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1_EVOLUÇAO HUMANA E OS RESIDUOS SOLIDOS

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Gestão de Resíduos
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Nilza Maria Coradi de Araújo
Revisão Técnica:
Prof.ª Dr.ª Marjolly Priscilla Bais Shinzato
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Vera Lídia de Sá Cicaroni
A Evolução Humana e os Resíduos Sólidos
5
• Introdução
• A evolução humana e os resíduos
• Classificação dos Resíduos Sólidos
• Resíduos e os Impactos na Saúde e no Meio Ambiente 
• Considerações Finais
 · Acompanhar as mudanças dos tipos de resíduos sólidos ao longo da evolução 
humana. Para isso, vamos voltar no tempo e descobrir quais os resíduos gerados 
pelos homens na Pré-História e que impactos eles geravam no meio ambiente. 
Prezado(a) aluno(a)!
Nesta Unidade, abordaremos a relação existente entre a evolução humana e tecnológica e 
as mudanças ocorridas nos tipos e quantidade de resíduos sólidos. 
Como método de estudo, você deverá realizar as atividades de leitura e, na sequência, 
realizar as atividades de fixação do conteúdo (Atividade de Sistematização) e as atividades de 
interação (Fórum, Reflexiva ou Aplicação).
Bons estudos e aproveite ao máximo!
A Evolução Humana e os Resíduos Sólidos
6
Unidade: A Evolução Humana e os Resíduos Sólidos
Contextualização
O homem sempre gerou resíduos desde a pré-história, mas os resíduos foram sendo 
modificados ao longo da história humana. Os resíduos que o ser humano gera nos dias de 
hoje se apresentam com características totalmente distintas de acordo com a fonte de geração.
Atualmente, podemos caracterizar os resíduos gerados conforme sua fonte de origem. 
Assim temos: resíduos urbanos, resíduos industriais, resíduos de serviços de saúde, resíduos 
agrícolas, resíduos de portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários, e resíduos da 
construção civil. Além dos resíduos conforme sua fonte de origem, também temos resíduos 
específicos, gerados a partir dos desenvolvimentos tecnológicos como resíduos nucleares ou 
radioativos, pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, lixo eletrônico, além de pneus. 
Todo resíduo gera algum tipo de impacto ao meio ambiente e à saúde humana. Os impactos 
ao meio ambiente e à saúde estão relacionados às características de cada resíduo, como por 
exemplo, os resíduos urbanos se lançados no solo diretamente, vão contaminar o solo e o 
lençol freático, além de aumentar os vetores de doenças infectocontagiosas; resíduos nucleares 
podem contaminar pessoas e o meio ambiente com sua radioatividade. 
Concluindo o homem evoluiu e a quantidade e os tipos de resíduos também acompanharam 
essa evolução. Cabe a sociedade atual buscar métodos e tecnologias mais apropriadas para 
mitigar os impactos negativos da geração desses resíduos.
7
Introdução
Nesta unidade, vamos fazer uma viagem ao longo da história. Vamos voltar no tempo até 
a época em que o homem habitava as cavernas e caminharemos, ao longo da sua jornada, 
até os dias de hoje. Mas, nessa viagem, focaremos a forma como o homem sempre deixou 
resíduos de suas atividades ao longo do tempo. Faremos um paralelo entre o nível tecnológico 
da humanidade e o tipo de resíduos gerado e lançado no meio ambiente. Desde quando 
surgiu a preocupação com os resíduos gerados? Será que o homem tem um destino correto 
e confiável para todos os tipos de resíduos? Veremos como foram evoluindo as técnicas para 
o gerenciamento dos resíduos. Será que o problema dos resíduos é somente uma questão de 
espaço para lançá-los e esquecê-los ou será que estamos gerando resíduos persistentes que, no 
futuro, vão retornar e cair em nossos braços como um grande “abacaxi” para ser descascado? 
Ao longo desta unidade, vamos aprofundar nossos estudos sobre essa relação entre o homem 
e seus resíduos, conhecendo os tipos de resíduos e quais seus impactos na nossa vida e no 
meio ambiente. Importante salientar que consideraremos o lixo como resíduos das atividades 
humanas, desconsiderando a questão dos dejetos humanos oriundos das atividades fisiológicas, 
como fezes e urina. Vamos nos atentar aos resíduos oriundos das atividades e equipamentos 
utilizados e desenvolvidos pelo homem.
A evolução humana e os resíduos
Desde que o ser humano surgiu no planeta, ele gerou resíduos. Na verdade, todos os 
seres vivos geram resíduos. As plantas geram folhas, frutos; os animais geram excrementos; 
os animais carnívoros deixam os restos das caças. Esses são só alguns exemplos de resíduos 
gerados pelos seres vivos no planeta Terra. Mas todos esses resíduos são processados por 
outras cadeias alimentares. Por exemplo, os restos mortais de uma caça, são, inicialmente, 
absorvidos por outras espécies animais, como algumas aves e outros animais, e o que ainda 
resta é consumido pelos microrganismos. Isso acontece com todo tipo de resíduo orgânico. 
