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A SECTI - Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional vem com o projeto QualificarES oferecer cursos de formação e qualificação profissional para o cidadão que procura aperfeiçoar seu conhecimento melhorando suas oportunidades de inserção no mercado de trabalho e na vida. Neste terceiro módulo do Curso de Agente Epidemiológico, estudaremos as doenças relacionadas a saúde pública, como por exemplo a dengue, que apresenta um grande desafio para gestores e profissionais de saúde. Sabemos que o envolvimento da comunidade no controle dessas doenças, é parte importante para obtenção de resultados positivos, dedicados à promoção da saúde, prevenção de agravos, tratamento e reabilitação no âmbito individual e coletivo (BASTOS, 2016). Vamos aos Estudos!!! Agente Epidemiológico MÓDULO 3 2 A História da doença sempre esteve associada à Índia, ficou conhecida pelos navegadores árabes e europeus nos séculos XV e XVI, em suas viagens pelos grandes deltas da Ásia meridional (MS, 2006). A primeira pandemia, ocorrida no período de 1817 a 1823, estendeu-se do vale do Rio Ganges a outras regiões da Ásia e ao Norte da África (GEROLOMO, 1999). Segundo Gerolomo e Penna (1999) foi introduzida na América Latina pela costa do Peru e atingiu posteriormente o Brasil e outros países da América do Sul no ano de 1991. Desde 2006, não houve casos local de cólera relatado no Brasil (BRASIL, 2020). De acordo com o Ministério da Saúde, a cólera é uma doença infecciosa intestinal aguda causada pelo Vibrio cholerae, típica de regiões que sofrem problemas de abastecimento de água tratada; a sujeira e os esgotos a céu aberto influenciam no aumento de casos de doenças. NOÇÕES BÁSICAS, CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES TRANSMISSORES E CAUSADORES DAS ENDEMIAS, SINAIS E SINTOMAS, TRATAMENTO E PREVENÇÃO. CÓLERA DOENÇAS DE INTERESSE PARA A SAÚDE PÚBLICA: AGENTE ETIOLÓGICO DA CÓLERA É uma bactéria chamada de Vibrio cholerae, microrganismos naturais de ecossistemas aquáticos que podem ser encontrados na forma livre 3 neste meio (Ministério da Saúde, 2009). O microrganismo é sensível ao extrema secura ou processo de extrema secagem, exposição ao sol, cloro e outros desinfetantes, a fervura e pH menor do que 5 (ácido) (BRASIL, 2004). PERÍODO DE INCUBAÇÃO MODO DE TRANSMISSÃO SINAIS E SINTOMAS TRATAMENTO É o tempo transcorrido entre a contaminação e o aparecimento dos sintomas, que varia de algumas horas a cinco dias (BRASIL, 2004). A transmissão ocorre através do consumo de água e alimentos contaminados por fezes ou vômitos de doente ou portador da bactéria Vibrio Cholerae (BRASIL, 2004). As manifestações mais frequentes são diarreia e vômitos, quando na ocorrência de casos mais graves apresentando diarreia aquosa, com inúmeras evacuações diárias, as fezes têm aparência amarelo-esverdeada, sem pus, muco ou sangue. Quando os aspectos clínicos são mais graves, ocorre perda de muito líquido provocando uma intensa desidratação podendo levar a morte (MS, 2008). As formas leves e moderadas da doença devem ser tratadas através de reidratação oral, quando nas formas graves deve ser instituída a hidratação venosa ou o tratamento médico terapêutico que tem por base o uso de antibióticos baseados na sintomatologia do paciente (BRASIL, 2005). 4 PREVENÇÃO - Lavar as mãos com água e sabão antes e após refeições e no manuseio e preparo de alimentos; - Após utilizar o banheiro; - Recomenda-se ingerir somente água potável, filtrada ou fervida; - Consumir somente frutas e verduras desinfetadas. Muito Cuidado: A água talvez apresente uma aparência de limpa e transparente, porém pode estar contaminada com Vibrio Cholerae (BRASIL, 2005). DENGUE A dengue atualmente é a mais importante arbovirose – doenças causadas pelos chamados arbovírus, que incluem o vírus da dengue, Zika vírus, febre chikungunya e febre amarela. A classificação "arbovírus" engloba todos aqueles transmitidos por artrópodes, ou seja, insetos e aracnídeos (como aranhas e carrapatos). Existem 545 espécies de arbovírus, sendo que 150 delas causam doenças em seres humanos (FIOCRUZ, 2017). Sua origem é do Egito e espalhou-se pelo mundo pelo oeste da África. Sua disseminação nas colonizações se dava por meio de embarcações, e atualmente o meio de dispersão é através de automóveis, aviões, caminhões entre outros; principalmente quando um criadouro é transportado de uma determinada região para outro devido à grande resistência a secura extrema, isto é, quantidade de tempo que o ovo resiste sem contato com a água (FUNASA 2001). De acordo com a FUNASA (2001), a proliferação do vetor da Dengue tem maior ocorrência em países tropicais e é beneficiado pelas condições climáticas e ambientais. 5 A organização mundial da saúde (OMS) estima que 2,5 bilhões de pessoas, ou seja, 2/5 da população mundial estão sob risco de contrair a Dengue e que tem registro de ocorrência de 50 milhões de casos. Atualmente a proliferação do vetor da dengue nas Américas tem apresentado um quadro crescente, com a ocorrência de milhares de casos de dengue nos referentes países, pelo Brasil, Colômbia, Venezuela, Costa Rica e Honduras (FUNASA,2001). No Brasil, há referências de epidemias por dengue desde 1923 no Rio de Janeiro, mas sem confirmação laboratorial. Sendo que a primeira epidemia com confirmação laboratorial foi em Boa Vista, Roraima (RR), no período de 1982(FUNASA, 2001). AGENTE ETIOLÓGICO Segundo o Ministério da Saúde a dengue tem como agente etiológico um arbovírus do gênero flavivírus da família flaviridae do qual existem quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Anteriormente ocorria a manifestação dos vírus DEN-1, DEN-2, DEN-3, sendo introduzido no Brasil DEN-4; podendo espalhar-se pelas regiões do país (BRASIL, 2004). O problema com a introdução da DEN-4, é que as pessoas que já contraíram algum tipo de vírus da dengue, e o sistema imunológico de quem já obtiveram a doença fica comprometido, caso seja contaminado novamente por outro tipo de vírus, podendo manifestar-se com uma maior gravidade (BRASIL, 2004). Porém quando a pessoa é infectada por um deles, adquiri proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial (BRASIL, 2004). 6 PERÍODO DE INCUBAÇÃO Varia de 3 a 15 dias, sendo, em média, de 5 a 6 dias. MODO DE TRANSMISSÃO A transmissão ocorre por meio da picada da fêmea da espécie vetora do Aedes aegypti. Quando o mosquito contaminado picar uma pessoa infectada que se apresenta na fase virêmica da doença, estará apto após um período de 10 a 14 dias, em transmitir o vírus no decorrer de sua vida através de suas picadas (BRASIL, 2005). Não há transmissão por contato direto com um doente ou suas secreções com uma pessoa sadia nem fonte de água ou alimento (BRASIL, 2005). AS FASES DO DESENVOLVIMENTO DO MOSQUITO O desenvolvimento ocorre através de metamorfose completa, compreendendo 4 fases: 1. OVO Na postura dos ovos as fêmeas depositam nas paredes internas dos objetos que propicia as condições adequadas, vindo a transformar-se em criadouros sendo postos em ambientes escuros, úmidos e bem próximo da superfície da água. No instante em que ocorre a postura os ovos são brancos, mas rapidamente adquirem a cor negra brilhante. Os ovos do Aedes aegypti são capazes de resistir a longos períodos de dessecação, podendo prolongar-se por, mais de 365 dias, e quando em contato com a água ocorre a eclosão. 