSÃO PARA IMPRESSÃO 
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Este material é destinado exclusivamente aos alunos e professores do Centro Universitário IESB, contém 
informações e conteúdos protegidos e cuja divulgação é proibida por lei. O uso e/ou reprodução total ou 
parcial não autorizado deste conteúdo é proibido e está sujeito às penalidades cabíveis, civil e 
criminalmente. 
 
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SUMÁRIO 
Aula 19 | Blocos para AutoCAD .................................................................................................... 4	
  
19.1. Blocos ............................................................................................................................................. 4	
  
19.1.1. Criação .......................................................................................................................................................................... 5	
  
19.1.2. Inserção ........................................................................................................................................................................ 7	
  
19.1.3. Edição ........................................................................................................................................................................... 8	
  
19.1.4. Blocos da Internet .................................................................................................................................................... 9	
  
Aula 20 | AutoCAD 2D – Preparação para Impressão em Escala ............................................ 10	
  
20.1. Inserção da Escrita e Simbologia Gráfica em Model Space ..................................................... 10	
  
20.2. Configurando a Impressão – Paper Space ................................................................................ 14	
  
20.2.1. Leiautes ..................................................................................................................................................................... 14	
  
20.2.2. Ajustando Viewports ............................................................................................................................................ 16	
  
20.2.3. Inserção de Margem e Selo ................................................................................................................................ 16	
  
Aula 21 | AutoCAD 2D – Plotagem em Paper Space ................................................................ 17	
  
21.1. Espessuras de Penas e Cores na Impressão .............................................................................. 17	
  
21.2. Configurações das Penas por Cores .......................................................................................... 17	
  
21.3. O Comando Zoom Scale ............................................................................................................. 19	
  
21.4. Configurando Viewports em Diferentes Escalas ...................................................................... 20	
  
21.5. Gerando arquivos .PDF ............................................................................................................... 20	
  
21.6. Observações Finais ..................................................................................................................... 21	
  
Aula 22 | Tópicos sobre Modelagem em 3D: o Modelo Geométrico Tridimensional ........... 22	
  
22.1. Conceitos Iniciais ........................................................................................................................ 22	
  
22.1.1. Modelo Geométrico Tridimensional .............................................................................................................. 24	
  
22.1.2. Campos de Aplicação .......................................................................................................................................... 25	
  
22.1.2.1. Ferramenta de Concepção ............................................................................................................................................. 25	
  
22.1.2.2. Ferramenta de Apresentação ....................................................................................................................................... 26	
  
22.2. CAD versus BIM ............................................................................................................................ 27	
  
Aula 23 | Programas de Computador para Modelagem Tridimensional .............................. 29	
  
23.1. Plataformas CAD ......................................................................................................................... 29	
  
23.1.1. AutoCAD/A – AutoCAD Architecture .............................................................................................................. 29	
  
23.1.2. SketchUp .................................................................................................................................................................. 31	
  
23.1.3. VectorWorks ............................................................................................................................................................ 32	
  
23.2. Plataformas BIM .......................................................................................................................... 33	
  
23.2.1. ArchiCAD .................................................................................................................................................................. 33	
  
23.2.2. Revit ............................................................................................................................................................................ 34	
  
Aula 24 | Simulação Tridimensional ......................................................................................... 36	
  
24.1. Elementos de Realidade Virtual ................................................................................................. 36	
  
24.1.1. Aplicação de Luz e de Materiais ....................................................................................................................... 37	
  
24.1.2. Animações e Trajetos Virtuais ........................................................................................................................... 39	
  
24.1.3. Estudos de Insolação ............................................................................................................................................ 39	
  
24.1.4. Prototipagem Digital ........................................................................................................................................... 39	
  
Referências ................................................................................................................................. 41	
  
Glossário ..................................................................................................................................... 41	
  
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AULA 19 | BLOCOS PARA AUTOCAD 
 
Olá, estudante, bem-vindo(a) à quarta Unidade de Interação e Aprendizagem (UIA). Nesta unidade, 
estudaremos o uso de blocos e impressão em escala em AutoCAD 2D e os tópicos sobre modelagem em 3D e 
Sistemas Building Information Modeling (BIM). Em nossa primeira aula, estudaremos os blocos para AutoCAD. 
Boa aula! 
 
19.1. BLOCOS 
Em umprojeto de arquitetura, é comum a existência de objetos que se repetem várias vezes: janelas, 
portas, louças sanitárias e até mesmo um pavimento tipo em um corte. 
 
 
Para agilizar o trabalho do desenhista no AutoCAD e facilitar o manuseio e a 
padronização desses elementos que se repetem, utilizamos os blocos. Os blocos 
são estruturas geométricas compostas nas quais são agrupadas qualquer tipo de 
entidade desenhada para criação de uma biblioteca. 
 
No AutoCAD, podemos criar vários tipos de bibliotecas e de várias maneiras. Mas a maneira mais simples, 
que não utiliza a parte de programação do AutoCAD, são as bibliotecas através de Blocks. 
Os Blocks podem ser criados para um só desenho (comando Make Block) ou para se tornar um arquivo de 
extensão .DWG do AutoCAD para ser o utilizado em qualquer desenho (comando Writeblock). 
Abordaremos aqui a opção wblock, por conta da simplicidade e da facilidade de reutilização do bloco. 
Atenção: existem várias maneiras de agrupar entidades geométricas no AutoCAD. 
	
  
• O comando join (letra j <enter> pelo teclado) une em uma só entidade geométrica 
segmentos de retas ou arcos independentes. As linhas ou arcos precisam ter uma das 
extremidades coincidentes para que virem uma única entidade. 
• O comando group – equivalente à letra g <enter> – agrupa objetos. Os objetos passam a 
ser selecionados conjuntamente, porém não é possível editá-los em conjunto. Somente 
os blocos criados com os comandos makeblock ou writeblock permitem a edição de um 
único desenho para ser aplicada em todos os blocos iguais do desenho de um só vez. 
 
A diferença entre blocos criados pelo comando block (letra b <enter>) e writeblock (w <enter>) é a forma 
de armazenamento do bloco. Com o comando block, criamos blocos que ficarão disponíveis para 
utilização apenas no desenho nos quais foram criados. Com o comando writeblock, os blocos ficam 
disponíveis para inserção em qualquer outro desenho, pois são um arquivo .DWG, armazenado no 
diretório de sua preferência. 
Após criado dentro de um desenho, um bloco comum poderá ser editado, e essas alterações serão 
aplicadas automaticamente em todos os blocos com o mesmo nome presentes no desenho. Por isso que 
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não é uma boa ideia desprezar o uso desse artifício de otimização de produtividade. Não exploda blocos 
já criados em um desenho, a não ser para criar outro bloco. 
 
Imagine que em um projeto de grande porte existem 300 janelas idênticas. Não será muito 
produtivo desenhá-las uma a uma... Agora imagine se essas janelas sofressem, ao longo da 
revisão do projeto, alguma alteração no seu desenho. O uso de blocos torna possível 
alterar o desenho de todas as janelas de uma só vez, editando o bloco. 
 
 Existem ainda os blocos inteligentes, que podem ser dinâmicos, dinâmicos paramétricos (a partir da 
versão 2010) ou ainda dinâmicos com atributos. Por serem comandos que demandam conhecimentos 
avançados, não serão detalhados nesta aula. 
 
Para saber mais sobre os blocos inteligentes assista ao vídeo sugerido 
no link a seguir. 
http://tinyurl.com/nh8q9yq 
 
19.1.1. CRIAÇÃO 
Caso queira criar um bloco para utilização apenas do arquivo no qual está trabalhando, você pode usar o 
comando Block – block definition – equivalente à letra b <enter>. As definições a seguir também servem 
para esse comando. 
Comando writeblock - w <enter> 
 
Antes de criar os blocos, crie um diretório para armazená-los. Também procure definir as cores das linhas 
dos objetos que darão origem ao bloco de maneira adequada. 
Atente para o seguinte: caso você queira que o bloco assuma a cor do layer em que for inserido, deverá 
ser criado no layer 0. Caso queira fixar as cores (lembre-se que a cor está relacionada à uma espessura de 
pena), para que o bloco sempre seja do mesmo jeito, você poderá colocar cada objeto no layer referente 
à sua pena. No exemplo da figura a seguir, que ilustra a criação de um bloco de porta, os objetos 
vermelhos encontram-se no layer 01, de cor vermelha, que será configurada como pena 0.1 mm. Os 
objetos na cor verde encontram-se no layer de nome 03 e cor 03, que serão impressos com a pena 0.3 
mm. 
Recomenda-se a utilização do comando writeblock para criação dos blocos, pois estes ficam disponíveis 
para utilização em qualquer desenho do AutoCAD. 
A figura a seguir ilustra a tela para definição de uma bloco através do comando wblock. 
O ponto de base deve ser definido – opção pick point. Escolha o ponto pelo qual deseja arrastar o bloco 
na próxima vez que for inserido no desenho. 
Atenção: caso você não defina o seu ponto base, ele ficará automaticamente configurado como 0,0,0. 
Isso significa dizer que o bloco entrará no desenho pelo ponto de coordenada absoluta 0,0,0 (origem do 
sistema cartesiano). Em muitos casos, isso pode causar uma série de problemas no seu bloco, como não 
saber em qual lugar ele foi parar na sua área de desenho. Portanto, em caso de blocos que não envolvam 
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um desenho inteiro, defina como ponte de base algum ponto do objeto estratégico para a sua chegada 
no desenho. 
 
