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ÍNDICE DAS ATIVIDADES – APOSTILA PRATICAR A ARTE – VOLUME 8. Nº Título da atividade Nº Título da atividade Nº Título da atividade 01 QUADRINHOS E A POP ART – ATIVIDADE DE CRIAÇÃO DE CAPA DE HQ´S. 41 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA NA OBRA DE LUIZ SACILOTTO. 81 EXERCÍCIO PRÁTICO DE AMPLIAÇÃO DE DESENHO POR QUADRANTES. 02 QUADRINHOS E A POP ART – APRECIAÇÃO INTERPRETATIVA DA ARTE. FOLHA 1 DE 2. 42 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA - ROSÁCEA GEOMÉTRICA PLANA. 82 APRECIANDO OS ESTILOS MUSICAIS: A MÚSICA SERTANEJA. 03 QUADRINHOS E A POP ART – APRECIAÇÃO INTERPRETATIVA DA ARTE. FOLHA 2 DE 2. 43 TESSELAÇÕES: CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. 83 EXERCÍCIO DE CONSTRUÇÃO DE IMAGEM: DESENHANDO A ÁRVORE. 04 DANÇA E MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA – CONCEITUAÇÃO E INTERPRETAÇÃO. 44 AS CORES: APRECIAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO ARTÍSTICA. FOLHA 1 DE 2. 84 EXERCÍCIO DE DESENHO – PRODUÇÃO DE CROQUI E MODA. 05 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE A DANÇA E SUA EXPRESSIVIDADE. 45 AS CORES: APRECIAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO ARTÍSTICA. FOLHA 2 DE 2. 85 GEOMETRIZAÇÃO DO DESENHO – ESTRUTURA E ACABAMENTO. 06 CONHECENDO O ARTISTA: VINCENT VAN GOGH – TINTA IMPASTO. 46 A TÉCNICA PONTILHISTA: APRECIAÇÃO E PRÁTICA ARTÍSTICA. FOLHA 1 DE 2. 86 CONSTRUÇÃO DE RETRATOS COM RECORTE E COLAGEM. 07 CONHECENDO O ARTISTA: PAUL CÉZANNE – NATUREZA MORTA. 47 A TÉCNICA PONTILHISTA: APRECIAÇÃO E PRÁTICA ARTÍSTICA. FOLHA 1 DE 2. 87 EXERCÍCIO DE DESENHO E APLICAÇÃO DE GUACHE. 08 CONHECENDO O ARTISTA: PAUL GAUGUIN E A MISTURA DE CORES. 48 EXPERIMENTAÇÕES ARTÍSTICAS A PARTIR DA TÉCNICA PONTILHISTA. 88 CRIANDO FORMAS E TEXTURAS COM ARESTAS. 09 CONHECENDO O ARTISTA: WASSILY KANDINSKY - DESENHO E MÚSICA. 49 PINTURA MISTA - TÉCNICA MISTA EM ARTE. 89 EXERCÍCIO PRÁTICA DE CONSTRUÇÃO DE PADRÕES. 10 CONHECENDO O ARTISTA: PIET MONDRIAN - LINHAS RETAS E CORES. 50 ESCULTURA MISTA - TÉCNICA MISTA EM ARTE. 90 PRODUZINDO RELEITURA DE OBRA DE ARTE – MÁRIO NAVARRO. 11 CONHECENDO O ARTISTA: PAUL KLEE E A LINHA CONTÍNUA. 51 A MÚSICA POPULAR E A MÚSICA ERUDITA. FOLHA 1 DE 2. 91 A FOTOGRAFIA – CONSTRUINDO UMA PINHOLE. 12 EXPERIMENTAÇÃO COM DESENHO ABSTRATO COM UMA ÚNICA LINHA. 52 A MÚSICA POPULAR E A MÚSICA ERUDITA. FOLHA 2 DE 2. 92 EXERCÍCIO PRÁTICO DE CRIAÇÃO DE SOMBRAS COM GRAFITE. 13 EXPERIMENTAÇÃO COM CONSTRUÇÃO DE ESCULTURA COM A LINHA CONCRETA. 53 A MÚSICA POPULAR E A MÚSICA ERUDITA. ANALISANDO CANÇÕES. 93 COMO ANALISAR UMA OBRA DE ARTE. RESUMO PARA ESTUDO. FOLHA 1 DE 2. 14 CONHECENDO O ARTISTA: PABLO PICASSO E A MONOCROMIA. 54 AS ARTES CÊNICAS E SUAS CARACTERÍSTICAS. 94 COMO ANALISAR UMA OBRA DE ARTE. RESUMO PARA ESTUDO. FOLHA 2 DE 2. 15 EXPERIMENTAÇÃO ARTÍSTICA SOBRE DESCONSTRUÇÃO DE IMAGENS – CUBISMO. 55 EXERCÍCIO INTERPRETATICO – ARTES CÊNICAS. 95 CRIANDO UMA COMPOSIÇÃO FIGURATIVA. 16 CONHECENDO O ARTISTA: SALVADOR DALÍ E A IMAGEM SURREALISTA. 56 CONSTRUINDO UMA FOTONOVELA. 96 PRÁTICA DE DESENHO DE NATUREZA MORTA. 17 CONHECENDO O ARTISTA: MARCEL DUCHAMP E O DESENHO COM BARBANTE. 57 ENTENDENDO A ARTE CONTEMPORÂNEA. 97 CRIAÇÃO DE ESTAMPAS GEOMÉTRICAS - CONCRETISMO. 18 CONHECENDO A ARTISTA: FRIDA KAHLO E PRODUÇÃO DE AUTORRETRATO. 58 INTERPRETANDO A ARTE CONTEMPORÂNEA. 98 CRIAÇÃO DE ESTAMPAS GEOMÉTRICAS - CONCRETISMO. 19 CONHECENDO O ARTISTA: MARC CHAGALL – OBRA “O VIOLINISTA VERDE”. 59 CONHECENDO A ARTISTA: REGINA RENNÓ. 99 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO DE COR: PAISAGEM. 20 CONHECENDO O ARTISTA: MAX LIEBERMANN – RECORTE E COLAGEM NA OBRA. 60 CLASSIFICANDO OBRAS DE ARTE. 100 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO DE COR. 21 CONHECENDO O ARTISTA: AMEDEO MODIGLIANI – AUTORRETRATO ESTILISADO. 61 EXPLORANDO A LINGUAGEM ARTÍSTICA – HACHURA E BICO DE PENA. 22 CONHECENDO O ARTISTA: MORITZ DANIEL OPPEHEIN E A ESCALA DE CINZAS. 62 ARTE DIGITAL: CONCEITOS E PRÁTICAS. 23 CONHECENDO O ARTISTA: LÁSZLÓ ZINNER E A PRODUÇÃO DE ESCULTURA. 63 CRIANDO UM SUPER-HERÓI – PRÁTICA DE DESENHO E CRIAÇÃO. 24 CONHECENDO O ARTISTA: JOAN MIRÓ E A ESCULTURA EM PAPEL. 64 HISTÓRIA DA ARTE: A MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA. FOLHA 1 DE 3. 25 CONHECENDO A ARTISTA: FAITH RINGGOLD - IMAGENS E RETALHOS DE TECIDOS. 65 HISTÓRIA DA ARTE: A MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA. FOLHA 2 DE 3. 26 CONHECENDO O ARTISTA: ANDY WARHOL - COLAGEM COM FOTOGRAFIA. 66 INTERPRETAÇÃO E PRÁTICA: MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA – AQUARELA. 27 CONHECENDO O ARTISTA: NORMAM ROCKWELL – ILUSTRAÇÃO DE HISTÓRIA. 67 O CINEMA – ORIGEM, HISTÓRIA E IMPORTÂNCIA. FOLHA 1 DE 2. 28 OBRA DE CLAUDE MONET “BARCOS – REGATA EM ARGENTEUIL” – MONOCROMIA. 68 O CINEMA – ORIGEM, HISTÓRIA E IMPORTÂNCIA. FOLHA 2 DE 2. 29 DESENHO DE OBSERVAÇÃO: CONSTRUÇÃO DE IMAGENS. 69 EXERCÍCIOS DE INTEPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE CURTA. 30 DESENHANDO E PINTANDO NA OBRA DE TARSILA DO AMARAL: “O PESCADOR”. 70 HARMONIA E SIMETRIA NA ARQUITETURA. 31 A MÚSICA: APRECIAÇÃO ESTÉTICA LEITURA DE IMAGEM. FOLHA 1 DE 3. 71 A ARQUITETURA E SEUS NOVOS CONCEITOS. 32 A MÚSICA: APRECIAÇÃO ESTÉTICA LEITURA DE IMAGEM. FOLHA 2 DE 3. 72 PRÁTICA DE DESENHO DE OBSERVAÇÃO: LINHAS, FORMAS E COMPOSIÇÃO. 33 A MÚSICA: APRECIAÇÃO ESTÉTICA LEITURA DE IMAGEM. FOLHA 3 DE 3. 73 DESENVOLVENDO UM PROJETO ARQUITETÔNICO. 34 O TEATRO: CONCEITUAÇÃO E EXERCÍCIO DE INTERPRETAÇÃO. PARTE 1 DE 3. 74 INSPIRANDO E EXPERIMENTANDO JOAN MIRÓ. 35 O TEATRO: CONCEITUAÇÃO E EXERCÍCIO DE INTERPRETAÇÃO. PARTE 2 DE 3. 75 CONSTRUINDO O RETRATO DE FRIDA KAHLO. 36 O TEATRO: CONCEITUAÇÃO E EXERCÍCIO DE INTERPRETAÇÃO. PARTE 3 DE 3. 76 A ARTE NO DIA A DIA. CONCEITOS E PRÁTICA. 37 A DANÇA: CONTEXTUALIZAÇÃO, APRECIAÇÃO E EXERCÍCIOS. FOLHA 1 DE 3. 77 HISTÓRIA DA ARTE: A ARTE ROMANA – RESUMO PARA ESTUDO. 38 A DANÇA: CONTEXTUALIZAÇÃO, APRECIAÇÃO E EXERCÍCIOS. FOLHA 2 DE 3. 78 HISTÓRIA DA ARTE: A ARTE GREGA – RESUMO PARA ESTUDO. 39 A DANÇA: CONTEXTUALIZAÇÃO, APRECIAÇÃO E EXERCÍCIOS. FOLHA 3 DE 3. 79 HISTÓRIA DA ARTE: A ARTE EGÍPCIA – RESUMO PARA ESTUDO. 40 CONHECENDO O ARTISTA: KIMMY CANTREL – APLICAÇÃO DE COR NA MÁSCARA. 80 EXERCÍCIO PRÁTICO DE APLICAÇÃO DE COR. 01 – QUADRINHOS E A POP ART – ATIVIDADE DE CRIAÇÃO DE CAPA DE HQ´S. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Conhecendo o artista: Roy Lichtenstein. Roy Lichtenstein (1923-1997) foi um dos grandes nomes da Pop Art. Fazia parte do projeto estético de Lichtenstein a elevação do lugar-comum, o gesto de lançar luz sobre o inicialmente não considerado. O artista plástico norte- americano empregou em muitas das suas telas a técnica pontilhista, o desejo era que as obras parecessem mecanicamente reproduzidas. Os pontos “Ben Day”, como eram chamados, foram frequentemente utilizados em processos de impressão em massa. Outra característica particular do pintor foi imitar detalhadamente a aparência das imagens reproduzidas comercialmente. A produção artística de Roy Lichtenstein é conhecida por fazer referência a personagens da cultura de massa e por ter um estilo similar ao encontrado nas histórias em quadrinhos. Conheça agora algumas das obras mais consagradas de um dos maiores expoentes da Pop Art! Criado em 1963, a obra “Whaam!” é uma tela feita com tinta acrílica e óleo baseada em uma imagem publicada no ano anterior na revista em quadrinhos “All American Men of War”, da DC Comics. Lichtenstein foi celebrado por utilizar imagens bastante comerciais como as presentes nos quadrinhos e nos anúncios e que, via de regra, alcançavam o grande público. Essa peça – “Whaam!” - ficou conhecida como um dos ícones da pop art. A obra “Drowning Girl” foi pintada em 1963 e faz uso das convenções clássicas do universo dos quadrinhos (como, por exemplo, o uso da bolha de pensamento que traduz o que se passa no imaginário da protagonista). “Drowning Girl” foi inspirado em “Run for Love”, uma história publicada em 1962. Na história real, o namorado da jovem aparece se afogando ao fundo, a imagem, no entanto, foi editada por Lichtenstein de modo a apagar o afogamento e o namorado, dando assim protagonismo à mulher em sofrimento. Praticar a arte: A partir da observação de algumas capas de revistas de histórias em quadrinhos famosas, crie ou recrie uma delas em seucaderno de arte aplicando as técnicas do artista apresentado Roy Lichtenstein. Uma característica bem interessante das obras de Roy Lichtenstein é o uso do contorno em preto, destacando ainda mais cada desenho feito. As cores preferidas do pintor americano eram: Vermelho, azul marinho, amarelo e branco. Aplique também a técnica do pontilhismo. 02 – QUADRINHOS E A POP ART – APRECIAÇÃO INTERPRETATIVA DA ARTE. FOLHA 1 DE 2. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Vamos observar a seguir alguns dos elementos mais importantes para a construção de uma história em quadrinhos. QUADRINHOS: São os espaço delimitados em que cada parte ou cena da história é contada. ARGUMENTO: Um breve texto escrito contendo a ideia inicial da história. Ele serve para informar aos profissionais envolvidos em um projeto o resumo, sem muitos detalhes, da história que será contada. ROTEIRO: Contém a descrição mais detalhada da história, descrevendo cada quadro, em quais cenários a história se passará, quais serão as falas e como a história vai se desenvolver. DESENHO: Representações de personagens, objetos e cenários referentes a cada quadro. Trata-se de um texto não verbal referente às instruções do argumento. Algumas histórias podem ser contadas apenas por desenhos, ou seja, sem texto. ARTE-FINAL: Essa etapa é de responsabilidade do arte- finalista, profissional que reforça os traços do desenhista e deixa as ilustrações mais limpas e definidas. COR: Aplicação de cores aos desenhos feitos até aqui. BALÕES DE FALA: Espaço em que o letrista coloca os textos ditos pelos personagens. Tiras e Gibis: As histórias em quadrinhos são encontradas em jornais, revistas, livros e na internet. No meio eletrônico, o formato tira ou tirinha é mais comum, geralmente com até três quadrinhos. Para histórias mais longas, chamamos de Gibis, esse nome surgiu por conta de uma revista em quadrinhos que levava o nome de um de seus personagens: O Gibi. Essa revista foi lançada no Brasil em 1939 e fez tanto sucesso na época que se tornou sinônimo de revista em quadrinhos. Conheça outros tipos de histórias em quadrinhos: Além das tradicionais revistas em quadrinhos e tirinhas, a arte de contar histórias por meio de uma sequência de quadros também pode ser encontrada em outros formatos: - Fanzine: Publicação geralmente produzida por fãs de algum assunto, como ficção científica, jogos, personagens específicos etc. e que costuma trazer textos diversos e histórias em quadrinhos. - Graphic novel ou romance gráfico: Histórias em quadrinhos mais extensas, com temas mais complexos e desenvolvidos. - Mangá: História em quadrinhos de origem japonesa, de personagens com olhos expressivos e narrativa dinâmica e características típicas dessa cultura oriental, como a leitura da direita para a esquerda. - Storyboard: Em tradução livre: História em quadros. Uma sequencia de imagens usadas para apresentar a ideia da produção de um filme ou de um vídeo publicitário, como se fosse um roteiro desenhado. - Webcomic: História em quadrinhos publicada exclusivamente na internet. A PRIMEIRA HISTÓRIA EM QUADRINHOS: A linguagem HQ´s, com adoção de um personagem fixo, ação fragmentada em quadros e balõezinhos de texto, surgiu nos jornais de Nova York com o “The Yellow Kid” (Em português: “O Menino amarelo”). Publicada pelo jornal New York World em 1895, essa primeira história em quadrinhos foi criada pelo artista estadunidense Richard Outcault. No Brasil, a primeira revista em quadrinho, chamada de “O Tico-Tico”, data de 1905. 03 – QUADRINHOS E A POP ART – APRECIAÇÃO INTERPRETATIVA DA ARTE. FOLHA 2 DE 2. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Praticar a arte 1: Leia a história em quadrinhos a seguir, dos personagens Calvin e Haroldo, criados e ilustrados por Bill Watterson, artista estadunidense: a) De acordo com os tipos de história em quadrinhos que conhecemos, como se classifica esse exemplo do Calvin e Haroldo? b) São poucos quadros, mas é possível identificar uma história com começo, meio e fim. Sabendo que Calvin é o menino, e Haroldo o tigre, escreva com suas palavras que história é essa. c) Os balões de fala costumam registrar as falas e pensamentos dos personagens. Releia a tirinha e levante hipóteses sobre o motivo de o último balão ser diferentes dos demais. d) Suponha que a tirinha de Calvin tivesse mais um quadro e que você pudesse indicar um final alternativo para a história. Desenhe esse novo final. Lembre-se dos balões de fala e de dar continuidade à história que você leu. Praticar a arte 2: Ligue os balões, completando as ideias: Praticar a arte 3: Construa, no espaço ao lado, uma narrativa curta, de quatro quadros. Sua história poderá ter texto ou não. Além disso, deverá ter começo, desenvolvimento e fim. Lembre-se de elaborar um argumento, um roteiro, ilustrar, aprimorar os traços, aplicar as cores que desejar e acrescentar os balões de fala. Você precisará criar um título e assinar sua história em quadrinhos. 04 – DANÇA E MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA – CONCEITUAÇÃO E INTERPRETAÇÃO. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] A humanidade e a dança: Na história da humanidade, a dança sempre esteve associada à diversão, às cerimônias e rituais ou às manifestações artísticas. Em linhas gerais, a dança pode ser definida como um conjunto de movimentos corporais organizados previamente ou não, ritmados e, quase sempre, acompanhados por música. No entanto, a dança também pode acontecer independente do som. Não é possível indicar com exatidão quando a dança surgiu, porém, por meio de registros visuais, sabemos que ela, ao lado do teatro e da música, era praticada desde a Pré-História. Naquela época, as pessoas já batiam os pés de maneira ritmada, emitindo sons. Posteriormente, uniram os movimentos e sons dos passos às palmas. As danças geralmente apresentam uma coreografia, ou seja, um conjunto de movimentos e uma sequência de passos que a compõem, seguindo ou não uma trilha musical. A notação utilizada para registrar esses movimentos também é chamada de coreografia, conforme o sentido original da palavra, que tem origem grega e significa “escrita/notação de dança”. No balé clássico, a coreografia é composta de movimentos padronizados. Nas danças moderna e contemporânea os movimentos são livres, nem sempre são criados previamente. A notação coreográfica tem o objetivo de registrar os movimentos de uma dança por meio de símbolos, como ocorre com as partituras musicais. A dança nos nossos dias: A dança é uma arte em constante mudança. Ela pode ser representada em diversos meios: nos teatros, nas ruas, sob a forma de um vídeo ou em qualquer outro ambiente em que possa realizar o propósito artístico para o qual foi criada. Por ser uma expressão artística imaterial e efêmera, a dança é uma obra que não pode ser tocada e que tem duração e existência definidas, encerrando-se a cada apresentação. Ou seja, quem não esteve presente no momento em que a obra aconteceu, não teve contato com a obra propriamente dita, mas pode apreciá-la por meio de seis registros materiais, como fotos, vídeos, figurinos, cenários e documentos. Praticar a arte 2: Encontre no diagrama cinco termos relativos à dança: Praticar a arte 3: Complete as lacunas com as palavras e expressões do quadro: Sabemos que, desde a _________________, a _____________ sempre esteve presente na vida da ________________. Essa _______________________________ pode estar associada, por exemplo, às ________________ e o ______________. Praticar a arte 3: Assinale V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: a. A dança é reconhecidamente um tipo clássico de arte plástica. b. A notação coreográfica tem função semelhante à partitura musical. c. A dança e o movimento corporal estão intimamente ligados. d. Para que haja dança, precisa existir música ou outros sons. e. A dança é uma representação artística imaterial. Praticar a arte 1: É impossível falar de dança sem falar de movimento.Ao observarmos um espetáculo de dança, podemos identificar elementos plásticos como luz, sombra, cor e volume. Observe as imagens a seguir: a. Descreva os movimentos de cada imagem. Defina se eles são rápidos ou lentos, curtos ou longos, fluidos ou mecânicos? b. Como os bailarinos das cenas apresentadas conseguem realizar passos tão sincronizados? c. Descreva os figurinos de cada imagem. 05 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE A DANÇA E SUA EXPRESSIVIDADE. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Praticar a arte 1: Existem vários tipos de dança: como as de apresentação (balé, sapateado, Charleston etc.), as folclóricas ou populares (dança do ventre, ciranda, maracatu, frevo, quadrilha etc.), as de salão (tango, foxtrote, rumba, mambo, chá-chá-chá, samba, twist, dança de rua, funk, kuduro etc.), entre outras. Todas essas danças seguem coreografias distintas. Em grupo, escolham um dos ritmos de dança citados e criem uma coreografia seguindo as dicas: 1. Escolhido o ritmo, pesquisem sobre sua história e características. 2. Escolham uma música curta (entre 2 ou 3 minutos) 3. Iniciem a coreografia depois que acabar a introdução da música. 4. Escolham uma música com apenas um ritmo. 5. Vocês poderão repetir os movimentos, para facilitar o trabalho e a assimilação do gestual. 6. Comece a coreografar pelo refrão, a parte da música que se repete. Usem a mesma sequencia de passos toda vez que o refrão for tocado. 7. Explorem as posições dos dançarinos. Não há obrigatoriedade de todos ficarem o tempo todo de frente para o público. 8. Preparem um final criativo e surpreendente. O profissional da dança: Com o passar dos anos, a dança profissionalizou-se. O profissional de dança pode atuar de diversas formas e em diferentes contextos. No Brasil, é preciso ter registro profissional para atuar com dança oficialmente. As universidades no Brasil oferecem cursos de bacharelado e licenciatura em dança, além de existirem muitos cursos técnicos. O profissional de dança pode atuar na recuperação e na reintegração de adolescente, de crianças e de pessoas com deficiência física e mental. Praticar a arte 2: Faça uma pesquisa sobre dançarinos brasileiros e preencha a ficha a seguir. Depois, apresente o resultado de sua pesquisa para a turma. ESQUEMA DE ORGANIZAÇÃO DA APRESENTAÇÃO DA COREOGRAFIA Ritmo escolhido: Música escolhida: Cantor/Compositor: da música escolhida: Duração da música: País de origem: Refrão (Letra/Tradução): Figurino: Cenário: Justificativa pela escolha do ritmo/música: Nome do grupo: Integrantes do grupo: 06 – CONHECENDO O ARTISTA: VINCENT VAN GOGH – TINTA IMPASTO. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Vincent Van Gogh não foi muito conhecido durante a sua vida, mas hoje é um dos mais famosos pintores de todos os tempos. Ele viveu pouco, mas pintou mais de 800 quadros. Em uma de suas inúmeras cartas ao seu irmão Théo, disse: “Estou funcionando como uma máquina de pintar”. Mesmo tendo estado muito doente nos últimos anos de sua vida, as pinturas dessa época são consideradas as que mais representam todo o seu estilo e criatividade. O pintor é conhecido por suas cores contrastantes e sua técnica de pintura em impasto, cheia de riscos e movimentos oscilantes de seus pincéis. Van Gogh colocava a sua tinta na tela com uma espátula ou pincéis maiores que o normal, quase que como se trabalhasse com argila, formando marcas com muitas texturas e cores. Um dos mais famosos quadros de Van Gogh são os seus “Girassóis”, rica em contrastes de cores e produzida com a técnica do impasto. A experiência de pintura de impasto de Vincent Van Gogh é experimentada pelos jovens artistas com uma tinta caseira muito grossa e um acabamento de texturas irregulares. Praticar a arte: Experimentando a Pintura Impasto. Orientações para se trabalhar com tinta impasto: 1. Prepare a receita de tinta impasto nos frascos ou xícaras, uma cor diferente para cada recipiente, utilizando colheres, pincéis, palitos de picolé etc. Van Gogh gostava de cores quentes, como amarelo, laranja, marrom, vermelho, mais quaisquer cores que você escolherá serão perfeitas para essa atividade. 2. Coloque colheradas de tinta colorida em uma bandeja de isopor, mantendo as cores a uma distância umas das outras para elas não misturar. Você irá misturá-las na sua obra. Assim como Van Gogh fazia. 3. Aplique tinta no papel ou na cartolina com um palito de picolé ou um pincel duro. Faça texturas, linhas e formas na pintura, com o pincel ou um palito. 4. Continue a pintar e aplique mais tinta sempre que necessário. A sua pintura deverá ficar cheia de marcas de tintas e desenhos grossos. Atente para não esfregar muito. Você precisa depositar a tinta e não só esfrega-las. Van Gogh descobriu a pintura depois de tentar e fracassar em outras profissões, desde negociante de arte e pregador. Todos os 800 ou mais quadros de Van Gogh foram criados nos dez últimos anos de sua vida. Ele tentava expressar seus pensamentos e emoções em sua arte, muitas vezes trabalhando dia e noite sem parar esquecendo-se inclusive de comer. Os quadros de Van Gogh são repletos de cor, imagens em espiral e sentimentos intensos. Uma das maneiras pelas quais o artista conseguia representar o movimento em suas obras era fazendo linhas de cor espalhando-se no fundo, rodeando-as em anéis ou círculos concêntricos. Suas pinturas mostravam anéis de luz em torno de estrelas em um céu noturno ou irradiando de um sol quente de verão. A tinta se parece com as ondulações que acontecem quando se atira uma pedra na água parada. Essa sensação pode ser observada no quadro “Noite estrelada”. 07 – CONHECENDO O ARTISTA: PAUL CÉZANNE – NATUREZA MORTA. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Cézanne, um dos maiores pintores pós-impressionistas, era um homem que conhecia muita gente, mas tinha poucos amigos. Mesmo assim, Cézanne trabalhou com muitos artistas importantes, como o pintor Pisarro e o escrito Émile Zola. Geralmente pintava “naturezas-mortas” – pinturas de objetos que não se movem, como vasos, tecidos, pratos e frutas – em arranjos feitos em seu estúdio. Os pós-impressionistas e Cézanne surgiram no final da época impressionista e considera-se que tenham feito a ligação entre o estilo de Monet e Van Gogh e o que consideramos hoje como Arte Moderna. Cézanne desenvolveu o estilo de utilizar formas geométricas como base para suas pinturas por acreditar que todas as coisas do mundo eram feitas a partir de uma esfera, um cilindro, um cone ou um cubo. Ele formava seus desenhos com pinceladas fortes, contornadas com cores escuras. Utilizava o pincel com se fizesse formas na tinta como um cinzel, uma técnica que iria evoluir para o conhecido estilo do Cubismo. Como muitos dos grandes mestres, apenas depois de sua morte, aos 67 anos, Cézanne foi reconhecido como merecia, sendo considerado o “pai da pintura moderna”. Praticar a arte: Observando e experimentação as “Naturezas Mortas”. Materiais: Item de natureza morta, como: tigela de frutas, garrafas, jarras, vasilhames, xícaras, vaso com flores, velas etc. Régua Lápis grafite Pincéis de pelos duros. Papéis diversos. Tinta guache ou acrílica e bandejas de isopor ou pratos de papel. Área de trabalho forrada com jornais. Espátulas de pintura ou palitos de picolé. Imagens de algumas naturezas-mortas pintadas por Cézanne. Instruções: 1. Observe as obras de Cézanne para você se inspirar. Observe as cores e os posicionamentos dos objetos (composição). 2. Coloque os itens a serem pintados em uma mesa ao centro, próxima a você. Arrume as tintas, os papéis e escolha os pincéis. Você também pode utilizar ferramentas alternativas como palitos, cotonetes etc. Observe o item e desenhe-o levemente com o lápis no suporte escolhido (papel). 3. Para conseguir transformar ou destacar as formas do item escolhido em formas geométricas, como fazia Paul Cézanne, pegue uma régua e desenhe em seu esboço com linhas fortes eretas, mudando o esboço quantas vezes precisar, a partir de formas mais redondas para outras, mais angulares ou geométricas. As linhas podem ser curtas, longas ou ambas. 4. Em seguida, molhe uma espátula ou o palito de picolé na tinta, toque-o no desenho, sobrepondo as linhas do lápis. Tente a mesma coisa com um pincel de cerdas mais duras. Use movimentos rápidos. Utilize quantas cores quiser. Faça as linhas com as grossuras que desejar. 5. Continue pintando, acrescente mais tinta, mas misture, mexa e suavize as tintas com a ponta da espátula ou palitos que você escolheu. Isso irá, de algum modo, preencher as formas geométricas e completar o fundo. 6. Deixe secar completamente e delicie-se, olhando as pinturas de formas geométricas parecidas com as que Cézanne fazia em seu estilo de natureza morta. 08 – CONHECENDO O ARTISTA: PAUL GAUGUIN E A MISTURA DE CORES. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] O artista francês Paul Gauguin é famoso por utilizar cores incomuns em seus quadros, que quase sempre, retratavam cenas do cotidiano, pessoas e natureza. Gauguin foi marinheiro durante muitos anos, tornando-se depois um corretor de ações em Paris. Depois de tomar lições de arte, deixou seu trabalho e tornou-se um artista em tempo integral. Gauguin morou com Van Gogh durante muito tempo, embora eles não se dessem muito bem. Depois, foi para os mares do sul e para o Taiti, onde morou até o fim de sua vida. A beleza do lugar inspirou Gauguin a pintar as suas mais famosas pinturas. Ele pintava em cores lisas (chapadas), mostrando as vidas das nativas do Taiti. Foi assim que começou a fazer experiências com cores em seus quadros. Ele podia pintar um céu de amarelo, a grama de laranja e as montanhas de vermelho. Hoje, sob influência as experiências de pintura desenvolvidas por Gauguin, muitos artistas experimentam também o uso de cores incomuns em uma paisagem simples, utilizando guaches com cores irradiantes. Praticar a arte 1 - Experimentação com misturas de cores: Instruções: 1. Junte as tintas, os pincéis e o papel. 2. Coloque o papel (suporte) na mesa. Fixe-o à mesa com a fita crepe conforme mostra a ilustração. Quando a fita for retirada mais tarde, deixará uma moldura natural em torno da pintura. 3. Imagine uma pintura de paisagem, como uma montanha, um lago e algumas árvores. Observe as imagens das obras expostas em sala para se inspirar. 4. Pense em cores opostas às reais. 5. Pinte o seu quadro com cores que sejam opostas e irreais. Por exemplo, pinte a grama de rosa ao invés de verde, o lago de amarelo ao invés de azul, o céu de vermelho ou rosa, ao invés de azul, e assim por diante. Use linhas largas e cores lisas (chapadas – sem misturas). 6. Deixe a pintura secar. 7. Retire suavemente a fita crepe. Uma moldura surgirá em torno do quadro feito a partir do estilo de Gauguin, com cores incomuns e irradiantes. Praticar a arte 2: Relato de observação da prática: Escreva no espaço a seguir suas impressões sobre o trabalho artístico desenvolvido a partir da prática artística de Paul Gauguin. 09 – CONHECENDO O ARTISTA: WASSILY KANDINSKY - DESENHO E MÚSICA. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Wassily Kandinsky teve aulas de música e artes plásticas quando era criança, na Rússia, mas não se tornou um artista profissional até os 30 anos de idade. Deixou seu emprego como professor de direito e mudou-se para a Alemanha para estudar artes. Naquela época, as pessoas achavam que um desenho ou uma pintura deveria representar a realidade. Quanto mais realista, melhor. Os pintores impressionistas começaram a produzir quadros que não pareciam exatamente reais. Kandinsky foi o primeiro artista a distanciar-se definitivamente do realismo: pintou os primeiros quadros totalmente abstratos, quadros que eram simplesmente cores, formas, linhas e texturas, porque para ele esses elementos tinham significado próprio. Kandinsky era músico, além de pintor, e pensava nas cores como se fossem música. Os quadros simples eram como melodias para ele. As pinturas complexas eram como sinfonias. Ele chamava muitos de seus quadros de “improvisações”, o que significa uma música feita na hora, sem planejamento anterior. Praticar a arte 1: Experimentação artística envolvendo pintura e música. Instruções: 1. Selecione uma música especial. As peças abaixo, bastante conhecidas, são excelentes para pintar. Qualquer tipo de música serve para pintar, do rock contemporâneo até às músicas folclóricas. - Bach, “Concertos de Brandenberg”; - Wagner, “A Cavalgada das Valquírias”; - Copeland, “Appalachian Spring”. - Qualquer música de Tom Jobim ou Villa Lobos. 2. Escute a música selecionada por algum tempo, mantendo a concentração, com os olhos fechados. Mantenha-se em uma posição confortável. Enquanto a música toca tente imaginar cores, linhas, formas que podem ser usadas para criar os sentimentos dados pela música. 