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Resumo Psicologia da Aprendizagem

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Psicologia da Aprendizagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Psicologia da Aprendizagem 
 
Centro Universitário Barão de Mauá 
Disciplina: Psicologia da aprendizagem 
E-mail: euaugustonascimento@gmail.com 
Aula: 06 de fevereiro de 2020. 
 
A aprendizagem pode ser definida como um processo de 
aquisição de novos conhecimentos através de 
experiências vivenciadas e determinadas por fatores 
endógenos e exógenos que resultam na modificação do 
comportamento humano. 
✓ Endógenos: interiores. 
Definição: 
Depende de condições essenciais, tais como: 
Mentais, físicas, sensoriais e sociais para se 
desenvolverem. 
Importância: praticamente todo comportamento e todo 
conhecimento humanos são aprendidos. 
A Psicologia da aprendizagem foca o indivíduo e o 
desenvolvimento intelectual de suas capacidades. 
As teorias da aprendizagem estabelecem relação com as 
ações pedagógicas e refletem também sobre a maneira 
como as teorias estudadas questionam e se relacionam 
criticamente com as práticas que os professores têm em 
sala de aula. 
Teorias recentes da aprendizagem 
Preocupação com a interação entre o material a ser 
aprendido e os processos psicológicos necessários para 
aprender, enfatizando o estudo sobre o modo pelo qual o 
aprendiz: 
Obtém; 
Seleciona; 
Interpreta e transforma a informação. 
Teórico: Bruner 
✓ "Captar as relações entre os fatos" 
✓ Espiral - a importância da estrutura da matéria. (Do mais 
básico para o mais difícil) 
✓ O método da descoberta (a criança aprende por si só a 
buscar conhecimento) 
✓ Compreensão e erro instrutivo 
✓ O professor tradutor 
✓ Piaget e a educação ambiental 
Motivação: a motivação tem despertado a atenção dos 
profissionais envolvidos com a educação, por ser 
considerada como um dos principais fatores que favorecem 
a aprendizagem. 
Como se dá a motivação? 
Ambiente > organismo > interesse ou necessidade > objeto 
de satisfação 
Motivação e Aprendizagem 
Partir da necessidade que o aluno traz e ou criar novos 
interesses 
Como??? 
✓ Propiciar a descoberta 
✓ Desejar saber 
✓ Linguagem de fácil compreensão 
 
✓ Complexidade adequada das tarefas 
✓ Compreender a utilidade do aprender 
 
Aula: 13 de fevereiro de 2020. 
 
Educação Ambiental 
 
• Pensar sustentavelmente, além da própria casa. 
• A educação ambiental ganhou notoriedade com a 
promulgação da Lei 9.795, de 27 de abril de 1999, que 
institui uma Política Nacional de Educação Ambiental e, 
por meio dele, foi estabelecida a obrigatoriedade da 
Educação Ambiental em todos os níveis do ensino 
formal da educação brasileira. 
• Entende-se por educação ambiental os processos por 
meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem 
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e 
competências voltadas para a conservação do meio 
ambiente, bem de uso comum do povo essencial a sadia 
qualidade de vida e sua sustentabilidade (BRASIL, Lei 
nº 9795/99, cap. I, art. 1º). 
 
Educação Ambiental é considerada 
inicialmente como: 
 
• Uma preocupação dos movimentos ecológicos com a 
prática de conscientização (má distribuição do acesso 
aos recursos naturais e seu esgotamento); 
• Envolver os cidadãos em ações sociais ambientalmente 
apropriadas. 
• Educar para o meio: apenas passando o conteúdo. 
• Educar a partir do meio: estou introduzido. 
• Trabalhar a realidade vivida pelo educando. 
• Socioambiental: “A natureza integra uma rede de 
relações não apenas naturais, mas também sociais e 
culturais.” 
• Cidadania: exercer direitos e deveres. 
• Aspecto cultural; 
• Político; 
• Econômico; 
• Ideológico; 
• Valores éticos e morais; 
• Respeito às diferenças. 
 