Figura 1 – Comando Write block – letra w pelo teclado 
 
Você poderá usar como fonte de dados para definição do bloco: um outro bloco, um desenho inteiro ou 
objects (default). Trataremos aqui da opção de definição por objetos, que deverão ser selecionados 
clicando no ícone select objects. Abaixo desse ícone você poderá escolher entre as seguintes opções: 
§ Retain: reter os objetos selecionados no desenho da forma original. 
§ Convert to block: converter os objetos selecionados em um bloco. 
§ Delete from drawing: deletar os objetos originais após o comando. 
 
Todas as opções podem ser úteis e dependerão das suas intenções nos desenho. 
Agora é necessário informar ao AutoCAD o nome e o diretório no qual deseja guardar o bloco. Lembre-se 
que estamos criando um bloco que poderá ser utilizados em qualquer desenho. Por isso, procure nomeá-
lo de maneira que possa ser identificado pelo nome. No caso da figura anterior, o bloco ganhou o nome 
de “porta 90.dwg” e ficará armazenado na subpasta blocos. 
Não deixe o nome do seu bloco como “newblock.dwg”, pois, assim, você não 
poderá saber o conteúdo do arquivo a não ser abrindo o arquivo para verificar. 
 
Ao ser criterioso no momento de nomear os seus blocos, você estará criando uma biblioteca de blocos 
que podem ser usados em qualquer desenho. 
 
 
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19.1.2. INSERÇÃO 
Ao criar um bloco com o procedimento recomendado no tópico anterior, além de estar em um arquivo 
.DWG no local escolhido por você, mesmo também ficará disponível como bloco dentro do seu desenho. 
Para usá-lo novamente, acesse o comando insert digitando a letra i, seguida de <enter> ou no menu 
INSERT, opção block. Clique na seta ao lado do nome do bloco e se abrirá uma relação de todos os blocos 
desse desenho. 
A figura a seguir ilustra a tela de inserção de blocos. Perceba que o bloco nível planta já pertence ao 
desenho e, por isso, está na lista de blocos. 
 
Figura 2: Comando Insert Block – letra i pelo teclado 
 
Para inserir blocos criados em outros desenhos, clique no botão browse e vá até o diretório no qual estão 
armazenados os blocos. Perceba como o nome dado ao bloco nos ajuda a identificá-lo no momento da 
inserção. 
Na tela de inserção, você poderá modificar parâmetros de escala e de rotação do bloco, conforme mostra 
a figura seguinte. Ao desmarcar a opção specify on-screen no insertion point você optará por inserir o 
bloco pela origem, se for o caso. É possível também optar por inserir o bloco já explodido, marcando a 
opção explode,porém, como já foi discutido nesta aula, você estará perdendo um recurso de otimização 
de produtividade. 
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Figura 3: Inserindo blocos criados em outros desenhos 
 
19.1.3. EDIÇÃO 
Para editar um bloco que já está dentro do desenho, basta clicar duas vezes sobre o bloco. Uma tela 
como a ilustrada na Figura 3 aparecerá. Você deve escolher o bloco que quer editar e clicar em OK. 
 
Figura 4: Editando blocos 
 
O AutoCAD disponibilizará uma tela de edição do desenho do bloco. 
Faça as alterações desejadas e feche o editor de blocos (close block editor) salve as alterações. Assim, 
todos os blocos com o mesmo nome presentes no desenho serão alterados ao mesmo tempo. O arquivo 
.DWG original do bloco não é alterado. 
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Ao tentar inserir novamente o bloco com o mesmo nome, o AutoCAD questionará se você quer redefinir 
o bloco que já está no desenho. Se você aceitar redefinir, os blocos já inseridos voltarão a ser iguais ao 
desenho correspondente ao .DWG original novamente. 
 
Figura 5: Fechando o editor de blocos 
 
19.1.4. BLOCOS DA INTERNET 
Existem muito blocos já prontos disponíveis na internet. Os fabricantes de louças, móveis, 
eletrodomésticos, entre outros, disponibilizam os blocos para que os projetistas os utilizem nos seus 
desenhos. Além disso, existem sites para compartilhamento de blocos desenhados por diversos usuários 
do AutoCAD. 
Ao utilizar um bloco da internet, você deve verificar as cores utilizadas e compatibilizá-las ao seu padrão 
de trabalho. Também devem ser feitas aferições nas medidas dos desenhos para verificar se esses se 
encontram compatíveis com a sua unidade de desenho ou se precisam sofrer adaptações. 
Caso seja necessário escalar o bloco, não faça isso “no olho”, e sim com precisão, utilizando fator de 
escala ou a opção reference do comando scale. 
Lembre-se também o que o AutoCAD não abre arquivos compactados (formatos .ZIP, .RAR...). Portanto, 
efetue a descompactação do arquivo em diretório conhecido para a posterior inserção do bloco. 
 
A seguir, segue link do site da empresa Deca e seu catálogo de blocos 
para AutoCAD. Acesse e veja um excelente exemplo. 
http://tinyurl.com/luz577m 
O site CAD blocos disponibiliza diversos tipos de blocos, entre eles, 
pessoas, árvores e arbustos e automóveis. Vale à pena conferir. 
http://www.cadblocos.arq.br/ 
 
Nesta aula, vimos o conceito e os procedimento para criação e uso dos blocos! Os conceitos apreendidos aqui 
têm grande valia para a formação nessa área. Continue estudando! 
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Aula 20 | AUTOCAD 2D – PREPARAÇÃO PARA IMPRESSÃO EM ESCALA 
 
Estudantes, nesta aula, nosso foco de voltará para a preparação para impressão em escala. Continue os 
estudos desta disciplina e boa aula! 
 
Na UIA 2, quando estudamos a simbologia gráfica e a escrita nos projetos, discutimos sobre o tamanho 
padronizado pela ABNT para os textos e os símbolos. Vimos que eles são elementos sem escala, e, 
portanto, não podem variar de tamanho de acordo com a escala de impressão do desenho. 
Por isso, ao inserirmos esses elementos no Model Space, eles já deverão possuir o tamanho em que 
assumirão quando configurarmos a escala, no paper space. No tópico a seguir, serão abordados os 
procedimentos necessários para que os textos e símbolos apareçam na impressão com as medidas 
corretas recomendadas pela ABNT. 
No AutoCAD, o desenho é feito em escala natural no Model Space, espaço de modelagem. Na hora de 
imprimir, definimos uma escala de redução, conforme já foi explicado anteriormente, no Paper Space. 
Usamos o comando zoom, opção scale, para dar escala ao desenho com precisão. Mas, ao reduzir o 
desenho conforme a escala desejada, os textos e os símbolos também reduzem. 
Então, como calcular a altura do texto e tamanho dos símbolos gráficos no Model 
Space para que na hora da plotagem1, ele tenha uma altura condizente com a 
escala? 
 
Isso será discutido nesta aula! 
 
20.1. INSERÇÃO DA ESCRITA E SIMBOLOGIA GRÁFICA EM MODEL SPACE 
A altura do texto ou tamanho do símbolo no Model Space irá depender da escala de impressão a ser 
utilizada e da unidade utilizada no desenho. 
A unidade do espaço do papel é sempre milímetros e, por isso, sempre converteremos a escala do Model 
Space para milímetros para fazer a compatibilização entre os espaços de modelagem e do papel. Na 
verdade, estamos relativizando o tamanho das coisas desenhadas no Model Space para ficarem 
condizentes com a escala da impressão. Tomaremos como exemplo a altura dos textos, no entanto, o 
mesmo raciocínio é válido para os elementos de simbologia gráfica, tais como: cotas de nível, indicação 
de cortes verticais, títulos do desenho, chamadas para detalhes, indicação de acesso principal, indicação 
do norte, símbolos para nome de esquadrias, indicação de fachadas. Essa lógica também é aplicada ao 
textos das cotas. 
Dessa forma temos que: 
ATD = ATP * ESCALA / UNIDADE 
onde: 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
1 A plotagem é a impressão de desenhos em largas escalas. O equipamento usado no processo é chamado de plotter e possui uma alta 
precisão. O processo de plotagem é amplamente usado nas áreas de engenharia cartográfica, arquitetura, engenharia civil, engenharia 
mecânica, design, design de interiores e publicidade e propaganda. 
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11 
ATD = altura do texto no desenho 
ATP = altura do texto final após a plotagem (no papel) em milímetros 
ESCALA = escala de plotagem - utilizamos apenas o denominador 
UNIDADE= unidade do desenho (1 = mm, 10 = cm e 1000 = m) 
 
Exemplo: Em um desenho feito em metros, deseja-se um texto com 3 mm na impressão (no papel) na 
escala 1:50. 
ATD = 3 * 50 / 1000 = 0.150 
Dessa forma, devemos inserir no nosso desenho no Model Space os textos que queremos que seja 
impressos com 3 mm de altura com 0.15 de altura. 
As tabelas a seguir contém a relação entre o que deve ser desenhados no Model para desenhos em 
metros, centímetros e milímetros, para elementos que queremos que saiam na impressão de 1 mm a 10 
mm para as escalas 1:100, 1:50, 1:25, 1:20 e 1:75. Use-as como material de consulta sempre que 
necessário. 
Vamos aprender a consultar as tabelas? 
 