7 2. Larva 3. pupa 4. adulto Devido a essa resistência a dessecação, ocasiona um grande problema no combate ao Aedes, pela facilidade que os ovos podem ser transportados a grandes distâncias sendo uma principal forma de dispersão. A fase larvária é a fase em que ocorre a alimentação e o crescimento, essa fase acontece em recipientes com água que serão transformados em criadouros. Têm uma intensa alimentação de partículas orgânicas, porém não resistem ambientes poluídos. A larva é composta de cabeça, tórax e abdômenpossuem um sifão para sua respiração, quando necessita respirar vem à superfície, tendo um movimento em “S” em seu deslocamento. É nessa fase que ocorre maior vulnerabilidade, favorecendo as ações de prevenção e erradicação do Aedes aegypti. Nesta fase as pupas não se alimentam, ocorrendo a transformação do estágio larval para o adulto, onde ficam na superfície da água facilitando o surgimento do inseto. Este estágio dura de dois a três dias. Após emergir do estágio pupal, fica um período de várias horas em repouso sobre as paredes internas dos recipientes para endurecimento do esqueleto externo e das asas. Após 24 horas da emersão, podem acasalar, abrigando-se nas partes externas nas habitações, preferencialmente em locais úmidos sombreados e na vegetação. A dispersão do Aedes aegypti a grandes distâncias se dá, geralmente, como resultado do transporte dos ovos e larvas em recipientes. Os adultos do Aedes aegypti, podem permanecer vivos em laboratório durante meses, mas, na natureza, vivem em média de 30 a 35 dias; com uma mortalidade diária de 10%, sendo que a metade dos mosquitos morrem durante a primeira semana de vida e 95% durante o primeiro mês. 8 Após emergir do estágio pupal, fica um período de várias horas em repouso sobre as paredes internas dos recipientes para endurecimento do esqueleto externo e das asas. Após 24 horas da emersão, podem acasalar, abrigando-se nas partes externas nas habitações, preferencialmente em locais úmidos sombreados e na vegetação. A dispersão do Aedes aegypti a grandes distâncias se dá, geralmente, como resultado do transporte dos ovos e larvas em recipientes. Os adultos do Aedes aegypti, podem permanecer vivos em laboratório durante meses, mas, na natureza, vivem em média de 30 a 35 dias; com uma mortalidade diária de 10%, sendo que a metade dos mosquitos morrem durante a primeira semana de vida e 95% durante o primeiro mês. SINAIS E SINTOMAS Segundo o Ministério da Saúde (2005), os primeiros sintomas são, febre alta de 39°C a 40°C, sendo apresentado de três formas: Dengue Clássica; Dengue Hemorrágica; Síndrome do choque da dengue. Dengue clássica: no primeiro momento ocorre a manifestação de febre alta variando de (39°C a 40°C), seguida de cefaleia, mialgia, prostração, artralgia, anorexia, astenia, dor abdominal, náuseas, vômitos, com duração de cerca de 5 a 7 dias. Dengue hemorrágica: os sintomas iniciais são semelhantes aos da dengue clássica, porém há um agravamento do quadro no terceiro ou quarto dia de evolução, com aparecimento de manifestações hemorrágicas e colapso circulatório em diversos órgãos. SÍNDROME DO CHOQUE DA DENGUE: NOS CASOS GRAVES DE FEBRE HEMORRÁGICA DA DENGUE (FHD) O choque ocorre geralmente, entre o 3º e o 7º dia da doença, frequentemente precedido de dor abdominal. O choque ocorre devido ao aumento da permeabilidade vasculares seguida de hemoconcentração e falência circulatória. A sua duração é curta e pode levar a óbito em 12 a 24 horas ou à recuperação rápida frente terapia antichoque apropriada. 9 EM CASO DE SUSPEITA DE DENGUE Pessoas com suspeita de dengue devem inicialmente receber soro de hidratação oral, ser encaminhadas ao centro de saúde mais próximo para realização da consulta médica, beber muita água, mesmo enquanto aguarda atendimento e jamais deve tomar medicamentos sem orientação médica. Fica proibido o uso de medicamentos à base de ácido-acetil salicílico, como por exemplo: aspirina, AAS, Melhoral, Doril, Sonrisal, Engov, dentre outros, pois esses remédios podem favorecer o aparecimento de hemorragias, pois, eles têm efeito anticoagulante e podem reduzir a ação das plaquetas. TRATAMENTO O tratamento vai depender do tipo de manifestação da doença, podendo variar de intensidade e gravidade. É fundamental que o paciente (permaneça em repouso ingerindo bastante líquidos, mantendo a sua hidratação oral e evite bebidas como refrigerantes). Em relação a dengue clássica não há tratamento específico para o paciente, geralmente os médicos costumam tratar os sintomas, como as dores no corpo, e dores de cabeça. Em pacientes com Febre Hemorrágica da Dengue (FHD) é necessário realizar uma avaliação rigorosa com muito cuidado para que sejam combatidos os primeiros sintomas de choque por dengue, como a queda da pressão, que é o quadro mais complicado, podendo ser repentino. 10 PREVENÇÃO É fundamental a participação da população na prevenção e controle do Aedes aegypti, vetor da dengue (FUNASA, 2001). Segundo a FUNASA (2001), a prevenção e controle da Dengue é uma tarefa que exige um esforço em conjunto de todos, através de simples medidas como, por exemplo: - Remova folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas das casas; - Mantenha bem tampados tonéis e barris d’água; - Lave semanalmente por dentro com escovas e sabão os tanques utilizados para armazenar água; - Não deixe a água da chuva acumulada sobre a laje; - Encha de areia até a borda os pratinhos dos vasos de planta; - Se você tiver vasos de plantas aquáticas, troque a água e lave o vaso principalmente por dentro com escova, água e sabão pelo menos uma vez por semana; - Guarde garrafas sempre de cabeça para baixo; - Entregue seus pneus velhos ao serviço de limpeza urbana ou guarde-os sem água em local coberto e abrigados da chuva; - Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira bem fechada. Não jogue o lixo em terrenos baldios. AUMENTO DAS EPIDEMIAS DE DENGUE NA ATUALIDADE De acordo com a FUNASA (2001), em razão ao crescimento da população vivendo em condições sanitárias precárias, favorece o aumento da reprodução de mosquitos devido a diversos fatores como: - Fornecimento inadequado de água; 11 - Práticas tradicionais irregulares no armazenamento de água; Falta de coleta de lixo (favorecendo o surgimento de criadouros de mosquitos); Ocorrência de movimentação de pessoas infectadas através de novos meios de transporte; A resistência que o mosquito adquiriu aos inseticidas. CHIKUNGUNYA Atualmente, a Chikungunya já foi identificada em mais de 60 países na Ásia, África, Europa e nas Américas. Os mosquitos vetores da Chikungunya se espalharam pela Europa e Américas nas últimas décadas (BRASIL, 2005). Em 2007, a transmissão da doença foi relatada pela primeira vez durante um surto no noroeste da Itália. Desde então, surtos também foram registrados na França e na Croácia (BRASIL, 2005). De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, o índice de letalidade da Chikungunya, é extremamente baixo e inferior ao dos casos de dengue. Por outro lado, a doença gera um grande impacto social por causa do alto número de casos; da incapacidade de trabalhar, muitas vezes, a longo prazo; as consequências dos efeitos colaterais de medicamentos inadequados; e as consequências de não ser capaz de obter um diagnóstico preciso (BRASIL, 2005). AGENTE ETIOLÓGICO É causada pelo vírus chikungunya (CHIKV), que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus (ARGOLO, 2008). 12 PERÍODO DE INCUBAÇÃO PERÍODO DE INCUBAÇÃO Normalmente, os sintomas aparecem de 2 a 12 dias após a picada do mosquito (ARGOLO, 2008). MODO DE TRANSMISSÃO É transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti. Por ter uma transmissão muito rápida, é necessário ficar atento a possíveis criadouros do mosquito e, assim, eliminar estes locais para evitar a propagação da doença. A Chikungunya pode causar sequelas como dores crônicas nas articulações por longo período (FUNASA, 2001). A transmissão vertical, da gestante para o feto, ocorre apenas quando a mãe fica doente nos últimos 7 dias (última semana) de gravidez. Neste caso, a criança mesmo que nasça saudável, deve permanecer internada por uma semana para observação e tratamento imediato, observando o desenvolver da doença que, nestes casos, apresenta quadros graves com manifestações neurológicas e na pele (FUNASA, 2001). E também existe transmissão por transfusão sanguínea.SINAIS E SINTOMAS Os principais sintomas da Chikungunya são: - Febre; - Dores intensas nas articulações, em geral bilaterais (joelho esquerdo e direito, pulso direito e esquerdo, etc); - Pele e olhos avermelhados; - Dores no corpo; - Dor de cabeça; - Náuseas e vômitos. 