“Fazer uma educação problematizadora, que contribua 
para o surgimento, nos aprendizes, de uma visão crítica 
da totalidade do ambiente onde se inserem” 
Freire (1987) – Pedagogia do Oprimido 
 
mailto:euaugustonascimento@gmail.com
Psicologia da Aprendizagem 
 
Educação Ambiental a partir do meio 
gera: 
• Valorização das diversas formas de conhecimento; 
• Educação Ambiental: Ato de transformar (integrar teoria 
e prática); 
• Superar as formas de dominação (indivíduo tentando 
colocar a realidade nele no outro), opressão e exclusão; 
• Educação é feita com o outro; 
• Movimento unitário entre teoria e prática. 
 
A educação ambiental é: 
 
“Um processo que consiste em propiciar às pessoas uma 
compreensão crítica e global do ambiente, para elucidar 
valores e desenvolver atitudes que lhes permitam adotar 
uma posição consciente e participativa com a conservação 
e a adequada utilização dos recursos naturais. 
Medina, 1988. 
 
A educação ambiental na escola: 
 
• Abre espaço para os estudantes conhecerem a 
problemática ambiental, incentivando-os a 
desenvolver uma nova maneira de pensar e agir de 
forma integrada e polivalente frente aos complexos 
problemas globais. 
• A educação ambiental deve estar presente em todos 
os níveis e modalidades do processo educativo. 
• Seja ele de caráter formal (educação básica, 
educação superior, educação especial, educação 
profissional, e educação de jovens e adultos); 
• Não formal (ações e práticas educativas voltadas à 
sensibilização da coletividade sobre as questões 
ambientais). 
• Exemplos: aulas ministradas, caminhadas no 
entorno da escola objetivando mostrar a realidade no 
qual os estudantes estão inseridos, a promoção de 
palestras e grupos de debate (escola/comunidade) 
afim de aproximar a comunidade da vida escolar dos 
estudantes, horta escolar, desfile cívico, dança, 
produção de mudas, gincana cultural, teatro, 
confecção de cartazes, murais e realização de 
campanhas. 
• O que fazem as escolas que dizem que fazem 
educação ambiental? 
1. Projetos; 
2. Disciplinas especiais; 
3. Inserção da temática ambiental nas disciplinas. 
 
Aula: 05 de março de 2020. 
 
Jean Piaget 
 
A Teoria Construtivista 
A Epistemologia Genética 
 
Epistemologia Genética 
 
Entendimento de como o ser humano se desenvolve! 
• Genético, não se diz respeito a transmissão de 
caracteres hereditário, mas sim ao modo de 
abordagem do objeto de estudo (comportamento 
humano), desde seu estado elementar, sua origem, até 
seu estágio mais adiantado, acompanhando cada uma 
das sucessivas etapas desse percurso. 
 
• Determinar cientificamente o processo de construção do 
conhecimento; 
• Compreender as categorias cognitivas desde os seus 
estados iniciais até suas manifestações mais 
elaboradas, o que levou a uma teoria sobre o 
desenvolvimento da inteligência. 
 
Períodos do desenvolvimento humano 
 
Como o ser humano consegue organizar, estruturar 
e explicar o mundo em que vive. 
Quatro períodos: de um estado de total 
desconhecimento do mundo que o cerca até o 
desenvolvimento da capacidade de conhecer o que 
ultrapassa os limites do que está a sua volta. 
 
Período sensório-motor: 
✓ A exploração do mundo dos sentidos; 
✓ O recém-nascido e o lactante – de 0 a 2 anos 
✓ Percepção e movimentos; 
✓ A importância do desenvolvimento físico, novas 
habilidades; 
✓ A diferenciação progressiva entre o eu e o mundo 
exterior; 
✓ A diferenciação afetiva (em relação aos pais, figuras 
de apego); 
✓ Passagem de uma atitude passiva para atitude ativa 
e participativa, ambiente e pessoas. 
✓ Reações circulares: Conjunto básico de ações que 
orienta todos os avanços durante a infância: 
I. Reações circulares primárias (de 0 a 4 meses, 
descoberta de si mesmo, do dedo, do pé, dos 
membros do corpo); 
II. Reações circulares secundárias (de 5 meses a 01 
ano, autonomia, interesse em brinquedos, ida para o 
mundo externo); 
III. Reações circulares terciárias. (de 01 a 02 anos, 
pegar, jogar, conhecer, jogar a mamadeira, testar, 
fase do pequeno cientista, abrir o armário, pegar 
coisas). 
 