Exemplo 1: 
Tamanho do símbolo de cota de nível para um desenho feito em metros que será impresso em escalas 
1:100, 1:50 e 1:20. 
Os símbolos usados para indicação das cotas de nível em planta, segundo a NBR 6492 devem ter 5 mm. 
Consultando na tabela a seguir (desenho em metros), na primeira coluna, localizamos o valor de 5 mm e 
vamos até a coluna da escala 1:50. Logo, o símbolo deve ser desenhado no Model com 0.50, na escala 
1:100, com 0.25, na escala 1:50 e com 0.10 na escala 1:20. 
PAPER – mm MODEL – METROS ESCALAS 1:100 1:50 1:25 1:20 1:75 
1000 100 50 25 20 75 
1.00 0.10 0.05 0.03 0.02 0.08 
1.50 0.15 0.08 0.04 0.03 0.11 
2.00 0.20 0.10 0.05 0.04 0.15 
2.50 0.25 0.13 0.06 0.05 0.19 
3.00 0.30 0.15 0.08 0.06 0.23 
3.50 0.35 0.18 0.09 0.07 0.26 
4.00 0.40 0.20 0.10 0.08 0.30 
4.50 0.45 0.23 0.11 0.09 0.34 
5.00 0.50 0.25 0.13 0.10 0.38 
5.50 0.55 0.28 0.14 0.11 0.41 
6.00 0.60 0.30 0.15 0.12 0.45 
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6.50 0.65 0.33 0.16 0.13 0.49 
7.00 0.70 0.350.18 0.14 0.53 
7.50 0.75 0.38 0.19 0.15 0.56 
8.00 0.80 0.40 0.20 0.16 0.60 
8.50 0.85 0.43 0.21 0.17 0.64 
9.00 0.90 0.45 0.23 0.18 0.68 
9.50 0.95 0.48 0.24 0.19 0.71 
10.00 1.00 0.50 0.25 0.20 0.75 
Tabela 1: Altura de textos e elementos sem escala – desenho em metros – 1000 mm 
 
PAPER – mm MODEL – CENTÍMETROS ESCALAS 1:100 1:50 1:25 1:20 1:75 
10 100 50 25 20 75 
1.00 10.00 5.00 2.50 2.00 7.50 
1.50 15.00 7.50 3.75 3.00 11.25 
2.00 20.00 10.00 5.00 4.00 15.00 
2.50 25.00 12.50 6.25 5.00 18.75 
3.00 30.00 15.00 7.50 6.00 22.50 
3.50 35.00 018 8.75 7.00 26.25 
4.00 40.00 20.00 10.00 8.00 30.00 
4.50 45.00 22.50 11.25 9.00 33.75 
5.00 50.00 25.00 12.50 10.00 37.50 
5.50 55.00 27.50 13.75 11.00 41.25 
6.00 60.00 30.00 15.00 12.00 45.00 
6.50 65.00 32.50 16.25 13.00 48.75 
7.00 70.00 35.00 17.50 14.00 52.50 
7.50 75.00 37.50 18.75 15.00 56.25 
8.00 80.00 40.00 20.00 16.00 60.00 
8.50 85.00 42.50 21.25 17.00 63.75 
9.00 90.00 45.00 22.50 18.00 67.50 
9.50 95.00 47.50 23.75 19.00 71.25 
10.00 100.00 50.00 25.00 20.00 75.00 
Tabela 2: Altura de textos e elementos sem escala – desenho em centímetros – 10 mm 
 
 
 
 
 
 
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PAPER – mm MODEL – MILÍMETROS ESCALAS 1:100 1:50 1:25 1:20 1:75 
1 100 50 25 20 75 
1.00 100 050 25.00 020 75.00 
1.50 150 075 37.50 030 112.50 
2.00 200 100 50.00 040 150.00 
2.50 250 125 62.50 050 187.50 
3.00 300 150 75.00 060 225.00 
3.50 350 175 87.50 070 262.50 
4.00 400 200 100.00 080 300.00 
4.50 450 225 112.50 090 337.50 
5.00 500 250 125.00 100 375.00 
5.50 550 275 137.50 110 412.50 
6.00 600 300 150.00 120 450.00 
6.50 650 325 162.50 130 487.50 
7.00 700 350 175.00 140 525.00 
7.50 750 375 187.50 150 562.50 
8.00 800 400 200.00 160 600.00 
8.50 850 425 212.50 170 637.50 
9.00 900 450 225.00 180 675.00 
9.50 950 475 237.50 190 712.50 
10.00 1.000 500 250.00 200 750.00 
Tabela 3: Altura de textos e elementos sem escala – desenho em milímetros – 1mm 
 
Antes de fazer os textos, crie os estilos de textos de acordo com as escalas que pretende imprimir os 
desenhos. Existem arquivos com textos e cotas já configurados que podem ser baixados da internet. 
Procure usar bons padrões e fontes sóbrias, mais legíveis, parecidas com a caligrafia técnica. Confira as 
alturas dos textos e verifique na tabela se estão condizentes com a escala. O atalho para comando para 
inserção de texto é <enter>. 
Há também como configurar cotas e textos do tipo anotativo, que se adaptam automaticamente à escala 
de impressão configurada na viewport. São, no entanto, comandos que demandam conhecimentos 
avançados da interface do AutoCAD e não serão abordados na disciplina. 
Para as cotas também é necessário criar estilos ou trazê-los de outros desenhos para utilizá-los. Procure 
utilizar os critérios de cotagem da ABNT. 
 
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Veja como configurar estilos textos assistindo ao vídeo disponível no 
link a seguir. 
http://tinyurl.com/m6qn3bj 
 
O link a seguir contém acesso a um arquivo com tamanhos de textos, 
simbologia gráfica e cotas para várias escalas. O paper space contém as 
pranchas com formato da série A. O desenho está em metros. Para usar 
os estilos de texto e cotas do arquivo, copie e cole o quadro com a 
escala para dentro do seu desenho. Use a ferramenta pincel – 
matchproperties, acessado pelo teclado com o atalho ma <enter>. 
http://tinyurl.com/mvjzu2k 
 
Esses vídeos tratam da configuração de cotas e textos usando um 
arquivo padrão. Acessos e saiba mais! 
http://tinyurl.com/l85u8sa 
http://tinyurl.com/kz4hya8 
 
 
20.2. CONFIGURANDO A IMPRESSÃO – PAPER SPACE 
20.2.1. LEIAUTES 
O AutoCAD por default, abre com dois leiautes criados, Layout 1 e Layout 2. Na maior partes das versões 
do AutoCAD que contam com esse recurso, os layouts são exibidos em separadores – tabs, ou abas, ou 
guias, como também são chamados – que ficam na parte inferior da tela do AutoCAD. 
Porém é necessário ajustá-lo aos seu projeto, alterando o formato do papel, criando ou inserindo sua 
prancha padrão, criando mais layouts e nomeando os mesmos para encontrar as pranchas com mais 
facilidade. E também inserindo e ajustando as viewports. 
Para renomear um layout já criado no AutoCAD, clique com o botão direito do mouse com o cursor sobre 
a aba do layout e escolha a opção rename e digite o nome que deseja. Seja criterioso ao escolher o nome 
do layout, para que ele possa ser facilmente identificado e encontrado, o que facilita alternar entre os 
layouts, pois o nome que fica visível o informa o que precisamos saber antes de acessar a tab. É 
interessante que o nome contenha referências ao formato de papel, às escalas de impressão e ao 
conteúdo da prancha. Por exemplo, o layout ARQ 1-237_A3_500_SIT corresponde à prancha 1 do Projeto 
de Arquitetura, de um total de 237 pranchas, a ser impresso no formato A3, na escala 1:500, e contém a 
planta de situação. Isso também facilitará a organização dos arquivos em formato .PDF que serão gerados 
pelo AutoCAD quando finalizarmos o processo de plotagem. Esse processo, que inclui a execução 
comando plot, será estudado na Aula 21. 
Para configurar suas preferências de impressão acesse o Page setup manager, clicando com o botão 
direito do mouse sobre o layout a ser configurado. 
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Você poderá optar por criar uma nova configuração ou modificar a que já existe. Sugerimos que crie uma 
nova, pois você poderá nomeá-la e usá-la nas próximos layouts, ou até mesmo em outro arquivo. Ao criar 
uma nova, dê um nome da sua preferência. Se você já possui uma configuração de página em outro 
arquivo, use a opção import para trazê-la para seu desenho. Se você tem configurações já salvas no 
arquivo, pode também criar uma outra partindo de uma existente. 
Depois de criar a nova configuração de página ou importá-la de outro arquivo, a tela para configuração 
das opções de impressão será exibida. 
Nessa tela você deve definir a impressora o formato do papel. As configurações da tabela com a 
configuração das penas também são configuradas nesse local. A configuração do arquivo .CTB2 também 
serão abordadas na Aula 21. 
 
