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1 Luana Cardoso | Turma: 2B | @med_anato REGIÕES ENDÓCRINAS DO ORGANISMO 1 – Hipófise (Adeno-hipófise e Neuro-Hipófise) – Muitos hormônios (FSH, LH, TSH, entre outros) 2 – Pineal (Melatonina) 3 – Tireoide (T3 e T4) 4 – Paratireoide (porção posterior da tireoide) (Calcitonina e Paratormônio) 5 – Suprarrenais ou adrenais (Córtex - Corticoides e medula - Catecolaminas) 6 – Pâncreas (Mista – Endócrina (Ilhotas pancreáticas ou de Langerhans) e Exócrina (acinos pancreáticos) – Insulina e Glucagon 7 – Ovários (Estrogênio e Progesterona) ou Testículos (Testosterona) Há outros órgãos do organismo que sintetiza hormônios como, por exemplo, o estômago que produz gastrina e o intestino que sintetiza secretina, colecistoquinina entre outros. GLÂNDULA ENDÓCRINA X GLÂNDULA EXÓCRINA O tecido epitelial é avascular, e por definição, quando se fala em glândulas, se fala em tecido epitelial (epitélio). E se esse tecido é avascular, é preciso que de alguma forma chegue nutrição. Por isso, ligado a um epitélio sempre existe uma camada de Tecido Conjuntivo Propriamente Dito (TCPD). – O que separa o tecido epitelial do TCPD é a lâmina basal. Uma glândula se forma quando as células epiteliais começam a proliferar para o interior do TCPD. – Se forma uma parte secretora e uma parte condutora (ducto). Nas glândulas endócrinas, ocorre o desaparecimento da porção condutora (ducto), permanecendo só a porção secretora. Exócrina Endócrina Possui porção condutora (ducto) Não possui porção condutora (ducto) Libera suas secreções dentro de uma cavidade ou diretamente no meio externo Libera suas secreções na corrente sanguínea – Por meio dos vasos sanguíneos que se entrelaçam na porção secretora. - Dois tipos: Cordonal e Folicular Dois tipos de glândula endócrina: - Cordonal – Porque as células da porção secretora se organizam em cordões e são totalmente permeadas por vasos sanguíneos. – Não armazena secreção, joga direto na secreção. – A maioria das glândulas Hormônios 2 Luana Cardoso | Turma: 2B | @med_anato - Folicular – Um folículo é criado e este é usado para o armazenamento de secreções. – Único exemplo é a tireoide, onde se vê um folículo enorme de colóide e através deste folículo é possível ver se a glândula este hipoativa ou hiperativa. MECANISMO DE AÇÃO DOS HORMÔNIOS Os hormônios tem mecanismos de ação distintos a depender do local. Justácrino Se a célula produtora está muito próxima do hormônio. Autócrinp Quando a célula produtora também é a célula alvo do hormônio. Parácrina Quando o local de ação é próximo ao local de produção Célula alvo – Como saber? – Todo hormônio para atuar em uma célula, precisa de um receptor – Células que tem o receptor para determinado hormônio. Por exemplo – Glicogenólise ocorre somente no fígado porque são estas células que possuem receptor para o glucagon. Mesmo que o músculo armazene glicogênio, suas células não possuem receptores para o glucagon. É uma glândula mista – Tem uma parte endócrina e uma parte exócrina. Parte Exócrina – Histologia do sistema digestório (acinos pancreáticos) Parte Endócrina – Ilhotas de Langerhans (Na imagem – estrelinhas azuis) Em torno das ilhotas – acinos serosos (parte exócrina do pâncreas). Ilhotas apresentam principalmente 2 tipos celulares: - Células alfa – - Células beta – Ilhotas em cordões celulares (representados pelos I ) – Vasos sanguíneos fenestrados (representados pelos *) Glândula Endócrina Cordonal – Organizadas em cordões celulares Recobrindo as ilhotas, existe uma fina camada de tecido conjuntivo que separa as ilhotas do resto do pâncreas (exócrino) Pâncreas 3 Luana Cardoso | Turma: 2B | @med_anato Células alfa (A – Coradas em rosa) – Produzem Glucagon Células beta (B – Coradas em azul) – Produzem Insulina Estes hormônios são fundamentais para garantir o controle da glicemia – São hormônios que estimulam ações antagônicas Enquanto a Insulina é estimulado pela hiperglicemia induzindo a hipoglicemia (hormônio