Rudimentos do Pensamento 
✓ A imitação diferida; (dos pais ao telefone, de 
manias, começar a fazer “faz de conta.”) 
✓ O comportamento de meios fins – fazer algo 
diferente. 
 
 
Psicologia da AprendizagemPermanência do Objeto 
 
✓ Objetos existem mesmo que não possamos vê-
los (a partir do 5º mês de vida); - olha a mãe, quando 
a mãe sai da sua visão, antes do quinto mês imagina 
que não existe mais. Por que é importante a 
permanência do objeto? (porque termina uma 
fase angustiante para o bebê, existe a 
estabilidade da memória, dentre outros aspectos 
importantes). 
✓ Erro A-não-B (vídeo). 
 
Período pré-operatório 
A 1ª Infância – de 2 a 7 anos 
 
✓ Aparecimento da linguagem; 
✓ Aceleração do desenvolvimento do pensamento 
(a superestimação da capacidade da criança); 
✓ Sentimentos interindividuais (desenvolvimento de 
trabalhos em grupos, pois entra na escola); 
✓ Maturação neurofisiológica completa-se 
(coordenação motora fina). 
✓ Tarefas de conservação: crianças pré-
operacionais estão presas as aparências 
imediatas; 
✓ A reversibilidade – um procedimento pode ser 
repetido no sentido contrário (crianças pré-
operacionais não compreendem!); 
✓ A centralização – tendência de permanecer no 
que é visualmente mais notável (não conseguem 
ver o campo visual total). 
✓ Percepções peculiares sobre as pessoas: 
✓ O que me chega aos olhos é real; 
✓ Constância de identidade: não percebem que 
as pessoas conservam sua identidade, apesar da 
mudança de sua aparência; 
✓ O animismo: dificuldade que as crianças 
pequenas têm para classificar o que está 
realmente vivo. Bonecos como possuidores de 
consciência. 
 
Do Pré-Operacional para o Concreto 
 
✓ Transição gradual; 
✓ Entre 5 e 7 anos, pensamento “descongela”; 
✓ 8 anos – ponto de referência para olhar além 
das aparências imediatas; 
✓ Estado operacional concreto. 
 
Operações Concretas 
A infância propriamente dita – 7 a 11/12 anos 
 
Início da construção da lógica – pontos de vista 
diferentes; 
✓ Nova capacidade mental – Operações (presente, 
passado e futuro); 
✓ Afeto – a vontade, a integração com o outro; 
✓ Organização dos próprios valores morais – respeito 
mútuo, honestidade, companheirismo e justiça. 
✓ Pensamento: estabelecer relações de causa e efeito 
corretamente, sequenciar ideias e eventos, trabalhar com 
dois pontos de vista simultaneamente, formar conceito de 
número. 
 
Aula: 12 de março de 2020. 
Apresentação do seminário, Skinner, 28 de maio de 2020. 
 
Operações formais 
A adolescência – de 11 a 12 anos em diante. 
 
• Passagem do pensamento concreto para o pensamento 
abstrato; 
• A capacidade de lidar com conceitos, como liberdade e 
justiça; 
• As relações sociais – afastamento da família. 
• O aspecto afetivo – conflito (busca da identidade). 
 
Projeto de vida 
• Para Piaget, a personalidade se forma entre 8 e 12 anos 
– organização de regras, valores, vontades; 
• Adaptação do indivíduo à realidade; 
• Sair do plano das ideias para o plano de ação; 
• Idade adulta: nenhuma nova estrutura mental, aumento 
gradual do desenvolvimento cognitivo. 
 
O conhecimento 
 
Segundo Piaget, (...) o conhecimento resulta das ações e 
interações do sujeito no ambiente em que vive. (...) O 
conhecimento resulta de uma inter-relação do sujeito que 
conhece com o objeto a ser conhecido. (MOREIRA, 1999, p. 
75). MOREIRA, Marco A. Teorias da Aprendizagem. São Paulo, EPU, 
1999. 
 
A aprendizagem em Piaget 
 
A formação das operações cognitivas no homem está 
subordinada a um processo geral de equilibração para o qual 
tende o desenvolvimento cognitivo, como um todo. 
A teoria da equilibração, de uma maneira geral, trata de um 
ponto de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, 
e assim, é considerada como um mecanismo autorregulado, 
necessária para assegurar à criança uma interação eficiente 
dela com o meio ambiente. 
 