Figura 6: Page Setup Manager 
 
Observe na Figura 6 a configuração de um layout. Utilizaremos a impressora DWGtoPDF.pc3. O papel 
escolhido no exemplo é o formato ISO A3. Perceba que a opção selecionada contém as medidas do papel 
para orientação na horizontal, pois a maior medida (eixo x) é dada primeiro. Pode-se ter uma pré-
visualização da página na opção preview. Ao dar OK, essa configuração de página ficará salva no layout 
onde foi executada. Em algumas interfaces do AutoCAD existe uma seta que dá acesso a mais opções 
que são equivalentes às listadas no lado direito da tela mostrada na Figura 6. 
Para criar um novo leiaute, escolha a opção new layout, caso queira configurar um layout diferente do 
anterior. Quando temos um padrão de pranchas já estabelecido em um outro layout, é mais conveniente 
usar a opção from template3, na qual você cria um novo a partir de um arquivo já existente, pode ser de 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
2 São tipos de arquivos de configuração primariamente associados ao AutoCAD Color-dependent Plot Style Table (Autodesk Inc.). 
3 Um template é um modelo a ser seguido, com uma estrutura predefinida que facilita o desenvolvimento e criação do conteúdo a partir 
de algo construído a priori. Em CAD, corresponde a um arquivo com extensão .DWT, noqual são salvas as configurações de um 
desenho. Ao abrir o AutoCAD, deve-se escolher um template, ou seja, uma base com predefinições para começar o desenho. 
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um desenho ou de um arquivo template (formato .DWT). Existe também a opção copy or move, que 
possibilita mudar a ordem de exibição dos layouts ou fazer uma cópia de algum deles, quando marcamos 
a opção make a copy. Essa opção cria uma cópia do layout selecionado. É recomendado que cópias ou 
novos layouts só sejam inseridos quando as configurações forem finalizadas e seja feito um teste de 
impressão, pois se ainda for necessário algum ajuste, que seja feito antes da propagação dos erros em 
novos layouts similares. 
O AutoCAD também tem por default inserir uma viewport em cada layout criado. No entanto, é necessário 
realizar ajustes para que a impressão saia da maneira planejada. 
20.2.2. AJUSTANDO VIEWPORTS 
A viewport default do AutoCAD é inserida no layer que está corrente no que acessamos a tab ou no 
momento da criação do layout. Ela possui uma moldura, que nem sempre é bem-vinda na impressão. 
Sugerimos a criação de um layer para armazenar essas molduras e configurá-lo como não imprimível no 
gerenciador de layer. Para isso, basta dar um clique na impressora na coluna plot para que todo o 
conteúdo do layer fique visível, mas não saia na impressão. 
É possível criar mais viewports acessando o menu View, opção viewports. O AutoCAD disponibiliza 
algumas opções de disposição e quantidade de viewports a serem inseridas no layout. 
Algumas versões do AutoCAD tem por default, 16 viewports ativas no mesmo layout. Quando esse 
número é ultrapassado, o AutoCAD começa a desativar as outras viewports. Apesar de habitualmente não 
criamos mais que 16 viewports no mesmo layout, caso queira criar mais que 16 viewports, existe uma 
variável que altera o número de viewports, é MAXACTVP, segue o exemplo a seguir: 
Command: MAXACTVP 
Enter new value for MAXACTVP <16>: 
 
Com essa variável, você define o número máximo de viewports que podem ser regenerados ao mesmo 
tempo. Faixa válida de 0 a 32767. Não esqueça que quanto mais viewports ativas, mais tempo leva para 
regenerar o desenho. Por fim, disponha as viewports da maneira mais conveniente para sua prancha. As 
viewports podem ser ajustadas pelos grips. 
20.2.3. INSERÇÃO DE MARGEM E SELO 
Usa-se o Paper Space para desenhar ou inserir um padrão de prancha. Trata-se do desenho do papel. 
Recomenda-se o uso do Paper Space somente para esses objetos. 
No Paper Space trabalha-se em milímetros, os comandos funcionam normalmente, como no Model Space. 
Porém, certifique-se de estar trabalhando fora da viewport. As altura dos textos também devem ser dadas 
em milímetros, sem nenhuma compensação por conta da escala. Caso você tenha o desenho da prancha 
já pronto em outro arquivo, pode inseri-lo como bloco ou usando Control C (copiar) e Control V (colar). 
Não esqueça de criar um layer para armazenar a prancha e o texto do carimbo. E lembre-se de considerar 
as cores para associar às espessuras de penas também nos objetos do Paper Space. 
 
Estudantes, termina aqui nossa aula sobre a preparação para impressão em escala utilizando o AutoCAD 2D. 
Essas noções são essenciais para o dia a dia profissional e para o estudioso(a) da área. Siga estudando! 
 
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Aula 21 | AUTOCAD 2D – PLOTAGEM EM PAPER SPACE 
 
Nesta aula, continuaremos estudando o AutoCAD e suas ferramentas para o trabalho em duas dimensões. 
Aqui, falaremos sobre a plotagem em Paper Space. 
 
21.1. ESPESSURAS DE PENAS E CORES NA IMPRESSÃO 
Já abordamos em aulas passadas que as espessuras das penas é algo essencial no desenho de arquitetura 
e que iremos adotar a impressão sem cores, somente em preto. Porém, caso deseje utilizar alguma cor, 
ou tons de cinza, na impressão as orientações para impressão também serão abordadas nesta aula. Use 
cores com muito critério, pois, às vezes, o uso excessivo da cor pode comprometer a clareza do desenho 
e atrapalhar a correta interpretação do desenho técnico. 
Como as cores estão disponíveis, alguns profissionais tendem a tornar seus 
desenhos coloridos, mais artísticos do que técnicos. Cuidado para não sair dos 
padrões apenas porque aprendeu a usar cor na impressão. O desenho técnico é 
definido em norma como sendo preto, sem cor. 
 
Assim como o nível de detalhe adotado em cada desenho é determinado pela escala que se quer 
imprimir, deve-se considerar também a escala de impressão no momento de decidir as espessuras das 
penas. Um desenho em escala 1:100 apresenta nível de detalhe baixo, pois seu tamanho no papel não 
permite a visualização dos detalhes. A diferenciação das penas também pode ser diferente entre um 
desenho em diferentes escalas. Mantendo-se os critérios fundamentais da diferenciação de penas no 
desenho de edificação, a diferença entre as penas de um desenho em escala 1:100 e 1:50, por exemplo, é 
relativa à escolha da pena mais grossa. Em 1:100, não se recomenda usar a pena 0.6 para desenho das 
linhas de paredes cortadas. As paredes têm geralmente 0.15 m, as linhas na impressão devem aparecer 
com 15 mm de distância e podem quase encostar uma na outra. Nesse caso, seria mais adequado a pena 
0.5 mm ou 0.4 mm. As linhas médias também devem ser menos espessas, com 0.25 ou 0.2 mm. Enfim, 
tudo isso dependerá do seu planejamento sobre o desenho. Nesse caso, se o desenho possui uma boa 
organização de layers as cores dos objetos podem ser alterados com a alteração da cor do layer. É nesse 
momento que a organização do desenho é posta à prova. 
Podemos também criar um arquivo .CTB para cada escala de plotagem. É importante notar que, se o 
desenho usar bons padrões de organização, ele deve ter flexibilidade de uso e configurações de 
impressão com diferenciação adequada das penas. 
 
21.2. CONFIGURAÇÕES DAS PENAS POR CORES 
Vamos agora configurar o arquivo .CTB, que é um arquivo do tipo Color-dependent Style Table File, usado 
para fazer a diferenciação de penas baseada no uso das cores lógicas. 
Quando recebemos ou enviamos um arquivo .DWG, é recomendado que o esquema de cores (CTB) 
utilizado acompanhe esse arquivo, assim, se quisermos visualizar ou imprimir o desenho, as 
configurações de espessura de penas e cores estarão preservadas. 
Esse formato de arquivo contém configurações usadas para controlar a aparência de objetos ao plotar. As 
configurações são organizadas pelas cores do sistema Color Index (ACI) do AutoCAD. 
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Figura 7: Color Index (ACI) do AutoCAD 
 
Esse arquivo é salvo em uma pasta do AutoCAD chamada plot styles. É importante que esse arquivo seja 
transmitido e transportado sempre com o arquivo .DWG para garantir que, no momento da impressão, 
tudo sairá dentro do que foi planejado. 
Acesse o Page Setup Manager clique na aba More Options, numa seta que fica no canto inferior direito, 
para expandir a tela. Localize as configurações de Plot Style Table. 
Ao clicar sobre as setas das listas, você irá se deparar com mais opções para o arquivo .CTB que já vêm no 
AutoCAD. 
As opções mais utilizadas do Plot Style Table são as seguintes: 
• ACAD.CTB = é usado para impressões coloridas (COLOR). 
• MONOCHROME.CTB = Usado para impressões monocromáticas (preto e branco). 
 
Vamos sugerir que você use a monochrome como base para gerar a sua tabela de cores e penas para 
impressão. Como estamos configurando um desenho em preto, nessa configuração a propriedade cor já 
está como black para todas as cores. 
Caso deseje usar cor na impressão, deverá marcar use objetc color, ou selecionar a cor que deseja 
relacionar à cor que estáativa na tela. 
Você deve ter em mãos uma tabela com essas configurações, conforme sugerimos na Aula 17. Você 
precisará saber o código das cores que utilizou no desenho e a qual pena ela irá corresponder na 
impressão 
Para cada cor você deve agora atribuir uma espessura de pena, lineweight4. 
 
 
Figura 8: Configurando o arquivo .CTB 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
4 Propriedade das entidades geométricas em CAD que diz respeito à espessura do linha (vetor). 
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Depois de configurar todas as cores usadas no desenho de acordo com a sua tabela de rascunho, salve 
seu arquivo .CTB com um nome que permita sua fácil identificação. Lembre-se que você poderá usá-lo 
em outro projeto e também que outros usuários do desenho precisarão desse arquivo. 
 