13 Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas. Importante: Como toda infecção, a Chikungunya pode desenvolver a Síndrome de Guillain-Barré, encefalite e outras complicações neurológicas. TRATAMENTO O tratamento da Chikungunya é feito de acordo com os sintomas, com o uso de analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios para aliviar febre e dores. Em casos de sequelas mais graves, e sob avaliação médica conforme cada caso, pode ser recomendada a fisioterapia. Em caso de suspeita, com o surgimento de qualquer sintoma, é fundamental procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico e prescrição dos medicamentos, evitando sempre a automedicação. Os tratamentos são oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Recomenda‐se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância. IMPORTANTE: A automedicação pode mascarar sintomas, dificultar o diagnóstico e agravar o quadro do paciente. Somente um médico pode receitar medicamentos. MEDIDAS IMPORTANTES PARA EVITAR AGRAVAMENTO DA CHIKUNGUNYA - Não utilizar AINH (Anti-inflamatório não hormonal) na fase aguda, pelo risco de complicações associados as formas graves de Chikungunya (hemorragia e insuficiência renal). Exemplos de AINH: Ácido acetil salicílico, Ibuprofeno, Diclofenaco, Nimesulida, dentre outros. 14 - Não utilizar corticoide na fase de aguda da viremia, devido ao risco de complicações; Não é recomendado usar medicamentos com ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia. PREVENÇÃO Assim como a Dengue, Zika e Febre amarela, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros de mosquitos Aedes aegypti nas suas casas, trabalhos e vizinhança. ZIKA VÍRUS O Zika vírus é um arbovírus, que são aqueles transmitidos por picadas de insetos, especialmente mosquitos, que neste caso também é o Aedes aegypti. A doença pelo Zika vírus apresenta risco superior a outras arboviroses, como Dengue, Febre amarela e Chikungunya, para o desenvolvimento de complicações neurológicas, como encefalites, Síndrome de Guillain-Barré e outras doenças neurológicas, onde uma das principais complicações é a microcefalia. O mosquito Aedes Aegypti é o mesmo mosquito que transmite a dengue, a Chikungunya e a febre amarela. IMPORTANTE: Todos os sexos e faixas etárias são igualmente suscetíveis ao Zika vírus, porém mulheres grávidas e pessoas mais velhas têm maiores riscos de desenvolver complicações da doença. Esses riscos aumentam quando a pessoa é portadora de alguma doença crônica, como diabetes e hipertensão, mesmo tratada. 15 AGENTE ETIOLÓGICO PERÍODO DE INCUBAÇÃO O vírus Zika é um arbovírus do gênero Flavirírus, família Flaviridae. Varia entre 3 e 12 dias após o contágio MODO DE TRANSMISSÃO Existem três formas principais de transmissão do Zika Vírus: - Transmissão pela picada do mosquito Aedes Aegypti; - Transmissão sexual; - Transmissão de mãe para o feto durante a gravidez. No caso de o feto ser infectado durante a gestação, este pode desenvolver lesões cerebrais irreversíveis e ter comprometida, definitivamente, toda a sua estrutura em formação. As doenças neurológicas, especialmente nas crianças com a doença congênita (infectados no útero materno), têm sequelas de intensidade variável, conforme cada caso. O comprometimento nesses casos é tão importante que algumas crianças, ao nascerem, têm microcefalia, uma deformação dos ossos do cabeça, sinal do não crescimento adequado do encéfalo (cérebro). Não há evidências de transmissão do Zika vírus por meio do leite materno, assim como por urina e saliva. 16 PREVENÇÃO SINAIS E SINTOMAS Os sintomas mais comuns associados ao Zika vírus são: PERÍODO DE INCUBAÇÃO - Vermelhidão em todo o corpo com muita “coceira” depois de alguns dias; Febre baixa, muitas vezes não sentida; Conjuntivite (olho vermelho) sem secreção; Mialgia e dor de cabeça; Dor nas articulações. Todos os sintomas são de intensidade de leve a moderada. TRATAMENTO O tratamento do Zika Vírus é feito de acordo com os sintomas, com o uso de analgésicos, antitérmicos e outros medicamentos disponíveis em qualquer unidade pública de saúde para controlar a febre e a dor. No caso de sequelas mais graves, como doenças neurológicas, deve haver acompanhamento médico para avaliar o melhor tratamento a ser aplicado. As sequelas são tratadas em centros multiprofissionais especializados, como os Centros Especializados de Reabilitação (CERS). Caso apresente algum sintoma suspeito, é fundamental procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico e prescrição dos medicamentos. É importante lembrar que o Ministério da Saúde não recomenda, em hipótese alguma, a automedicação. PREVENÇÃO As medidas de prevenção e controle são semelhantes aos da Dengue e Chikungunya. 17 IMPORTANTE: Atualmente não há vacina disponível contra o Zika Vírus. Por isso, é essencial que a população faça a sua parte. Se cada um agir corretamente e tomar todos os cuidados possíveis diários para evitar criadouros do mosquito Aedes Aegypti, é possível evitar o Zika Vírus, a Febre amarela, a Dengue e a Chikungunya. FEBRE AMARELA A febre amarela é uma doença infecciosa não contagiosa, que se mantém endêmica nas florestas tropicais da América e África causando surtos isolados ou epidemias de maior ou menor Impacto em saúde pública. Sendo uma doença de curta duração cujo agente etiológico é um flavivírus encontrado principalmente entre os primatas, sendo os principais hospedeiros do vírus amarílico. A primeira epidemia de febre amarela descrita no Brasil ocorreu em 1685, em Recife, atual capital do Estado de Pernambuco. Segundo FUNASA (1999), a partir do século XVII a febre amarela dizimou vidas em extensas epidemias que ocorreu em vastas zonas das regiões tropicais da África e das Américas. De acordo com FERREIRA et al. (2011), a doença ocorre principalmente no continente africano onde se concentram mais de 90% das notificações anuais no continente americano, as áreas de maior incidência de febre amarela concentram-se no Peru, Bolívia, Colômbia, Equador, Venezuela e Brasil. A pessoa que é infectada com a doença aparece uma coloração amarelada na pele e nos olhos, sendo uma característica fundamental da doença. 18 AGENTE ETIOLÓGICO O agente causal da Febre Amarela é o vírus amarílico, um arbovírus pertencente ao gênero Flavivirus, família Flaviviridae. PERÍODO DE INCUBAÇÃO Tendo um período de incubação que varia de 3 a 6 dias após a picada do mosquito infectante. Quando o mosquito é infectado ele transmite o vírus por toda sua vida. MODO DE TRANSMISSÃO A transmissão da febre amarela ao homem se dá pela picada do mosquito da família Culicidae, sendo a espécie Aedes aegypti o principal vetor da febre amarela urbana e o Haemagogus, o principal vetor da febre amarela silvestre. De acordo com FUNASA (1999), na febre amarela silvestre, o vírus circula entre os macacos que, no período de viremia, ao serem picados pelos mosquitos silvestres lhe repassam o vírus. SINAIS E SINTOMAS A transmissão febre amarela urbana é feita pela picada do mosquito Aedes aegypti contaminado; quando a pessoa é infectada os sintomas como febre e dor de cabeça aparece de três a seis dias depois da picada. PERÍODO DE INCUBAÇÃO Febre alta repentina; Dores no corpo; Pele e olhos amarelados; Mal-estar e vômitos. 