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E-book licenciado para antonia Santos antonia.ssantos@gmail.com CPF: 73775738304 TODOS OS MATERIAIS DA COLEÇÃO PRATICAR A ARTE POSSUEM SEUS DADOS PESSOAIS NO RODAPÉ PARA EVITAR COMPARTILHAMENTO DE ARQUIVOS. ESSA MEDIDA SE FAZ NECESSÁRIA EM RESPEITO A VOCÊ, PROFESSOR E PROFESSORA DE ARTE, QUE INVESTE EM MATERIAIS PARA TORNAR SUAS AULAS MAIS PRODUTIVAS. NÃO ENVIEM OU COMPARTILHEM TAIS MATERIAIS PARA NINGUÉM, POIS SEUS DADOS (NOME, E-MAIL E CPF) TAMBÉM SERÃO DIVULGADOS. ÍNDICE DAS ATIVIDADES – APOSTILA PRATICAR A ARTE – VOLUME 11 – ATIVIDADES DIVERSAS. [Praticar a Arte – Volume 11 - Professor Fabrício Secchin]. Nº Título da atividade Nº Título da atividade Nº Título da atividade 01 CRIANDO UM MATISSE: JOGO COM DADOS. 41 CONHECENDO A RENDA DE BILRO. 81 APLICAÇÃO DA TÉCNICA DA AQUARELA: LÁPIS DE COR AQUARELÁVEL. 02 EXERCÍCIO DE CORDENAÇÃO MOTORA: DESENVOLVIMENTO DO GESTO. 42 TRABALHO DE PESQUISA: MÚSICOS BRASILEIROS. 82 ELZBIETA WODALA E SUA ARTE EM FLORES SECAS. 03 COMPLETANDO O DESENHO: LINHAS E FORMAS. 43 A ARTE E O CORPO: O RETRATO COMO FORMA DE EXPRESSÃO. 83 O CORPO COMO ARTE: REFLEXÕES SOBRE BELEZA. 04 CRIAÇÃO DE DESENHO COM FORMAS. 44 PABLO PICASSO COMO INSPIRAÇÃO: A PESSOA QUE EU AMO. 84 EXERCÍCIO DE INTERPRETAÇÃO DE IMAGENS. 05 DESENHO DE CONTINUAÇÃO COM LINHAS E FORMAS. 45 O AUTORRETRATO: ANÁLISE DE OBRA E INTERPRETAÇÃO. 85 PRÁTICA DE DESENHO DE OBSERVAÇÃO: FLORES E CORES. 06 EXERCÍCIO PRÁTICO COM APLICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA. 46 A ESCULTURA: CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. 86 CONTRUINDO UMA COMPOSIÇÃO ABSTRATA. 07 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA: CRIAÇÃO DE ROSÁCEA. 47 ARTE E COTIDIANO: A FAMÍLIA NA ARTE. 87 CRIANDO UM ROSTO CUBISTA - PICASSO: JOGO COM DADOS. 08 EXERCÍCIO PRÁTICO SOBRE OP ARTE. 48 O LAZER NA ARTE: INTERPRETAÇÃO DE IMAGEM E PRÁTICA DE DESENHO. 88 DESENHANDO COMO KANDINKSKY: JOGO COM DADOS. 09 PESQUISA SOBRE A ORIGEM DO CARNAVAL. 49 O PONTO NAS OBRAS IMPRESSIONISTAS. 89 CRIAÇÃO DE PADRÃO COM O USO DE LINHAS E CORES. 10 DESCONSTRUÇÃO DA IMAGEM: UMA OBRA CUBISTA OU SURREALISTA. 50 GEOMETRIA E ARTE: FIGURAS GEOMÉTRICAS ESPACIAIS. 90 DESENHANDO OS GIRASSÓIS DE VAN GOGH: JOGO COM DADOS. 11 CONHECENDO O ARTISTA: CÂNDIDO PORTINARI. 51 GEOMETRIA E ARTE: FIGURAS GEOMÉTRICAS PLANAS – PARTE 1/2. 91 ATIVIDADE DE APLICAÇÃO DE COR E CRIAÇAÕ DE POEMA. 12 APLICAÇÃO DE COR E CRIAÇÃO DE PAVIMENTO GEOMÉTRICO. 52 GEOMETRIA E ARTE: FIGURAS GEOMÉTRICAS PLANAS – PARTE 2/2. 92 EXERCÍCIO DE PRÁTICA DE SFUMATTO RENASCENTISTA – LUZ E SOMBRA. 13 JOGO DAS LINHAS: AULA DINÂMICA SOBRE OS TIPOS DE LINHAS. 53 OS MOSAICOS. 93 CONHECENDO E EXPERIMENTANDO A TINTA NANQUIM. 14 DESCOBRINDO A MÚSICA: ILUSTRAÇÃO DA LETRA. 54 ESTUDANDO A SIMETRIA. 94 APLICANDO LINHAS E CORES: BORBOLETA. 15 DESENHO DIRIGIDO: LENDO A HISTÓRIA E PRODUZINDO ARTE. 55 LEITURA E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL: “O QUE É A ARTE?”. 95 FAZENDO A VIDA MAIS COLORIDA: APLICAÇÃO DE CORES. 16 ATIVIDADE PRÁTICA DE APLICAÇÃO DE GUACHE. 56 LEITURA E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL: “A CRIATIVIDADE”. 96 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO DE COR I: CARROÇA NO JARDIM. 17 A CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS: PADRÕES GEOMÉTRICOS. 57 PONTOS, LINHAS, FORMAS E CORES. 97 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO DE COR II: CASA COM RODA D´ÁGUA. 18 EXERCÍCIO DE DESENHO DE OBSERVAÇÃO: CARPA. 58 ATIVIDADE INTERPRETATIVA SOBRE O FILME: “O HOMEM DAS CAVERNAS”. 98 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO DE COR III: CASA COM MOINHO. 19 EXERCÍCIO SOBRE HIERÓGLIFOS EGÍPCIOS. 59 TEORIA DA COR: COR LUZ: TEORIA E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. 99 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO DE COR IV: BOSQUE. 20 EXERCÍCIO PRÁTICO DE DESENHO COM LÁPIS. 60 CONHECENDO AS LINGUAGENS VISUAIS: A IMAGEM DO DESENHO. 100 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO DE COR V: FAZENDEIROS. 21 EXERCÍCIO PRÁTICO DE DESENHO COM CARVÃO. 61 ANÁLISE DA OBRA: “O NASCIMENTO DE VÊNUS”, DE SANDRO BOTTICELLI. 22 EXERCÍCIO PRÁTICO DE APLICAÇÃO DE COR COM LÁPIS DE COR. 62 AS PAISAGENS BRASILEIRAS NA ARTE. 23 PRODUZINDO UM FÓSSIL COM GESSO. 63 OS IMPRESSIONISTAS E SUA PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA. 24 CONHECENDO E CONSTRUINDO UMA PIRÂMIDE EGÍPCIA. 64 EXERCÍCIO DE DESENVOLVIMENTO ARTÍSTICO: ÁRVORES EM LH E PF. 25 CONHECENDO OS “GRIOTS” – CONTADORES DE HISTÓRIA DA ÁFRICA. 65 EXERCÍCIO DE DESENVOLVIMENTO ARTÍSTICO: PÁSSAROS E PROPORÇÃO. 26 AS INFLUÊNCIAS AFRICANAS: A LÍNGUA AFRO-BRASILEIRA. 66 EXERCÍCIO DE DESENVOLVIMENTO ARTÍSTICO: CAVALO E GEOMETRIZAÇÃO. 27 CRIAÇÃO DO PAINEL: A CAPOEIRA AFRICANA. 67 EXERCÍCIO DE DESENVOLVIMENTO ARTÍSTICO: DESENHO ORIENTADO. 28 CONHECENDO O ADINKRA: MENSAGEM NO TECIDO AFRICANO. 68 APLICANDO TEXTURAS NO DESENHO. 29 OS INSTRUMENTOS MUSICAIS AFRICANOS – ÁLBUM DE FIGURINHAS. 69 PRIMEIRO E SEGUNDO PLANOS NA ARTE. 30 EXERCÍCIO PRÁTICO DE DESENHO DE ROSTO. 70 AMPLIAÇÃO E REDUÇÃO: TÉCNICAS DE DESENHO. 31 CONHECENDO A ARTISTA: GOYA LOPES E SUAS ESTAMPAS AFRICANAS. 71 PINTURA COM MANCHAS. 32 TÉCNICAS DE MODELAGEM EM ARGILA. 72 TANGRAM CIRCULAR: CONCEITO E EXPERIMENTAÇÃO. 33 CRIANDO UMA OBRA SURREALISTA: JUNTANDO AS COISAS. 73 TRABALHANDO A RELEITURA DE OBRAS DE ARTE. 34 ANALISANDO A OBRA: “AS RESPIGADORAS”, DE JEAN-FRANÇOIS MILLET. 74 CRIANDO UMA COLAGEM INPISRADA EM HENRI ROUSSEAU. 35 CONHECENDO A OBRA: “HUMANAE – WORK IN PROGRESS”, DE ANGÉLICA DASS. 75 CONHECENDO E CRIANDO: BONECAS ABAYOMI. 36 O RETRATO: EXERCÍCIO SOBRE ENQUADRAMENTO. 76 ARTE E A NATUREZA: ANÁLISE DE OBRAS. PARTE 1/2. 37 CONSTRUINDO UM MAMULENGO. 77 ARTE E A NATUREZA: ANÁLISE DE OBRAS. PARTE 2/2. 38 A NATUREZA-MORTA. 78 DESENVOLVIMENTO DE DESENHO ATRAVÉS DA OBSERVAÇÃO. 39 A NATUREZA COMO INSPIRAÇÃO. 79 IDENTIFICANDO A PALETA DE CORES. 40 O TRABALHO REPRESENTADO NA ARTE. 80 A EXPEDIÇÃO DE LANGSDORFF: ARTISTAS VIAJANTES NO BRASIL. 01 – CRIANDO UM MATISSE: JOGO COM DADOS. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Praticar a arte 1: Recorte e monte o dado a seguir para você brincar com seus colegas em sala de aula: Praticar a arte 2: Ao jogar o dado, observe qual face parou. Cada participante jogará 5 vezes, alternadamente com os colegas, um de cada vez. Primeira rodada: Na primeira rodada você descobrirá como será o primeiro fundo da sua obra de arte. Observe os modelos apresentados e desenhe, recorte ou pinte o fundo para ser a base da sua obra. Escolha as cores que desejar. Segunda rodada: Você agora descobrirá qual será o seu segundo fundo. Ao girar o dado e saber qual será. Desenhe, recorte ou pinte o formato apresentado. Junte os dois fundos escolhidos pelos dados. Combine-os e escolha as cores que desejar. Terceira rodada: Nessa rodada você descobrirá qual será a forma humana que você criará para compor sua obra de arte. Desenhe, recorte ou pinte a forma escolhida pelo dado e aplique-a com as cores e o tamanho que desejar. Quarta rodada: Agora, nessa rodada, você descobrirá qual será a forma natural que você aplicará em sua composição abstrata inspirada em Henri Matisse. Desenhe, recorte ou cole a forma escolhida nas cores e tamanhos que desejar. Você pode reproduzir quantas vezes quiser qualquer forma escolhida. Quinta rodada: Nessa rodada você escolherá a forma abstrata para dar o toque final à sua obra prima. Jogue o dado e descubra qual será. Desenhe, recorte ou cole a forma escolhida nas cores e tamanhos que desejar. Você pode reproduzir quantas vezes quiser qualquer forma escolhida durante o jogo. 02 – EXERCÍCIO DE CORDENAÇÃO MOTORA: DESENVOLVIMENTO DO GESTO. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Praticar a arte 1: Observe os diferentes tipos de linhas apresentados e suas composições, formas, direções e calibres. Repita o gesto das linhas para você desenvolver seu gesto artístico e estimular a sua criatividade. Enquanto você desenha os padrões pense em algo que pode ser desenhado utilizando essas linhas. Praticar a arte 2: Depois de praticar o desenho das linhas, escolha algumas delas para você desenhar.Faça um desenho livre utilizando o maior número de linhas possível. Marque com um X as linhas que você usou. Aplique as cores que desejar e preencha a ficha técnica da sua obra. 03 – COMPLETANDO O DESENHO: LINHAS E FORMAS. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Praticar a arte: Observe as linhas a seguir. A partir delas, crie desenhos que combinem com essas linhas. Acrescente o maior número de detalhes que sua criatividade permita. Aplique as cores que desejar. Depois, no espaço ao lado, produza uma rima ou um poema, ou apenas conte uma pequena história com as figuras criadas. 04 – CRIAÇÃO DE DESENHO COM FORMAS. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Praticar a arte: Observe as formas geométricas apresentadas. Cada uma delas possui uma quantidade de lados (segmento de retas). Escreva em cada uma delas quantos lados elas tem. Depois, una todas as formas em um só desenho. Aplique as cores que desejar e preencha a ficha técnica da sua obra. 05 – DESENHO DE CONTINUAÇÃO COM LINHAS E FORMAS. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Praticar a arte: Observe o que está desenhado, veja quais linhas e formas constituiriam o que será desenhado e, a partir daí, comece a esboçar seu desenho. Vá completando até que ele fique pronto. Aplique em seu desenho as cores que desejar. 06 – EXERCÍCIO PRÁTICO COM APLICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Trata-se de conjuntos de pontos definidos a partir de um ponto fixo (centro) e uma distância (raio). Circunferências são figuras geométricas planas geralmente representadas por figuras “perfeitamente redondas”, mas a representação geométrica nada mais é do que a representação de uma fórmula algébrica. Todas as figuras geométricas são definidas com base em pontos. Os pontos são objetos que não possuem definição alguma, não possuem dimensão, mas representam localizações na Geometria Analítica. A reta, por sua vez, é uma figura geométrica representada por uma linha reta e infinita. Contudo, sua definição é dada apenas como conjunto de pontos. De modo parecido, circunferências são também definidas com base em conjuntos de pontos e suas representações geométricas baseiam-se nessas definições. A definição de circunferência é a seguinte: Circunferência é uma figura geométrica pertencente ao plano que é constituída pelo conjunto de todos os pontos igualmente distantes de um ponto fixo desse plano. Em outras palavras, dado o ponto fixo O, um ponto A, pertencente à circunferência C, possui a mesma distância até O que um ponto B, também pertencente à circunferência C, independentemente de quais sejam os pontos A e B. Essa distância do ponto A até o ponto O (ou do ponto B até o ponto O) é chamada de raio da circunferência e é indicada pela letra r. Já o ponto O é o ponto fixo mencionado na definição acima e é conhecido como centro da circunferência. Qualquer segmento de reta que ligue dois pontos pertencentes a uma circunferência é conhecido como corda. O segmento que ligar dois pontos pertencentes à circunferência e ainda possuir o centro dela será chamado de diâmetro. Em outras palavras, diâmetro é uma corda que “passa” pelo centro da circunferência. Com relação às propriedades, observam-se inicialmente duas em relação aos diâmetros: seu comprimento é igual a duas vezes o raio e não existe corda maior que um diâmetro em uma mesma circunferência. Dessa maneira, sendo r o raio e d o diâmetro, podemos escrever a seguinte relação entre o raio e o diâmetro de uma circunferência: d = 2r Os círculos têm o interior preenchido, e as circunferências são apenas os contornos dos círculos. Praticar a arte 1: Desenhe com o auxílio de um compasso ou de alguma outra ferramenta alternativa uma circunferência e um círculo. Escreva a legenda abaixo de cada item. 07 – EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA: CRIAÇÃO DE ROSÁCEA. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Praticar a arte: Vamos desenhar uma rosácea de seis pétalas a partir de circunferências. Para isso, acompanhe os passos a seguir: No espaço ao lado e com um compasso, trace uma circunferência. Com a ponta-seca do compasso em um ponto qualquer da circunferência, mantenha a mesma abertura do compasso e trace uma nova circunferência. Mantenha a mesma abertura do compasso e, com a ponta-seca na intersecção das duas circunferências anteriores, trace uma nova circunferência. Repita o terceiro passo até obter seis circunferências em torno da circunferência inicial. Observe que a circunferência inicial foi dividida em seis partes congruentes, dando origem a um hexágono regular. Depois de construir a rosácea, você pode pintá-la do jeito que preferir. 08 – EXERCÍCIO PRÁTICO SOBRE OP ARTE. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] O termo Op Art é uma abreviação da expressão em inglês “Optical Art” e significa "Arte Ótica" - uma forma de arte que explora determinados fenômenos óticos com a finalidade de criar obras que pareçam vibrar ou cintilar. Contudo, diferentemente da arte cinética, a obra efetivamente não se movimenta e, por vezes, é o observador quem deve se deslocar, ou movimentar os olhos, para ter essa impressão sobre a obra, nascida da ilusão de ótica. Observe: Os artistas do movimento Op Art defendiam a idéia de que a arte deveria ter "menos expressão e mais visualização". Ainda segundo eles, apesar do rigor com que é construída, a obra simboliza um mundo mutável e instável, que não se mantém nunca o mesmo. Os trabalhos de Op Art são, em geral, abstratos concretos, e muitas das peças mais conhecidas usam apenas o preto e o branco. Quando são observados, dão a impressão de movimento, clarões ou vibração, ou por vezes parecem inchar ou deformar-se. Na Op Art as figuras são colocadas de maneira a causar no observador uma sensação de movimento: Praticar a arte: Com o auxílio do compasso, construa as outras três partes do desenho a seguir e preencha os espaços alternados utilizando a cor preta ou outra cor que desejar. Observe o esquema ao lado para você se orientar. Fixe a ponta seca do compasso no centro do desenho e regule o ângulo para que você continue o desenho da circunferência. Risque o círculo e, com o auxílio da régua, trace as linhas retas para dar continuidade à composição. Você também pode aplicar mais de uma cor para tornar sua obra de ilusão ótica mais criativa. 09 – PESQUISA SOBRE A ORIGEM DO CARNAVAL. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] A ORIGEM DO CARNAVAL Todo brasileiro sabe o que é o Carnaval, mas nem todo mundo sabe o origem dessa festa. Essa é a grande festa popular brasileira. De norte a sul, de leste a oeste, o país inteiro brinca e pula durante o Carnaval. São quatro dias e quatro noites de muita folia. Quem pensa que essa festa tão afinada com o nosso povo é invenção de brasileiro está muito enganado. De origem grega, o Carnaval foi trazido da Europa pelos portugueses. No início, tinha o nome de “entrudo”. Brincar o entrudo era enfrentar uma verdadeira batalha, em que os participantes atiravam uns nos outros, bolas de cera cheias de água perfumada. Essas bolas eram chamadas de limão-de-cheiro, e, quando estouravam, deixavam no ar um perfume de cravo, canela, rosa etc. Mais tarde, por ter sido considerado uma brincadeira exagerada, o entrudo foi substituído pelos bailes de máscaras, organizadospelos homens mais ricos da cidade. Os convidados, fantasiados e mascarados, dançavam e cantavam nos salões. Porém, mesmo depois de tanto tempo, o entrudo ainda existem até hoje. Praticar a arte – Leitura e interpretação de imagem: Observe a imagem a seguir para responder em seu caderno de arte às questões interpretativas: 6. Como as pessoas comemoram essa festa nos dias atuais? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ___________________________________________________________ 7. Conte um pouco como você comemora os quatro dias de carnaval: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ___________________________________________________________ 8. As marchinhas animam o carnaval e fazem parte da tradição carnavalesca no Brasil. Leis e ouça a marchinha a seguir. Depois, faça um desenho inspirado nela e nessa grande festa popular brasileira. Ó Abre Alas Marchinhas de Carnaval Ó abre alas Que eu quero passar Ó abre alas Que eu quero passar Eu sou da Lira Não posso negar Eu sou da Lira Não posso negar Ó abre alas Que eu quero passar Ó abre alas Que eu quero passar Rosa de Ouro É que vai ganhar Rosa de Ouro É que vai ganhar Composição: Chiquinha Gonzaga 1. Descreva o que as pessoas estão fazendo na imagem? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ___________________________________________________________ 2. O que e como as pessoas estão comemorando? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ___________________________________________________________ 3. O que havia dentro dessas “bolinhas” que as pessoas estão jogando umas nas outras? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ___________________________________________________________ 4. Como eram chamadas essas “bolinhas” que eles usavam para comemorar? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ___________________________________________________________ 5. Você acha que essa é uma brincadeira legal? Por quê? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ___________________________________________________________ 10 – DESCONSTRUÇÃO DA IMAGEM: UMA OBRA CUBISTA OU SURREALISTA. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Cubismo, Surrealismo e a Colagem: Apesar de ser uma ótima maneira artística de organizar o disperso e fragmentado mundo contemporâneo, a colagem é uma técnica bem antiga, que remonta ao século XII. É desse período que datam os primeiros registros de usos da técnica por japoneses e europeus, distantes além mar. No Japão, calígrafos japoneses faziam poemas manuscritos colando papel e tecido, no Império Bizantino, a continuação do Império Romano, mosaicos usam a técnica da colagem era feitos para decoração. As possibilidades desse tipo de trabalho são inúmeras, mas há dois elementos que são essenciais: a fragmentação e, depois, a junção desses fragmentos. Por essência, a colagem é um processo de criação que envolve o uso de cola e papel e busca reunir imagens de modo que a gente não perceba como elas foram unidas. Na história da arte, há registros da colagem a partir do cubismo, no início do século XIX. Neste momento, a arte passava por uma forte transformação no modo de pensar e ler o mundo, o que desencadeou uma série de movimentos artísticos, com o próprio cubismo, o dadaísmo, o futurismo e o surrealismo. Todos viam na colagem uma possibilidade de confrontar a arte tradicional, que até aquele momento seguia o naturalismo, sendo mais fiel à reprodução da realidade. Com o cubismo, os elementos da colagem passaram a dividir lugar com o desenho e a pintura na composição das obras de arte. Foram os trabalhos dos artistas cubistas Pablo Picasso e Georges Braque que marcaram o início da produção de colagens utilizando recortes de jornais na pintura. Mas foi só a partir do surrealismo que a colagem passou a ser reconhecida como uma nova linguagem, graças às novas relações entre imagens que propunha. A partir daí, pinturas começam a ser produzidas com forte influência da colagem. Praticar a arte: A partir de uma imagem de um rosto qualquer que você escolher e recortar de revistas e jornais produza uma fragmentação da imagem conforme mostra os modelos a seguir. 11 – CONHECENDO O ARTISTA: CÂNDIDO PORTINARI. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] As pinturas de Cândido Portinari retratam cenas e personagens bem brasileiros de sua época: meninos soltando pipas, jogando futebol ou brincando com pião, trabalhadores do campo, operários e festas populares. Portinari também pintou retratos de personalidades brasileiras importantes, como os escritores Vinícius de Moraes, Monteiro Lobato e Mário de Andrade. Além de pintar quadros, o artista fez diversos murais em prédios públicos e privados. Seu trabalho foi mostrado por todo o Brasil e no mundo, como o grande painel chamado “Guerra e Paz”, que desde 1956 foi pendurado na sede da ONU, em Nova York. Praticar a arte 1 – Observação da obra de arte: Entenda uma das mais importantes obras de Cândido Portinari e da pintura brasileira: o Lavrador de Café, de 1934. O quadro pintado em 1934 por Portinari tornou-se uma de suas mais famosas obras. Nele, temos um trabalhador negro - típico das fazendas de café do século vinte, com uma enxada nas mãos e plantações ao fundo. Na pintura, o modelo aparece com os braços e pés maiores que o resto do corpo, o que demonstra a aproximação de Portinari com o expressionismo. Essa deformação das figuras era traço marcante do pintor, representava a sua necessidade de valorizar o trabalhador brasileiro e, ao mesmo tempo, demonstrar a figura dramática e comovente do negro, marcado pelo sofrimento do trabalho duro nas fazendas. Ao lado do lavrador, no quadro, temos uma árvore decepada, símbolo do desmatamento que já começara naquela época, extinção da fauna e flora brasileira, da qual Portinari sempre foi admirador dando a ela, inclusive, espaços em suas mais variadas obras. Ao fundo temos os pés de café, que já estão indo em direção ao local de escoamento, encontrando-se também com os montes de grãos também ao fundo, o que denota a superprodução da época, neste sentido, o olhar do lavrador parece ser também expressivo, como quem compreende o desmatamento, a exploração e devastação da flora. Outra figura que na obra não passa despercebida é o trem que cruza a lavoura de café, sabe-se que, na época, o trem era o meio de transporta utilizado para exportação do café para diversos países, ademais a figura reforça a valorização do trabalhador rural, que sustenta não somente o país como o mundo por meio da exportação já presente na época. Praticar a arte 2: Reparou no tamanho do pé desse lavrador de café? Aproveite o modelo do pé a seguir e, no seu caderno de arte,desenhe você também uma pessoa com o pé maior que o normal. Repare que quanto menor você fizer o desenho da pessoa, maior parecerá o tamanho do pé. 12 – APLICAÇÃO DE COR E CRIAÇÃO DE PAVIMENTO GEOMÉTRICO. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] PAVIMENTAÇÃO DO PLANO A história da pavimentação do plano, ou ladrilhamento, é mais antiga que a dos mosaicos, já que desde 4.000 a.C. os antigos egípcios utilizavam ladrilhos na decoração de templos e das grandes pirâmides, enquanto outras civilizações antigas, também, utilizaram ladrilhos em templos e castelos. Muitas dessas construções são admiradas pela humanidade como obras de arte, até hoje. No entanto, o estudo das propriedades matemáticas das pavimentações por polígonos é recente e muitas partes deste tema permanecem ainda por explorar. O astrônomo Joannes Kepler (1571-1630) parece ter sido o pioneiro no estudo da geometria das pavimentações. A partir dos trabalhos de Platão e Arquimedes, Kepler apresenta uma classificação das pavimentações usando polígonos, na qual prova a existência de onze tipos de pavimentação. Mas o que é uma pavimentação do plano? Na Matemática, dizemos que um conjunto de polígonos é uma pavimentação do plano (ou ladrilhamento) se, e somente se, os polígonos do conjunto cobrem sem cruzamentos um plano. Cobrir, nessa definição, significa que todo ponto do plano pertence a pelo menos um polígono do conjunto. Sem cruzamentos significa que a interseção de dois polígonos quaisquer tem área nula. ● Os vértices dos polígonos são chamados de nós da pavimentação. ● Os segmentos de retas que têm por extremos dois nós consecutivos de um mesmo lado de polígono são chamados de arestas. ● Os polígonos utilizados em uma pavimentação são chamados de ladrilhos. Praticar a arte: Observe os ladrilhamentos geométricos apresentados. Aplique as cores que desejar para completar a pavimentação. Depois, em seu caderno de arte e com o uso do papel milimetrado, construa uma pavimentação do plano usando umas das opções dos polígonos a seguir: 13 – JOGO DAS LINHAS: AULA DINÂMICA SOBRE OS TIPOS DE LINHAS. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Praticar a arte 1 – Loteria da linha: Marque no seu cartão da loteria as opções corretas dos diferentes tipos de linhas e depois some os pontos obtidos para sabermos quem ganhou. Praticar a arte 2 – Desenhando com os diferentes tipos de linhas: Depois de ter marcado e contado os pontos na sua loteria das linhas, escolha alguns dos diferentes tipos apresentados e produza um desenho com tema livre. Aplique as cores que desejar. Preencha a ficha técnica do seu desenho. 14 – DESCOBRINDO A MÚSICA: ILUSTRAÇÃO DA LETRA. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Praticar a arte 1 – Descobrindo a música: Escreva um trecho de uma música utilizando cada uma das palavras a seguir: Praticar a arte 2 – Ilustrando a música: Agora, escolha uma das músicas que você adivinhou e faça um desenho para ilustrar a parte que você escreveu. Aplique as cores que desejar e preencha a ficha técnica da sua produção artística. Palavra Trecho da música Amor Sonhar Coração Nunca Sempre Dançar Chuva Sol Feliz Comigo Vida Não Quero Triste Mar Olhar Saudade Felicidade Amigo Você Lua Beijo Pensamento Chorar 15 – DESENHO DIRIGIDO: LENDO A HISTÓRIA E PRODUZINDO ARTE. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Praticar a arte: Desenhe a bruxa da história, de acordo com a leitura. Não se esqueça de colorir para seu desenho ficar caprichado. A BRUXA ESQUISITA Vamos começar a desenhar, Uma bruxa de arrepiar. A bruxa deve ser bizarra, E quadrada deve ser sua cara. Comprido e vermelho é seu cabelo, Sempre embaraçado parece um novelo. Vamos desenhar o seu rosto, E colocar o nariz no pescoço. Para ver, olhos precisa ter, Um olho azul na testa vou meter. O outro olho será um triângulo, E a verruga é como um losango. A boca, tão pequenina e nua, É redonda como uma lua. A bruxa está quase desenhada, Mas a imaginação ainda não terminou. Vamos fazer um corpo, E ver como a bruxa ficou: Tem corpo todo peludo, Parece mesmo um macaco. Agora me diz onde colocaria, Três mãos e três verdes unhas. Para terminar vamos desenhar dois bonés, Um cada um dos pés. E a nossa bruxa está pronta, É igual a uma velha tonta. 16 – ATIVIDADE PRÁTICA DE APLICAÇÃO DE GUACHE. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] O termo “guache” foi originalmente cunhado no século XVIII em França, embora a técnica seja muito mais antiga utilizada frequentemente a inícios do século XVI em Europa. Guache é uma palavra que provem do italiano “GUAZZO” que quer dizer tinta de água. O Guache é um tipo de material semelhante à aquarela, mas com uma consistência mais densa e opaca devido à adição de pigmento branco a mistura, além de goma-arábica como aglutinante. O resultado são cores mais fortes e menos transparentes que as obtidas com as aquarelas. Os pigmentos do guache quando secam, aparecem ligeiramente mais claros do que quando molhados. Este facto pode tornar a combinação das cores numa tarefa difícil. Quando se aplica o material de forma densa, pode existir a tendência a rachar. No entanto esta tendência pode ser atenuada ou eliminada com a aplicação e mistura de certos médios, como por exemplo, o “aquapasto” ou cola branca comum. Embora o guache seja essencialmente uma técnica de pintura, é também usado muitas vezes para desenho e ilustrações ou para trabalhar em conjunto com materiais variados de desenho. Pode diluir-se com água até ter mais ou menos a consistência do azeite. Aplica-se sobre papéis e cartões variados os quais devem ter algum “corpo” (mais grossos) para não enfolarem. Os pincéis adequados para a pintura com guache são os mesmos utilizados para a aquarela (pelos macios). Hoje em dia o termo guache é dado ás pinturas realizadas com este método. Existem habitualmente em tubos e também em pastilha, em qualidade profissional e qualidade estudante. Este material se aplica de forma muito semelhante à aquarela. Utiliza-se água para diluir as cores e torna-las mais líquidas se for necessário. Em relação à aquarela podemos dizer que existe uma vantagem é o fato de existir a cor branca. É possível aplicar diversas camadas sobrepostas, deixando secar sempre antes de aplicar as próximas camadas. E os trabalhos resultantes desta técnica podem atingir uma qualidade surpreendente. Praticar a arte: Na paisagem a seguir, aplique as cores utilizando a tinta guache. Prepare seu material artístico e seu espaço de trabalho com tudo o que vai precisar. Não se esqueça do potinho com água e um pano úmido para manter tudo limpo. 17 – A CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS: PADRÕES GEOMÉTRICOS. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Com a riqueza e diversidade que somos contemplados entre as artes do nosso país, a arte indígena será apresentada nesse artigo em homenagem ao nosso povo chamado de índio por um erro de rota, mas que são na verdade nativos. Para se falar do uso da arte indígena na decoração contemporânea precisamos abordar o sentido de arte para nós índios e não índios. A arte surgiu e foi evoluindo em todas as nações. A arte é uma forma de expressão humana aliando o conhecimento e a técnica desde a arte manual até a arte corporal como o canto e a dança. A arte do não índio é uma arte de contemplação e expressões de sentimentos, diferente da arte indígena que é baseada na utilidade em comunidade,mas que não deixam de lado o rigor e a beleza de seus trabalhos. Os índios não desenvolvem seus utensílios ou suas expressões corporais para serem contemplados por seu valor estético ou sentimental, pois o sentido de arte para eles é a utilidade das peças para a comunidade ou para se posicionar perante a tribo retratando a sua cultura e tradição. A sua arte manual é muito valorizada por outras culturas pela técnica e qualidade que nela é empregada, com formas geométricas perfeitas e cores naturais ou vibrantes. O uso dessa arte na decoração traz uma mistura de sofisticação e valorização da cultura com peças únicas e de significado milenar. Com riqueza de detalhes na arte desenvolvida, encontramos uma variação de acordo com a região, cultura e matéria prima disponível, como os tipos de palhas, madeiras e pigmentos que os diferenciam entre várias tribos. Encontramos a arte do grafismo representado por desenhos abstratos e geométricos com simetria perfeita na decoração de artefatos basicamente de uso comunitário como as cerâmicas, cestos, máscaras para usos em rituais, na pintura corporal e na tecelagem. Tudo é representado por meio do grafismo. Todo esse grafismo traz significados e servem de comunicação na tribo. Cada tribo expressa a sua cultura e particularidades dos seus costumes nos desenhos geométricos desempenhando também um papel espiritual perante os seres da natureza. Praticar a arte 1: Os povos nativos utilizam o barro para confeccionar os utensílios domésticos e culturais. Eles costumam decorar esses objetos com padrões geométricos. Reproduza os padrões indicados em cada jarro. Praticar a arte 2: Seja em pinturas corporais ou na decoração de objetos, o grafismo está sempre presente na cultura dos povos indígenas. Os padrões geométricos são predominantes na pintura dos nativos. Observe os padrões e continue reproduzindo-os. 18 – EXERCÍCIO DE DESENHO DE OBSERVAÇÃO: CARPA. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Praticar a arte – Desenho de observação: Observe atentamente o passo a passo a seguir para você praticá- lo no espaço ao lado. Aplique as cores que desejar. Preencha a ficha técnica do seu desenho. 19 – EXERCÍCIO SOBRE HIERÓGLIFOS EGÍPCIOS. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Os símbolos de escrita no Antigo Egito, também conhecida como escrita hieroglífica, eram tão detalhados e trabalhados para a época, que são estudados até os dias atuais. Assim como nos campos da arquitetura, engenharia e medicina, a forma de escrita e leitura no Antigo Egito era impressionante, principalmente considerando o período histórico. Os hieróglifos podem ser lidos como imagens, símbolos de figuras ou símbolos sonoros. Seu nome significa “escultura sagrada” e eles são divididos em três tipos: Logogramas: Palavras representadas por um único símbolo, tanto no som como no significado. Fonogramas: Representam um som ou uma série de sons. Determinativos: Representam as desinências verbais de palavras. É a forma de transformar, ‘andar’ em ’andando’, por exemplo. Praticar a arte: Diante dos hieróglifos egípcios, escolha os símbolos referentes a cada letra do nosso alfabeto para você escrever uma mensagem no seu caderno de arte. Recorte e cole quantos desejar. 20 – EXERCÍCIO PRÁTICO DE DESENHO COM LÁPIS. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Com certeza você tem em seu material escolar lápis que usa todos os dias. Você sabia que existem lápis duro e lápis macio? O material que existe dentro do lápis chama-se grafite, um tipo de carvão misturado com argila para manter a liga. Quanto mais argila misturada, mais duro o lápis. O lápis que você usa todos os dias provavelmente tem o grafite bastante duro. Existem grafites mais duros e mais macios. Os duros são identificados pela letra H, e os macios, pela letra B. quanto mais alto o número, mais duro ou mais macio é o grafite do lápis. A numeração dos grafites vai de 6H a 6B, o que permite conseguir uma porção de tons de cinza em um desenho. Você pode também conseguir esse efeito pressionando o lápis com mais ou menos força no papel. Experimente primeiro os lápis macios, mas lembre-se que o grafite mais macio pode manchar o trabalho. Tente obter diferentes variações do preto: do cinza claro ao negro. Os lápis com grafite duro também têm seu charme. Com eles você poderá conseguir linhas mais calcadas e nítidas bem como tons de cinza-claro. Eles são muito bons para desenhos realistas ou, em outras palavras, para quem é detalhista. Praticar a arte 1 – Praticando diferentes pressões com lápis: Observe na escala cromática a seguir os diferentes tons produzidos com o lápis. O seu lápis comum, que você usa diariamente, é o HB. A partir da sua observação e aplicando diferente pressão com o seu lápis, preencha conforme o esquema: Praticar a arte 2: Faça um desenho com um lápis solúvel em água e depois passe um pincel molhado por cima. Treine desenhando rapidamente, sem detalhar. Assim poderá perceber e destacar o que é mais importante em todo o conjunto que estiver desenhando. Tente desenhar algo sem olhar para o papel, ou fazer um desenho sem tirar o lápis do papel. 21 – EXERCÍCIO PRÁTICO DE DESENHO COM CARVÃO. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] O homem, com certeza, usa o carvão para desenhar desde quando utilizou o fogo. O carvão de desenho é feito de galhos queimados de árvores de pequeno porte, tipo canela ou macieira. São expostos a altas temperaturas até ficarem uniformemente carbonizados. É um Material barato e expressivo. O carvão é próprio para desenhos grandes. Faça desenhos com a ponta do carvão, como se fosse um lápis, ou com a parte lateral. Você também pode quebra-lo em pedaços menores. Se precisar apagar, use a ponta dos dedos ou uma borracha especial bem mole, chamada de “miolo de pão”. Use também os dedos para esfumaçar o carvão e ir do preto ao cinza. Para conseguir um efeito mais claro, você poderá usar a borracha mole ou combinar o carvão com giz branco. Tente “modelar” o desenho, deixando o carvão ser a sombra da figura e o papel e o giz serem as partes claras. Evite, entretanto, misturar o giz com o carvão, pois o resultado parecerá “sujo”. Para guardar um desenho a carvão você precisará fixa-lo. Para isso será necessário um fixador especial. Coloque o desenho sobre uma folha de jornal. Agite o fixador (verniz) e aplique sobre seu desenho. Você também pode diluir cola branca em água e usar um borrifador. Deixe secar bem. Praticar a arte: Desenhe em papel colorido, papel pardo de embrulho ou em papéis de diferentes espessuras. Você pode desenhar com carvão vegetal ou de churrasco. O carvão é muito bom para fazer retratos. Peça para alguém ficar de modelo. Faça um desenho grande, de preferência de corpo inteiro. Ilumine o modelo com uma lâmpada forte, para melhor distinguir o claro e o sombreado. 22 – EXERCÍCIO PRÁTICO DE APLICAÇÃO DE COR COM LÁPIS DE COR. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Pintar com lápis de cor. Algumas técnicas de aplicação: Pintar com lápis de cor, é também uma forma de arte. Necessitam-se certos conhecimentos e dicas a fim de conseguir bons resultados. Da mesma forma que acontece com todas as técnicas de desenho e pintura. Podemos utilizar o pó do lápis de cor, a ponta afiada ou a ponta plana. Podemos realizar efeitos interessantes com simples tracejados. Também utilizá- los como base na técnica mista que mistura este material com os pastéis. SOMBREADO: Utilizando o lápis lateralmente e com a ponta bem afiada podemos conseguir o efeito de sombreado,que produz não só maiores áreas de cobrimento, mas também o efeito de sombra com maior intensidade da cor num extremo e menor no extremo oposto. TRACEJADO: Pintar com lápis de cor em tracejado, significa pintar utilizando linhas de forma rápida, regular com diferentes espaçamentos. Esta técnica é a principalmente utilizada para a técnica mista de pastel seco, cuidando de fazer pouca pressão com o lápis e unindo mais as linhas entre si. TRACEJADO CRUZADO: Trata-se de linhas tracejadas sobrepostas em diferentes direções. Pode-se utilizar uma cor ou várias cores para criar efeitos de textura. TRACEJADO CIRCULAR: Através da sobreposição de pequenos círculos rapidamente desenhados, obtemos este efeito. Pode ser utilizada uma cor ou várias produzindo ricos efeitos de textura. MARCAS DIRECIONADAS: Traços curtos seguindo uma direção específica, contornos curvos de forma a imitar madeixas de cabelo ou relvado. Mediante a utilização de duas cores densamente sobrepostas podem ser realizados efeitos fantásticos de sombras e ricas texturas. MARCAS DE INCISÃO: Da mesma forma que se realiza com o lápis de grafito, podemos conseguir este efeito com o lápis a cor, sobrepondo duas cores e depois fazendo ligeiras incisões para deixar à vista a cor inferior. Ou fazendo incisões no papel antes da aplicação com o lápis a cor de forma a ficarem linhas á mostra da cor da superfície do papel. BRUNIDURA: São camadas de cores sobrepostas aplicadas densamente e com pressão a fim de encher a textura do papel e produzir uma superfície de aspecto sedoso. A imagem mostra o efeito de brunidura e o efeito de sobreposição de camadas tradicional, para perceber melhor a diferença entre as duas técnicas. Praticar a arte: Use os lápis de cor para desenhar linhas de contorno e linhas paralelas ou cruzadas para criar sombras, faça rabiscos, sobreponha as cores ou desenhe linhas juntas para produzir áreas de cor. 23 – PRODUZINDO UM FÓSSIL COM GESSO. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] O HOMEM SURGIU NA ÁFRICA? Existem diversas teorias acerca do surgimento da humanidade, como o evolucionismo, encabeçado pelo cientista inglês Charles Darwin, que afirma que o homem e todos os seres vivos evoluíram de formas mais simples para as mais complexas e estão em constante transformação, e o criacionismo, que acredita que a vida e tudo a ela relacionada são resultado da ação de um Criador. Os cientistas ainda não conseguem elaborar a árvore genealógica completa dos seres humanos, mas algumas espécies de hominídeos (nossos antepassados) foram estudadas. Entre elas está o Australopithecus, cujos representantes possuíam baixa estatura, andavam sobre os dois pés e tinham os braços compridos. Seus fósseis foram encontrados na África e datam de cerca de quatro milhões de anos, o que leva a crer que teriam originado a espécie humana. O Homo Sapiens, espécie da qual fazemos parte, teria surgido também na África, há cerca de 100 mil anos, e se espalhado pelos outros continentes, adaptando-se aos diferentes ambientes. Segundo o dicionário Aurélio, fóssil é o “vestígio ou resto petrificado ou endurecido de seres vivos que habitaram a Terra antes do holoceno e que se conservaram em depósitos sedimentares da crosta terrestre sem perder as características essenciais”. Eles caracterizam a prova da existência de determinados seres vivos em tempos passados e permitem aos paleontologistas (estudiosos do assunto) analisar as modificações ocorridas em cada espécie e traçar diferentes padrões evolutivos. A fossilização pode ocorrer de várias maneiras, como quando um animal morre ao cair em terreno pantanoso ou em região de baixa temperatura, onde não há microrganismos para fazer a decomposição. Praticar a arte – Criando um fóssil: Siga as orientações para você criar o seu fóssil com gesso e água. Depois de pronto, organize uma exposição com seus colegas em sala de aula. 24 – CONHECENDO E CONSTRUINDO UMA PIRÂMIDE EGÍPCIA. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] No Egito existem verdadeiras maravilhas, como as pirâmides. Com construções perfeitas, esses monumentos oportunizam um amplo estudo de Física e Matemática. Estas nada mais são que um sólido geométrico chamado de pirâmide de base quadrada. As grandiosas pirâmides de Gizé, uma das sete maravilhas da Antiguidade, foram erguidas por camponeses egípcios, sob a ordem dos auxiliares dos faraós. A pirâmide de Quéops, com 145 metros de altura (equivalente a um prédio de 50 andares) e 2,3 milhões de blocos de rocha, é o monumento mais pesado construído pelo homem. Cerca de 80 mil operários trabalharam em sua construção, que levou aproximadamente 20 anos. A pirâmide de tamanho médio é a de Quéfren e a menor, a de Miquerinos. As pirâmides eram túmulos dos faraós, que, para os egípcios, era o próprio deus. Tais monumentos representam uma imensa escada que o rei, depois de morto, utiliza para juntar-se aos deuses; suas quatro arestas seriam os raios de sol que incidem sobre a terra. Praticar a arte: Desenhe e pinte tijolos de pedra nas paredes da pirâmide. Depois, recorte o molde e cole-o em um pedaço de papel mais grosso (papel cartão, cartolina ou papelão) para montar. 25 – CONHECENDO OS “GRIOTS” – CONTADORES DE HISTÓRIA DA ÁFRICA. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Contadores de histórias, mensageiros oficiais, guardiões de tradições milenares: todos esses termos caracterizam o papel dos Griots, que na África Antiga eram responsáveis por firmar transações comerciais entre os impérios e comunidades e passar aos jovens ensinamentos culturais, sendo hoje em dia a prova viva da força da tradição oral entre os povos africanos. Utilizando instrumentos musicais como o Agogô e o Akoting (semelhante ao banjo), os griots e griottes estavam presentes em inúmeros povos, da África do Sul à Subsaariana, transitando entre os territórios para firmar tratados comerciais por meio da fala e também ensinando às crianças de seu povo o uso de plantas medicinais, os cantos e danças tradicionais e as histórias ancestrais. Diferente da civilização ocidental, que prioriza a escrita como principal método para transmissão de conhecimentos e tem historicamente fadado povos sem escrita ao âmbito da “pré-história”, em sociedades de tradição oral a fala tem um aspecto milenar e sagrado, e deve-se refletir profundamente antes de pronunciar algo, pois cada palavra carrega um poder de cura ou de destruição. Nesse sentido, os Griots são os guardiões da palavra, responsáveis por transmitir os mitos, as técnicas e as tradições de geração para geração. Praticar a arte 1 – Leitura e contação de história: O sapo e a cobra é uma lenda do folclore africano que nos faz refletir sobre como poderíamos ter um mundo melhor sem os preconceitos que acabam afastando as pessoas. Trata-se de uma lenda africana com valores. Boa leitura! O SAPO E A COBRA Era uma vez um sapinho que encontrou um bicho comprido, fino, brilhante e colorido deitado no caminho. – Olá! O que você está fazendo estirada na estrada? – Estou me esquentando aqui no sol. Sou uma cobrinha e você? – Um sapo. Vamos brincar? E eles brincaram a manhã toda no mato. – Vou ensinar você a subir na árvore se enroscando e deslizando sobre o tronco – disse a cobra. E eles subiram. Ficaram com fome e foram embora, cada um para a sua casa, prometendo se encontrar no dia seguinte. – Obrigada por me ensinar a pular. – Obrigado por me ensinar a subir na árvore. Em casa o sapinho mostrou para a sua mãe que sabia rastejar. – Quem ensinou isso a você? – A cobra minha amiga. – Você não sabe que a família da cobra não é gente boa? Eles têm veneno. Você está proibido de brincar com cobras. E também de rastejar poraí. Não fica bem. Em casa a cobrinha mostrou a mãe que sabia pular. – Quem ensinou isso a você? – O sapo meu amigo. – Que besteira! Você não sabe que a gente nunca se deu com a família do sapo e… bom apetite! E para de pular. Nós, cobras, não fazemos isso. No dia seguinte cada um ficou no seu canto. – Acho que não posso rastejar com você hoje – pensou o sapo. A cobrinha olhou, lembrou-se do conselho da mãe e pensou: “Se chegar perto, eu pulo e o devoro”. Mas lembrou- se da alegria da véspera e dos pulos que aprendeu com o sapinho. Suspirou e deslizou para o mato. Daquele dia em diante, o sapinho e a cobrinha não brincaram mais juntos. Mas ficaram sempre no sol, pensando no único dia em que foram amigos. Praticar a arte 2 – Ilustração da história: Diante da lenda africana, faça um desenho para ilustrar. 