 
 
Psicologia da Aprendizagem 
 
Esquemas 
 
✓ Segundo Piaget, um esquema é uma estrutura, ou a 
organização de ações, que é generalizável em 
circunstâncias semelhantes, no momento da ação. 
✓ Formas como interagimos com o mundo, como 
classificar, ordenar, relacionar, etc. 
✓ São tratados, não como objetos reais, mas como 
conjuntos de processos dentro do sistema nervoso; 
✓ Não são observáveis, são inferidos e, portanto, são 
constructos hipotéticos. 
✓ Uma criança quando nasce, apresenta poucos esquemas 
(sendo de natureza reflexa), e a medida em que se 
desenvolve, seus esquemas tornam-se mais generalizados, 
mais diferenciados e mais numerosos. 
✓ Os esquemas cognitivos dos adultos são derivados 
dos esquemas sensório-motores das crianças. 
 
Assimilação 
 
✓ Enquadrar novas informações nas estruturas cognitivas 
existentes (esquemas); 
✓ Integra (classifica) um novo dado perceptual, motor ou 
conceitual as estruturas cognitivas prévias. 
✓ Por exemplo: chamar o gato de cachorro (auau); 
✓ Quando a criança tem novas experiências (vendo coisas 
novas, ou ouvindo coisas novas) ela tenta adaptar. 
 
Acomodação 
 
✓ Mudar as estruturas cognitivas para integrar informações do 
mundo; 
✓ Acomodar aquele estímulo a uma nova estrutura cognitiva, 
criando assim um novo esquema. 
✓ Princípio do conhecimento é a Ação do Sujeito sobre o 
objeto; 
✓ A construção do conhecimento pelo humano se dá na 
interação desse aspecto humano com o meio, na 
relação sujeito-objeto. 
✓ Não foram levados em conta os aspectos emocionais, 
afetivos e intuitivos na construção do conhecimento; 
 
Aprendizagem 
 
Juntamente com a equilibração, assume a dimensão do 
próprio desenvolvimento da estrutura cognitiva, o que 
significa o crescimento biológico e intelectual do indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo dirigido 
 
1. O que é Epistemologia Genética, teoria que 
fundamentou todo o conhecimento produzido por 
Piaget? 
A Epistemologia Genética refere-se ao Entendimento de 
como o ser humano se desenvolve. Vale ressaltar que o 
termo “genético”, não se diz respeito a transmissão de 
caracteres hereditário, mas sim ao modo de abordagem 
do objeto de estudo que é sem dúvidas o 
“comportamento humano”, desde o nascimento, 
desenvolvimento infantil, adolescência e velhice. Além 
disso o autor determina cientificamente o processo de 
construção do conhecimento, mais especificamente 
focado nos estágios infantis e por fim, busca 
compreender as categorias cognitivas desde os seus 
estados iniciais até suas manifestações mais elaboradas. 
 
2. Faça um esboço dos quatro estágios de 
desenvolvimento segundo Piaget, apontando as 
principais características de cada. 
O primeiro estágio de desenvolvimento é o sensório-
motor, esse estágio se desenvolve a partir do nascimento 
e tem seu término estabelecido aos 2 anos de idade. 
Possui esse nome por ter como característica o 
desenvolvimento da percepção e movimentos do bebê, 
evidenciando suas novas habilidades físicas. Nota-se 
também neste período uma diferenciação afetiva e 
progressiva entre o “eu” e o mundo exterior, além do fato 
da criança não mais ter uma atitude passiva, mas sim, 
ativa e participante do ambiente em que vive. Nesta fase 
é possível observar alguns aspectos primitivos de 
pensamento, conhecidos como “rudimentos do 
pensamento”, onde a criança apresenta uma imitação 
daqueles que a cercam, e de seus comportamentos, além 
de realizarem ações de maneiras diferentes do que estão 
habituadas, evidenciando aprendizagem. Suas reações 
circulares estão divididas em 3 etapas, sendo estas: 
Reações circulares primárias: 0 a 4 meses, tendo como 
principal característica o descobrimento do corpo; 
Reações circulares secundárias: 5 a 12 meses, tendo 
como principal característica o descobrimento do mundo 
externo, como por exemplo dos brinquedos; Reações 
circulares terciárias: 12 a 24 meses, fase do pequeno 
cientista, onde a criança observa e toca em tudo para 
expandir seus conhecimentos. O segundo estágio de 
desenvolvimento é o período pré-operatório ocorre dos 2 
aos 7 anos, nesta fase é possível a observação de 
sentimentos interindividuais e uma maturação 
neurofisiológica mais completa, nota-se na criança o 
aparecimento da linguagem e com isso uma 
superestimação das capacidades dessa por parte dos 
que a cercam.Psicologia da Aprendizagem 
 