19 PERÍODO DE INCUBAÇÃO Alta infestação (superior a 5%) por Aedes aegypti; Presença de uma quantidade suficiente de pessoas susceptíveis; Proximidade de um foco enzoótico, particularmente se está ativo de onde o vírus possa deslocar-se para a áreaurbana; Melhoria dos meios de transporte, favorecendo o rápido deslocamento de pessoas infectadas para áreas com a presença do Aedes aegytpti. FATORES DE RISCO PARA O APARECIMENTO DE EPIDEMIA De acordo com a FUNASA (1999), são condições favoráveis para a ocorrência de epidemias de febre amarela urbana: TRATAMENTO O tratamento da febre amarela urbana é apenas sintomático, com assistência ao indivíduo que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado (BRASIL, 2014). Nas formas graves, o indivíduo deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para reduzir as complicações e o risco de óbito. Medicamentos salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), uma vez que o uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas (BRASIL, 2014). PREVENÇÃO A única forma de prevenção eficaz é a vacinação, a vacina contra a febre amarela (cepa 17DD), que foi produzida no Brasil desde o ano de 1937. É elaborada com o vírus vivo atenuado, apresentando eficácia acima de 95%. Pode ocasionar reações no organismo humano, provocando dor de cabeça, febre e mal-estar em algumas pessoas (MS, 2008). Todos devem ser vacinados, brasileiros e estrangeiros, especialmente residentes de áreas endêmicas: Acre, Amapá, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Maranhão, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, nas áreas de transição (extremo-oeste de Santa Catarina) e para o exterior (MS, 2008). 20 A única forma de prevenção eficaz é a vacinação, a vacina contra a febre amarela (cepa 17DD), que foi produzida no Brasil desde o ano de 1937. É elaborada com o vírus vivo atenuado, apresentando eficácia acima de 95%. Pode ocasionar reações no organismo humano, provocando dor de cabeça, febre e mal-estar em algumas pessoas (MS, 2008). Todos devem ser vacinados, brasileiros e estrangeiros, especialmente residentes de áreas endêmicas: Acre, Amapá, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Maranhão, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, nas áreas de transição (extremo-oeste de Santa Catarina) e para o exterior (MS, 2008). AS ATRIBUIÇÕES DOS AGENTES EPIDEMIOLÓGICOS NO COMBATE AOS VETORES O agente de epidemiológico é fundamental no desenvolvimento de ações como educação em saúde, mobilização comunitária com a finalidade a prevenção e combate a endemias (BRASIL, 2005). 1. Realizar a pesquisa larvária em imóveis para levantamento de índice; 2. Realizar a eliminação de criadouros; 3. Executar o tratamento focal e perifocal como medida complementar ao controle mecânico; 4. Orientar a população com relação aos meios de evitar a proliferação dos vetores; 5. Utilizar corretamente os equipamentos de proteção individual indi- cados para cada situação; 6. Repassar ao supervisor da área os problemas de maior grau de complexidade não solucionados; 7. Manter atualizado o cadastro de imóveis e pontos estratégicos da sua zona; 8. Registrar as informações referentes às atividades executadas nos formulários específicos; 9. Encaminhar aos serviços de saúde os casos suspeitos de dengue. 21 ESQUISTOSSOMOSE A esquistossomose é uma doença infecciosa parasitaria e um dos maiores problemas de saúde pública nas regiões tropical e subtropical, pode ter se originado no Egito, a esquistossomose mansônica espalhou-se por vasta área do território africano, seguindo os cursos dos grandes rios. Chegou ao Brasil com os escravos africanos trazidos pela colônia portuguesa, mas há referências da doença muito antes dessa época (FIOCRUZ, 2005); ovos do esquistossomo que causa essa endemia foram encontrados em múmias chinesas de mais de dois mil anos. A espécie existente no Brasil foi descrita em 1907, pelo inglês Sambon, que a nomeou Schistosoma mansoni em homenagem a Manson. Estima-se que no Brasil cerca de 6 milhões de indivíduos estejam infectados e 25 milhões, expostos aos riscos de contrair a doença. A esquistossomose mansônica é encontrada na África, Ásia e na América do Sul. No Brasil áreas endêmicas importantes abrangem os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais. Nomes Populares É também conhecida como “doenças dos caramujos”, “Barriga d'água” ou “Xistosa”. AGENTE ETIOLÓGICO É causada por um verme muito pequeno denominado Schistosoma mansoni. 22 PERÍODO DE INCUBAÇÃO O período de incubação ocorre em média de 1 a 2 meses após a infecção. MODO DE TRANSMISSÃO É uma doença de veiculação hídrica, cuja transmissão ocorre quando os indivíduos susceptíveis entram em contato com águas superficiais onde existam caramujos que liberam cercarias. A partir das 5 semanas após a infecção a pessoa já elimina os ovos nas fezes, e permanece assim durante vários anos. No ciclo da doença, estão relacionados dois hospedeiros, o definitivo (homem) e o intermediário (caramujo aquático). CICLO DE VIDA DA ESQUISTOSSOMOSE PERÍODO DE INCUBAÇÃO Pessoa infectada defeca na água em rios, lagos, represas etc.; Os ovos quando em contato com a água eclodem e liberam as larvas chamadas de miracídios, que penetram nos caramujos; O caramujo é o hospedeiro intermediário, libera larvas chamadas cercárias; que penetram nas pessoas através da pele, quando entram em contato com a água; Quando em contato com a pele da pessoa as cercárias caem na corrente sanguínea, sendo o fígado o órgão preferencial; No fígado, as formas jovens se diferenciam sexualmente e crescem alimentando-se de sangue, migram para as veias do intestino onde alcançam a forma adulta acasalam-se e iniciam a postura de ovos recomeçando o ciclo. 23 SINAIS E SINTOMAS Primeiramente ocorre a presença de sangue na urina; Ocorrência de coceiras na pele, febre, tosse, diarreia, enjoos, aumento do tamanho do fígado e do baço, emagrecimento; Evoluindo para um quadro crônico com diarreia alternada com prisão-de-ventre, hemorragias etc. TRATAMENTO Nos casos simples, é em dose única e supervisionado feito por meio do medicamento Praziquantel, prescrito pelo médico e distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde. Em situações dos casos graves, geralmente requerem internação hospitalar e até mesmo tratamento cirúrgico, conforme cada situação (BRASIL, 2020). PREVENÇÃO E CONTROLE DA ESQUISTOSSOMOSE PERÍODO DE INCUBAÇÃO A pessoa infectada não defecar próximos a corpos hídricos, sempre em sanitários ou privadas; Não entrar em lagos, rios, lagoas, represas que possuem caramujo, reduzindo o contato da pessoa com o agente etiológico; Desenvolver ações de educação em saúde para prevenção e controle; Monitoramento de corpos hídricos, para avaliar se à ocorrência e possibilidade de transmissão; Controle biológico por meio de inimigo naturais dos moluscos; Realização da coleta e tratamento de dejetos gerados pela população. 