Toda massa orgânica é digerida por microrganismos que rompem as cadeias compostas pelo 
carbono presente nas células. Isso acontece com as folhas, os galhos e os frutos que caem da 
árvore e com os animais. Este processo é denominado decomposição de matéria orgânica, 
também conhecido como apodrecimento ou putrefação. Quando uma matéria orgânica é 
decomposta num ambiente natural, os elementos químicos remanescentes agregam-se ao 
substrato local. Por exemplo, quando um fruto apodrece no solo, os elementos químicos 
resultantes do processo de decomposição agregam-se ao solo, alterando a composição deste 
solo. Este processo de decomposição é responsável pelo retorno de nutrientes ao solo, uma 
ciclagem dos elementos químicos neste meio. Mas quando a quantidade de matéria orgânica 
é muito grande, como no caso de depósitos de resíduos, a quantidade de elementos químicos 
gerados na decomposição excede a capacidade natural do solo em absorver e fazer a ciclagem 
dos mesmos. Assim, esse desequilíbrio quantitativo trouxe uma nova preocupação sobre os 
resíduos gerados e sobre sua forma de disposição. Quando foi constatado que lixões, onde os 
resíduos são depositados diretamente sobre o solo, são atividades potencialmente poluidoras 
do meio ambiente.
8
Unidade: A Evolução Humana e os Resíduos Sólidos
O Lixo na Pré-História e na Antiguidade
Os primeiros homens a habitarem a Terra, conhecidos como homens das cavernas, geravam, 
principalmente, resíduos de caças e cinzas das fogueiras que acendiam. 
Com base em estudos arqueológicos, hoje é possível afirmar que, na Pré-História já se 
queimava lixo, supostamente, para eliminar o mau cheiro, e segregavam-se as cinzas e os 
ossos em locais pré-determinados (EIGENHEER, 2009). Porém os resíduos eram naturalmente 
absorvidos pelo ambiente natural, pois as cinzas eram incorporadas ao solo e os restos animais 
das caças eram decompostos pelos microrganismos. Uma das características dos primeiros 
homens na Terra é que eram nômades, migravam de uma região para a outra em busca de 
caça. Como não se fixavam num local, não geravam um acúmulo considerável de resíduos.
Conforme o homem foi evoluindo e adquirindo 
conhecimento, foi desenvolvendo utensílios e ob-
jetos para facilitar a execução das suas atividades. 
Os primeiros utensílios que foram confecciona-
dos pelo homem foram artefatos de cerâmica, 
como vasilhas, potes, entre outros; ele também 
passou a confeccionar ferramentas de trabalho e 
armas de caça, além de vestimentas. Também foi 
perdendo a característica de nômade, por volta 
de 4.000 a.C., a característica de nômade, fixan-
do-se em aldeias. Esta fixação trouxe por conse-
quência o acúmulo de resíduos das aldeias em 
um mesmo local, e o desenvolvimento primário 
dessas comunidades já deixou um incremento na 
variação da qualidade dos resíduos. 
Fonte: Thigruner/Wikimedia Commons
Um fato curioso cerca os sambaquis encontrados 
nos litorais do Brasil. Esses sambaquis, nome 
originado do termo tupi que significa “amontoado 
de conchas”, foram originados pelos povos que 
habitaram o litoral brasileiro na Pré-História, 
por volta de 6.500 anos a.C., e que jogavam as 
conchas dos moluscos num monte, formando 
grandes volumes. A imagem, a seguir, mostraum 
sambaqui localizado no litoral brasileiro.
Mas, desde sempre, o homem, simplesmente, 
afastou os dejetos gerados para longe de seu habitat. Essa prática de afastamento dos de-
jetos não causava grandes danos ao meio ambiente, pois os resíduos eram, praticamente, 
compostos orgânicos em sua totalidade. Ou seja, mesmo surgindo uma mudança comporta-
mental no ser humano e um aumento da quantidade de resíduos, estes ainda eram absorvi-
dos pela natureza, não acarretando nenhum tipo de poluição ou de contaminação.
Fonte: iStock/Getty Images
9
O Lixo na Idade Média e na Idade Moderna
Na Antiguidade, os principais resíduos eram os dejetos humanos, fezes e urina, que eram 
lançados pela janela. Tal prática, na Grécia antiga, foi proibida, mas temos relatos dessa práti-
ca, inclusive no Brasil Colônia, na cidade do Rio de Janeiro. Mas vamos voltar nossa atenção 
para os resíduos sólidos em si. Na Antiguidade, os principais resíduos eram os restos alimen-
tares, que eram incorporados à alimentação dos animais. 
O principal costume para se livrar dos resíduos, na Idade Média, era lançá-los à rua em frente 
às casas. Esses resíduos eram compostos, principalmente, por resíduos orgânicos e fezes. 