Neste período a reversibilidade não é compreendida, assim 
como a dificuldade de identificar os seres vivos, dos 
inanimados, tal comportamento é conhecido como animismo, 
e é o responsável por diversas vezes a criança atribuir 
consciência a seres não vivos. É comum crianças pré-
operatórias não reconhecerem pessoas mesmo que muito 
conhecidas após uma grande transformação física, pois não 
possuem constância de identidade, e estão presas a 
aparências imediatas. A transição do período pré-operacional 
para o concreto ocorre de forma gradual entre os 5 e 7 anos, 
onde o pensamento da criança “descongela”.O terceiro 
estágio de desenvolvimento é o período das operações 
concretas possui a faixa etária dos 8 aos 12 anos, e tem como 
característica predominante o desenvolvimento mental e 
intelectual da criança, onde essa inicia uma construção lógica 
dos fatos, a organização de seus valores morais e atribuição 
de afeto. É visível nesta fase a relação de causa e efeito ser 
identificada de forma correta pela criança, assim como ela 
aprende a sequenciar ideias e eventos, trabalhar com dois 
pontos de vistas simultaneamente e formar o conceito de 
número. O quarto e último estágio de desenvolvimento se 
inicia aos 11 ou 12 anos, dependendo de cada indivíduo e 
não possui uma data para término. É conhecido como 
período das operações formais, e é marcado pela passagem 
dos pensamentos concretos para os abstratos, possibilitando 
assim, a criança lidar com conceitos nunca vistos antes, 
como liberdade e justiça. Percebe-se nesse período um 
afastamento da família e uma forte relação social com 
amigos, tornando-se evidente um conflito nos aspectos 
afetivos. 
 
3. De que forma Piaget conseguiu demonstrar os 
rudimentos de pensamento na criança sensório 
motora? 
 
No período sensório motor a criança passa por um processo 
que vai de: não entender a permanência do objeto 
(capacidade de assimilar que objetos continuam a existir 
mesmo quando não estão presentes) a rudimentos de 
pensamento, que é o estágio onde o bebê percebe que 
determinados comportamentos tem determinadas 
consequências e gradualmente ele constrói conhecimentos de 
relação entre causa e efeito. 
A partir desse ponto a criança passa a se dar conta da 
permanência dos objetos e a se comportar de forma a 
provocar resultados desejados, assim desenvolvendo 
capacidade de pensar em objetos e pessoas ausentes 
(pensamento simbólico). Posteriormente, uma vez que os 
objetos não precisam estar presentes para que a criança 
pense neles, ela se torna apta a planejar atos e colocar planos 
em ação, como por exemplo lembrar e imitar comportamentos 
de outras pessoas. Para Piaget esses comportamentos 
simbólicos marcam o início dos verdadeiros processos de 
pensamento, ainda que primitivos. 
 
 
 
 
 
 
4. Diferencie assimilação de acomodação. 
 
Acomodação é a mudança de estrutura cognitivas em 
função de um objeto a ser assimilado, ela pode ter duas 
alternativas: criar uma estrutura onde ela possa encaixar 
um novo estímulo, ou modificar um já existente de modo 
que o estímulo possa ser incluído nele. A acomodação 
representa o primeiro processo, o de criação de uma nova 
estrutura, visto que não foi encontrado nenhuma estrutura 
que se encaixasse o novo estímulo apresentado. Já a 
assimilação irá tratar do processo de tentativa de, como o 
próprio nome diz, “assimilar” o estímulo novo que está 
sendo apresentado às estruturas cognitivas pré 
existentes. 
 
