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Resumo de Psicodiagnóstico | Aísha Ramos S. S. Livro utilizado no resumo: MOURA, Rosana F. Tchirichian de; ANCONA-LOPES, Silvia. Desafios do psicodiagnóstico infantil. In: ANCONA-LOPES, Silvia. Psicodiagnóstico interventivo: Evolução de uma prática. 1. ed. Cortez Editora, v. 3, f. 120, 2014. 186 p. cap. 12, p. 177-186. Capítulo 12 do livro “Psicodiagnóstico interventivo: Evolução de uma prática.” “o trabalho profissional requer inventividade, inteligência e talento para criar, inovar, de modo a responder dinamicamente ao movimento da realidade” (Conselho Federal de Psicologia – CFP, 2007, p. 8) ESCOLARIZAÇÃO ▀ Maior frequência de casos como queixa de dificuldades na escolarização. ▀ Nos quais devemos privilegiar os aspectos da personalidade. … “que resultam em uma predisposição para a formação desse sintoma” (Bossa, 2002, p. 13) ▀ “desconsideram, assim, os aspectos institucionais que contribuem para o chamado fracasso escolar.” p. 178 “A escola, que deveria formar jovens capazes de analisar criticamente a realidade, a fim de perceber como agir no sentido de transformá-la e, ao mesmo tempo, preservar as conquistas sociais, contribui para perpetuar injustiças sociais que sempre fizeram parte da história do povo brasileiro.” (Bossa, 2002, p. 19). ▀ Crítica ao modelo de escolarização atual. ▀ Devemos considerar também os esforços de alguns para mudar esta situação. “[…] uma escola pública cuja má-fé institucional permite incutir, nos próprios pobres, vítimas de abandono secular, que seu fracasso escolar é culpa da própria vítima. A criança pobre, sem estímulos em casa para apreender, passa a se ver como burra, incompetente e preguiçosa, cumprindo a promessa que a sociedade lhe legou […]” Souza (2007, p. 6) Resumo de Psicodiagnóstico | Aísha Ramos S. S. Livro utilizado no resumo: MOURA, Rosana F. Tchirichian de; ANCONA-LOPES, Silvia. Desafios do psicodiagnóstico infantil. In: ANCONA-LOPES, Silvia. Psicodiagnóstico interventivo: Evolução de uma prática. 1. ed. Cortez Editora, v. 3, f. 120, 2014. 186 p. cap. 12, p. 177-186. FRACASSO ESCOLAR ▀ “as escolas e os psicólogos compreendam o fracasso escolar de uma criança considerando os aspectos intrassubjetivos e relacionais.” p. 178 ▀ Devido à dificuldade de enfrentar as deficiências do sistema vigente, tende a privilegiar o indivíduo. ▀ Culpabilização das crianças pelo insucesso. ▀ “No Psicodiagnóstico Interventivo, cientes da limitação do fazer clínico, procuramos engajar a família e a escola num processo que visa não apenas à compreensão das dificuldades da criança, mas também encontrar formas de auxiliá-la no seu desenvolvimento.” p. 179 ▀ Visita escolar, é uma significativa e importante, forma de auxiliar no desenvolvimento. • principalmente por possibilitar uma reflexão conjunta com as equipes das escolas sobre o seu papel na dificuldade dos alunos. FAMILÍA ▀ “A participação no psicodiagnóstico interventivo pode propiciar aos pais uma mudança de atitude em relação aos seus filhos, reconhecendo e favorecendo seus aspectos positivos e ajudando-os a encontrar a melhor maneira de auxiliar a criança a superar os aspectos negativos.” p. 179 ▀ “Grande parte é de famílias monoparentais femininas (mães solteiras ou abandonadas por seus parceiros); crianças que têm irmãos de pais diferentes; avós que criam seus netos; casais que trazem filhos de relacionamentos anteriores e que geram outros filhos.” p. 180 • Além do aumento de crianças criadas por avós e bisavós. “Muitos destes casos chegam às clínicas de psicologia, pois, como Silva e Salomão (2003, p. 192) constatam, com frequência há conflitos de papéis entre ser mãe e avó, no caso das avós guardiãs, conflitos estes que, sem dúvida, se refletirão nas crianças a seus cuidados. Dias, Hora e Aguiar (idem) corroboram esta ideia ao afirmar que foram identificadas vantagens, dificuldades e necessidades nos lares em que os avós desempenham o papel de pais para seus netos na ausência (permanente ou de longo prazo) dos genitores. Já no que se refere à situação de corresidência, ainda pouco se sabe sobre as repercussões que tal condição acarreta na vida e nas relações estabelecidas entre avós, pais e netos.” p. 180-181. Resumo de Psicodiagnóstico | Aísha Ramos S. S. Livro utilizado no resumo: MOURA, Rosana F. Tchirichian de; ANCONA-LOPES, Silvia. Desafios do psicodiagnóstico infantil. In: ANCONA-LOPES, Silvia. Psicodiagnóstico interventivo: Evolução de uma prática. 1. ed. Cortez Editora, v. 3, f. 120, 2014. 