A maioria das pessoas também criava animais para consumo: porcos, patos, entre outros. Por 
um lado, isso podia ser positivo, pois esses animais eram alimentados com os restos orgânicos 
(alimentos), mas, por outro lado, eles também defecavam e urinavam, o que aumentava o 
descontrole com a limpeza das vias públicas. Podemos ver que esse comportamento de se 
livrar do lixo vem desde a Antiguidade, quando o ser humano tomou a atitude simplista de 
lançar os resíduos para longe de sua área de vivência. Esse é um comportamento que pode ser 
visto, inclusive, nos dias de hoje, pois o homem ainda carrega esse hábito de lançar os resíduos 
na ruas e para longe de suas casas, porém sem compreender que está dando continuidade a 
um processo de contaminação do meio ambiente.
Na Idade Média, o principal impacto desse ato de lançar os resíduos nas ruas era a proliferação 
de mau cheiro, de vetores e de doenças, pois os resíduos eram, na sua totalidade, compostos 
orgânicos, em uma quantidade que não implicava na contaminação dos solos.
Segundo Eigenheer, na maior parte das cidades romanas, era proibido lançar excretas 
humanas nas ruas para evitar o mau fundionamento dos canais de drenagem pluvial.
Os serviços de limpeza urbana e coleta de resíduos foram sendo implantados pela Europa 
ao longo do período das Idades Média e Moderna. Algumas cidades, na tentativa de reduzir os 
resíduos lançados nas ruas, passaram a distribuir para cada morador um tonel onde os resíduos 
deveriam ser lançados. Algumas cidades, inclusive, cobravam uma taxa para retirar esse tonel. 
Porém a questão de recolher esse resíduo e que destino dar a ele ainda não estava totalmente 
definida. Eram usados, principalmente, os prisioneiros para a prática da limpeza urbana. 
No Brasil, há relatos, principalmente da cidade do Rio de Janeiro, que abrigou a família real 
de 1808 até 1821, sobre a limpeza urbana. Ainda nessa época, o lixo era jogado nas ruas sem 
nenhum critério. As casas, por dentro, eram imundas. Toda a cidade era tomada por ratos 
que habitavam a maioria das casas. Os urubus se encarregavam da limpeza urbana conforme 
o historiador Oliveira Lima.
Cidades como Salvador e São Paulo, no Brasil colonial, também sofriam com a questão do 
lixo. No século XVIII, o lixo ainda era, em sua maioria, composto por materiais orgânicos, que 
logo começavam a sofrer o processo de decomposição e atrair insetos e ratos. Na verdade, 
a maior parte dos governantes das cidades não dispunham de conhecimento técnico para 
a destinação correta dos resíduos. Nas cidades brasileiras, os moradores, assim como na 
Europa, lançavam esses resíduos nas vias públicas na intenção de se livrarem de algo que trazia 
mau cheiro, insetos e doenças.
As cidades brasileiras da época colonial, como Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro, 
utilizavam escravos e, por vezes, presos para executar a limpeza das vias públicas. 
Na realidade, a necessidade de limpeza das ruas apoiava-se mais em valores morais e intenções 
punitivas do que em um ideário sanitário. Quem realizava esse trabalho de recolhimento das 
sujeiras eram os considerados excluídos da sociedade: negros e mulatas forras e os fora da 
ordem ‘presos’; estes também vinculados à imagem de dejeto (MIZIARA, 2006).
10
Unidade: A Evolução Humana e os Resíduos Sólidos
Talvez tenhamos, ainda nos dias de hoje, esse sentimento de que o lixo é algo imundo e 
somente pessoas marginalizadas podem manuseá-lo. Será que não está na hora de todos nós, 
como sociedade, quebrarmos esse paradigma?
A Revolução Industrial e a Mudança do Lixo
Conseguimos imaginar o que foi a mudança comportamental do homem após a Revolução 
Industrial? Até então os resíduos eram produzidos em pequena escala nas casas e no comércio. 
Os resíduos gerados pelos artesãos eram, na maioria das vezes, tecido, madeira e outros materiais 
que se incorporavam ao solo. Com a chegada das fábricas, esse cenário mudou totalmente, pois 
os resíduos passaram a ser gerados em grande escala. Além disso, sua composição passava a ter 
materiais com componentes químicos, como óleos, tintas, metais pesados, entre outros
A Revolução Industrial mudou totalmente o comportamento humano em relação à obtenção 
de produtos. Os produtos industrializados trouxeram o conceito de facilidade e agilidade. Com 
a contínua evolução tecnológica, o homem também foi ganhando a praticidade na obtenção 
dos alimentos, vestuários e demais produtos. Porém os produtos industrializados necessitam 
de embalagens e isso passou a mudar a característica do lixo doméstico, que era composto 
basicamente de lixo orgânico.
A descoberta do plástico e suas consequências residuais
Com a aquisição de conhecimento e o desenvolvimento da tecnologia, o ser humano passou 
a gerar uma quantidade cada vez maior de variedade de resíduos. Mas, quando o ser humano 
descobriu o plástico, gerou uma revolução nos tipos de resíduos, pois foi descoberto um tipo 
de material com uma estrutura molecular difícil de ser decomposta pelos microrganismos.