hipoglicemiante); O Glucagon é estimulado pela hipoglicemia induzindo a hiperglicemia (hormônio hiperglicemiante). Quando nos alimentamos, acabamos consumindo e digerindo os carboidratos e estes são absorvidos pelo intestino e vão parar na corrente sanguínea e vão aumentar a glicemia, garantindo uma hiperglicemia. Esta hiperglicemia é capaz de estimular as células beta, que vão produzir e liberar insulina, que vão se ligar aos receptores específicos das células e vão estimular a entrada da glicose nas células. (Ativa por exemplo o GLUT-4 que é um transportador de glicose). Essa glicose então começa a sair do sangue e entrar nas células, diminuindo então a glicemia no sangue (nas células sofrem um processo de glicólise e posteriormente glicogênese – para ser armazenado em forma de glicogênio). Quando ficamos muito tempo em jejum, entramos em estado de hipoglicemia. Esta é percebida pelas células alfa do pâncreas, que produzem e liberam glucagon. Este glucagon, vai se ligar a receptores específicos e estimula alguns processos (glicogenólise e gliconeogênese) que formaram novas moléculas de glicose, que para na corrente sanguínea e aumenta a glicemia, ocasionando a hiperglicemia. Diabetes Mellitus Tipo 1 – Doença autoimune que leva a destruição das células beta pancreáticas. O paciente não tem células que produzem insulina e precisam entrar em reposição de insulina. Existem outras células nas Ilhotas: - Beta (70%) - Insulina - Alfa (20%) - Glucagon - Delta (5%) – Somatostatina (Função inibitória – Inibe por exemplo a liberação de insulina) – Também é produzida no hipotálamo (Hormônio inibidor do hormônio do crescimento) - PP (3%) – Peptídeo pancreático 4 Luana Cardoso | Turma: 2B | @med_anato - Epsilon (0,5 a 1%) – Grelina (Fome) – Existem outras regiões do trato gastrointestinal que produzem a Grelina.. A insulina e o glucagon são hormônios proteicos e essas proteínas são produzidas e liberadas para fora da célula – Sendo assim, as células alfa e beta possuem muitos retículo endoplasmático rugoso e complexo de golgi bem desenvolvidos. As células mais visíveis no microscópio óptico são alfa e beta. Para ver as outras células ou as alfa e beta com mais detalhe – Imunofluorescência (anticorpos). Hipófise, Pituitária ou Glândula Mestra. Localização – Sela Túrsica do Osso esfenoide – Existe uma camada formada por TCPD que recobre a glândula hipófise . Dividida em: - Hipófise anterior – Adeno-hipófise - Hipófise posterior – Neuro-hipófise Histologia das duas porções da glândula são diferentes. Adeno-hipófise – Tecido Epitelial Neuro-hipófise – Tecido Nervoso Hipotálamo – Região circulada em preto – Região do SNC que controla o funcionamento da Hipófise. O Hipotálamo e a Hipófise estão unidos pelo infundíbulo. Vascularização da Hipófise é bem exclusiva – Dada pelas A. Hipofisárias Superior e Inferior (Ramos da A. Carótida Interna) A A. Hipofisária Superior se ramifica formando plexos capilares – Plexo Capilar Primário e Plexo Capilar Secundário. Capilares são fenestrados (como na maioria das glândulas endócrinas). No esquema, o Hipotálamo e a Neuro-hipófise estão representados que amarelo – A histologia de ambos são iguais (Tecido Nervoso) A Adeno-hipófise está representada em rosa (Tecido Epitelial) A Hipófise produz hormônios mas não são todas as suas regiões que realizam esta função. A Neuro-hipófise apenas libera seus hormônios que foram produzidos no hipotálamo. – Existemneurônios cujos corpos neuronais se encontram no hipotálamo (neurônios supra-ópticos e para- Hipófise 5 Luana Cardoso | Turma: 2B | @med_anato ventriculares) – Seus axônios chegam até a Neuro-hipófise, onde ocorre a liberação dos hormônios (Hormônios hipotalâmicos – produzidos pelos neurônios supra-ópticos e paraventriculares). – ADH (vasopressina) (estimula a absorção de água, atua nos túbulos renais, principalmente na porção distal do nefron, estimulando a produção de Aquaporina2 para aumentar a absorção de água) e Ocitocina. (Contrações uterinas e