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Audição Morfofisiologia da orelha, mecanismo do equilíbrio e equilíbrio de pressão Entender a morfofisiologia da orelha interna e externa EMBRIOLOGIA A primeira parte da orelha a se desenvolver é a orelha interna 22 DIAS ECTODERMA SUPERFICIAL → PLACÓIDE ÓTICO ANATOMIA E HISTOLOGIA A orelha é dividida em três regiões principais: -> EXTERNA - Que coleta as ondas sonoras e as direciona para dentro -> MÉDIA - Que conduz as vibrações sonoras para a janela do vestíbulo INTERNA - Que armazena os receptores para a audição e para o equilíbrio 1- ORELHA EXTERNA É formada pela orelha (pavilhão auricular), pelo meato acústico externo e pela membrana timpânica A) ORELHA É formada por uma lâmina de cartilagem elástica com formato irregular, coberta por pele fina A orelha tem várias depressões e elevações CONCHA → Depressão mais profunda HÉLICE → A margem elevada da orelha LÓBULO → Não cartilagíneo consiste em tecido fibroso, gordura e vasos sanguíneos TRAGO → É uma projeção linguiforme superposta à abertura do meato acústico externo IRRIGAÇÃO ARTERIAL → Artérias auricular posterior e temporal superficial DRENAGEM VENOSA → Artérias auricular posterior INERVAÇÃO → Nervo auricular magno e o auriculotemporal Ligamentos e músculos ligam a orelha à cabeça B) MEATO ACÚSTICO É um canal da orelha que segue internamente através da parte timpânica até a membrana timpânica 2-3 CM 1/3 EXTERNO → Apresenta cartilagem elástica, continuação da cartilagem do pavilhão da orelha 2/3 SEGUINTES → É constituído pelo osso temporal O meato acústico é revestido internamente por pele rica em - Pelos e - Glândulas sebáceas - Glândulas ceruminosas As glândulas ceruminosas são glândulas sudoríparas modificadas (tubulosas enoveladas) Ao produto de secreção dos dois tipos glandulares do meato dá-se o nome de CERUME Tanto o cerume como os pelos do meato têm função PROTETORA MEMBRANA TIMPÂNICA → É uma membrana fina, oval e semitransparente na extremidade medial do meato acústico externo É uma divisória entre o meato acústico externo e a cavidade timpânica da orelha média É recoberta EXTERNAMENTE por uma delgada camada de pele e INTERNAMENTE por epitélio cúbico simples ENTRE as duas camadas epiteliais se encontram duas camadas de fibras colágenas e fibroblastos No quadrante anterossuperior da membrana timpânica não existem fibras → SENDO FLÁCIDA → membrana de Shrapnell A membrana timpânica tem uma concavidade voltada para o meato acústico externo → UMBIGO DA MEMBRANA 2- ORELHA MÉDIA É uma pequena cavidade, cheia de ar e revestida por epitélio, situada na parte petrosa do temporal Ela é separada da orelha externa pela membrana timpânica E da orelha interna por uma divisão óssea fina que contém duas pequenas aberturas: a janela do vestíbulo (oval) e a janela da cóclea (redonda) A cavidade tem duas partes: - CAVIDADE TIMPÂNICA, o espaço diretamente interno à membrana timpânica, - RECESSO EPITIMPÂNICO, o espaço superior à membrana A cavidade timpânica está unida na parte anteromedial à parte nasal da faringe pela tuba auditiva E na parte posterossuperior às células mastóideas através do antro mastóideo A cavidade timpânica é revestida por túnica mucosa que é contínua com o revestimento da tuba auditiva, células mastóideas e antro mastóideo A) PAREDES DA CAVIDADE TIMPÂNICA A orelha média tem o formato de uma pastilha ou caixa estreita com paredes côncavas Tem seis paredes X1- PAREDE TEGMENTAR (TETO) → É formada por uma lâmina fina de osso TEGME TIMPÂNICO Que separa a cavidade timpânica da dura-máter no assoalho da fossa média do crânio X2- PAREDE JUGULAR (ASSOALHO) → É formada por uma