O plástico é um polímero produzido a partir do petróleo, que é rico em carbono. O plástico 
foi descoberto, em 1860, pelo inglês Alexander Pakers a partir do nitrato de celulosa. Mas a 
principal característica do plástico é sua impermeabilidade e sua durabilidade, o que resulta 
em baixa degradabilidade, ou seja, é um material resistente principalmente à umidade. Até a 
descoberta do plástico, o ser humano utilizava, para guardar alimentos, produtos, remédios 
e tudo o mais que necessitasse ser acondicionado, vasilhames feitos de argila, vidro ou aço 
na maior parte das vezes. Com a descoberta do plástico, ocorreu uma revolução em todas as 
áreas produtivas. Todos os segmentos industriais passaram a utilizar o plástico como principal 
matéria para o acondicionamento dos materiais. Conforme o ser humano foi descobrindo 
novas composições polímeras, resultando em vários outros tipos de plásticos, as inovações 
para o uso destes foi ampliando. Para se ter uma ideia de quanto o plástico faz parte de 
nossa vida, basta entrar em um supermercado e ver a quantidade de produtos industrializados 
comercializados em embalagens plásticas. Quanto mais nos inserimos nas áreas urbanas, mais 
estamos nos envolvendo com o plástico. 
11
Na tabela a seguir, podemos acompanhar a composição, em porcentagem, dos resíduos 
sólidos urbanos na cidade de São Paulo. 
Tabela 1 – Variação da composição dos resíduos urbanos na cidade de São Paulo
Composição Gravimétrica dos RSU – São Paulo (%)
Tipo de Material
Ano
1927 1947 1965 1969 1972 1989 1990 1993 1998
Papel e papelão 13,4 16,7 16,8 29,2 25,9 17,0 29,6 14,4 18,8
Trapo e couro 1,5 2,7 3,1 3,8 4,3 - 3,0 4,5 3,0
Plástico - - - 1,9 4,3 7,5 9,0 12,0 29,9
Vidro 0,9 1,4 1,5 2,6 2,1 1,5 4,2 1,1 1,5
Metais e latas 1,7 2,2 2,2 7,84,2 3,25 5,3 3,2 3,0
Matéria orgânica 82,5 76,0 76,0 52,2 47,6 55,0 47,4 64,4 69,5
É interessante notar que o plástico entrou na composição somente em 1969 e, em menos 
de 30 anos, saltou de 1,9% na composição para 29,9%. Isso é o reflexo do aumento contínuo 
do uso do plástico como embalagem de alimentos e outros produtos.
O plástico teria sido uma das melhores invenções tecnológicas se não fosse um agravante: o 
processo de decomposição. Até a sua descoberta, a maior parte dos resíduos apresentava um 
processo de decomposição num período razoável. Porém o plástico, normalmente, demora 
mais de 100 anos para ser degrado. Mas isso não foi empecilho para a humanidade continuar 
consumindo mais e mais produtos à base de plástico e as indústrias comercializarem a maior 
parte de seus produtos em embalagens plásticas. 
Hoje, em qualquer escritório, repartição pública, espaços públicos a que formos, com 
certeza, teremos acesso a copos descartáveis de plásticos. A maior parte das festas servem os 
comes e bebes em copos e plásticos descartáveis, e todo esse lixo é destinado a aterros e lá 
permanecerá por longas décadas.
Linha do tempo dos resíduos sólidos
Pré-História e
Antiguidade
Idade Média e
Idade Moderna
Idade Contemporânea
Revolução Industrial
Restos de caças
e cinzas
Resíduos que ainda
apresentavam grande
quantidade orgânica
Resíduos com cargas
inorgânicas e maior
concentração de
contaminantes
12
Unidade: A Evolução Humana e os Resíduos Sólidos
Classifi cação dos Resíduos Sólidos
Vamos classificar os resíduos sólidos em quatro grandes grupos, conforme, principalmente, 
sua origem: urbanos, industriais, agrícolas e hospitalares. Além dessa classificação, temos, 
ainda, os resíduos sólidos provenientes da construção civil e dos portos, aeroportos e terminais 
rodoviários. Como resíduos sólidos em si, temos os resíduos radioativos, as lâmpadas 
fluorescentes, as pilhas e as baterias e, completando, o lixo tecnológico.
A seguir, vamos conhecer detalhadamente cada tipo desses resíduos.
Resíduos Sólidos Urbanos
Os resíduos sólidos urbanos são os resíduos gerados pelos habitantes dos centros urbanos, cidades 
e municípios. Podemos classificar os resíduos urbanos em domiciliares e comerciais. São gerados 
em grande quantidade diária. Uma pessoa que vive em área urbana gera em torno de 1,5 kg/dia 
de lixo. Isso quer dizer que, numa cidade com 100.000 habitantes, será gerada uma quantidade 
diária de 150.000 kg/dia de lixo, ou seja, 150 toneladas de lixo por dia. Se considerarmos que 
são utilizados caminhões de lixo com capacidade para 15 toneladas de lixo, vamos precisar de 10 
viagens de caminhões de lixo por dia para retirar todo o lixo da cidade. Conforme o acesso aos 
produtos industrializados aumenta, aumenta a quantidade de resíduos gerada.
