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1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Tipos de Anestesia CENTRO CIRÚRGICO TIPOS DE ANESTESIA TIPOS DE ANESTESIA ANESTESIA GERAL Estado de inconsciência reversível resultante da ação de um fármaco no sistema nervoso central. Esse estado de inconsciência se caracteriza por amnésia, analgesia, depressão dos reflexos, relaxamento muscular e depressão neurovegetativa. Os efeitos dependem da quan- tidade de anestesia usada. A anestesia geral é usada em conjunto com outros medicamentos para proporcionar controle da dor e do nível de consciência, por exemplo, e para que o ato cirúrgico ocorra sem complicações. Existem três tipos de anestesia geral: • Anestesia geral inalatória • Anestesia geral intravenosa • Anestesia geral balanceada 5m 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Tipos de Anestesia CENTRO CIRÚRGICO Anestésico por via inalatória, endovenosa ou combinado (inalatória e endovenosa), com o objetivo de promover um estado reversível de ausência de sensibilidade, relaxamento muscu- lar, perda de reflexos e inconsciência devido à ação de uma ou mais drogas no sistema nervoso. Balanceada: combinação de agentes anestésicos inalatórios e intravenosos. Anestesia geral inalatória O agente anestésico volátil é utilizado sob pressão e o estado de anestesia é alcançado quando o agente inalado atinge a concentração adequada no cérebro. Os agentes mais utili- zados são o óxido nitroso (N2O) e halogenados (halotano, isoflurano, enflurano e outros). O óxido nitroso, analgésico fraco que potencializa o efeito dos hipnoanalgésicos e barbitúricos, produz vasodilatação periférica e hipóxia por difusão – por esse motivo deve ser administrado junto com o oxigênio, que nutre as células. Anestesia geral intravenosa A droga anestésica é infundida por um acesso venoso. Podem ser utilizados os anestési- cos não opióides (ex.: Barbitúricos, Benzodiazepínicos, Cetamina, Etomidato, Propofol e opi- óides (ex.: Fentanil, Sufentanil, Alfentanil, Remifentanile) e bloqueadores neuromusculares. O Etomidato é muito utilizado, pois não tem muita influência hemodinâmica como outros anestésicos. O opióide é utilizado para o controle da dor e como auxiliar do depressor do sis- tema nervoso. E o Fentanil é o mais utilizado para a associação com os anestésicos e também muito utilizado na analgesia controlada por paciente no cateter peridural. Anestesia geral balanceada Combinação de agentes anestésicos inalatórios e intravenosos. ATENÇÃO Estágios da anestesia geral 10m 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Tipos de Anestesia CENTRO CIRÚRGICO A N O TA ÇÕ ES • Estágio I (analgesia): paciente consciente, porém sonolento, há redução das respos- tas aos estímulos álgicos. • Estágio II (excitação ou delírio): perda de consciência e início do período de excita- ção com reações indesejáveis como vômito, tosse, laringoespasmo, pupilas dilatadas e respiração irregular. • Estágio III: (anestesia cirúrgica): sem movimento espontâneo, respiração tornando- -se irregular, relaxamento muscular, pupilas contraídas A anestesia é considerada adequada quando o estímulo doloroso não produz respostas somáticas autonômicas deletérias (por exemplo, hipertensão, taquicardia), ou seja, consegue-se um nível de relaxamento muscular e de inconsciência sem gerar instabilidade hemodinâmica. Nesse nível de anestesia, o paciente precisa ser entubado, porque ele não tem o controle da respiração. É o momento onde se faz a diérese e todas as etapas da cirurgia em si. • Estágio IV (paralisia bulbar): respiração superficial ou ausente, pupilas não reativas, hipotensão que pode progredir para parada circulatória e morte. O aumento exagerado da dose de anestésico geral chega a esse estágio, que gera parada respiratória. O ideal da dose da anestesia geral é ficar no terceiro nível, que é a quantidade necessária para manter os níveis adequados do anestésico e para fazer o procedimento cirúrgico. Anestesia inalatória 4 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Tipos de Anestesia CENTRO CIRÚRGICO A N O TA ÇÕ ES Gases: óxido nitroso Vapores: helotano, isoflurano, sevoflurano. Equipamento utilizado: há um sistema