lâmina de osso que separa a cavidade timpânica do bulbo superior da veia jugular interna X3- PAREDE MEMBRANÁCEA (PAREDE LATERAL) → É formada quase totalmente pela convexidade em pico da membrana timpânica; Superiormente, é formada pela parede óssea lateral do recesso epitimpânico O cabo do martelo está fixado à membrana timpânica, e sua cabeça estende-se até o recesso epitimpânico X4- PAREDE LABIRÍNTICA (PAREDE MEDIAL) → Separa a cavidade timpânica da orelha interna X5- PAREDE MASTÓIDEA (PAREDE POSTERIOR) → ÁDITO: Que une a cavidade timpânica às células mastóideas O canal para o nervo facial desce entre a parede posterior e o antro X6- PAREDE CARÓTICA → Separa a cavidade timpânica do canal carótico Superiormente, tem a abertura da tuba auditiva e o canal para o músculo tensor do tímpano B) TUBA AUDITIVA Une a cavidade timpânica à parte nasal da faringe (NASOFARINGE) Onde se abre posteriormente ao meato nasal inferior O terço posterolateral da tuba é ósseo e o restante é cartilagíneo A tuba auditiva é revestida por túnica mucosa FUNÇÃO = IGUALAR A PRESSÃO DA ORELHA MÉDIA À PRESSÃO ATMOSFÉRICA Permitindo, assim, o livre movimento da membrana timpânica Essa tuba permite a entrada e a saída de ar da cavidade timpânica, equilibrando a pressão nos dois lados da membrana Como normalmente há aposição das paredes da parte cartilaginosa da tuba, a tuba deve ser ativamente aberta A tuba é aberta pela expansão da circunferência do ventre do MÚSCULO LEVANTADOR DO VÉU PALATINO → EMPURRANDO UMA PAREDE Enquanto o MÚSCULO TENSOR DO VÉU PALATINO → TRACIONA OUTRA A equalização da pressão (“estalido nos ouvidos”) está comumente associada a atividades como bocejar e deglutir Quando as pressões estão balanceadas, a membrana timpânica vibra livremente conforme as ondas sonoras chegam nela Se a pressão não estiver equilibrada, podem ocorrer dor intensa, prejuízo auditivo, zumbido nas orelhas e vertigem C) OSSÍCULOS DA AUDIÇÃO Formam uma cadeia móvel de pequenos ossos através da cavidade timpânica, desde a membrana timpânica até a janela do vestíbulo São os primeiros ossos a se ossificar por completo durante o desenvolvimento e estão praticamente maduros ao nascimento São formados de osso excepcionalmente denso São cobertos pela túnica mucosa que reveste a cavidade timpânica → MARTELO Fixa-se à membrana timpânica CABEÇA - Arredondada e superior, situa-se no recesso epitimpânico Articula-se com a bigorna CORPO - Situa-se contra a parte flácida da membrana timpânica CABO - Está inserido na membrana timpânica, com sua extremidade no umbigo da membrana timpânica O músculo tendão do tensor do tímpano se insere no cabo perto do colo Assim, o martelo move-se com a membrana E atua como uma alavanca → BIGORNA Está localizada entre o martelo e o estribo e articula-se com eles Tem um corpo e dois ramosCORPO - Grande. Situa-se no recesso epitimpânico Onde se articula com a cabeça do martelo RAMO LONGO - Situa-se paralelo ao cabo do martelo Sua extremidade interna articula-se com o estribo através do processo lenticular, uma projeção em direção medial RAMO CURTO - Está unido por um ligamento à parede posterior da cavidade timpânica → ESTRIBO É o menor ossículo Tem uma cabeça, dois ramos e uma base CABEÇA - Voltada lateralmente, articula-se com a bigorna BASE - Encaixa-se na janela do vestíbulo na parede medial da cavidade timpânica A base oval está fixada às margens da janela do vestíbulo → MÚSCULOS ASSOCIADOS AOS OSSÍCULOS Dois músculos amortecem ou resistem aos movimentos dos ossículos da audição Um também amortece os movimentos (vibração) da membrana timpânica MÚSCULO TENSOR DO TÍMPANO - É curto e se origina da face superior