Os resíduos sólidos urbanos – RSU compõem-se, principalmente, de papel e papelão, 
restos alimentares, embalagens plásticas, embalagens compostas - como tetra-pack, que tem, 
em sua composição, papelão, alumínio e filme -; plásticos, vidros, latas de aço e alumínio e 
trapos. Veja que a maior parte desses resíduos pode ser reciclada. 
No entanto, a maior parte dos municípios não pratica a coleta seletiva com seus munícipes, 
sendo que, praticamente, todos estes resíduos seguem para os aterros sanitários ou, ainda, lixões.
Você sabe como é feita a coleta seletiva no município em que você mora? Você sabe para 
onde vai todo o resíduo urbano coletado no seu município? Você já imaginou quanto resíduo 
você gera na semana, no mês? Você acha importante que os produtos sejam vendidos com 
tantas embalagens?
Aqui cabe um comentário sobre a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei Federal 12305) 
que trouxe como um grande avanço a distinção entre RESÍDUO e REJEITO. Sendo que o 
resíduo deve ter uma DESTINAÇÃO ambientalmente adequada, enquanto o rejeito deve ter 
uma DISPOSIÇÃO FINAL ambientalmente adequada. 
Esta diferenciação traz uma clareza sobre a proibição do aterramento de resíduos considerados 
recicláveis, mesmo em aterros sanitários.
Os aterros sanitários são obrigados a receber e aterrar apenas REJEITOS. 
Os RESÍDUOS devem ser encaminhados para reuso, reciclagem ou incorporação em outros 
processos produtivos como matéria-prima.
O vídeo disponibilizado no site indicado abaixo traz dados sobre a quantidade de resíduos 
gerada no planeta e como podemos repensar isso.
Vídeo: ‘Lixo | Aula Proposta’: https://www.youtube.com/watch?v=ecAQwDt6Xnw
13
Resíduos Sólidos Industriais
São considerados resíduos industriais todos aqueles resultantes dos processos industriais. 
Existe uma enorme gama de resíduos industriais devido aos vários segmentos industriais 
existentes, como metalúrgicas, indústrias químicas e petroquímicas, alimentícias, farmacêuticas, 
siderúrgicas, de extração de minérios, entre outros. Para cada tipo de indústria, são gerados 
resíduos em todas as etapas dos processos. Esses resíduos industriais são classificados, segundo 
a Norma Brasileira Regulamentar – NBR 10.004, como perigosos (classe 1), não perigosos 
inertes (classe 2A) e não perigosos não inertes (classe 2B). Dentro dessas quatro categorias, 
temos os resíduos perigosos, que, conforme a NBR 10.004, são assim considerados por 
apresentarem uma destas cinco características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, 
toxicidade ou patogenicidade. Alguns resíduos, inclusive, podem apresentar mais de uma 
dessas características. 
Os resíduos industriais não são coletados pelo serviço de coleta do município como 
acontece com os resíduos urbanos. Os geradores desses resíduos, no caso as indústrias, 
são responsáveis pela correta destinação desses resíduos, ou seja, a indústria deve separar 
os resíduos gerados nos seus processos de forma adequada e garantir que sigam para uma 
destinação ambientalmente segura.
Resíduos Sólidos Agrícolas
São considerados resíduos agrícolas todos aqueles oriundos dos processos agropecuários. 
Alguns exemplos são: restos de colheitas, cascas de grãos, esterco animal, restos de madeira, e 
embalagens de ração, adubos, defensivos agrícolas e medicamentos veterinários. As embalagens 
dos defensivos agrícolas são um problema crescente, pois são tóxicas e contaminam o meio 
ambiente e os operários que manuseiam esses produtos.
No Brasil, é exigida, por lei, a tríplice lavagem das embalagens de produtos químicos agrícolas 
com o intuito de minimizar a contaminação do meio ambiente, mas a nova Política Nacional 
dos Resíduos Sólidos (Lei Federal 12305) prevê que todas as embalagens de agrotóxicos 
sejam encaminhadas para logística reversa, onde os fabricantes são responsáveis pela coleta, 
pela reciclagem e pela disposição final ambientalmente adequada. Trata-se de um suporte que 
as fabricantes são obrigadas a dar a população e ao comércio que desejarem descartar tais 
resíduos perigosos.
Resíduos Hospitalares
Os resíduos hospitalares, também denominados de resíduos de serviços de saúde, têm 
como característica principal a patogenicidade. São considerados resíduos contaminantes e 
enquadram-se como resíduos perigosos, pois, caso sejam manuseados de forma incorreta, 
podem transmitir doenças.