21.3. O COMANDO ZOOM SCALE 
Utilizamos o comando zoom scale para trazer os desenhos para a escala com precisão no AutoCAD. 
Clique dentro da viewport, certifique-se de estar com a parte do desenho que deseja colocar na escala 
visível na janela, e digite z <enter> ou acesse o comando zoom por outro método. Entre no opção scale 
do comando, digitando s <enter>. Digite o fator de escala, conforme a tabela a seguir, se o desenho 
estiver em metros. 
Escala Desejada Valor de Entrada no Comando Zoom 
1:1 1000XP 
1:2 500XP 
1:5 200XP 
1:10 100XP 
1:25 40XP 
1:50 20XP 
1:75 13.333XP 
1:100 10XP 
1:125 8XP 
1:200 5XP 
1:500 2XP 
1:1000 1XP 
Comand: ZOOM > SCALE > 20XP 
 
Tabela 4: Fatores de escala nXP para desenhos em metros 
 
Agora você deve ajustar o desenho na janela usando pan. Cuidado para não usar o scroll ou acionar o 
zoom involuntariamente, pois isso fará com que se perca o fator de escala preciso que foi digitado. Para 
evitar esse tipo de problema, tranque a viewport. Veja na figura a seguir uma das maneira de trancar a 
viewport que funcionará na maioria das versões do AutoCAD. 
 
Figura 9: Trancando uma viewport após o ajuste da escala 
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Consulte a Aula 17 para saber como proceder em desenhos feitos em outras 
unidades. 
 
21.4. CONFIGURANDO VIEWPORTS EM DIFERENTES ESCALAS 
Para configurar duas ou mais viewports em uma mesma prancha, utilize o comando zoom scale com 
diferentes escalas em cada viewport. Mas lembre-se que os elementos sem escala deverão ter sido 
previamente configurados para aquela escala de impressão. 
Com esse recurso, e com o uso dos layouts, torna-se possível fazer todos o desenhos de um projeto em 
um mesmo arquivo, o que economiza o tempo gasto com manuseio de vários arquivos. 
Preze pela boa diagramação das pranchas. Prefira pranchas temáticas, não misturando, por exemplo, 
plantas com cortes ou com fachadas. Procure incluir desenhos pertinentes em cada prancha e evite 
pranchas muito grandes, de difícil manuseio. Lembre-se da ordem dos desenho no projeto de 
arquitetura. Alinhe os desenhos sempre que possível. 
Certifique-se ainda se os limites das janelas das viewports não estão cortando alguma parte do desenho. 
Veja na figura a seguir um exemplo de prancha com mais de uma escala, uma escala para os cortes, outra 
para os detalhes. Perceba como os textos têm tamanhos iguais e observe a organização dos desenhos na 
prancha. 
 
Figura 10: Configurando o arquivo .CTB 
 
21.5. GERANDO ARQUIVOS .PDF 
Depois de configurados os layouts, usamos o comando plot para finalizar o processo de impressão, 
gerando um arquivo .PDF pronto para impressão. Esses arquivos também são muito úteis para revisão do 
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projeto, pois podem ser compartilhados com clientes ou outros profissionais, antes da impressão 
propriamente dita. 
Recomenda-se fazer uma impressão teste antes de configurar todos os layouts. 
A partir do Paper Space acesse o comando plot – p <ENTER> ou Control + p – com o layout ativo. 
Aparecerá uma janela com todas as configurações de impressão. Agora você deve dar OK e indicar um 
local e nome para o arquivo .PDF ser gerado. 
 
Figura 11: Comando plot – gerando o arquivo .PDF 
 
21.6. OBSERVAÇÕES FINAIS 
Procure gerenciar os arquivos .PDF para otimizar a impressão, salvando-os em diretórios organizados que 
possam ser facilmente identificados. 
No caso do desenho para ser impresso/plotado a partir do .PDF, alerte para que 
nenhum ajuste de tamanho seja feito durante a impressão, pois isso pode alterar a 
escala do desenho. 
 
Para não permitir ajustes no tamanho do arquivo .PDF no papel opte pela opção tamanho real na tela de 
impressão do leitor de .PDF. 
Procure utilizar a opção eTransmit, na qual o AutoCAD assiste você no gerenciamento dos arquivos que 
precisam ser enviados para que o arquivo funcione bem. Referência externas, imagens, estilos de 
plotagem; enfim, todos os arquivos necessários para o bom funcionamento do seu desenho em outro 
computador serão localizados e transmitidos. Os arquivos serão compactados no formato .ZIP. Assim, 
poderá ser descompactado e os arquivos acessados e manipulados por outro profissional. 
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Figura 12: Utilizando e-Transmit 
 
Finalizamos, assim, nossas aulas sobre AutoCAD 2D. Nas próximas aulas, abordaremos tópicos sobre 
modelagem em 3D. Continue estudando para desenvolver as competências e habilidades necessárias a essa 
área de atuação e do conhecimento. 
 
AULA 22 | TÓPICOS SOBRE MODELAGEM EM 3D: O MODELO 
GEOMÉTRICO TRIDIMENSIONAL 
Estudantes, continuando nosso percurso pela Unidade de Interação e Aprendizagem (UIA) 4, abordaremos 
aqui os tópicos sobre modelagem em 3D. Nesta primeira aula sobre o assunto, falaremos sobre o modelo 
geométrico tridimensional. Boa aula! 
 
22.1. CONCEITOS INICIAIS 
A utilização de modelos tridimensionais – físicos ou digitais – em 
projetos de arquitetura não é apenas uma ferramenta de 
representação do edifício, mas é também instrumento auxiliar no 
processo de concepção do projeto, pois facilita o entendimento 
e domínio do espaço tridimensional. 
É intuitivo, até mesmo durante a solução de problemas de 
geometria descritiva, a construção de um modelo físico para 
melhor visualização dos desenhos das vistas ortográficas ou 
mesmo a construção de uma perspectiva simples de um objeto. 
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Em arquitetura, o uso de maquetes físicas produzidas a partir de desenhos ou projetos é muito comum. O 
projetista executa protótipos rápidos, para visualização das formas, usando esses modelos primitivos 
para aprimorar suas ideias. Os modelos físicos podem sem maquetes produzidas manualmente com 
precisão técnica, usando medidas exatas de um projeto desenhado em 2D. Podem ainda ser protótipos 
digitais, que são confeccionados a partir de um modelo digital em uma impressora 3D. 
 
 
 
Figura 13: Modelos físicos – maquetes manuais ou impressão de modelos digitais 
 
Modelos digitais são modelos geométricos produzidos em computadores através das mais diversas 
formas de inserção de dados. Podem ser elaborados em programas do tipo CAD ou do tipo BIM. É isso 
que discutiremos nesta aula! 
É importante lembrar que uso de modelos físicos e digitais não substitui o desenho técnico arquitetônico 
em duas dimensões. Para aprovar um projeto executivo para início de um obra, é necessário submetê-los 
aos órgãos públicos responsáveisque devem exigir os desenhos nos moldes das normas técnicas ABNT e 
dentro dos padrões internos adotados em cada órgão ou empresa. 
O desenho arquitetônico, no moldes recomendados pela ABNT, ainda continua 
sendo a linguagem de comunicação essencial para a materialização de um projeto 
de Arquitetura. 
 
 
 
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24 
22.1.1. MODELO GEOMÉTRICO TRIDIMENSIONAL 
Conforme já conceituamos na UIA 3, os softwares CAD são programas de computador para desenho 
vetorial de alta precisão, baseados em sistemas de coordenadas cartesianas – eixos x, y e z – que nos 
auxiliam no desenho projetivo. 
A implementação dos softwares CAD, em substituição ao lápis e papel, trouxe uma melhor metodologia 
de trabalho e eficiência no tratamento dos projetos, tanto no que diz respeito à criação do desenho 
quanto na sua edição. Por meio dos sistemas CAD, os elementos (linhas, pontos, textos, etc.) são inseridos 
em um espaço virtual através de vetores de coordenadas com precisão matemática. 
Cabe lembrar que os sistemas CAD possuem, além das coordenadas dos eixos x e y, 
o eixo z. 
 