24 Não existem vacinas contra a esquistossomose; a prevenção consiste em evitar o contato com águas onde existam os caramujos hospedeiros intermediários liberando cercárias. ATRIBUIÇÕES DOS AGENTES EPIDEMIOLÓGICOS NO CONTROLE DA ESQUISTOSSOMOSE PERÍODO DE INCUBAÇÃO Quando surgem casos suspeitos identificando sinais e sintomas da esquistossomose devem ser encaminhados para as unidades de saúde, mas próximas; Realizar o acompanhamento do tratamento dos portadores de Schistosoma Mansoni; Monitorar os corpos hídricos através de levantamento de áreas que venha trazer risco as pessoas na possível transmissão; Orientar a comunidade através do desenvolvimento de ações educativas no controle de esquistossomose. DOENÇA DE CHAGAS A doença de chagas também é conhecida como tripanossomíase americana. De acordo com KROPF & MASSARANI (2009), o médico pesquisador mineiro Carlos Chagas em abril de 1909, notificou a descoberta de uma nova doença tropical que ficou conhecida como a doença de chagas, levando o sobrenome do pesquisador; sendo uma contribuição fundamentalpara o cenário científico internacional sobre as doenças tropicais. Segundo ARGOLO et al. (2008), uma das dificuldades em se combater os insetos vetores da doença (barbeiro), é o fato de novas espécies ocuparem nichos que eram antes ocupados por outras, além de passarem a habitar o interior dos domicílios chegando as residências através dos animais ou por moradores que trazem algum material para 25 dentro das casas, como por exemplo lenha, palha etc.; sendo principalmente encontradas em casas de zonas rurais. O risco de contrair o mal de chagas está associado às precárias habitações nas áreas rurais, pois este inseto se aloja nas frestas das paredes de barro das casas da população menos favorecidas. No período de 2000 a 2009, no Brasil registrou-se casos isolados e surtos de doença de chagas aguda, com maior frequência na região da Amazônia legal e alguns registros de episódios nos estados da Bahia, Ceará, Piauí, Santa Catarina e São Paulo, sendo distribuídos entre 87 municípios brasileiros. Segundo ARGOLO et al. (2008), as alterações ocorridas pelas atividades desenvolvidas pelo homem como o desmatamento para implantação da agricultura favorecendo a ocorrência do desequilíbrio do ecossistema, influenciaram a distribuição do barbeiro, surgindo novo comportamento dos vetores. AGENTE ETIOLÓGICO A doença de chagas é uma das consequências da infecção humana produzida pelo protozoário flagelado Trypanossoma cruzi. Outra espécie desse protozoário é o causador da doença do sono, que é muito comum na África. PERÍODO DE INCUBAÇÃO Na fase aguda acostuma aparecer 5 a 14 dias após a picada do inseto vetor. Quando adquirida por transfusão de sangue o período de incubação varia de 30 a 40 dias. Em geral as formas crônicas da doença se manifestam mais de 10 anos após a infecção inicial. 26 MODO DE TRANSMISSÃO Em geral, é transmitida quando um inseto barbeiro infectado com o protozoário Trypanossoma cruzi suga o sangue de uma pessoa, elimina fezes com parasitas próximos do lugar onde sugou, penetrando no orifício da picada ou por coceira. A transmissão do Trypanossoma cruzi para o ser humano pode ocorrer por diversas, formas de acordo com Organizações Pan Americana da Saúde, (2009): PERÍODO DE INCUBAÇÃO Vetorial: ocorre por meio das fezes dos “barbeiros” após o repasto sanguíneo defecam, junto com as fezes são eliminadas formas infectantes de tripomastigotas metacíclicos. Transfusional/transplante: ocorre pela passagem por transfusão de sangue ou hemocomponentes ou transplante de órgãos de doadores infectados a receptoras sadios. Vertical ou Congênita: é a passagem de parasitas de mulheres infectadas pelo trypanossoma cruzi, para seus bebês durante a gestação ou o parto. Acidental: ocorre pelo contato da pele ferida ou de mucosas com material contaminado durante manipulação em laboratório, sem o uso adequados de EPI'S. Oral: através da ingestão de alimentos contaminados com parasitas provenientes de triatomíneos infectados. No Brasil, foram registrados casos da infecção transmitida por via oral nas pessoas que tomaram caldo-de-cana e açaí. RESERVATÓRIOS São mamíferos silvestres, como o gambá, tatu, tamanduá, quati, porco espinho, roedores, além de animais domésticos como cão, gato e rato. 27 SINAIS E SINTOMAS Nos primeiros dias após a picada a pessoa pode apresentar os seguintes sintomas: Febre; Falta de apetite; Mal-estar; Inflamação leve no local da picada são sintomas comuns no momento da infecção chamada fase aguda; A manifestação da doença ocorrerá mesmo depois de muitos anos depois, na fase crônica, quando o coração já este gravemente comprometido. Um indivíduo infectado apresentará diversas manifestações clínicas, como a falta de ar, tonturas, taquicardia, bradicardia e inchaço nas pernas, além do parasita lesionar o fígado e o sistema nervoso e linfático. TRATAMENTO É importante destacar que o tratamento deve ser realizado mediante orientação e prescrição médica e é totalmente contraindicado a automedicação. O tratamento da doença de Chagas está restrito a dois fármacos: benznidazol e nifurtimox. SITUAÇÕES QUE SINALIZAM SUSPEITA DE DOENÇA DE CHAGAS PERÍODO DE INCUBAÇÃO Residente/visitante de área com ocorrência de triatomíneos; Tenha sido recentemente transfundido/transplantado; Tenha ingerido alimento suspeito de contaminação pelo Trypanossoma cruzi; Seja recém-nascido de mãe infectada. 28 DIAGNÓSTICO O diagnóstico é realizado por métodos sorológicos são aqueles que buscam identificar, no sangue do indivíduo, a presença de anticorpos produzidos pelo organismo contra o trypanossoma cruzi, evidenciando desta forma a contaminação pelo parasita. PREVENÇÃO E CONTROLE PERÍODO DE INCUBAÇÃO Para o adequado desenvolvimento controle da doença de chagas, é fundamental que as equipes de saúde, com ênfase nas equipes de atenção primária, incorporem, em seu processo de trabalho, ações de vigilância que integrem a questão ambiental envolvendo reservatórios, vetores e população humana; Com a interrupção da transmissão vetorial da doença de chagas pelo triatoma infestans é necessário fortalecer a vigilância nas áreas consideradas de risco, para impedir a sua introdução; De acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), um primeiro desafio para enfrentar a doença de chagas e outras enfermidades negligenciadas é criar uma estrutura que permita o tratamento; essa situação é bem complexa e difícil devido a maioria das pessoas infectadas morarem em lugares de difícil acesso, não ocorrendo atendimento adequado; Aplicação de inseticidas, o inseto não possui grande resistência; PERÍODO DE INCUBAÇÃO Melhoria nas habitações; Não deixar animais domésticos ficar entrando em casa; Orientar população em áreas de risco, por meio de educação e informação sobre o barbeiro; Desenvolver ações sobre as fontes de infecção; Evitar consumo de carne de caça; Manter a casa e os quintais limpos. Não há vacina e nem medicação para prevenção da doença. 29 ATRIBUIÇÕES E OBJETIVOS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA DOENÇA DE CHAGAS PERÍODO DE INCUBAÇÃO Detectar todos os casos agudos (por transmissão vetorial, transfusional ou outras formas para a adoção das medidas de controle adequadas); Realizar inquéritos escolares visando o conhecimento de áreas onde continua ocorrendo a transmissão vetorial; Dar continuidade ao programa de controle de vetores domiciliares, que deve priorizar a vigilância entomológica exercida pela própria população, de forma contínua e controlada pela rede de serviços de saúde; Impedir a transmissão transfusional; Impedir a expansão da doença. LEISHMANIOSE As leishmanioses (tegumentar e visceral) constituem um crescente problema de saúde pública, não somente no Brasil, onde é considerada uma das endemias de interesse prioritário, como em grande parte dos continentes americano, asiático, europeu e africano. A importância das leishmanioses entre os problemas de saúde pública em geral nos países endêmicos incluindo o Brasil é difícil de ser avaliada, em função da deficiência de registros oficiais da maioria dos casos. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença infecciosa, não contagiosa e de evolução crônica que acomete, isoladamente ou em associação, a pele e as mucosas do nariz, boca, faringe e laringe. 30 1. DISTRIBUIÇÃO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA A leishmaniose tegumentar tem ampla distribuição mundial e no continente americano há registro de casos desde o extremo sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina, com exceção do Chile e Uruguai (KROPF, 2005). Nas últimas décadas, as análises epidemiológicas da leishmaniose tegumentar americana (LTA), têm sugerido mudanças no padrão de transmissão da doença, inicialmente considerada zoonoses de animais silvestres, que acometia ocasionalmente pessoas em contato com as florestas (KROPF,2009). A leishmaniose tegumentar constitui um problema de saúde pública em 88 países, distribuídos em quatro continentes (Américas, Europa, África e Ásia), com registro anual de 1 a 1,5 milhões de casos (BRASIL, 2007). 