Os resíduos de serviços de saúde – RSS devem ser descartados seguindo normas técnicas 
da Agência Nacional da Vigilância Sanitária – (RDC ANVISA 306) e do Conselho Nacional 
de Meio Ambiente - CONAMA (Resolução CONAMA 358), que determina que esses resíduos 
sejam segregados ainda nas dependências dos hospitais, clínicas e demais locais de saúde, 
atendendo às suas características, que podem ser: Classe A infectantes, Classe B químicos, 
Classe C radioativos, Classe D comuns, Classe E perfurocortantes.
14
Unidade: A Evolução Humana e os Resíduos Sólidos
Os RSS não são coletados em conjunto com os resíduos urbanos, pois não podem ser 
dispostos em aterros ou lixões, os quais ainda são o destino dos resíduos urbanos de muitos 
municípios brasileiros. Os resíduos das classes A, B e E devem ser incinerados, da classe C 
devem ser manejadosconforme as orientações da CNEN (Comissão Nacional de Energia 
Nuclear) e da classe D devem ser segregados para disposição final dos rejeitos em aterros 
sanitários e dos recicláveis vendidos ou doados para recicladoras.
É muito importante que os RSS sejam segregados na fonte para minimizar os custos de 
coleta e disposição final da fração considerada perigosa. Caso todas as classes de RSS sejam 
misturadas, todos os resíduos do estabelecimento serão considerados perigosos, incluindo 
embalagens limpas, papéis, copos descartáveis, resíduos domésticos. Portanto, esta separação 
além de diminuir os riscos de contaminação dos trabalhadores da saúde, da limpeza e do meio 
ambiente, é determinante para diminuir os gastos com o pagamento de coleta e de disposição 
final de resíduos perigosos.
Resíduos da Construção Civil
Os resíduos de construção, também conhecidos como entulho de obra, compreendem, em 
sua maioria, pedras, cimento, madeiramento, vidros e embalagens dos produtos utilizados 
nas obras. Esses resíduos, na sua maior parte, são inertes e passíveis de reaproveitamento.
A Resolução CONAMA n. 307/2003 estabelece as principais diretrizes sobre como dispor os 
resíduos da construção civil:
 · Classe A: recicláveis da construção civil
 · Classe B: recicláveis comuns
 · Classe C: não recicláveis
 · Classe D: perigosos
Vale ressaltar que nem todos os resíduos de construção civil são não perigosos. Verniz, 
tintas, amianto, gesso, lâmpadas e alguns outros resíduos são considerados perigosos e devem 
ser segregados ainda no canteiro de obras para uma destinação ambientalmente adequada.
Resíduos de Portos, Aeroportos e Terminais Rodoviários
Os resíduos de portos, aeroportos e terminais rodoviários e ferroviários poderiam ser 
considerados resíduos urbanos se não fosse um único detalhe: possível patogenicidade. Isso 
significa que o resíduo de uma pessoa infectada que chega a um país ou município, através 
de trem, ônibus, navio ou avião, pode provocar a disseminação da doença contaminando a 
população local. 
Os resíduos desses locais devem ser descartados pelas empresas que gerenciam esses 
terminais de forma a prevenir uma possível disseminação de vetores.
Tipos de Resíduos Específicos
Os resíduos, além de serem classificados conforme sua origem, também são classificados 
conforme a periculosidade que oferecem ao homem e ao meio ambiente. Ao longo da história 
da evolução do homem na Terra, alguns resíduos foram gerados a partir de inovações e 
descobertas, contudo sem uma solução imediata para sua correta destinação. A seguir, vamos 
conhecer alguns desses tipos de resíduos.
15
Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social 
caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados 
a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, 
para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou 
outra destinação final ambientalmente adequada. Os resíduos fadados a 
obrigatoriedade de logística reversa: agrotóxicos; pilhas e baterias; pneus; 
óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; lâmpadas fluorescentes, de 
vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; produtos eletroeletrônicos e seus 
componentes. Definição da própria Lei 12305
Resíduo Nuclear ou Lixo Atômico
O resíduo nuclear, também conhecido como resíduo radioativo ou lixo atômico, é todo 
dejeto ainda com compostos radioativos resultante das atividades de fissão ou fusão nuclear 
empregadas em segmentos como pesquisas, saúde, armas e produção de energia. O resíduo 
radioativo, como o nome diz, continua sendo radioativo, o que coloca em risco a saúde 
humana e o meio ambiente. Normalmente, a radioatividade desse resíduo demora entre 
50 e 100 anos para cessar, o que implica em acondicioná-lo de forma que impeça que 
esse resíduo contamine o meio ambiente. A intensidade do lixo atômico é dividida em 
três categorias: alta, média e baixa. Todos os resíduos radioativos devem ser manejados 
conforme as orientações da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear).
O Brasil possui somente uma usina de energia nuclear, localizada na cidade litorânea de 
Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro, mas muitos países utilizam usinas nucleares 
como forma de prover energia para o desenvolvimento do país. Porém acidentes nucleares 
como o de Chernobyl, na Rússia, e, recentemente, o do Japão motivaram muitos países 
europeus a buscarem outras fontes de energia, principalmente energias limpas, como a solar 
e a eólica (produzida a partir de moinhos de vento).