da parte cartilaginosa da tuba auditiva Se insere no cabo do martelo Puxa o cabo medialmente, tensionando a membrana timpânica e reduzindo a amplitude de suas oscilações Esta ação tende a evitar lesão da orelha interna quando é exposta a sons altos MÚSCULO ESTAPÉDIO - É um pequeno músculo no interior da eminência piramidal Se insere no colo do estribo O músculo estapédio traciona o estribo posteriormente e inclina sua base na janela do vestíbulo Tensionando, assim, o ligamento anular e reduzindo a amplitude oscilatória Também impede o movimento excessivo do estribo 03- ORELHA INTERNA Contém o órgão vestibulococlear relacionado com a recepção do som e a manutenção do equilíbrio A orelha interna é formada por sacos e ductos do labirinto membranáceo O labirinto membranáceo, contendo endolinfa, está suspenso no labirinto ósseo cheio de perilinfa Esses líquidos participam da estimulação dos órgãos de equilíbrio e audição, respectivamente A) LABIRINTO ÓSSEO É uma série de cavidades (cóclea, vestíbulo e canais semicirculares) contidas na cápsula ótica da parte petrosa do temporal O labirinto ósseo é o espaço cheio de líquido, circundado pela cápsula ótica → CÓCLEA É a parte em forma de concha do labirinto ósseo que contém o ducto coclear A parte da orelha interna associada à audição O canal espiral da cóclea começa no vestíbulo e faz duas voltas e meia ao redor de um centro ósseo, o MODÍOLO O modíolo contém canais para os vasos sanguíneos e para distribuição dos ramos do nervo coclear → VESTÍBULO DO LABIRINTO ÓSSEO É uma pequena câmara oval (cerca de 5 cm de comprimento) Que contém o utrículo e o sáculo e partes do aparelho do equilíbrio (labirinto vestibular) → CANAIS SEMICIRCULARES ANTERIOR, POSTERIOR E LATERAL Comunicam-se com o vestíbulo do labirinto ósseo Os canais situam-se posterossuperiormente ao vestíbulo, no qual se abrem B) LABIRINTO MEMBRANÁCEO É formado por uma série de sacos e ductos comunicantes que estão suspensos no labirinto ósseo Contém ENDOLINFA, um líquido aquoso cuja composição é semelhante à do líquido intracelular Diferindo em composição da PERILINFA adjacente (que é semelhante ao líquido extracelular) que preenche o restante do labirinto ósseo Constituído de duas divisões, o labirinto vestibular e o labirinto coclear LABIRINTO VESTIBULAR - Utrículo e sáculo, dois pequenos sacos comunicantes no vestíbulo do labirinto ósseo LABIRINTO COCLEAR - Ducto coclear na cóclea O LIGAMENTO ESPIRAL fixa o ducto coclear ao canal espiral da cóclea O utrículo e o sáculo têm áreas especializadas de epitélio sensitivo denominadas MÁCULA As células ciliadas na mácula são inervadas por fibras da divisão vestibular do nervo vestibulococlear Os neurônios sensitivos primários estão situados nos gânglios vestibulares, que estão no meato acústico interno C) MEATO ACÚSTICO INTERNO É um canal estreito que segue lateralmente por cerca de 1 cm dentro da parte petrosa do temporal O PORO ACÚSTICO INTERNO do meato acústico interno está situado na parte posteromedial deste osso, alinhado com o meato acústico externo O meato acústico interno é fechado lateralmente por uma lâmina fina e perfurada de osso que o separa da orelha interna O nervo vestibulococlear divide-se perto da extremidade lateral do meato acústico interno em duas partes: um nervo coclear e um nervo vestibular Elucidar o mecanismo de audição Os seguintes eventos estão envolvidos na audição A) O pavilhão direciona as ondas sonoras para o meato acústico externo B) Quando as ondas sonoras alcançam a membrana timpânica, as ondas alternadas de pressão alta e baixa no ar fazem com que a membrana timpânica vibre para frente e para trás A