Portanto, os sistemas CAD possuem funcionalidades 3D e são usados para construção de modelos 
geométricos digitais. Esses modelos, elaborados das mais diversas maneiras, são muito úteis, melhoram a 
visão espacial do objeto a ser construído e mudaram significativamente o modo de se trabalhar. Existem 
muitos programas CAD para a modelagem em 3D, mas o resultado obtido em um programa CAD em 3D 
ainda corresponde a um modelo geométrico tridimensional, ou seja, corresponde a uma representação 
geométrica. O modelo digital pode ser construído tendo como base um desenho inicialmente elaborado 
em duas dimensões, assim como o processo inverso também é utilizado. Porém, somente com a 
utilização de funcionalidades paramétricas esse processo pode ser automatizado. Isso significa dizer que 
modelos tridimensionais elaborados em sistemas CAD podem dar origem a projetos executivos precisos 
e adequados à aprovação pelos órgãos competentes, ou seja, dentro dos padrões estudados na UIA 2. 
Porém, é comum às interfaces CAD a necessidade de se adaptar os desenhos separadamente, incluído, 
por exemplo, as linhas tracejadas, fora dos planos de corte. O modelo tridimensional acaba sendo usado 
apenas para a apresentação do projeto ao cliente, com a criação de perspectivas, imagens 
fotorrealísticas, vídeos contendo percursos por ambientes, ao redor do edifício ou sobrevoando-o. Nota-
se, no entanto, que as linguagens dessas imagens pouco têm em comum com as regras do desenho 
arquitetônico. 
Pode-se dizer que a grande mudança de paradigma sobre como projetar acontece com a introdução da 
metodologias BIM no campo da construção civil. 
Em 1987, a empresa Graphisoft lança um programa com nome de Archicad, com um sistema 
computacional diferenciado dos programas CAD. Essa tipologia de programas passa a se enquadrar em 
um sistema Building Information Modeling (BIM), ou seja, Modelagem de Informação da Construção. Esse 
termo foi conceituado pelo professor Charles M. Eastman, do Instituto de Tecnologia da Georgia, e 
nomeado por Jerry Laiserin. Alguns autores destacam que o significado das siglas poderia apontar 
também para Building Information Management. 
O conceito BIM prevê a construção em ambiente 3D virtual de objetos característicos, e não da sua 
representação. Tais objetos, chamados de objetos inteligentes (objetos paramétricos de construção), 
apresentam, além das propriedades espaciais associadas a sua representação, propriedades intrínsecas 
aos mesmos. 
Se utilizarmos o objeto porta, por exemplo, teremos nos softwares CAD a representação geométrica do 
objeto em ambiente 2D ou 3D. No conceito BIM, a porta em questão é uma entidade única com seus 
elementos geométricos e demais propriedades intrínsecas ao mesmo. 
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Dessa forma, as tecnologias BIM permitem o gerenciamento de todas as etapas de um projeto, além de 
ser suporte para toda a vida útil do edifício. 
Além das três dimensões da modelagem geométrica espacial, é possível atribuir ao 
objeto novas dimensões, como “tempo” (4D), “custo” (5D), entre outras dimensões 
possíveis. 
 
Por esse conceito, o projeto não mais apresenta linhas e textos para representar elementos, e sim os 
próprios objetos que compõem a obra. Mesmo depois da conclusão da obra, o sistema servirá de base 
para documentação, manutenção e futuras reformas do edifício. 
22.1.2. CAMPOS DE APLICAÇÃO 
No que se refere ao desenho de edificações, o uso de modelos digitais servem para concepção de 
projetos e na representação dos projetos. As novas tecnologias BIM usam o modelo tridimensional como 
objeto central de um projeto de uma edificação, o que faz com que sirvam tanto para concepção e 
apresentação dos projetos como para o gerenciamento de custos e prazos, assim como nas etapas 
posteriores da obra, sendo base também para a manutenção predial. Trataremos agora de exemplificar o 
uso dos modelos tridimensionais na concepção e na apresentação dos projetos. 
22.1.2.1. FERRAMENTA DE CONCEPÇÃO 
O processo de modelagem tridimensional é um recurso que atualmente vem sendo muito utilizado pelos 
projetistas tanto para contribuir em seu processo de desenvolvimento de projetos como para ser uma 
ferramenta de concepção e de apresentação. No processo de concepção de um projeto, a modelagem 
3D ajuda na visualização espacial e na interpretação do objeto, pois permite a geração automática de 
perspectivas a partir do posicionamento do observador em qualquer posição do espaço em torno do 
objeto e até mesmo posicionar o observador dentro do modelo, o que é particularmente útil nas fases de 
concepção do edifício. 
Nas etapas iniciais do projeto de arquitetura, os modelos digitais são muito usados para realizar 
simulações do comportamento do edifício em relação aos aspectos ambientais, climáticos do sítio e 
relativos aos comportamentos estruturais, bem como para auxiliar na elaboração de maquetes de 
estudo. Existem softwares especializados para realização de simulações de modelos tridimensionais. 
O projeto do Museu Guggenheim de Bilbao (1997), obra do arquiteto norte-americano Frank O. Gehry, 
pode ser considerado um marco da utilização da computação gráfica em arquitetura. Em seu processo de 
concepção, Gehry utilizou diversas maquetes físicas experimentais, que permitiram explorar diversas 
possibilidades esculturais da arquitetura, articulando diferentes materiais e formas complexas. A 
viabilidade construtiva da maquete experimental só foi possível com o apoio do programa 
computacional gráfico CATIA (OLIVEIRA, 2009). 
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Figura 14: O projeto do Museu Guggenheim de Bilbao (1997) – uso de modelo 3D na concepção do projeto 
 
22.1.2.2. FERRAMENTA DE APRESENTAÇÃO 
No processo de desenvolvimento de projetos de forma 
bidimensional, através de plantas, cortes, vistas e perspectivas, não 
eram todas as pessoas que possuíam o arcabouço técnico necessário 
para compreensão do mesmo, sendo às vezes necessário a execução 
de um modelo físico, o que demanda muito tempo e custo. 
O surgimento da computação gráfica, aliada à modelagem 
tridimensional digital, contribuiu na apresentação do projeto aos 
usuários que não possuem a instrução necessária para entender um 
desenho técnico, pois não é necessária mais a leitura de planos, mas sim de um volume, que possibilita 
sua visualização de diferentes ângulos, permitindo gerar perspectivas tanto externas como internas, 
variando de acordo com o nível de detalhamento do modelo. 
A aplicação de elementos de realidade virtual, como materiais com texturas realistas,céu, luz, árvores, 
pessoas os modelos tridimensionais são amplamente utilizados para ilustrar projetos e para vender 
empreendimentos, assim como para apresentar o projeto ao cliente em fases de validação. 
 
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22.2. CAD VERSUS BIM 
O AutoCAD Clássico foi concebido principalmente para a indústria mecânica, sendo incorporado pela 
construção civil desde a década de 1980. É, atualmente, o software mais utilizado pelos escritórios de 
arquitetura no Brasil. Sua principal característica é ser uma prancheta digital para o arquiteto, ou seja, 
permite o desenho arquitetônico nos mesmos moldes daqueles feitos à mão com régua paralela, 
esquadros, compasso etc. Os elementos do desenho baseiam-se em linhas, arcos, retângulos, etc. 
Mesmo possuindo funcionalidades 3D desde as versões mais antigas, a compatibilização de projetos 
continua manual, mesmo com a inclusão das funcionalidades paramétricas, como blocos dinâmicos, que 
permitem a atualização automática de alguns objetos criados de forma paramétrica. Mas os sistemas com 
tecnologia CAD ainda não são totalmente parametrizados, possibilitando, por exemplo, que a atualização 
de uma planta baixa tenha repercussão sobre as demais representações desse elemento, como nos 
cortes verticais. Essas alterações ainda devem ser feitas uma a uma. Programas que usam a tecnologia 
com conceito BIM, ou seja, Building Information Modeling – Modelagem de Informação da Construção, é 
que funcionam de maneira totalmente integrada. 
De uma forma geral, os softwares de CAD têm se atualizado, na medida do possível, integrando cada vez 
mais os modelos digitais tridimensionais (imagens realistas) e suas formas de representação em duas 
dimensões (desenho técnico). Sendo que o principal desafio é a compatibilização automática das 
alterações efetuadas em qualquer uma das partes e a integração de vários projetos em um mesmo 
arquivo. 
Na última década, uma metodologia conhecida pelas siglas BIM vem sendo introduzida nas empresas 
dedicadas à indústria da construção. As tecnologias BIM envolvem todos os aspectos da indústria da 
construção: desde a concepção do projeto de edificações, passando pela construção, pelo 
gerenciamento, a manutenção pós-ocupação, o gerenciamento de infraestrutura e a fabricação de 
componentes construtivos. 
No campo do projeto de arquitetura e engenharia, a introdução dos sistemas BIM 
podem significar uma nova metodologia de projeto, que utiliza como elemento 
central de trabalho o modelo tridimensional virtual do objeto projetado. 
 
Pode-se definir BIM como uma tecnologia de modelagem associada ao processo de construção, 
comunicação e análise de edificações. Em uma interface BIM, a informação se encontrae interligada por 
via de relações paramétricas, o que significa que as alterações são processadas em tempo real em todo o 
modelo, evitando a propagação de erros e dinamizando os processos de atualização. A automatização da 
produção das peças automáticas de um projeto é uma das grandes bandeiras da modelação BIM, com as 
vistas a serem obtidas automaticamente a partir do modelo do edifício. Essa funcionalidade tira partido 
das relações paramétricas entre os elementos do modelo na medida em que permite trabalhar em 
qualquer uma das vistas sem a preocupação de ajustar as restantes. O modelo executa as alterações 
automaticamente. 
A popularização do uso dos sistemas BIM muda inclusive às expectativas diante da atualização das 
normas técnicas brasileiras sobre desenho assistido por computador e suas repercussões sobre o modo 
de apresentar e gerenciar projetos de arquitetura. 
 
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Alguns países já adotaram ou estão no processo de adotar Normas 
Nacionais direcionadas para o BIM. Estados Unidos está em fase de 
aprovação da National BIM Standards (NBIMS-US). Acesse o link a seguir 
e saiba mais! 
http://tinyurl.com/k7b3jf3 
 
No Brasil, a ABNT definiu uma comissão especial de estudo para definir uma norma para a modelagem de 
informação da construção, sob o número ABNT/CEE-134 – Modelagem de Informação da Construção 
(BIM). A norma, atualmente em fase de discussão e estudo, levará o título geral “Sistema de classificação 
da informação da construção”, tem previsão de conter as seguintes partes: 
• Parte 1: Terminologia e classificação. 
• Parte 2: Características dos objetos da construção. 
• Parte 3: Processos da construção. 
• Parte 4: Recursos da construção. 
• Parte 5: Resultados da construção. 
• Parte 6: Unidades da construção. 
• Parte 7: Informação da construção; customização dos sistemas gráficos e bibliotecas de 
componentes. 
	