Pilhas e Baterias
Outra grande invenção do homem foram as pilhas e as baterias, porém, novamente, temos 
problemas com seu descarte devido à composição dessas à base de metais como chumbo 
e cádmio. Quando uma pilha é lançada no solo, com as chuvas, o material que a compõe, 
no caso metais pesados, é levado para camadas mais profundas do solo, atingindo o lençol 
freático e contaminando-o, mas a nova Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei Federal 
12305) prevê que todas as pilhas e baterias descartadas sejam encaminhadas para logística 
reversa, onde os fabricantes são responsáveis pela coleta, pela reciclagem e pela disposição 
final ambientalmente adequada. Trata-se de um suporte que as fabricantes são obrigadas a dar 
a população e ao comércio que desejarem descartar pilhas e baterias.
Lâmpadas Fluorescentes
Em 1880 começou a ser comercializada a lâmpada incandescente – sim, aquela lâmpada 
com um filamento dentro de um bulbo de vidro com vácuo - graças a Thomas Edison, que a 
aperfeiçoou a partir de várias outras que vinham sendo elaboradas há quase um século. Essa 
lâmpada, foi usada por toda a população da Terra por mais de 100 anos, mas, como tudo 
pode ser aperfeiçoado, as lâmpadas foram sendo aperfeiçoadas, buscando, principalmente, 
um consumo menor de energia. 
16
Unidade: A Evolução Humana e os Resíduos Sólidos
Nessa busca por um melhor desempenho energético, passaram a ser desenvolvidas lâmpadas 
com componentes como sódio e mercúrio.
Atualmente, no Brasil, a lâmpada incandescente desenvolvida por Thomas Edison não é 
mais fabricada por ordem legal, e foi substituída pela lâmpada fluorescente, que contém gás 
de mercúrio, um componente tóxico. Quando essas lâmpadas são lançadas ao solo e, assim, 
quebradas, esse gás de mercúrio é inalado pelas pessoas que possam estar à volta. Além disso, 
as partículas desse mercúrio depositam-se no solo, contaminando este e, posteriormente, 
o lençol freático, mas a nova Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei Federal 12305)
prevê que as lâmpadas descartadas sejam encaminhadas para reciclagem ou para o sistema 
de logística reversa, onde os fabricantes são responsáveis pela coleta, pela reciclagem e pela 
disposição final ambientalmente adequada. Trata-se de um suporte que as fabricantes são 
obrigadas a dar a população ou a construtoras que desejarem descartar lâmpadas.
Lixo Tecnológico
Podemos entender como lixo tecnológico todos os equipamentos eletroeletrônicos que 
perderam sua utilidade. Atualmente, temos uma infinidade de equipamentos eletrônicos e o 
acesso a eles é possível a quase todas as classes sociais. Quanto mais avanços tecnológicos 
surgem, mais aparelhos em desuso são descartados. Hoje, temos no Brasil uma proporção 
de, praticamente, dois celulares para cada habitante. Esses equipamentos, em média, tornam-
se obsoletos em dois ou três anos. O maior problema de equipamentos como celulares e 
computadores portáteis, “notebooks”, são as pilhas que contêm chumbo e cádmio. Mas as 
placas eletrônicas desses equipamentos também levam, em sua composição, metais pesados. 
Todo esse lixo tecnológico também acaba sendo lançado em aterros e lixões, provocando a 
contaminação ambiental, mas a nova Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei Federal 12305) 
prevê que todo resíduo tecnológico seja passível de logística reversa, onde os fabricantes são 
responsáveis pela coleta, pela reciclagem e pela disposição final ambientalmenteadequada. 
Trata-se de um suporte que as fabricantes são obrigadas a dar a população que desejar descartar 
algum produto eletroeletrônico.
Pneus
O pneu tem a borracha como principal componente, material não necessariamente tóxico, 
mas que apresenta tempo indeterminado para sua decomposição, e isso resulta num problema 
de espaço. Quando queimados liberam grandes quantidades de gases tóxicos compostos de 
enxofre, causando poluição do ar e danos a saúde da população. Além disso, pneus largados 
no solo, com as chuvas, são excelentes criadouros de mosquitos vetores de doenças, como a 
dengue, por exemplo. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal 12305) prevê que 
os pneus devem participar do sistema de logística reversa, onde os fabricantes são responsáveis 
pela coleta, pela reciclagem e pela disposição final ambientalmente adequada. Trata-se de um 
suporte que as fabricantes são obrigadas a dar a população ou ao comércio que desejarem 
descartar pneus inservíveis.
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Resíduos e os Impactos na Saúde e no Meio Ambiente 
Não existe geração de resíduo sem impacto ambiental. Mesmo que o resíduo ou lixo não 
apresente nenhum componente que possa causar contaminação, de qualquer modo, ele vai 
ocupar um espaço para sua destinação/decomposição.
Na tabela a seguir, podemos ver tipos de resíduos e os principais impactos que provocam 
no meio ambiente e na saúde humana.