186 p. cap. 12, p. 177-186. ▀ Novos tipos de configurações familiares que influenciam na vida da criança. Tais como as das famílias HOMOPARENTAIS. “[…] as condições por meio das quais os homossexuais constroem seus laços afetivos, no Brasil, estão longe de obter uma legitimidade social e jurídica e, enquanto esse quadro não se reverte, teremos famílias e pais envergonhados. Resta explorarmos os sentimentos desta vergonha nas produções de subjetividade que decorrem daí.” Passos (2005, p. 6) “Cabe ao psicólogo questionar de que forma essas metamorfoses nas famílias repercutem na constituição das crianças, e o psicodiagnóstico interventivo é um momento privilegiado para esse questionamento por ter como objetivo conhecer os sentidos e os significados que as crianças e seus pais dão às suas vidas e a seus mundos.” p. 181 “[…] é necessária a criação de abordagens que apontem para as distintas facetas da grupalidade familiar e que permitam a compreensão de diferentes formas de ser família hoje” Passos (2005, p. 14) ATENDIMENTO “Além disso, quando o atendimento a pais e crianças acontece em grupo (modelo usualmente utilizado em clínicas-escola e outras instituições), o psicodiagnóstico interventivo se enriquece ao facilitar a identificação e a troca entre os componentes do grupo, auxiliando na compreensão da própria família, contribuindo, em muitos casos, para diminuir a sensação de isolamento e eliminando a impressão de que seu caso é diferente, único e que talvez não tenha solução.” p. 182 ▀ Devemos considerar também a possibilidade de ocorrências de casos de violências, tais como: • Violência doméstica • Abuso sexual • Abuso psicológico • Negligência • Violência social Resumo de Psicodiagnóstico | Aísha Ramos S. S. Livro utilizado no resumo: MOURA, Rosana F. Tchirichian de; ANCONA-LOPES, Silvia. Desafios do psicodiagnóstico infantil. In: ANCONA-LOPES, Silvia. Psicodiagnóstico interventivo: Evolução de uma prática. 1. ed. Cortez Editora, v. 3, f. 120, 2014. 186 p. cap. 12, p. 177-186. O CFP (2010, p. 38) lembra que a violência sexual é um problema complexo e delicado. Suas múltiplas causas, interfaces e, principalmente, o sofrimento psíquico de todas as pessoas envolvidas, exigem extremo cuidado dos profissionais responsáveis pelo atendimento e de todos os integrantes da rede de proteção. “A ocorrência de situações de violência contra crianças e adolescentes não é fenômeno exclusivo da atualidade, como também não pode ser analisada de forma descontextualizada da cultura e das condições impostas pela vulnerabilidade social.” p. 182 “Temos como compromisso profissional zelar pelo bem-estar da criança ou adolescente, mas com o cuidado de não cometer imprudências, considerando tratar-se de um tema que deve ser “contextualizado e tratado conforme as vicissitudes de cada caso e jamais analisado isoladamente” (CFP, 2007) Segundo Campos (2004, p. 157), a competitividade e desigualdade têm provocado consequências sociais perversas que se traduzem “[…] pelo aumento de: violência; uso de drogas; conflitos e rupturas familiares; alienação social e política; xenofobia; conflitos étnicos e religiosos; doenças psicossomáticas”. Resumo de Psicodiagnóstico | Aísha Ramos S. S. Livro utilizado no resumo: MOURA, Rosana F. Tchirichian de; ANCONA-LOPES, Silvia. Desafiosdo psicodiagnóstico infantil. In: ANCONA-LOPES, Silvia. Psicodiagnóstico interventivo: Evolução de uma prática. 1. ed. Cortez Editora, v. 3, f. 120, 2014. 186 p. cap. 12, p. 177-186. “O ser humano é o ser do desamparo, da falta e a Psicologia, de alguma forma, pode atender a essa necessidade, não com a ilusão de preencher esse vazio, mas comprometendo-se a uma constante atualização de seus conhecimentos, sendo para isso necessário estar atento à realidade que se apresenta e na qual os clientes estão inseridos. (Gelernter et al., 2012, p. 19).” p.185 “A proposta do psicodiagnóstico interventivo é de que o psicólogo não atue apenas como um examinador ou avaliador, mantendo a neutralidade, mas que, durante esse processo, ataque frontalmente esses temas, considerando-os não apenas fontes de desestabilização emocional das crianças, compreendidas através do seu psiquismo, mas também questões sociais que devem ser discutidas com os pais e, eventualmente, também com as crianças (como nos casos de abuso e violência, ajudando-as a encontrar formas de se defender).” p. 183-184 “Isso significa que o psicólogo não deve ater- se apenas ao espaço clínico, mas conhecer o ambiente escolar da criança, suas condições de moradia e seu meio social. Contudo, entrar nesse mundo implica o confronto com as nossas inquietações e limitações, pois frequentemente nos perguntamos o que é possível fazer.” p. 184 [...] Enfim, auxiliá-los a conhecer, reconhecer e batalhar por seus direitos como cidadãos.” p. 184 CFP (2007, p. 20) quando propõe que: Atuar na valorização da experiência subjetiva do sujeito contribui para fazê-lo reconhecer sua identidade. Operar no campo simbólico da expressividade e da interpretação com vistas ao fortalecimento pessoal pode propiciar o desenvolvimento das condições subjetivas de inserção social. Assim, a oferta de apoio psicológico de forma a interferir no movimento dos sujeitos e no desenvolvimento de sua capacidade de intervenção e transformação do meio social é uma possibilidade importante. ALERTA:
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