  
Por fim, percebemos que o BIM é um conceito geral, e não de um software 
específico. 
 
BIM baseia-se na ideia de criar tudo de forma totalmente coordenada, permitindo a extração de 
informações da construção 3D virtual, inclusive da correta representação técnica em forma de plantas, 
cortes, fachadas, com textos e simbologias adequadas. O BIM pode ser utilizado para facilitar a 
concepção, construção, aquisição, preço, segurança, manutenção contínua, gestão de instalações e 
muito mais. 
 
Segue link com artigo que traz as principais vantagens e características 
das plataformas BIM. Acesse pelo link disponível a seguir. 
http://tinyurl.com/k7qqgzt 
 
Terminamos aqui nossa primeira aula sobre modelo geométrico tridimensional. Vimos aqui alguns conceitos 
essenciais e estudamos o conceito de BIM. Essas noções são essenciais para o dia a dia profissional e para o 
estudioso(a) da área. Continue os estudos desta disciplina e até breve! 
 
 
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AULA 23 | PROGRAMAS DE COMPUTADOR PARA MODELAGEM 
TRIDIMENSIONAL 
 
Estudantes, nesta aula, conheceremos alguns softwares populares para modelagem em 3D, que foram 
agrupados de acordo com a tecnologia utilizada, CAD ou BIM. Destacaremos em cada um dos programas 
apresentados suas aplicabilidades, formas de obtenção e principais características. Boa aula! 
 
Como já discutimos, existem diversos programas disponíveis no mercado para modelagem em 3D. Assim 
como existem diversas formas de elaborar o modelos tridimensional em cada um desses programas. 
A escolha do software e a estratégia de trabalho a se adotar dependerão da utilidade que se pretende dar 
ao modelo digital, portanto, como sempre, é necessário planejar os produtos que queremos obter e 
avaliar qual seria melhor forma de elaborá-los. Lembre-se que a interoperabilidade5 entre projetos 
executivos e modelo 3D é algo a se considerar na escolha do software a se adotar, pois as modificações 
em um modelo tridimensional não integrado ao projeto executivo, e vice-versa, significam processos de 
retrabalho. Além disso, é necessário avaliar os custos de aquisição e ofertas de treinamentos e tutoriais. 
Vamos, então, conhecer alguns softwares populares para modelagem em 3D? 
 
23.1. PLATAFORMAS CAD 
23.1.1. AUTOCAD/A – AUTOCAD ARCHITECTURE 
O AutoCAD disponibiliza recursos para construção de modelo em 3D desde as primeiras versões, porém, 
a conjugação entre os modelos tridimensionais e os desenhos em 2D ainda eram precárias e somente a 
partir da versão R14 (publicada em 1997) a Autodesk potencializa a expansão de sua funcionalidade, por 
meio da adição de módulos específicos para desenho arquitetônico: sistemas de informações geográficas 
(SIG), topografia, controle de materiais, etc. Mesmo assim, é comum observarmos a modelagem em 3D 
sendo feita a partir dos desenhos 2D, e não o desenho simultâneo e integrado dos modelos e do projeto 
executivo. 
 
Figura 15: Construção de modelo 3D a partir do desenho arquitetônico 2D5 A interoperabilidade pode ser entendida como uma característica que se refere à capacidade de diversos sistemas e organizações 
trabalharem em conjunto (interoperar) de modo a garantir que pessoas, organizações e sistemas computacionais interajam para trocar 
informações de maneira eficaz e eficiente. 
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Figura 16: Exemplo de modelo 3D com elementos realísticos no AutoCAD 
 
Um desses módulos é o AutoCAD Architecture. AutoCAD Architecture é, como o nome implica, baseado 
em uma plataforma AutoCAD. Ele inclui a funcionalidade completa do AutoCAD, além de todas as 
ferramentas arquitetônicas exclusivas para AutoCAD Architecture. 
O AutoCAD Architecture apresenta possibilidades de objetos paramétricos de construção. Por exemplo, 
construção de paredes, portas, janelas, escadas, corrimões, lajes, telhados, etc. 
AutoCAD Architecture aproxima projetos utilizando metodologia XREF (referências externas), na qual os 
projetos são compostos por uma série de arquivos relacionados entre si através de uma ferramenta em 
arquitetura chamada Project Navigator. O processo é “aditivo” – muitos arquivos “adicionados” para criar 
um único projeto. 
O AutoCAD e seus produtos específicos, como o Architecture, podem ser usados do 
início ao fim do projeto, como ferramenta de concepção e representação do 
edifício. 
 
É comum o uso do AutoCAD para modelagem em 3D e a posterior exportação do modelo para outro 
software para aplicação de elementos de realidade virtual, como materiais e luz, para se obter produtos 
fotorrealísticos, amplamente utilizados para a venda de empreendimentos. 
O modelo digital feito no AutoCAD permite a extração de desenhos 2D, porém, estes, muitas vezes, 
precisam sofrer ajustes para adequação aos padrões de representação do desenho arquitetônico. A 
adequada diferenciação das espessuras das penas, inclusão das linhas tracejadas, da simbologia gráfica e 
dos textos deve ser feita de forma manual. 
A maior vantagem do AutoCAD Architecture é a sua familiaridade e integração na 
plataforma AutoCAD e o formato de arquivo .DWG, que já faz parte de nosso 
cotidiano profissional e educacional. 
 
 
 
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23.1.2. SKETCHUP 
O SketchUp é utilizado principalmente para criar facilmente estudos iniciais e esboços (daí também o seu 
nome: "sketch" que significa esboço em inglês) de modelos ou maquetes em 3D, eliminando a 
necessidade da execução de modelos ou maquetes físicas (feitas com massa modelagem, barro, 
cartolina, papel, acetato, acrílico, etc.). 
 
O programa, que pode ser baixado gratuitamente, é um produto do 
grupo Google, muito conhecido principalmente pela facilidade de uso. 
O link a seguir direciona ao site em português. Acesse! 
http://www.sketchup.com/pt-BR 
 
Pode ser usado por qualquer atividade profissional que necessite desenvolver rascunhos de produtos 
tridimensionais. O resultado é um modelo que pode ser usado para gerar animações (arquivo digital AVI) 
ou imagens em formatos digitais (.JPG, .PNG, .GIF, .BMP, .TIF, etc.) de qualquer ângulo de perspectiva que 
se deseje. Assim, por ser um programa que esboça modelos volumétricos, é muito utilizado na fase inicial 
dos projetos, pois o SketchUp permite alterar o modelo de forma simples e rápida, para, então, verificar 
as consequências dessas alterações no resultado final. 
Trata-se, portanto, de uma ferramenta para a apresentação de modelos tridimensionais. Uma vez 
desenhado o modelo, é possível exportá-lo através da versão PRO para outros formatos (2D e 3D), como 
.DWG, .DXF, .3DS, .OBJ, .XSI ou .VRML para dar continuidade ao projeto do desenho preliminar, em outros 
softwares, por exemplo, para fazer aplicação de elementos de luz e materiais. 
As versões “pro” mais recentes permitem a criação de layouts e adequação da representação do modelo 
tridimensional para o desenho em 2D. Pode-se fazer ajustes de espessuras de penas, inclusão de cotas e 
textos, tornando viável o uso do modelo tridimensional para representação na forma de projeto 
executivo. 
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Figura 17: Modelo 3D e projeto executivo no SketchUp 
Fonte: http://www.aarquiteta.com.br/blog/destaque/curso-de-sketchup-pro-e-layout-2015/ 
 
Como em qualquer programa de tecnologia CAD, procure desenhar em duas ou três dimensões usando 
ferramentas de precisão. A interface amigável e a aparência lúdica do programa levam muitos usuários a 
esquecer a precisão necessária para qualquer desenho técnico. 
 
23.1.3. VECTORWORKS 
 
VectorWorks é um software de CAD desenvolvido pela empresa estadunidense 
Nemetschek North America (NNA), usado para a criação e documentação de 
projetos. 
 