Tipo de Resíduo Impactos
Resíduos urbanos
Contaminação dos solos
Contaminação do ar
Contaminação do lençol freático
Proliferação de doenças através de vetores como ratos, baratas, moscas.
Contaminação de pessoas por doenças transmissíveis pela patogenicidade dos resíduos.
Resíduos industriais
Contaminação dos solos
Contaminação do ar
Contaminação do lençol freático
Intoxicação de pessoas através do manuseio
Resíduos de Serviços
de Saúde
Contaminação dos solos
Contaminação do ar
Contaminação do lençol freático
Intoxicação através do manuseio.
Contaminação de pessoas por doenças transmissíveis pela patogenicidade dos resíduos.
Contaminação radioativa dos resíduos de pesquisas e tratamentos por radioatividade.
Resíduos agrícolas
Contaminação dos solos
Contaminação do lençol freático
Intoxicação de pessoas através do manuseio
Resíduos nucleares
Contaminação dos solos
Contaminação do lençol freático
Contaminação do local
Contaminação das pessoas que os manusearem
Pilhas e Baterias Contaminação dos solosContaminação do lençol freático
Lâmpadas 
� uorescentes
Contaminação dos solos
Contaminação do lençol freático
Intoxicação de pessoas através do manuseio
A entrevista, disponível no site indicado abaixo, relata os impactos gerados pela gestão dos 
resíduos na Baixada Santista no Estado de São Paulo. Essa entrevista mostra um exemplo da 
destinação de resíduos urbanos e industriais de várias outras regiões do Brasil.
Aula 5: Resíduos sólidos urbanos e áreas contaminadas 
Entrevista com Alfésio Luís Ferreira Braga: 
http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=3516
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Unidade: A Evolução Humana e os Resíduos Sólidos
Considerações fi nais
Vimos, nesta unidade, que os resíduos sólidos sempre ocuparam um lugar muito próximo 
ao homem, visto que é o resultado da maior parte das atividades humanas. Os resíduos, ao 
longo da história da humanidade na Terra, foram sofrendo mudanças em decorrência dos 
avanços tecnológicos e de mudanças nos hábitos dos seres humanos. Com a descoberta do 
plástico, essa mudança foi mais enfática, pois surgia um material cuja decomposição é mais 
complexa em relação aos resíduos iniciais orgânicos. Atualmente, o plástico é amplamente 
usado pela população, sendo que seu principal destino, na maior parte das cidades brasileiras, 
são os aterros ou, ainda, os lixões.
Os resíduos têm diferentes origens: urbanos, aqueles oriundos das residências e comércio; 
industriais, resultantes dos processos industriais; agrícolas, produzidos pelas atividades 
agropecuárias; hospitalares, também conhecidos como resíduos de serviços de saúde, o quais 
são produzidos em hospitais, clínicas, postos de saúde, entre outros; e, por último, resíduos 
de portos, aeroportos e terminais rodoviários e ferroviários, que apresentam o risco à saúde 
devido à sua característica de patogenicidade.
Com a evolução tecnológica, o homem foi se deparando com a geração de novos resíduos, 
como: lixo radioativo, pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, lixo tecnológico e pneus. 
A geração desses resíduos obrigou o homem a buscar soluções para o seu manuseio e descarte. 
Importante lembrar que essas soluções, muitas vezes, foram sendo necessárias após o homem 
se deparar com consequências, por vezes desastrosas, para o meio ambiente e a saúde do 
homem devido à destinação incorreta dada a esses resíduos.
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Material Complementar
Não deixe de consultar as seguintes indicações para saber mais sobre os assuntos abordados 
nesta unidade:
Vídeos:
Aula 5: Resíduos sólidos urbanos e áreas contaminadas Entrevista com 
Alfésio Luís Ferreira Braga
http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=3516
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Unidade: A Evolução Humana e os Resíduos Sólidos
Referências
BORGES, A. N. O lixo atômico. Jornal “O Popular” de Goiânia. Ed 15/07/2011. http://
www.pucgoias.edu.br/ucg/prograd/graduacao/home/secao.asp?id_secao=6091&id_
unidade=43 Acessado em abr/2015.
EIGENHEER, E. M. A história do lixo – a limpeza urbana através dos tempos. Ed. 
1. Campus. Rio de Janeiro, 1993. 
GOMES, L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta 
enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil. Planeta do Brasil. São 
Paulo, 2007.
JARDIM et al. Lixo Municipal: manual de gerenciamento integrado. 1ª ed. IPT - Instituto de 
Pesquisas Tecnológicas. CEMPRE – Compromisso Empresarial para a Reciclagem. São Paulo, 1995.
NBR 10.004 Resíduos Sólidos – Classificação. Ed. 2. ABNT – Associação Brasileira de 
Normas Técnicas. Rio de Janeiro, 2004.
SANCHEZ, G. A lâmpada de Thomas Edison. Aventuras na História. 2007. http://
guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/lampada-thomas-edison-435133.shtml 
Acessado em abr/2015.
SOARES, H. Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Universidade Federal de Juiz de Fora. 
Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, Juiz de Fora, 2012.

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