integrado de anestesia, que fornece oxigênio, há monitorização dos níveis dos gases. Fornece O2; Administra gazes anestésicos; Devem ser verificados antes da anestesia. Tipos de anestésicos venosos • Tiopental (barbitúrico) • Cetamina • Etomidato • Proporfol • Midazolam • Opioide Tipos de relaxantes musculares Os relaxantes musculares auxiliam na anestesia geral, porque favorece o relaxamento muscular e o processo da intubação. • Adespolarizantes: Pancurônio, Vecurônio, Atracúrio, Cisatracúrio, Rocurônio. • Despolarizantes: Succinilcolina (relaxante muscular associado com a hiperter- mia maligna). ETAPAS DA ANESTESIA Essas fases são referentes às situações de todos os processos. • Pré-medicação: ansiolítico de curta duração, proporcionando ao paciente um grau leve de sedação. • Indução: medicamentos administrados via endovenosa (propofol). Evolui para o estado de inconsciência e pode sentir dor, sendo preciso aprofundar mais a anestesia para que a cirurgia possa ser realizada. 15m 5 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Tipos de Anestesia CENTRO CIRÚRGICO A N O TA ÇÕ ES • Manutenção: como os fármacos utilizados na fase de indução apresentam curta dura- ção, é imprescindível que seja feita uma manutenção, administrando-se mais anesté- sico durante o procedimento cirúrgico. • Recuperação: reduz a administração de anestésicos, objetivando findar a anestesia junto com o término do procedimento cirúrgico. Fármacos opioides para o paciente não acordar com dores no local da cirurgia. Um dos critérios de qualidade do pós operatório é a redução da dor, porque, além de causal um desconforto emocional, ela gera reper- cussões físicas, como aumento de frequência cardíaca, de pressão, de estabilidade hemodinâmica e diminui a respiração. Complicações da anestesia geral • Anestesia / sedação insuficientes • Complicações respiratórias: hipóxia ou Parada Cardíaca • Dificuldade de ventilação e intubação traqueal • Aspiração de conteúdo gástrico (principalmente quando se usa a anestesia geral em uma cirurgia de emergência e o paciente não estava em jejum) • Broncoespasmo • Complicações cardiovasculares • Complicações relacionadas ao TGI • Complicações neurológicas • Reações alérgicas • Hipertermia maligna Teste de Mallampatti 20m 6 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Tipos de Anestesia CENTRO CIRÚRGICO A N O TA ÇÕ ES Na avaliação pré-operatória do procedimento anestésico, há o teste de Mallampatti, que faz uma avaliação da via aérea do paciente. São quatro classes: a classe 1 tem abertura da boca total e visibilidade total da úvula do paciente, as classes seguintes têm uma dificuldade um pouco maior, até chegar à classe 4, que é o paciente com intubação difícil. SEDAÇÃO Objetivos: • Ansiedade e stress • Conforto e cooperação • Facilitar procedimentos terapêuticos Associação com anestesia local ou regional. A sedação é usada para cirurgia pequena. Hipnóticos: Benzodiazepínicos, Propofol, Barbitúricos, Fenotiazinas, Clonidina, Ketamina, Neurolépticos, Anestésicos voláteis – Opióides: morfina, fentanil, remifentan. Níveis de Sedação • Leve - Responde ao comando verbal - Cognitivo e coordenação comprometidas de forma leve - Sistema cardiorrespiratório sem comprometimento • Moderada - Responde ao estimula tátil - Depressão consciência - Cardio e respiratório mantidos • Profunda/ Analgesia - Responde a estímulos dolorosos - Respiração comprometida/insuficiente - Assistência para via aérea permeável - Respostas são individuais 25m 7 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Tipos de Anestesia CENTRO CIRÚRGICO A N O TA ÇÕ ES ANESTESIA REGIONAL Há três tipos: peridural, raquidiana e bloqueio de plexos nervosos. Indicada para as cirurgias na região abdominal e de membros inferiores, porque o anesté- sico é depositado no espaço subaracnóide da região lombar, produzindo insensibilidade aos estímulos dolorosos por bloqueio da condução nervosa. Raquianestesia É a perfuração da dura-máter para chegar mais próximo das raízes nervosas. A região lombar é o local da punção do cateter. É usada uma agulha fina, que perfura tanto o primeiro ligamento, que é a primeira resistência, quanto a dura-máter e chega ao local que tem o líquor para poder, próximo às raízes, depositar o anestésico. 