contração de células mioepiteliais – auxílio na ejeção do leite – Parto e amamentação). Os hormônios secretados pela Adeno-hipófise são produzidos e secretados pela própria. - Hormônios gonadotróficos (estimula as gônadas) - LH e FSH - Hormônio do crescimento – GH - Prolactina - Tireotrófico (estimulante da tireoide) – TSH - Adrenocorticotrófico (estimula o córtex das glândulas adrenais) Hormônios tróficos – São estimulantes. COMO O HIPOTÁLAMO CONTROLA A ADENO-HIPÓFISE Existem outros neurônios no hipotálamo (em verde no esquema) – Estes partem do hipotálamo e chegam até um plexo capilar primário que está chegando na Adeno-hipófise. Os hormônios produzidos por estes neurônios, controlam a produção de hormônios pela Adeno-hipófise – Por exemplo: - GHRH (Hormônio liberador do hormônio do crescimento) - TRH (Hormônio liberador tireotrófico) - CRH (Hormônio liberador corticotrófico) - GnRH (Hormônio liberador corticotrófico) - Somatostatina (Hormônio Inibidor do hormônio do crescimento) - Dopamina (Hormônio inibidor da prolactina) Uma vez liberados no plexo capilar primário, eles chegam às células da Adeno-hipófise e estimulam a produzir e liberar os hormônios hipofisários. O Hipotálamo tem diversas outras funções no organismo como o controle de saciedade, de temperatura, entre outros. – Incluindo o controle hormonal. NEURO-HIPÓFISE É formada basicamente por 2 regiões: - Infundíbulo (preto) - Pars Nervosa (vermelho) Sendo assim, a Neuro-hipófise é praticamente uma continuação do Hipotálamo e quem une as duas porções é o Infundíbulo. NOTAS: 6 Luana Cardoso | Turma: 2B | @med_anato Lâmina da Região da Pars Nervosa Esta estrutura apresenta uma grande quantidade de axônios amielínicos. – Os neurônios cujos corpos se encontram no hipotálamo (supra- ópticos e paraventriculares) e seus prolongamentos chegam à Neuro-hipófise. Também estão presentes Pituícitos – Células especializada desta região, muito ramificada. Corpos de Hering – Aglomerados de neurosecreções (ADH e Ocitocina) – Hormônios são produzidos no Hipotálamo, são transportados até a Neuro-hipófise (terminais axônicos) e o acúmulo / aglomeração de secreção que chega, forma os Corpos de Hering. Doença vinculada a problemas com o ADH – Ou por falta do ADH ou por falta de interação entre o hormônio e seu receptor – Diabetes Insipidus. Diabetes Insipidus Central ou Neurogênica – Falta de ADH – Falha na produção do ADH – Tratado com reposição neuronal Diabetes Insipidus Nefrogênica – Falta de interação entre o ADH e seu receptor – Não adianta repor o hormônio porque não está reagindo com o receptor. H – Células Ramificadas Circulo preto – Regiões amielínicas ADENO-HIPÓFISE É dividida em 3 regiões: - Parte Distal – Pars Distalis - Parte intermédia – Pars Intermédia - Parte Tuberal – Pars Tuberalis A mais importante é a Pars Distalis. 7 Luana Cardoso | Turma: 2B | @med_anato Círculo preto – Porção Distalis - Porção da glândula que é cordonal – Região cordonal da glândula Círculo vermelho – Porção Intermédia – Apresenta folículos (*) – Região Folicular da glândula Círculo azul – Porção Nervosa – Grande quantidade de tecido amielínico – Rico em axônios amielínicos (Condução saltatória). Diferença de coloração e tecido histológico. Pars Distalis - 75% da Adeno-hipófise são formados por essa região - Cordões de células e ilhas de células (secretores) epiteliais cubóides - Capilares fenestrados - Fibroblastos (camada fina de tecido conjuntivo) - Células Foliculoestrelares – Pouco encontradas e não possuem funções bem definidas. | – Cordões celulares C – Capilares Sanguíneos - Células cromófilas (bem coradas – podem ser acidófilas ou basófilas) Cordões celulares da Porção Distal – Dois bem delimitados na imagem Células amarelas – Acidófilas Células azuis – Basófilas Ambas são as células cromófilas (mais visíveis que as cromófobas). As células secretoras da Adeno-hipófise são: - Cromófilas – Muito coradas Se divide em acidófilas e basófilas - Cromófobas – Pouco coradas 8 Luana Cardoso | Turma: 2B | @med_anato A – Acidófilas B – Basófilas Cp – Capilar sanguíneo fenestrado Exemplos celulares: Somatotrófica Acidófila Mamotrófica (Lactotrófica) Acidófila Gonadotrófica Basófila Tireotrófica Basófila Corticotrófica Basófila Na microscopia utilizada na última lâmina não é possível identificar entre células acidófilas e basófilas qual é a célula especificamente. Somatotrofina – Atua no fígado estimulando a produção de IGF que tem um papel no crescimento. Imagem de microscopia eletrônica de uma célula somatotrófica – Produtora de GH A célula possui grande quantidade de complexo de Golgi e grânulos de secreção que estão armazenando hormônio GH. Mitocôndria bem alongada – Alta taxa metabólica de produção de energia. Pars Tuberalis – Cerca o infundíbulo de Neuro- hipófise Pars Intermedia – Cordões e folículos de células francamente basófilas com pequenos grânulos de secreção. Também conhecida como glândula suprarrenal É recoberta por uma cápsula de Tecido Conjuntivo Denso rico em fibras O estroma (região não funcional | Parênquima é a região funcional) desta glândula é preenchida por fibras reticulares (colágeno do tipo 3). Adrenal 9 Luana Cardoso | Turma: 2B | @med_anato A Adrenal apresenta 2 porções (assim como todo órgão maciço): - Uma porção periférica – Córtex (adrenal) - Uma porção central – Medula (adrenal) As duas regiões derivaram de tecidos embriológicos distintos: O córtex se origina do epitélio celomático (mesoderma) A medula se origina da crista neural (neuro- ectoderma que vem do ectoderma) A camada mais superior da imagem representa a camada de Tecido Conjuntivo Denso que reveste a Adrenal. O córtex produz uma classe de hormônios chamada Esteroides e é dividido em 3 regiões distintas: - Zona Glomerulosa (imediatamente ligada à camada de tecido conjuntivo) – Produz uma classe de hormônios denominados mineralocorticoides, dentre eles a Aldosterona - Zona Fasciculada (maior das regiões)– Produz hormônios da classe dos glicocorticoides, dentre eles o Cortisol - Zona Reticular (mais interna e intimamente ligada à medula) – Produz uma classe de hormônios andrógenos, como o DHEAS por exemplo. OBS.: Apesar de serem hormônios andrógenos, as mulheres também expressam estes hormônios (em menor quantidade que nos homens) – Crescimento de pêlos pubianos e axilares. A medula da Adrenal produz uma classe de hormônios chamada de Catecolaminas, sendo eles Epinefrina (Adrenalina) e Noraepinefrina (Noradrenalina). OBS.: Os hormônios esteroides são lipídicos – portanto, as células do córtex tem grandes quantidades de Retículo Endoplasmático Liso bem desenvolvidos. Catecolaminas – São hormônios não lipídicosVascularização – Intensa – Porque a glândula é endócrina e os hormônios sintetizados caem direto na corrente sanguínea. 10 Luana Cardoso | Turma: 2B | @med_anato CÓRTEX É a região periférica da glândula Adrenal É dividida em 3 regiões: Zona glomerulosa, Zona fasciculada e Zona reticular. REL – Retículo Endoplasmático Liso – Desdobramentos da membrana nuclear – Células do córtex tem em abundância – Produção de Lipídeos M - Mitocôndrias – Grandes e arredondadas Lp – Vesículas com lipídeos – Acumulados para serem exocitados no meio extracelular. Zona Glomerulosa Células piramidais ou colunares Cordões celulares tem forma de arco Contato direto com a cápsula da glândula adrenal – TCPD Denso. Zona Fasciculada É a maior camada do córtex, apresenta colunas paralelas de células com capilares sinusóides entre as colunas. Apresenta células poliédricas – Diferente das células piramidais Azul claro – capilares sinusóides entre as colunas. Capilares sinusóides diferente de capilares fenestrados presentes na maioria das glândulas. 