membrana timpânica vibra lentamente em resposta a sons de baixa frequência (tons baixos) e rapidamente em resposta a sons de alta frequência (tons altos) C) A área central da membrana timpânica se conecta ao martelo, que vibra junto com a membrana timpânica Essa vibração é transmitida do martelo para a bigorna e, então, para o estribo D) Conforme o estribo se move para frente e para trás, sua placa basal em formato oval, conectada através de um ligamento à circunferência da janela do vestíbulo (oval), faz vibrar essa janela As vibrações na janela do vestíbulo (oval) são cerca de 20 vezes mais vigorosas do que aquelas na membrana timpânica E) O movimento do estribo na janela do vestíbulo (oval) provoca ondas de pressão no líquido da perilinfa da cóclea Conforme a janela do vestíbulo (oval) é empurrada para dentro, ela empurra a perilinfa na rampa do vestíbulo F) As ondas de pressão são transmitidas da rampa do vestíbulo para a rampa do tímpano e, eventualmente, para a janela da cóclea (redonda), fazendo com que ela se projete para fora na orelha média G) As ondas de pressão atravessam através da perilinfa da rampa do vestíbulo, passam então para a membrana vestibular e se movem para a endolinfa dentro do ducto coclear H) As ondas de pressão na endolinfa fazem com que as membranas basilares vibrem, fazendo com que as células ciliadas do órgão espiral se movam contra a membrana tectória Isso promove o dobramento dos estereocílios e leva em última análise à geração de impulsos nervosos nos neurônios de primeira ordem nas fibras nervosas cocleares I) As ondas sonoras de várias frequências fazem com que determinadas regiões da lâmina basilar vibrem mais intensamente do que outras Cada segmento da lâmina basilar está “afinado” para um tom em particular ● FUNÇÃO DO ÓRGÃO DE CORTI O órgão de Corti é o órgão receptor que gera impulsos nervososem resposta à vibração da membrana basilar Se situa na superfície das fibras basilares e da membrana basilar Os receptores sensoriais reais no órgão de Corti são dois tipos especializados de células nervosas chamados células ciliadas As bases e os lados das células ciliadas fazem sinapse com a rede de terminações nervosas da cóclea As fibras nervosas, estimuladas pelas células ciliadas, levam ao gânglio espiral de Corti, que se situa no modíolo (centro) da cóclea As células neuronais do gânglio espiral enviam axônios para o nervo coclear e, depois, para o sistema nervoso central no nível da parte superior do bulbo A curvatura dos cílios, em uma direção, DESPOLARIZA as células ciliadas E a curvatura na direção oposta, as HIPERPOLARIZA Isso, por sua vez, excita as fibras nervosas auditivas, que fazem sinapse com suas bases ● PRINCÍPIO DE LUGAR É como o cérebro detecta a frequência do som SONS DE BAIXA FREQUÊNCIA → Causam ativação máxima da membrana basilar, perto do ápice da cóclea SONS DE ALTA FREQUÊNCIA → Ativam a membrana basilar perto da base da cóclea SONS DE FREQUÊNCIAS INTERMEDIÁRIAS → Ativam a membrana em distâncias intermediárias, entre os dois extremos Portanto, o principal método usado pelo sistema nervoso para detectar diferentes frequências sonoras é o de: - Determinar as posições ao longo da membrana basilar que são mais estimuladas ● DETERMINAÇÃO DE INTENSIDADE A intensidade é determinada pelo sistema auditivo pelo menos por três modos 1- ↑ INTENSIDADE = A amplitude de vibração da membrana basilar e das células ciliadas também aumenta 2- ↑ AMPLITUDE DE VIBRAÇÃO = Cada vez mais e mais células ciliadas, nas margens da porção ressonante da membrana basilar, sejam estimuladas 3- As células ciliadas externas não são estimuladas significativamente, até