3. Agora escute por mais um tempo a música enquanto você pinta o quadro dos sons. Use linhas, formas e cores sem tentar desenhar qualquer outro objeto em especial. Crie uma pintura abstrata que seja feita na hora, uma improvisação criada sem planejamento ou esboço anterior. 4. Troque de música e pinte novamente. Você pode acrescentar uma pintura na outra, juntando as percepções de várias músicas. Praticar a arte 2: Realize em casa a atividade de desenho a partir de uma música. Escolha uma música que você goste e transforme-a em uma composição abstrata. Utilize o espaço a seguir. Aplique as cores que desejar. Dê um nome à sua obra. 10 – CONHECENDO O ARTISTA: PIET MONDRIAN - LINHAS RETAS E CORES. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Piet Mondrian cresceu na Holanda. Depois de terminar sua escola regular, estudou para ser artista. Após uma visita a Paris em 1910, parou de desenhar e pintar paisagens reais de retratos de pessoas. Ao invés disso, voltou-se para as imagens abstratas – com desenhos geométricos que não tinham qualquer tema ou nome especial. Mondrian queria criar quadros para expressar ideias e sentimentos. O pintor trabalhou duro para encontrar a exata localização das linhas para fazer quadrados e retângulos. Ele queria criar uma imagem que fosse a melhor, com perfeita harmonia entre linhas e cores. Suas pinturas mais famosas são feitas totalmente de linhas retas e cores simples, como se fossem uma forma mais simples do Cubismo. Praticar a arte 1: Produção artística com linhas retas. Instruções: 1. Cole o papel quadriculado em um pedaço de papel cartão ou no papelão para ficar mais firme. Deixe secar completamente antes de começar o trabalho. 2. Divida o papel quadriculado em quadrados e retângulos de tamanhos diferentes com faixas de fita preta. Comece colocando a fita em toda a volta. Depois coloque-a no interior do papel. Observe o modelo para se orientar: Recorte pedaços de diferentes tamanhos da fita preta para criar espaços de diferentes tamanhos. Para criar a partir da prática de Mondrian, faça os contornos apenas da cor preta. 3. Vire o papel dividido com seus contornos em diferentes direções para você escolher qual será melhor. Quando você escolher lembre-se de que ele deverá ser exposto assim. 4. Pinte algumas áreas de branco. Mondrian gostava de usar cores fortes e chapadas como o vermelho, o azul, o amarelo e o preto. Praticar a arte 2: Vamos realizar uma releitura a partir do estilo de Piet Mondrian. Escolha apenas quatro cores. Atente para que não seja nenhuma das usadas pelo artista. Aplique as cores escolhidas nos espaços abaixo para criar sua composição abstrata geométrica: 11 – CONHECENDO O ARTISTA: PAUL KLEE E A LINHA CONTÍNUA. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Paul Klee veio de uma família musical e viveu uma vida permeada pela música. Nasceu na Suíça, filho de pai alemão, que tocava órgão na igreja. Klee aprendeu a tocar violino, estudou na Alemanha e se considerava um alemão original. Foi difícil para ele escolher entre a carreira nas artes plásticas ou na música, mas escolheua primeira. Sua esposa era professora de piano. Por não ter um ateliê, ele pintava na mesa da cozinha, enquanto ela dava aulas de piano. Durante estes anos, seus desenhos, gravuras e aquarelas eram pequenos, devido ao tamanho da mesa. Mais tarde, vivendo em uma casa maior, veio a ter seu primeiro ateliê de pintura. O seu vizinho era ninguém menos que Wassily Kandinsky, que já era famoso por seus quadros musicais. Kandinsky e Klee eram bom amigos e respeitavam o trabalho um do outro, mas não se influenciaram no trabalho. Klee usava padrões gráficos em forma de mosaicos e misturava as formas artísticas figurativas abstratas e figurativas. Utilizava-se da técnica de pintura, derivada do impressionismo, conhecida como pontilhismo. Ele expressou em suas obras interesses pessoais (músicas e poesias, por exemplo), crenças, sonhos e experiências de vida. Utilizava várias técnicas e materiais (aquarela, óleo e tinta), muitas vezes combinando-os em suas pinturas e usava de grande variedade de cores fortes, como instrumento de composição artística. Praticar a arte 1: Desenhando com apenas uma linha – Desenho com traço contínuo. Instruções: Desenho realístico com uma única linha. - Com um lápis, faça um leve esboço de um objeto no papel. Desenhe qualquer objeto simples, como um rosto, um vaso de flores, um carro, um animal, uma casa, umas árvores etc. - Desenhe sobre o esboço de lápis com um pincel atômico ou canetinha, porém sempre sem levantar o pincel do papel até que toda a figura esteja completa. Deixe que a linha contínua cruze a si mesma e passe de uma área a outra, até que a linha única tenha desenhado o objeto completo. - Apague completamente as linhas do lápis que você fez anteriormente. - Pinte algumas áreas no desenho com aquarelas ou goaches lavados, deixando outras áreas sem preenchimento. 12 – EXPERIMENTAÇÃO COM DESENHO ABSTRATO COM UMA ÚNICA LINHA. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Praticar a arte 1: Desenho abstrato de uma única linha. Instruções: 1. Coloque a ponta do pincel atômico em um canto da folha de desenho. Em seguida, devagar e cuidadosamente, sem levantar o pincel, deixe-o passear sobre a superfície da folha, faça linhas longas, voltinhas, ziguezagues e espirais. Deixe algumas partes do papel abertas e brancas, sem quaisquer linhas. Preencha outras áreas com linhas. Crie um desenho abstrato como você desejar. Quando o desenho de linhas estiver terminado, use aquarelas para colorir algumas das áreas. Deixe outros espaços em branco. / 13 – EXPERIMENTAÇÃO COM CONSTRUÇÃO DE ESCULTURA COM A LINHA CONCRETA. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Paul Klee estava profundamente interessado na arte das crianças e tentava capturar sua criatividade em seus próprios quadros. Ele achava que a arte das crianças guardava mistérios acerca da criatividade. Assim como certas crianças, muitas vezes ele desenhava com uma linha arranhada e tons suaves, trabalhando em papéis do tamanho de folhas de caderno. Costumava combinar pinturas coloridas com desenhos de linhas, às vezes incorporando hieróglifos (escrita das civilizações antigas), em sua arte. As obras de Klee são consideradas poéticas, ou seja, suas pinturas são como poemas para serem seguradas com a mão e lidas, ao invés de quadros para serem pendurados na parede e vistos. As pinturas e desenhos de Klee combinam arte popular, arte abstrata e humor. Muitas de suas imagens têm títulos que nos fazem sorrir. Um de seus primeiros a bico de pena chama-se “Two Men Meet, Each Believing the Other to be of Higher Rank” (“Dois homens se encontram, cada um deles pensando que o outro tem um cargo superior ao seu”). Outra pintura famosa de Klee, mostrando formas simples de pássaros em arame chama-se “The Twittering Machine” (“A máquina cantante”). Praticar a arte - Escultura de uma única linha: Uma linha de arame única e contínua também pode criar uma escultura, uma obra de arte tridimensional (com altura, largura e profundidade) que pode ser vista de lados diferentes. Com cuidado, entorte uma peça única de arame ou fio (desses de energia) maleável de várias maneiras, de modo a criar uma forma que você idealizou. Crie uma imagem abstrata ou entorte o arame para lembrar um objeto real. Para fazer uma escultura que fique permanentemente de pé, crave as pontas do arame em uma porção de argila ou massa para firmá-la. Quando a argila secar, coloque a escultura em uma estante ou mesa para que seja vista. vf Utilize o espaço para esboçar sua escultura de arame em uma única linha: 14 – CONHECENDO O ARTISTA: PABLO PICASSO E A MONOCROMIA. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Pablo Picasso foi o pintor mais famoso do século XX, trabalhando com escultura, trabalhos gráficos, cerâmica, desenho e pintura. Ele é mais lembrado como cubista. Antes de se tornar um cubista famoso. Em determinado momento de sua vida artística Picasso tinha um estilo pessoal de pintar e expressar-se chamado de “Fases”. De 1891 a 1904 ele desenvolveu a sua “Fase azul”, concentrando-se em quadros com temas de solidão, de desespero, usando basicamente a cor azul para comunicar esses temas. Mais tarde, de 1904 a 1906, Picasso trocou o silêncio para um estilo que expressava cores e ânimos mais quentes, chamado de “Fase rosa”. Fase azul (1901-1905): Durante a fase azul, as obras de Picasso abordaram temáticas como a solidão, a morte, o abandono, a cegueira, a pobreza, a alienação, o desespero. Esse período esteve marcado pela melancolia. Por outro lado o nome desta fase se deve ao predomínio da cor azul. Estas obras foram realizadas em Barcelona e Paris, período de intensa dificuldade financeira para Pablo. É evidente também as representações de ladrões, meninas de rua, velhos, doentes, prostitutas e mães com crianças. Será neste período que Picasso se afastará da pintura acadêmica e sofrerá influência da literatura catalã, com forte critica social. Fase rosa (1904-1906): Ao se apaixonar por Fernande Olivier, suas pinturas irão mudar de azul para rosa, dando início a esta nova fase, caracterizada pela alegria. É neste contexto que Pablo Picasso mudou-se para Paris e inaugura seu atelier em Montmartre. Ali, ele realiza uma exposição para colecionadores, os quais compraram suas obras e, com isso, resolvem a situação financeira de Pablo. Praticar a arte - Pintura com uma única cor – Monocromia: Materiais: Goaches de uma cor principal. Goaches com cores variadas para serem misturadas à cor principal. Vários frascos para misturar a tinta. Pincéis variados. Frasco grande de água limpa para lavar os pincéis. Papel branco para suporte (cartolina, papel cartão etc.). Imagens de algumas obras das duas fases monocromáticas de Picasso para apreciação. Instruções: 1. Escolha uma cor principal e um tema para o quadro. Para este trabalho, o azul será usado como exemplo, mas qualquer cor pode ser escolhida ao invés do azul. 2. Coloque um pouco de tinta azul em vários frascos. Adicione apenas um pouquinho de uma cor diferente a cada frasco, para mudar o tom de azul. Por exemplo, adicione um pouco de branco ao primeiro frasco de azul, e ele se tornará azul claro. Adicione uma pitada de verde ao próximo frasco, e você terá um azul-esverdeado. Adicione uma quantidade mínima de preto em outro frasco e você terá um azul-acinzentado. A ideia principal é manter o azul, mas em tons diferentes. 