2. AGENTE ETIOLÓGICO A Leishmania é um protozoário que pertence à família Trypanosomatidae, que apresenta duas formas principais: a flagelada (promastigota), que é encontrada no tubo digestivo do inseto vetor, e aflagelada (amastigota), encontrada nos tecidos dos hospedeiros vertebrados. No Brasil, as principais espécies dermotrópicas de Leishmania causadoras de doença humana são: Leishmania Viannia braziliensis, Leishmania Viannia guyanensis e Leishmania Leishmania amazonenses (BRASIL, 2004). 3. VETOR Os vetores da LTA são insetos denominados Flebotomíneos, pertencentes à ordem Díptera, Família Psychodidae, subfamília Phlebotominae, gênero lutzomyia, conhecidos popularmente, dependendo da localização geográfica, como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros. 4. PERÍODO DE INCUBAÇÃO O período de incubação da doença em humanos pode variar de duas semanas a dois anos, sendo em média, de dois a três meses. 5. MODO DE TRANSMISSÃO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA É transmitida através da picada de insetos vetores chamados de flebotomíneos. No Brasil a leishmaniose tegumentar americana acomete principalmente as populações rurais do Norte, nordeste e centro oeste. Ambos os sexos se alimentam do néctar das plantas, mas somente as fêmeas se alimentam de sangue para postura dos ovos. 31 1. DISTRIBUIÇÃO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA A leishmaniose tegumentar tem ampla distribuição mundial e no continente americano há registro de casos desde o extremo sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina, com exceção do Chile e Uruguai (KROPF, 2005). Nas últimas décadas, as análises epidemiológicas da leishmaniose tegumentar americana (LTA), têm sugerido mudanças no padrão de transmissão da doença, inicialmente considerada zoonoses de animais silvestres, que acometia ocasionalmente pessoas em contato com as florestas (KROPF, 2009). A leishmaniose tegumentar constitui um problema de saúde pública em 88 países, distribuídos em quatro continentes (Américas, Europa, África e Ásia), com registro anual de 1 a 1,5 milhões de casos (BRASIL, 2007). 2. AGENTE ETIOLÓGICO A Leishmania é um protozoário que pertence à família Trypanosomatidae, que apresenta duas formas principais: a flagelada (promastigota), que é encontrada no tubo digestivo do inseto vetor, e aflagelada (amastigota), encontrada nos tecidos dos hospedeiros vertebrados. No Brasil, as principais espécies dermotrópicas de Leishmania causadoras de doença humana são: Leishmania Viannia braziliensis, Leishmania Viannia guyanensis e Leishmania Leishmania amazonenses (BRASIL, 2004). 3. VETOR Os vetores da LTA são insetos denominados Flebotomíneos, pertencentes à ordem Díptera, Família Psychodidae, subfamília Phlebotominae, gênero lutzomyia, conhecidos popularmente, dependendo da localização geográfica, como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros. 4. PERÍODO DE INCUBAÇÃO O período de incubação da doença em humanos pode variar de duas semanas a dois anos, sendo em média, de dois a três meses. 5. MODO DE TRANSMISSÃO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA É transmitida através da picada de insetos vetores chamados de flebotomíneos. No Brasil a leishmaniose tegumentar americana acomete principalmente as populações rurais do Norte, nordeste e centro oeste. Ambos os sexos se alimentam do néctar das plantas, mas somente as fêmeas se alimentam de sangue para postura dos ovos. LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA Doença infecciosa que afeta o homem e vários animais; é causada por um protozoário do gênero leishmania. No Brasil a Leishmaniose visceral americana (LVA), também conhecida como calazar, comporta-se como uma zooantroponose rural, peri-urbana, mas que nas duas últimas décadas atingiu áreas urbanas. 1. AGENTE ETIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL Os agentes etiológicos da leishmaniose visceral são protozoários tripanosomatídeos do gênero leishmania, parasita intracelular obrigatório das células do sistema fagocíticomononuclear, com uma forma flagelada. 2 RESERVATÓRIO Na área urbana, o cão (canis familiaris) é a principal fonte de infecção. A enzootia canina tem precedido a ocorrência de casos humanos e a infecção em cães tem sido mais prevalente que no homem. No ambiente silvestre os reservatórios são as raposas e os marsupiais. 32 O período de incubação é muito variável. No homem varia de 10 dias a 24 meses, com média entre 2 a 6 meses. PERÍODO DE INCUBAÇÃO Febre irregular de longa duração; Falta de apetite, emagrecimento e fraqueza; Barriga inchada; Feridas na pele; Sinais aparentes em cães infectados; Lesões na pele; Crescimento exagerado das unhas; Queda de pelos, com início ao redor dos olhos e nas orelhas; Emagrecimento; Lacrimejamento; Os cães podem ficar infectados por vários anos sem apresentarem sinais clínicos. Sintomas em seres humanos: PERÍODO DE INCUBAÇÃO SINAIS E SINTOMAS DAS LEISHMANIOSES TRATAMENTO Apesar de ser uma doença grave, a leishmaniose visceral tem tratamento para os humanos. Realizado na rede de serviço do Sistema Único de Saúde inteiramente gratuito. No Brasil, o tratamento é realizado com os compostos antimoniais. Eles foram utilizados pela inicialmente apenas no tratamento da leishmaniose tegumentar, mas posteriormente foram utilizados na leishmaniose visceral. É importante dizer que todo tratamento medicamentoso não deve ser utilizado sem orientação médica. 33 PREVENÇÃO Para minimizar o risco de transmissão, algumas medidas preventivas de ambientes individuais ou coletivos devem ser estimuladas, tais como: PERÍODO DE INCUBAÇÃO Utilização de repelentes; Manter a casa e o quintal sempre limpos; Depositar o lixo adequadamente; Uso de mosquiteiros; Poda de árvores, de modo a aumentar a insolação, para diminuir o sombreamento do solo e evitar as condições favoráveis; Realizar limpeza dos ambientes que ficam animais domésticos; O cidadão tem o dever de evitar a criação e proliferação do inseto vetor da doença, que se reproduz no meio de matéria orgânica e em criadouros de animais. MEDIDAS DE CONTROLE Dirigidas aos casos em humanos: organização de serviços de saúde para atendimento precoce dos pacientes, visando diagnostico, tratamento adequado e acompanhamento. Dirigidas ao controle do vetor: é indicado o controle químico imediato para as regiões com registro de 1º caso. O Que Deve Ser Realizado Pelo Programa De Vigilância Sobre A Leishmaniose: PERÍODO DE INCUBAÇÃO Identificar e monitorar unidades territoriais de relevância epidemiológica; Investigar e caracterizar surtos; Identificar precocemente os casos autóctones em áreas consideradas não endêmicas; Reduzir o número de casos em áreas de transmissão domiciliar; Adotar medidas de controle pertinentes, após investigação epidemiológica, em áreas de transmissão domiciliar; Monitorar os eventos adversos aos medicamentos. 