O VectorWorks foi lançado em 1985 com o nome de MiniCAD pela empresa Diehl Graphsoft, hoje NNA, 
para a plataforma Apple. Em 1996, foi lançada a primeira versão para o sistema operacional Microsoft 
Windows. A partir de 1999, foi adotado o nome VectorWorks. 
O VectorWorks é capaz de trocar dados com outros aplicativos CAD, importando e exportando 
.DWG/.DXF e uma grande variedade de outros formatos, como, por exemplo, 3DS, Shapefile/SHP, .JPG, 
.TIF, .EPS, .GIF e .BMP. Ainda especialmente úteis para prototipagem6 ou “impressão 3D”: IGS, SAT e STL. O 
VectorWorks também importa e exporta arquivos .IFC e importa arquivos SKP do SketchUp. 
O VectorWorks incorpora uma linguagem de programação chamada VectorScript, que permite aos 
usuários automatizar procedimentos e criar objetos paramétricos e ferramentas personalizadas. 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
6 Termo usado para se referir a tecnologias usadas para fabricar objetos físicos a partir de fontes de dados criadas em sistemas de 
projetos computacionais. 
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O Vectorworks Architect é um programa que também oferece recursos BIM num ambiente concebido 
para ser versátil, fácil e híbrido. O programa intenciona melhorar os processos e métodos de projeto em 
CAD fazendo uso da plataforma BIM ao invés de radicalmente repor um sistema já existente. Dessa forma, 
tem como objetivo tornar mais fácil para as empresas de projeto a adoção de um programa BIM. 
O programa apresenta recursos para desenho e projeto em 2D em um ambiente 3D simplificado, mas 
que permite visualizar e editar os modelos de projetos com facilidade. 
O Renderworks é um programa com recursos essenciais para renderizações, ou seja, apresentações com 
acabamento final, onde o exterior ou interior de um edifício ou objeto pode ser mostrado com efeitos de 
luz e sombra e com materiais de acabamento. O Renderworks pode ser integrado ao Vectorworks, 
tornando obsoleto o uso de aplicativos externos. Esse produz desde apresentações básicas 
(esquemáticas ou artisticamente estilizadas com linhas e cores) até apresentações em nível 
fotorrealístico. 
 
Figura 18: Tela do VectorWorks 
Fonte: http://www.cadtec.com.br/internas/vectorworks/vw2010/novos_recursos/designer.htm 
 
23.2. PLATAFORMAS BIM 
23.2.1. ARCHICAD 
O ArchiCAD é o programa BIM mais antigo no mercado. Especificamente construído para a área da 
Arquitetura, o Archicad é uma plataforma CAD BIM que permite projetar em 3D, tornando o processo de 
projetar uma atividade que interliga automaticamente todas as plantas, cortes, elevações e um modelo 
3D da edificação a um arquivo central, que retém todas as informações sobre o projeto. O ArchiCADtem 
a maior parte dos seus usuários situados na Europa. 
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Figura 19: Telas do software ArchiCAD. Em sentido horário, a partir do alto, à esquerda, corte com especificações da laje; lista de ambientes; lista de esquadrias; e 
planta 
 
 
Link para o site do fabricante empresa húngara Graphisoft, em inglês, 
está disponível a seguir. 
http://www.graphisoft.com/ 
Artigo disponível no link a seguir traz a comparação entre o Revit e o 
ArchiCAD. Acesse e saiba mais! 
http://tinyurl.com/k34e2y2 
Existem ainda alguns blogs em português sobre o ArchiCAD. Acesse-os 
pelos links disponíveis a seguir. 
http://noletoblog.blogspot.com.br/ 
https://archicadbr.wordpress.com/ 
 
 
23.2.2. REVIT 
Produtos Revit não são baseados em AutoCAD, não exigem AutoCAD para funcionar ou conhecimentos 
de AutoCAD para serem usados. Isso não significa que conhecimentos dos conceitos fundamentais do 
desenho técnico e das normas de representação de edificações não sejam necessários, assim como é 
essencial planejar os resultados e organizar a estrutura interna dos desenhos para um bom 
funcionamento do programa. 
Uma das grandes vantagens de sua utilização é que a plataforma Revit inicia um arquivo de banco de 
dados único e integrado. Se o projeto é pequeno e apenas uma pessoa está trabalhando nisso em um 
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momento, os projetos podem ser armazenados em um único arquivo. Se várias pessoas precisam de 
acesso simultâneo, o arquivo é quebrado em pedaços através de arquivos vinculados ou worksets. Isso faz 
com que o Revit tenha uma abordagem na qual o todo é dividido em partes para a coordenação e 
colaboração. O Revit gerencia todas as peças (cópias coordenadas realmente) e as mantém totalmente 
sincronizadas. 
Além disso, possui a atualização paramétrica automatizada, o que realmente o diferencia dos softwares 
CAD. 
 
Figura 20: Telas do software Revit, integração entre modelo 3D e 2D 
 
 
A seguir, acesse os links para os vídeos comparativos entre AutoCAD e 
Revit. Lembre-se que, independentemente da tecnologia empregada 
para elaborar e representar os seus projetos, os conhecimentos de 
desenho técnico e arquitetônico ainda são essenciais e determinantes 
para a boa prática profissional. 
http://tinyurl.com/klruc4s 
http://tinyurl.com/ll8pvjh 
 
Termina aqui nossa penúltima aula da disciplina. Vimos alguns importantes softwares que trabalham com 
modelagem 3D. Essas noções são essenciais para o dia a dia profissional e para o estudioso(a) da área. 
Continue estudando! 
 
 
 
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AULA 24 | SIMULAÇÃO TRIDIMENSIONAL 
 
Estudantes, nesta aula, abordaremos, de forma sucinta, alguns elementos de realidades virtuais e veremos 
algumas das suas utilidades em projetos de edificações. Fique atento e boa aula! 
 
Cada um dos softwares utilizados para modelagem digital oferece 
seus próprios recursos de simulação e de inclusão de elementos de 
realidade virtual, como materiais, texturas, iluminação, e elementos 
de humanização, como árvores, carros, pessoas. Esses elementos 
tornam as imagens mais realistas e são muito utilizados por 
empreendedores imobiliários nos processos de venda. Os modelos 
tridimensionais também podem ser exportados para outros 
softwares especializados, incluindo, por exemplo, informações sobre 
a simulação do modelo às condições similares de insolação, permitindo uma série de análises do objeto 
arquitetônico antes da execução da obra. Abordaremos, então, alguns elementos de realidade virtual e 
algumas das suas utilidades em projetos de edificações. 
 
24.1. ELEMENTOS DE REALIDADE VIRTUAL 
As plataformas BIM são caracterizadas por ter o modelo 3D como o elemento central do projeto, sendo 
que as alterações feitas em qualquer elemento são automaticamente levadas para todas as vistas do 
objeto. Caracterizam também os sistemas BIM a interoperabilidade entre desenhos, arquivos 
coordenados e a modelagem do elementos em 3D, já com materiais associados desde o momento da sua 
construção. 
A renderização – finalização da imagens – dos modelos elaborados nesses sistemas 
já é feita no próprio software. 
 
Ou seja, hoje, é possível, com tecnologia BIM, criar uma edificação a partir da maquete eletrônica, 
gerando plantas, cortes e vistas, além de simular os detalhes estruturais, interferências externas e 
internas, cálculos de eficiência energética, entre outros detalhes, de forma que cada um dos 
componentes criados no projeto seja automaticamente associado aos outros, gerando uma informação 
completa ao final do processo. A própria tecnologia BIM existe dentro de um conceito de simulação da 
realidade. 
Porém, essa tecnologia ainda está longe de ser a mais popular no Brasil, assim como seus recursos ainda 
são subutilizados no mercado profissional brasileiro, onde o AutoCAD ainda é o programa mais popular 
na representação dos projetos. 
O que ocorre, na maioria dos casos, ainda é a modelagem do objeto arquitetônico a partir de desenhos 
em 2D, em softwares CAD. 
O uso de maquetes eletrônicas realistas, nos últimos anos, ganhou notoriedade, se tornando umas das 
mais utilizadas armas de venda, valorizando os espaços oferecidos com o uso de elementos realistas. Essa 
grande demanda fez com que surgissem softwares e profissionais especializados em elaborar esses 
produtos para a apresentação tridimensional de um projeto de um empreendimento. 
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Os modelos 3D são usados para apresentação de imagens realísticas recebendo elementos que simulam 
o ambiente real no próprio programa de origem ou são exportados para outros softwares para 
receberem os elementos como luz, materiais e humanização, para serem renderizados. Essa renderização7 
da imagem tem por objetivo uma imagem final de alta qualidade mais parecida com a realidade, e não 
envolve as técnicas e normas do desenho arquitetônico em 2D. 
Vamos ver alguns exemplos de aplicação de elementos que buscam aproximar a 
representação do edifício em 3D à realidade da obra executada. 
 
24.1.1. APLICAÇÃO DE LUZ E DE MATERIAIS 
O AutoCAD possui recursos próprios de aplicação de elementos de iluminação e materiais, permitindo 
que a modelagem e a renderização sejam feitas dentro do mesmo programa. Essa seleção de materiais irá 
demandar do seu objeto em 3D uma organização do desenho feita com base na separação dos materiais. 
Por isso, quando a intenção é apresentar imagens com foto realismo, é importante pensar na organização 
do desenho dessa forma. 
Uma desvantagem referente à atribuição de materiais ao modelo dentro do AutoCAD é que o programa 
limita o número de cores possíveis para 256, o que fornece apenas um algumas texturas na criação de 
imagens fotográficas realistas Nesse caso, você pode importar arquivos de imagem e criar mapas de 
material para renderizações do AutoCAD, construindo sua própria biblioteca de materiais. Além disso, a 
capacidade de renderização do AutoCAD não pode competir com outros programas de modelagem, 
como, por exemplo, VectorWorks, 3DSMax e inclusive os programas voltado para ilustração, do pacote 
Adobe8, PhotoShop ou Illustrator. 
 
Figura 21: Exemplo de aplicação de materiais feita no AutoCAD 
 
Muitos profissionais preferem fazer a renderização usando Virtual Reality Modeling Language (VRML), que 
significa Linguagem para Modelagem de Realidade Virtual. Trata-se de um padrão de formato de arquivo 
para realidade virtual, utilizado tanto para a internet como para ambientes desktop. Por meio dessa 
linguagem, é possível criar objetos

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