5. O que são os esquemas para Piaget. 
 
Um esquema, de acordo com Piaget, é uma estrutura mental, 
pela qual o indivíduo organiza o meio que é generalizável em 
circunstâncias semelhantes, no momento da ação. Ao passo 
em que o indivíduo se desenvolve, esse esquema se torna 
cada vez mais refinado. Além disso, o esquema trata-se de 
um conjunto de processos dentro do sistema nervoso, isso, 
por sua vez, o limita a um constructo hipotético, uma vez que 
não pode ser observável e é apenas inferido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Psicologia da Aprendizagem 
 
Aula: 21 de maio de 2020. 
 
Psicanálise e Educação 
 
“A Psicanálise pode transmitir ao educador (e não à Pedagogia) 
uma ética, um modo de ver e de entender sua prática 
educativa. É um saber que pode gerar, dependendo, naturalmente, 
das possibilidades subjetivas de cada educador, uma posição, 
uma filosofia de trabalho.” 
 
KUPFER, Maria Cristina. Freud e a educação: o mestre do 
impossível. São Paulo: Scipione, 1989. 
 
Freud 
 
Interesse pela pedagogia – possibilitar uma melhor 
compreensão por parte dos educadores sobre o 
desenvolvimento da criança e adolescente. 
 
A educação e a psicanálise 
Onde se entrelaçam? 
 
❖ Funcionamento do psiquismo humano; 
❖ Transferência aluno-professor; 
❖ Prazer em aprender – a questão do desejo. 
 
Histórico 
 
O interesse concernente à relação entre educação e psicanálise é 
bastante antigo, sendo esta temática discutida desde a obra de 
Freud. 
O volume significativo de trabalhos sobre o tema, sua importância 
tanto para a pedagogia quanto para a psicanálise e a convergência 
por vezes ambígua e controversa entre estas duas disciplinas têm 
motivado o surgimento de estudos dedicados a revisar ou 
compendiar as contribuições existentes sobre o assunto. 
Na atualidade avolumam-se os trabalhos dedicados ao debate 
relativo às aproximações entre educação e psicanálise e, 
particularmente no Brasil, as pesquisas e as propostas de 
intervenção dedicadas ao tema têm sido bastante recorrentes. 
Apesar de todas estas iniciativas, poucos são os trabalhos 
dedicados a esquadrinhar, a partir de um vértice histórico, as 
influências da psicanálise na educação brasileira durante o 
século XX. 
 
Processo analítico 
Componente educativo – a cura pode ser vista como uma educação 
tardia; 
Psicanálise – papel de reeducação ao que escapou à educação. 
 
 
 
 
 
 
 
Transferência 
 
Fenômeno presente em toda situação em que duas pessoas se 
relacionam frente a frente; 
Tratamento analítico: relação emocional especial muito além dos 
limites racionais; 
É um fenômeno constante; 
Presente em todas as relações – profissionais, hierarquizadas, 
amorosas; 
Efeitos positivos ou negativos; 
Processo psicológico que consiste em transferir para pessoas ou 
objetos aparentemente neutros emoções e atitudes que existem no 
indivíduo desde a infância; 
Na terapia: reviver suas experiências passadas – essencial para a 
cura. 
 
A transferência na aprendizagem 
 
A aprendizagem não está focada somente nos conteúdos, mas, 
sobretudo, na questão que se impõe entre professor e aluno, e isso 
pode estimular ou não o aprendizado, independentemente dos 
conteúdos. 
 
A transferência na Educação 
 
Como ocorre? 
Professor renunciar a métodos de ensino ou didáticas padronizadas; 
Abandonar recompensas e premiações; 
Professor deve renunciar a posição de sujeito detentor do saber; 
Professor sair de cena para aluno caminhar de forma mais autônoma 
– fundamental para se constituir como sujeito; 
Presente na relação professor-aluno; 
Poderoso instrumento no processo de aprendizagem! 
Cultivar a relação de respeito mútuo, reconhecimento das 
necessidades, buscando a expressão dos desejos e encontrando prazer 
no processo ensino-aprendizagem. 
 
Por que é importante o professor entender essa relação 
transferencial? 
 