26 – AS INFLUÊNCIAS AFRICANAS: A LÍNGUA AFRO-BRASILEIRA. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Com a escravização de povos da África a partir do século VXI, mais de 4 milhões de pessoas foram trazidas ao Brasil, para trabalhar com cana-de-açúcar, depois para mineração, cafeicultura, serviços nas cidades e nos campos. Muitas culturas africanas de diferentes países se relacionaram e estabeleceram processos de trocas, gerando um rico e dinâmico patrimônio afrodescendente. A língua falada na colônia foi uma das primeiras a receber novas contribuições. A influência africana no português do Brasil veio principalmente do ioruba, falado pelos negros vindos da Nigéria (vocabulário ligado à religião e à cozinha afro-brasileira), e do quilombo angolano (em palavras como caçula, moleque e samba). Hoje, podemos observar no dicionário brasileiro uma variedade de termos que usamos em nosso dia a dia, sem termos a noção de sua origem africana, mais especificamente do grupo bantu. Entre os exemplos encontramos: abadá, caçamba, cachaça, cachimbo, caçula, candango, canga, capanga, carimbo, caxumba, cochilar, corcunda, dengo, fubá, gibi, macaco, marimbondo, miçanga, quitanda, quitute, tanga, xingar, banguela, babaca, cafofo, cafundó, cambada, muquirana, muvuca. É importante termos a consciência de que a África é uma das responsáveis pelo português que temos hoje no Brasil. Um idioma rico e variado, originado de vários povos e que conquistou sua identidade única por conta da forte miscigenação linguística. Praticar a arte: Encontre as palavras de origem africana no caça-palavras ao lado. Palavras de origem africana na religião: - AXÉ (do iorubá àse) - IEMANJÁ (do iorubá yè m-ndja) - ORIXÁ (do iorubá òrisà) - XANGÔ (do iorubá sàngó) Palavras de origem africana em danças e músicas: - BERIMBAU (do quimbundo mbirimbau) - CALANGO (do quimbundo kalanga) - CAXIXI (do quimbundo kaxaxi) - GANZÁ (do quimbundo nganza) - MACULELÊ (do quicongo makalele) - SAMBA (do quicongo samba) Palavras de origem africana na culinária: - ACARAJÉ (do iorubá akarà-jẹ) - BOBÓ (do jeje bobó) - FAROFA (do quimbundo falofa) - FUBÁ (do quimbundo fuba) - JABÁ (do iorubá jàbàjábá) - MOQUECA (do quimbundo mukéka) - QUIBEBE (do quimbundo kibebe) - QUITUTE (do quicongo kilute) Palavras de origem africana na flora e fauna: - CAMUNDONGO (do quimbundo kamundongo) - CAXINGUELÊ (do quimbundo kaxijiangele) - DENDÊ (do quimbundo ndende) - MARIMBOMDO (do quimbundo marimbondo) - QUIABO (do quimbundo kingombo) Outras palavras de origem africana: - BAMBAMBÃ (do quimbundo mbamba mbamba) - BOROCOXÔ (do quicongo bolokotó) - CAÇAMBA (do quimbundo kisambu) - CACIMBA (do quimbundo kixíma) - CAÇULA (do quimbundo kasule) - CAFUNÉ (do quimbundo kafundu) - CAPANGA (do quimbundo capanga) 27 – CRIAÇÃO DO PAINEL: A CAPOEIRA AFRICANA. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] A capoeira é um jogo atlético que foi trazido para o Brasil pelos escravos bantos de Angola. Tradicionalmente conhecida pelo seu ritmo alegre, um dos principais instrumentos de percussão utilizados é o berimbau, cuja origem remete à Benin, país localizado no oeste da África. Um dos primeiros documentos que atestam a entrada do berimbau no Brasil foram os registros feitos na alfândega do Porto de Santos, em 1739. Além dele, outros instrumentos comuns na prática da capoeira são o caxixi, a vareta, o dobrão, o pandeiro e o bumbo. Ao contrário do que possa parecer, a palavra capoeira não é de origem africana. Esse jogo, também conhecido como dança, foi batizado pelos índios Tupi-Guarani como “Kapueira”, e possui dois sentidos “mato ralo”, e uma espécie de cesto para carregar animais e mantimentos. Alguns estudiosos acreditam que o primeiro significado provém do fato de os escravos abrirem clareiras no mato para treinar capoeira. Atualmente, no Brasil, a capoeira se divide em duas vertentes: a de Angola e a regional. Na primeira, os capoeiristas ficam agachados em uma roda e os movimentos são mais lentos e rentes ao chão. Nela, é necessário mais astúcia do que força, e a música é gerada por três berimbaus, dois pandeiros, um atabaque, um reco-reco e um agogô. Já na regional, os praticantes ficam de pé e acompanham a música com palmas, enquanto aguardam a vez de entrar na roda. Os movimentos são mais velozes, e um berimbau e dois pandeiros são suficientes para compor o fundo musical. Praticar a arte – Criando o painel em homenagem à capoeira: Estenda folhas de papel Kraft (cenário, pardo, duplex etc.) no chão. Deite sobre eles para simular os movimentos realizados na capoeira. Outro colega fará o contorno do seu corpo. Faça duas ou três posições diferentes para que se tenha maior diversidade de movimentos possíveis. Depois de desenhado, pinte as silhuetas com tinta guache de diferentes cores. Também é possível aplicar outros materiais, como giz de cera, retalhos de tecidos estampados, papéis coloridos e outros tipos de tintas. Monte as silhuetas em uma exposição na sua sala de aula. Não se esqueça de preencher o espaço a seguir com suas impressões sobre a atividade. 28 – CONHECENDO O ADINKRA: MENSAGEM NO TECIDO AFRICANO. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Adinkra é o nome de um conjunto de símbolos ideográficos dos povos acã, grupo linguístico da África Ocidental que povoa a região que hoje abrange parte de Gana e da Costa do Marfim. Os símbolos são estampados em tecido, esculpidos em peças de ferro usadas para pesar o ouro, talhados em bancos reais e em peças de madeira que anunciam a soberania dos reinos. Adinkra significa “adeus à alma”, e as pessoas usam o tecido com essas estampas em ocasiões fúnebres e em festivais de homenagem a pessoas importantes. São mais de 90 símbolos, cujo significado se transmite nos nomes e nos respectivos provérbios. Os ideogramas se baseiam em figuras de animais, plantas, corpos celestiais, o corpo humano, objetos feitos pelo ser humano ou formas abstratas. O mesmo princípio pode ser grafado de várias formas, pela representação do ser ou do objeto e pela estilização gráfica dessa imagem. Sankofa, um dos adinkra mais conhecidos, significa a sabedoria de aprender com o passado para construir o presente e o futuro. Seu símbolo é o pássaro que olha para trás. Essa representação ganhou estilização gráfica na forma de dois símbolos que transmitem a ideia expressa no provérbio “nunca é tarde para voltar e apanhar aquilo que ficou atrás”. Trata-se, enfim, de um antigo sistema africano de escrita. A importância desse fato é incomensurável, pois a ciência etnocentrista europeia negou que a África tivesse história alegando que seus povos não criaram sistemas de escrita. Até hoje prevalece a noção de uma África de tradição exclusivamente oral, como se nela não existisse a tradição escrita. Mas a escrita nasce na África com os antecessores dos hieróglifos egípcios, e existem inúmeras escritas africanas anteriores e posteriores à escrita árabe. Os símbolos adinkra incorporam,preservam e transmitem aspectos da história, da filosofia, dos valores e das normas socioculturais dos povos acã, e vêm sendo adotados na diáspora como parte da missão de recuperar e valorizar essas antigas tradições que compõem o legado ancestral africano. Conheça dois dos principais tecidos africanos: KUBÁ: Durante muito tempo, a compra e venda do Kubá só acontecia com a aprovação do rei, e por várias vezes, esse tecido era usado como moeda de troca. O padrão dos desenhos nele impressos é tão importante, que uma das tarefas de um novo rei é inventar uma figura diferente para representar seu governo. Os homens o tecem, a partir da ráfia retirada das palmeiras, em teares pequenos e rudimentares. São as mulheres, no entanto, as responsáveis pela decoração dos tecidos. BOGOLAN: Significa tecido de lama, e confeccioná-lo é uma tradição estabelecida há tempos entre os Bambara, etnia majoritária do Mali. A produção do Bogolan envolve um processo único e longo, em que a matéria- prima é o pano de algodão branco confeccionado por homens locais em tiras estreitas, feitas em tear duplo. As tiras são cerzidas juntas na forma do pano desejado pelo usuário. O tingimento tradicional é realizado apenas por mulheres, e a técnica é passada de mãe para filha. A peça é lavada em água e colocada ao sol para secar, para que encolha. Praticar a arte – Criando um Adinkra: Escolha na tabela dos Adrinkas a seguir o que possui a mensagem que mais lhe agrada. Transfira o desenho para a bandeja de isopor utilizando o cabo do pincel (técnica da gravura). Passe o guache com cuidado por cima do desenho e carimbe-o no tecido (ou na camiseta branca) previamente esticado no papelão para ficar sem rugas. Utilize a canetinha preta para escrever o significado do Adrinka escolhido e seu nome. 29 – OS INSTRUMENTOS MUSICAIS AFRICANOS – ÁLBUM DE FIGURINHAS. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] A influência da música africana na cultura sonora brasileira é visível, principalmente, nos instrumentos de percussão. Como atabaque, afoxé, tamborim, agogô e ganzá. Há também os de corda, como a rabeca e o berimbau, um dos símbolos da capoeira. Conheça alguns dos principais: Praticar a arte – Álbum de figurinhas: Pinte e Recorte os instrumentos a seguir e cole-os em seus respectivos locais no álbum. Escreva os nomes de cada um deles. 30 – EXERCÍCIO PRÁTICO DE DESENHO DE ROSTO. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Praticar a arte: Observe na imagem do rosto a seguir as linhas que orientam o desenho. No esquema ao lado, pratique o seu gesto artístico desenhando o rosto e seguindo as proporções. Desenhe cada parte do rosto em seu respectivo lugar. 31 – CONHECENDO A ARTISTA: GOYA LOPES E SUAS ESTAMPAS AFRICANAS. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] A arte de Goya Lopes mescla sensibilidade e sofisticação, apresentando, em seu trabalho, a cultura afro-brasileira, indígena e barroca com base na interpretação sensível e profunda do que a cerca, do que a nutre, do que a formou como pessoa e artista. Nas imagens criadas, está presente a representação de tudo o que se vê na Bahia: um apaixonado sentimento pela vida, uma alegria que quebra grilhões e toca tambores no peito, uma ligação ancestral com a terra. Trajetória profissional: Formada pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, com especialização em Design, Expressão e Comunicação Visual na Universitá Internazionale Dell’Arte di Firenze, na Itália, Goya Lopes começou o seu contato com a moda na Itália, no estágio com a designer Linda Ieromonti, da Stamperia Fiorentina. De volta ao Brasil, Goya passou a trabalhar com arte e moda como freelancer, criou estampas da linha Madrigal da Alpargatas em São Paulo e fez o Curso de Design de Moda pelo Instituto Brasileiro de Moda de São Paulo. Dedicada às suas próprias criações, investiu em sua formação empresarial e criou a empresa Didara em 1986, com influência da cultura afro-brasileira. A partir de 2013, com a marca Goya Lopes Design Brasileiro, expandiu as suas inspirações para a diversidade brasileira. Praticar a arte: A brasileira Goya Lopes vive na cidade de Salvador, na Bahia. Ela se inspira na cultura africana para criar seus modelos de moda. A profissão de quem projeta roupas é estilista. Repare nas roupas que ela usa. Inspirado pelos “looks” da artista crie suas estampas africanas nas peças de roupas. Use os padrões sugeridos e aplique as cores que desejar. 32 – TÉCNICAS DE MODELAGEM EM ARGILA. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Os artistas criam suas obras de diferentes maneiras. Muitos deles utilizam a modelagem para dar forma às suas criações. TÉCNICA DA BOLA Uma das maneiras mais antigas para fazer potes e outros recipientes é a chamada técnica da boal. Nessa técnica, utilizada desde a Pré-História, as peças são elaboradas a partir de uma bola, como podemos ver na sequência de imagens. Observe que, com o polegar ou com toda a mão, é possível fazer um furo e, aos poucos, ir abrindo a bola até o espaço dentro dela se torne grande o suficiente para formar, por exemplo, um pote, um vaso, uma panela, uma bacia ou qualquer outro tipo de recipiente. TÉCNICA DO ROLO Essa técnica de modelar o barro utiliza rolos de argila. É preciso fazer vários rolos do mesmo tamanho e coloca-los uns sobre os outros. Depois, com a ponta dos dedos e molhando os rolos com água, é possível, aos poucos, juntar as partes, formando uma única peça. TÉCNICA DAS PLACAS A técnica das placas começa com a criação de camadas finas de argila, que podem ser feitas pressionando o material com um tolo de madeira ou uma garrafa. Na sequencia de imagens, podemos ver dois pedaços de madeira que são usados como apoio para que as placas fiquem todas da mesma espessura, ou seja, da mesma altura. Depois que as placas ficam prontas, é possível cortá-las do tamanho que quiser. Então, é só unir as placas no formato desejado. Para isso, é comum usar uma mistura de água e argila chamada “engobebe”, que parece lama bem molhada. Com essa técnica costumam ser criados pratos, bandejas e tigelas rasas. Muitos artistas a utilizam para criar grandes esculturas; para isso, costumam elaborar estruturas de madeira de apoio, que são cobertas pelas placas de argila. 33 – CRIANDO UMA OBRA SURREALISTA: JUNTANDO AS COISAS. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] // O surrealismo foi um movimento de vanguarda artística que surgiu em Paris, no início do século XX, para fazer frente ao racionalismo e ao materialismo da sociedade oriental. Entre as características que mais se destacam estão: 1. Livreexpressão do pensamento: O mote principal do surrealismo era a expressão livre do pensamento, regrada somente pelos impulsos do subconsciente. Ele desprezava a lógica e era contra os padrões estabelecidos pela ordem e pela moral da sociedade na época. Suas obras não se restringiram somente às artes plásticas e a literatura. Ele também influenciou manifestações artísticas como o teatro e o cinema. 2. Influência das teorias de Freud: A principal característica do movimento surrealista é a influência significativa das teorias psicanalistas de Sigmund Freud, que valorizam a importância do inconsciente para impulsionar a criatividade do ser humano. Para Freud, o homem deve libertar sua mente da lógica imposta pelos padrões comportamentais da sociedade e dar vazão aos sonhos e a tudo o que o inconsciente nos diz. 3. Realidade superior: Outra característica importante do surrealismo é a criação de uma realidade superior à realidade imposta pela sociedade burguesa da época, como se esta realidade estivesse acima do realismo. O objetivo principal do surrealismo era ultrapassar os limites da imaginação e da tradição lógica imposta pelas ideias artísticas que vigoravam desde o Renascimento. 4. Valorização do inconsciente e dos sonhos: Outro ponto importante do surrealismo foi à valorização da fantasia, da loucura e da reação automática refletida em suas obras. Muitos artistas deixaram-se levar apenas pelo impulso, registrando somente o que lhe viesse à mente. 5. Utilização de elementos abstratos: As obras surrealistas tinham como característica elementos abstratos e formas que se baseavam na fantasia e na dimensão do imaginário. Os artistas sempre buscavam a perfeição entre desenhos e cores, dentro do universo imaginário, utilizando recursos como ilusões ópticas e dissociação entre imagens e legendas. Praticar a arte – Juntando as coisas para criar um desenho surrealista: Assim como os surrealistas fantasiavam suas produções, pintando obras de arte com desenhos que viam de sua criatividade, una os objetos sugeridos a seguir para você montar objetos surrealistas. 34 – ANALISANDO A OBRA: “AS RESPIGADORAS”, DE JEAN-FRANÇOIS MILLET. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Praticar a arte 1: Observe a imagem e reflita com os colegas sobre as questões a seguir, registrando suas impressões. 1. O que está acontecendo na cena? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2. Quantas pessoas aparecem na pintura? O que elas parecem estar fazendo? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3. Você já esteve em um lugar como esse? Como você acha que deve ser viver ali? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ _______________________________________________________________ 4. Escolha um dos personagens da pintura e imagine quem ele é, de onde veio e por que está nesse local. ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 5. Converse com a turma sobre seus sentimentos e percepções diante dessa pintura. Tente identificar qual é o assunto principal dela, ou seja, do que ela trata. ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ O nome da obra que acabamos de observar é “As Respigadoras”. “Respigar” é o ato de pegar aquilo que sobra no campo após a colheita. Observe a obra novamente e reflita sobre esse título. Você notou o tamanho do terreno em que está a plantação? Imagine como seria respigar nesse terreno. Quando o artista francês Jean-François Millet (1814-1875) colocou a obra “As Respigadoras” em exposição, em 1857, houve muitas críticas. A pobreza das camponesas pintadas pelo artista ofendeu muitas pessoas que gostavam de arte, mas estavam acostumadas a ver apenas riqueza e fartura nas telas. Elas achavam que a arte deveria mostrar apenas heróis, pessoas ricas, narrativas de mitologia ou de religião. Alguns críticos diziam que o mal gosto de Millet era tanto que deixava cansado quem observava a obra, mesmo que por pouco tempo. O trabalho, especialmente o do campo, era algo visto de maneira negativa, por isso a maior parte das pessoas acreditava que não devia ser tema de uma pintura. Ao fazer essa pintura, Millet não tentou esconder ou modificar o trabalho das camponesas, buscando torná-lo mais “bonito” ou “agradável” aos olhos de todos. Ao contrário, a intenção do pintor era justamente mostrar a realidade desse trabalho, assim como a realidade da pobreza e da vida simples do camponês. Outro aspecto que contribuiu para chocar ainda mais o público foram as dimensões da pintura. Ela tem mais de um metro de largura! Nessa época, as pinturas grandes geralmente eram as pinturas religiosas, que eram muito valorizadas. Isso porque o tamanho grande dava a impressão de exaltar e homenagear o tema retratado. Dessa forma, portanto, Millet homenageava e dava importância à classe trabalhadora. A pintura “As Respigadoras” trata de questões sociais complexas e tronou-se inspiração para muitos artistas, filósofos, historiadores, escritores, cineastas, atores e dramaturgos da época e de épocas posteriores. Entendendo a obra: A obras “As Respigadoras” demonstra a admiração de Millet pelos camponeses e retrata o dia a dia árduo desses trabalhadores. Uma das intenções do pintor era retratar esse trabalho. Mas como ele conseguiu representar um trabalho que é feio de ações e de tempo em uma única imagem? Observe novamente a pintura e tente perceber como o pintor fez para que pudéssemos entender que as camponesas estão realizando ações e movimentos. Repare bem nas mulheres. Elas estão fazendo a mesma ação. Porém, cada uma delas aparece fazendo um gesto diferente. Da esquerda para a direita, a primeira mulher está terminando o movimento de se abaixar para pegar o que está no chão, a segunda está pegando o trigo e a terceira já se levantou com o trigo nas mãos. Essa sequencia nos leva a deduzir que as três mulheres fazem e repetem as três ações. Dessa maneira, o artista transmite a impressão de que elas trabalham repetindo esses movimentos. 35 – CONHECENDO A OBRA: “HUMANAE – WORK IN PROGRESS”, DE ANGÉLICA DASS. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Praticar a arte 1 – Analisando a obra: Observe com aimagem da obra de Angélica Dass e responda: 4. Leia a legenda da obra e reflita sobre o nome que a artista escolheu para o projeto. Qual é o significado desse título? Como ele se relaciona com a imagem? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 5. O que esse conjunto de fotografias representa para você? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 6. Observe as imagens do projeto. Saber o que Angélica Dass pensou ao criar essas imagens mudou o que você pensa e sente em relação à obra? Que ideias esse conjunto de retratos transmite? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 1. O que chama a sua atenção na imagem? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2. Quais são as semelhanças entre essas fotografias? E as diferenças? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3. O que você sente ao observar esse conjunto de fotografias? E o que você pensa? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ _______________________________________________________________ “Humane – Work in progress” é uma criação de Angélica Dass, artista brasileira que desenvolve diversos trabalhos em que aborda a questão do preconceito racial e a diversidade a população humana por meio da fotografia. Angélica Dass começou a obra em 2012, fazendo fotos de pessoas que conhecia. Depois, passou a contatar voluntários pela internet para serem retratados. Hoje, a obra conta com mais de 1.3000 retratos e continua crescendo. Cada pessoa fotografada tem a cor da pele numerada de acordo com a escala Pantone, um sistema de classificação de cores muito usado no mundo. Criado por uma empresa americana, esse sistema usa números e não se organiza do mais claro para o mais escuro. Com isso, diminui muito o papel da subjetividade nessa classificação. Depois de encontrar na escala o tom da pele da pessoa fotografada, a artista aplica a cor correspondente no fundo da imagem, com o auxílio do computador. Terminada essa etapa, ela publica a fotografia na internet, junto aos retratos produzidos anteriormente. Ao fazer isso, Angélica Dass trabalha a ideia de uma obra em construção, ou seja, uma obra que não tem fim. E, assim, possibilita que vejamos centenas de pessoas de diferentes idades e localidades do mundo. Para Angélica Dass, esse projeto demonstra que podemos acolher e apreciar as diferenças entre os corpos, sem esquecer que somos todos humanos. Além disso, questiona a relação entre a cor da pele e a etnia, contribuindo para a luta contra o preconceito racial. Praticar a arte 2 – Criando um “Humanae”: Depois de conhecer a obra e seu significado, trabalhe com a fotografia dos seus colegas de sala para construir também a sua obra artística. Tire uma foto reconhecermos que todos nós somos iguais nas diferenças. Acrescente no seu cartaz um texto, frase, pensamento ou um trecho de uma música que fale sobre o respeito e a diversidade. 36 – O RETRATO: EXERCÍCIO SOBRE ENQUADRAMENTO. [Praticar a Arte – Volume 11 – Professor Fabrício Secchin] Nas artes visuais, os retratos são as representações artísticas de pessoas, sozinhas ou em grupos. Bem antes de existir a fotografia, os retratos já existiam na pintura e nos desenhos. Algumas das pinturas mais famosas da história da arte são retratos. Observe os dois exemplos. Quando foi inventada, a fotografia passou a ser usada para fazer retratos que, muitas vezes, seguiam regras já estabelecidas na pintura. Preste atenção nas imagens da criança com as imagens das obras de arte. Assim como a pintura, a fotografia pode ter temas variados, mostrando, por exemplo, pessoas, objetos ou paisagens. Para fazer uma fotografia, é necessário escolher o que vai e o que não vai aparecer na imagem. Ou seja, é preciso fazer escolhas de COMPOSIÇÃO e de ENQUADRAMENTO. Composição é a organização dos elementos que aparecem na imagem. Por exemplo: Ao fazer um retrato, e que posição estará a pessoa? Será criado um cenário? O enquadramento, que faz parte da composição, é a seleção do que vai aparecer na imagem e do que vai ficar fora dela. Por exemplo, ao fazer um retrato, o artista vai mostrar o corpo todo da pessoa ou apenas o rosto? A fotografia é o resultado de um longo processo de invenções. Tudo começou com a câmara escura, o aparelho que antecedeu as máquinas fotográficas. Há informações de que esse aparelho era utilizado desde a Antiguidade, na China e na Grécia. Mas a imagem produzida dessa forma não podia ser gravada. Mais tarde, no século XIX, a câmara escura foi aperfeiçoada com lentes e desenvolveram-se as técnicas para fixar as imagens. Assim, em 1826, o francês Joseph-Niépce produziu a imagem que seria reconhecida como a primeira fotografia da história. "View from the Window at Le Gras", este foi o nome dado para a primeira fotografia da história. A tradução do título faz referência à imagem feita a partir da janela do inventor francês Joseph Nicéphore Niepce em 1826 na cidade de Saint-Loup-de-Varennes, na França. O processo rudimentar usado na época foi considerado como o primeiro a fixar uma imagem. Quando Joseph Nicéphore Niépce produziu o primeiro exemplar do que chamou de “heliografia” (literalmente, a escrita do sol), em 1826 ou em 1827 (a data exata é desconhecida), precisou de mais de 8 horas de exposição à luz de uma placa de estanho, coberta com betume da Judeia e instalada no fundo de uma câmera escura. Praticar a arte – Enquadramento do retrato: Inspirado pelo conteúdo sobre enquadramento no retrato, você criará uma galeria de fotografias. Para fazer as fotos, pense de que formas essas imagens podem mostrar diferentes
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