3. Quando tiver misturado um conjunto interessante de azuis (lembre-se de deixar um frasco com o azul puro), é hora de pintar. Pinte um quadro usando os tons de azul descobertos como as únicas cores. 4. Deixe secar a pintura, crie uma ficha técnica da obra e exponha para apreciação. Variações: Pense em um tema, uma emoção ou um sentimento. Pense em quais cores expressariam esse tema ou sentimento. Pinte em tons e variações de uma cor que seja a mais expressiva para esse sentimento. Por exemplo, um quadro triste pode ser em azul. Um quadro feliz pode ser em tons de amarelo. Um quadro sobre a raiva podeser em tons de vermelho, o verde pode expressar paz e tranquilidade. 15 – EXPERIMENTAÇÃO ARTÍSTICA SOBRE DESCONSTRUÇÃO DE IMAGENS – CUBISMO. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Pablo Picasso é um dos artistas mais famosos de todos os tempos. Ele foi um gênio artístico e é lembrado particularmente por seu estilo de arte chamado de Cubismo. Picasso cresceu na Espanha e, mais tarde, estudou e viveu em Paris. Quando criança demonstrava um talento artístico incrível e era considerada uma criança prodígio. Na verdade, seu pai, que também era artista, deu a ele todo o seu material de arte, já que Picasso, então com 13 anos, demonstrava ter um talento tão impressionante. Quando tinha 19 anos, já era um artista profissional, com completa formação. Picasso mudou-se para Paris e viveu uma vida muito simples e pobre, enquanto pintava mais de 200 obras. Esses quadros mostram sua tristeza em relação à vida pobre dos que habitavam em torno dele. Esse período foi chamado de Fase Azul. Em outro momento de sua vida, Picasso começou a fazer um tipo mais feliz de pintura, mostrando palhaços e artistas de circo. Este período foi chamado de Fase Rosa. A seguir, começou a pintar quadros que se pareciam mais com quebra-cabeças com as peças fora de ordem. Às vezes, Picasso colava coisas em seus quadros, como recortes de jornal, um rótulo de garrafa, botões, tecidos, ou pedaços de barbante. Essa técnica ficou sendo chamada de Colagem, inventada por ele. O artista pintou até o dia que morreu, aos 92 anos. Picasso e os outros cubistas tentaram criar uma nova forma de ver as coisas na arte. Eles olhavam para alguma coisa e tentavam desmembrá-la, em sua forma de pintar. Por exemplo, Picasso tentava mostrar modelos que pintava de todos os lados ao mesmo tempo, e não apenas de um único ponto de vista. Ele podia mostrar uma mulher com os olhos voltados para a direita, mas seu nariz voltado para a esquerda. Suas formas básicas do corpo eram mudadas para formas cúbicas ou quadradas, em várias direções ao mesmo tempo. Ele poderia parecer-se com algo como um quebra-cabeça ou um espelho quebrado. Muitos outros artistas aprenderam com o que Picasso pintou e a incorporaram em suas próprias esculturas e pinturas. O Cubismo mudou o conceito de arte e abriu o caminho para o Surrealismo e a Arte Moderna. Praticar a arte 1 – Produção artística de desconstrução de imagem: Materiais: Papel branco (cartolina, cartão, papel dupla face etc.). Tintas de cores variadas e pincéis diversos. Diversos pedaços de papéis coloridos. Alguns itens para colagem como recortes de jornais e revistas, botões, rótulos de diferentes embalagens, tecidos estampados e lisos, barbantes comuns e coloridos etc. Tesoura e cola. Giz de cera. Instruções: 1. Peça um amigo para que sirva de modelo para este quadro. Ele deve sentar-se ou ficar de pé, em uma área aberta, próxima a você. Olhe para o modelo e faça sua pintura no papel branco, esboçando seus primeiros contornos. Busque criar formas que expressem os contornos do seu modelo. 2. Aplique a tinta sobre o esboço feito, acrescentando mais formas e cores, sempre pensando no modelo que você se inspirou. Deixe secar bem para que você a recorte depois. 3. Com a pintura feita, recorte-a em partes diferentes. Você pode marcar a pintura antes de recortar. Faça linhas que se cruzem formando algumas peças do quebra-cabeça. Quadrados, retângulos e outras formas cubistas funcionam bem. 4. Depois de recortada, você remontará as peça da pintura. Eles podem ser colados em ordem ou fora de ordem. Pedaços de cabeça para baixo também servem. Quando todos os pedaços estiverem colados no papel de suporte (cartolina, papel cartão ou em um papelão etc.), cole mais alguns itens que você separou para criar a colagem, experimentando assim a poética e o fazer artístico de Pablo Picasso. Praticar a arte 2: Você também pode construir um quebra-cabeça cubista a partir de uma fotografia sua ou de uma imagem impressa retirada da internet, como um rosto, um animal ou uma paisagem. 16 – CONHECENDO O ARTISTA: SALVADOR DALÍ E A IMAGEM SURREALISTA. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] O grupo de artistas chamados de surrealistas acreditava que o inesperado e o inacreditável podiam acontecer na arte. Um relógio poderia derreter-se e se transformar em uma forma estranha, pingando. Uma cadeira poderia ter as patas de um gato. As escadas poderiam subir e ainda assim, acabar abaixo delas mesmas. O Surrealismo é a arte do irreal, onde leis como a da gravidade e da lógica não se aplicam, e tudo pode acontecer. Salvador Dalí, o surrealista mais conhecido, nasceu na Espanha e, mais tarde morou e se criou nos Estados Unidos. Ele chamava suas pinturas surrealistas de “fotografias de sonhos pintadas à mão” e impressionou os outros com seus objetos e combinações estranhas de objetos e figuras, normalmente misturando fotografias e colagem com pinturas a óleo. Dalí também era um talentoso designer de joias, escultor e até se arriscou em produções de filmes. Combinando recortes de revistas com desenhos de formas inesperadas vários artistas surreais experimentam a construção de imagens surrealistas, misturando o humor e a imaginação sem limites. Praticar a arte – Construindo uma imagem surreal – “Uma fotografia de sonho criada à mão”: Materiais: Folha grande papel para suporte (cartolina, papel cartão etc.) na cor que desejar. Canetinhas hidrográficas, giz de cera, lápis de cor. Tesoura e cola. Revistas e jornais para recorte. Imagens de obras surrealistas para apreciação e possível recorte. Instruções: 1. Escolha diversas imagens das revistas e dos jornais de sua preferência. Objetos, animais, paisagens, rostos etc. 2. Monte as imagens escolhidas e recortadas, organizando-as no suporte. Não as cole. 3. Em seguida, use a sua imaginação para desenhar figuras utilizando o recorte como ponto de partida. Monte o desenho para que se crie uma imagem surpreendente. 4. Pedaços e formas de papéis coloridos também podem ser acrescentados ao desenho. 17 – CONHECENDO O ARTISTA: MARCEL DUCHAMP E O DESENHO COM BARBANTE. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Marcel Duchamp foi um pintor francês e líder de um grupo de artistas que se autodenominavam dadaístas. Os dadaístas eram conhecidos como brilhantes inovadores e livres pensadores. Para denominar seu grupo, utilizavam a palavra infantil, sem significado específico “dada” que quer dizer “cavalo de pau” em francês, algo como “gu-gu”, em português. A palavra “dada” expressava que sua arte era absurda, e eles queriam chocar a comunidade artística. Todo o grupo dadaísta gostava de experimentar ideias novas, estranhas, ou incomuns, que nunca tivessem sido tentadas antes. Quando Duchamp tornou-se um artista famoso, mudou-se para os Estados Unidos, para expor seus trabalhos. Duchamp era um artista inventivo e lúdico, que acreditava nos “males que vem para o bem”, no estilo dadaísta de arte. Uma de suas técnicas artísticas favoritas era deixar cair pedaços de barbante em uma folha de papel e depois registrar seus desenhos e curvas de várias formas e meios artísticos. Duchamp espalhou sua curiosa técnica artística entre outros artistas que encharcavam o barbante em tinta e depois deixavam cair em uma folha de papel, automaticamente registrando a imagem a partir de uma técnica especificamente dadaísta. Praticar a arte – Construindo uma composição artística com o barbante: Materiais Pedaços de corda ou barbante Vasilhas com diferentes cores de goache misturados com um pouco de cola branca comum. Folha grande de papel (cartolina, papel cartão etc.). Instruções: 1. Coloque pedaços de barbante dentro das vasilhas com diferentes cores. 2. Tire os barbantes da mistura de goache com cola e deixe-os cair sobre a folha formando uma composição. Não altere a posição do barbante depois de posto sobre o suporte. 3. Aguarde secar completamente. 4. Tente ler as formas criadas, procurando observar se surge alguma forma conhecida.5. Você pode acrescentar desenhos entre os espaços criados. 18 – CONHECENDO A ARTISTA: FRIDA KAHLO E PRODUÇÃO DE AUTORRETRATO. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Frida Kahlo cresceu no México nos primeiros anos do século XX. Apesar de uma doença que aleijou uma de suas pernas, ela teve uma infância feliz e uma família amorosa. Quando tinha dezesseis anos, Kahlo teve um acidente de carro terrível e quase morreu. Ela foi afetada por problemas de saúde para o resto da vida por causa daqueles ferimentos. Ao recuperar-se do acidente, Kahlo começou a pintar. Muitas de suas pinturas são retratos de pessoas que fizeram parte da sua vida ou retratos dela própria, pinturas que fez de seu próprio rosto e corpo. Ela pintava pessoas rodeadas de coisas importantes para elas, como animais de estimação ou familiares e criou também vários quadros de sua infância e das pessoas de sua família. Artistas do mundo todo desenham ou pintam seus autorretratos, em algumas vezes, olhando-se no espelho. Um autorretrato pode ser até mesmo mais especial se incluir coisas importantes, como uma camiseta ou um boné favorito, um brinquedo ou uma boneca especial, uma bola de futebol ou qualquer outro objeto que diga algo sobre você. Qualquer objeto ou propriedade que signifique muito para o artista pode ser incluído para tornar o autorretrato mais significativo. Kahlo é famosa por incluir animais de estimação em muitos de seus quadros. Praticar a arte – Autorretrato especial: Materiais: Folha de desenho. Lápis e borracha Material para colorir. Espelho para se olhar enquanto desenha. Ou uma fotografia sua. Acessórios à sua escolha, para segurar ou vestir e acrescentar no desenho, como um boné, um brinquedo, a foto do seu animal de estimação etc. Instruções: 1. Comece fazendo um leve esboço (rascunho) de um rosto e ombros. Acrescente o formato da boca, do nariz e dos olhos, o jeito do cabelo e vá aprimorando os detalhes. 2. Acrescente o desenho dos seus objetos escolhidos. Lembre-se que eles precisam dizer algo sobre você. Pense também no cenário de fundo onde você estará para criar mais detalhes em sua obra. 3. Apague as linhas que você não quer em seu esboço e melhore as que realmente estão certas. Depois, aplique as cores que desejar. Realce os contornos e assine, ponha a data da produção. 19 – CONHECENDO O ARTISTA: MARC CHAGALL – OBRA “O VIOLINISTA VERDE”. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Com uma autobiografia íntima e sonhadora, sua arte conta histórias mágicas que exaltam a eterna floração do amor. O herói moderno que cantou a lua, a alma, a união dos amorosos, o casamento, os seres voadores, os sonhos, as lendas e os mitos do homem. Chagall é esta presença luminosa no céu da nossa época. Imigrante, judeu, poeta, pintor, homem amoroso. Principais características do estilo artístico: Presença, em suas obras, de elementos imaginários. Trabalhou com temas oníricos (relacionados a sonhos). Significativa influência do Cubismo. Ênfase no uso de cores escuras, provavelmente para transmitir mensagens e sentimentos de angustia, tristeza e sofrimento. Retratou as aflições da perseguição nazista aos judeus, no período anterior e durante a Segunda Guerra Mundial. Obteve destaque nas pinturas, assim como nas obras de cerâmicas, gravuras, murais e nos vitrais. Praticar a arte 1: Aplique as cores que desejar na obra: Praticar a arte 2: Desenhe o seu violinista: Conhecendo a obra: “O Violinista Verde” Estilo: Cubismo Título (Inglês): Violinist Green Tipo: Pintura Técnica: Óleo Suporte: Canvas Ano: 1924 Pintado em Paris depois de uma longa viagem à Rússia, ao fundo a cidade de Vitebsk, representa a nostalgia e a melancolia sobre o passado e os ambientes rurais. No meio de uma figura forte, o violinista, construído com pinceladas cubistas, governa a tela, ao mesmo tempo em que faz presente sua origem judaica. 20 – CONHECENDO O ARTISTA: MAX LIEBERMANN – RECORTE E COLAGEM NA OBRA. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Max Liebermann foi um pintor, gravurista e litógrafo alemão, essencialmente ligado ao impressionismo e ao primeiro grupo de vanguarda alemão. Filho de um empresário judeu, faleceu poucos anos antes da perseguição anti-semita. Em Berlim, sua cidade de nascimento, Liebermann estudou primeiramente Leis e Filosofia, descobrindo que a sua vocação se voltava para os ambientes artísticos ao ingressar, em Weimar, numa escola de pintura e desenho, no ano de 1869. Estudou depois em Paris, em 1872, e na Holanda, durante 1876- 1877. Regressando depois à Alemanha, instala-se em Munique por algum tempo, mas regressa à capital, Berlim. Praticar a arte: Recorte de revistas e jornais imagens que combinem com a obra apresentada e faça intervenções nela com colagem. Você também pode desenhar, pintar e recortar elementos como flores, personagens, animais e objetos. Apreciação de obras: 21 – CONHECENDO O ARTISTA: AMEDEO MODIGLIANI – AUTORRETRATO ESTILISADO. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Amedeo Modigliani foi um pintor e escultor italiano, conhecido como o “príncipe de Montparnasse”, famoso por seus retratos com rostos alongados que fizeram dele uma das grandes personalidades da pintura do início do século XX. Muitas vezes, Modigliani é citado como um expressionista, no entanto, o artista nunca se interessou por representar a natureza, só se conhece três paisagens e nunca representou nenhuma natureza morta. Suas esculturas não se enquadram em nenhuma tendência predominante na época – o cubismo e o futurismo. Praticar a arte: Observando as imagens das obras de Modigliani apresentadas, construa um autorretrato seu ou de uma pessoa especial para você aplicando a principal característica das produções do artista, o pescoço alongado. Aplique as cores que desejar. Você pode realizar esta tarefa em uma tela, usando o seu desenho como esboço para a obra. 22 – CONHECENDO O ARTISTA: MORITZ DANIEL OPPEHEIN E A ESCALA DE CINZAS. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Moritz Daniel Oppenheim foi um pintor alemão que muitas vezes é considerado o primeiro pintor judeu da era moderna. Seu trabalho foi informado por suas raízes culturais e religiosas em uma época em que muitos de seus contemporâneos judeus alemães escolheram se converter ao cristianismo. Moritz se destacou por suas obras realísticas em que retratava ambientes, pessoas e eventos. Muitas de suas obras em possuem uma qualidade artística indescritível usando cores cinzentas. Praticar a arte: Observe a obra de Moritz apresentada. Com o uso do lápis grafite e o lápis de cor preto e cinza, acrescente o preenchimento na imagem para construção de diferentes áreas de monocromia. Você pode aplicar carvão ou giz cera. Sempre usando as cores preta, grafite, cinza e suas variações. 23 – CONHECENDO O ARTISTA: LÁSZLÓ ZINNER E A PRODUÇÃO DE ESCULTURA. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] László Zinner nasceu em 1908, em Dömos (Hungria), mas o antissemitismo presente em seu país e em outras nações europeias o obrigou a mudar de cidade ao longo da vida. Na década de 1920, foi para Budapeste rumo a Bruxelas, depois Paris, Madrid, Tanger, Lisboa, até chegar ao Rio de Janeiro, em 1946, e se fixar, posteriormente, em São Paulo, onde viveu até o final da vida, em 1977. Naturalizado brasileiro, Zinner criou bustos e esculturas de califas (Mulei el Hassan Ben el Mehdi), presidentes (John F. Kennedy) e cantores (Frank Sinatra), entre outros, além de eternizar, com suas esculturas e desenhos, imagens de pessoas comuns. Zinner também foi professor de modelagem e um grande divulgador do esperanto. Praticar a arte – Experimentação prática e produção artística de escultura com massa de modelar plastilina: Através da plasticidade da massa de modelar, vamos criar nossa escultura. No espaço abaixo você criará, primeiramente, o esboço de sua escultura. Qualquer figura que desejar como objetos, animais ou figuras humanas etc. Pense nas formas que compõem a figuraque você escolheu assim como os detalhes. 24 – CONHECENDO O ARTISTA: JOAN MIRÓ E A ESCULTURA EM PAPEL. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Com as cores e atmosfera de primavera, nasceu Joan Miró i Ferrà, pintor, gravador, ceramista e escultor espanhol, no dia 20 de abril de 1893, em Barcelona. Seu pai era ourives e relojoeiro em uma loja chamada Aquarium que ficava localizada na Praça Real. A mãe Dolors Ferrà, pertencia a uma família tradicional. Sua proverbial inépcia para o desenho confessa: “não sei distinguir uma linha reta de uma curva”. Miró e sua arte sobreviveram aos conflitos das duas grandes guerras e ganharam reconhecimento internacional definitivo. Pintor de intensos vermelhos, azuis, verdes e amarelos, de fantoches ao mesmo tempo sábios, infantis e inquietantes. Praticar a arte: Construção de escultura com materiais reciclados a partir da observação das obras de Joan Miró: Observe as imagens a seguir de algumas obras do artista Joan Miró. Perceba como ele trabalha a linha, as cores, a união de diferentes formas geométricas e, principalmente o ponto. As cores que Miró usa são sua identidade artística. Materiais: Objetos de natureza reciclada: rolinhos de papel higiênico, pedaços de barbantes, pregadores de roupas, tampas de garrafas, botões, copos e talheres descartáveis, palitos de picolé, etc. Tesoura e cola. Tintas nas cores vermelha, azul, verde e amarelo. Assim como preto e o branco. Pincéis variados Recortes de papéis coloridos. Imagens de obras de arte de Joan Miró em tamanho grande para apreciação. Instruções: 1. A partir da observação das obras produzidas por Joan Miró, escolha uma delas para você transformá-la em uma escultura. 2. Observe bem as formas que compõem a obra escolhida e procure entre os objetos alternativos que você tem quais deles podem representar essas formas. Durante a sua observação vá organizando os objetos de acordo com a obra, observando sua posição e sua relação com as outras formas. 3. Você pode aplicar as cores de Miró nos objetos, ou escolhê-los pelas cores que eles têm, já separando itens na cartela de cor do artista. 