Manter autocontrole diante das manifestações afetivas, amorosas ou 
de rejeição dos alunos; 
Compreender as transferências de representações e sentidos que os 
alunos fazem com a figura do professor; 
 
A sublimação 
 
Mecanismo de defesa do ego mais importante para a educação; 
Definição: Certos impulsos inconscientes são desviados de seus 
objetos primitivos para fins socialmente úteis e integram-se a 
personalidade. 
Papel importante na adaptação do indivíduo ao seu meio; 
Permite ajustamento social sem inibir desenvolvimento pessoal; 
Exemplo:canalização da agressividade. 
 
Psicologia da Aprendizagem 
 
A última definição freudiana da sublimação, aquela a que nos 
referimos com maior frequência, inclui mudança de meta e de 
objeto da pulsão; de meta e objeto sexuais para outros não mais 
sexuais, mas sim socialmente reconhecidos e valorizados e pode 
ser encontrada em um texto de 1922, "Teoria da libido" (FREUD, 
1922/1990). 
 
Através do mecanismo de sublimação, os indivíduos podem 
dedicar-se a atividades como artes, ciências, promoção de valores 
humanos e melhores condições de vida. 
 
Um novo olhar sobre o aluno 
 
Ser de subjetividade e desejo; 
Manifestações de difícil aceitação: significados. 
Compreensão de certas dificuldades do aluno através do processo 
de desenvolvimento da personalidade; 
Educador com os mesmos aparatos psicológicos do aprendiz. 
 
A relação aluno-professor 
 
O educador age sobre a criança muito mais no nível do inconsciente 
do que do consciente – não pelo que diz ou faz, mas pelo que é! 
A importância da educação afetiva – desenvolver sensibilidade 
relacional com o outro; 
Escola: meio de desenvolvimento de relações afetivas da criança 
com adultos e com outras crianças; 
Na escola, a criança traz uma experiência relacional vivida com a 
família – oferecer a oportunidade de verbalizar tensões; 
Possibilidade de uma compreensão em profundidade do sujeito, no 
que ele tem de mais pessoal e mais íntimo. 
 
A escuta Psicanalítica e a Educação 
 
A NOÇÃO DE ESCUTA 
 Segundo Sigmund Freud – suspenção da nossa atenção, nenhum 
ponto específico da fala do paciente 
 
 
Aula: 04 de junho de 2020. 
 
A psicanálise e a formação do professor 
 
• O texto vai discorrer que a pedagogia é uma das ciências não 
psicológicas de interesse de estudo para psicanálise, conforme 
Freud, porque está ligado a descoberta dos desejos, dos produtos 
mentais e dos processos evolutivos da infância e fundamentalmente 
na importância dada à sexualidade em suas manifestações somáticas 
e anímicas. 
 
 
 
 
 
 
• A psicanálise enxerga a escola como um local muito importante, 
pois a criança faz com que todo seu cotidiano gire em função da 
escola, dessa forma o professor terá um papel fundamental. 
• A criança ao entrar na escola, transfere para a figura do 
professor o respeito e a veneração antes dirigidos ao pai, de 
maneira a tratá-lo como se fosse seu pai (FREUD, 1914). A 
transferência acontece de forma natural na relação educador-
educando, assim como nas outras relações humanas. 
• A psicanálise vai auxiliar o professor em seu papel de mestre lhe 
orientando na prática ética, e ao modo de como ver e entender 
seu papel educativo. 
• Então, vale ressaltar que a importância da Psicanálise na 
formação dos educadores não está no sentido de lhes 
proporcionar mais uma técnica pedagógica, desenvolvida a 
partir de uma teoria desvinculada da prática, mas, sim, de 
remeter-lhes a um constante questionamento sobre sua 
prática pedagógica e sua relação com o educando. 
• Para que essa relação seja boa para ambos, é indispensável 
o respeito tanto do educador quanto do educando, 
encontrando o melhor caminho para o ensino-
aprendizagem. 
• Não nos cabe, simplesmente, dizer ao professor como deve fazer 
sua prática. É necessário propiciar-lhe as condições para que ele 
desenvolva uma sensibilidade que lhe permita assumir, diante 
das situações educativas, todas as suas contradições, buscando a 
construção do novo. O professor não deve se anular como sujeito 
desejante ou impedir que o aluno deseje. O reconhecimento 
mútuo é que permitirá, ao professor, ensinar verdadeiramente e, 
ao aluno, desejar aprender e construir o saber. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Psicologia da Aprendizagem

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