11 Luana Cardoso | Turma: 2B | @med_anato Zona Reticular Cordões anastomosados de células com grandes quantidades de grânulos citoplasmáticos com lipofucsina. Zona com células de menor tamanho. Capilares sinusóides em azul claro Hormônios por região Zona Fatores que controlam a secreção Hormônios secretados Zona Glomerulos a Angiotensina 2, Potássio Sérico e ACTH Mineralocorticóid es e Aldosterona Zona Fasciculada ACTH Glicocorticóides e Andrógenos Zona Reticular ACTH, Esteroides circulante e outros Glicocorticóides e Andrógenos A Aldosterona é responsável por estimular a reabsorção de sódio e a secreção de potássio – Atua na porção distal do nefron Quando aumenta a reabsorção de sódio, aumenta a pressão osmótica do sangue, e assim, aumenta o ganho de água por osmose, aumentando assim o volume sanguíneo. Portanto, a aldosterona também consegue estimular a reabsorção de água como consequência da reabsorção de sódio. Andrógenos – Caracteres masculinos Mineralocorticóides – Interferem no metabolismo dos minerais Glicocorticóides – Interferem no metabolismo do carboidrato – Conseguem estimular a gliconeogênese (nova formação de glicose). Também estimulam a síntese proteica hepática, estimula catabolismo proteico extra-hepático, inibe o sistema imunológico (ação imunossupressora e ação antialérgica), tem ação anti-inflamatória, está relacionado com o ciclo circadiano (é um dos indutores do despertar, do estado de vigia) entre outras. Imagem das camadas: NOTAS: 12 Luana Cardoso | Turma: 2B | @med_anato MEDULA É a região central do órgão Possui células poliédricas organizadas em cordões ou aglomerados arredondados, sustentados por fibras reticulares (Colágeno do tipo 3). C – Capilares Imagem histológica representando a glândula e suas camadas Veia Adenomedular central É a maior glândula endócrina do organismo. Se localiza na região anterior do pescoço (Cartilagem Tireoide da Laringe). – É palpável ao exame físico, principalmente quando o paciente deglute. Na palpação da tireoide é possível identificar se o paciente tem algum nódulo por exemplo Tireoide 13 Luana Cardoso | Turma: 2B | @med_anato Apresenta 2 lobos e um istmo. Tem origem do endoderma da porção cefálica do tubo digestivo. Essa glândula é revestida por uma cápsula de Tecido Conjuntivo Frouxo (Poucas fibras e muitas células – Fibroblastos). A Tireoide é o principal exemplo de glândula folicular do corpo. Folículo – Contém uma estrutura gelatinosa chamada de colóide. As “>” representam os folículos O colóide é a parte corada em rosa dentro do folículo A Tireoide e a Paratireoide são duas estruturas histologicamente diferentes. Folículos tireoidianos – Inúmeros Dentro dos folículos – Colóides, formados principalmente por tireoglobulina (proteína fundamental no processo de formação dos hormônios T3 (Triiodotironina) e T4 (Tetraiodotironina ou Tiroxina). Tireoglobulina – Formada por uma sequência de vários aminoácidos de tirosina (80%) 14 Luana Cardoso | Turma: 2B | @med_anato Folículos tireoidianos preenchidos com colóide – Folículos são revestidos por um epitélio simples, mas a forma da célula varia entre planas, cúbicas e cilíndricas – Não existe um padrão bem definido. F – Folículos tireoidianos com seu epitélio simples e seu colóide repleto de tireoglobulina. T3 e T4 – Regular o metabolismo Excesso destes hormônios – Hipertireoidismo Escassez destes hormônios – Hipotireoidismo O Hipotireoidismo pode ser causado por um câncer de tireoide (Adenoma tireoidiano) ou uma doença autoimune (Tireoidite de Hashimoto) ou falta de iodo na alimentação. O Hipertireoidismo pode ser causado por uma doença autoimune que leva ao excesso de produção de T3 e T4 – Doença de Graves – Exoftalmia. O funcionamento da tireoide pode ser analisado através das lâminas histológicas. – Pode-se avaliar o folículo que é hiperativo ou hipoativo. Folículo Hipoativo Folículo Hipoativo Muito coloide Pouco coloide Epitélio Pavimentoso (Plano) ou Cúbico simples Epitélio Cilíndrico Simples Por que o folículo apresenta muito colóide quando é hipoativo? No colóide estão presentes as tireoglobulinas, e à partir delas a tireoide forma T3 e T4. Se há uma baixa atividade é porque a tireoglobulina não está sendo usada para fabricar os hormônios, fazendo com que o colóide se acumule dentro dos