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Resenha Fotografia

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LEIA ISTO SE QUER TIRAR FOTOS INCRÍVEIS
Carroll, Henry. Leia isto se quer tirar fotos incríveis. 1 ed. São Paulo: Editorial Gustavo Gili, SL, Barcelona, 2014, 128 p. 
Herny Carroll é um escritor, fotografo palestrante e empresário, tento mestrado em fotografia pelo Royal College of Art. Seus trabalhos tem se destacado nos últimos anos, além da obra que vai ser resenhada aqui, que já vendeu mais de meio milhão de cópias ao todo em dezesseis línguas, ele é autor do livro Cuatorze zebras. Carroll também é cofundador da Frui.co.uk. 
O primeiro capítulo do livro é sobre Composição, nele o autor expõe algumas técnicas utilizadas inúmeras vezes por grandes fotógrafos e que irá fazer com que as suas fotos sejam mais expressivas. 
Henry descreve a composição como o alicerce da imagem, por isso ela precisa ser forte. É o fotografo que escolhe como organizar os elementos visuais.
A primeira técnica é a linha direcional. Ela tem o poder de dar estrutura e levar o espectador ao elemento-chave. A linha é uma ótima opção para trabalhar em conjunto com o segundo aspecto, os formatos de paisagem e retratos, porque irá orientar o olho a uma direção clara. Os formatos horizontais incentivam os olhos a se deslocarem de um lado para o outro, já o vertical, para cima e para baixo. 
O enquadramento é vantajoso para quem quer uma cena movimenta, porque ela chama a atenção para uma parte da produção, sendo como uma composição fotográfica dentro da fotografia. 
Carroll expõe na técnica do primeiro ponto, como você pode aumentar o senso de profundidade da sua imagem usando as camadas e também deixa clara a importância de ficarmos atentos a tudo que ocorre a nossa volta. 
Os closes chamam a nossa atenção para pequenos detalhes, elementos que passariam despercebidos ou se perderiam em uma composição mais ampla. Quando você se aproxima e preenche o quadro com o tema irá mostrar ao espectador o que captou a sua atenção. O corte pode servir como um ajuste fino, mas não para alterar a imagem.
A simetria e a regra dos terços ajudam a manter o equilíbrio, sendo que a primeira cria também uma sensação de harmonia. A regra do terço significa que você tem que dividir o quadro em três seções que pode ser horizontais ou verticais, e com isso posicionar o ponto focal de acordo com essa grade. Ela é utilizada quando não se quer centralizar o tema, pois consegue manter o equilíbrio, basta ter cuidado em não posicionar o tema muito perto da margem do quadro ou ligeiramente fora do centro, pois poderá parecer malfeito.
A outra técnica é trabalhar o quadro, aqui o autor explica porque devemos evitar áreas “passivas” que não acrescentam muito. Ao ir tirar a foto temos que olhar ao redor do quadro, temos que reparar se tudo está onde deveria estar, caso não esteja mude a maneira como os elementos se deslocam uns com relação aos outros. 
O próximo método é minimalizando, que apesar de ser um ato de equilíbrio complicado, seus olhos já são treinados para medir o peso visual, um exemplo é quando escolhemos onde vamos pendurar um quadro na parede. O segredo é aplicar essa habilidade nas fotos. 
A última técnica e que finaliza esse capítulo é quebrando as regras, apesar dos métodos funcionarem como essenciais para a construção, elas podem deixar as fotos previsíveis. Então, ao invés de verificar se tudo está de acordo, é melhor você concentrar na criação da composição, para que assim consiga capturar a essência do seu tema. 
O último capítulo do livro inicia com uma imagem, legendada como a Leveza do ser, e em seguida a frase “Não olhe. Veja”. Essa sentença caracteriza bem o que podemos esperar neste final, que recebeu o nome de Ver. 
Todo mundo vê coisas de forma diferente, muitas vezes o que é fascinante para você pode ser banal para outra pessoa. Ver é uma maneira de responder aos seus instintos e tudo é uma questão de tempo. 
Saber quando pressionar o botão do obturador é um aspecto simples e importante na fotografia. Esse processo era chamado por Cartier Bresson de momento decisivo: capturar circunstâncias fotográficas. Com o tempo o nosso olho fica treinado a achar momentos como esse, por isso quando surgir, à câmera já deve estar configurada com antecedência. 
Ao fotografar você precisa ter paciência e também fazer testes, porque o ato de tirar fotos o levará aquilo que você está procurando. E também não ache que as suas fotografias devem se explicar. Dê à imaginação do expectador a sensação de ir a algum lugar. 
Faça como os detetives e procure as esquisitices que começam a se insinuar numa história. E para finalizar não pense demais nas coisas. Fotografe o que você sente. 
Jônatas Almeida dos Santos Sousa é graduando do curso de comunicação social – jornalismo pela Faculdade 2 de Julho.