que a vibração da membrana basilar atinja alta intensidade A) FUNÇÃO DO CÓRTEX CEREBRAL NA AUDIÇÃO CÓRTEX AUDITIVO PRIMÁRIO X SECUNDÁRIO (ASSOCIATIVO) Lesões na área de Wernicke e é parte do córtex de associação auditiva → Costumam tornar impossível que a pessoa interprete os significados das palavras faladas, embora ela as escute perfeitamente bem e possa repeti-las ● DETERMINAÇÃO DA DIREÇÃO DE ONDE VEM O SOM A pessoa determina a direção horizontal da qual vem o som por dois meios principais: - O intervalo de tempo entre a entrada do som em um ouvido e sua entrada no ouvido oposto - A diferença entre as intensidades de sons nos dois ouvidos ● VIA AUDITIVA (MACHADO) NEURÔNIO I - Localizam-se no gânglio espiral situado na cóclea Terminam na ponte, fazendo sinapse com os neurônios II NEURÔNIO II - Estão situados nos núcleos cocleares dorsal e ventral Seus axônios cruzam para o lado oposto, constituindo o corpo trapezóide NEURÔNIO III - A maioria dos neurônios III da via auditiva está localizada no colículo inferior NEURÔNIO IV - Estão localizados no corpo geniculado medial Seu núcleo principal é organizado tonotopicamente e seus axônios formam a radiação auditiva Elucidar o mecanismo de equilíbrio Existem dois tipos de equilíbrio EQUILÍBRIO ESTÁTICO Se refere à manutenção da posição do corpo (principalmente a cabeça) em relação à força da gravidade Os movimentos corporais que estimulam os receptores do equilíbrio estático incluem girar a cabeça e a aceleração e a desaceleração lineares EQUILÍBRIO DINÂMICO É a manutenção da posição corporal (principalmente da cabeça) em resposta a movimentos súbitos como a aceleração ou a desaceleração rotacionais PS: RELACIONAR COM O PROBLEMA ___________________________________________________ Coletivamente, os órgãos receptores para o equilíbrio são chamados de APARELHO VESTIBULAR Que incluem o sáculo, o utrículo e os ductos semicirculares ● SISTEMA VESTIBULAR É o órgão sensorial para detectar sensações do equilíbrio Encerrado em sistema de tubos e câmaras ósseos, com localização na parte petrosa do osso temporal, há o chamado LABIRINTO ÓSSEO Dentro desse sistema estão tubos e câmaras membranosos, no chamado LABIRINTO MEMBRANOSO → PARTE FUNCIONAL ↗ Ele é composto principalmente pela cóclea (ducto coclear); três canais semicirculares; e duas grandes câmaras, o utrículo e o sáculo Os canais semicirculares O utrículo O sáculo são todos partes integrantes do mecanismo de equilíbrio ● FUNÇÃO DO UTRÍCULO E DO SÁCULO NA MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO ESTÁTICO As paredes tanto do utrículo quanto do sáculo contêm uma região pequena e espessa chamada de MÁCULA Elas fornecem informação sensorial a respeito da posição da cabeça no espaço e são essenciais para a manutenção da postura e do equilíbrio adequados Também DETECTAM ACELERAÇÃO E DESACELERAÇÃO LINEARES - Quando o corpo subitamente é empurrado para frente - As ESTATOCÔNIAS (Uma camada de cristais densos de carbonato de cálcio) com inércia de massa maior do que o líquido circunjacente se deslocam para trás - Fazendo com que o indivíduo sinta como se estivesse caindo para trás - Essa sensação automaticamente faz com que o indivíduo se incline para frente = EQUILÍBRIO ● DETECÇÃO DA ROTAÇÃO DA CABEÇA PELOS DUCTOS SEMICIRCULARES Os três ductos semicirculares agem sobre o equilíbrio dinâmico Quando a cabeça subitamente começa a girar em qualquer direção (a chamada aceleração angular) A endolinfa nos canais semicirculares, devido à sua inércia, tende a continuar estacionária Enquanto os canais semicirculares giram Esse mecanismo causa fluxo relativo do líquido nos canais na direção oposta à