34 Identificar e monitorar unidades territoriais de relevância epidemiológica; Investigar e caracterizar surtos; Identificar precocemente os casos autóctones em áreas consideradas não endêmicas; Reduzir o número de casos em áreas de transmissão domiciliar; Adotar medidas de controle pertinentes, após investigação epidemiológica, em áreas de transmissão domiciliar; Monitorar os eventos adversos aos medicamentos. Em algumas situações o desequilíbrio ambiental criado pela invasão do homem às florestas forçou uma adaptação dos vetores e reservatórios silvestres da doença a um ambiente Peri- domiciliar ou mesmo domiciliar. A crescente urbanização da doença coloca em pauta a discussão das estratégicas de controle até agora empregadas para prevenção e controle evitando a ocorrência de novas epidemias. LEPTOSPIROSE A leptospiroseé conhecida desde Hipócrates (460 à 377 aC), quem primeiro descreveu (“corpus médicus”) como icterícia infecciosa (CLAZER et al, 2015), é uma doença infecciosa febril de início abrupto, cujo espectro pode variar desde um processo inaparente até formas graves, foi em 1800 no Cairo, que a doença foi determinada e diferenciada de outras por Larrey (médico militar francês, que observou no exército napoleônico dois casos de icterícia infecciosa) (CLAZER et al, 2015). Mas foi a partir da primeira guerra mundial que o estudo da leptospirose teve um grande desenvolvimento, quando se sucederam vários surtos da moléstia entre as tropas que se encontravam nas frentes de batalha (BRASIL, 2014). Está associada a fatores como as estações chuvosas e as inundações que favorecem a disseminação e a existência e continuidade da leptospirose no ambiente, surgindo a ocorrência de surtos através das águas contaminadas. 35 Trata-se de uma zoonose de grande importância social e econômica por apresentar elevada incidência em determinadas áreas, alto custo hospitalar e perdas de dias de trabalho bem como por sua letalidade, que pode chegar a até 40% dos casos mais graves (BRASIL, 2014). AGENTE ETIOLÓGICO Bactéria aeróbica obrigatória do gênero Leptospira, do qual se conhecem atualmente sete espécies patogênicas sendo a mais importante a L. interrogans. PERÍODO DE INCUBAÇÃO O período de incubação é em média de dois a cinco dias e as leptospiras são eliminadas na urina de animais infectados. RESERVATÓRIO DA LEPTOSPIROSE O principal reservatório é constituído pelos roedores sinantrópicos (domésticos) das espécies Rattus norvegicus (ratazana ou rato de esgoto), Rattus rattus (rato de telhado ou rato preto) e Mus musculus (camundongo ou catita). MODO DE TRANSMISSÃO A infecção humana resulta da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados. A penetração do microrganismo dá-se através da pele lesada ou das mucosas da boca, narinas e olhos. 36 SINAIS E SINTOMAS Febre alta; Calafrios; Dores de cabeça; Dores musculares (principalmente na panturrilha); Náuseas; Vômitos; Olhos avermelhados. Quando a pessoa possuir esses sintomas pode ser sinais de leptospirose, de imediato deve-se procurar um médico ou unidade básica de saúde. TRATAMENTO O tratamento recomendado inclui o uso de antibióticos além de medidas de tratamento de suporte (orientação de repouso, hidratação adequada, acompanhamento clínico com retornos periódicos entre 24 a 72 horas). Essas medidas de suporte devem ser iniciadas o quanto antes para que evite as complicações e o óbito. MALÁRIA Segundo Camargo (2003), a malária é também conhecida como paludismo, maleita, impaludismo e febre terçã ou quartã, doença infecciosa febril aguda, não é uma doença contagiosa, sendo assim uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa, é necessária a participação de um vetor, que no caso é a fêmea do mosquito Anopheles (mosquito prego), infectada por Plasmodium. 37Estes mosquitos são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno, porém em menor quantidade. A malária sempre foi, desde a antiguidade, um dos principais flagelos da humanidade. Atualmente, pelo menos 300 milhões de pessoas contraem malária por ano em todo o mundo. Nas Américas, a malária é transmitida em 21 países, onde é estimado que aproximadamente 203 milhões de pessoas vivam em áreas com algum risco de transmissão. No Brasil, a incidência de malária vem aumentando progressivamente a partir de 1970; 99,8% da transmissão da doença concentram-se na Amazônia legal, composta pelos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. AGENTE ETIOLÓGICO É causada por protozoário, um parasita unicelular do gênero Plasmodium, como o Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae. O homem é o único reservatório com importância epidemiológica para a malária. RESERVATÓRIO PERÍODO DE INCUBAÇÃO O período de incubação da malária varia de acordo com a espécie de plasmódio. Para P. falciparum, de 8 a 12 dias; P. vivax, 13 a 17 dias e P. malariae, 18 a 30 dias. 38 MODO DE TRANSMISSÃO Os parasitas da Malária são transmitidos pela picada dos mosquitos fêmeas do gênero Anopheles multiplicam-se dentro das células sanguíneas vermelhas. SINAIS E SINTOMAS Febre acompanhada de calafrios, seguidos de calor intenso e suores abundantes; Reaparecimento de febre com intervalos de 2 a 3 dias; Dor de cabeça; Dores musculares; Falta de força; Falta de apetite; Enjoos. TRATAMENTO No geral, após a confirmação da malária, o paciente recebe o tratamento em regime ambulatorial, com comprimidos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves deverão ser hospitalizados de imediato. O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante; a idade do paciente; condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde; além da gravidade da doença. Os medicamentos fornecidos para o tratamento da malária no Brasil são: Cloroquina e Primaquina (BRASIL, 2014). IMPORTANTE: Quando realizado de maneira correta, o tratamento da malária garante a cura da doença. 39 No geral, após a confirmação da malária, o paciente recebe o tratamento em regime ambulatorial, com comprimidos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves deverão ser hospitalizados de imediato. O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante; a idade do paciente; condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde; além da gravidade da doença. Os medicamentos fornecidos para o tratamento da malária no Brasil são: Cloroquina e Primaquina (BRASIL, 2014). IMPORTANTE: Quando realizado de maneira correta, o tratamento da malária garante a cura da doença. PREVENÇÃO E COMBATE Controle vetorial 1: o controle vetorial da malária deve ser desenvolvido, preferencialmente, ao nível municipal, com o objetivo de reduzir o risco de transmissão, prevenindo a ocorrência de epidemias, com a consequente diminuição da morbimortalidade; sendo que os principais métodos empregados são os de controle dos mosquitos adultos e, quando viável, de larvas. Ações de educação em saúde: a população deve ser informada sobre a doença da necessidade de procurar a unidade de saúde nos primeiros sintomas, a importância do tratamento, os cuidados com a proteção individual e coletiva. Estratégia de prevenção: evitar frequentar os locais de transmissão à noite, utilizam-se como medidas de prevenção individual: uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas, uso de repelentes. As medidas de prevenção coletiva utilizadas são: drenagem, pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterro, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoramento da moradia e das condições de trabalho, uso racional da terra. No Brasil, a política adotada atualmente centra-se no diagnóstico e tratamento oportuno e adequado, pois existe estrutura na rede pública de saúde para diagnóstico e tratamento da malária. 40 GLOSSÁRIO A Agente Etiológico: É o agente causador da doença, aquele que desencadeia os sinais e sintomas de determinada enfermidade. Arbovirose: São todos aqueles vírus transmitidos por artrópodes, além de possuir uma parte de seu ciclo replicativo no interior de seu vetor, sendo conhecidas arboviroses transmitidas por insetos e por aracnídeos (neste último caso aranhas e carrapatos, especificamente). Atualmente são conhecidas 545 espécies de arbovírus, destes, cerca de 150 causam doenças em seres humanos. As arbovirosesmais conhecidas são; a dengue, a zika, a febre amarela e a chikungunya, entretanto, existem diversas outras arboviroses, como as encefalites virais, o mayaro e até mesmo algumas meningites virais. B Bactéria aeróbica: Bactérias que necessitam do oxigênio para a realização do seu metabolismo vital. Bactérias: São organismo vivos microscópicos (ou seja, não podem ser vistos a olho nu). Constituídos de uma só célula. Algumas bactérias são causadoras de doenças, no entanto, existem bactérias que possuem grande importância ecológica, como as bactérias fixadoras, que participam do ciclo do nitrogênio, ou as decompositoras. C Cercárias: São as formas larvares multicelulares com caudas bífidas que abandonam o caracol e penetram a pele dos seres humanos. 