4. Acrescente recortes de papel colorido e, não se esqueça de acrescentar círculos de diferentes tamanhos para representar o ponto nas obras. 25 – CONHECENDO A ARTISTA: FAITH RINGGOLD - IMAGENS E RETALHOS DE TECIDOS. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Faith Ringgold cresceu no bairro do Harlem, em Nova Iorque, na década de 1930. Ela sempre foi considerada a melhor artista em sua turma de escola e adorava desenhar e pintar. Sua mãe lhe ensinou a costurar, e Faith muitas vezes tentava criar seus próprios trabalhos com linhas e agulha. Ringgold trabalhou como professora durante muitos anos, enquanto ainda criava arte e tentava que suas obras fossem aceitas profissionalmente em galerias e museus. Ela foi inspirada pelo orgulho de sua origem afro-americana e por muitos outros escritores e artistas da época. No início da década de 1970, Ringgold começou a utilizar tecidos, contas e panos costurados em seus quadros. Ela combinava o espírito da arte africana com as imagens de sua infância e com a história negra americana. Suas pinturas com retalhos de tecido agora são parte de muitas coleções de museus no mundo todo. A artista explora a criação de produções artísticas com retalhos imaginando, em primeiro lugar, uma imagem que conte uma história sobre sua vida e então incorporando essa imagem em uma pintura em tecido, experimentando o procedimento de produção. Praticar a arte: Obra com retalhos – Desenvolvimento de produção artística envolvendo retalhos, recortes e colagens. Materiais: Pedaço de tecido de algodão branco ou cru nas medidas que achar necessária. Giz de cera comum ou canetas para tecido. Retalhos de diferentes tipos de tecidos (coloridos, estampados, lisos etc.). Tesoura. Cola para tecido. Se possível, uma máquina de costura (Para arrematar a obra). Ferro de passar roupa (ORIENTAÇÃO DE ADULTO. NÃO FAZER ISSO SOZINHO!). Instruções: 1. Desenhe uma imagem num pedaço de tecido de algodão branco com o giz de cera, deixando sempre uma margem ao redor para ser o espaço onde a cola ou a costura passará. A imagem pode contar uma história sobre a sua vida ou sobre a artista apresentada, você pode desenhar sua família, seus amigos, seu animal de estimação etc. Capriche nas cores e no desenho. Pressione bem o giz de cera para que saia bastante tinta no tecido. 2. A seguir, um adulto pode passar o pano a ferro. Antes disso, coloque alguns retalhos de papel debaixo do tecido com giz de cera e uma folha de papel alumínio sobre ele, de forma que o ferro fique protegido do creiom derretido. Pressione bastante o ferro por alguns minutos, para derreter a cera colorida no tecido e torná-la permanente. 3. Para fazer uma moldura para o desenho, corte pedaços de tecido para encaixar em torno das bordas. Corte tiras longas de tecido, quadrados, triângulos ou outros formatos. Escolha suas cores e seus padrões favoritos. Cole os pedaços escolhidos nas bordas do tecido liso, até que a moldura esteja pronta. 4. Passo opcional: Com a ajuda de um adulto e o uso da maquina de costura, faça costuras sobre a moldura do tecido e da imagem de giz com linha colorida. Ringgold costuma costurar bem em cima de suas pinturas, quando as emoldura com retalhos de tecido. 26 – CONHECENDO O ARTISTA: ANDY WARHOL - COLAGEM COM FOTOGRAFIA. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] O artista plástico americano Andy Warhol ficou famoso por pintar celebridades. Os quadros de Warhol geralmente começavam com fotografias de uma pessoa famosa. Muitas de suas pinturas mostram repetições de uma mesma imagem colorida de maneiras diferentes. Ele gostava de fazer arte utilizando imagens de pessoas famosas e celebridades. Suas obras mais famosas são pinturas da estrela de cinema Marilyn Monroe. Ele também produziu arte com imagens de Elizabeth Taylor, Elvis Presley e a famosa lata vermelha e branca da sopa Campbell´s, uma imagem que quase todos os americanos conhecem. Praticar a arte - Experimentação artística de produção de imagem através de cópias de fotografia: Criar uma imagem repetida a partir de sua própria fotografia, com uso de uma copiadora, experimentando o procedimento artístico criado por Andy Warhol. Materiais: Fotografia um artista que você goste e a sua própria foto. Máquina copiadora. Tesoura. Lápis e régua.Papel cartão ou cartolina. Cola. Orientações para desenvolvimento da atividade: 1. Use a máquina de fotocópias para ampliar uma foto de um artista que você goste ou a sua própria fotografia, de forma que o rosto possa ser recortado em um quadrado. Faça seis cópias. É preciso que as cópias fiquem mais claras para possibilitar a aplicação de cor. 2. Cole as seis cópias da fotografia sobre a cartolina ou o papel cartão. 3. Com o uso do giz de cera, lápis de cor, canetinhas ou giz pastel oleoso, aplique as cores que desejar para cada uma das seis cópias. Você também pode recortar o rosto e colar em um fundo colorido. 4. Ao unir as seis copias agora colorida, forme uma composição com elas, arrematando-as em uma colagem na cartolina para ficarem mais rígidas. Você também pode realizar essa atividade em seu caderno de arte com cópias menores e em maior quantidade. 5. Você também pode aplicar a mesma atividade em alguma foto ou imagem de algum produto, alimento ou objeto que você goste como, por exemplo: embalagens de iogurte, leite em pó, biscoito recheado etc. 27 – CONHECENDO O ARTISTA: NORMAM ROCKWELL – ILUSTRAÇÃO DE HISTÓRIA. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Normam Rockwell é conhecido e adorado por suas imagens divertidas da vida cotidiana americana. Ele começou sua carreira como ilustrador de livros infantis em 1916, mas em seguida foi trabalhar para uma revista chamada Saturday Evening Post, que era muito famosa na época. Rockwell fez mais de 300 ilustrações para a capa desta revista, e seu trabalho tornou-se predileto em váriasfamílias. Uma imagem famosa de Rockwell mostra um funcionário do zoológico, calmamente lendo um jornal e comendo um sanduíche, enquanto um leão faminto olha fixo para a comida, a apenas alguns centímetros de distância, atrás das grades de sua jaula. Outra mostra um menino no consultório de um médico, examinando cuidadosamente o quadro com o diploma da faculdade de medicina pendurado na parede, como se quisesse ter certeza de que o médico está qualificado para dar- lhe uma injeção. Praticar a arte – Ilustração que conta uma história: Ilustrar desenhos ou pinturas com humor. A imagem pode ilustrar ou cantar uma história divertida sem usar palavras. Instruções: Pense em algo engraçado ou divertido que tenha acontecido. Por exemplo, lembre-se de alguma coisa que você realmente gostou, como uma festa de aniversário, uma viagem à praia ou um prêmio que você já ganhou. Lembre-se de algo engraçado que fez todo mundo rir, como lambuzar o rosto acidentalmente com o glacê do bolo, pegar no sono na mesa da cozinha ou encontrar seu gato em uma posição estranha no sofá. Escreva alguns parágrafos sobre esse acontecimento. Desenhe uma figura com o lápis para ilustrar a história e pinte da forma que desejar. Escolha o melhor momento da história e desenhe uma figura que mostre o que aconteceu. Inclua bastantes detalhes no desenho. Olhe o desenho acabado com atenção. Ele conta a história tão bem que as palavras escritas em sua história não são mais necessárias. ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ 28 – DESENHO DE OBSERVAÇÃO: CONSTRUÇÃO DE IMAGENS. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Saiba o que é paisagem urbana e paisagem rural Grandes edifícios, trânsito de pedestres e veículos, poluição sonora, visual e principalmente do ar, são os componentes das paisagens urbanas. Neste local o clima difere consideravelmente do ambiente natural, pois existe uma maior concentração de poluentes, o que pode provocar diversas doenças à população. Já na paisagem rural este problema não existe. Por conter maior número de áreas verdes bem arborizadas, as árvores conseguem sequestrar carbono e liberar maior quantidade de oxigênio na atmosfera. Mas além desses fatores, existem outras diferenças entre essas paisagens. Na paisagem urbana, com o crescimento populacional das cidades e a falta de um planejamento urbano, a construção de edifícios foi a solução para abrigar o maior número de pessoas pelos centros urbanos. Porém, isso trouxe consequências não tão agradáveis. Um grande número de árvores foram derrubadas para dar lugar aos prédios e residências. Na paisagem rural, também encontrada nas grandes cidades, é comum observar as unidades que lembram áreas verdes com um grande número de espécies de plantas nativas da Mata Atlântica como ipê, carvalho, jabuticabeira. Portanto, existem muitas diferenças entre a paisagem das cidades e a paisagem que lembra o campo, mas já é possível perceber que esses componentes da paisagem rural são necessários para harmonizar a vida nos grandes centros urbanos. Praticar a arte: Observe as imagens a seguir. Uma mostra uma paisagem urbana, a outra mostra uma paisagem rural. Através do desenho, una as duas imagens em uma só, construindo um paisagem que integra o urbano e o rural. 29 – OBRA DE CLAUDE MONET “BARCOS – REGATA EM ARGENTEUIL” – MONOCROMIA. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Claude Monet é um dos artistas franceses mais famosos da história da pintura moderna. Quando jovem, se rebelou contra os métodos tradicionais da pintura do seu tempo. Monet queria pintar imagens que refletissem a atmosfera dos ambientes ao seu redor. Outros artistas compartilhavam suas ideias, juntos ficaram conhecidos como “impressionistas”. Monet gostava muito de observar os efeitos da luz do sol ou da lua sobre os objetos e paisagens. Pintava rapidamente com largas pinceladas o que na época os críticos diziam parecerem obras inacabadas. Pintava a mesma cena ao amanhecer, ao meio dia e ao anoitecer, fazendo portando, um estudo sobre a incidência da luz nas cenas retratadas. “Barcos – Regata em Argenteuil” – Claude Monet. 