8 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Tipos de Anestesia CENTRO CIRÚRGICO A agulha de raquianestesia é mais fina. Hoje há agulhas modernas e a tendência atual é utilizar agulhas cada vez mais finas, em torno de 3,5 a 4 Mnm, e com uma ponta em forma de ponta de lápis mais apropriada para a anestesia, causando menos traumatismo. O comprimento desta agulha é de 8 cm. Aplicada depois da dura-máter, isso impacta em maiores riscos, porque está mais próximo dos nervos. É preciso usar um volume menor de anestésico. A dura-máter é a meninge mais externa do sistema nervoso central, tanto cerebral quanto medular. Peridural30m 9 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Tipos de Anestesia CENTRO CIRÚRGICO A N O TA ÇÕ ES É o rompimento do ligamento amarelo chegando ao espaço epidural e fazendo a deposi- ção do medicamento. Para esse medicamento ser absolvido pelas raízes nervosas e essas deixaram de transmitir um estímulo nervoso, é necessário um volume maior na pele compa- rado à raquianestesia. O anestésico é depositado no espaço peridural, ou seja, o anestesista não perfura a dura-máter. O anestésico se difunde nesse espaço, fixa-se no tecido nervoso e bloqueia as raízes nervosas. O catéter da analgesia controlada pelo paciente pode ser instalado no espaço peridural, nos plexos e também no acesso venoso, mas o tipo de medicação é diferente em cada caso. A agulha de peridural é mais grossa, mas o comprimento é o mesmo. Sua ponta é leve- mente curvada para cima para, com isso, evita a perfuração da membrana que separa o espaço peridural (que fica antes) do espaço onde se realiza a raquianestesia. Essa membrana é chamada dura-máter. O local de injeção do anestésico é o espaço peridural, diferente do local de injeção da raquianestesia. Penetra-se neste espaço após atravessar um ligamento mais rígido, conhe- cido como ligamento amarelo, enquanto na raquianestesia a agulha avança mais profunda- mente e atravessa a dura-máter. A quantidade do anestésico é geralmente maior, injetando-se um volume de 20 a 30 Minl de anestésico. Durante a injeção desse volume, o paciente pode sentir algo como um líquido escorrendo pelas costas. 10 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Tipos de Anestesia CENTRO CIRÚRGICO A N O TA ÇÕ ES Espaço peridural O espaço peridural é preenchido por um tecido areolar pouco denso, formado por gordu- ras, fibras conjuntivas e numerosos vasos sanguíneos e linfáticos. Estudos recentes sugerem que o espaço peridural seja heterogêneo e compartimentado pela presença de septos de tecido conjuntivo. No espaço peridural, há um rico plexo venoso avalvular (plexo de Batson), envolto na gordura peridural, ao redor da medula. Esse link traz uma comparação da anestesia peridual com a raquianestesia: http://epmanestesia.sandvox.net/alunos/curso-elearning-damobilida/anestesia- -peridural.pdf 11 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Tipos de Anestesia CENTRO CIRÚRGICO A N O TA ÇÕ ES Complicações da raquianestesia • Cefaleia pós-raquianestesia; • Retenção urinária; • Hipotensão por bloqueio de nervos simpáticos; • Lesão das raízes nervosas; • Hematoma espinhal; • Meningites sépticas – decorrente da contaminação do líquor; • Meningites assépticas – decorrente da irritação meníngea; • Síndrome da cauda equina – disfunção vesical e intestinal, perda da sensibilidade do períneo e fraqueza de membros inferiores decorrentes do trauma das raízes nervosas, isquemia, infecção ou reações neurológicas. Bloqueio de plexos nervosos Há dois grandes plexos no corpo: braquial, que sai da região cervical para enervar os membros superiores, que envolvem as raízes C5, C6 e C7, por exemplo e nessas formações dos plexos, há uma intumescência na medula, que vai originar o plexo especificamente, por- tanto tem uma essência cervical que dá origem ao plexo braquial e a intumescência lombar, da onde sai o plexo lombar direito e esquerdo, que enerva os membros inferiores. 35m ���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Fernanda Andrade Toneto Barboza. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material.
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