folículos. Por que o Epitélio é Simples Plano ou Cúbico na Folículo Hipoativo? Porque o volume citoplasmático da célula está diretamente relacionado e vinculado ao metabolismo da célula. Se eu tenho um pouco volume citoplasmático, é porque o metabolismo celular é baixo. Por que há pouco colóide nos folículos hiperativos? Porque a tireoglobulina está sendo muito utilizada para a produção dos hormônios T3 e T4. Por que o epitélio é Cilíndrico Simples no Folículo Hiperativo? Porque o volume citoplasmático desta célula é alto, e portanto, a célula apresenta uma alta taxa metabólica. O epitélio simples que forma os folículos é formado por células denominadas Tireócitos ou Células foliculares, e são as células que sintetizam T3 e T4. Os folículos maiores, com mais quantidade de colóide são os hipoativos e os menores com menos colóide são os folículos hipoativos. Não são apenas os Tireocitos que estão presentes na Tireoide. PF – Células Parafoliculares ou Células C – Produzem um hormônio chamado Calcitonina que regula a calcemia (níveis de cálcio no sangue) juntamente com o Paratormônio. 15 Luana Cardoso | Turma: 2B | @med_anato Estas células se localizam geralmente entre os folículos tireoidianos – Mas nem sempre. Círculo preto – Célula parafolicular O citoplasma da célula parafolicular é mais hipocorado que das células foliculares. Quando ocorre uma hipercalcemia (aumento dos níveis de cálcio no sangue), a mesma estimula as células parafoliculares da tireoide e esta célula responde produzindo e liberando a calcitonina, que induzirá a diminuição do cálcio no sangue (Ação hipocalcemiante). Microscopia eletrônica da célula parafolicular: Grande quantidade de RER e de Complexo de Golgi + Quantidademoderada de grânulos de secreção repletos de calcitonina. As paratireoides (são 4 no total) – Vista posterior. 2 superiores e 2 inferiores Localiza-se na parte posterior da tireoide. São envolvidas por uma cápsula de tecido conjuntivo. Histologicamente a paratireoide é diferente da tireoide, apesar de estarem próximas. Enquanto a tireoide é uma glândula folicular, a paratireoide é uma glândula cordonal. Paratireoide 16 Luana Cardoso | Turma: 2B | @med_anato Com mais aumento, é possível visualizar a cápsula de Tecido Conjuntivo que recobre a paratireoide. Com ainda mais aumento, é possível visualizar os cordões celulares representados pelos “|” As células que podemos encontrar na paratireoide são: Células Principais Células Oxifílicas Poligonais Poligonais Núcleo Vesicular Maiores Citoplasma levemente acidófilo Mais claras Mais abundantes Menos encontradas Síntese de PTH (Paratormônio) Função indefinida Quando ocorre a hipocalcemia (redução do cálcio sanguíneo), a célula principal reconhece este estímulo e responde por meio da síntese e secreção de PTH, que faz com que os níveis de cálcio no sangue aumente (Ação hipercalcemiante). – Antagônico à Calcitonina. 17 Luana Cardoso | Turma: 2B | @med_anato Glândula pineal ou Epífise. Se localiza no encéfalo É revestida pela pia-máter (meninge mais interna) – Camada de Tecido Conjuntivo. Apresenta basicamente 2 tipos celulares: Pinealócitos Astrócitos Citoplasma levemente basófilo Bem coradas Núcleos irregulares ou lobados com nucléolo muito evidente Núcleos alongados 95% 5% - Se localizam entre os pinealócitos A maioria destas células são os pinealócitos Do lado esquerdo é possível visualizar a camada pia-máter. Os pinealócitos são responsáveis pela produção de melatonina – Hormônio responsável por regular o ciclo circadiano. O cortisol é estimulado pela luz, e a melatonina é estimulada pelo escuro. Portanto, a noite ou em ambientes com pouca luz – Estímulo à produção de melatonina, que é um dos hormônios que possui a função de induzir o estado de sono. Quando amanhece o dia, ou quando estamos em ambientes mais claros – Inibe a produção de melatonina pelos pinealócitos e aumenta a produção de cortisol, que aumenta o estado de vigília. Pineal
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