1874. Monet dedicou muitas pinturas aos barcos a vela. E “Regatas em Argenteuil” é uma das obras-primas do Impressionismo. É também muito famosa pelo modo espontâneo com que o pintor dispõe as cores na tela. As pinceladas são largas e, em alguns pontos, umas são sobrepostas às outras. Monet emprega no quadro pares de cores complementares: verde e vermelho, azul e laranja. Ele emprega cores puras e mistas, frias e quentes, em alternância, o que dá à obra uma grande luminosidade. O branco e o vermelho encontram-se no azul do céu, no azul do rio e no verde da margem. O artista capta a cena de um ângulo mais fechado, como se estivesse bem próximo dela. Este quadro foi pintado de dentro do barco ateliê do pintor, ancorado perto das margens de Petit-Gennviliers, perto de Argenteuil. À direita encontram-se casas do lugar e, à esquerda, ao fundo, vê-se vagamente a ponte de Argenteuil. Na água aparecem os reflexos dos barcos a vela, oscilando no Sena, que variam conforme o tamanho. Praticar a arte: Observe a imagem da obra “Regatas em Argenteuil”. Utilizando os goaches e tintas azuis e brancas construa o céu misturando a tinta diretamente no papel com o pincél. Acrescente o verde no pincel ainda sujo das cores anteriores para pintar o mar. Vá acrescentando o amarelo no mesmo pincel para que as cores possam se misturar e complete o quadro pintado as regatas. 30 – DESENHANDO E PINTANDO NA OBRA DE TARSILA DO AMARAL: “O PESCADOR”. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Tarsila do Amaral gostava muito da natureza e de animais, principalmente de gatos. Corria pelas redondezas de sua casa e prestava muita atenção nas cores com tonalidades fortes e marcantes, “cores caipiras ou cores do campo” que via nas árvores, plantas e casas. Já gostava de desenhar e pintar. Tarsila viajava muito entre São Paulo e as fazendas e seu interesse e o seu talento para a pintura ficavam cada vez mais forte. Tarsila era uma mulher dinâmica e criativa e buscava sempre estudar muito para aperfeiçoar suas técnicas artísticas. Praticar a arte: Observe a imagem a seguir da obra “O Pescador”, da artista Tarsila do Amaral, pintada em 1925. Observe as formas da paisagem como as montanhas, os coqueiros, as casas, as pedras e o rio. Com o uso do lápis, dê continuidade à imagem, completandotodo o espaço e ampliando a obra. Aplique as cores correspondentes. 31 – A MÚSICA: APRECIAÇÃO ESTÉTICA LEITURA DE IMAGEM. FOLHA 1 DE 3. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Observe a imagem a seguir que mostra os músicos de uma banda de jazz e seus instrumentos: a) O que a imagem mostra? _________________________________________________ _________________________________________________ _____________________________________________ b) Você identifica os instrumentos que as pessoas estão tocando? Quais são? _________________________________________________ _________________________________________________ ____________________________________________ c) Qual é a origem da música? _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _____________________________________________ d) Que estilos musicais você conhece? _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ O surgimento da música e os instrumentos musicais Os registros históricos mostram que, desde os primórdios, os seres humanos homenageavam os deuses e celebravam seus feitos cotidianos por meio da música e da dança. Assim, as civilizações antigas utilizavam a música como elemento essencial da vida comunitária e da expressão de emoções. Na Grécia, a música consolidou-se como arte e técnica. Para os filósofos gregos, ela influenciava o comportamento das pessoas. A educação musical era fortemente estimulada, por ser um dos pilares da cidadania. A música é um tema bastante recorrente na mitologia grega. Basta lembrar-se de Orfeu, músico que encantava os animais selvagens com o som da lira, e das musas, deusas do conhecimento e dos trabalhos artísticos. A voz das musas era tão bela e harmoniosa que serviu de inspiração para a criação da palavra música. Os instrumentos musicais são a base sonora de muitas culturas. A lira e a harpa, instrumentos de cordas estendidas, remetem à cultura greco-romana. Os tambores e outros instrumentos de percussão estão relacionados à cultura africana. As culturas tradicionais da África são diversas e cada grupo étnico tem peculiaridades e costumes que influenciam a música que produzem. É interessante destacar que a palavra ritmada e a relação da música com o cotidiano africano são características presentes em quase todos os grupos desse continente. A música foi apenas uma das heranças que os africanos trouxeram para o Brasil. A tradição musical africana dividiu-se em ritmos que se tornaram muito populares, como o maracatu, o jongo e o samba. O maracatu é um ritmo de origem africana, proveniente da região do Congo. É típico do Nordeste brasileiro e consiste em um desfile ritmado de coroação da rainha e do rei negros seguidos por sua corte. Os instrumentos musicais usados no maracatu são o agogô, as caixas, os ganzás e as alfaias. O jongo é uma das origens do samba e foi trazido de Angola no período da escravidão no Brasil. Trata-se de uma dança e música em que homens e mulheres participam, em círculo. Eles giram, cantam e batem palmas, acompanhando a canção entoada pelo jongueiro, àquele que puxa a cantoria, chocalho feito de folhas de flandres ou latas. O jongueiro pode ficar no centro da roda, onde entram e saem os casais que dançam, revezando os pares, ou no próprio círculo, assim como os instrumentistas. Os tambores de diversos tamanhos, tocados com as mãos, são os instrumentos mais característicos do jongo. O maior se chama tambu e o menor se chama candongueiro. Além deles, há a puíta, uma espécie de cuíca, e o guia. 32 - A MÚSICA: APRECIAÇÃO ESTÉTICA LEITURA DE IMAGEM. FOLHA 2 DE 3. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Agora que você conheceu um pouco sobre a origem da música, seus instrumentos e suas influências, responda às questões e faça a atividade: a) Quais deusas da mitologia grega inspiraram a criação da palavra música? Por quê? _________________________________________________ _______________________________________________ b) Por que a música brasileira tem influência africana marcante? Explique. _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _____________________________________________ c) Desenhe uma roda de jongo no espaço a seguir e use as cores que desejar. Os instrumentos musicais Um instrumento musical é um objeto que produz sons e é criado pelo homem. É preciso bater, sacudir, friccionar, soprar ou tocar o instrumento para que ele produza sons harmoniosos. Os instrumentos musicais podem ser classificados em três famílias: corda, sopro e percussão. Um exemplo de instrumento de corda é o violino; de sopro, a flauta; e de percussão, os atabaques (de origem africana e utilizados em diversos ritmos brasileiros). Os instrumentos da família de cordas que têm cordas friccionadas por um arco (viola, violino, violoncelo, contrabaixo) pertencem à subfamília dos arcos. Os instrumentos de sopro produzem som com o sopro humano e podem ser divididos em duas subfamílias: madeiras e metais. Todos os instrumentos de sopro, mesmo os de metal, que têm palheta de madeira, são da subfamília das madeiras. Palheta (ou bico do instrumento) é uma lâmina que vibra quando o músico assopra. Nos instrumentos da subfamília dos metais, o esforço para produzir som é maior. Os músicos movimentam os lábios, e as bochechas incham de ar. É necessário muito fôlego e técnica para produzir o som e as notas pretendidas. O artista carioca Heitor dos Prazeres (1898-1966) retratou cenas da dança e da música brasileiras em obras bastante coloridas e luminosas. Veja duas delas. Considerando o que você aprendeu sobre os tipos de instrumento musical e as obras de Heitor dos Prazeres, responda às questões. a) Em qual obra vemos um instrumento de corda? ______________________ ______________________ b) De que família são os instrumentos retratados na obra Pastora e dois sambistas? ______________________________________ ___________________________________ c) Que estilo musical você acha que as pessoas retratadas estão tocando? ______________________________________ ___________________________________ Por quê? 33 - A MÚSICA: APRECIAÇÃO ESTÉTICA LEITURA DE IMAGEM. FOLHA 3 DE 3. [PRATICAR A ARTE – VOLUME 8] Praticar a arte 1 - Apreciando os sons: Você conheceu algumas características dos instrumentos musicais. Agora vamos escutar os sons que eles produzem e depois desenhá-los. Material Papel sulfite; Lápis; CDs diversos ou arquivos de músicas em Mp3 que possuam o som de determinado instrumento bem claro. Solos de violino, solos de flautas, solos de piano, solo de saxofone etc. Aparelho de som ou reprodutores de áudio Mp3 Régua. Instruções: 1. Com a régua, dividam a folha de papel sulfite em quatro espaços iguais. 2. Você ouvirá quatro músicas que utilizam diferentes instrumentos musicais, escolhidas pelo professor. 3. Quando a primeira música começar a tocar, tente identificar o instrumento que se destaca. 4. Quando a música acabar, desenhe em dois minutos o instrumento identificado. 5. Repita essa sequência até a quarta música. 6. Após ouvir as músicas e desenhar os instrumentos, forme um círculo para verificar se acertou. 7. Para dar mais capricho aos seus desenhos dos instrumentos, melhore os traços usados e aplique
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