rotação da cabeça O mecanismo dos canais circulares prediz se o desequilíbrio vai ocorrer E assim, faz com que os centros do equilíbrio realizem ajustes preventivos antecipatórios apropriados O que ajuda a pessoa a manter o equilíbrio antes que a situação possa ser corrigida A remoção dos lobos floculonodulares do cerebelo impede a detecção normal de sinais do canal semicircular ● VIAS VESTIBULARES (MACHADO) NEURÔNIO I - São células bipolares localizadas no gânglio vestibular. Seus prolongamentos periféricos, pequenos, ligam-se aos receptores, e os prolongamentos centrais, muito maiores, constituem a porção vestibular do nervo vestibulococlear, cujas fibras fazem sinapse com os neurônios II NEURÔNIO II - localizam-se nos núcleos vestibulares. A partir destes núcleos, temos a considerar dois trajetos, conforme se trate de via consciente ou inconsciente A) VIA INCONSCIENTE axônios de neurônios II dosnúcleos vestibulares formam o fascículo vestibulocerebelar, que ganha o córtex do vestíbulocerebelo, passando pelo pedúnculo cerebelar inferior Fazem exceção algumas fibras que vão diretamente ao cerebelo, sem sinapse nos núcleos vestibulares B) VIA CONSCIENTE A existência de conexões entre os núcleos vestibulares e o córtex cerebral foi negada durante muito tempo, mas está estabelecida hoje, com base em dados clínicos e experimentais. Contudo, há controvérsia quanto ao trajeto da via, embora a existência de um relé talâmico seja geralmente admitida.No que se refere à localização da área vestibular no córtex, admite-se que ela está no lobo parietal, próximo ao território da área somestésica correspondente à face. Alguns admitem também a existência de outra área vestibular no lobo temporal, próximo à área auditiva ● VIAS DE EQUILÍBRIO A curvatura dos feixes pilosos das células ciliadas nos ductos semicirculares, no utrículo ou no sáculo promove a liberação de um neurotransmissor (provavelmente glutamato), gerando impulsos nervosos nos neurônios sensitivos que inervam as células ciliadas Os corpos celulares dos neurônios sensitivos estão localizados nos gânglios vestibulares Impulsos nervosos são transportados pelos axônios desses neurônios, que formam a parte vestibular do nervo vestibulococlear (VIII) A maior parte desses axônios formam sinapses com os neurônios sensitivos nos núcleos vestibulares, os principais centros de integração com o equilíbrio, localizados no bulbo e na ponte Os núcleos vestibulares também recebem informações dos olhos e dos proprioceptores, especialmente os localizados nos músculos do pescoço e dos membros, que indicam a posição da cabeça e dos membros Os axônios restantes entram no cerebelo através dos pedúnculos cerebelares inferiores Vias bidirecionais conectam o cerebelo e os núcleos vestibulares Os núcleos vestibulares integram informações provenientes dos receptores vestibulares, visuais e somáticos e enviam comandos para (1) os núcleos dos nervos cranianos – oculomotor (III), troclear (IV) e abducente (VI) – que controlam os movimentos coordenados dos olhos e da cabeça, ajudando a manter o foco no campo visual; (2) os núcleos dos nervos acessórios (XI), que ajudam a controlar os movimentos da cabeça e do pescoço para a manutenção do equilíbrio; (3) o trato vestibulospinal, que transmite impulsos para a medula espinal para a manutenção do tônus muscular nos músculos esqueléticos, ajudando a manter o equilíbrio; e (4) o núcleo ventral posterior do tálamo e, então, para a área vestibular no lobo parietal do córtex cerebral que nos fornece a percepção consciente da posição e dos movimentos da cabeça e dos membros.
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