41 Crepusculares: É um termo usado para descrever animais que são primariamente ativos durante o crepúsculo, ou seja, no amanhecer e no anoitecer. Culicidae: É uma família de insetos habitualmente chamados de muriçoca, mosquitos ou pernilongos. As fêmeas em muitas regiões são designadas vulgarmente como melgas. Como os outros membros da ordem Diptera, os mosquitos têm um par de asas e um par de halteres. D Dessecação: É o estado de extrema secura, ou o processo de extrema secagem. Disseminação: Disseminar é o ato de fazer algo se propagar por diferentes e amplas direções, espalhando determinada coisa por longas distâncias. E Eclosão: O termo eclosão pode ser entendido como o ato ou efeito de eclodir. Podemos dizer que algo que estava fechado ou que se encontrava preso sofre uma eclosão quando se solta ou se desprende. Erradicada: É a redução a zero da prevalência de doenças infecciosas na população global de hospedeiros. Pode ser confundida com "eliminação", que também descreve a redução a zero da prevalência de uma doença infecciosa, mas em uma população regional, ou a redução da prevalência global a um valor irrisório. F Falência circulatória: Choque é a expressão clínica da falência circulatória que resulta na oferta insuficiente de oxigênio para os tecidos. Feto: Chama-se de feto o estágio de desenvolvimento intrauterino que tem início após nove semanas de vida embrionária, quando já se 42 podem ser observados braços, pernas, olhos, nariz e boca, e vai até o fim da gestação. O estágio anterior a este é conhecido como embrião. Flagelos: São filamentos finos e compridos (maiores que o corpo do organismo onde se encontram), constituídos por protoplasma que se expande do corpo celular. São capazes de movimento vibratório, utilizado na locomoção e alimentação. H Haemagogus: Os mosquitos do gênero Haemagogus, pertencentes à família Culicidae, são de hábitos silvestres, picando no solo e na copa das árvores. As fêmeas, após sugar sangue, depositam seus ovos nas paredes de ocos de árvores e de bambus cortados; estes ovos são aderidos à superfície. Hemoconcentração: Substantivo [Medicina] Concentração do sangue, caracterizada pelo aumento da sua densidade, da sua viscosidade e do número de eritrócitos por unidade de volume. Hemorragia: Escape de sangue por um vaso sanguíneo rompido, para dentro ou fora do corpo. I Incubação: Substantivo feminino ato ou efeito de incubar(-se). ato ou processo de chocar ovos, natural ou artificialmente. Infecção: Infecção pode ser definida, de acordo com o Ministério da Saúde, como “penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no organismo do homem ou de outro animal.” A infecção pode desencadear algumas manifestações clínicas, sendo, nesse caso, denominada de doença infecciosa. M Metamorfose: É a transformação que acontece na forma ou na estrutura de alguns animais. 43 Microcefalia: É uma condição neurológica rara que se caracteriza por anormalidades no crescimento do cérebro dentro da caixa craniana. Em geral, ela ocorre quando os ossos do crânio se fundem prematuramente e não deixam espaço para que o cérebro cresça sem que haja compressão das suas estruturas. A alteração pode ser congênita ou manifestar-se após o nascimento associada a outros fatores de risco (doença secundária). Microrganismo: É o nome dado a todos os organismos compostos por uma única célula e que não podem ser vistos a olho nu, sendo visíveis apenas com o auxílio de um microscópio. Logo, esta é uma classificação artificial - e sob o nome de "microorganismo" podem estar reunidos organismos pertencentes aos mais diversos grupos, como, por exemplo, vírus, bactérias, fungos unicelulares e protistas. P Parasita: Parasitas ou parasitos são organismos que vivem em associação com outros dos quais retiram os meios para a sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro, um processo conhecido por parasitismo. Período de incubação: É o tempo decorrido entre a exposição de um animal a um organismo patogénico e a manifestação dos primeiros sintomas da doença. Neste período não há doença e o hospedeiro não manifesta sintomas, pois todo o processo está acontecendo no âmbito celular. pH: Significa Potencial Hidrogeniônico. É, basicamente, uma escala numérica que serve para medir o grau de acidez, neutralidade e alcalinidade de uma solução química, que é determinada pela concentração de íons de hidrogênio (H+). Plaquetas: As plaquetas são estruturas sanguíneas que diferentemente das hemácias e leucócitos, não são células, mas, sim fragmentos citoplasmáticos de megacariócitos produzidos na medula óssea. 44 R Reservatório: Adjetivo1.próprio para armazenar, guardar, conservar. 2.substantivo masculino lugar feito ou preparado para acumular e conservar certas coisas em reserva. S Síndrome de Guillain-Barré: É um distúrbio autoimune, ou seja, o sistema imunológico do próprio corpo ataca parte do sistema nervoso, que são os nervos que conectam o cérebro com outras partes do corpo. É geralmente provocado por um processo infeccioso anterior e manifesta fraqueza muscular, com redução ou ausência de reflexos. Várias infecções têm sido associadas à Síndrome de Guillain-Barré, sendo a infecção por Campylobacter, que causa diarreia, a mais comum. Surto: Acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica. Para ser considerado surto, o aumento de casos deve ser maior do que o esperado pelas autoridades. Em algumas cidades (como Itajaí-SC), a dengue é tratada como surto (e não como epidemia), pois acontece em regiões específicas (um bairro, por exemplo). T Transmissão: Em medicina, transmissão é a passagem de um patógeno causador de uma doença infeciosa de um hospedeiro para outro indivíduo ou grupo, independentemente de o outro indivíduo ter estado ou não anteriormente infetado. U Unicelular: São seres vivos que possuem uma única célula. São os seres vivos mais simples de nosso planeta. Como principais exemplos podemos citar as bactérias, protozoários e alguns tipos de fungos e algas V 45 Vetor: São os animais (pernilongos, pulgas, mosquitos, ratos etc.) que transmitem algumas doenças. Viremia: É a presença de vírus no sangue circulante em um ser vivo. Vírus: São parasitas que se destacam principalmente pelas doenças causadas no homem, entretanto, eles não parasitam apenas as células humanas. Esses organismos, que só se reproduzem no interior de células, podem infectar qualquer ser vivo, desde uma bactéria até uma planta, por exemplo. 46 REFERÊNCIAS ANVISA. Cartilha de vigilância sanitária. 2ª edição –Brasília, 2002. ARGOLO, A. M.; FELIX, M.; PACHECO, R.; COSTA, J. Doenças de chagas e seus principais vetores no Brasil. Fundação Oswaldo. 1ª edição, Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2008. 63p. BRASIL. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. Ministério da Saúde, Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. 4ª edição – Brasília, 2004. 332p. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. 6ª edição –Brasília, 2005. 317p. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde - 4ª edição –Brasília, 2004. 332p. BRASIL.Guia de Leptospirose: Diagnóstico e manejo clínico. 1ª Edição – Brasília, 2014. BRASIL. 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